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FILOSOFIA 2020-01

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1 
 
 
 2019/01 
UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA 
UNIVERSO - CAMPUS GOIÂNIA 
Curso: Direito 
 
 
 
FILOSOFIA E HISTÓRIA DO DIREITO 
PROFº. MS. GLEYZER ALVES E SILVA 
ALUNO:___________________________________________ 
 
HSJC – PROF. GLEYZER ALVES 
2 
 
 
*VT1 – questões a serem analisadas na plataforma EAD. SIMULADO ENADE – valor: 02 pontos. 
 
*VT2 Estudos Independentes Resolução de exercícios propostos, análise de artigo científico exigidos pelo MEC, resoluções de lista de exercícios 
constantes no final do material de apoio e resolução de questões ENADE – valor 3,0 pontos 
 
*VT3 – TRABALHO DE EXTENSÃO – VISITA, DOAÇÕES E CONFECÇÃO DE RELATÓRIO JURÍDICO A UMA DAS INSTITUIÇÕES: ASCEP (Associação 
de apoio a criança especial de Goiânia) OU SOLAR COLOMBINO ANTÔNIO AGUSTO DE BASTOS - valor: 05 horas extracurriculares e 2,0 PONTOS 
 
*VT4 - EXPOSIÇÃO DE TRABALHOS EM GRUPOS DE, EM MÉDIA, 06 COMPONENTES, NAS DATAS E FORMA ABAIXO (VALOR 3,0 PONTOS): 
TODOS OS GRUPOS DEVEM EXPOR A CULTURA COMO UM TODO (ESCULTURA, PINTURA, LITERATURA, ARQUITETURA, CULINÁRIA, HÁBITOS 
SOCIAIS, MÚSICA, DANÇA E OUTROS) DOS POVOS SOLICITADOS: 
 
GRÉCIA 
MESOPOTÂMIA 
HEBREUS 
ROMA 
CULTURA MEDIEVAL 
INGLATERRA 
ÍNDIA 
MUÇULMANOS 
JAPÃO 
CHINA 
UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA 
UNIVERSO - CAMPUS GOIÂNIA 
Curso: DIREITO 
 
 
 - 3 - 
 
 
 PLANO DE ENSINO 
1º SEMESTRE DE 2019 
 
 
 
CURSO: DIREITO 
DISCIPLINA: FILOSOFIA E HISTÓRIA DO 
DIREITO 
CÓDIGO: N053 PERÍODO: 1º 
PRÉ-REQUISITO: CARGA HORÁRIA: 75 CRÉDITOS: 05 
PROFESSOR: GLEYZER ALVES E SILVA 
OBJETIVOS: 
Compreender o Direito a partir da construção do pensamento jurídico e de sua organização histórica. O conhecimento histórico do 
desenvolvimento da ciência jurídica servirá como instrumento, ao lado das demais disciplinas fundamentais, para o estudo da 
dogmática jurídica a partir de uma concepção crítica. 
 
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA: 
UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA 
UNIVERSO - CAMPUS GOIÂNIA 
Curso: DIREITO 
 
 
 - 4 - 
 
 
1 - WOLKMER, Antônio Carlos (org.). Fundamentos de História do Direito. 2. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2008, 432 p 
2 - DAVID, René. Os Grandes Sistemas do Direito Contemporâneo. 4ª. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002, 556p. 
3 - GILISSEN, John. Introdução Histórica ao Direito. Tradução de A. M. Hespanha e L. M. Macaista Malheiros. Lisboa. 1986. 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: 
 
1 - NASCIMENTO, Walter Vieira do. Lições de História do Direito. 15ª ed. ver. e aum. Rio de Janeiro: Forense, 2006. 300p. 
2 - LOPES, José Reinaldo de Lima. O Direito na História. São Paulo: Max Limonad, 2000. 
3 - BITTAR, Eduardo C. B.(org.). História do Direito Brasileiro - Leituras da Ordem Jurídica Nacional. São Paulo: Editora Atlas, 2003. 
4 - CASTRO, Flávia Lages. História do Direito – Geral e Brasil. Rio de Janeiro: Editora Lúmen Júris, 2003. 
5 - CARDOSO. Ciro Flamarion. Sete Olhares sobre a Antiguidade. 2ª ed. Brasília. UNB, 1998. 
 
PERIÓDICOS: 
 
UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA 
UNIVERSO - CAMPUS GOIÂNIA 
Curso: DIREITO 
 
 
 - 5 - 
 
1. Jus Navegandi 
2. Revista Eletrônica Direito e Política 
 3. Revista de Direitos e Garantias Fundamentais 
 4. Portal de Periódicos CAPES/MEC 
5 - Revista da Faculdade de Direito da UFG, disponível em http://www.revistas.ufg.br/index.php/revfd. 
6 - Revista de Direitos e Garantias Fundamentais, disponível em http://www.fdv.br/sisbib/index.php/direitosegarantias/index. 
7 - Direito & Justiça – Revista da Faculdade de Direito da PUCRS, disponível em http://revistaseletronicas.pucrs.br/fo/ojs/index.php/fadir/index. 
 
ARTIGOS CIENTÍFICOS DE PONTA SOBRE O TEMA DA DISCIPLINA: 
 
1. Artigo selecionado do PORTAL DE PERIÓDICOS CAPES/MEC 
 
 
VÍDEOS NO YOUTUBE/VIMEO: 
 
1. Inserções de videos diversos, videoclipes, trechos de filmes, e filmes na integra, que denotem o contexto da evolução histórica do direito. 
UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA 
UNIVERSO - CAMPUS GOIÂNIA 
Curso: DIREITO 
 
 
 - 6 - 
 
 
AVALIAÇÃO: 
V1 – Verificação Discursiva/Objetiva com conteúdo ministrado até a data da prova, com valor de 0 a 10 pontos. HABILIDADES E 
COMPETÊNCIAS AVALIADAS: conhecimento crítico sobre a evolução histórica do direito, desde a denominada “pré-história” à idade 
contemporânea. Análise dos Sistemas Romano Germânico e Anglo-Saxônico. 
V2 – Verificação Discursiva/Objetiva com conteúdo ministrado durante o semestre, com valor de 0 a 10); HABILIDADES E COMPETÊNCIAS 
AVALIADAS: Abordagem científico-dogmática sobre as famílias socialista e de direito religioso e filosófico, bem como a evolução 
histórica do direito brasileiro, 
VT – Verificação de trabalhos individuais ou em grupo, seminários, debates etc, com valor de 0 a 4,0 (atividades presenciais); 3,0 (atividades 
online); 2,0 (atividade integrada inerente ao ENADE) e 1,0 (participação em Congresso Multidisciplinar). HABILIDADES E COMPETÊN-
CIAS AVALIADAS: Oportunizar aos acadêmicos o desenvolvimento de uma visão global so-bre os novos arranjos familiares, bem como 
sobre a proteção da pessoa dos filhos, através do incremento cultural e crítico, inter-relacionando os contextos social e jurídico. 
VS – Verificação Suplementar Discursiva, com conteúdo ministrado durante todo o semestre, com valor de 0 a 10. HABILIDADES E 
COMPETÊNCIAS AVALIADAS: os acadêmicos deverão ser capazes de evidenciar domínio doutrinário e científico da matéria e boa 
capacidade linguística, certificando que o conteúdo a ser verificado compreende a todos os itens trabalhados no transcorrer do 
semestre. 
TRABALHO DISCENTE EFETIVO - TDE: 
 
ESTUDOS INDEPENDENTES 
1 - Estudos a partir da Bibliografia básica indicada, bem como da complementar. Buscas na internet de textos, jurisprudências e afins. Análise 
UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA 
UNIVERSO - CAMPUS GOIÂNIA 
Curso: DIREITO 
 
 
 - 7 - 
 
de legislação, doutrina, textos complementares e anotações feitas em sala de aula, com o intuito inicial de obter prévio conhecimento básico e 
posteriormente, reforço do tema analisado em sala de aula., bem como para exposição de trabalhos em sala. Exposição de trabalhos. Horas: 
06. Nota: 2,0. 
2 - Exposição de seminários e resolução de listas de questões objetivas e discursivas elaboradas pelo professor, bem como extraídas do 
ENADE, exame de ordem/OAB e concursos diversos, buscando soluções às questões propostas em sala, complementando a análise do tema. 
Horas: 06. Nota: 3,0. 
3 - Visita e doações diversas a instituições sociais., conscientizando o discente de seu papel na sociedade, enquanto acadêmico e futuro 
profissional do Direito. Confecção de relatório jurídico atinente à atividade social desenvolvida. Desenvolver conteúdo ministrado em sala 
de aula, integrando fundamentos teóricos e situações práticas de Direito. 06 horas. Nota:2,0 
INTERLIGAÇÃO DA DISCIPLINA: 
A disciplina gera grande interesse por parte do corpor discente, por tratar de tema propedêutico e que favorece as divagações de ideias 
sociais, tanto no contexto social hodierno, quanto no histórico. Por sua própria natureza, trata-se de uma disciplina que guarda forte relação 
com todas as áreas do Direito e da dinâmica social, possibilitando abordagens críticas, formadoras de senso de justiça social, introduzindo 
basicamente todas as cadeiras jurídicas. 
PERFIL DO EGRESSO: 
A eficácia da disciplina para contribuir com o perfil dos egressos pretendido pela IES depende do desenvolvimento de maior capacidade 
linguística dos acadêmicos, de maior incremento cultural, de maior desenvolvimento de análise crítica, de incentivos para o raciocínio lógico-
científico e, especialmente, de maior conhecimento das realidades nacional e regional relativamente a justiça social, segurança pública, 
funções do Estado.ARTICULAÇÃO TEORIA-PRÁTICA: 
Trata-se de todo um trabalho voltado para a percepção cultural dos acadêmicos sobre seus próprios espaços sociais, com suas contradições e 
UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA 
UNIVERSO - CAMPUS GOIÂNIA 
Curso: DIREITO 
 
 
 - 8 - 
 
desafios. O mundo negocial, percebido à ótica do direito contratual, enquanto fenômeno social, deve ser abordado no sentido de possibilitar a 
proposta de soluções para a construção de uma sociedade mais justa. Para tanto, os acadêmicos são instigados a desenvolver opiniões 
críticas através de filmes, leitura de artigos científicos e análises de casos concretos obtidos na vida cotidiana. No processo, devem ser 
utilizadas as várias alternativas midiáticas atualmente disponíveis, inclusive Laboratórios de informática e Biblioteca. 
METODOLOGIAS: 
O processo didático-pedagógico da disciplina História dos Sistemas Jurídicos Contemporâneos não pode prescindir de aulas expositivas, 
extrema exigência de leitura de doutrina científica, leitura de artigos científicos e abordagens de fatos históricos. Instigar o aluno ao metodo de 
aula invertida é de extrema relevância. A disciplina é muito própria para a formação científica dos acadêmicos através de estudos de casos 
HISTÓRICOS confrontados com a SOCIEDADE HODIERNA. No processo, além dos estudos fatos históricos, será desenvolvida atividade de 
extensão e, consequente confecção de relatório jurídico, em consonância com a atividade de extensão ministrada. A estratégia proporciona 
ao aluno dizer o direito e vivenciar a atuação do profissional. 
EXTENSÃO: 
 
Durante o Semestre são desenvolvidas atividades de extensão que visam não apenas a intervenção dos acadêmicos na sociedade, mas o 
desenvolvimento de compromisso com a agenda social, tanto do ponto de vista nacional como regional. Esses projetos são desenvolvidos em 
parceria com outros professores, o que lhes dão magnitude e relevância social. No presente semestre, os acadêmicos participaram do projeto 
UNIVERSO, ASCEP E SOLAR COLOMBINO – UMA QUESTÃO DE CIDADANIA, sob a liderança do Professor Gleyzer Alves. 
PESQUISA: 
Os alunos são motivados para a pesquisa, especialmente a bibliográfica, pois além de influir positivamente na aquisição de conhecimento 
doutrinário, também contribui na formação científica como um todo. No semestre, os acadêmicos desenvolveram diversos trabalhos de 
pesquisa que resultaram em VTs. Há também forte incentivo para a participação nos eventos institucionais voltados para a extensão e 
pesquisa (Semana de Extensão e Jornada Científica). 
UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA 
UNIVERSO - CAMPUS GOIÂNIA 
Curso: DIREITO 
 
 
 - 9 - 
 
 
REQUISITOS: 
São requisitos necessários para um efetivo aprendizado da disciplina: capacitação linguística (leitura, compreensão de textos, boa redação e 
oratória); razoavel nível cultural; formação básica social. Para favorecer o nivelamento acadêmico, são propostas atividades (leitura de artigos 
científicos, filmes, leitura e análises de fatos divulgados na midia etc) e exigida a leitura de doutrina e artigos científicos. 
AUTONOMIA DISCENTE: 
 
Pesquisas voltadas para as práticas negociais e contratuais. 
Pesquisas doutrinárias, jurisprudenciais e bibliográficas a respeito da situação do Direito Contratual brasileiro no contexto geral. 
Incentivos institucionais para fomentar visitas às instituições sociais e colocar em prática a teoria analisada em sala de aula. 
TRATATIVAS: 
Chamada – feita no último terço da aula 
Avaliação – Provas de bom nível de dificuldade, com questões variadas entre fáceis e de maior complexidade, devendo ser ao menos 40% 
discursivas, com questões elaboradas nos moldes do ENADE, e com inserções de questões do referido certame, bem como extraídas de 
concursos diversos. Aula invertida – devendo os alunos comparecerem em sala com a leitura prévia dos artigos de lei e doutrina atinente a o 
tema da aula. 
 
 
UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA 
UNIVERSO - CAMPUS GOIÂNIA 
Curso: DIREITO 
 
 
 - 10 - 
 
 ATIVIDADES DATAS 
Início das aulas (calouros) 04/02/2019 
Início das aulas (veteranos) 18/02/2019 
V1 11/04 a 18/04 
Eventos 20/05 a 23/05 
V2 10/06 a 15/06 
2.ª chamada (V1 e V2) 24/04 e 19/06 
VS 24/06 a 29/06 
Término do Semestre Letivo 29/06/2019 
Reunião com Professores A ser marcada pela gestão do curso 
Reunião com Representantes de Turma A ser marcada pela gestão do curso 
Divulgação Notas VT À partir de 27/06/2019 
 
 - 11 - 
 
PLANO DE AULAS 
# Conteúdo da aula 
Habilidades e competências 
desenvolvidas 
Link de referência do 
material de apoio 
CH 
1 
AULA INAUGURAL. EXPOSIÇÃO DE CONTEÚDO, METODOLOGIA, 
BIBLIOGRAFIA. 
 INTRODUÇÃO À HISTÓRIA E À FILOSOFIA DO DIREITO - OBJETO, 
MÉTODO, FONTES E IMPORTÂNCIA. O DIREITO COMPARADO.. 
CONCEITOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS DE DIREITO E JUSTIÇA; 
Percepção do conteúdo da 
História do Direito como um todo. 
Saber e conhecer o porquê da 
disciplina, conhecendo seu 
objeto, método, fontes e a real 
importância. Identificar-se como 
sujeito no referido processo 
evolutivo histórico. 
 
1- Prévia apresentação geral 
de tudo que será estudado e 
analisado durante o 
semestre. 
2- Aula expositiva dialogada 
e crítica. 
3- Abertura para debates 
4- Estudo comparativo e 
identificação de um período 
para outro de forma 
dialogada e crítica. 
5- Seminários, dinâmicas 
de grupos, grupos de 
verbalização e observação. 
 
3 
2 
O DIREITO DOS POVOS PRIMITIVOS. DIREITO ARCAICO: 
PALEOLÍTICO, MESOLÍTICO E NEOLÍTICO. 
Saber contextualizar o processo 
evolutivo histórico. 
Aula expositiva; Capítulo de 
doutrina 
3 
 
 - 12 - 
 
3 
DIREITOS TRADICIONAIS NÃO EUROPEUS. DIREITO DOS POVOS 
ANTIGOS. ASPECTOS GERAIS DO DIREITO DO DIREITO DOS 
HEBREUS, DA GRÉCIA, DO EGITO E DA MESOPOTÂMIA. DIREITO 
NATURAL E DIREITO POSITIVO NO PERÍODO CLÁSSICO ROMANO 
GERMÂNICO. 
Identificar a construção e 
formação do Direito em cada 
período e suas transformações. 
Saber que o reflexo social é o 
direito em construção. 
Conhecer como o direito se 
ramificou em famílias, o que são 
e quem são as famílias. 
 
1- Aula expositiva dialogada 
e crítica. 
2- Abertura para debates 
 
3 
4 
O SISTEMA ROMANO-GERMÂNICO: A FORMAÇÃO HISTÓRICA DO 
SISTEMA. ESTRUTURAS DOS DIREITOS. FONTES DO DIREITO. 
CIVIL LAW. O DIREITO GERMÂNICO. 
Verificar a preponderância da 
família romano-germânica na 
formação do direito em outras 
culturas. 
 Analisar a consolidação do 
direito consuetudinário e sua 
transformação num direito formal. 
Saber acerca da espinha dorsal 
formadora do direito e quais 
pontos o direito se fundamenta – 
fontes. 
 
1- Aula expositiva dialogada 
2- Utilização de mapas 
geográficos para localização 
tempo - espaço 
3- Utilização de retroprojetor 
ANÁLISES DE ARTIGOS 
CIENTIFICOS. 
3 
 
 - 13 - 
 
5 
DIREITO CANÔNICO. RENASCIMENTO CULTURAL E FORMAÇÃO 
DO ESTADO MODERNO. 
Verificar a preponderância da 
família romano-germânica na 
formação do direito em outras 
culturas. 
 Analisar a consolidação do 
direito consuetudinário e sua 
transformação num direito formal. 
Saber acerca da espinha dorsal 
formadora do direito e quais 
pontos o direito se fundamenta – 
fontes 
1- Aula expositiva dialogada 
2- Utilização de mapas 
geográficos para localização 
tempo - espaço 
3- Utilização de retroprojetor 
ANÁLISES DE ARTIGOS 
CIENTIFICOS. 
3 
6 
REALIZAÇÃO DE SEMINÁRIOS CULTURAIS INERENTES AOS 
POVOS DA ANTIGUIDADE. 
RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS REVISIONAIS PARA REALIZAÇÃO DE 
V1 
Saber contextualizar o processo 
evolutivo histórico. 
1. Estudo comparativo e 
identificação de um período 
para outro de forma 
dialogada e crítica. 
2. Seminários, dinâmicas de 
grupos, grupos de 
verbalização e observação 
3 
7 
O SISTEMA ANGLO-SAXÃO: COMMON LAW. O DIREITO INGLÊS 
HISTÓRIA, ESTRUTURA, FONTES.TÓRIA,ESTRUTURA, FONTES. O 
SISTEMA DE PRECEDENTES. 
 
 Fazer a ponte entre os países 
que sofreram romanização para 
os que não sofreram. 
 Contextualizar dessa forma e 
mostrar outro tipo de formação 
de Direito, diferenciado, genuíno 
e tradicional e um grande 
sistema – Common Law 
Aula expositiva; Capítulo de 
doutrina 
3 
 
 - 14 - 
 
8 
OS DIREITOS SOCIALISTAS DOS PAÍSES DE TENDÊNCIA 
COMUNISTA: EVOLUÇÃO HISTÓRICA. FONTES DO DIREITO. 
ESTRUTURA DO DIREITO 
DIREITO E ESTADO DE BEM ESTAR SOCIAL 
 
Fazer a ponte entre os países 
que sofreram romanização para 
os que não sofreram. 
 Contextualizar dessa forma e 
mostrar outro tipo de formação 
de Direito, diferenciado, genuíno 
e tradicional e um grande 
sistema – Common Law 
Aula expositiva; Capítulo de 
doutrina 
3 
9 APLICAÇÃO DE V1 Avaliação 3 
10 
ENTREGA, COMENTÁRIOS E CORREÇÃO DE V1. 
OS DIREITOS APÓS AS REVOLUÇÕES LIBERAIS E SUA 
INFLUÊNCIA NOS SISTEMAS JURÍDICOS. 
Avaliação; Fazer a ponte entre os 
países que sofreram 
romanização para os que não 
sofreram. 
 Contextualizar dessa forma e 
mostrar outro tipo de formação 
de Direito, diferenciado, genuíno 
e tradicional e um grande 
sistema – Common Law 
Aula expositiva; Capítulo de 
doutrina 
3 
11 
OUTRAS CONCEPÇÕES DA ORDEM SOCIAL E DO DIREITO: O 
DIREITO MUÇULMANO E DIREITO HEBRAICO. ASPECTOS GERAIS 
DO DIREITO CHINÊS E DO DIREITO JAPONÊS. 
Analisar e interpretar os direitos 
socialistas. Compreender que o 
estudo do direito dos países 
socialistas não nos dá apenas a 
conhecer um mundo novo, 
diferente do nosso; é uma fonte 
de ensinamentos. 
 
1- Aula expositiva dialogada 
e crítica. 
2- Abertura para debates 
3- Estudo comparativo e 
identificação de um período 
para outro de forma 
dialogada e crítica. 
 
3 
 
 - 15 - 
 
12 
DIREITO DE LIBERDADE E DE NÃO VIOLÊNCIA . 
TDE - 06 HORAS - PESQUISAS TEXTUAIS E DOUTRINÁRIAS PARA 
APRESENTAÇÃO DE SEMINÁRIO ATINENTE AO TEMA. 
Contextualizar o processo 
evolutivo social. Identificar as 
diversidades culturais 
influenciando na estrutura, 
formação e desenvolvimento do 
Direito. Traçar paralelos de 
identificação religiosos na 
formação do Direito. 
 
1- Aula expositiva dialogada 
e crítica. 
2- Abertura para debates 
3- Estudo comparativo e 
identificação de um período 
para outro de forma 
dialogada e crítica. 
 
3 
13 ATIVIDADES DA SEMANA DE EXTENSÃO E JORNADA CIENTÍFICA 
Investimento no desenvolvimento 
cultural e científico dos 
acadêmicos 
Palestras 3 
14 
 INTRODUÇÃO À FILOSOFIA JURÍDICA. LÓGICA JURÍDICA. 
 
Contextualizar o processo 
evolutivo social. Identificar as 
diversidades culturais 
influenciando na estrutura, 
formação e desenvolvimento do 
Direito. Traçar paralelos de 
identificação religiosos na 
formação do Direito. 
 
1- Aula expositiva dialogada 
e crítica. 
2- Abertura para debates 
3- Estudo comparativo e 
identificação de um período 
para outro de forma 
dialogada e crítica. 
4. Seminários. 
3 
 
 - 16 - 
 
15 
O JUSNATURALISMO MODERNO. O JUSNATURALISMO 
TEOLÓGICO METAFÍSICO MEDIEVAL. 
Contextualizar o processo 
evolutivo social. Identificar as 
diversidades culturais 
influenciando na estrutura, 
formação e desenvolvimento do 
Direito. Traçar paralelos de 
identificação religiosos na 
formação do Direito. 
1- Aula expositiva dialogada 
e crítica. 
2- Abertura para debates 
3- Estudo comparativo e 
identificação de um período 
para outro de forma 
dialogada e crítica. 
4. Seminários. 
3 
16 
O POSITIVISMO JURÍDICO: RAÍZES E CARACTERÍSTICAS DO 
NORMATIVISMO DE HANS E KELSEN. REALISMO JURÍDICO E 
TEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO 
Proporcionar uma visão crítica 
acerca do direito brasileiro, após 
análise do processo de formação 
do direito em outras épocas e 
tempos e seus reflexos no 
processo de desenvolvimento 
jurídico brasileiro, destacandoa 
importância do sistema romano-
germânico e seu viés positivista. 
 
Aula expositiva; Capítulo de 
doutrina 
3 
 
 - 17 - 
 
17 
DIREITO BRASILEIRO: A FORMAÇÃO DO DIREITO BRASILEIRO E 
SUAS ORIGENS ROMANO-GERMÂNICAS. 
PANORAMA GERAL PÓS CONSTITUIÇÃO DE 1988. 
 
Proporcionar uma visão crítica 
acerca do direito brasileiro, após 
análise do processo de formação 
do direito em outras épocas e 
tempos e seus reflexos no 
processo de desenvolvimento 
jurídico brasileiro, destacando 
a importância do sistema 
romano-germânico. 
Aula expositiva; Capítulo de 
doutrina . Estudos de caso. 
3 
18 
APLICAÇÃO DE V2 
Avaliação 3 
19 
Devolução de avaliações e correção da prova 
Avaliação 3 
20 
VS – Encerramento do semestre 
 3 
 
 
 
 - 1 - 
 
I – CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS 
Em dezembro de 1994, a disciplina História do Direito 
retornou ao currículo do curso de Direito após longo período de 
ausência da graduação, o que não era de se estranhar pelo seu teor 
zetético por uma tradição política autoritária. Tradicionalmente o 
direito é tido como dogmático, onde determinados conceitos e fatos 
são simplesmente aceitossem questionamentos ou discussões 
(dogmas) . Em oposição ao dogmatismo, a zetética coloca o 
questionamento como posição fundamental, isso significa que 
qualquer paradigma pode ser investigado e indagado. Qualquer 
premissa tida como certa pela dogmática pode ser reavaliada, 
alterada e até desconstituída pelo ponto de vista zetético. 
A História do Direito é uma disciplina histórico-jurídica que 
tem por finalidade investigar a manifestação do fenômeno jurídico 
consubstanciado na cultura de uma época. Hans Kelsen escreveu 
em1934 o seu trabalho mais famoso, Teoria pura do Direito, cujo 
objetivo era discutir e propor os princípios e métodos da teoria 
jurídica [...] conferindo a esta um método e um objeto próprios 
capazes de superar as confusas metodologias, então, reinantes, dando 
ao jurista uma autonomia científica. A justiça não é uma questão 
suscetível de qualquer indagação teórico-científica, porque se 
constitui num ideal a atingir, variável de acordo com as necessidades 
da época e de cada contexto social, dependendo sempre de uma 
avaliação fundada num sistema de valores. 
A História do direito é muitas vezes tratada com 
condescendente desdém, por aqueles que entendem ocupar-se apenas 
do direito positivo. Diante disso, não se justifica na atual conjuntura 
sustentar o preconceito positivista empobrecedor e limitante, 
tornando o jurista despreparado para a compreensão da sua realidade 
jurídico-social, de tal forma que até o exercício de sua profissão 
restará prejudicado. A disciplina História do Direito é lecionada 
obrigatoriamente nos países que adotam o sistema continental, 
também, conhecido por família romano-germânica. 
Roma deixou, como um de seus inúmeros legados, a 
jurisprudência, a Idade Média, a dogmática, a Idade Moderna, a 
ideia de sistema, e a Contemporaneidade, a positividade do direito, 
características que compões a atual dogmática jurídica. O 
pensamento jurídico brasileiro tem vivido sob a égide do positivismo 
normativista há quase um século, tempo suficiente para consolidar 
uma tradição caracterizada por um exagerado tecnicismo, com um 
apego à apreciação lógico-dedutivista do direito. A História dos 
Sistemas Jurídicos contemporâneos consiste no estudo das diversas 
famílias (sistemas) jurídicas, laicas ou religiosas, que possuem 
traços em comum, sendo as principais a Romano-Germânica e a 
Anglo-Saxônica. E da análise destas e de outras famílias é que pode-
se chegar ao entendimento contemporâneo de Direito, sobretudo o 
brasileiro. Buscar no passado respostas para o presente,com 
perspectivas dos caminhos que o Direito tomará, utilizando como 
uma das principais ferramentas o DIREITO COMPARADO. Esse é 
o foco da disciplina. 
 
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DIREITO COMPARADO 
 
Um importante instrumento paraa evolução jurídica,foi a 
utilização do direito comparado,isto é, o segmento do direito 
dedicado a estudar as semelhanças e diferenças entre os diversos 
ordenamentos jurídicos constituídos entre as mais diversas culturas 
existentes. O conhecimento de outros sistemas certamente aumentará 
o repertório do acadêmico, bem como do profissional do direito. O 
Direito Comparado é a comparação do Direito nas suas diversas 
formas .Tem sua origem na Grécia Antiga , mas somente há pouco 
mais de um século a importância dos estudos desse direito foi 
reconhecida. O método e os objetivos do direito comparado foram 
sistematicamente estudados e a própria expressão "direito 
comparado" foi acolhida e entrou em uso. Importante destacar que o 
referido ramo jurídico vincula-se intimamente ao“direito 
alienígena”, sendo, por vezes tratado como sinônimo deste. 
O desenvolvimento do direito comparado foi uma reação 
contra a nacionalização do direito que se produziu no século 
XIX,expandindo o conhecimento ou a busca pelo conhecimento de 
outros sistemas, pelo direito de outras nações. A disciplina do 
direito comparado divide as várias formas de direito existentes no 
mundo em "famílias" ou "sistemas". 
São eles: 
* Família romano-germânica (na qual se insere o direito 
brasileiro) 
* Família do "Common Law" (utilizado por Grã-Bretanha e 
boa parte de suas ex-colônias e Estados Unidos. 
* Família dos direitos socialistas (utilizado pelos países socialistas 
remanescentes). 
* Outras famílias (em especial dos países africanos e asiáticos, que 
muitas vezes misturam lei muçulmana, romano-germânica e 
sistemas ancestrais locais; há ainda o direito muçulmano, em países 
cuja religião oficial é o Islã,o direito judaico e o direito hindu.) 
 
O direito comparado é prioritariamente tema de história, de 
filosofia e de teoria geral do direito. Do ponto de vista 
historiográfico, o direito comparado é o componente discursivo da 
justificação dos modelos jurídicos. Tal ramo do direito possuitrês 
funções fundamentais : 
 
1. Auxiliar as relações internacionais para compreender os povos 
estrangeiros e estabelecer um melhor regime para as relações da vida 
internacional; 
2. Auxiliar nas investigações históricas (referentes ao direito); 
3. Aprimorar o Direito Nacional ( é útil para conhecer melhore 
aperfeiçoar o nosso direito nacional), especialmente quando tratar-se 
de fato inexistente ou pouco ocorrente em nosso país. 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.infoescola.com/direito/common-law/
http://www.infoescola.com/direito/direito-comparado/
 
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DIREITO E JUSTIÇA 
a) DIREITO 
Por direito podemos entender vários e diferentes significados. Seria difícil, 
mesmo, dizer em poucas palavras um só ou seu significado verdadeiro. No 
entanto, diferentes abordagens a respeito do significado do vocábulo 
“direito” podem ser trazidas ao presente texto. 
A primeira análise semântica do termo traz o clássico significado de algo 
que é reto ou que segue em linha reta o que é estabelecido segundo dada 
forma de ordenação. A sua utilização na vida cotidiana é muito comum. 
Qualquer pessoa entende o significado de alguém que diz que algo é o 
seu direito, e, portanto, é obrigada a respeitá-lo. 
Os dicionários da língua portuguesa expressam que o adjetivo “direito” 
passou a fazer parte da mesma no ano de 1277 d.C. Em seu primeiro 
significado encontramos que direito é aquilo que segue a lei e os bons 
costumes, é a pessoa justa, correta, honesta. 
Também é direito aquilo que está de acordo com o senso comum, com as 
normas morais e éticas aceitas pelas pessoas. É aquilo que é certo, 
correto e justo. Direita é a pessoa dotada de um comportamento 
impecável, de uma conduta irrepreensível, impecável. Aquilo que não 
contém erros também é direito, é certo, é correto. Ou ainda, com 
aparência, arrumação, aquilo que é adequado e acertado. Direito é 
aquilo que é justo, correto e bom. Também podemos entender como 
direito aquilo que é facultado a uma pessoa individualmente ou a um 
grupo de pessoas por força de leis ou costumes. Uma prerrogativa legal 
também é um direito. Isto sem nos esquecermos de que prerrogativa 
legal significa justamente um direito. Um direito é um privilégio, uma 
regalia, uma autorização legal para determinada atividade. 
Por fim, o direito também é um conjunto de normas[4][4] de vida em 
sociedade que visam a expressar e concretizar um ideal de justiça, 
traçando as fronteiras daquilo que está ou não em conformidade com as 
leis. Direito também é a ciência que tem por objeto o estudo das regras 
que disciplinam a convivência social. 
B) JUSTIÇA 
 A palavra justiça, foi aceita na língua portuguesa a partir do século XIII. O 
seu significado é de caráter, ou de algo que está em conformidade com o 
que é direito, com o que é justo. Justiça também expressa uma maneira 
pessoal de perceber e avaliar aquilo que é direito, que é justo. Por justiça 
também podemos entender um princípio moral pelo qual o respeito ao 
direito é observado. Também é justiça o reconhecimento o 
reconhecimento do mérito de alguém ou de algo. A justiça também 
expressa a conformidade dos fatos com o direito. Justiça é o poder de 
fazer valer o direito de alguém ou de cada um. 
Justiça também é o conjunto de órgãos que compõem o Poder Judiciário 
de um país. Dentro deste Poder são encontradas cada uma das jurisdições 
encarregadas de distribuir a justiça. Pela expressão fazer justiça tem-se o 
significado de aplicar uma pena cominada ou reconhecer uma virtude ou 
uma qualidade em alguém ou em algo. 
 
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A palavra justiça vem do latim justitia,ae e expressa o significado de 
justiça, equidade, leis, exatidão, bondade, benignidade. Do direito 
romano nos é trazida a fórmula de justiça que se resume no dever de dar 
a cada um o que é seu, sem qualquer esforço ou sacrifício. 
C) DIREITO E JUSTIÇA 
Ulpiano ensina que: “Justitia est constans et perpetua voluntas jus suum 
cuique tribuendi”. O significado do clássico conceito significaria que a 
justiça é a virtude ou a vontade firme e perpetua de dar a cada um o que 
é seu. A justiça não seria uma virtude pessoal apenas, que comece e 
termine no indivíduo, mas, ao contrário, ela se dirige às relações humanas 
em geral. A justiça entre dois indivíduos seria chamada de comutativa, a 
justiça entre o indivíduo e a sociedade seria a justiça legal; a justiça entre 
o Estado e o indivíduo é a justiça distributiva. Também devem dirigir essas 
relações outros valores como a compaixão, a caridade, o amor filial, a 
urbanidade e etc. 
Logo, direito e justiça são palavras que trazem complexos e distintos 
significados. No entanto, é muito fácil entendê-las e assimilar o seu 
significado, pois, desde a mais tenra idade, as pessoas sabem o que lhe 
pertence e sabem defendê-lo com unhas e dentes da ação das outras 
crianças ou adultos que se aventuram a tomar para si o referido bem. 
 À medida que crescemos e aprendemos o significado de direito como um 
conjunto de normas da vida social, também desenvolvemos a noção de 
que justiça, dentre outros significados, tem o sentido de uma norma 
cumprida, observada e respeitada. Fazer justiça é, enfim, respeitar o 
direito e abster-se de qualquer ação que perturbe o equilíbrio social 
advindo do respeito das leis por cada um de nós. 
 
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DIREITO PRIMITIVO OU ARCAICO 
 
Povos sem escrita, que viviam basicamente no regime matriarcal. 
Viviam no chamado período da pré-história, termo este não pacífico 
pelos estudiosos atuais. É o período anterior ao aparecimento da escrita, 
por volta do ano 4000 a.C. .Seu estudo dependeu da análise de 
documentos não-escritos, como restos de armas, utensílios, pinturas, 
desenhos e ossos. O gênero HOMO apareceu entre 4 e 1 milhão de anos 
a .C.. Aceita-se três etapas na evolução do homem pré-histórico, entreos 
estudiosos. São elas: 
 
a) PALEOLÍTICO (idade da pedra lascada) -Paleolítico inferior: 500.000 
– 30.000 a.C. - Paleolítico superior: 30.000 – 8.000 a.C. 
b) NEOLÍTICO (nova idade da pedra, período da pedra polida) 8.000 – 
5.000 a.C. 
c)IDADE DOS METAIS - 5.000 - 4.000 a.C. 
 
Esta divisão é evolucionista mas numerosos investigadores da 
história contestam tal visão. Afirmam que existe grande diversidade 
cultural entre os grupos humanos e que, diante de determinado problema, 
cada homem se organiza de um modo, o que resulta em culturas 
diferentes. Daí conclui-se que certos grupamentos humanos podem ter 
simplesmente acelerado um dos estágios ou ter saltado um deles. 
Nessa fase os ideais que se conhecem como Direito apresentavam-se sob 
a forma de autotuleta, embora, valha ressaltar, não há que se falar em 
direito enquanto ciência no aludido período. 
 
A autotutela é a mais primitiva das formas de solução de lides. 
Nascida com o homem na disputa dos bens necessários à sua 
sobrevivência, representando a prevalência do mais forte sobre o mais 
frágil. Com evolução da sociedade e a organização do Estado ela foi 
sendo expurgada da ordem jurídica por representar sempre um perigo 
para a paz social. Contudo, excepcionalmente, até porque o Estado não 
tem como socorrer o jurisdicionado a tempo e à hora, a autotutela é 
hodiernamente admitida, mas apenas para defender direitos que estejam 
sendo violados. As características da autotutela são: Ausência de um 
julgador distinto das partes; e a imposição da decisão de uma parte 
(geralmente o mais forte) em detrimento do outra. Importante salientar 
que no direito moderno, o exercício da autotutela para satisfazer uma 
pretensão, embora legitima, salvo quando autorizado por lei, constitui 
crime e está sujeito a sanção legal. 
 
Neste período, as associações humanas começam a solidificar-se. O 
direito - aqui vislumbrado com norma social a ser seguida bem como a 
um sistemas de solução de lides - começa a se desenvolver. É tido como 
um "Direito Primitivo" ou "Direito Arcaico". Imagina-se que o homem 
torna-se sedentário, isto é, começa a se fixar em um lugar, na 
Mesopotâmia e adjacências, em torno de 10 mil a.C., e um importante 
marco deste período foi o surgimento da agricultura, que se deu entre 
8.000 e 5.000 a.C.( no período neolítico), quando o homem deixou sua 
vida nômade, sedentarizando-se às margens dos rios e lagos, cultivando 
trigo, cevada e aveia. Nesta época também domestica ovelhas e gado 
bovino, otimizando sua cadeia alimentar.. Aí também surgem os 
primeiros aglomerados urbanos, com finalidade principalmente 
defensiva. Nesta época também as viagens por terra e mar. O referido 
http://www.algosobre.com.br/historia/pre-historia-a-origem-do-homem.html
 
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período corresponde àchamada comunidade primitiva, onde o solo 
pertencia a todos e a comunidade se baseava em laços de sangue, idioma 
e costumes. A partir deste ponto, a evolução das comunidades processou-
se em duas direções: 
* por um lado, no sentido de acúmulo de produção excedente e 
extensão da posse e da propriedade individual dos bens, no sentido da 
transformação das antigas relações familiares. 
* por outro lado, houve o envolvimento afetivo – além do 
comercial - entre pessoas dos mais diversos clãs. Dá-se o primórdio do 
Estado Primitivo. 
Durante a idade dos metais (5.000 a 4.000 a.C.), o cobre passou a 
ser fundido pelo homem, seguindo-se o estanho, o que permitiu a 
obtenção do bronze, resultante da liga dos dois primeiros. Por volta de 
3.000 a.C., produzia-se bronze no Egito e na Mesopotâmia, sendo esta 
técnica difundida para outros povos a partir daí.A metalurgia do ferro é 
posterior e tem início por volta de 1.500 a.C., na Ásia Menor, tendo 
contribuído decisivamente para a supremacia dos povos que a 
dominavam e souberam aperfeiçoá-la. 
Ressalta-se o fato de que o Direito era transmitido de forma 
consuetudinária, com a influência na religiosidade e na hierarquia social 
da época, a natureza nômade das pessoas, cedeu espaço aos clãs, que por 
sua vez deram origem ao Estado Primitivo - governos e organizações. 
Essa formação social, se fez principalmente na região do Nilo e 
Mesopotâmia, depois se expandindo para outras regiões. 
 
 
O DIREITO NA ANTIGUIDADE 
Neste período, destarte as grandes mudanças provocadas pelo 
advento da escrita, o direito passa ao ter um desenho que vislumbra o 
modo heterocomposto. Por meio da com a avocação da solução de lides 
pelos Estados Primitivos que vinham se formando, a jurisdição passa a 
ser exercida. 
A heterocomposição se verifica quando a solução das lides é 
determinada por um terceiro. Exemplos de heterocomposição são a 
arbitragem e a tutela ou jurisdição. No caso em tela, o terceiro em 
questão é o Estado. 
 Em sentido paralelo, como forma alternativa de resolução de 
controvérsias, foi sendo desenvolvido o método de autocomposição, 
que nos dias atuais encontra sentido obrigatório, conforme se aduz do 
Código de Processo Civil de 2015, em seu art. 319. Pode-se dizer que a 
autocomposição, mesmo advinda dos primórdios da civilização, continua 
existindo até hoje no direito brasileiro. Inclusive é fomentada pelas leis 
mais atuais no Brasil, como a lei de mediação e o novo CPC, conforme 
já dito. O NCPC, por oportuno, descreve que "a conciliação, a mediação 
e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser 
estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do 
Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial". 
 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Civiliza%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13140.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
 
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A autocomposição é um sistema antigo de composição (resolução) de 
lides. Consiste no ato um dos litigantes, ou todos, abrirem mão do seu 
interesse por inteiro ou de parte dele, podendo tradicionalmente ocorrer 
por meio de desistência (do autor), submissão (do réu) e concessões 
recíprocas. No Direito brasileiro hodierno continua vigorando em caráter 
alternativo, desde que respaldada. Em regra, as lides são solucionadas 
por meio de heterocomposição. 
 
Diversas civilizações merecem destaque, no que pertine ao seu 
estudo jurídico. Contudo, destacam-se: 
 
a) O DIREITO MESOPOTÂMICO 
 
A região da Mesopotâmia (atual Iraque), situada entre os rios 
Tigres e Eufrates, foi o cenário do desenvolvimento de povos do mundo 
antigo. Fundada pelos Sumérios, e habitada também por Acádios, 
Assírios, Babilônicos e Caldeus, favoreceu o florescimento de uma 
civilização que deixou grande influência, com zigurates (templos 
religiosos), e até mesmo os jardins suspensos da Babilônia. Devido a 
uma necessidade de tornar mais amplo os ordenamentos jurídicos 
consuetudinários, e já após o advento da escrita, houve a positivação do 
direito, com base nas relações humanas e sociais. 
 
O poder religioso tem GRANDE relevância, nesse caso, tem-se a 
classe sacerdotal, privilegiada devido a influência que a mesma tinha 
sobre a população camponesa e artesã. Tantos os chefes militares quanto 
os sacerdotes, tinham suas imagens interligadas a personificação dos 
deuses, como em vários casos que podem ser encontrados na história, 
várias fontes que demonstram a relação entre o poder político e a 
religião, na figura dos chefes teocráticos. 
 
O Código de Hamurabi 
 
Antes do Código de Hamurabi, haviam somente registros do 
Código de Dungi, que foi criado pelos Sumerianos, mais foram os 
Babilônicos que se perpetuaram na história do direito antigo, quando o 
Imperador Hamurabi revisou os códigos sumérios e desenvolveu uma 
série de normas, acabou influenciando o direito de todosos povos 
semitas da região. 
 
Esse código foi caracterizado pelos seguintes pontos: 
 
a) Institucionalização da Lei de TALIÃO – Mais conhecida como ‘’Olho 
por Olho, Dente por Dente’’, isso nos mostra que a justiça era como um 
corretivo, aplicada pelos Babilônicos. 
 
b) Administração da Justiça em caráter semiprivado – Sendo que a 
vítima ou um dos seus familiares podiam levar o ofensor a justiça e os 
agentes da lei podiam auxiliar na execução da sentença. 
 
c) Desigualdade perante a lei – Já aqui podemos notar que o código 
dividia a população em 3 classe:, 
* aristocracia 
* os cidadãos comuns 
* os servos e escravos. 
Fator este que possibilitava aplicar as penas de acordo com sua classe 
social, sempre levando em conta a vítima e o agressor. 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Indiv%C3%ADduo
 
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d) A distinção entre o homicídio acidental e o intencional – O homicídio 
acidental recebia a punição por meio de multas paga a família da vítima e 
o Intencional pagava-se por meio da própria vida. 
Percebe-se que a pena de morte era uma sentença comum, porém um 
sujeito com status social elevado era privilegiado, conforme já exposto, 
o que infelizmente pode ser visto, em certas ocasiões, hoje em dia, 
quando a lei deveria ser igual para todos. 
 
b) O DIREITO GREGO 
 
O estudo jurídico grego deve-se a polis onde melhor se 
desenvolveu o direito e a democracia, atingindo sua perfeita forma 
quanto à Legislação, ao processo, no caso, Atenas. No período arcaico 
(século XIII ao VI a.C.) em Atenas, apresentam-se as seguintes 
inovações: armamento naval, terrestre, as moedas e o alfabeto. A escrita 
surge como nova tecnologia, permitindo codificações de leis e sua 
divulgação através de inscrições nos muros da cidade. 
Dessa forma, junto com as instituições democráticas que 
passavam a contar com a participação do povo, os aristocratas perdem 
também o monopólio da justiça. Dois legisladores atenienses merecem 
destaque: Drácon e Sólon. Drácon (620 a.C.) fornece a Atenas o seu 
primeiro código de leis, que ficou conhecido pela severidade e cuja lei 
foi mantida por Sólon, especialmente a relativa à distinção de 
homicídios: voluntário, involuntário e legítima defesa. Sólon faz uma 
reforma institucional, social e econômica, estimulando a agricultura e 
exportação de produtos, tais como a oliva e o vinho. 
A escrita grega surgiu e se desenvolveu ao longo da história 
dessa civilização, estando intimamente ligada ao direito grego. 
Entretanto, apesar de ser o berço da Filosofia, da democracia, do teatro e 
da escrita alfabética, a civilização grega preferia falar a escrever e, por 
outro lado, se recusava em aceitar a proliferação do direito e da figura do 
advogado que, quando existia, não podia ser pago. 
Os escritores do século IV eram, na maioria, oradores e 
professores, com preocupações sociais, culturais, religiosas e outras, e 
por estas e outras razões, os gregos não foram grandes juristas, não 
souberam construir uma ciência do direito, nem sequer desenvolver uma 
maneira sistemática às suas instituições de Direito privado. Por outro 
lado, cada pólis tinha seu próprio direito. Por isso, o direito grego 
tratava-se de uma noção mais ou menos vaga de Justiça, que estava 
difusa na consciência coletiva, sendo os registros que se tem sobre o 
direito grego extraídos de fontes literárias (discursos e textos diversos 
acerca de temas, tais como: casamento, sucessão, adoção, legitimidade de 
filhos, escravos, cidadania. 
Paradoxalmente, os gregos tinham um direito processual bastante 
evoluído, com registros de decisões de árbitros públicos e privados 
(mediação). Difundia-se a ideia de autocomposição. 
Como dito, o destaque jurídico grego é concedido a Atenas, 
especialmente no período compreendido entre 480 a.C. e 338 a.C - uma 
vez que Esparta, outra importante polis, era voltada para o militarismo e 
expansionismo. A lei ateniense era essencialmente retórica. Pode-se 
destacar o tribunal de Helieia, um tribunal popular, que julgava todas as 
causas, exceto as que envolviam crimes de sangue, que ficavam sob a 
alçada dos Aerópagos ( assembleia de magistrados) Por essa razão, 
atribui-se aos gregos a criação do júri popular. 
Não havia advogados, juízes ou promotores. Apenas dois litigantes 
e os logrógrafos (escritores de defesas que faziam discursos perante os 
 
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tribunais. Normalmente era alguém desconhecido da grande massa e que 
não cobrava honorários. 
Por fim,compete destacar a importância das instituições gregas que 
colaboraram de alguma forma para a evolução do direito ocidental: 
*Assembleia do povo - formada por cidadãos acima de 20 anos e 
de posse de seus direitos políticos; tinham atribuições legislativas, 
executivas e judiciárias no sentido de manter a ordem social; 
deliberando, elegendo, fiscalizando o cumprimento das norma se 
julgando os transgressores. 
*Conselho (Boulê) - 500 cidadãos acima de 30 anos, escolhidos 
por sorteio entre os cidadãos de reputação ilibada, com a função de 
examinar, preparar e controlar as leis. 
*Estrategos (guerra) -10 elementos eleitos pela assembleia; 
deviam ser casados e natos, administravam as guerras, cobravam e 
distribuíam impostos e tinham papel de polícia. 
*Magistrados (ações municipais) - eram candidatos eleitos 
anualmente, com função processual (organização dos julgamentos); de 
desenvolvimento de políticas públicas municipais; e de promover cultos 
religiosos. 
 
C) O DIREITO HEBRAICO 
Por possuir natueza religiosa, direito é dado por Deus ao seu povo, e 
desde o principio é imutável, só Deus o pode modificar, ou seja, mesma 
ideia que será reportada no direito canônico e no direito muçulmano. Os 
intérpretes, mais especialmente os rabinos, podem interpretá-lo para o 
adaptar à evolução social, no entanto, eles nunca o podem modificar. Há 
uma espécie de aliança entre Deus e o povo que ele escolheu, o Decálogo 
(dez mandamentos) ditado a Moisés é o seu alicerce, e o Deuteronômio 
é visto com uma forma de aliança. Uma maneira geral de aplicação do 
direito divino. 
O Decálogo (que significa "dez palavras") é o nome dado ao conjunto de 
Leis Divinas que, segundo a Bíblia Sagrada, foram escritos diretamente 
por Deus e entregues a Moisés, o libertador e legislador de Israel, no 
contexto da Antiga Aliança. Foram eternizadas como Tábuas da Lei, no 
período que ocorreu após a libertação do povo de Israel da escravidão no 
Egito, que durou cerca 430 O Êxodo, é a fuga do povo hebreu da 
perseguição e da escravidão faraônica no Egito, foi comandado por 
Moisés, grande líder e legislador. 
A época em que viveu Moisés, assim como o período histórico do 
Êxodo, ainda é um problema para os historiadores. Uma corrente defende 
que o faraó opressor dos hebreus teria sido Ramsés II e o faraó do êxodo, 
seu sucessor Merneptá, por volta de 1230 a.C. 
Os 10 mandamentos, são as leis que Deus nos deu através de Moisés, no 
Monte Sinai, escritos em duas tábuas de pedra (conhecidas também como 
as tábuas da lei), que foram colocadas dentro da Arca da Aliança. 
Podemos encontra-los na Bíblia em Êxodo 20:2-17 e Deuteronômio 5:6-
21 
c.1. O Direito Sacro 
A fonte jurídica dos hebreus advem da Bíblia, a qual contém a "Lei" 
revelada por Deus aos Israelitas. Na Bíblia, encontram-se o Pentateuco, 
que recebe pelos Judeus o nome de Torá. Qualquer interpretação do 
direito hebraico apoia-se num versículo da Bíblia. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_can%C3%B4nico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_mu%C3%A7ulmano
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rabinos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dec%C3%A1logo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Deuteron%C3%B4mio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_Mosaica
https://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%ADblia_Sagrada
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mois%C3%A9s
https://pt.wikipedia.org/wiki/Israel
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antiga_Alian%C3%A7ahttps://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A1buas_da_Lei
https://pt.wikipedia.org/wiki/Egito
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mernept%C3%A1
 
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Os escritos referem-se à leis reveladas por Deusa Moisés – sendo, por 
esse motivo, casualmente denominada como as "Leis de Moisés". 
Compõe-se de cinco Livros: 
• Génese (a Criação, a vida dos patriarcas); 
• o Êxodo (estadia no Egito e volta à Canaã); 
• o Levítico (livro de prescrições religiosas e culturais); 
• o Números (senso da população; sobretudo a organização da 
força material); 
• o Deuteronômio (que complementa os quatro livros precedentes); 
Conforme se deduz da leitura do Levítico e de Números, o enforcamento 
e o apedrejamento eram os modos ordinários de se aplicar a pena capital, 
prescrita pela lei dos hebreus: "Fala aos filhos de Israel nestes termos: 
quem ultraja o seu Deus, suportará o castigo do seu delito. Aquele que 
proferir blasfêmias contra o nome do Senhor, será punido com a morte e 
toda a congregação o apedrejará. Quer seja estrangeiro, quer seja natural 
do país, se proferir blasfêmias contra o nome do Senhor, será punido com 
a morte" (24:15,16). Os hebreus arrancavam todas as roupas do 
condenado á lapidação, exceto uma faixa, que lhe cingia os rins. Depois a 
primeira testemunha o arremessava ao solo, do alto de um tablado com 
dez pés de altura. E a segunda testemunha, lançando uma pedra, queria 
atingi-lo no peito, bem acima do coração. Se este ato não lhe desse a 
morte, as outras pessoas ali presentes o cobriam de pedradas, até o 
momento da morte do condenado. Cumprida a sentença, o cadáver era 
queimado ou dependurado numa árvore. 
 
O DIREITO MEDIEVAL 
 
O Direito Medieval era o conjunto dos Direitos Feudal (aplicado 
pelo senhor feudal no seu feudo) e Canônico (aplicado pela Igreja 
Católica Romana em toda a Cristandade). O discurso jurídico canônico 
se materializou no Tribunal da Santa Inquisição (oficializado pelo Papa 
em 1231). 
A Idade Média é apresentada como sendo o período iniciado com a 
queda do Império Romano do Ocidente, em 476 d.C., e terminada com a 
tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos em 1453. 
Na Europa Feudal, a Igreja era a instituição que monopolizava a 
interpretação da realidade social, pois era ali que estavam os estudiosos, 
os eruditos, os chamados “doutores da Igreja”; e a Igreja logo se tornou 
um lugar de saber inquestionável, para onde as pessoas deveriam se 
dirigir para saber o que deveriam fazer para alcançar a salvação eterna. 
Deus estava na origem de tudo: a vida e a morte dependiam da vontade 
de Deus, e era a Igreja que tinha o conhecimento SOBRE como alcançar 
a salvação, atendendo os desígnios de Deus. 
Aos poucos a Igreja Católica foi criando regras que visavam não só 
ao controle do clero, que se tornava cada vez mais hierarquizado e 
complexo, mas também ao controle da população em geral, que vivia, em 
sua grande maioria, sob a autoridade de senhores feudais católicos, que 
respeitavam a Igreja. 
A Igreja se preocupava muito com o comportamento da população 
em geral, pois ela acreditava que uma sociedade desregrada não era 
agradável a Deus. A interpretação da Igreja era a de que Deus havia 
determinado o papel de cada um na sociedade: um grupo rezava, outro 
lutava e outro trabalhava: seriam o clero, a nobreza (os senhores feudais 
e seus exércitos) e o povo (os camponeses). Não podia haver mudança de 
papel, as regras eram claras; e essa sociedade estamental deveria 
funcionar de forma previsível, rotineira, regrada, dentro do modelo 
 
 - 11 - 
 
normativo estabelecido pela Igreja, para que Deus não se voltasse contra 
ela, mandando a peste, a fome e outras calamidades (castigos). 
Coube, então, à Igreja, a única instituição capaz de interpretar os 
desejos de Deus, a tarefa de produzir as regras ou cânones para o 
controle dessa sociedade. 
Um aspecto importante desses cânones foi o tema da privação do 
prazer. Os monges e religiosos de forma geral desenvolveram um tipo de 
vida marcado pela privação do prazer, pela virgindade ou abstinência 
sexual, por jejuns e muita oração, pois assim acreditavam que estariam 
mais próximos de Deus. É claro que a Igreja não impôs esse tipo de 
comportamento ao resto da população, mas tentou regrar a conduta dos 
cristãos de forma a fazer com que eles se entregassem o mínimo possível 
às tentações da carne, à gula, etc., e rezassem mais. 
Com relação à questão sexual, por exemplo, São Jerônimo (que era 
um doutor da Igreja e viveu entre os séculos IV e V) dizia o seguinte: “É 
adúltero aquele que mantém relação amorosa ardente com sua esposa”. 
Para ele, adúltero não era só o indivíduo que traía a sua esposa, mas 
também aquele que fazia sexo com sua própria esposa de forma ardente, 
ou seja, buscando alguma coisa (prazer) além da simples procriação. Só 
se podia fazer sexo para ter filhos. Outro doutor da Igreja medieval disse 
o seguinte: “Se uma mulher não deseja ter filhos, que ela faça um acordo 
piedoso com seu marido, porque a castidade é a única esterilidade 
permitida a uma cristã”. Que acordo piedoso é esse? Não fazer sexo de 
jeito nenhum 
O aborto, o infanticídio e qualquer método contraceptivo eram 
proibidos pela Igreja – e ainda são. Sobre essa questão, São Martinho, 
bispo de Braga, morto em 579, disse o seguinte: “Se uma mulher 
fornicou e matou o filho nascido deste ato, ou cometeu um aborto e 
matou aquele que tinha concebido, ou tomar poções para não conceber, 
seja no adultério como no casamento legítimo, os cânones precedentes 
(ou seja, anteriores) condenam esta mulher a ser privada da comunhão 
até à morte; mas nós decretamos, por graça, que estas mulheres e aquelas 
que as ajudaram no seu crime façam penitência durante dez anos”. 
Mesmo as pessoas casadas tinham que obedecer rigorosamente aos 
períodos de abstinência sexual estabelecidos pela Igreja. Por exemplo, 
não podiam ter relações sexuais na quaresma, nem em qualquer quarta-
feira, sexta-feira ou domingo do ano; se vai ou foi à Missa, nada de sexo 
naquele dia; no dia da Páscoa, no dia do Natal e de Pentecostes, nada de 
sexo. Durante a gravidez também não, e durante trinta noites após o 
nascimento do filho, também não. 
Outro aspecto da realidade que foi aos poucos sendo controlado 
pelo direito da Igreja (ou, pelo menos, que a Igreja tentou controlar) foi o 
comércio e, principalmente, o seu elemento sustentador: o lucro. 
Importante lembrar que, no início de sua formação, a economia 
medieval era fechada: não havia moedas e quase não sobrava alimentos 
para os camponeses irem de um feudo a outro para trocar a sua produção 
por outros tipos de alimentos. As trocas comerciais eram muito restritas. 
Só que, com o tempo, alguns camponeses começaram a organizar feiras 
anuais onde, todos os anos, um GRANDE volume de trocas passou a ser 
realizado. Foi nesse contexto que eles voltaram a utilizar a moeda como 
elemento de troca, o que facilitou muito o comércio, porque não era mais 
necessário carregar produtos daqui para ali, para trocá-los por outros 
produtos; era só trocar os produtos por moedas, pegar essas moedas, ir 
até uma feira, e trocar essas moedas por outros produtos. 
Nesse contexto, dentro da sociedade feudal, começaram a aparecer 
aldeias onde se concentraram pessoas que haviam se especializado na 
 
 - 12 - 
 
atividade comercial: aldeias que se tornaram, elas próprias, centros 
comerciais. Eram os burgos, e seus habitantes, os burgueses. Os 
burgueses não eram camponeses. Eles só compravam dos camponeses a 
sua produção e revendiam para outros camponeses, logicamente obtendo 
lucro. 
Quando esses burgueses entraram em cena, a Igreja condenou a sua 
atividade: o comércio. No decreto de Graciano (monge italiano e um dos 
maiores juristas da Igreja Católica), datado do século XII, existe a 
seguinte frase: “o mercador nunca pode agradar a Deus –ou 
dificilmente”. São Tomás de Aquino, um dos maiores intelectuais da 
Igreja de todos os tempos, dizia o seguinte, no século XIII: “o comércio, 
considerado em si mesmo, tem um certo caráter vergonhoso”. Quais os 
motivos dessa condenação? O próprio objetivo do comércio: o desejo de 
ganho, a sede de dinheiro, o lucro, o que levava o mercador, quase 
sempre, a cometer um dos pecados capitais: a cupidez ou avareza. 
Mas como a Igreja não conseguia impedir o desenvolvimento comercial, 
colocando obstáculos que fossem eficazes no sentido de neutralizar as 
atividades dos mercadores, ela, mais tarde, vai acabar se aliando aos 
mercadores – ela continuou condenando severamente apenas um dos 
desdobramentos da atividade comercial: a usura, que era o empréstimo a 
juros. 
Para a Igreja, o tempo pertencia a Deus, e nenhum ser humano 
podia ganhar dinheiro utilizando-se do tempo. A própria Bíblia 
condenava a usura. Em um texto do Antigo Testamento há a seguinte 
passagem: “Não exigirás de teu irmão nenhum juro nem para dinheiro, 
nem para víveres, nem para coisa alguma que se preste ao juro”. No 
Novo Testamento há também uma passagem sobre isso que diz o 
seguinte: “Emprestai sem nada esperar em retorno, e grande será vossa 
recompensa”. São Tomás de Aquino condenava a usura dizendo que o 
dinheiro deve servir para favorecer as trocas e que acumulá-lo, fazê-lo 
frutificar por si mesmo, era uma operação contra a natureza e contra 
Deus. 
Uma questão: Será que a Igreja realmente acreditava que, ao punir 
aqueles que se desviavam de suas diretrizes (se entregando aos prazeres 
da carne, o que, na visão da Igreja, “pesava” a alma do cristão, 
impedindo que ele alcançasse a SALVAÇÃO) ela estaria realmente 
salvando o corpo cristão, ou seja, a Cristandade, da perdição? Será que a 
Igreja realmente via a sociedade como um corpo, cujos membros podres 
ou tumores deviam ser extirpados, de forma que eles não 
comprometessem o todo? Ou será que tudo não passou de uma estratégia 
de poder? Ou as duas coisas? 
Esses são apenas alguns exemplos de regras da Igreja Católica 
Romana que, aos poucos, foram constituindo o Direito Canônico. Esse 
direito se diferenciava do Direito Feudal em dois aspectos principais. 
Primeiro: o Direito Canônico era um direito escrito, enquanto o Direito 
Feudal (que vigorava em cada feudo e tinha na figura do senhor feudal a 
autoridade judiciária máxima, pelo menos antes da formação dos 
primeiros estados), não era escrito: era costumeiro, ORAL: ou seja, 
consuetudinário. Segundo, o Direito Canônico era um direito 
centralizador, enquanto o Direito Feudal era fragmentário. 
O Papa não via a Europa Ocidental como uma colcha de retalhos, 
fragmentada em várias unidades políticas, cada uma com sua estrutura 
judicial. Ele via a Europa enquanto uma unidade cristã, uma realidade 
social unida na fé cristã, obediente a Roma. Por isso o Papa fundou um 
modo diferenciado de resolução de litígios baseado no direito 
ROMANO, que era um direito centralizador. 
 
 - 13 - 
 
Durante a Idade Média, o poder estava dividido em três esferas: 
-poder local, exercido pelo nobreza medieval; 
-poder nacional, exercido pela monarquia; 
-poder universal, exercido pelo Papado. 
Cada feudo tinha o seu direito. Certifica-se que a Idade Média (na 
sua maior parte) foi um período de fragmentação ou descentralização do 
poder, e isso se refletiu de forma marcante na organização judicial. O 
senhor feudal exercia a soberania política e judicial, fazendo justiça de 
acordo com o direito consuetudinário, no seu feudo – somente no seu 
feudo. Como se tratava de um direito oral, dificilmente podemos deduzir 
o seu conteúdo, mas sabe-se que, desde o início, a partir do momento em 
que os senhores feudais (ou seus ancestrais “bárbaros”) começaram a se 
converter ao Cristianismo, os cânones da Igreja católica passaram a ser 
seguidos nos feudos católicos, pois assim que acontecia a conversão do 
senhor, o Papa mandava um membro do clero para viver no castelo desse 
senhor e fazer com que o direito da Igreja fosse ali respeitado. Tem-se, 
então, dois direitos sendo aplicados paralelamente na Europa Ocidental. 
O primeiro, fragmentado: cada feudo tinha o seu. O outro, centralizador, 
escrito, comum a todos os feudos católicos. 
Acontecia, algumas vezes, do Direito Feudal ir contra o Direito Canônico 
em determinados aspectos da realidade, sobretudo relacionados aos 
costumes do povo; mas quando isso acontecia, o senhor feudal 
normalmente acatava as determinações do Direito Canônico. Isso atesta a 
importância do direito da Igreja na Europa Medieval. 
Quando, a partir dos séculos XII-XIII, os feudos mais militarizados 
começaram a submeter os mais fracos, à força ou através de alianças, a 
Igreja ajudou os senhores feudais mais fortes pregando aos outros a 
necessidade da submissão e acabou se tornando a grande aliada dos 
monarcas que surgiram nesse processo de centralização do poder. A 
importância simbólica da Igreja era tanta, a crença católica era tão forte 
entre o povo, que quem passou a legitimar o poder político dos reis foi a 
Igreja, através da Sagração. O rei que não fosse sagrado pela Igreja não 
tinha o direito de exercer o poder, a população não o reconhecia como 
rei. 
Foi durante esse processo de centralização do poder nas mãos dos 
monarcas (antigos senhores feudais) que surgiu o Tribunal da Santa 
Inquisição, uma forma encontrada pela Igreja para sistematizar o controle 
sobre a Cristandade, aplicando o seu direito. A Santa Inquisição foi se 
estabelecendo em diversos pontos da Europa, amparada pelos senhores e 
reis católicos. A sua tarefa foi, principalmente, julgar os hereges, ou seja, 
aquelas pessoas que interpretavam os ensinamentos cristãos de maneira 
diferente daquela que a Igreja pregava. Mas a Inquisição também julgava 
casos de adultério, incesto, bigamia, bruxaria, sacrilégio, usura e outros 
comportamentos considerados desviantes do ponto de vista da moral 
religiosa. 
A primeira etapa do processo inquisitorial era ouvir os boatos. As 
autoridades eclesiásticas estimulavam a delação, dizendo que Deus 
recompensaria aqueles que entregassem os hereges e outros desviantes ao 
Inquisidor. Depois, os suspeitos eram interrogados. Havia um manual 
que regulamentava os interrogatórios e demais procedimentos 
inquisitoriais: o Manual dos Inquisidores. Se o suspeito vacilasse em 
suas respostas, se ele dissesse uma coisa e depois outra, ele poderia ser 
torturado para que confessasse. A condenação poderia vir com confissão 
ou sem confissão. Às vezes as provas eram tantas que já condenavam o 
réu sem confissão. Mas a confissão era a prova mais importante; só que, 
 
 - 14 - 
 
na maioria das vezes, ela era obtida por meio da tortura. Não havia 
advogado de defesa. Quem se defendia era o próprio acusado. 
A pena máxima estabelecida pela Inquisição era a morte na 
fogueira. As penas mais leves iam desde penitências, orações, penas 
pecuniárias (em dinheiro), até os chamados “Autos de fé”, que eram 
procissões em que os condenados eram obrigados a participar vestidos de 
branco e com velas nas mãos (normalmente era assim), de forma que 
todos pudessem ver quem eles eram. 
O sistema jurídico inquisitorial contribuiu para a racionalização do 
sistema penal no final da Idade Média e início dos tempos modernos. 
Embora fosse um sistema ligado à Igreja e ao “Sagrado”, o procedimento 
de investigação era bastante racional. Para começar, os processos eram 
todos registrados por escrito. Havia investigação, depoimentos de 
testemunhas e um sistema de provas muito sofisticado para a época. Por 
exemplo, o testemunho ocular de duas pessoas era uma prova plena e 
podia levar facilmente à condenação. Vários indícios podiam se tornar 
uma meia prova ou prova semiplena. Duas provas semiplenas podiam se 
tornar uma plena. Entende-se por Direito Feudal o conjuntode normas 
consuetudinárias que regiam as relações advindas do sistema feudal de 
produção. Vigorou na Europa Ocidental por quatro séculos, a partir do 
século VIII, tendo sua origem no reino franco e, posteriormente, 
espalhando-se por todo o Ocidente. Paralelamente a ele vigiu também o 
chamado direito comum, que não cabe aqui ser analisado. 
No que diz respeito ao direito Feudal, este possuía independência 
do direito romano e do direito germânico. Suas características principais, 
destacadamente mais germânicas que romanas, eram 
*a valorização das relações pessoais e da propriedade fundiária 
*a ausência de qualquer concepção abstrata de Estado. 
Durante os quatros séculos em que vigiu, as únicas leis escritas 
existentes foram as capitulares, que continham, além de normas de 
direito penal e processual, algumas poucas regras de direito feudal. 
As capitulares eram editadas pelos reis, com o apoio de um 
consenso (capítulo), na tentativa de organizar a sociedade e proteger os 
súditos mais pobres. Eram fator de unificação jurídica, porque aplicáveis 
a todo o reino. Desapareceram no fim do século IX, a partir do que não 
existiram mais legislações aplicáveis a todo um reino até o século XII. 
Assim, o Direito Feudal desenvolveu-se através dos costumes, 
sendo que o soberano, muito raramente, intervinha para legislar, e 
sempre se restringia a uma questão particular. Tais costumes foram 
resumidos em obras como o Legesfeudorum, datado do século XII, 
portanto já do período de declínio do Direito Feudal. Como o direito era 
oral, e a principal fonte era o costume, as normas mudavam de região 
para região. Não houve qualquer espécie de ensino jurídico, nem se pode 
afirmar que se desenvolveu ciência jurídica de qualquer natureza. O 
único direito supranacional, no início da Idade era o direito da Igreja 
Romana, anteriormente explicitado. Ressalta-se que nem o Direito 
Feudal e nem o Direito Canônico, o qual gozava de prestígio, foram 
estudados na época. Portanto, conclui-se que, na época, o direito não 
possuía viés acadêmico, tampouco científico. 
 
O DIREITO NA IDADE MODERNA 
 
No período histórico que se inicia com a descoberta do caminho 
marítimo para a Índia em 1498 e se estende ao desenvolvimento da 
Revolução Francesa, em 1789pode-se destacar que o direito deixa de 
lado a descentralização feudal e inicia um processo centralizado com o 
advento do absolutismo monárquico. 
 
 - 15 - 
 
O ABSOLUTISMO MONÁRQUICO 
Entende-se por Absolutismo, o processo de centralização política 
nas mãos do rei. É resultado da evolução política das Monarquias 
Nacionais, surgidas na Baixa Idade Média, com a aliança rei - burguesia. 
A burguesia possuía interesse econômico na centralização do poder 
político, pois com a padronização monetária e a adoção de mecanismos 
protecionistas, seria garantida a expansão das atividades comerciais. 
Tais incentivos comerciais contribuíram para o enfraquecimento da 
nobreza feudal e este enfraquecimento, em contrapartida, garantia a 
supremacia política do rei. 
Paralelamente ao enfraquecimento da nobreza feudal e 
fortalecimento da burguesia e da monarquia, ocorreram as Reformas 
Religiosas, o que colaborou para o enfraquecimento da Igreja Católica e 
a falência do poder papal. Assim, o processo de aliança rei -burguesia 
auxiliou no enfraquecimento do poder local; as reformas religiosas 
minaram o poder universal colaborando para a consolidação do poder 
real. São características importantes do absolutismo: 
a) criação de um exército nacional: instrumento principal do 
processo de centralização política. Formado por mercenários, com a 
intenção de enfraquecer a nobreza e não armar os camponeses. 
b) controle do legislativo: todas as decisões do reino estavam 
controladas diretamente pelo rei, que possuía o direito de criar as leis. 
c) controle sobre a justiça: criação do tribunal real, sendo superior 
aos tribunais locais ( controlados pelo senhor feudal ). 
d) controle sobre as finanças: intervenção na economia, mediante o 
monopólio da cunhagem de moedas, da padronização monetária, a 
cobrança de impostos, da criação de companhias de comércio e a 
imposição dos monopólios. 
e) burocracia estatal: corpo de funcionários que auxiliam na 
administração das obras públicas, fortalecendo o controle do estado e, 
consequentemente, o poder real. 
 
OS GRANDES PENSADORES DA IDADE MODERNA 
 
Deve ser ressaltada a importância dos grandes teóricos, que de 
forma direta influenciaram o direito da idade moderna, e por 
conseguinte, o direito contemporâneo. Destacam-se: 
 
a) Nicolau Maquiavel ( 1469/1525 ) - Responsável pela 
secularização da política, ou seja, ele supera a relação entre ética cristã e 
política. Esta superação fica clara na tese de sua principal obra, O 
Príncipe segundo a qual "os fins justificam os meios". 
Maquiavel subordina o indivíduo ao Estado, tornando-se assim no 
primeiro defensor do absolutismo. 
b) Thomas Hobbes ( 1588/1679 ) -Seu pensamento está centrado 
em explicar as origens do Estado. De acordo com Hobbes, o homem em 
seu estado de natureza é egoísta. Este egoísmo gera prejuízos para todos. 
Procurando a sociabilidade, o homem estabelece um pacto: abdica de 
seus direitos em favor do soberano, que passa a ter o poder absoluto. 
Assim, o estado surge de um contrato. A ideia de contrato denota 
características burguesas, demonstrando uma visão individualista do 
homem ( o indivíduo preexiste ao Estado ) e o pacto busca garantir e 
manter os interesses dos indivíduos. A obra principal de Hobbes é 
"Leviatã". 
c) Jacques Bossuet( 1627/1704 ) e Jean Bodin ( 1530/1596 )- 
Defensores da idéia de que a autoridade real era concedia por Deus. 
Desenvolvimento da doutrina do absolutismo de direito divino - o rei 
seria um representante de Deus e os súditos lhe devem total obediência. 
d) Jean Jacques Rousseau (1712-1778)- um dos grandes mentores 
do jusnaturalismo. Em sua obra expõe o estado de natureza, época 
primitiva em que os homens seriam felizes desfrutando de liberdade e 
igualdade. Sem comando político, os seres humanos viviam no livre 
exercício de seus direito naturais, em uma Idade de Ouro, onde não havia 
 
 - 16 - 
 
propriedade privada, nem corrupção. A desarmonia teria surgido quando 
alguns homens, prevalecendo de sua força, impuseram o domínio. Em, O 
Contrato Social (1762), visando recuperar o seu bem-estar primitivo, os 
homens teriam transferido seus direitos naturais ao Estado em troca de 
direito civis. Estes seriam os próprios direitos naturais, já então sob a 
tutela do Estado. Não haveria, assim, renúncia a liberdade, pois tal ato é 
incompatível com a natureza humana. Com a celebração do pacto, cujas 
cláusulas são ditadas pela própria natureza do ato, os homens visavam 
encontrar uma forma de associação que defendesse e protegesse de toda a 
força comum a pessoa e os bens de cada associado. A finalidade última 
de toda legislação seria a de promover a liberdade e a igualdade entre os 
homens. 
e) Montesquieu (1689-1775) -Charles-Louis de Secondatficou 
conhecido, sobretudo, por sua teoria da separação dos poderes. 
Montesquieu defendia a divisão do poder e era a favor da existência 
Monarquia Parlamentar. Sua obra mais conhecida foi “OEspírito das 
Leis, publicado em 1748, na qual elabora conceitos sobre formas de 
governo e exercícios da autoridade política que se tornaram pontos 
doutrinários básicos da ciência política. Suas teorias exerceram profunda 
influência no pensamento político moderno. Elas inspiraram a 
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, elaborada em 1789, 
durante a Revolução Francesa. 
A Teoria da Tripartição dos Poderes do Estado não é mera criação de 
Montesquieu. John Locke, filósofo liberal inglês, acerca de um século 
antes de Montesquieu já tinha formulado, ainda que implicitamente, a 
teoria em questão. Entretanto,cabe a Montesquieu o inegável mérito de 
tê-la colocado num quadro mais amplo. 
 
 
 
 
O DIREITO NA IDADE CONTEMPORÂNEA – 
considerações gerais 
 
Tradicionalmente,a Idade Contemporânea é demarcada pelo 
período que compreende o advento daRevolução Francesa (1789) aos 
dias atuais. Marcada de maneira geral, pelo desenvolvimento e 
consolidação do capitalismo no ocidente,o desenvolvimento da atividade 
industrial e, consequentemente pelas disputas das potencias europeias por 
territórios e respectivas matérias-primas e mercadosconsumidores. 
Neste período, como reflexo das mudanças sociais provocadas pelo 
processo de industrialização, intensifica-se a ideia do Direito ser visto 
como ciência, buscando excluir ou pelo menos diminuir a influência da 
moral e dos valores na criação e aplicação das normas e do direito como 
um todo. Nesse sentido, a Ciência do direito estaria fundada num 
fenômeno objetivo e observável e não em valores relativos e subjetivos. 
No século XIX,os juristas passaram a tender a aplicar o direito 
observando as ações humanas, e ainda nesse contexto, os mesmos 
passaram a ser chamados a colaborar na tarefa de administrar 
cientificamente a sociedade. Assim, o direito passou a ser visto,com mais 
ênfase, como um dos instrumentos de condução da sociedade. 
A estrutura jurídica deste perído será analisada ao longo dos temas, 
bem como ao longo de toda graduação. Ressalta-se o fato de que a 
estrutura atual do direito passou a ser delineada ao longo de todo século 
XX, continuando em evolução,dada sa sua flexibilidade e amparo 
zetético. 
 
A zetéticaopõe-se ao dogma. Dogma é a aplicação de determinados 
conceitos e fatos aceitos e indiscutíveis. Em oposição, a zetética coloca o 
questionamento como posição fundamental, isso significa que qualquer 
paradigma pode ser investigado e indagado. Qualquer premissa tida 
como certa pela dogmática pode ser reavaliada, alterada e até 
desconstituída pelo ponto de vista zetético. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_da_separa%C3%A7%C3%A3o_dos_poderes
http://pt.wikipedia.org/wiki/1748
http://pt.wikipedia.org/wiki/Governo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia_pol%C3%ADtica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Francesa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mat%C3%A9rias-primas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado
http://pt.wikipedia.org/wiki/Consumidor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Moral
 
 - 17 - 
 
 
II – O SISTEMA ROMANO GERMÂNICO. 
 
 
O sistema romano-germânico desenvolveu-se a partir do século 
XII, quando ocorreu o redescobrimento do Corpus Juris Civilis. A partir 
daí, esse sistema passou a ser aplicada em países como Itália, Portugal, 
Espanha, Alemanha, BélgicaHolanda, França, Portugal eséculos depois 
a América Latina, e por conseguinte o Brasil. Pertencem à família 
romano-germânica os direitos de toda a América Latina, de toda a 
Europa continental, de quase toda a Ásia (exceto partes do Oriente 
Médio) e de cerca de metade da África. 
Trata-se de sistema que tem como fonte a produção jurídica 
desenvolvida na Roma antiga e da sistematização científica oriunda do 
pensamento alemão do século IX. É o sistema jurídico mais disseminado 
no mundo, sistematizado pelo fenômeno da codificação do direito a partir 
do século XVIII. É típico deste sistema o caráter escrito do direito. 
Importante característica dos direitos de tradição romano-germânica é a 
generalidade das normas jurídicas, que são aplicadas pelos juízes aos 
casos concretos. Difere, portanto, do sistema jurídico anglo-saxão 
(Common law), que infere normas gerais a partir de decisões judiciais 
proferidas a respeito de casos individuais (jurisprudência). 
O Sistema Romano Germânico é caracterizado pela Civil Law: a 
estrutura jurídica oficialmente adotada no Brasil, que basicamente 
significa que as principais fontes do Direito adotadas são a Lei, o texto. 
Em diversos países de tradição romano-germânica, o direito é organizado 
em códigos, cujos exemplos principais são os códigos civisfrancês e 
alemão,nos quais baseia-se o Direito Brasileiro. 
 
 
1 - DIREITO ROMANO 
 
Direito romano é um termo histórico-jurídico que se refere, 
originalmente, ao conjunto de regras jurídicas observadas na cidade de 
Roma e, mais tarde, ao corpo de direito aplicado ao território do Império 
Romano e, após a queda do Império Romano do Ocidente em 476 d.C. 
Mesmo após 476, o direito romano continuou a influenciar a produção 
jurídica dos reinos ocidentais resultantes das invasões bárbaras, embora 
um seu estudo sistemático no ocidente pós-romano esperaria a chamada 
redescoberta do Corpus Iuris Civilis pelos juristas italianos no século XI. 
Em termos gerais, a história do direito romano abarca mais de mil 
anos, desde a Lei das Doze Tábuas (Lex DuodecimTabularum, em latim, 
449 a.C.) até o Corpus Iuris Civilis por Justiniano (c. 530 d.C.). 
Os historiadores do direito costumam dividir o direito romano em fases. 
Um dos critérios empregados para tanto é o da evolução das instituições 
jurídicas romanas, segundo o qual o direito romano apresentaria quatro 
grandes épocas: 
· Período Arcaico ou pré-clássico (753 a.C. a 130 a.C.) 
· Período Clássico (130 a.C. a 230) 
· Período Pós-Clássico (230 a 530) 
· Período Justiniano (530 a 565) 
A influência do direito romano sobre os direitos nacionais europeus 
é imensa e perdura até hoje. Uma das grandes divisões do direito 
comparado é o sistema romano-germânico, adotado por diversos Estados 
continentais europeus e baseado no direito romano. O mesmo acontece 
com o sistema jurídico em vigor em todos os países latino-americanos. 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XII
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XII
http://pt.wikipedia.org/wiki/Corpus_Juris_Civilis
http://pt.wikipedia.org/wiki/It%C3%A1lia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Espanha
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alemanha
http://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%A9lgica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Holanda
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_civil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alemanha
 
 - 18 - 
 
a) Período pré-clássico 
No período entre 201 e 27 a.C., desenvolveu-se um direito mais 
flexível que melhor atendia as necessidades da época. Ademais do ius 
civile antigo e formal, surgiu o iushonorarium, assim chamado porque os 
pretores - que ocupavam cargos honorários - desempenharam um papel 
central em sua formação. 
A adaptação do direito às novas necessidades foi empreendida pela 
prática jurídica, pelos magistrados e, em especial, pelos pretores. O 
pretor não legislava e, tecnicamente, não criava direito novo quando 
emitia editos (magistratu umedicta). Na verdade, porém, as decisões 
pretorianas gozavam de proteção legal (actio nemdare) e com frequência 
serviam de fonte para novas regras de direito. Os pretores não estavam 
obrigados a respeitar os editos dos seus antecessores, mas terminavam 
por empregar regras pretorianas anteriores que julgassem úteis. Com isto, 
criou-se um conteúdo normativo que prosseguia de edito em edito 
(edictum translatitium). 
Surgiu então, ao longo do tempo, e em paralelo com o ius civile, a 
complementá-lo e corrigi-lo, um novo corpo de direito pretoriano. Na 
verdade, o direito pretoriano assim foi definido pelo famoso jurista 
romano Papiniano: o direito pretoriano é o que os pretores introduziram 
para complementar e corrigir o direito civil para a utilidade pública. O 
ius civile e o direito pretoriano vieram a ser fundidos no Corpus Iuris 
Civilis.Antes da Lei das Doze Tábuas (754-201 a.C.), o direito privado 
consistia do antigo direito civil romano (ius civile Quiritium), que se 
aplicava apenas aos cidadãos romanos. Estreitamente ligado à religião, 
possuía características como o formalismo escrito, simbolismo e 
conservadorismo. Alguns entendem que

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