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ETICA NA EDUCACAO

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1 
 
 
ÉTICA NA EDUCAÇÃO 
BELO HORIZONTE / MG 
 
 
 
 2 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 3 
O QUE É ÉTICA? .................................................................................................................. 4 
ÉTICA NA EDUCAÇÃO ....................................................................................................... 11 
RELAÇÕES HUMANAS, TRABALHO EM EQUIPE, QUALIDADE NO ATENDIMENTO 
PÚBLICO ............................................................................................................................. 15 
REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ............................................................... 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÉTICA NA EDUCAÇÃO 
 
 
 3 
 
INTRODUÇÃO 
Sejam bem vindos ao módulo de Ética, 
que compõe os cursos oferecidos pelo Instituto 
Pedagógico de Minas Gerais. 
Nos esforçamos para oferecer um 
material condizente com a graduação daqueles 
que se candidataram a esta especialização, 
procurando referências atualizadas, embora 
saibamos que os clássicos são indispensáveis ao 
curso. 
As ideias aqui expostas, como não 
poderiam deixar de ser, não são neutras, afinal, 
opiniões e bases intelectuais fundamentam o 
trabalho dos diversos institutos educacionais, 
mas deixamos claro que não há intenção de fazer 
apologia a esta ou aquela vertente, estamos 
cientes e primamos pelo conhecimento científico, 
testado e provado pelos pesquisadores. 
Não obstante, o curso tenha objetivos 
claros, positivos e específicos, nos colocamos 
abertos para críticas e para opiniões, pois temos 
consciência que nada está pronto e acabado e 
com certeza críticas e opiniões só irão 
acrescentar e melhorar nosso trabalho. 
Como os cursos baseados na 
Metodologia da Educação a Distância, vocês são 
livres para estudar da melhor forma que possam 
organizar-se, lembrando que: aprender sempre, 
refletir sobre a própria experiência se somam e 
que a educação é demasiado importante para 
nossa formação e, por conseguinte, para a 
formação dos nossos/ seus alunos. 
Deste modo, a apostila em questão traz os 
seguintes conteúdos: 
Ética: 
origens, definições, o pensamento dos filósofos, 
valores éticos. Ética na educação, pela ótica dos 
parâmetros curriculares nacionais, os 
pressupostos vinculados à ética e as relações 
humanas, o trabalho em equipe e a qualidade no 
atendimento público. 
O módulo tem como objetivo geral levar 
o profissional a perceber que a ética permeia todo 
a vida do sujeito, quer seja no ambiente pessoal 
quanto profissional. 
Trata-se de uma reunião do pensamento 
de vários autores que entendemos serem os mais 
importantes para a disciplina. 
Para maior interação com o aluno 
deixamos de lado algumas regras de redação 
científica, mas nem por isso o trabalho deixa de 
ser científico. 
Desejamos a todos uma boa leitura e 
caso surjam algumas lacunas, ao final da apostila 
encontrarão nas referências consultadas e 
utilizadas aporte para sanar dúvidas e aprofundar 
os conhecimentos. 
INFERÊNCIAS INICIAIS... 
A Ética é a ciência da verdade; não existe 
uma ética da mentira, nem a meia ética e ambas, 
ética e verdade são a essência da consciência 
humana. Ninguém lhes pode ser indiferente. 
A omissão da consciência é tão dolorosa 
que o homem, quando não consegue seguir seus 
ditamos, inventa simulacros de ética e de 
verdade. Cria caricaturas da ética, sacrificando a 
verdade por meio de retóricas ideológicas, assim, 
prevalecem as exteriorizações que nada mais 
são do que a relativização da ética, que 
corresponde à elasticidade da consciência. 
A ética e a verdade, por habitarem a 
consciência, vêm de dentro, têm a ver com o ser: 
ou é ou não se é! (MATOS, 2008). 
A ética é o fundamento da sociedade! 
Não há possibilidade de vida social sem 
que haja observância de princípios éticos. 
A sociedade apoia-se em três conceitos, seus 
pilares éticos: 
1. É essencial que ela seja justa – 
que haja oportunidade para todos; 
2. É essencial que ela seja livre – 
que a vontade educada torne a liberdade 
responsável; 
3. É vital que ela seja solidária – 
que haja compromisso com o bem pessoal e o 
bem comum. 
 
ÉTICA NA EDUCAÇÃO 
 
 
 4 
 
Ética da simulação ou meia-ética são 
mentiras inteiras que não resistem à verdade, no 
tempo, mas estão ai camufladas no meio social e 
nosso interesse é justamente levá-los a refletir 
que o compromisso com a sociedade, o respeito 
à dignidade humana passam necessariamente 
pela ética, onde quer que esteja o profissional, na 
educação, nos serviços de saúde, na 
administração pública, no meio empresarial, ele 
deve permear seu viver na ética. 
Para que sejam cumpridas as funções 
básicas da sociedade, são imprescindíveis 
desenvolverem-se, igualmente, três 
capacidades, eminentemente éticas: 
 Liderança integrada – não 
basta que haja líderes, eles devem estar 
integrados por verdades comuns; 
 Organização flexível – que as 
estruturas estimulem a participação, a 
criatividade, a descentralização e a delegação de 
autoridade; 
 Visão e ação estratégicas – 
que se desenvolva simultaneamente a percepção 
diagnóstica (saber o que está acontecendo) e o 
pensamento estratégico (saber definir cenários 
do porvir e tomar decisões eficazes) (MATOS, 
2008). 
O QUE É ÉTICA? 
Desde suas origens entre os filósofos da 
antiga Grécia, a Ética é um tipo de saber 
normativo, isto é, um saber que pretende orientar 
as ações dos seres humanos. A moral também é 
um saber que oferece orientações para a ação, 
mas enquanto ela propõe ações concretas em 
casos concretos, a Ética – como Filosofia moral – 
remonta à reflexão sobre as diferentes morais e 
as diferentes maneiras de justificar racionalmente 
a vida moral, de modo que sua maneira de 
orientar a ação é indireta: no máximo, pode 
indicar qual concepção moral é mais razoável 
para que, a partir dela, possamos orientar nossos 
comportamentos (CORTINA; MARTÍNEZ, 2009). 
Portanto, em princípio, a Filosofia moral 
ou Ética não tem motivos para ter uma incidência 
imediata na vida cotidiana, pois seu objetivo 
último é esclarecer reflexivamente o campo da 
moral. No entanto, esse esclarecimento, 
certamente pode servir de modo indireto como 
orientação moral para os que pretendam agir 
racionalmente no conjunto da sua vida. 
1.1 Origens 
Ética é uma palavra de origem grega, 
com duas origens possíveis. A primeira é a 
palavra grega éthos, com e curto, que pode ser 
traduzida por costume, a segunda também se 
escreve éthos, porém com e longo, que significa 
propriedade do caráter. A primeira é a que serviu 
de base para a tradução latina Moral, enquanto 
que a segunda é a que, de alguma forma, orienta 
a utilização atual que damos a palavra Ética 
(GOLDIM, 2000). 
Ética é a investigação geral sobre aquilo que é 
bom. 
Ética significa modo de ser, caráter, 
comportamento. É o ramo da filosofia que busca 
estudar e indicar o melhor modo de viver no 
cotidiano e na sociedade. Diferencia-se da moral, 
pois enquanto esta se fundamenta na obediência 
a normas, tabus, costumes ou mandamentos 
culturais,hierárquicos ou religiosos recebidos, a 
ética, ao contrário, busca fundamentar o bom 
modo de viver pelo pensamento humano. 
Na filosofia clássica, a ética não se 
resume ao estudo da moral (entendida como 
“costume”, do latim mos, mores), mas a todo o 
campo do conhecimento que não é abrangido na 
física, metafísica, estética, na lógica e nem na 
retórica. 
Assim, a ética abrangia os campos que 
atualmente são denominados antropologia, 
psicologia, sociologia, economia, pedagogia, 
educação física e até mesmo política, em suma, 
campos direta ou indiretamente ligados a 
maneiras de viver. 
Porém, com a crescente 
profissionalização e especialização do 
conhecimento que se seguiu à revolução 
industrial, a maioria dos campos que eram objeto 
de estudo da filosofia, particularmente da ética, 
foram estabelecidos como disciplinas científicas 
independentes. Deste modo, é comum que 
atualmente a ética seja definida como “a área da 
filosofia que se ocupa do estudo das normas 
morais nas sociedades humanas” e busca 
 
ÉTICA NA EDUCAÇÃO 
 
 
 5 
 
explicar e justificar os costumes de um 
determinado agrupamento humano, bem como 
fornecer subsídios para a solução de seus 
dilemas mais comuns. Neste sentido, ética pode 
ser definida como a ciência que estuda a conduta 
humana e a moral é a qualidade desta conduta, 
quando julga- se do ponto de vista do Bem e do 
Mal. 
A ética também não deve ser confundida 
com a lei, embora com certa frequência a lei 
tenha como base princípios éticos. Ao contrário 
do que ocorre com a lei, nenhum indivíduo pode 
ser compelido, pelo Estado ou por outros 
indivíduos, a cumprir as normas éticas, nem 
sofrer qualquer sanção pela desobediência a 
estas; por outro lado, a lei pode ser omissa 
quanto a questões abrangidas no escopo da 
ética. 
Modernamente, a maioria das profissões 
tem o seu próprio código de ética profissional, 
que é um conjunto de normas de cumprimento 
obrigatório, derivadas da ética, frequentemente 
incorporados à lei pública. Nesses casos, os 
princípios éticos passam a ter força de lei; note-
se que, mesmo nos casos em que esses códigos 
não estão incorporados à lei, seu estudo tem alta 
probabilidade de exercer influência, por exemplo, 
em julgamentos nos quais se discutam fatos 
relativos à conduta profissional. Ademais, o seu 
não cumprimento pode resultar em sanções 
executadas pela sociedade profissional, como 
censura pública e suspensão temporária ou 
definitiva do direito de exercer a profissão. 
A Ética tem por objetivo facilitar a 
realização das pessoas. Que o ser humano 
chegue a realizar-se a si mesmo como tal, isto é, 
como pessoa. (...) A Ética se ocupa e pretende a 
perfeição do ser humano. 
Ética existe em todas as sociedades 
humanas, e, talvez, mesmo entre nossos 
parentes não humanos mais próximos. Podemos 
abandonar o pressuposto de que a Ética é 
unicamente humana. 
A Ética pode ser um conjunto de regras, 
princípios ou maneiras de pensar que guiam, ou 
chamam a si a autoridade de guiar, as ações de 
um grupo em particular (moralidade), ou é o 
estudo sistemático da argumentação sobre como 
nós devemos agir (filosofia moral). 
É extremamente importante saber 
diferenciar a Ética da Moral e do Direito. Estas 
três áreas de conhecimento se distinguem, 
porém têm grandes vínculos e até mesmo 
sobreposições (GOLDIM, 2003). 
Tanto a Moral como o Direito baseiam-se 
em regras que visam estabelecer uma certa 
previsibilidade para as ações humanas. Ambas, 
porém, se diferenciam. 
A Moral estabelece regras que são 
assumidas pela pessoa, como uma forma de 
garantir o seu bem-viver. A Moral independe das 
fronteiras geográficas e garante uma identidade 
entre pessoas que sequer se conhecem, mas 
utilizam este mesmo referencial moral comum. 
O Direito busca estabelecer o 
regramento de uma sociedade delimitada pelas 
fronteiras do Estado. As leis tem uma base 
territorial, elas valem apenas para aquela área 
geográfica onde uma determinada população ou 
seus delegados vivem. O Direito Civil, que é 
referencial utilizado no Brasil, baseia-se na lei 
escrita. A Common Law, dos países anglo-
saxões, baseia-se na jurisprudência. As 
sentenças dadas para cada caso em particular 
podem servir de base para a argumentação de 
novos casos. O Direito Civil é mais estático e a 
Common Law mais dinâmica. 
Alguns autores afirmam que o Direito é 
um sub-conjunto da Moral. Esta perspectiva pode 
gerar a conclusão de que toda a lei é moralmente 
aceitável. Inúmeras situações demonstram a 
existência de conflitos entre a Moral e o Direito. A 
desobediência civil ocorre quando argumentos 
morais impedem que uma pessoa acate uma 
determinada lei. Este é um exemplo de que a 
Moral e o Direito, apesar de referirem-se a uma 
mesma sociedade, podem ter perspectivas 
discordantes. 
Sintetizando: A Ética é o estudo geral do 
que é bom ou mau. Um dos objetivos da Ética é 
a busca de justificativas para as regras propostas 
pela Moral e pelo Direito. Ela é diferente de 
ambos - Moral e Direito - pois não estabelece 
regras. 
Esta reflexão sobre a ação humana é 
que a caracteriza (GOLDIM, 2003). 
 
ÉTICA NA EDUCAÇÃO 
 
 
 6 
 
1.2 Definições 
Ético (ethos): disciplina filosófica que 
estuda o valor das condutas humanas, seus 
motivos e finalidades. Reflexão sobre os valores 
e justificativas morais, aquilo que se considera o 
bem. 
Análise da capacidade humana de 
escolher, ser livre e responsável por sua conduta 
entre os demais. Para alguns autores, o mesmo 
que moral (MARTINS, 2002). 
Anti-ético: contra uma ética 
estabelecida ou contra a ideia (da ética) de 
estabelecer o que devemos fazer ou quem 
queremos ser levando os outros em 
consideração. Muitas vezes, o antiético têm 
ideias éticas próprias. 
Aético: sem ética, mas não contra uma ou outra 
ética. 
Para o Professor de Filosofia Alfredo de 
Oliveira Moraes (2000) o termo ética provém de 
outro, mais especificamente de ethos, o qual por 
sua vez corresponde, em nosso idioma, a uma 
transliteração dos dois vocábulos gregos, sejam: 
ethos com eta inicial cuja raiz semântica remete 
ao significado de morada do homem, sendo o 
ethos designativo da casa do homem, resumido 
na bela expressão – o homem habita sobre a 
terra acolhendo-se ao recesso seguro do ethos. 
Na visão do teólogo Leonardo Boff (2000) 
o centro do ethos é o bem (Platão), pois somente 
ele permite que alcancemos nosso fim, que 
consiste em sentirmo-nos em casa. E nos 
sentirmos bem em casa (temos um ethos, 
realizamos o fim almejado) quando criarmos 
mediações adequadas, como hábitos, certas 
normas e maneiras constantes de agir. Por elas, 
habitamos o mundo, que pode ser a 
casaconcreta, ou o nosso nicho ecológico local, 
regional ou nossa casa maior, o planeta Terra. 
Ética é a ciência da moral (SILVA, 1999). 
Dalai Lama (2000), de maneira simples 
nos diz que ético “é aquele que não prejudica a 
experiência ou a expectativa de felicidade de 
outras pessoas”. 
Robert Henry Srour (2000) ensina que a 
moral vem a ser um conjunto de valores e de 
regras de comportamento, um código de conduta 
que coletividades adotam, quer sejam uma 
nação, uma categoria social, uma comunidade 
religiosa ou uma organização. Enquanto a ética 
diz respeito à disciplina teórica, ao estudo 
sistemático, a moral correspondente às 
representações imaginárias que dizem aos 
agentes sociais o que se espera deles, quais 
comportamentos são bem-vindos e quais não. 
Em resumo, as pautas deação ensinam o “o bem 
fazer” ou o “fazer virtuoso”, a melhor maneira de 
agir coletivamente; qualificam o bem e o mal, o 
permitido e o proibido, o certo e o errado, a 
virtude e o vício. 
Para José Renato Nalini (1999) a ética é 
uma ciência, pois tem objeto próprio, leis próprias 
e método próprio. O objeto da ética é a moral. A 
moral é dos aspectos do comportamento 
humano. A expressão deriva da palavra romana 
mores, com o sentido de costumes, conjunto de 
normas adquiridas pelo hábito reiterado de sua 
prática. 
A ética e a moral não devem ser 
confundidas. Segundo os estudiosos do assunto, 
a ética não cria a moral (MARTINS, 2002). 
O Professor de ética Mário Alencastro 
(2000) assevera que toda moral supõe 
determinados princípios, normas ou regras de 
comportamento, não é a ética que os estabelece 
numa determinada comunidade. A ética depara 
com uma experiência histórico-social no terreno 
da moral, ou seja, com uma série de práticas 
morais já em vigor e, partindo delas, procura 
determinar a essência da moral, sua origem, as 
condições objetivas e subjetivas do ato moral, as 
fontes da avaliação moral, a natureza e a função 
dos juízos morais, os critérios de justificação 
destes juízos e o princípio que rege a mudança e 
a sucessão de diferentes sistemas morais. 
Os problemas éticos, 
ao contrário dos 
prático-morais são 
caracterizados pela 
sua generalidade. Por 
exemplo, se um 
indivíduo está diante 
de uma determinada 
situação, deverá 
 
ÉTICA NA EDUCAÇÃO 
 
 
 7 
 
resolvê-la por si 
mesmo, com a ajuda 
de uma norma que 
reconhece e aceita 
intimamente, pois o 
problema do que 
fazer numa dada 
situação é um 
problema prático-
moral e não teórico-
ético. Mas, quando 
estamos diante de 
uma situação, como, 
por exemplo, definir o 
conceito de Bem, já 
ultrapassamos os 
limites dos problemas 
morais e estamos 
num problema geral 
de caráter teórico, no 
campo de 
investigação da ética. 
Tanto assim, que 
diversas teorias éticas 
organizaram-se em 
torno da definição do 
que é Bem. Muitos 
filósofos acreditaram 
que, uma vez 
entendido o que é 
Bem, descobriríamos 
o que fazer diante das 
situações 
apresentadas pela 
vida. As respostas 
encontradas não são 
unânimes e as 
definições de Bem 
variam muito de um 
filósofo para outro. 
Para uns, Bem é o 
prazer, para outros é 
o útil e assim por 
diante. 
(ALENCASTRO, 
2000). 
1.3 O pensamento dos filósofos 
Na antiguidade, todos os filósofos 
entendiam a ética como o estudo dos meios de 
se alcançar a eudaimonia1 e investigar o que 
significa felicidade. Porém, durante a Idade 
Média, a filosofia foi dominada pelo cristianismo e 
pelo islamismo, e a ética se centralizou na moral 
(interpretação dos mandamentos e preceitos 
religiosos). 
No renascimento e no século XVII, os 
filósofos redescobriram os temas éticos da 
antiguidade, e a ética foi entendida novamente 
como o estudo dos meios de se alcançar o bem 
estar e a felicidade. 
A seguir são descritas brevemente as 
teorias éticas de alguns filósofos clássicos: 
Para a escola cirenaica , a felicidade 
consistia no gozo de todo prazer imediato. 
Defendia, porém, um controle racional sobre o 
prazer para que não se desenvolvesse uma 
dependência dos prazeres. 
Demócrito de Abdera afirmava que, ao 
buscarmos ser felizes, devemos fazer poucas 
coisas afim de que o que fizermos não ultrapasse 
nossas forças e não nos leve à inquietação. Dizia 
que “é sábio quem não se aflige com o que lhe 
falta e se alegra com o que possui” e que “a 
moderação aumenta o gozo e acresce o prazer”. 
Afirmava que a agressividade é insensata porque 
“enquanto se busca prejudicar o inimigo, 
esquecemos o nosso próprio interesse”. 
Aristóteles, em sua obra Ética a 
Nicômaco, afirma que a felicidade (eudemonia) 
não consiste nem nos prazeres, nem nas 
riquezas, nem nas honras, mas numa vida 
virtuosa. A virtude (areté), por sua vez, se 
encontra num justo meio entre os extremos, que 
será encontrada por aquele dotado de prudência 
(phronesis) 
1 O fenômeno da felicidade 
2 Escola de pensamento fundada em 
Atenas, por Aristipo de Cirene. Foi a partir do 
nome desta cidade que os cirenaicos receberam 
sua denominação. É considerada pela tradição 
uma das chamadas escolas socráticas, 
juntamente com os cínicos e os megáricos. Tais 
escolas recebem esta denominação por se 
configurar, cada uma delas, como uma 
determinada interpretação dos ensinamentos de 
Sócrates, especialmente no que concerne à 
correlação entre conhecimento e virtude. 
 
ÉTICA NA EDUCAÇÃO 
 
 
 8 
 
Aristóteles faz uma distinção entre os 
saberes teóricos, poiéticos e práticos que nos 
levam a entender melhor que tipo de saber 
constitui a ética. 
Os saberes teóricos (do grego theorein: 
ver, contemplar) ocupam-se de averiguar o que 
são as coisas, o que ocorre de fato no mundo e 
quais são as causas objetivas dos 
acontecimentos. São saberes descritivos, 
mostram-nos o que existe, o que é, o que 
acontece. As diferentes ciências da natureza 
(Física, Química, Biologia, Astronomia, etc.) são 
saberes teóricos na medida em que o que 
buscam é, simplesmente, mostrar-nos como é o 
mundo. 
Aristóteles dizia que os saberes teóricos 
versam sobre “o que não pode ser de outra 
maneira”, ou seja, o que é assim porque assim o 
encontramos no mundo, não porque assim o 
dispôs a nossa vontade: o sol aquece, os animais 
respiram a água se evapora, as plantas 
crescem... tudo isso é assim e não podemos 
mudá-lo a nosso bel-prazer. Podemos tentar 
impedir que uma coisa concreta seja aquecida 
pelo sol, utilizando para tanto quaisquer meios 
que tenhamos a nosso alcance, mas que o sol 
aqueça ou não aqueça não depende de nossa 
vontade: pertence ao tipo de coisas que “não 
podem ser de outra maneira”. 
Em contrapartida, os saberes poiéticos 
e práticos versam, segundo Aristóteles, sobre “o 
que pode ser de outra maneira”, ou seja, sobre o 
que podemos controlar à vontade. Os saberes 
poiéticos (do grego poiein: fazer, fabricar, 
produzir) são aqueles que nos servem de guia 
para a elaboração de algum produto, de alguma 
obra, quer seja algum tipo de artefato útil (como 
construir uma roda ou tecer uma manta) ou 
simplesmente um objeto belo (como uma 
escultura, uma pintura ou um poema) (CORTINA; 
MARTÍNEZ, 2009). 
As técnicas e as artes são saberes desse tipo. O 
que hoje chamamos de 
“tecnologias” são igualmente saberes 
que abarcam tanto a simples técnica - baseada 
em conhecimentos teóricos - como a produção 
artística. 
Os saberes poiéticos, diferentemente 
dos saberes teóricos, não descrevem o que 
existe, mas procuram estabelecer normas, 
padrões e orientações sobre como se deve agir 
para atingir o fim desejado (ou seja, uma roda ou 
uma manta bem feitas, uma escultura, uma 
pintura ou um poema belos). Os saberes 
poiéticos são normativos, porém não pretendem 
servir de referência para toda a nossa vida, mas 
unicamente para a obtenção de certos resultados 
que supostamente buscamos. 
Por sua vez, os saberes práticos (do 
grego práxis: atividade, tarefa, negócio), que 
também são normativos, são aqueles que 
procuram orientar-nos sobre o que devemos 
fazer para conduzir nossa vida de uma maneira 
boa e justa, como devemos agir, qual decisão é a 
mais correta em cada caso concreto para que a 
própria vida seja boa em seu conjunto. Tratam do 
que deve existir, do que deveria ser (embora 
ainda não seja), doque seria bom que 
acontecesse (segundo alguma concepção do 
bem humano). Tentam nos mostrar como agir 
bem, como nos conduzir adequadamente no 
conjunto de nossa vida (CORTINA; MARTÍNEZ, 
2009). 
Na classificação aristotélica, os saberes práticos 
eram agrupados sob o rótulo 
“filosofia prática”, rótulo que abarcava 
não só a Ética (saber prático destinado a orientar 
a tomada de decisões prudentes que nos levam 
a conseguir uma vida boa), mas também a 
Economia (saber prático encarregado da boa 
administração dos bens da casa e da cidade) e a 
Política (saber prático que tem por objeto o bom 
governo da pólis). 
Para Epicuro a felicidade consiste na 
busca do prazer, que ele definia como um estado 
de tranquilidade e de libertação da superstição e 
do medo (ataraxia), assim como a ausência de 
sofrimento (aponia). Para ele, a felicidade não é 
a busca desenfreada de bens e prazeres 
corporais, mas o prazer obtido pelo 
conhecimento, amizade e uma vida simples. Por 
exemplo, ele argumentava que ao comermos, 
obtemos prazer não pelo excesso ou pelo luxo 
culinário (que leva a um prazer fortuito, seguido 
pela insatisfação), mas pela moderação, que 
torna o prazer um estado de espírito constante, 
 
ÉTICA NA EDUCAÇÃO 
 
 
 9 
 
mesmo se nos alimentarmos simplesmente de 
pão e água. 
Para os filósofos cínicos, a felicidade era 
identificada com o poder sobre si mesmo ou 
autossuficiência (em grego, autárkeia) e é 
alcançada eliminando-se da vontade todo o 
supérfluo, tudo aquilo que fosse exterior. 
Defendiam um retorno à vida da natureza, errante 
e instintiva, como a dos cães. Desacreditavam as 
conquistas da civilização, suas estruturas 
jurídicas, religiosas e sociais. 
Para os estóicos, a felicidade 
consiste em viver de acordo com a lei racional 
3 Um filósofo grego do período helenístico. Seu 
pensamento foi muito difundido e numerosos 
centros epicuristas se desenvolveram na 
Jônia, no Egito e, a partir do século I, em 
Roma, onde Lucrécio foi seu maior divulgador 
da natureza e aconselha a indiferença (apathea) 
em relação a tudo que é externo. O homem sábio 
obedece à lei natural reconhecendo-se como 
uma peça na grande ordem e propósito do 
universo, devendo assim manter a serenidade e 
indiferença perante as tragédias e alegrias. 
Espinoza, em sua obra Ética, afirma 
que a felicidade é encontrada através da alegria 
ativa, que nos possibilita ultrapassar as paixões 
(tristeza e alegria passivas). A alegria ativa 
consiste em compreender e ativamente criar as 
condições/oportunidades exteriores que levam à 
alegria e ao amor (o amor é definido por ele como 
a alegria que associamos a uma causa exterior a 
nós), contra a tristeza e o ódio (o ódio é definido 
por ele como a tristeza que associamos a uma 
causa exterior a nós). Ele criticava severamente 
os filósofos cristãos medievais que afirmavam 
que a tristeza e o sofrimento são bons (como em 
Cristo). 
Para Espinoza, unicamente a alegria 
nos leva ao amor no cotidiano e na convivência 
com os outros, enquanto a tristeza nunca é boa, 
intrinsecamente relacionada ao ódio, à tristeza 
sempre é destrutiva para nós e para os outros. 
1.4 Valores éticos 
A ética aristotélica afirma que existe 
moral porque os seres humanos buscam 
inevitavelmente a felicidade, a ventura, e para 
alcançar plenamente esse objetivo necessitam 
das orientações morais. 
Mas, além disso, ela nos proporciona 
critérios racionais para averiguar que tipo de 
comportamentos, quais virtudes, em suma, que 
tipo de caráter moral é o adequado para essa 
finalidade. 
Desse modo, Aristóteles entende a vida 
moral como um modo de “auto- realização” e por 
isso dizemos que a ética aristotélica pertence ao 
grupo de éticas eudemonistas, porque assim se 
aprecia melhor a diferença em relação a outras 
éticas. Para ele os valores seriam: 
1- Próprias do intelecto teórico: 
 Inteligência (nous) 
 Ciência (episteme) 
 Sabedoria (Sofia) 
2- Próprias do intelecto prático: 
 Prudência (frónesis) 
 Arte ou técnica (tekne) 
 Discrição (gnome) 
 Perspicácia (euboulía) 
3- Próprias do autodomínio: 
 Fortaleza ou coragem (andreía) 
 Temperança ou moderação 
(sofrosine) 
 Pudor (aidos) 
4- Próprias das relações humanas: 
 Justiça (dikaiosine) 
 Generosidade ou liberdade 
(eleutheríotes) 
 Amabilidade (filia) 
 Veracidade (aletheía) 
 Bom humor (eutrapelía) 
 
ÉTICA NA EDUCAÇÃO 
 
 
 10 
 
 Afabilidade ou doçura (praotes) 
 Magnificência (megaloprepéia) 
 Magnanimidade (megalofijía) 
(CORTINA; MARTÍNEZ, 2009). 
Para Scheler1, existe uma ciência pura 
dos valores, uma axiologia pura, que se sustenta 
em três princípios: 
1. Todos os valores são 
negativos ou positivos; 
2. Valor e dever estão 
relacionados, pois a captação de um 
valor não realizado é acompanhada pelo 
dever de realizá-lo; 
3. Nossa preferência por 
um valor e não por outro verifica-se 
porque nossa intuição emocional capta 
os valores já hierarquizados. A vontade 
de realizar um valor moral superior em 
vez de um inferior constitui o bem moral, 
e seu contrário é o mal. Não existem, 
portanto, valores especificamente 
morais. 
Esse modelo ético foi seguido e ampliado 
por pensadores como Nicolai Hartmann, Hans 
Reiner, Dietrich Von Hildebrand e José Ortega y 
Gasset, que chamou a intuição emocional de 
“estimativa” e incluiu os valores morais na 
hierarquia objetiva, diferentemente de Scheler, 
como mostra o quadro abaixo. 
 
1 Max Scheller (1874-1928) foi um filósofo 
fenomenologista, preocupado especialmente com a 
filosofia dos valores. 
 
Surgida na década de 1970 a ética do 
discurso propõe encarnar na sociedade os 
valores e liberdade, justiça e solidariedade por 
meio do diálogo, como único procedimento capaz 
de respeitar a individualidade das pessoas e, ao 
mesmo tempo, sua inegável dimensão solidária, 
porque em um diálogo precisamos contar com 
pessoas, mas também com a relação que existe 
entre elas, a qual, para ser humana, deve ser 
justa. 
Esse diálogo nos permitirá questionar as 
normas vigentes em uma sociedade e distinguir 
quais são moralmente válidas, porque 
acreditamos realmente que humanizam. 
Obviamente, não é qualquer forma de 
diálogo que nos levará a distinguir o socialmente 
vigente do moralmente válido, por isso a ética 
discursiva tentará apresentar o procedimento 
dialógico adequado para alcançar essa meta, e 
mostrar como ele deveria funcionar nos 
diferentes âmbitos da vida social. Por isso, divide 
sua tarefa em duas partes: uma dedicada à 
fundamentação – à descoberta do princípio ético 
 
ÉTICA NA EDUCAÇÃO 
 
 
 11 
 
– e outra à aplicação deste à vida cotidiana 
(CORTINA; MARTÍNEZ, 2009). 
ÉTICA NA EDUCAÇÃO 
Um dos problemas que se coloca na 
sociedade brasileira contemporânea é o do como 
educar para o respeito às diferenças e para o 
respeito a todos os seres humanos, sem 
violência. Essa questão é central para ética. 
Nas escolas, atualmente, não são 
incomuns ações de violência e desrespeito sob 
todas as formas: agressões, uso de drogas, 
ameaças, discriminações, desrespeito aos 
professores e aos alunos. Como a ética pode nos 
auxiliar a construção uma educação contra a 
violência? 
O artigo 1º da Lei de Diretrizese Bases 
da Educação Nacional (LDB) diz que a educação 
abrange os processos formativos que se 
desenvolvem em várias esferas (família, 
convivência, trabalho, escola, movimentos 
sociais etc.). 
O artigo 2º da LDB considera que, 
inspirada nos princípios da liberdade e nos ideais 
de solidariedade humana, é finalidade da 
educação nacional o pleno desenvolvimento do 
educando, seu preparo para o exercício da 
cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
A educação para a cidadania, e os 
programas educacionais voltados para esse fim, 
pressupõe a crença na tolerância, a marca do 
bom senso, da razão e da civilidade que faz com 
que os homens possam se relacionar entre si. 
Pressupõe, também, a crença na possibilidade 
de formar este homem, ensinando a tolerância e 
a civilidade dentro do espaço e do tempo da 
escola. A ideia clássica de formação nos auxilia a 
compreender esse tópico (SANTOS, 2001). 
A proposta de educação do homem como 
membro de uma cultura foi apresentada 
primeiramente pelos gregos como paidéia 
(formação). “Os gregos viram pela primeira vez 
que a educação tem de ser também um processo 
de construção consciente. „Constituído de modo 
correto e sem falhas, nas mãos, nos pés e no 
espírito‟ (...). Só a este tipo de educação se pode 
aplicar com propriedade a palavra formação, tal 
como a usou Platão pela primeira vez em sentido 
metafórico, aplicando-a à ação educadora” 
(JAEGER, 1986, p. 09-10). 
Ao longo da filosofia clássica, sempre 
esteve presente a pergunta sobre como formar os 
jovens, o que lhes deveria ser ensinado para 
alcançarem a virtude. 
Portanto, paidéia e areté, educação e 
virtude, não poderiam ser pensadas 
separadamente. Toda a sociedade e a cultura 
estavam presentes na formação do homem e do 
cidadão. Era este ideal de excelência e perfeição 
que os grego buscavam através da educação: a 
excelência do homem, das instituições, das 
cidades. Entretanto, não era apenas como fim 
que este ideal se fazia presente na educação 
grega, ele era meio, princípio, forma e ação. Ou 
seja, o homem grego devia ser educado para a 
virtude, de modo virtuoso, por pessoas virtuosas, 
praticando ações virtuosas e fazendo sua cidade 
virtuosa (SANTOS, 2001). 
A questão da educação para a virtude e 
para a cidadania volta à baila quando, em nossos 
tempos, a LDB institui que a escola é um espaço 
de formação de cidadãos e difusão de valores 
que expirem cidadania e ética, mas não 
considera que a ideia da educação como 
formação do homem e do cidadão pressupõe que 
a escola, local onde esta formação ocorrerá (ao 
menos parcialmente, como diz a Lei), também 
deva ser pensada como um espaço/instituição no 
qual estes valores estejam presentes. Para que a 
escola seja inspiradora de valores éticos, é 
preciso que ela também seja um espaço ético, 
operando por meios éticos. De acordo com os 
clássicos, isso não poderia ocorrer de outro 
modo. 
Contudo, o que se observa é que a 
sociedade brasileira é marcada pela violência e 
que esta violência também se faz presente nas 
escolas. Marilena Chaui (1998) no artigo “Ética e 
violência” explica que podemos entender como 
violência os atos de brutalidade, sevícia e abuso 
físico e/ou psíquico contra alguém, opressão, 
intimidação pelo medo e pelo terror. São as ações 
que retiram dos sujeitos sua autonomia, tratam as 
pessoas, os seres humanos, como se fossem 
coisas como desprovidos de razão e de vontade, 
por isso a violência é o exato oposto da ética. A 
mesma autora afirma que a sociedade brasileira 
que “é marcada pela estrutura hierárquica do 
 
ÉTICA NA EDUCAÇÃO 
 
 
 12 
 
espaço social que determina a forma de uma 
sociedade fortemente verticalizada em todos os 
seus aspectos: nela, as relações sociais e 
intersubjetivas são sempre realizadas como 
relação entre um superior, que manda, e um 
inferior, que obedece. As diferenças e 
assimetrias são sempre transformadas em 
desigualdades que reforçam essas relações. 
“O outro jamais é reconhecido como 
sujeito nem como sujeito de direitos, jamais é 
reconhecido como subjetividade nem como 
alteridade” (CHAUÍ, 2000, p. 89). 
Isso nos convida a refletir sobre quem, 
nas escolas, seriam os educadores para a 
formação dos cidadãos. Infelizmente, a resposta 
convencional de que os educadores seriam os 
próprios professores não é suficiente para 
esvaziar a pergunta e nos conduz a outras. Se a 
virtude (a areté, a cidadania) pode ser ensinada, 
os professores estariam preocupados, como os 
filósofos clássicos, em se tornarem eles mesmos 
virtuosos, sábios, despojados de seus 
preconceitos e de suas ilusões em busca do 
conhecimento do que é a virtude e do como 
ensiná-la ou seriam como os sofistas ensinando 
porque recebem para isso, mas, de fato, não 
oferecendo seu assentimento às ideias que 
pronunciam ou não crendo na perenidade do que 
é ensinado? 
As atuais 
discussões sobre 
como adequar as 
instituições de 
ensino e “capacitar” 
os professores de 
acordo com o que 
pede a Lei se 
aparenta com esta 
querela: como 
vamos transformar 
nossos professores 
em cidadãos aptos 
a ensinar cidadania 
e nossas escolas 
em espaços 
democráticos que 
auxiliem a resolver 
o problema da 
ausência de ética e 
da violência 
presentes na 
sociedade? Como 
fazer com que os 
educandos passem 
a desejar o bem e a 
virtude e a 
praticálos para que 
nossa sociedade 
não se transforme 
no reino da 
barbárie? 
(SANTOS, 2001). 
Para que tudo isso se efetive e se faça 
cumprir é necessário o comprometimento dos 
professores. É preciso que os professores 
acreditem que é possível ensinar a virtude, que é 
possível ensinar cidadania. 
Não se pode ignorar que o professor, a 
escola e os profissionais que ali atuam detenham 
o poder de formar cidadãos. E, mais ainda, que 
os professores, mesmo sendo pessoas, quando 
no exercício público da razão, podem e devem ter 
uma responsabilidade ética pelo que ensinam, 
transmitem, opinam. Desde a antiguidade 
clássica, a ideia de educação implica a busca de 
uma ação moderada, menos corrompida, menos 
influenciada pelas paixões. Entretanto, hoje „a 
educação foi quase inteiramente identificada com 
escolarização‟ (PRADO JÚNIOR, 1985, p. 
99). 
Desta forma, a questão do papel do 
professor ganha uma relevância ainda maior 
porque será a partir dele, de suas atitudes, da 
forma como lida com conteúdos, como elabora 
suas aulas, como se relaciona com seus alunos, 
da forma como lida com seus preconceitos e 
conceitos que outros valores, vícios e virtudes 
poderão ser definidos. 
Quando se admite que a educação, em 
nossos tempos, é praticamente idêntica à 
escolarização e se transfere para a escola e para 
os profissionais ali presentes a tarefa de educar 
para a formação do cidadão (ou seja, a formação 
ética e política), em decorrência, passa-se a 
colocar em evidência a postura ética daqueles 
que, como responsáveis pela educação, serão 
modelos de conduta, espelhos de caráter, 
difusores de valores. Por isso cabe perguntar o 
que significa transferir para os professores a 
exigência das virtudes, da justiça e da 
 
ÉTICA NA EDUCAÇÃO 
 
 
 13 
 
responsabilidade pela formação dos cidadãos e 
em que medida as virtudes dos educadores, 
expressas em seu trabalho, seriam responsáveis 
pelas mudanças no perfil de seus alunos 
(SANTOS, 2001). 
Se a educação é projeto e utopia, uma 
resposta para uma educação ética e, portanto, 
contrária à violência, talvez resida na 
democratizaçãodas instituições de ensino e na 
efetivação de uma educação inclusiva. 
A proposta de uma educação inclusiva 
parece assinalar para uma saída, não só porque 
contempla a utopia presente em todo projeto 
pedagógico, como também acena para a 
alteração do paradigma educacional das 
sociedades autoritárias porque pressupõe que a 
transformação social deva implicar na 
transformação e na democratização de todas as 
relações sociais (SANTOS, 2001). 
Transformar a escola em um espaço 
efetivamente plural seria uma das formas mais 
eficazes de uma educação ética ou para a ética, 
porque permitirá a expressão das diferenças num 
espaço público de modo a incorporar todos os 
valores sem hierarquiza-los. 
Se a escola não está separada do mundo 
e a ética se constrói através da livre expressão de 
ideias e projetos no espaço das cidades e da 
cidadania, uma educação ética também 
implicaria a formação de cidadãos através do livre 
exercício da atividade política ou a ampliação de 
espaços públicos de manifestação das diferenças 
(SANTOS, 2001). 
Dito isso, pensar a correlação entre ética 
e educação na sociedade brasileira significa 
pensar a sociedade como um todo e todos os 
seus espaços públicos como agentes de 
educação que devem ser livremente acessados 
pelos diferentes componentes da espera pública 
da sociedade, de toda a sua diversidade. A 
educação para a ética ou uma educação ética 
pressupõe a construção de sociedades 
verdadeiramente democráticas (SANTOS, 2001). 
Nesse sentido, podemos dizer que a 
tradição filosófica nos ensinou algo que talvez 
seja sábio recuperar: a ética se ensina permitindo 
o convívio entre os diferentes nos diferentes 
espaços públicos nos quais se possam expressar 
os valores e construir o bem comum (SANTOS, 
2001). 
2.1 A ética nos Parâmetros Curriculares 
Nacionais 
Segundo os Parâmetros Curriculares 
Nacionais (PCN) trazer a ética para o espaço 
escolar significa enfrentar o desafio de instalar, 
no processo de ensino e aprendizagem que se 
realiza em cada uma das áreas de conhecimento, 
uma constante atitude crítica, de reconhecimento 
dos limites e possibilidades dos sujeitos e das 
circunstâncias, de problematização das ações e 
relações e dos valores e regras que os norteiam. 
Configura-se, assim, a proposta de 
realização de uma educação moral que 
proporcione às crianças e adolescentes 
condições para o desenvolvimento de sua 
autonomia, entendida como capacidade de 
posicionar-se diante da realidade, fazendo 
escolhas, estabelecendo critérios, participando 
da gestão de ações coletivas. O desenvolvimento 
da autonomia é um objetivo de todas as áreas e 
temas transversais e, para alcançá-lo, é preciso 
que elas se articulem. A mediação representada 
pela Ética estimula e favorece essa articulação 
(BRASIL, 1998, p. 61). 
Ao ingressar no campo da ética no 
ensino escolar, as atividades persecutórias 
esbarram-se em limitações, não sendo 
totalmente livres para agirem. Deve haver 
respeito coma individualidade e a realidade posta 
a cada aluno. Como também com a realidade de 
cada sociedade. 
Logo ao nascer, o ser humano se 
relaciona com regras e valores da sociedade em 
que está inserido. A família é o primeiro espaço 
de convivência da criança. Ao lado da família, 
outras instituições sociais veiculam valores e 
desempenham um papel na formação moral e no 
desenvolvimento de atitudes. A presença 
constante dos meios de comunicação de massa 
nos espaços públicos e privados, conferem a eles 
um grande poder de influência e de veiculação de 
valores, de modelos de comportamento. A 
religião contribui da mesma forma. As várias 
instituições sociais, motivadas por interesses 
diversos concorrem quando buscam desenvolver 
atitudes que expressam valores. Os indivíduos 
transitam por algumas dessas instituições 
 
ÉTICA NA EDUCAÇÃO 
 
 
 14 
 
durante toda a sua vida; em outras, por períodos 
determinados; e em outras, ainda, nunca 
transitarão (CAMARGO E FONSECA, 2006). 
A ética depende do tipo de relação social 
que o indivíduo mantém com os demais e, 
segundo os autores acima, existem tantos tipos 
de moral como de relações sociais. A moral é 
imposta a partir do exterior como um sistema de 
regras obrigatórias, muitas vezes difícil de ser 
compreendida. Tamanha é a interferência da 
diversidade cultural que é explanado no PCN: 
O fato é que, inevitavelmente, os 
indivíduos se constituem como tais convivendo 
simultaneamente com sistemas de valores que 
podem ser convergentes, complementares ou 
conflitantes, dentro do tecido complexo que é o 
social. As influências que as instituições e os 
meios sociais exercem são fortes, mas não 
assumem o caráter de uma predeterminação. A 
constituição de identidades, a construção da 
singularidade de cada um, se dá na história 
pessoal, na relação com determinados meios 
sociais; configura-se como uma interação entre 
as pressões sociais e os desejos, necessidades 
e possibilidades afetivo-cognitivas do sujeito 
vivida nos contextos socioeconômicos, culturais e 
políticos (BRASIL, 1998, p. 62). 
Ao trabalhar a ética na educação em sala 
de aula, o professor se depara com a questão do 
choque de valores. Os diversos valores, normas, 
modelos de comportamento que o indivíduo 
compartilha nos diferentes meios sociais a que 
está integrado ou exposto colocam-se em jogo 
nas relações cotidianas. A percepção de que 
determinadas atitudes são contraditórias entre si 
ou em relação a valores ou princípios expressos 
pelo próprio sujeito não é simples e nem óbvia. 
Para isso requer uma elaboração, 
implicando reconhecer os limites para a 
coexistência de determinados valores e 
identificar os conflitos e a incompatibilidade entre 
outros. A forma de operar com a diversidade de 
valores por vezes conflitantes também é dada 
culturalmente, ainda que do ponto de vista do 
sujeito dependa também do desenvolvimento 
psicológico. Os preconceitos, discriminações, o 
negar- se a dialogar com sistemas de valores 
diferentes daqueles do seu meio social, o agir de 
forma violenta com aqueles que possuam valores 
diferentes, são aprendidos (BRASIL, 1998, p. 64). 
A escola, como uma instituição pela 
qual espera-se que passem todos os membros 
da sociedade, coloca-se na posição de ser mais 
um meio social na vida desses indivíduos. 
Também ela veicula valores que podem 
convergir ou conflitar com os que circulam nos 
outros meios sociais que os indivíduos 
frequentam ou a que são expostos. Deve, 
portanto, assumir explicitamente o compromisso 
de educar os seus alunos dentro dos princípios 
democráticos. Se entendida como apenas mais 
um meio social que veicula valores na vida das 
pessoas que por ela passam, a escola encontra 
seu limite na legitimidade que cada um dos 
indivíduos e a própria sociedade conferir a ela 
(CAMARGO E FONSECA, 2006). 
Se entendida como espaço de práticas 
sociais em que os alunos não apenas entram em 
contato com valores determinados, mas também 
aprendem a estabelecer hierarquia entre valores, 
ampliam sua capacidade de julgamento e a 
consciência de como realizam escolhas, 
ampliam-se as possibilidades de atuação da 
escola na formação moral, já que se ocupa de 
uma formação ética, para formação de uma 
consciência moral reflexiva cada vez mais 
autônoma, mais capaz de posicionar-se e atuar 
em situações de conflito. 
A escola de hoje está deixando um pouco 
de lado a construção moral e a educação ética, 
atribui-se prioridades a outros assuntos como o 
vestibular, a mensalidade escolar, mas esquece 
que a formação do indivíduo é a mais importante, 
e que permeará por toda a sua vida. (BOELTER, 
2008). 
A criança que educa-se eticamentetorna-se um adulto capaz de ir ao encontro do 
outro, reconhece-se com seu igual e não assume 
as regras morais como regras obrigatórias. 
Portanto, o educador possui um papel 
fundamental na formação ética e moral do 
indivíduo, principalmente na educação infantil, 
onde inicia- se a vida escolar. 
Boelter (208) acredita que trabalhamos a 
ética e a moral na educação infantil vivendo-as, 
demonstrando-as aos nossos alunos através dos 
nossos atos, da nossa postura, das atitudes e dos 
valores aos quais acreditamos. Não ensina-se 
moral e ética, vivencia-se. 
 
ÉTICA NA EDUCAÇÃO 
 
 
 15 
 
Portanto, se a escola deixa de cumprir o 
seu papel de educador em valores, a referência 
ética de seus alunos estará limitada à convivência 
humana que pode ser rica em se tratando de 
vivências pessoas, mas pode estar também 
carregada de desvios de postura, atitude, 
comportamento ou conduta, e mais, quando os 
valores não são bem formal ou sistematicamente 
ensinados, podem ser encarados pelos 
educandos como simples conceitos ideais ou 
abstratos, principalmente para aqueles que não 
os vivenciam, sejam por simulações de práticas 
sociais ou vivenciados no cotidiano (BOELTER, 
2008) 
2.2 Pressupostos vinculadas à etica 
Segundo Camargo e Fonseca (2006) 
todos têm direitos e deveres no meio em que 
vivem. Cabe a escola questionar como eles se 
apresentam. Até que ponto a comunidade onde 
se está inserido não está abnegando estes 
direitos, cada um cumpre com os seus deveres 
para cobrar os seus direitos? Questões como 
esta podem ser levantadas constantemente pela 
escola. 
Alguns pressupostos estão 
vinculados à ética como: 
• A justiça; 
• A solidariedade; 
• O respeito mútuo e; 
• Diálogo. 
Temas importantes para serem inseridos 
nas aulas de diferentes disciplinas de maneira 
transversal, permitindo desmitificar a questão 
ética como sendo restrita à área da Filosofia. 
A justiça já era uma preocupação dos 
filósofos gregos, pois Platão em sua República já 
pensava como deveria ser tratado um ato justo, 
qual a relação entre justiça e injustiça. No 
entanto, há de ser questionado como despertar 
no educando a noção de justiça. A escola pode 
propiciar situações onde seja exercitada a 
criticidade do educando oportunizando-lhe a 
distinção entre um ato justo e um injusto. Fazer 
essa distinção na escola faz com que o educando 
reflita sobre a diferença e possa a partir de suas 
vivências criar relações que exemplifiquem tais 
questões (CAMARGO E FONSECA, 2006). 
A escola pública possui uma diversidade 
cultural, étnica, religiosa, sexual e social muito 
grande. Nesse contexto, a solidariedade 
assume um lugar de comprometimento com o 
aprendizado. Ser solidário no ambiente escolar é 
respeitar as diferenças que constituem os atores 
educacionais, não ocultando a sua existência, 
mas trabalhando estas diferenças no coletivo. 
A partir da solidariedade os educadores 
irão sentir-se mais confiantes no que realmente 
podem ser enquanto profissionais da educação 
comprometidos com a vida de cada um de seus 
educandos. Faz-se necessário superar as 
barreiras do Capitalismo, do corre-corre diário, de 
competição desenfreada, onde a vantagem está 
em primeiro lugar, para triunfar a solidariedade, a 
compreensão e o respeito. Respeito mútuo. 
Sem ser unilateral. Respeitar com reciprocidade 
(CAMARGO E FONSECA, 2006). 
E ainda, dialogar. Manter o diálogo em 
sala de aula é uma atividade muito importante 
para criar condições de discussão, sobre temas 
relacionados a questões sociais, políticas e 
econômicas. 
Essas discussões criam conceitos ou os 
reformulam, ou até mesmo constroem outros a 
partir da vivência de cada um. 
RELAÇÕES HUMANAS, TRABALHO EM 
EQUIPE, QUALIDADE NO ATENDIMENTO 
PÚBLICO 
Segundo Pepe (2008), cada pessoa tem 
uma história de vida, uma maneira de pensar a 
vida e assim também o trabalho é visto de sua 
forma especial. Há pessoas mais dispostas a 
ouvir, outras nem tanto, há pessoas que se 
interessam em aprender constantemente, outras 
não, enfim as pessoas têm objetivos 
diferenciados e nesta situação muitas vezes 
priorizam o que melhor lhes convém e às vezes 
estará em conflito com a própria empresa. 
Como observado por Bom Sucesso, o 
autoconhecimento e o conhecimento do outro 
são componentes essenciais na compreensão de 
como a pessoa atua no trabalho, dificultando ou 
facilitando as relações. Dentre as dificuldades 
 
ÉTICA NA EDUCAÇÃO 
 
 
 16 
 
mais observadas, destacam-se: a falta de 
objetivos pessoais, dificuldade em priorizar e 
dificuldade em ouvir. 
É bom lembrar também que o ser 
humano é individual, é único e que, portanto 
também reage de forma única e individual a 
situações semelhantes. 
Para Bom Sucesso (1997, p. 176) no 
cenário idealizado de pleno emprego, mesmo de 
ótimas condições financeiras, conforto e 
segurança, alguns trabalhadores ainda estarão 
tomados pelo sofrimento emocional. Outros, 
necessitados, cavando o alimento diário com 
esforço excessivo, ainda assim se declaram 
felizes, esperançosos. 
Nesse contexto e de acordo com os 
processos dinâmicos e interativos de gerir 
pessoas (agregar, recompensar, desenvolver, 
manter e monitorar) estabelecidos por 
Chiavenato (2005), a promoção da socialização 
do funcionário ou colaborador também agrega 
valor às inter-relações no ambiente de trabalho, 
ou seja, as empresas precisam promover a 
socialização dos novos funcionários, o que pode 
acontecer através de vários programas de 
integração, quer sejam do tipo formal ou informal; 
individual ou coletivo; uniforme ou variável, 
dentre outros. 
Um ambiente saudável, rico, tranquilo e 
ao mesmo tempo desafiador, que leve o indivíduo 
a buscar novas conquistas, a satisfazer novas 
necessidades favorece não só as relações 
pessoais, mas o bom desenvolvimento, a fruição 
dos trabalhos e o atendimento dos objetivos da 
administração quer seja ela pública ou privada. 
REFERÊNCIAS CONSULTADAS E 
UTILIZADAS 
ALENCASTRO, Mário. A importância 
da ética na formação dos recursos humanos 
(2000). Disponível em: 
<http://pessoal.onda.com.br/alencastro
/texto_etica_rh.htm#2> Acesso em: 23 jul. 2010. 
BOELTER, André. Ética na educação 
(2008). Disponível em: 
<http://www.webartigos.com/articles/3557/1/Etic
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2010. 
BOFF, Leonardo. Ethos mundial: um 
consenso mínimo entre os humanos. Brasília: 
Letra Viva, 2000. 
BOM SUCESSO, Edina de Paula. 
Trabalho e qualidade de vida. 1 ed. Rio de 
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<http://www.regra.com.br/educação/NovaLDB.ht
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nacionais: Terceiro e quarto ciclos; Apresentação 
dos temas transversais. Brasília: MEC/SEF, 
1998. 
CAMARGO, Edson Carpes; 
FONSECA, Jorge Alberto Lago. A ética no 
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