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HAM ADULTA III

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HAM III
3° PERÍODO 
Habilidades e
atitudes médicas 
ANAMNESE 
CONCEITOS E OBJETIVOS DE UMA ANAMNESE 
• Anamnese (do grego aná –trazer de novo + mnesis –memória) significa trazer de volta à mente todos os 
fatos relacionados com a doença e o paciente. 
• A anamnese, se bem feita, culmina em decisões diagnósticas e terapêuticas corretas; se malfeita, em 
contrapartida, desencadeia uma série de consequências negativas, as quais não podem ser compensadas 
com a realização de exames complementares, por mais sofisticados que sejam. 
ANAMNESE TRADICIONAL 
Identificação: 
Permite a obtenção do perfil sociodemográfico que 
possibilita a interpretação dos dados individuais e 
coletivos. Deve ser preenchido com o nome 
completo do paciente, nome completo da mãe, 
nome do responsável/cuidador/acompanhante, 
idade, sexo, cor, religião, naturalidade, residência, 
procedência (residência anterior do paciente), 
estado civil, profissão, local de trabalho e filiações a 
órgãos/instituições previdenciárias/plano de saúde. 
• Observação: Os itens ocupação atual e 
ocupações anteriores estão presentes no 
preenchimento dos hábitos de vida. 
Queixa principal e duração 
É o motivo da consulta. Sintomas ou problemas 
que motivaram o paciente a procurar ajuda. É uma 
afirmação breve e espontânea, geralmente um sinal 
ou um sintoma, nas próprias palavras da pessoa que 
expressa o motivo da consulta. 
• Observação: Pode ser uma anotação entre 
aspas para indicar que se trata das palavras 
exatas do paciente. 
História da Doença atual (HDA) 
É um registro cronológico e detalhado do motivo 
que levou o paciente a procurar assistência médica, 
desde o seu início até a data atual. 
• Observação 1: Utilizar a linguagem 
méd ica .Usar o t e r mo (S IC-Segundo 
informação colhida) quando não conseguir 
traduzir o termo utilizado pelo paciente para a 
linguagem médica. 
• Observação 2: Normalmente usa-se um 
sintoma guia, em que permite recompor a 
história da doença atual com mais facilidade e 
precisão, com suas características e analise 
minuciosamente. 
Interrogatório sintomatológico 
Documenta a existência ou ausência de sintomas 
comuns relacionados com cada um dos principais 
sistemas corporais. Avaliação detalhada dos 
sintomas de cada sistema corporal (crânio-caudal). 
Importante para complementar a HDA. 
• Observação: A principal utilidade prática do 
interrogatório sintomatológico reside no fato de 
permitir ao médico levantar possibilidades e 
reconhecer enfermidades que não guardam 
relação com o quadro sintomatológico 
registrado na HDA. 
• Ex 1: o relato de um paciente conduziu ao 
diagnóstico de gastrite e, no IS, houve 
referência a edema dos membros inferiores. 
Esse sintoma pode despertar uma nova hipótese 
diagnóstica que vai culminar no encontro de 
uma cirrose. 
• Ex 2: Paciente relata uma impotência sexual 
na HDA. Ao ser feita a revisão dos sistemas, 
vieram à tona os sintomas polidipsia, poliúria e 
emagrecimento, queixas às quais o paciente 
não havia dado importância. No entanto, a 
partir delas o médico levantou a suspeita da 
enfermidade principal daquele paciente – o 
diabetes mellitus. 
Maria Vitória de Sousa Santos
Antecedentes pessoais 
Considera-se a avaliação do estado de saúde 
passado e presente do paciente, conhecendo fatores 
pessoais que influenciam no seu processo saúde-
doença. Refere-se a antecedentes fisiológicos e 
patológicos, a exemplo condições de nascimento, 
condições de desenvolvimento psicomotor e neural, 
menarca, sexarca, internações, cirurgias, alergias, 
doenças crônicas, transfusões sanguíneas, 
medicamentos em uso e etc. 
• Observação: Importante saber todos os 
medicamentos tomados pelo paciente, a fim de 
evitar a chamada interação medicamentosa. 
• Interações medicamentosas: É um evento 
clínico em que os efeitos de um fármaco são 
alterados pela presença de outro fármaco, 
alimento, bebida ou algum agente químico 
ambiental. Constitui causa comum de efeitos 
adversos. 
Antecedentes familiares 
Análise de antecedentes familiares patológicos da 
descendência mais próxima do paciente, a exemplo 
pai, mãe, irmãos, tios e avós. 
• Observação: Levar em consideração a idade 
do familiar. 
• Ex: Pai que infartou aos 40 anos (+ relevante) e 
Pai que infartou aos 80 anos (- relevante). 
Hábitos e estilo de vida 
Este item, muito amplo e heterogêneo, documenta 
hábitos e estilo de vida do paciente e está 
desdobrado nos seguintes tópicos: alimentação; 
ocupação atual e ocupações anteriores; atividades 
físicas; hábitos (uso de tabaco, bebidas alcoólicas, 
anabolizantes e drogas ilícitas). 
Condições socioeconômicas e culturais 
As condições socioeconômicas e culturais avaliam a 
situação financeira, vínculos afetivos familiares, 
filiação religiosa e crenças espirituais do paciente, 
bem como condições de moradia e grau de 
escolaridade. 
• Este item está desdobrado em: Habitação, 
condições socioeconômicas, condições culturais, 
vida conjugal e relacionamento familiar. 
Esquema para análise de um sintoma 
• Início 
• Características do sintoma 
• Fatores de melhora ou piora 
• Relação com outras queixas 
• Evolução 
• Situação atual 
EXAME FÍSICO 
Sinais vitais 
Mede-se a temperatura, frequência cardíaca, 
frequência respiratória e pressão arterial. 
Exame dos diferentes sistemas 
• Inspeção: É a exploração feita a partir do 
sentido da visão. Investiam-se a superfície 
corporal e as partes mais acessíveis das cavidades 
em contato com o exterior. A inspeção começa no 
momento em que se entra em contato com o 
paciente, realizando-se uma “inspeção inicial”. 
• Palpação: A palpação recolhe dados por meio 
do tato e da pressão. O tato fornece impressões 
sobre a parte mais superficial, e a pressão, sobre 
as mais profundas. Pela palpação percebem-se 
modificações de textura, temperatura, umidade, 
espessura, consistência, sensibilidade, volume, 
dureza, além da percepção de frêmito, 
elasticidade, reconhecimento de flutuação, 
crepitações, vibração, pulsação e verificação da 
existência de edema e vários outros fenômenos. 
• Percussão: A percussão baseia-se no seguinte 
princípio: ao se golpear um ponto qualquer do 
cor po, or ig inam-se v ibrações que têm 
características próprias quanto a intensidade, 
timbre e tonalidade, dependendo da estrutura 
anatômica percutida. Deve-se observar não 
apenas o som obtido, mas também a resistência 
oferecida pela região golpeada. 
- Tipos de som obtidos na percussão: 
- Som maciço: É o que se obtém ao 
percutir regiões desprovidas de ar (na coxa, 
no nível do fígado, do coração e do baço). 
- Som submaciço: Constitui uma variação 
do som maciço. A existência de ar em 
q u a n t i d a d e r e s t r i t a l h e c o n c e d e 
características peculiares. 
- Som timpânico: É o que se consegue 
percutindo sobre os intestinos ou no espaço 
de Traube (fundo do estômago) ou 
qualquer área que contenha ar, recoberta 
por uma membrana flexível. 
- Som claro pulmonar: É o que se obtém 
quando se golpeia o tórax normal. 
Depende da existência de ar dentro dos 
alvéolos e demais estruturas pulmonares. 
• Ausculta: A auscultação é executada com a 
finalidade de examinar o sistema circulatório e 
sistema respiratório (sons do coração e sons da 
respiração), como também o sistema de 
gastro-intestinal (sons do intestino). 
Exames complementares 
Exames já trazidos pelo paciente. 
Hipótese diagnóstica 
Registrar quais são as principais hipóteses 
diagnósticas de acordo com o exame clínico 
realizado (anamnese + exame físico). São a 
conclusão da consulta, bem como irão guiar a 
conduta a ser utilizada. 
Investigam-se
Maria Vitória de Sousa Santos
Conduta 
• Há necessidade de exames complementares? 
• Há necessidade de tratamento no momento? 
• Há necessidade de encaminhamento? 
• Quando você quer ver o paciente novamente? 
MÉTODO CLÍNICO CENTRADO NA PESSOA (MCCP) 
O foco deixou de ser a doença e passou a ser o 
paciente. 
Acolhimento 
• Chamar o(a) paciente pelo nome; 
• Apresentar-se, dizendo suafunção/papel no 
cenário clínico e nesta consulta; 
• Garantir uma acomodação adequada da pessoa 
no ambiente; 
• Identificar e cumprimentar acompanhantes; 
• No caso de estudantes, perguntar pelo 
consentimento do paciente em ser atendido por 
estudante(s) e apresentar a forma como se dará a 
supervisão do atendimento. 
Identificação 
• Conferir apenas nome completo e idade do 
paciente; 
• Confirmar como o paciente deseja ser 
chamado(a); 
• Ratificar a concordância do paciente com a 
presença de acompanhantes durante a consulta. 
Pergunta propiciatória 
• "Em que posso lhe ajudar hoje?" 
• "O que lhe fez procurar esse serviço hoje? 
• "Me conta: o que lhe traz aqui hoje?" 
Fala livre da pessoa 
• Não interromper; 
• Utilizar técnicas não verbais de estímulo à fala do 
paciente; 
• Mobilização afirmativa da cabeça, rosto e olhar e 
tronco voltados para o paciente. 
Sumarização dos problemas trazidos pela 
pessoa 
• "Então, veja se eu entendi bem. Você nos 
procurou hoje por/para…(usar as palavras do 
paciente para enumerar e descrever os 
problemas). 
Pactuar agenda 
• Definir o que vai ser abordado na consulta, de 
preferência, até dois problemas. 
• Priorizar de acordo com o que é mais importante 
para o paciente, vendo o que é mais importante 
do ponto de vista médico. 
Explorar a experiência da doença 
• Conte-me mais sobre... (citar o problema 
pactuado na agenda, de preferência com as 
palavras do paciente" 
• "Como é esse/essa...?." 
• "Como isso começou? 
• Como tem sido/tem estado nos últimos dias? 
• Exploração dirigida dos componentes 
psicossociais do adoecimento: 
- “O que você acha que pode ter causado isso?" 
- "Algo aconteceu com você, na sua vida, que 
você acha que tem a ver/pode ter causado 
esse problema?" 
• Preocupações (P) 
- "Tem algo nesse problema que está te 
preocupando mais?"" 
- “Se está acontecendo desde ..., o que te fez 
buscar ajuda médica hoje?” 
• Funcionalidade (F) 
- "Como isso vem te atrapalhando no seu dia a 
dia?" 
• Expectativa (E) 
- "É como você espera que eu possa te ajudar hoje 
quanto a esse problema?” 
• Sentimentos e afetos (S) 
- "Como você se sente em relação a esse 
problema?" 
- "Como ele tem te afetado?" 
- "Como tem mexido com você?” 
Sumarização 
Resumo do que foi relatado pelo paciente até aqui 
sobre a experiência de adoecimento, confirmando 
um entendimento adequado do(s) problema(s). 
Histórico detalhado do problema pactuado 
Explorar os sete atributos do sintoma: 
1. Localização do sintoma, incluindo irradiação, 
se for o caso. 
2. Cronologia (“quando começou?, de lá pra cá, 
com que a frequência em que dias e horários 
tem se manifestado”). 
3. Tipo ⁄ qualidade. 
4. Intensidade. 
5. Fatores de piora e de melhora. 
6. Sintomas associados. 
7. Tratamentos já experimentados. 
Histórico pregresso de problemas de saúde 
• Você está em tratamento para algum outro 
problema de saúde? 
• Que outros problemas de saúde você teve/tratou? 
• Faz ou já fez uso regular prolongado de algum 
medicamento? 
• Tem diabetes ou hipertensão? 
• Já teve algum problema do coração ou 
derrame/"AVC"? 
• Se mulher e de acordo com faixa etária 
específica, perguntar pela data da última 
menstruação e, oportunamente, levantar a 
regularidade de rastreamento de câncer de mama 
e câncer de colo uterino. 
Maria Vitória de Sousa Santos
←
→
Primeiro mapeamento fami l iar, social e 
ocupacional oportuno 
• Com quem mais você mora? 
• Como estão as coisas em casa? 
• Você tem ou já teve alguma ocupação regular de 
trabalho e/ou estuda? 
• Como está caminhando o estudo e o trabalho? 
• Você participa de alguma atividade social 
regularmente: religião, esporte, grupo social, 
comunitário ou cultural? 
• Seus pais e irmãos têm algum problema de 
saúde? fazem algum tipo de tratamento? 
• Há alguma doença importante na sua família? 
Rastreamento oportuno de comportamentos 
potencialmente prejudiciais à saúde 
• Você fuma? 
• Você bebe/faz uso de bebidas alcóolicas? 
• Você é ou foi sexualmente ativo/tem ou teve em 
algum momento relações sexuais? 
• Usa ou usou sempre preservativo nas relações? 
• Faz uso de algum outro método contraceptivo ou 
para evitar doenças sexualmente transmissíveis? 
Se não, por qual motivo? 
PRONTUÁRIO ORIENTADO POR PROBLEMAS E 
EVIDÊNCIAS (S.O.A.P) 
Subjetivo 
• Registro das informações baseadas na experiência 
da pessoa que está sendo atendida. 
• Podemos anotar a lém das queixas, os 
sentimentos. 
• Motivo do atendimento, anamnese, problema (s) 
apresentado(s). 
Objetivo 
• Informações aferidas do ponto de vista médico. 
• Dados do exame físico e ⁄ ou resultados dos 
exames complementares. 
Avaliação 
• Análise dos principais dados evidenciados e suas 
correlações com o conhecimento médico, testes. 
Hipóteses diagnósticas. 
• Neste método de registro, incluímos problemas 
evidenciados na consulta relacionando-os com 
sua resolução ou não (diabetes descompensada, 
hipertensão arterial controlada, etc). 
Plano de ação 
A proposta terapêutica elaborada pelo médico. 
• Ex: medicações, solicitações de exames, 
encaminhamentos, orientações. 
Maria Vitória de Sousa Santos
Maria Vitória de Sousa Santos
PROTOCOLO SPIKES 
• Nos deparamos com a morte e com as 
enfermidades diversas vezes e precisamos saber 
como dar notícias ruins aos pacientes e aos 
familiares. Entretanto, nem sempre, falamos 
sobre esse assunto na faculdade e, por vezes, 
ficamos perdidos diante dessas situações. 
• Nesse contexto, embora não exista uma fórmula 
mágica, foi criado um protocolo para ajudar os 
médicos a lidar com essas situações.   
• O protocolo (SPIKES) consiste em seis etapas e a 
intenção é habilitar o médico a preencher os 4 
objetivos mais importantes durante a transmissão 
de más notícias: 
1. Recolher informações dos pacientes; 
2. Transmitir as informações médicas; 
3. Proporcionar suporte ao paciente; 
4. I n d u z i r a s u a c o l a b o r a ç ã o n o 
desenvolvimento de uma estratégia ou 
plano de tratamento para o futuro. 
Etapa 1 – S (setting up the interview) 
S (setting up the interview): Planejar/ensaiar a 
conversa mentalmente já que é uma situação de 
estresse. Escolha um local que possibilite alguma 
privacidade; envolva pessoas importantes para o 
paciente, se for da sua escolha, como por exemplo 
os familiares; procure sentar-se (isso relaxa um 
pouco o paciente e demonstra que você não está 
com pressa) e mantenha contado com o paciente 
caso seja confortável para ele (contado visual, pegar 
no braço no paciente, como forma de acolhimento) 
Etapa 2 – P (Perception) 
P (Perception): Avaliar a percepção do paciente. 
Antes de falar sobre a doença, pergunte ao paciente 
o que já foi dito para ele sobre sua condição e quais 
as suas expectativas. Assim, você consegue entender 
o que se passa na cabeça do seu paciente, corrigir 
possíveis ideias incorretas e moldar a notícia para a 
compreensão do mesmo. 
Etapa 3 – I (Invitation) 
I (Invitation): Obtendo o convite do paciente. 
Quando o paciente explicita a vontade de saber 
sobre tudo, o médico recebe o cartão verde para 
falar sobre a verdadeira condição do paciente. 
Entretanto, quando o paciente não deixa clara a 
sua vontade de saber toda a informação ou não 
quer saber, é válido que o médico questione ao 
paciente o que ele quer saber sobre a sua doença e 
sobre o resultado dos seus exames. Se o paciente 
não quer saber dos detalhes, se ofereça para 
responder a qualquer pergunta no futuro ou para 
falar com um parente ou amigo. 
Etapa 4 – K (Knowledge) 
K (Knowledge): Dando Conhecimento e 
Informação ao Paciente. Avisar ao paciente que 
você tem más notícias pode diminuir o choque da 
transmissão dessas notícias e pode facilitar o 
processamento da informação. Informe ao paciente 
sua condição usando um vocabulário que facilite 
sua compressão e demonstre compaixão (evitar 
termos técnicos). Passe as informações aos poucos e 
vá avaliando o grau de entendimento do paciente. 
Etapa 5 – E (Emotions) 
E (Emotions): Abordaras Emoções dos Pacientes 
com Respostas Afetivas. Demonstre compaixão e 
responda as emoções do paciente. Quando os 
pacientes ouvem más notícias a reação emocional 
mais frequente é uma expressão de choque, 
isolamento e dor. Nesta situação o médico pode 
oferecer apoio e solidariedade com uma resposta 
afetiva. 
O objetivo é abordar as emoções que o 
paciente terá.  
1. Nomear o que o paciente está sentindo.  
2. Compreender a situação e a emoção, validar 
aquilo que já foi dito, então perguntar: “o que 
você entende sobre tudo isso?” 
3. Demonstrar respeito ao que a pessoa está 
sentindo, não necessariamente verbalizar, mas 
demonstrar esse respeito.  
4. Demonstrar apoio e conversar sobre estratégias 
de enfrentamento, quais podem ser os próximos 
passos. 
5. Focar no que o receptor quer saber, se ele quer 
saber mais. Explorar o que fazer a seguir.  
Etapa 6 – S (Strategy e Summary) 
S (Strategy e Summary): Estratégia e Resumo. 
Caso o paciente queira e esteja preparado, 
apresente as opções de tratamento e compartilhe a 
responsabilidade das tomadas de decisões. Para dar 
más notícias, devemos sempre entender o paciente, 
demonstrar compaixão e usar uma comunicação 
acessível. Caso ele queira, seja claro ao falar do 
prognóstico, mas tenha em mente que sempre 
temos algo para fazer por ele, mesmo que não seja 
a cura. Em situações onde não há tratamento 
curativo, devemos oferecer conforto ao paciente e 
deixar isso claro para ele. 
.
Maria Vitória de Sousa Santos
<
Maria Vitória de Sousa Santos
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR 
INTRODUÇÃO 
• A Estratificação do Risco Cardiovascular (RVC) é fundamental para reconhecer as pessoas e classificar o 
risco/vulnerabilidade a partir de suas necessidades, possibilitando a organização das ações individuais e 
coletivas que a equipe de saúde pode oferecer. 
• Entende-se que a DCV é uma condição multifatorial que é influenciada por diversos fatores de risco (FR), 
sendo um deles o aumento da PA, isto é, quanto maior o número de FR, maior o risco de DCV. 
• A classificação do risco CV é dependente dos níveis da PA, dos fatores de risco cardiovascular (FRCV) 
associados e da presença de lesões em órgãos-alvo (LOA), isto é, lesões funcionais e/ou estruturais 
originadas da hipertensão arterial em vasos, coração, rins, cérebro e retina, além de já existentes doenças 
cardiovasculares ou doença renal. 
FATORES DE RISCO 
Não modificáveis: 
1. História familiar 
2. Sexo 
3. Idade avançada>60 anos 
4. Etnia afrodescendente 
5. Fatores genéticos 
Modificáveis: 
1. Tabagismo 
2. Dislipidemia 
3. Diabetes 
4. Sedentarismo 
5. Hipertensão 
6. Sobrepeso e obesidade 
AVALIAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR GLOBAL 
A estratificação de risco CV global pode ser definida como a determinação do risco global de um indivíduo 
entre 30 e 34 anos de desenvolver DCV, aproximadamente, nos próximos 10 anos, sendo que não é específica 
para pacientes com HA. Além disso, a HA é um dos FRCV com maior influência relativa, estando presente 
em todos os cálculos de avaliação do risco cardiovascular global, porém, para que o risco CV seja diminuído 
efetivamente, é necessário considerar o conjunto todo de elementos que influenciam o indivíduo hipertenso. 
DIETAS PARA REDUÇÃO DO RISCO CV 
• Consumo de frutas, verduras, legumes, peixes e gorduras ricas em ácidos graxos mono e polinsaturados, 
grãos integrais. 
• Redução da ingestão de gordura saturada, carne vermelha, alimentos processados e embutidos. 
SEDENTARISMO 
• Fator de risco mais prevalente; 
• Atividade regular: 30 minutos por dia por pelo 
menos 5 vezes por semana; 
• Recomendação: 150 minutos por semana; 
 
- Benefícios: 
1. Elevação do HDL; 
2. Redução da PA e perca de peso; 
3. Redução da resistência insulínica.
polisaturados
Maria Vitória de Sousa Santos
HIPERTENSÃO ARTERIAL 
É uma condição clínica multifatorial caracterizada 
por níveis elevados e sustentados de pressão arterial  
(PA)  ≥ 140 x 90 mmHg.  
FATORES DE RISCO PARA A HAS 
Entre os fatores de risco, destacam-se: genéticos; 
biológicos, que inclui idade, sexo e raça; ambientais 
e estilo de vida, que incluem sobrepeso e 
obesidade, consumo dietético excessivo de sódio e 
inadequado de potássio, dieta não saudável, 
atividade física insuficiente e consumo de álcool e 
apneia obstrutiva do sono. 
CLASSIFICAÇÃO DA HAS 
ETAPAS PARA A AFERIÇÃO DE PA 
MEDIDA DE PRESSÃO ARTERIAL NO CONSULTÓRIO 
VANTAGENS E DESVANTAGENS DA MEDIDA DE PA 
FORA DO CONSULTÓRIO 
MAPA: Monitorização Ambulatorial da PA. 
MRPA: Monitorização Residencial da PA. 
CLASSIFICAÇÃO DA HAS NO CONSULTÓRIO-MAPA-
MRPA 
HA DO JALECO BRANCO E MASCARADA 
No diagnóstico da HA, são possíveis vários 
fenótipos. Define-se a normotensão verdadeira 
(NV) como as medidas da PA no consultório e fora 
do consultório normais, a HA sustentada (HS) 
quando ambas são anormais, a HAB quando a PA 
é elevada no consultório, mas é normal fora dele, e 
HM quando a PA é normal no consultório, mas é 
elevada fora dele. 
DIAGNÓSTICO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL 
• Fatores de risco, lesões de órgãos-alvo e doenças 
associadas devem ser levados em consideração. 
• Os objetivos da investigação clinico-laboratorial 
são confirmar a elevação da PA e firmar o 
diagnóstico de hipertensão, identificar os fatores 
de risco para doença cardiovascular, diagnosticar 
doenças associadas à hipertensão, estratificar o 
risco cardiovascular do paciente e diagnosticar A 
hipertensão secundária. 
• São necessários: realização da medição da 
pressão arterial no consultório e/ou fora dele, 
história clínica (pessoal e familiar), exame físico, 
avaliação laboratorial inicial. 
Maria Vitória de Sousa Santos
• A avaliação complementar está indicada quando 
há indícios de doenças associadas, lesões em 
órgãos-alvo, doença cardiovascular e três ou mais 
fatores de risco para doença cardiovascular. 
HISTÓRIA CLINICA 
A avaliação clínica do paciente hipertenso deve ser 
feita seguindo-se o método tradicional, constituído 
por anamnese, exame físico e laboratorial. 
Dados relevantes da história clínica: 
1. Identificação: gênero, idade, cor da pele, 
profissão e condição socioeconômica. 
2. História atual: duração conhecida da 
hipertensão arterial, níveis de pressão de 
consultório e domiciliar, adesão e reações 
adversas aos tratamentos prévios. 
3. Sintomas de doença arterial coronária, 
sinais ou sintomas sugestivos de insuficiência 
cardíaca, doença vascular encefál ica, 
insuficiência vascular de extremidades, doença 
renal, diabetes mellitus, indícios de hipertensão 
secundária. 
4. Fa t o r e s d e r i s c o m o d i fi c á v e i s : 
dis l ipidemias, tabagismo, sobrepeso e 
obesidade, sedentarismo, etilismo e hábitos 
alimentares pouco saudáveis. 
5. Avaliação dietética, incluindo consumo de 
sal, bebidas alcoólicas, gordura saturada e 
cafeína e ingestão de fibras, frutas e verduras. 
6. Consumo preg resso ou atual de 
medicamentos ou drogas que podem elevar 
a PA ou interferir em seu tratamento. 
7. Grau de atividade física 
8. História atual ou pregressa de gota, 
doença arterial coronária, insuficiência 
cardíaca, pré-eclâmpsia/eclâmpsia, doença 
renal, doença pulmonar obstrutiva crônica, 
disfunção sexual e apneia do sono. 
9. Perfil psicossocial: fatores ambientais e 
psicossociais, sintomas de depressão, ansiedade 
e pânico, situação familiar, condições de 
trabalho e grau de escolaridade. 
10. História familiar de diabetes mellitus, 
dislipidemias, doença renal, acidente vascular 
encefálico, doença arterial coronária prematura 
ou morte súbita prematura em familiares 
próximos (homens < 55 anos e mulheres < 65 
anos). 
EXAME FÍSICO 
AVALIAÇÃO LABORATORIAL 
A avaliação laboratorial básica deve fazer parte da 
rotina inicial de todo paciente hipertenso. São 
recomendadas: dosagem sérica de potássio, ácido 
úrico, creatinina, glicemia e perfil lipídico; e 
realização de um exame sumário de urina e de 
eletrocardiograma, para possível detecção de 
hipertrofia ventricularesquerda. 
EXAMES COMPLEMENTARES 
A avaliação complementar tem como objetivo 
detectar lesões clínicas ou subclínicas em órgãos-
alvo, no sentido de melhor estratificar o risco 
cardiovascular (CV). 
CONSEQUÊNCIAS DA HA 
Maria Vitória de Sousa Santos
DOR PRECORDIAL 
• A angina refere-se àquela sensação de peso, dor 
ou aperto no peito que acontece quando há 
diminuição do fluxo de sangue nas artérias, 
responsáveis por levar oxigênio ao coração – tal 
situação é conhecida como isquemia cardíaca. 
• Porém, diferente da angina, a dor precordial é 
aquela dor no peito, na região do coração que 
pode ou não ter relação com problemas cardíacos 
– visto que pode ocorrer por excesso de gases ou 
mudança repentina de postura, por exemplo. 
A dor precordial pode ser dividia em: 
1. Dor típica: é caracterizada por angina ou 
infarto do miocárdio, semelhante a um aperto 
ou opressão no peito. Normalmente, o 
incômodo dura mais de 10 minutos e pode 
irradiar para outras partes do corpo, como o 
pescoço, ombros, braço esquerdo e, às vezes, 
para o braço direito, apontando para 
problemas como angina e infarto, por exemplo. 
2. Dor atípica: aponta para uma causa diferente 
de angina ou infarto, excluído sintomas 
associados a estes problemas. Tosse, febre, 
queimação ou azia podem acompanhar este 
tipo de dor. A duração dos sintomas é em torno 
de segundos ou minutos, melhorando com o 
uso de medicamentos. 
QUALIDADE DA DOR 
Apresenta como sensação de peso, opressão, 
queimação, pontada, "rasgante", em facada etc. 
• Dor anginosa cardíaca 
• Opressiva ou em peso 
• Aneurisma dissecante de aorta- dor "que rasga 
por dentro" 
• Calculose biliar- Dor "em cólica". 
INTENSIDADE DA DOR 
Muito variável, em acordo com a etiologia e a 
sensibilidade individual do paciente. 
• Diabetes Melitus- pode haver ausência ou menor 
intensidade da dor- Desnervação secundária a 
esta entidade (diminuição da sensibilidade). 
• Graduar sua dor em uma escala numérica- o 
(zero) a ausência de dor e 10 (dez) a maior 
intensidade já sentida. 
MODO DE APARECIMENTO DA DOR 
Pós-trauma, atividade física intensa ou em posição 
não habitual - sugere fortemente origem 
musculoesquelética. 
LOCALIZAÇÃO DA DOR 
Dores de origem cardíaca- mais frequentes na 
região precordial, mas podem ser epigástricas, 
torácicas posteriores e retroesternais. 
• Dores de origem pulmonar podem manifestar-se 
em qualquer porção da caixa torácica. 
• Em geral, dores localizadas não são de etiológica 
cardíaca, mas, sim, pleural ou muscular. 
IRRADIAÇÃO DA DOR 
• Dor anginosa pode se irradiar para ambos os 
braços, mandíbula, garganta, pescoço ou ombros. 
• Dissecção aguda de aorta, a irradiação mais usual 
é para a região interescapular 
• Pericardite aguda, pode haver irradiação para um 
ou ambos os trapézios. 
INÍCIO E DURAÇÃO DA DOR 
• Dores originadas por pneumotórax ou por 
lacerações vasculares- início súbito e já com a 
máxima intensidade. 
• Dor torácica isquêmica - início pode ser gradual, 
com incremento em intensidade, duram alguns 
minutos, 
• Dores musculares podem durar semanas antes do 
busca auxílio médico. 
FATORES DESENCADEANTES 
• Dores desencadeadas por alimentação- etiologias 
gastrintestinais ou biliar. 
• Dor induzida por exercício- sintoma clássico 
anginoso, podendo também ser dores secundárias 
a espasmo esofágico. 
• A dor secundária à isquemia - pode ainda estar 
relacionada com situações de estresse emocional, 
refeições copiosas ou mesmo atividades sexuais. 
• Dor que piora com a deglutição, em geral, é 
esofágica. 
• Dor pleurítica é exacerbada pela respiração, 
embora isso também ocorra na dor de origem 
musculoesquelética. 
FATORES DE PIORA 
• Palpação do local da dor com acentuação do 
sintoma sugere etiologia local, muscular, óssea ou 
cartilaginosa. 
• Atividade física como fator de piora ocorre nos 
quadros anginosos vinculados ao acometimento 
coronariano isquêmico. 
• Determinadas posições do corpo que acentuem a 
dor podem sugerir principalmente etiologia 
muscular ou esquelética. 
FATORES DE ALÍVIO 
• Uso de antiácidos ou com alimentação-em 
algumas dores de origem gastresofágica. 
• Uso de nitratos- podem ser de etiologia 
coronariana 
• Posição antálgica de inclinação anterior do tórax, 
estando o paciente ajoelhado ou sentado, alivia a 
dor da pericardite aguda. 
SINTOMAS ASSOCIADOS 
• Náuseas, vômitos e sudorese, geralmente, estão 
associados à dor anginosa nas síndromes 
coronarianas agudas. 
Maria Vitória de Sousa Santos
• A ocorrência de outros sintomas deve ser 
pesquisada, como tosse, dispneia, síncope, 
palpitações, sintomas de ansiedade e alterações 
no nível de consciência. 
CARACTERIZAÇÃO DO QUADRO DE DOR 
• Angina de peito-deve apresentar características para ser considerada típica: localização retroesternal, ser 
desencadeada por esforço e ser aliviada pelo repouso ou uso de nitratos. 
CARACTERÍSTICAS DA DOR NO PEITO DE QUE SUGEREM ISQUEMIA CARDÍACA 
1. Sente mais um peso ou uma forte sensação de aperto no peito do que uma propriamente uma dor (é 
muito comum o paciente descrever a dor encostando o punho fechado em frente ao peito, para mostrar 
que a dor é em aperto) 
2. Ser desencadeado por esforço físico ou estresse emocional. 
3. Ser uma dor difusa no lado esquerdo e centro do tórax, frequentemente com irradiação para braço 
esquerdo, costas e/ou pescoço. 
4. Vir acompanhada de suores, falta de ar, palidez ou hipotensão 
5. Vir acompanhada de palpitações. 
6. Ser uma dor que dura vários minutos. 
7. Ser uma dor que não cede aos analgésicos comuns. 
8. Um sinal de extrema gravidade, e que fala a favor de doença cardíaca, é a perda de consciência após o 
início da dor torácica  
Sinal de Levine 
Maria Vitória de Sousa Santos
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 
CONCEITO 
É a incapacidade do coração de bombear sangue 
em quantidade e pressão necessárias para a 
perfusão dos órgãos. A ICC surge quando o 
coração não consegue produzir débito suficiente 
para satisfazer as demandas metabólicas dos tecidos 
ou apenas consegue satisfazê-las sob pressões de 
enchimento superiores às normais. 
TIPOS 
Pode ser considerada sistólica, quando existe déficit 
de contração e/ou diastólica, na presença de 
alteração de relaxamento das câmaras cardíacas, 
além disso, pode acometer os ventrículos esquerdo 
e/ou direito. 
CAUSAS 
• A insuficiência cardíaca é considerada a via final 
comum das agressões sobre o coração e neste 
contexto, os fatores de risco cardiovasculares 
estão diretamente relacionados quer seja de 
forma independente, como a hipertensão arterial 
ou em conjunto (diabetes, hipertensão arterial, 
tabagi smo, d i s l ip idemia, sedentar i smo) 
culminando no desenvolvimento da doença 
arterial coronariana que pode levar ao infarto 
agudo do miocárdio ou diminuição da 
performance do coração por déficit crônico de 
perfusão do músculo cardíaco.  
• Outras causas incluem doenças que acometem as 
v á l v u l a s c a r d í a c a s ( d e g e n e r a t i v a s o u 
inflamatórias, como a doença reumática), 
doenças congênitas, etilismo, doenças genéticas, 
auto-imunes, inflamatórias (periparto), por 
toxicidade (tratamento de câncer, anorexígenos e 
simpatomiméticos) e também infecciosas (mais 
comumente virais ou mediada por parasitas, 
como o Trypanossoma cruzi, responsável pelo 
desenvolvimento da doença de Chagas).   
• Pela incapacidade do coração em se contrair e/
ou relaxar adequadamente, existe um acúmulo 
progressivo de sangue nos pulmões, levando a 
intolerância ao exercício, falta de ar ao deitar, 
fraqueza, astenia, tosse seca e também, devido ao 
acúmulo de sangue no organismo como um todo, 
inchaço nas pernas e abdome. 
TIPOS DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 
DISFUNÇÃO SISTÓLICA X DIASTÓLICA 
• Em resumo: A disfunção sistólica representa 
uma diminuição na contratilidade miocárdica 
cardíaca e um comprometimento da capacidade 
de ejetar o sangue do VE, enquanto a disfunção 
diastólica representa uma anormalidade no 
relaxamento e no enchimento ventriculares.• A classificação separa a fisiopatologia da 
insuficiência cardíaca em insuficiências ou 
disfunções sistólica e diastólica, com base na 
fração de ejeção ventricular. 
• Fração de ejeção é a porcentagem de sangue 
bombeada para fora dos ventrículos a cada 
contração. 
• U m a f r a ç ã o d e e j e ç ã o n o r m a l é d e 
aproximadamente 55 a 70%. 
A. Na disfunção ventricular sistólica, a 
con t ra t i l idade do miocárd io e s tá 
comprometida, levando a uma diminuição 
na fração de ejeção e no débito cardíaco 
(fração de ejeção < 40%). 
B. A disfunção ventricular diastólica é 
caracterizada por uma fração de ejeção 
normal, mas com relaxamento ventricular 
diastólico comprometido, levando a uma 
diminuição no enchimento ventricular que, 
por fim, causa diminuição na pré-carga, no 
volume sistólico e no débito cardíaco. 
DISFUNÇÃO VENTRICULAR DIREITA X ESQUERDA 
• A insuficiência cardíaca é classificada de acordo 
com o lado do coração (ventricular direita ou 
ventricular esquerda) primariamente afetado. 
DISFUNÇÃO VENTRICULAR DIREITA (CONGESTÃO 
SISTÊMICA) 
• Causas: As causas da disfunção ventricular 
direta incluem condições que impedem o fluxo 
sanguíneo nos pulmões ou que comprometem a 
eficácia do bombeamento do ventrículo direito. A 
insuficiência ventricular esquerda é a causa mais 
comum de insuficiência ventricular direita. 
• A insuficiência cardíaca do lado direito 
compromete a capacidade de transporte do 
sangue desoxigenado da circulação sistêmica para 
a circulação pulmonar. 
• Consequentemente, quando o ventrículo direito é 
insuficiente, ocorre uma redução na quantidade 
de sangue deslocada adiante, para a circulação 
pulmonar, e em seguida para o lado esquerdo do 
coração, finalmente causando redução do débito 
cardíaco ventricular esquerdo. 
• Além disso, se o ventrículo direito não ocasiona o 
movimento anterógrado ( para frente) do sangue, 
ocorre acúmulo ou congestão de sangue no 
sistema venoso sistêmico. 
• Isso eleva as pressões diastólica final ventricular 
direita, atrial direita e venosa sistêmica. 
• Um importante efeito da insuficiência cardíaca 
do lado direito é o desenvolvimento de edema 
periférico. 
• A insuficiência cardíaca do lado direito também 
produz congestão das vísceras. À medida que a 
distensão venosa progride, o sangue se acumula 
Maria Vitória de Sousa Santos
nas veias hepáticas que drenam na veia cava 
inferior, e o fígado fica ingurgitado. Isso pode 
causar hepatomegalia e dor no quadrante 
superior direito. 
• Na insuficiência cardíaca do lado direito grave e 
p r o l o n g a d a , a f u n ç ã o h e p á t i c a e s t á 
comprometida e as células hepáticas podem 
morrer. 
• A congestão da circulação porta também pode 
levar ao ingurgitamento do baço e ao 
desenvolvimento de ascite. A congestão do trato 
gastrintestinal pode interferir na digestão e na 
absorção de nutrientes, causando anorexia e 
desconforto abdominal. 
D I S F U N Ç Ã O V E N T R I C U L A R E S Q U E R DA 
(CONGESTÃO PULMONAR) 
• A insuficiência cardíaca do lado esquerdo 
compromete o movimento do sangue a partir da 
circulação pulmonar (de baixa pressão) até o lado 
arterial (de alta pressão) da circulação sistêmica. 
• Com o comprometimento da função cardíaca 
esquerda, ocorre uma diminuição no débito 
cardíaco para a circulação sistêmica. 
• O sangue se acumula no VE, no átrio esquerdo e 
na circulação pulmonar, o que causa uma 
elevação na pressão venosa pulmonar. 
• Quando a pressão nos capilares pulmonares 
(normalmente de cerca de 10 mmHg) excede a 
pressão osmótica capilar (em geral ao redor de 25 
mmHg), ocorre uma transferência do líquido 
intravascular para o interstício dos pulmões, 
resultando em edema pulmonar. 
• O episódio de edema pulmonar costuma ocorrer 
à noite, após a permanência da pessoa em 
posição reclinada durante algum tempo e a 
remoção das forças gravitacionais do sistema 
circulatório. 
• Nesse momento, o líquido do edema sequestrado 
nos membros inferiores ao longo do dia retorna 
para o compartimento vascular e é redistribuído 
para a circulação pulmonar. 
• Causas: As causas mais comuns de disfunção 
ventricular esquerda são a hipertensão e o infarto 
agudo do miocárdio. 
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DE ACORDO COM A 
FRAÇÃO DE EJEÇÃO 
PRINCIPAIS SINTOMAS 
O principal sintoma de insuficiência cardíaca é o 
cansaço progressivo que se inicia após fazer 
esforços, como subir escadas ou caminhar, mas que 
com o tempo pode aparecer até mesmo em 
repouso. 
Outros sinais e sintomas comuns da insuficiência 
cardíaca são: 
1. Dispneia frequente; 
2. Dor ou desconforto no peito; 
3. Tosse excessiva durante a noite; 
4. Edema nas pernas, tornozelos ou pés; 
5. Palpitações e calafrios; 
6. Inchaço abdominal; 
7. Palidez; 
8. Anorexia 
9. Dispneia paroxística noturna e etc. 
CLASSIFICAÇÃO DA IC 
A limitação da tolerância aos esforços habituais tem 
sido utilizada para estimar a gravidade da IC por 
meio da classificação proposta pela NYHA. 
PONTOS IMPORTANTE NA IC 
1. Atitude no ortopneica 
2. Ictus Cordis 
3. Edema 
4. Turgência jugular 
5. Abdome (hepatoesplenomegalia, refluxo 
hepatojugular) 
6. Perfusão periférica 
7. Pulso 
8. Ausculta cardíaca (3ª e 4a bulhas) 
Maria Vitória de Sousa Santos
9. Ausculta pulmonar (crepitações) 
EDEMA CARDÍACO 
Desenvolvido a partir da congestão sistêmica 
provocado pela insuficiência cardíaca direita. 
Cacifo Ou Sinal De Godet 
• 1+ cacifo leve, sem deformação visível, 
desaparece rapidamente. 
• 2+ cacifo, pouco + profundo que o 1+, 
desaparece de 10 a 15 segundos. 
• 3+ cacifo, notavelmente profundo, demora + de 
1 minuto, o membro aparenta estar aumentado e 
edemaciado. 
• 4+ cacifo, muito profundo, demora de 2 a 5 
minutos, com membro muito deformado. 
PERFUSÃO 
Sinais de hipoperfusão: 
1. Rebaixamento do nível de consciência; 
2. Oligúria; 
3. Hipotensão; 
4. Pele fria; 
5. Enchimento capilar lentificado 
6. Pressão de pulso reduzida (pinçamento). 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
PERFUSÃO X CONGESTÃO 
IC COM FRAÇÃO DE EJEÇÃO PRESERVADA 
• Definição - sintomas + ECO FE >50% 
• Prevalência - Idosos, mulheres ,HAS, diabéticos, 
obesos; 
• Até 50% dos casos de IC; 
• Alta taxa de mortalidade - 30 % inferior ICFER; 
• Diagnóstico - Sintomas, ECO FE > 50 %; sinais 
de disfunção diastólica. 
Maria Vitória de Sousa Santos
TROMBOEMBOLISMO 
PULMONAR 
• A embolia pulmonar se desenvolve quando uma 
substância transmitida pelo sangue se aloja em 
um ramo da artéria pulmonar e obstrui o fluxo 
sanguíneo. 
• A embolia pode consistir em um trombo, no ar 
que tenha sido acidentalmente injetado durante 
uma infusão intravenosa, na gordura que foi 
mobilizada a partir da medula óssea depois de 
uma fratura ou a partir de um depósito 
traumático de gordura, ou líquido amniótico que 
tenha entrado na circulação materna após a 
ruptura das membranas no momento do parto. 
• Quase todas as embolias pulmonares resultam de 
trombos que surgem a partir de trombose venosa 
profunda (TVP) nos membros inferiores ou 
superiores. 
• Os efeitos da embolia na circulação pulmonar 
estão relacionados com a obstrução mecânica da 
circulação pulmonar e os reflexos neuro-humorais 
que causam vasoconstrição. 
Manifestações clínicas 
As manifestações de embolia pulmonar dependem 
do tamanho e da localização da obstrução. 
Sintomas frequentes: 
1. Dor no tórax; 
2. Dispneia; 
3. Aumento da frequência respiratória. 
4. Ocorre hipoxemia moderada, sem retenção de 
dióxido de carbono, como resultado do 
comprometimento das trocas gasosas. 
Sintomas de embolia moderada: 
1. Dificuldade respiratória acompanhada de dor 
pleurítica; 
2. Apreensão; 
3. Febre baixa; 
4. Tosse produtiva com expectoração de sangue; 
5. Taquicardia para compensar a diminuição da 
oxigenação e o padrão de respiração é rápido e 
superficial. 
Sintomas de embolia maciça: 
1. Colapso repentino; 
2. Dor subesternal no tórax, choque e, às vezes, a 
perda de consciência; 
3. O pulso é rápido e fraco, a pressão arterial é 
baixa,as veias do pescoço se mostram 
distendida; 
4. Falência aguda do ventrículo direito (cor 
pulmonale agudo); 
5. Infarto pulmonar; 
Diagnóstico 
• O diagnóstico de embolia pulmonar deve se 
basear em s ina i s e s in tomas c l ín icos, 
determinações de gasometria sanguínea, estudos 
de trombose venosa, teste da troponina, dímero 
D, radiografias do pulmão e TC helicoidais do 
tórax. 
• Os exames laboratoriais e os radiológicos são 
úteis na exclusão de outras condições capazes de 
originar sintomas semelhantes. 
1. Eletrocardiograma: Uma vez que êmbolos 
podem causar um aumento da resistência 
vascular pulmonar o ECG pode ser usado para 
detectar sinais de tensão cardíaca direita. 
Taquicardia sinusal, bloqueio no ramo direito e 
etc. 
Maria Vitória de Sousa Santos
2. Ecocardiograma : Útil para verificar 
hipocinesia e dilatação de VD. 
3. Ultrassonografia com Doppler: Como a 
maioria dos êmbolos pulmonares se origina de 
u m a T V P, e s t u d o s v e n o s o s c o m o 
ultrassonografia com compressão do membro 
inferior, pletismografia de impedância e 
venografia com contraste muitas vezes são 
utilizados como procedimentos diagnósticos 
iniciais. 
4. Dímero D: Os testes com dímero D envolvem 
a medição da concentração plasmática do 
dímero D, um produto de degradação de 
fatores de coagulação que foram ativados como 
resultado de um evento tromboembólico. 
5. Radiografia de tórax: Pode ser normal em 
até 40% dos casos; mesmo assim, auxilia o 
d i a g n ó s t i c o d i f e ren c i a l ( p n eu m o n i a , 
pneumotórax, ICC e etc). 
• Os sinais clássicos 
do TEP vistos na 
radiografia são: 
• O l i g o e m i a fo c a l 
( s i n a l d e 
W e s t e r m a r k : 
corresponde à não 
perfusão adiante da 
obstrução (observa-
s e a u m e n t o d a 
t r a n s p a r ê n c i a 
pulmonar no local afetado). 
• Alargamento da artéria pulmonar (sinal de 
Palla). 
• Elevação da hemicúpula diafragmática do 
lado acometido. 
• Atelectasias em faixa. 
• Derrame pleural de pequena intensidade. 
• Triangulo de Hampton: imagem de formato 
triangular com o ápice voltado para o hilo 
pulmonar (correspondente ao infarto 
pulmonar). 
6. Troponina: Os níveis de troponina podem se 
mostrar mais altos devido ao estiramento do 
ventrículo direito por um grande infarto 
pulmonar. 
7. Cintilação pulmonar de ventilação e 
perfusão: A varredura de ventilação-perfusão 
usa albumina radiomarcada, injetada por via 
intravenosa, e um gás radiomarcado, que é 
inalado. É usada para digitalizar os vários 
segmentos do pulmão para verificar o fluxo 
s a n g u í n e o e a d i s t r i bu i ç ã o d o g á s 
radiomarcado. O exame de ventilação-perfusão 
é útil somente quando os seus resultados são 
normais ou indicam uma alta probabilidade de 
embolia pulmonar. 
8. Angiotomografia computadorizada 
helicoidal: Requer a administração de um 
agente de contraste radiológico por via 
intravenosa. É sensível para a detecção de 
êmbolos nas artérias pulmonares proximais e 
representa outra modalidade de diagnóstico. 
9. Angiografia pulmonar: Envolve a passagem 
de um cateter venoso através do coração direito 
e na artéria pulmonar sob fluoroscopia. (Padrão 
ouro). 
Esquema 
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA 
• A trombose venosa profunda (TVP) significa que 
houve formação de coágulo dentro de veias 
profundas, mais comumente nas pernas. 
• Este coágulo dificulta ou impede o retorno do 
sangue em direção ao coração, podendo provocar 
desde quadros leves a situações mais graves. 
• As principais complicações decorrentes dessa 
doença são: insuficiência venosa crônica/
síndrome pós-trombótica (edema e/ou dor em 
membros inferiores, mudança na pigmentação, 
ulcerações na pele) e embolia pulmonar (EP). 
• A Embolia Pulmonar ocorre devido ao 
desprendimento de um fragmento do coágulo 
pode “viajar” nas veias na forma de um êmbolo e 
Maria Vitória de Sousa Santos
ocluir artérias responsáveis pela circulação que 
alimenta os pulmões. 
Resulta de múltiplos fatores muitas vezes 
abrangidos na tríade de Virchow: 
1. Hipercoa gulabi l idade : E s tados 
hipercoaguláveis, aumento do número de 
plaquetas; maior disponibilidade de fatores 
pró-coagulantes; redução de inibidores da 
coagulação. 
2. Estase sanguínea: Diminuição da 
velocidade da circulação do sangue nas 
veias. 
3. Lesão endotelial: O endotélio tem ações 
pró e anticoagulante. Agressões variadas ao 
endotélio (físicas, químicas ou biológicas) 
podem torná-lo pró-coagulante por 
aumento na síntese de fatores da 
coagulação (fator VII) e de fatores 
ativadores de plaquetas (TXA2 e ADP). 
Classificação clínica da doença venosa (CEAP) 
Manifestações clínicas 
• Muitos indivíduos com trombose venosa são 
assintomáticos; em até 50% dos casos a TVP é 
assintomática. 
• A inexistência de sinais e sintomas provavelmente 
ocorre porque a veia não está totalmente ocluída 
ou por causa da circulação colateral. 
Quando presentes, podem consistir de: 
1. Dor; 
2. Edema (principalmente unilateral e 
assimétrico); 
3. Eritema; 
4. Cianose; 
5. Dilatação do sistema venoso superficial; 
6. Aumento de temperatura; 
7. Empastamento muscular; 
8. Sensibilidade dos músculos profundos; 
9. Sensação de formigamento/ câimbras/ 
cansaço; 
10. Dor à palpação. 
Sinais no exame clínico: 
1. Sinal de Bancroft: Surge 
quando o paciente apresenta 
dor ao realizar o aperto da 
muscu latura da per na 
contra a tíbia. 
2. Sinal de Homans: O 
paciente refere dor na 
dorso-flexão do pé (ativo). 
3. S i n a l d a B a n d e i r a : 
Diminuição da mobilidade 
da panturrilha secundária a 
um edema. 
4. Flegmasia alba dolens: 
I n fl a m a ç ã o b r a n c a e 
do lorosa , f az par te do 
espectro clínico da TVP, com 
e n v o l v i m e n t o a r t e r i a l 
secundário e caracterizada 
pela presença de dor, edema e 
palidez cutânea no membro 
acometido. 
Fatores de risco 
1. Obesidade; 
2. Idade (os idosos são mais propensos); 
3. Varizes muito grandes; 
4. Mulheres que tomam estrogênio, hormônio 
feminino presente em pílulas anticoncepcionais; 
5. Portadores de câncer; 
6. Pessoas com casos de trombose na família; 
7. Gestantes. 
Maria Vitória de Sousa Santos
LO
Situações de alerta 
Viagens a longas distâncias 
A cada duas horas, caminhe pelo avião ou pelo 
ônibus. Se estiver de carro, pare e faça 20 exercícios 
para as panturrilhas, subindo e descendo da ponta 
dos pés. Pacientes de riscos devem consultar 
angiologista ou cirurgião vascular antes de viajar. 
Cirurgias 
O paciente fica muito tempo imobilizado. O 
médico deve ser informado sobre a existência de 
fatores de risco para receitar medicação preventiva. 
Alta Predisposição para Tromboembolismo 
Venoso 
1. Fratura de perna ou quadril 
2. Prótese de joelho ou quadril 
3. Cirurgia grande porte 
4. Traumas maiores 
5. Lesão na medula espinhal 
M o d e r a d a P r e d i s p o s i ç ã o p a r a 
Tromboembolismo Venoso 
1. Cirurgia de joelho por artroscopia 
2. Cateter venoso central 
3. Quimioterapia 
4. Insuficiência respiratória ou cardíaca crônica 
5. Terapia de reposição hormonal 
6. Câncer 
7. Contraceptivos orais 
8. AVE com paralisia 
9. Puerpério 
10. TEV prévio 
11. Trombofílias 
Baixa Predisposição para Tromboembolismo 
Venoso 
1. Repouso no leito > 3 dias 
2. Imobilidade por tempo prolongado 
3. Idade avançada 
4. Cirurgia video-laparoscópica 
5. Obesidade 
6. Gestação e pós parto 
7. Varicosidades 
Fatores Hereditários Ligados à Trombofília 
1. Fator V de Leiden 
2. Mutação no gene da protrombina 
3. Deficiência de proteína C e/ou S 
4. Resistência à proteína C ativada sem fator V de 
Leiden 
5. Deficiência de antitrombina 
6. Disfibrinogenemia 
7. Deficiência de plasminogênio 
8. Síndrome do Anticorpo Antifosfolipideos 
 DIAGNÓSTICO 
Vários testes são úteis para essa finalidade, 
incluindo venografia ascendente, ultrassonografia 
(p. ex., em tempo real, modo B, dúplex) e 
quantificação do dímero D no plasma. 
1. Ultrassonografia com Doppler: exame 
não invasivo de escolha para o diagnóstico de 
TVP.O principal critério ultrassonográfico 
para diagnóstico de TVP é o teste de 
compressão. Nesse caso, com o transdutor 
vascular se localizam as veias femorais comum, 
superficial e poplítea e realiza-se leve 
compressão venosa. Se houver compressão 
completa se exclui TVP, caso não haja 
compressão o exame é considerado positivo 
para presença de trombo. 
2. Flebografia: A venografia com contraste é o 
exame considerado padrão-ouro para o 
diagnóstico de TVP. Porém, não deve ser 
realizado como exame inicial para diagnóstico, 
reservado apenas quando os outros testes são 
incapazes de definir o diagnóstico. 
3. D- Dímero: Produto da degradação da fibrina 
presente em um coágulo. Na presença de 
trombose, a plasmina circulante quebra a 
fibrina insolúvel e um dos produtos de 
degradação dela é o dimero D. 
Observação: O D-dímero é um teste altamente 
sensível mas pouco específico, uma vez que a 
fibrina também é formada a partir de um trauma, 
cirurgia, infecção e etc, não sendo indicativo apenas 
de uma trombose venosa profunda. 
ESCORE DE WELL E D- DÍMERO 
O escore de Wells é um modelo prático de predição 
clínica, baseado em sinais e sintomas, fatores de 
risco e diagnósticos alternativos, estimando a 
probabilidade pré-teste para Trombose Venosa 
Profunda (TVP) e Tromboembolismo Pulmonar 
(TEP). 
Maria Vitória de Sousa Santos
SOPRO CARDÍACO 
SONS CARDÍACOS 
Os sons cardíacos, ou bulhas, são as vozes acústicas 
(som) geradas pelo impacto do sangue em diversas 
estruturas cardíacas e nos grandes vasos. 
BULHAS CARDÍACAS 
• Duas bulhas cardíacas, que resultam da 
contração cardíaca, são normalmente ouvidas 
por meio de um estetoscópio colocado sobre a 
parede torácica. 
• A primeira bulha (B1), um som grave e suave 
(TUM), está associada ao fechamento das valvas 
AV; 
• A segunda bulha (B2), um som mais alto (TÁ), 
está associada ao fechamento das valvas do 
tronco pulmonar e da aorta (duração menor que 
B1). 
- Observação: O som TUM marca o início 
da sístole, enquanto o som TÁ ocorre no 
início da diástole. 
• Esses sons, que resultam de vibrações causadas 
pelo fechamento das valvas, são normais; todavia, 
outros sons, conhecidos como sopros cardíacos, 
podem constituir um sinal de doença cardíaca. 
- Observação: A presença da terceira bulha 
ocorre concomitantemente com a fase de 
enchimento rápido ventricular do ciclo 
cardíaco, durante a qual ocorre a maior parte 
do enchimento diastólico do ventrículo 
(aproximadamente 80%). A presença da 
quarta bulha demonstra uma relação 
temporal evidente com a contração atrial, 
sendo tipicamente um som pré-sistólico. Seu 
mecanismo provável parece estar relacionado 
com vibrações da parede ventricular, 
secundárias à expansão volumétrica dessa 
cavidade produzida pela contração atrial. 
B3 (TUM-TÁ-TÁ) 
• Som que ocorre entre a proto e mesodiástole, 
final da fase de enchimento rápido. 
• Melhor audível em área mitral em decúbito 
lateral esquerdo. 
• Ocorre na insuficiência cardíaca, sendo um 
indicador da sua gravidade. 
• Pode ser fisiológico em crianças e adolescentes. 
B4 (TRRUM-TÁ) 
• Ocorre na telediástole e é gerado pela 
desaceleração da coluna sanguínea que é 
impulsionada pelos átrios na fase de contração 
atrial contra a massa sanguínea existente no 
interior do ventrículo esquerdo, no final da 
diástole. 
• Representa uma contração. 
O QUE É SOPRO CARDÍACO? 
• Os sopros podem ser 
p r o d u z i d o s p o r 
defeitos cardíacos que 
causam turbulência 
do fluxo sanguíneo. 
• N o r m a l m e n t e , o 
fl u x o s a n g u í n e o 
através das valvas e 
dos vasos é um fluxo 
laminar – isto é, flui 
e m c a m a d a s 
concêntricas suaves. 
O fluxo turbulento 
pode ser causado 
pelo: 
1. Rápido fluxo de 
sangue no sentido 
habitual através de 
u m a v a l v a 
anormalmente estreitada (estenose); 
2. Pelo fluxo retrógrado de sangue através de uma 
valva permeável lesionada (insuficiência); 
3. Pelo fluxo de sangue entre os dois átrios ou os 
dois ventrículos através de um pequeno orifício 
na parede que os separa (denominado 
comunicação interatrial ou interventricular). 
CICLO CARDÍACO 
Maria Vitória de Sousa Santos
TIPOS DE SOPRO EM RELAÇÃO À DURAÇÃO DO 
CICLO CARDÍACO 
1. Sopro Sistólico: acontece durante a sistole 
ventricular, podendo ser ejetivo (estenose 
aórt ica, es tenose pulmonar, CIV) ou 
regurgitativo (insuficiência mitral, insuficiência 
tricúspide). Entre a primeira e a segunda bulha. 
- Sopro sistólico de regurgitação = 
Ocorre na insuficiência das valvas 
atrioventriculares (mitral e tricúspide), 
sendo de intensidade constante, suave e 
associado a hipofonese de B1. 
- Sopro sistólico de ejeção = Geralmente 
com formato em diamante ou crescendo e 
decrescendo, rude, causado por turbulência 
na via de saída (estenose de válvula aórtica 
ou pulmonar) ou nos vasos da base durante 
a ejecão. 
2. Sopro Diastólico: acontece durante a 
diástole ventricular (insuficiência aórtica, 
insuficiência pulmonar, estenose mitral, 
estenose tricuspide). Entre a segunda e a 
primeira bulha. 
- Sopro diastólico aspirativo= Ocorre 
pela regurgitação das valvas semilunares 
(insuficiência aórtica ou pulmonar) na 
diástole, iniciando-se logo após B2. 
- Sopro diastólico em ruflar= É 
característico da estenose das válvulas 
atrioventriculares (mitral e tricúspide), 
s endo g ranu lo so e ocor rendo na 
protodiástole. 
3. Sopro Contínuo: acontece durante todo o 
ciclo cardiaco. Exemplos clássicos desses sopros 
são a persistência de canal arterial e as fistulas 
arteriovenosas em crianças maiores. 
- S o p r o s s i s t o d i a s t ó l i c o s ( e m 
maquinaria)= São contínuos, em 
vaivém, ocorrendo, por exemplo, na 
persistência do canal arterial. 
TIPOS DE SOPROS DIASTÓLICOS 
1. Sopro Protodiastólico = Formado pelo 
fluxo regurgi tante através das valvas 
semilunares incompetentes. 
2. Sopros Mesodiastólicos e Pressistólicos 
= Formado pelo fluxo turbulento que atravessa 
as valvas atrioventriculares. 
CARACTERÍSTICAS DESCRITIVAS DOS SOPROS 
CARDÍACOS 
Duração 
De acordo com a duração, desde o momento de 
início até o seu término, um sopro sistólico pode ser 
caracterizado como proto, meso, tele ou 
holossistólico, no caso de a vibração ocorrer 
predominantemente no início, meio, final ou ao 
longo de toda a sístole, respectivamente. Do mesmo 
modo, aos sopros diastólicos. 
Localização E Irradiação 
• É fundamental, na avaliação dos sopros 
cardiacos, identificar o local em que se 
manifestam com maior intensidade, uma vez que 
esse dado é utilizado na determinação do local de 
origem. 
• Nesse sentido, a ausculta não deve ser executada 
apenas nos focos auscultatórios clássicos. 
• Ela deve incluir, além desses focos, o mesocárdio, 
as bordas esternais esquerda e direita, a região 
subxifoide, e áreas de irradiação frequente de 
sopros como a região axilar, região subclavicular, 
fürcula e base do pescoço e, em alguns casos, no 
dorso. 
• Desde que um sopro seja detectado, deve-se 
procurar, a partir de pequenos movimentos do 
estetoscópio, a região de maior intensidade. 
• Essa movimentação também permitirá definir o 
padrão de irradiação do sopro, outro elemento 
importante na caracterização clínica desses sons 
cardíacos. 
Intensidade 
• Esta característica é dependente da inter-relação 
de diversos fatores, incluindo a distância entre o 
local de origem da turbulência e a região de 
ausculta, a velocidade do sangue, e o fluxo 
sanguíneo por meio do local de produção do 
sopro, bem como as condições de transmissão 
desse som até a superficie do tórax. 
Os sopros cardíacos são caracterizados de 
acordo com a intensidade em 6 graus, 
definidos como: 
1. Grau 1/6 = representa um sopro tão pouco 
intenso que só pode ser ouvido com muito 
esforço e concentração; 
2. Grau II/6 = sopro de pequena intensidade 
mas que pode ser identificado rapidamente por 
um observador experiente; 
3. Grau III/6 = sopro bem marcante mas não 
muito intenso; 
4. Grau IV/6 = sopro intenso;5. Grau V/6 = sopro muito intenso 
6. Grau VI/6 = sopro tão intenso que pode ser 
audível mesmo quando o estetoscópio não está 
em contato direto com a parede do tórax. 
- Observação: Uma regra prática para a 
distinção da intensidade dos sopros é atentar 
para a presença de frêmitos. Quando existir 
frêmito, o sopro apresenta intensidade de IV, 
V ou VI em 6. 
Frequência (tonalidade) 
Maria Vitória de Sousa Santos
• A frequência de um sopro geralmente tem 
relação direta com a velocidade do sangue no 
local onde este ruído é gerado. 
• O espectro de variação dos ruídos e sopros 
cardíacos não é muito amplo, estando entre 20 e 
500 Hz. 
• Ainda que essa faixa esteja situada na região de 
baixas frequências do espectro de audibilidade do 
ouvido humano, do ponto de vista clinico, 
considera-se que sons com frequências entre 20 e 
100 Hz são de baixa frequência, enquanto 
aqueles que estão entre 100 e 200 Hz têm 
frequências médias, e aqueles com frequência 
entre 200 e 500 Hz são considerados de alta 
frequência. 
• D e s s e m o d o, e s s e s s o n s p o d e r ã o s e r 
caracterizados clinicamente, com base nessa 
variação de frequências, como sopros graves ou 
agudos. 
Timbre 
• A caracterização do timbre (qualidade) de um 
sopro depende do espectro de frequências 
(harmônicas) que o compõe. 
• Um conjunto variado de termos tem sido 
empregado na descrição dessa característica dos 
sopros, incluindo: rude, áspero, suave, musical, 
aspirativo, em ruflar, em maquinaria. 
• Cada um deles tem aplicação específica para 
determinados tipos de sopros. 
COMPARAÇÃO ENTRE SOPROS SISTÓLICOS E 
DIASTÓLICOS 
ESTENOSE AÓRTICA 
1. Sistólico 
2. Meso/Telesistólico 
3. Tríade: Angina, IC, dispneia 
4. Ejetivo 
5. Entre B1 e B2 
6. Hiperfonese de B2 
7. Irradia para o pescoço 
8. Foco aórtico / aórtico acessório 
9. Crescendo e decrescendo 
10. Desdobramento paradoxal de B2 na expiração 
11. Fenômeno de Gallavardin 
INSUFICIÊNCIA ÁRTICA 
1. Diastólico 
2. Protodiastólico 
3. Aspirativo 
4. Entre B2 e B1 
5. Hipofonese de B2 
6. Foco aórtico 
7. Pulso em martelo d’água 
ESTENOSE MITRAL 
1. Diastólico 
2. Entre B2 e B1 
3. Meso/telediastólico 
4. Hiperfonese de B1 
5. Irradia para axila 
6. Ruflar 
7. Foco mitral ( em decúbito lateral esquerdo - 
Posição de Pachon) 
INSUFICIÊNCIA MITRAL 
1. Sistólico 
2. Entre B1 e B2 
3. Holosistólica 
4. Regurgitativo 
5. Foco mitral 
6. Irradia para axial e dorso 
7. Hipofonese de B 
8. Rivero Carvalho 
9. Handrip 
B1
Maria Vitória de Sousa Santos
.
DOENÇAS DAS VALVAS 
O QUE SÃO? 
• É o nome dado a qualquer mau funcionamento 
ou anormalidade de uma ou mais das quatro 
válvulas do coração, afetando o fluxo de sangue 
através do coração. 
• As válvulas regulam o fluxo do sangue no 
coração, fazendo com que, ao ser bombeado, siga 
pelos vasos ou camadas corretas do coração, 
evitando que ele flua no sentido oposto. 
DOENÇAS NA VALVA MITRAL 
• A válvula mitral permite a passagem do sangue 
no átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo. 
• Seu funcionamento correto garante que o sangue 
passe sem refluir para o átrio quando o ventrículo 
se contrai. 
• Os problemas mais comuns que acometem essa 
válvula estão relacionados à sua estrutura. 
• A degeneração dos folhetos é um deles, que pode 
estar associado ou não à ruptura de cordas e que 
leva à insuficiência valvar. 
• Outro problema é a calcificação dos folhetos, que 
com o passar do tempo pode levar à fusão deles, 
restringindo a passagem do sangue, ocasionando 
a chamada estenose valvar mitral. 
• As doenças que mais atingem a valva mitral são: 
doença reumática e degenerações mixomatosas 
da valva. A doença reumática gera grande 
calcificação e pode levar tanto à estenose quanto 
à insuficiência da valva mitral. 
ESTENOSE 
Etiologia 
1. Reumática 
2. Congênita 
3. Mixoma atrial 
4. Grande vegetação bacteriana ou fúngica 
5. Trombo “em bola” 
Achados Patológicos 
1. Espessamento das válvulas 
2. Calcificação dos folhetos 
3. Fusão comissural 
4. Fusão das cordas 
5. Associação de todos os itens acima. 
Severidade da Estenose Mitral 
1. Leve: área valvar > 1,5 cm2 
2. Moderada: entre 1,0 e 1,4 cm2 
3. Severa: área valvar <1,0 cm2 
Consequências 
Estenose mitral —> aumento da pressão do AE—> 
hiper tensão veno-capi lar pu lmonar —> 
hipertensão arterial pulmonar —> aumento da 
pressão de VD—> aumento do AD. 
Quadro Clínico 
1. Dispnéia (progressiva) 
2. Ortopnéia 
3. Hemoptise 
4. Palpitação 
5. Dor torácica (Hipertensão pulmonar). 
6. Fibrilação atrial 
7. Tromboembolismo Sistêmico: Primeira 
manifestação da doença 
Exame Físico 
1. Ventrículo direito palpável 
2. B1 Hiperfonética 
3. B4 de ventrículo direito 
4. Estalido de abertura da mitral 
5. Ruflar diastólico 
6. Reforço pré-sistólico 
7. Sopro de GRAHAM-STEEL (IP) sopro 
diastólico precoce, que ocorre na insuficiência 
da válvula pulmonar secundário a hipertensão 
pulmonar. P2> A2. 
Observação: A Estenose Mitral apresenta 
caracteristicamente um sopro diastólico, melhor 
audível com a campânula, em foco mitral. A 
irradiação frequentemente ocorre para região 
axilar. O sopro diminui com inspiração, valsalva e 
aumenta com o decúbito lateral esquerdo e 
exercício físico. 
INSUFICIÊNCIA 
• A insuficiência mitral pode ser decorrente da 
degeneração, retração ou alongamento dos 
folhetos ou, ainda, da ruptura ou retração das 
cordoalhas. 
• Pode haver também insuficiência mitral 
decorrente da disfunção isquêmica dos músculos 
papilares. 
Pode ser do tipo: 
1. Orgânica : comprometimento do aparelho 
valvar. 
2. Funcional: secundária a patologia estrutural. 
Etiologia orgânica 
1. Reumática 
2. Congênita 
Maria Vitória de Sousa Santos
3. Degeneração mixomatosa (PVM) 
4. Endocardite/ Doenças do colágeno 
5. Trauma (penetrante ou não) 
6. Ruptura espontânea de corda tendínea 
Etiologia funcional 
1. Isquêmica (complicação mecânica do IAM) 
2. Cardiomiopatia hipertrófica 
3. Cardiomiopatia dilatada (qq. etiologia) 
4. Dilatação do AE 
Apresentação Clínica 
1. Aguda: Insuficiência ventricular esquerda 
aguda/ Edema Agudo de Pulmão. 
2. Crônica: Sintomas de Insuficiência ventricular 
esquerda - dispnéia, ortopnéia, Dispneia 
Paroxística Noturna, tosse seca, insuficiência 
ventricular direita, congestão venosa sistêmica. 
Exame Físico 
1. B3 (crônica) 
2. B4 (aguda) 
3. Sopro holossistólico (irradiação axilar) 
4. Irradiação anterior (folheto posterior) 
5. Sopro sistólico mais audível em foco mitral;  
6. B1 pode ser hipofonético; 
7. Ictus cordis aumentado e desviado para a 
esquerda e para baixo; e 
8. B2 hiperfonética-em casos de hipertensão 
pulmonar.  
9. Handgrip: Onde o paciente fecha as mãos e 
as pressiona. Esse exercício isométrico leva ao 
aumento da resistência vascular periférica, 
aumenta regurgitação mitral e reduz o fluxo 
aórtico. Aumenta a intensidade do sopro, pois 
ao realizar a manobra, ocorre aumento da pós-
carga devido elevação da resistência vascular 
periférica. Dessa forma, o ventrículo esquerdo 
ejeta maior quantidade de volume de sangue 
no átrio esquerdo através de uma valva mitral 
incompetente, fazendo a intensidade do sopro 
aumentar). 
10. Manobra de Rivero Carvalho: Diferenciar 
insuficiência mitral e tricúspide. 
- Observação: Na Insuficiência Mitral o sopro é 
mais intenso no foco mitral, ou seja, na ponta do 
coração, irradiando para todo o precórdio, e 
pode chegar até as linhas axilares, dorso e 
escápula esquerda. Geralmente, um sopro 
holossistólico, de alta frequência. 
DOENÇAS NA VALVA AÓRTICA 
A estenose aórtica e a insuficiência aórtica são as 
doenças mais comuns que acometem as valvas 
cardíacas aórticas. 
ESTENOSE 
• A estenose aórtica ocorre quando a valva aórtica 
torna-se enrijecida, calcificada por conta de um 
processo degenerativo. 
• Esse processo provoca o estreitamento da valva 
aórtica dificultando o fluxo sanguíneo. 
• A válvula aórtica é composta por folhetos que 
determinam a competência da valva e fazem com 
que o sangue fluacorretamente, somente em um 
sentido, do coração para a aorta. 
• A calcificação e o enrijecimento fazem com que 
esses folhetos passem a causar obstrução ao fluxo 
sanguíneo. 
• Dessa forma, a estenose aórtica impede que a 
válvula abra corretamente, diminuindo o espaço 
por onde o sangue deve passar. 
• Isso faz com que o coração precise trabalhar com 
uma sobrecarga de pressão para bombear a 
quantidade de sangue necessária para todo o 
organismo. 
• Com o passar do tempo essa sobrecarga pode 
levar a falência da bomba cardíaca, evoluindo 
para a insuficiência cardíaca. 
Etiologia 
1. Doenças degenerativas: Principalmente em 
pacientes idosos, pelo acúmulo de cálcio na 
válvula aórtica ao longo dos anos; 
2. Doença reumática: Que acomete o aparelho 
l o c o m o t o r, m a s q u e t a m b é m p o d e 
comprometer órgãos, como rins, pulmões, 
intestino e coração; 
3. A n o m a l i a s c o n g ê n i t a s : E s t u d o s 
identificaram que pessoas que nascem com 
apenas 2 folhetos, valvas bicúspide (o normal 
são 3), estão mais suscetíveis à doença. 
Apresentação Clínica 
Os sintomas da estenose aórtica, muitas vezes, são 
silenciosos. Os pacientes podem passar por longos 
períodos sem percebê-los. 
1. Dor no peito (angina) - desequilíbrio entre a 
oferta e demanda de O2. 
2. Falta de ar (dispneia). 
3. Desmaios (síncopes) - Aumento da resistência 
vascular, incapacidade de elevar o DC, 
Maria Vitória de Sousa Santos
arritmias supra-ventriculares, arritmias 
ventriculares. 
4. ICC - Hipertensão ventricular esquerda inicial 
—> dilatação do VE e AE. 
5. A tolerância menor às atividades físicas. 
Severidade da Estenose Aórtica 
1. Leve: área valvar > 1,5 cm2 
2. Moderada: entre 1,0 e 1,4 cm2 
3. Severa: área valvar em torno de 0.5 cm2 
Exame Físico 
1. Pulso parvus e tardus (atraso do pico de fluxo e 
amplitude reduzida); 
2. Hipofonese de B1; 
3. Desdobramento paradoxal de B2 (expiração) - 
Estenose aórtica grave; 
4. Sopro sistólico rude, ejetivo, crescendo e 
decrescendo (em diamante), mais audível em 
foco aórtico, com irradiação para as carótidas e 
fúrculas (B4) ; 
5. B3 (casos avançados). 
6. Fenômeno de Gallavardin: Quando o 
sopro da estenose aórtica se irradia para o foco 
mitral (continuidade anatômica entre os anéis 
aórtico e mitral), podendo parecer que existem 
2 sopros diferentes (diferenciar da insuficiência 
mitral com as manobras descritas acima). 
Observação: Ao realizar a manobra de 
agachamento, ocorre um aumento da pré- carga 
devido a maior retorno venoso. Diante disso, o 
sopro da estenose aórtica aumenta de intensidade, 
já que agora há maior volume de sangue passando 
pela valva estenosada. 
INSUFICIÊNCIA 
A insuficiência aórtica ocorre quando a valva 
aórtica torna-se incompetente na sua função de 
fechar, permitindo o refluxo de sangue. Com o 
passar do tempo esse refluxo pode levar à falência 
da bomba do coração causando insuficiência 
cardíaca. 
Etiologia : Anomalia da cúspide aórtica 
7. Reumática 
8. Endocardite 
9. Congênita (válvula aórtica bicúspide/ 
Síndrome de Marfan) 
10. Degenerativa 
11. Lúpus er i tematoso s i s têmico/ Artr i te 
reumatóide 
12. Trauma/ Pós-valvoplastia aórtica 
13. Valvopatia por droga (fenfluramina) 
Etiologia: Anomalia do arco aórtico 
1. Sífilis/ Síndrome de Marfan; 
2. Espondilite anquilosante; 
3. Síndrome de Ehlers-Danlos (distensão do tec. 
conjuntivo: hipermobilidade e frouxidão das 
articulações e hiperelasticidade da pele); 
4. Dissecção aórtica; 
5. CIV; 
6. Trauma. 
Apresentação Clínica 
1. Aguda: Insuficiência Ventricular Esquerda 
aguda/ Edema Agudo de Pulmão (grave) 
2. Crônica: Sintomas tardios de IVE dispnéia, 
ortopnéia, dispneia paroxística noturna, tosse 
seca. 
Exame Físico 
1. Pulso em martelo-d'água (Corrigan) - pulso 
proeminente mesmo com o braço elevado. 
2. B3 
3. Sopro diastólico (caráter aspirativo decrescente, 
melhor audível no foco Ao. acessório); 
4. Sopro protodiastólico, aspirativo e decrescente, 
mais audível no foco aórtico acessório, com 
irradiação cervical; 
5. B2 hipofonética ou ausente; 
6. Pulso bisferiens (dois picos sistólicos); 
7. Ictus cordis aumentado e desviado para a 
esquerda. 
8. Insuficiência aórtica severa: sopro de 
AUSTIN-FLINT- ruflar diastólico, por 
fechamento funcional da válvula mitral em 
decorrência de insuficiência da válvula aórtica. 
Observação: O sopro diastólico aspirativo é de 
alta frequência e inicia imediatamente após a 
segunda bulha. O sopro em decrescendo é melhor 
audível com o paciente sentado e com o corpo 
inclinado para frente, nos focos aórtico e aórtico 
assessório. A vibração do aparelho mitral normal 
durante a regurgitação aórtica causa uma estenose 
mitral funcional. Um dica para diferenciar o sopro 
de Austin Flint do sopro da estenose mitral 
orgânica (geralmente por acometimento reumático) 
é a ausência de estalido de abertura da mitral e de 
B1 hiperfonética. 
Sinais periféricos 
1. Pulso de Corrigan pulso em martelo 
dágua ou bisferens: São palpados dois picos 
sistólicos por sístole, ocorrendo em situações na 
qual um grande volume sistólico é ejetado na 
aorta, como na insuficiência aórtica grave. 
2. Sinal de Musset : Oscilação da cabeça. 
3. Sinal de Minervini: Pulsação da base da 
língua. 
4. Sinal de Quincke: Pulso capilar visível após 
compressão do leito ungueal. 
5. Sinal de Durozier: Duplo sopro na artéria 
femoral - sistólico e diastólico. 
6. Sinal de Hill: Elevação desproporcional da 
pressão diastólica poplítea pelo menos 20 
mmhg superior aos membros superiores. 
Maria Vitória de Sousa Santos
7. Sinal de Traube ("pistol shots"-artéria 
f e m o r a l : Ru í d o s ú b i t o a u d í ve l c o m 
estetoscópico, de alta frequência. 
8. Sinal de Muller: Pulsação visível da úvula.
Maria Vitória de Sousa Santos
TUBERCULOSE 
PATOGÊNESE 
• Tuberculose é uma doença infecciosa causada 
pela micobactéria M. tuberculosis. 
• É transmitida pela aerosolização do bacilo 
proveniente das secreções da via respiratória de 
indivíduos bacilíferos para pessoas susceptíveis. 
• Uma cavidade pulmonar produz cerca de 
milhões de bacilos por ml de secreção. 
• As partículas inspiradas atravessam as barreiras 
mecânicas (boca, narinas, traqueia) e se instalam 
nos alvéolos. 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
Tuberculose primária 
• Tuberculose pode manifestar-se como uma 
doença primária, que apresenta cura espontânea 
na grande maioria dos casos, com a formação do 
complexo primário ou de Gohn. 
• A tuberculose primária é a forma da doença que 
se desenvolve em uma pessoa previamente não 
exposta e, portanto, não sensibilizada. 
• Na tuberculose primária, a fonte do organismo é 
exógena. 
• Nos casos típicos, essa infecção é iniciada em 
consequência da inalação de núcleos goticulares 
contendo bacilos da tuberculose. 
• A maioria dos pacientes com tuberculose 
primária desenvolve infecção latente, na qual 
linfócitos T e macrófagos circundam os 
microrganismos dos granulomas limitando sua 
disseminação. 
• Pacientes com tuberculose latente não têm 
doença em atividade e não podem transmitir o 
bacilo às outras pessoas. 
• Na maioria das pessoas, a infecção primária é 
contida, porém, em outras, a tuberculose 
primária é progressiva. 
• Esses pacientes desenvolvem tuberculose primária 
progressiva com destruição continuada dos 
tecidos pulmonares e disseminação da doença 
para diversas áreas do pulmão. 
Tuberculose progressiva 
• A tuberculose progressiva primária é causada por 
reinfecção secundária aos núcleos goticulares 
inalados ou pela reativação de uma lesão 
primária previamente cicatrizada. 
• Em geral, isso ocorre nos casos em que os 
mecanismos de defesa do organismo estão 
deprimidos. 
• A imunidade parcial que acompanha a 
tuberculose primária confere proteção contra 
reinfecção e, até certo ponto, ajuda a delimitar a 
doença, caso aconteça reativação. 
• Com a tuberculose progressiva primária, a reação 
de hipersensibilidade celular pode ser um fator 
agravante,conforme se evidencia pela frequência 
de cavitação e disseminação brônquica. 
• Se localiza mais frequentemente na porção 
superior do lobo inferior ou na porção inferior do 
lobo médio à direita. 
Tuberculose secundária 
• A tuberculose secundária é o padrão da doença 
que surge em um hospedeiro previamente 
sensibilizado. 
• Ela pode seguir logo após a tuberculose primária, 
porém mais comumente aparece muitos anos 
após a infecção inicial, usualmente quando a 
resistência do hospedeiro está enfraquecida. 
• Ela mais comumente deriva da reativação de 
uma infecção latente, mas também pode resultar 
de uma reinfecção exógena, no caso de uma 
redução da imunidade do hospedeiro, ou quando 
um grande inóculo de bacilos virulentos 
sobrecarrega o sistema imune do hospedeiro. 
• A tuberculose pulmonar secundária classicamente 
envolve o ápice dos lobos superiores de um ou 
ambos os pulmões. 
• Devido à preexistência de hipersensibilidade, os 
bacilos elicitam uma imediata e marcante 
resposta tecidual, que tende a isolar o foco de 
infecção. 
• Como resultado, os linfonodos regionais são 
menos proeminentemente envolvidos na fase 
inicial da doença secundária, do que o são na 
tuberculose primária. 
• Por outro lado, cavitação ocorre prontamente na 
forma secundária. 
• De fato, a cavitação é quase inevitável nas 
tuberculoses secundárias negligenciadas, e a 
erosão das cavidades para dentro de uma via 
aérea é uma importante fonte de infecção porque 
a pessoa agora tosse escarro que contém 
bactérias. 
• A tuberculose secundária localizada pode ser 
assintomática. 
• Quando as manifestações aparecem, elas são 
usualmente de início insidioso. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Tuberculose primária 
Normalmente a primária é assintomática, mas nos 
pacientes com doença progressiva, os sintomas em 
alguns casos geralmente são insidiosos e 
inespecíficos, inclusive: 
1. Febre alta; 
2. Emagrecimento; 
3. Fadiga; 
4. Sudorese noturna; 
5. Pleurite; 
Maria Vitória de Sousa Santos
6. Linfadenite; 
7. Inicialmente a tosse é seca e logo depois de 
torna produtiva com escarros purulentos com 
raias de sangue (a medida que a doença 
progride, contribuindo para a infecção de 
outras pessoas); 
8. Dispneia (Surge a medida que a doença avança 
para tuberculose progressiva primária tardia); 
9. Estertores a ausculta pulmonar 
10. Erosão de um vaso sanguíneo (disseminação 
hematogênica- tuberculose miliar). 
Tuberculose secundária 
Sintomas sistêmicos, provavelmente relacionados 
com citocinas liberadas pelos macrófagos ativados 
(p. ex., TNF e IL‐1), frequentemente aparecem 
precocemente no curso da doença e incluem: 
1. Mal‐estar; 
2. Anorexia; 
3. Perda de peso; 
4. Febre (comumente é baixa e remitente, 
aparecendo no fim da tarde e então decresce). 
5. Com o envolvimento pulmonar progressivo, 
aparece um aumento na quantidade de escarro, 
primeiramente mucoide e depois purulento; 
6. Algum grau de hemoptise está presente em 
cerca de metade de todos os casos de 
tuberculose pulmonar; 
7. Dor pleurítica pode resultar da extensão da 
infecção para as superfícies pleurais; 
8. Manifestações extrapulmonares de tuberculose 
são numerosas e dependem do sistema de 
órgãos envolvido. 
TB MILIAR 
• É associada à disseminação hematogênica de 
uma Tuberculose Pulmonar Primária ou 
Secundária (por reativação simultânea de vários 
focos latentes, formados na fase de disseminação 
hematogênicapré-alérgica). 
• O termo tuberculose miliar descreve lesões 
d iminutas que resul tam desse t ipo de 
disseminação hematogênica e podem afetar quase 
todos os órgãos, principalmente encéfalo, 
meninges, fígado, rins e medula óssea. 
DIAGNÓSTICO 
Os métodos de triagem usados mais comumente 
para diagnosticar tuberculose pulmonar são testes 
cutâneos tuberculínicos e radiografias do tórax. 
1. Teste cutâneo tuberculínicos: O teste 
c u t â n e o c o m t u b e r c u l i n a a v a l i a a 
hipersensibilidade retardada (i. e., celular, ou do 
tipo IV) que se segue à exposição ao bacilo da 
tuberculose. Os pacientes que positivam sua 
reação ao teste tuberculínico geralmente assim 
continuam por toda sua vida. Uma reação 
positiva ao teste cutâneo não significa que o 
indivíduo tenha tuberculose em atividade. Isso 
significa apenas que houve exposição ao bacilo 
e que o indivíduo desenvolveu imunidade 
celular ao microrganismo. 
2. Baciloscopia direta : O diagnóstico 
definitivo da tuberculose pulmonar em 
atividade baseia-se no isolamento dos bacilos 
em cul turas, ou na ident ificação do 
microrganismo a partir das técnicas de 
amplificação do ácido desoxirribonucleico 
(DNA) ou RNA. 
3. Cultura: Exames bacteriológicos com 
amostras de escarro iniciais, aspirados gástricos 
o u l ava d o s b r ô n q u i c o s o b t i d o s p o r 
broncoscopia de fibra óptica podem ser 
realizados. 
4. Radiografia de tórax: A radiografia de 
tórax é método diagnóstico de grande 
importância na investigação da tuberculose. 
Nela podem ser observados vários padrões 
radiológicos sugestivos de atividade de doença, 
como cavidades, nódulos, consolidações, 
massas, processo intersticial (miliar), derrame 
pleural e alargamento de mediastino. 
5. TC do tórax: A tomografia computadorizada 
(TC) do tórax é mais sensível para demonstrar 
alterações anatômicas dos órgãos ou tecidos 
comprometidos e é indicada na suspeita de tb 
pulmonar quando a radiografia inicial é 
normal, e na diferenciação com outras doenças 
torácicas, especialmente em pacientes 
imunossuprimidos. 
6. Te s t e r á p i d o m o l e c u l a r p a r a 
tuberculose (TRM): TRM-TB é um teste 
de amplificação de ácidos nucleicos utilizado 
para detecção de DNA dos bacilos do 
complexo M. tuberculosis e triagem de cepas 
resistentes à rifampicina. 
TRATAMENTO 
• Os objetivos do tratamento são erradicar todos os 
bacilos da tuberculose do paciente infectado, ao 
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mesmo tempo que se evita o desenvolvimento de 
resistência significativa aos fármacos. 
• O bacilo tem taxa elevada de mutação e tende a 
adquirir resistência a qualquer fármaco. 
• Por essa razão, os pacientes com tuberculose em 
atividade usam esquemas com vários fármacos. 
Dois grupos preenchem os critérios 
estabelecidos para o tratamento da 
tuberculose com fármacos específicos: 
1. Indivíduos com tuberculose em atividade 
2. Pacientes que tiveram contato com casos de 
tuberculose ativa e que estão sujeitos a 
desenvolver doença ativa. 
Os principais fármacos usados para tratar 
tuberculose são: 
1. Isoniazida 
2. Rifampicina 
3. Pirazinamida 
4. Etambutol 
O tratamento da tuberculose é padronizado, deve 
ser realizado de acordo com as recomendações do 
Ministério da saúde e compreende duas fases: 
1. Intensiva (ou de ataque) tem como 
objetivo reduzir rapidamente a população 
bacilar e a eliminação dos bacilos com 
resistência natural a algum medicamento. 
Uma consequência da redução rápida da 
população bacilar é a diminuição da 
contagiosidade. Para tal, são associados 
medicamentos com alto poder bactericida. 
2. Manutenção tem o objetivo de eliminar 
os bacilos latentes ou persistentes e a 
redução da possibilidade de recidiva da 
doença. Nessa fase, são associados dois 
m e d i c a m e n t o s c o m m a i o r p o d e r 
bactericida e esterilizante, ou seja, com boa 
atuação em todas as populações bacilares. 
ESQUEMAS 
O esquema indicado para casos novos em adultos e 
adolescentes (> 10 anos), de todas as formas de 
tuberculose pulmonar e extrapulmonar (exceto a 
forma meningoencefálica), infectados ou não por 
HIV: 
1. Fase intensiva: Rifampicina (R) + Isoniazida 
(H) + Pirazinamida (Z) + Etambutol (E) 
durante 2 meses (2 RHZE). 
2. Fase de manutenção: Rifampicina + 
Isoniazida durante 4 meses (4 RH). 
O esquema indicado para casos novos em crianças 
< 10 anos, de todas as formas de tuberculose 
pulmonar e extrapulmonar (exceto a forma 
meningoencefálica), infectados ou não por HIV: 
1. Fase de ataque: 2 RHZ 
2. Fase de manutenção:

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