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Caso concreto 1 1- a) Não há fundamento, devido ao princípio da autonomia. b) O Princípio da inoponibiliade das exceções pessoais. 2- Letra E 3-letra E Jurisprudência e Doutrina Processo- AgInt nos EDcl no REsp 1353875 / SP AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO ESPECIAL 2011/0177111-0 AGRAVO INTERNO. DIREITO CAMBIÁRIO. AQUISIÇÃO, EM CONTRATO DE DESCONTO BANCÁRIO, DE TÍTULO DE CRÉDITO À ORDEM, DEVIDAMENTE ENDOSSADO. INCIDÊNCIA, EM BENEFÍCIO DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA ENDOSSATÁRIA TERCEIRA DE BOA-FÉ, DOS PRINCÍPIOS CAMBIÁRIOS. CRÉDITO CAMBIÁRIO, DE NATUREZA ORIGINÁRIA E AUTÔNOMA, QUE SE DESVINCULA DO NEGÓCIO SUBJACENTE. ALEGAÇÃO DO DEVEDOR DE TER HAVIDO SUPERVENIENTE DESFAZIMENTO DO NEGÓCIO FUNDAMENTAL. HIPÓTESE QUE NÃO RESULTA EM NENHUM PREJUÍZO AO CRÉDITO DE NATUREZA CAMBIAL DO BANCO PORTADOR, EM VISTA DOS PRINCÍPIOS CAMBIÁRIOS DA AUTONOMIA DAS OBRIGAÇÕES CAMBIAIS E DA INOPONIBILIDADE DE EXCEÇÕES PESSOAIS AOS TERCEIROS DE BOA-FÉ. 1. A quitação regular de obrigação representada em título de crédito é a que ocorre com o resgate da cártula - tem o devedor, pois, o poder-dever de exigir daquele que se apresenta como credor cambial a entrega do título de crédito (o art. 324 do Código Civil, inclusive, dispõe que a entrega do título ao devedor firma a presunção de pagamento). (REsp 1236701/MG, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 05/11/2015, DJe 23/11/2015) 2. Por um lado, o endosso, no interesse do endossatário, tem efeito de cessão de crédito, não havendo cogitar de observância da forma necessária à cessão civil ordinária de crédito, disciplinada nos arts. 288 e 290 do Código Civil. Por outro lado, a negociabilidade dos títulos de crédito é decorrência do regime jurídico-cambial, que estabelece regras que dão à pessoa para quem o crédito é transferido maiores garantias do que as do regime civil. 3. "Com efeito, desde a multicitada e veemente advertência de Vivante acerca de que não se deve ser feita investigação jurídica de instituto de direito comercial sem se conhecer a fundo a sua função econômica, a abalizada doutrina vem, constantemente, lecionando que, no exame dos institutos do direito cambiário, não se pode perder de vista que é a sua disciplina própria que permite que os títulos de crédito circulem, propiciando os inúmeros e extremamente relevantes benefícios econômico-sociais almejados pelo legislador". (REsp 1231856/PR, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 04/02/2016, DJe 08/03/2016) 4. Agravo interno não provido. O Princípio da autonomia é princípio nuclear dos títulos de créditos. Para um bom entendimento sobre este princípio deve-se ter em mente que a emissão capítulo 1 • 14 de um título de crédito (qualquer título de crédito) pressupõe a realização de um contrato. O contrato não precisa ser escrito (pode ser verbal), embora a emissão do título de crédito deva ser escrito por força do princípio da cartularidade. As obrigações decorrentes dos contratos podem se submeter ao princípio da acessoriedade e assim, podem ser classificadas conforme forem reciprocamente consideradas. Desta maneira, dividem-se em obrigações contratuais principais e acessórias. Direito Empresarial Aplicado ||- Autora LIDIA DUARTE VIVAS. Caso concreto 2 1- a) Fernando Lopes, Luan, Eduarda, Rebeca, Maria e Vitor. b) O principal efeito do endosso em preto é fazer com que o título fique nominal e caso o portador queira transferi-lo, obrigatoriamente devera faze-lo por endosso. 2- Letra C Jurisprudência e Doutrina AI 140205 AgR / SP - SÃO PAULO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Relator(a): Min. OCTAVIO GALLOTTI Julgamento: 27/06/1995 Órgão Julgador: Primeira Turma EMENTA: - Notas promissórias, substitutivas de garantia inicial, mas transferidas ao estabelecimento bancário mediante endosso, ajustando-se, assim, a hipótese, na previsão do art. 47 do ADCT. Agravo Regimental a que se nega provimento. O endosso é ato típico do direito cambiário, o que representa que o endosso apenas pode ser utilizado para os títulos de crédito. O endosso é o ato pelo qual se permite a circulabilidade da letra de câmbio. Assim, o endosso produz, via de regra, dois efeitos: transferência da titularidade e assunção da responsabilidade cambiária. Em relação à letra de câmbio, aplicam-se as mesmas regras estudadas na parte geral dos títulos de crédito no capítulo 1. Cabe ressaltar que, nos ensinamentos de Ricardo Negrão, “a letra de câmbio é essencialmente emitida à ordem, independentemente de cláusula expressa. É possível, entretanto, a inserção de cláusula não à ordem, tornando o título intransmissível por endosso” (NEGRÃO, 2015, p. 85). Direito Empresarial Aplicado ||- Autora LIDIA DUARTE VIVAS. Caso Concreto 3 1- a) Tendo em vista o Princípio da autonomia, uma vez que as ações são independentes. b) Poderá cobrar de Bianca na qualidade de avalista e de João na qualidade de endossante. 2- Letra B Jurisprudência e Doutrina RE 69224 / SP - SÃO PAULO RECURSO EXTRAORDINÁRIO Relator(a): Min. AMARAL SANTOS Julgamento: 25/05/1971 Órgão Julgador: Primeira Turma Ementa CAMBIAL. PROTESTO. DIREITO DE REGRESSO. APLICAÇÃO DA LEI N. 2044, ARTS. 32 E 45. SE O BENEFICIARIO DE LETRA DE CAMBIO SÓ A RECEBE DO PRÓPRIO SACADOR, TEM ESTE AÇÃO CAMBIAL CONTRA O SACADO, UMA VEZ QUE, NA QUALIDADE DE ACEITANTE, CONTINUA VINCULADO AO TÍTULO CAMBIARIO, PELO QUAL RESPONDE. O PORTADOR, EMBORA NÃO TIRE EM TEMPO UTIL E FORMA REGULAR, O INSTRUMENTO DE PROTESTO, NÃO PERDE DIREITO DE REGRESSO CONTRA O ACEITANTE (LEI N. 2044, ART. 32). PELO ACEITE, O SACADO FICA CAMBIALMENTE OBRIGADO PARA COM O SACADOR E RESPECTIVOS AVALISTAS (LEI N. 2044, ART. 45). O SACADOR, QUE PAGA O BENEFICIARIO, SE COLOCA NA POSIÇÃO DE TERCEIRO TITULADO PARA AGIR CONTRA O ACEITANTE. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO. O protesto é ato cartorário por meio do qual se comprova o descumprimento de uma obrigação. Em se tratando de letra de câmbio, o protesto pode ocorrer por falta de aceite ou por falta de pagamento, aplicando-se as mesmas regras estudadas no início deste capítulo. Direito Empresarial Aplicado ||- Autora LIDIA DUARTE VIVAS. Caso Concreto 4 1- a) O avalizado dos avais e m branco prestados na letra de câmbio é o sacador, no caso Celso Ramo s. Além disso os avais em branco e superpostos são considerados simultâneos (súmula 189 STF). b) O endossatário poderá de mandar apenas o aceitante e m eventual ação cambial, porque o título foi apresentado a pagamento do dia 12 de setembro, ou seja, após o prazo de vencimento. Assim houve perda do direito de ação e m f ace dos coobrigados. 2- Letra B Jurisprudência e Doutrina RHC 79784 / GO - GOIÁS RECURSO EM HABEAS CORPUS Relator (a): Min. SEPÚLVEDA PERTENCE Julgamento: 14/12/1999 Órgão Julgador: Primeira Turma EMENTA: I. Duplicata simulada (CPen., art. 172, cf. L. 8.137/90). Formado o título pelo saque, basta à consumação do crime que dele faça qualquer uso o sacador, como o de confiá-lo a instituição bancária para cobrança e protesto, mesmo sem endossá-lo. II. Duplicata simulada: inexistência, à falta de assinatura do sacador. A existência de duplicata - cujo similar não é a nota promissória, mas a letra de câmbio - pode existir sem o aceite, mas não sem o saque, que só a assinatura do vendedor-emitente materializa: logo, não realiza o crime do art. 172 CPen. (cf. L. 8.137/90) a remessa ao sacado de duplicata não assinada pelo sacador. A letra de câmbio possui origem na Itália na idade média, cujo sistema político era o feudal. A Europa organizava-se em feudo, cada qual com suas normas, moedas e dialetos. Os comerciantes percorriam os feudos, distantes uns dos outros.As rotas se tornavam inseguras, tendo em vista que percorriam longas distâncias com grande quantidade de moedas. Segundo ULHOA (2017, p. 399), “os comerciantes necessitavam, assim, de um instrumento que possibilitasse a troca de diferentes moedas quando, com intuito de realizar negócios, deslocavam-se de um lugar para outro.” Neste sentido, surge a letra de câmbio, cuja finalidade consistia em viabilizar o câmbio das moedas. Pode-se afirmar que existem três períodos referentes ao histórico da letra de câmbio: a fase italiana, a fase francesa e a fase alemã. A fase italiana surge no século XIII até o final do século XVII, envolve a troca de moedas distintas e o deslocamento do titular do crédito. A fase francesa, que se inicia em 1673 e perdura até o final do século XIX, exigia um determinado recurso financeiro do emitente junto ao destinatário. A fase alemã começou em 1848 e perdura até os dias atuais e foi a responsável pela uniformização da letra de câmbio. Quanto à natureza jurídica, trata-se de um título executivo extrajudicial, previsto no Código de Processo Civil, no artigo 784, inciso I. Direito Empresarial Aplicado ||- Autora LIDIA DUARTE VIVAS. Caso Concreto 5 1- a) Ainda que a conta seja em conjunto é impossível a cobrança em face de Maria haja vista que o princípio da literalidade, pois o cheque foi emitido por Bernardo. b) Nos termos do art. 1° da lei 7357/85, são: a denominação “cheque ” no título, a ordem incondicional de pagar quanti a determinada, o nome do banco ou a instituição que deve pagar (sacado), indicação de lugar de pagamento, a indicação da data e lugar de pagamento e assinatura do emitente (sacador). 2-Letra E Jurisprudência e Doutrina ARE 639721 AgR / SP - SÃO PAULO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO Relator(a): Min. AYRES BRITTO Julgamento: 13/12/2011 Órgão Julgador: Segunda Turma EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. CONTRATO DE CONCESSÃO DE CRÉDITO. ADULTERAÇÃO DE CHEQUES. CONTROVÉRSIA DECIDIDA À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AO INCISO IX DO ART. 93 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INSUBSISTÊNCIA. 1. Não é possível, em recurso extraordinário, reexaminar a legislação infraconstitucional aplicada ao caso, bem como analisar o acervo fático- probatório dos autos. 2. O aresto impugnado, em que pese haver dissentido dos interesses da parte agravante, está devidamente fundamentado. Logo, não cabe falar em ofensa ao inciso IX do art. 93 da Constituição Republicana. 3. Agravo regimental desprovido. O cheque deve atender aos requisitos legalmente estabelecidos, a saber: a) a expressão “cheque” inserta no próprio texto do título na língua empregada para a sua redação (art. 1º, I); b) a ordem incondicional de pagar quantia determinada (art. 1º, II); observe-se que a inexistência ou insuficiência de fundos não desnatura o cheque como um título de crédito (art. 4º, in fine); c) a identificação do banco sacado (art. 1º, III); não vale, no Brasil, como cheque aquele que for emitido contra um sacado não banqueiro (art. 3º); Manual de Direito Comercial - 019-344.indd 309 15/9/2010 14:40:43 310 d) o local de pagamento ou a indicação de um ou mais lugares ao lado do nome do sacado ou, ainda, a menção de um local ao lado do nome do emitente (arts. 1º, IV, e 2º, I e II); e) data de emissão (art. 1º, V); f) assinatura do sacador, ou seu mandatário com poderes especiais, admitido o uso de chancela mecânica ou processo equivalente (art. 1º, VI, e parágrafo único). O sacador deve ser identificado pelo número de sua Cédula de Identidade, de inscrição no Cadastro de Pessoa Física, do Título Eleitoral ou da Carteira Profissional (Lei n. 6.268/75, art. 3º). O local de emissão também deve constar do título, mas, na sua ausência, entende-se como tendo sido o cheque emitido no local designado ao lado do nome do sacador (art. 2º, II). Manual de Direito Comercial- Fábio Ulhoa Coelho Caso Concreto 6 1- Duplicata virtual, dá -se o seu saque quando o saca dor ( prestador de serviços) emite dados referentes ao negócio jurídico realizado e /ou concretizado, podendo ser uma compra de produto, ou venda de serviço pelo sistema virtual e informa o teor (dados) da negociação a uma instituição financeira competente que gerará um boleto e assim cobrará a devedor/comprador ou tomador de serviço , para que efetue o pagamento (sacado ). Acrescente -se que tal boleto não é um título de crédito, mas possui as características de uma duplicata na forma virtual. 2- Letra D Jurisprudência e Doutrina AI 646107 AgR / SP - SÃO PAULO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Relator (a): Min. CARLOS BRITTO Julgamento: 23/06/2009 Órgão Julgador: Primeira Turma EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PEDIDOS DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E DE DECLARAÇÃO DE NULIDADE DE DUPLICATAS E SEUS RESPECTIVOS PROTESTOS JULGADOS PROCEDENTES. 1. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO INCISO IX DO ART. 93 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INSUBSISTÊNCIA. 2. ALEGAÇÃO DE AFRONTA A GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO. OFENSA REFLEXA. 3. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. 1. O aresto impugnado, em que pese haver dissentido dos interesses da parte agravante, está fundamentado. Logo, não cabe falar em violação ao inciso IX do art. 93 da Carta Magna. 2. Eventual ofensa à Carta Magna, no particular, ocorreria apenas de modo reflexo ou indireto, o que impede a abertura da via extraordinária. 3. De mais a mais, é de incidir o óbice da Súmula 282 do STF. Agravo regimental desprovido. A duplicata mercantil deve ser remetida pelo vendedor ao comprador, num certo prazo da lei (LD, art. 6º). Recebendo a duplicata, o comprador pode proceder de acordo com uma das seguintes cinco possibilidades: a) assinar o título e devolvê-lo ao vendedor no prazo de 10 dias do recebimento; b) devolver o título ao vendedor, sem assinatura; c) devolver o título ao vendedor acompanhado de declaração, por escrito, das razões que motivam sua recusa em aceitá-lo; d) não devolver o título, mas, desde que autorizado por eventual instituição financeira cobradora, comunicar ao vendedor o seu aceite; e) não devolver o título, simplesmente. Manual de Direito Comercial- Fábio Ulhoa Coelho Caso Concreto 7 1- Deve ser aplicado o princípio da continuidade contratual (pacta sunt servanda). Jurisprudência e Doutrina AgInt no REsp 1667374 / MA AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL 2017/0086689-8 Ementa AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. CONTRATOS BANCÁRIOS. PESSOA JURÍDICA. FOMENTO DAS ATIVIDADES EMPRESARIAIS. NATUREZA DE INSUMO. AUSÊNCIA DE DESTINATÁRIO FINAL. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. INAPLICABILIDADE. NECESSIDADE DE REJULGAMENTO A QUO. DECISÃO MANTIDA. Tratando-se de matéria exclusivamente de direito ou de revaloração dos fatos e provas, não há razão para aplicar a Súmula nº 7/STJ. 2. A pessoa jurídica que celebra contrato de financiamento com banco com a finalidade de fomentar suas atividades empresariais, em regra não é destinatário final, diante da natureza de insumo, sendo inaplicável o Código de Defesa do Consumidor. Precedentes. Recurso especial provido. 3. Agravo interno não provido. A doutrina costuma afirmar que os contratos são fontes de obrigações. Esta ideia é uma simples metáfora, e, sendo assim, pode no máximo auxiliar na compreensão do assunto, mas nunca conseguiria efetivamente explicá‑lo. Para se entender a relação entre contrato e obrigação, é necessário partir‑se da diferença entre, de um lado, o vínculo que une duas ou mais pessoas no sentido de as autorizar a exigirem determinada prestaçãoumas das outras, e, de outro, documento comprobatório da existência deste vínculo. É comum utilizar‑se a expressão “contrato” para designar tanto o vínculo como o documento, o que gera alguma confusão. Para evitá‑la, passarei a chamar de contrato apenas a relação entre as pessoas, valendo‑me da expressão “instrumento” na referência ao seu documento comprobatório. Neste contexto, portanto, contrato é uma das modalidades de obrigação, ou seja, uma espécie de vínculo entre as pessoas, em virtude do qual são exigíveis prestações. Manual de Direito Comercial- Fábio Ulhoa Coelho
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