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Direito Bancario

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1. Direito Bancário
1.1. Estudo das Instituições financeiras bancário
1.1.1. Instituições Financeiras
1.1.2. As sociedades financeiras
· Nao podem receber fundos
· Nem exercer a função de leasing e factoring
1.1.3. Bem como actividade dessas instituições
2. Distinção entre instituições financeiras bancárias e instituições 
2.1. Princípio da exclusividade
2.2. Princípio da especialidade
3. Acepções ou perspectivas do direito bancário
3.1. Dirieto bancário material
3.1.1. Actividade desenvolvida por estas entidades
3.2. Direito bancário institucional
3.2.1. Requisitos de constituição
3.2.2. Manutenção e
3.2.3. extinção
4. objecto de estudo do direito bancário
4.1. operações bancárias (esta actividade envolve: intermediação, habitualidade e lucro)
4.1.1. operações de crédito activo
· concepção de créditos aos clientes;
· mediante intermediação atraves dos contratos bancários
4.1.2. operações de crédito passívo
· captação de recursos junto da colectividade
· recadação de recursos
· recursos necessários para processamento da sua actividade
4.1.3. operações de prestação de serviço – operações secudárias
· função secundária
· acção ou função não típica do banco
· actividade de interesse mediato do banco
5. Funções bancárias
5.1. Funções de intermédiação creditícia 
5.1.1. obtenção de fundos no mercado financeiro para concepção de créditos ou consiste na captação de recursos para posterior afectação a financiamentos;
5.1.2. são simultaneamente as operações bancárias activas e as passivas
5.1.3. 
· Operações activas bancárias e operações passivias bancáras simultaneamente
5.2. Função de intermediação servicial (todas as outras actividades que não sejam a capação de fundos e concepção de créditos)
Em quê que consiste a desentermediação Financeira?
É a operação que resulta do encontro directo entre intenções de poupança e intenções de investimento, através da emissão e transacções de produtos financeriso.
6. Natureza juridica do Direito Bancário
6.1. O dirieto bancário é um direito de natureza comercial
6.2. Actividade bancária é uma especialização do direito comercial
6.3. As operações bancárias
6.3.1. As operações bancárias são feitos através do contrato bancário
· Tipo de contrato bancário: contratos de adesão;
· Nota típica do contrato de adesão: cláusulas uniformes;
· Finalidade do contrato de adesão: 
· Celeridade
· Simplificação
· Redução de formalismo
6.3.2. Os contratos bancários são actos do comércio;
7. Caracterísiticas das operações bancárias ou dos contratos bancários
7.1. Personalidade: intuitu personae
7.2. Standardização: patronização, tem a ver com o contrato de adesão: rápidos, simples e seguros
7.3. Publicização: Intervensão do Estado através da supervisão pelo BNA (intervensão indirecta)
7.4. Internacionacionalização: tem a ver com a criação de depedências no estrangeiro
7.5. Desentermediação: resulta do encontro directo da intenção de poupança e intenção de investimento
7.6. Concentração: implica o domínio de parcelas crescente do negócio bancário por um número progressivamente menor de bancos – 
7.6.1. o objecto da concentração são:
· a aquisição de quota de mercado, 
· entrar em novos mercados
· gerar economia de escala
· aquisição de know-how e a dimensão crítica, ou seja,
· os bancos querem ganhar dimensão
7.7. Desespecialização: diversificação de serviços: os bancos passam a poder actuar de forma mais diversficada e a entrar por outra áreas de actividade anteriormente reservada a outras entidades financeiras. Resultando, por isso, necessariamente um aumento de impacto concorrencial.
7.8. Titularização: implica a venda de activos a uma sociedade gestora de titularização de crédito que por sua vez emite títulos para se financiar, através de crédito a habitaçã, ao consumo e outros. 
7.8.1. a instituição vendedora liberta o seu activo de crédito e respectivo risco melhorando assim os seus rácios, particularmente o de solvabilidade – caso das instituições de crédito;
7.8.2. titularização sintética: efectua a cobertura do risco sem sair do activo do banco – em vez de vender faz a cobertura do risco
7.9. Universalização: despecialização, interpenetração de mercados, a desregulamentação por parte dos contratos bancários
8. O sigilo bancária
8.1.1. Consiste na observância de um dever de discrição por parte das instituições financeiras relativamente aos seus clientes;
8.1.2. O sigilo bancário decorre da relação contratual ainda que não chegado à bom termo à que eles se estabelecem
8.1. O dever de sigilo
8.1.1. as pessoas sujeitas ao dever de sigilo
· o banco
· o cliente
· as Instituições de Supervisão
· todas estas pessoas tem o poder de exigir da contraparte o dever de sigilo
8.1.2. titularidade do dever de segredo
8.1.2.1. titular activo
· normalmente o cliente
· o banco também pode ser titular activo com relação aos seus clientes
8.1.2.2. titular passivo
o banco é normalmente o titular passivo
8.2. natureza jurídica do dever de sigilo
· é um direito de segredo profissional porque as informações são obtidas no âmbito das suas funções, daí a sua natureza ser: o dever de secredo profissinal.
· 
8.3. Derrogações ou limites do dever de segredo (afastam a responsabilidade civil)
8.3.1. Limite natural – consentimento do titular;
8.3.2. Limite legal - com prévia autorização da autoridade judicial
8.3.2.1. Dever de colaboração com o fisco
8.3.2.2. Dever de colaboração com a justiça
· Em situação de conflito de interesse entre o interesse privado e o interesse público
8.4. Responsabilidade civil em caso de violação do dever de segredo:
· Responsabilidade civil contratual;
· Pré e pós contratual
· Responsabilidade penal
16/08/2010
Noções Gerais
1. Direito Bancário
1.1. Direito Bancário é o conjunto de normas que tem por objecto o estudo das instituições financeiras que são:
1. As instituições de créditos
2. As sociedades financeiras
3. Bem como actividade dessas instituições
1.1.1. As instituições financeiras:
As empresas cuja actividade consiste em receber do público depósitos ou outros fundos reembolsáveis, a fim de os aplicarem por conta própria mediante a concessão de crédito
1.1.2. As sociedades financeiras
As sociedades financeiras são empresas que exercem uma das actividades das instituições de crédito:
1. à excepção da recepção de depósitos ou outros fundo reembolsáveis (princípio da exclusividade), e 
2. à excepção da locação financeira e factoring.
As Instituições Financeiras, como as sociedades financeiras, também não são instituições de crédito pelo que lhes está vedada a recepção de depósitos ou outros fundos reembolsáveis.
1.2. Distinção entre Instituições de créditos (bancos) e sociedades financeiras :
· apenas as instituições podem receber títulos de depósitos para depois usarem para concepção de créditos (princípio da exclusividade ou da especialidade)
O que caracteriza as instituições de crédito é o facto de poderem receber do público depósitos ou outros fundos reembolsáveis para utilização por sua própria conta, não sendo tal actividade permitida às sociedades financeiras. É o que se entende por «princípio da exclusividade»
· As sociedades financeiras, (as casas de câmbios, etc.,: estas, diferentes das instituição de créditos usam fundos próprios) desempenham outras actividades financeiras diferentes daquelas das dos bancos, daí o princípio da exclusividade da actividade bancária;
1.3. Da noção do Direito Bancário retira-se duas acepções ou duas perspectivas que são:
1.3.1. Direito bancário material
Estuda a actividade desenvolvidas por essas instuições finaceiras.
1.3.2. Direito bancário institucional
Estuda as instituições financeiras, seus requisitos de criação, manutenção e extinção;
1.4. Objecto de estudo do Direito Financeiro: 
· são as operações bancárias - realizadas pelos bancos de modo profissional, pois exerce o banco tais operações (por intermédio dos contratos bancários) como profissão podem ser:
· operações de créditos activos
· operações de créditos passivos
· operações de prestação de serviços1. operações de crédito activos(são as operações em que a instituição se coloca na posição de credora)
Ex.: 
· na concessão de crédito,
· o mútuo,
· a abertura de crédito
· o leasing
· o factoring
· as operações de garantia, 
· participações sociais,
· descontos bancários,
2. operações de crédito passivo, (são as operações em que a instituição se encontra em posição devedora)
Ex.:
· na constituição de depósitos bancários, 
· na emissão de títulos de dívida, 
· na contratação de empréstimos junto de terceiros. 
São aquelas em que as instituições procedem à recolha de fundos com que, depois, alimentarão as suas operações activas
3. operações de prestação de serviços: 
· quando o banco efectua transferências bancárias,
· efectua pagamentos de salários
· emissão de cheques
· etc.
Importante:
· As operações passivas têm por objeto a captação de recursos junto à coletividade, pelo banco, dos quais necessita para processar sua atividade. 
· Já nas operações activas os bancos concedem crédito aos clientes com recursos arrecadados de outros clientes mediante as operações passivas.
· As operações de prestação de serviços ou secundárias aparecem quando o banco age na função que não lhe é típica, ou seja, que não é a intermediação na circulação do dinheiro. Nas atividades secundárias também podem estar presentes os interesses bancários, de modo mediato, constituindo-se meio para a realização da atividade principal, v.g., através da captação de clientela.
1.5. Funções do Banco
1.5.1. Função de intermediação creditícia (são as operações activas e passivas simultaneamente )
Obtenção de fundos no mercado financeiro para concepção de créditos
1.5.2. Função de intermediação financeira servicial
Todos outras actividades que não sejam a captação de fundos e concepção de créditos,
Ex. : serviços como o de caixa de segurança, custódia de bens, operações de cobrança, etc
1.6. Natureza jurídica do Direito Bancário
· O Direito Bancário é um direito de natureza comercial
· as operações bancárias são feitas por meio de celebração de contratos denominados “contratos bancários” esses contratos são técnicas jurídicas utilizadas pelas instituições financeiras e que têm uma característica:são contratos de adesão.
Os contratos de adesão regem-se por cláusulas uniformes, aplicáveis por todos os bancos, pois este tipo de contrato têm como fim a celeridade, a simplificação e a redução de formalidades.
Importante:
A actividade comercial (bancária como espécie, mas comercial como gênero – afinal, a atividade bancária é uma especialização da comercial), sendo os contratos bancários actos de comércio, até por cominação legal. Sua actividade envolve intermediação, habitualidade e lucro. Esta característica, permite a aplicação das normas comerciais em derrogação parcial das civis.
1.2. Características das operações bancárias ou dos contratos bancários
I. Características princípais:
1. Personalização: intuito personae;
2. Standardização: padronização, tem a ver com o contrato de adesão;
padronizadamente, sendo contratos de adesão. Ressalta que os mecanismos utilizados são "rápidos, simples e seguros", (destacando o importante papel que os computadores têm realizado ultimamente.)
3. Publicização: intervensão do Estado através da supervisão pelo BNA;
4. Internacionalização: tem haver com a criação de dependências no estrangeiro ou filiais;
II. Características secundárias:
5. Desintermediação
6. Concentração
7. Desespecialização
8. titularização
Outras noções:
· Valores mobiliários
· Mercado financeiro
· Obrigações 
· Títulos de créditos
· Bolsas, 
· Valores Mobiliários
· Valores mobiliários são documentos emitidos por empresas ou outras entidades (públicas ou privadas), que representam um conjunto de direitos e deveres aos seus titulares e que podem ser comprados e vendidos nos mercados de valores mobiliários. (Para as entidades que os emitem, os valores mobiliários representam uma forma de financiamento alternativa, enquanto para os investidores são uma forma de aplicação de poupanças que se caracterizam por uma grande variedade de níveis de risco e de potencialidade de rendibilidade.)
· Os referidos documentos que representam os valores mobiliários podem ser títulos em papel (valores mobiliários titulados) ou registos informáticos (valores mobiliários escriturais). Actualmente a grande maioria dos valores mobiliários está representada por valores mobiliários escriturais devido à sua maior facilidade de circulação e transacção e devido à maior segurança que proporcionam.
· Principais tipos de valores mobiliários
· Os principais tipos de valores mobiliários são os seguintes:
· . Acções
· . Obrigações
· . Títulos de Participação
· . Unidades de Participação em Fundos de Investimento
· . Unidades de  Titularização de Créditos
· . Warrants Autónomos
· . Direitos Destacados de Valores Mobiliários
· . Certificados
· . Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis
· . Valores Mobiliários Convertíveis por Opção do Emitente
· . Valores Mobiliários Condicionados por Eventos de Crédito
· Além dos valores mobiliários, podem ser também negociados em bolsa instrumentos financeiros derivados dos valores mobiliários, nomeadamente os futuros e as opções.
· Mercado financeiro
É um mercado de capitais disponíveis a longo prazo. Aí a procura provém essencialmente das empresas e do Estado (empréstimos), e a oferta dos bancos de investimento e doutras instituições especializadas de crédito e ainda das sociedades de gestão colectivas da poupança (fundos de investimentos)
· Obrigações 
Em direito comercial – são os títulos (de crédito) representativos de empréstimos contraídos pelo Estado ou por sociedades devidamente autorizadas, que têm direito, não só a amortização do capital mutuado, a determinado juro, visando a designação mais o documento (material) que incorpora o direito proveniente da operação do que a relação (imaterial) nele sintetizada. – Antunes Varela;
Ou é o título de crédito que representa capitais emprestados a entidades públicas ou privadas, auferindo uma taxa de juros fixa, pagável em datas pré-determinadas. Este empréstimo tem determinado, a também, a forma de reembolso, nomeadamente prazo máximo porque, normalmente ficam fixadas regras de reembolso antecipado, através de sorteios – J.A- Gaspar
· Títulos de créditos
· São os que importam exclusivamente direitos de créditos. – F. Olávio;
· É o documento escrito e subscrito, nominativo, á ordem ou ao portador, que mencione a promessa – ou ordem – unilateral de pagamento de uma soma de dinheiro ou de uma quantidade de mercadorias – ou títulos – especificadas e que seja socialmente considerado como destinado à circulação, bem como o documento que um dos administradores, a qualidade de sócio de uma sociedade por acções. – F. Olavo.
· Bolsa
· Estabelecimento público, legalmente autorizado, em que se reunem os negociantes e corretores duma praça, para tratarem de negócios, principalmente seguros, afretamentos e hipotecas de návios, compra e venda de títulos de créditos, acções de fundos públicos, de mercadorias, de navios, etc., – Dória
· Bolsa de valores: títulos, ouro e divisas estrangeiras – indica o preço ou valor de última transacção efectuada na data ou período considerado – P.Lima e A. Varela
18/08/10
O sigilo bancário:
Consiste na observância de um dever de discrição por parte das Instituições Financeiras (os estabelecimentos de créditos e sociedades financeiras) relativamente aos seus clientes, que decorrem da relação contratual ainda que não chegado à bom termo à que eles se estabelece.
Sigilo do devedor
O banco também pode ser sujeito activo sobre o dever de sigilo, porque o banco também tem o poder de exigir da contraparte o dever de sigilo.
Quais são os limites do dever de sigilo?
o sigilo profissional não é absoluto havendo limites naturais bem como legais, caso em que a sua quebra não é acto ilícito (penal ou civil) do banco.
Exemplo?....
____________________________________
Objecto do dever de sigilo
· O objecto do dever de sigilo sãosas informações
· O, art. 59º n.1. da lei das instituições financeiras diz que, todas as informações que se tenham adquirido durante as suas funções(por exclusividade dessas funções) ou por causa dela, estão sujeitas à oberservância do dever de sigilo. 
· O dever de sigilo é um dever de lealdade.
29/09/10
9. Deposito bancário, art. 403º C.com
9.1. Noção de depósito bancário
9.1.1. Depósito em sentido amplo 
Contrato por meio do qual uma pessoa – depositante – entrega a um banco – depostitário – uma quantia em dinheiro ou bens móveis de valor para que este os guarde e restitua quando o depositante o solicitar
9.1.2. Depósito em sentido stritu
Contrato pelo meio do qual uma pessoa entrega a um banco valores pecuniário e este poderá, livremente dispor, ficando obrigado a restitui-lo quando o depositante o solicitar e, com o respeito das condições acordadas para esta restituição, a saber:
· Conta à prazo (ver cláusula de mobilização)
· Contrato de depósito com pré-aviso(expresso)
· 
9.1.2.1. Elementos do Depósito em sentido stritu
9.1.2.1.1. Elementos essenciais ou necessários
São aqueles indispensáveis para que este contrato se verifique:
· Entrega da quantia ao banco;
· Obrigação de restituir o valor pecuniário;
· Transferência de propriedade,
9.1.2.1.2. Elementos eventuais
São aqueles que estando ou não presente não afectam a essencialidade do negócio. São exemplos desses:
· Estipulação de juros (em regra só os depósitos à prazo e que podem cobrar juros)
· Depósito à prazo;
· Pré-aviso;
9.2. Caracterísitica do depósito bancário
9.2.1. O contrato de depósito é um contrato real quanto a constituição;
É aquele que só está perfeito quando há entrega da coisa, implica “tradício”
9.2.2. O contrato de depósito é um contrato real quanto aos efeitos
Há uma transferência de um direito real de uma pessoa para outra, embora sobre o banco empende o dever de restituir;
9.2.3. É um contrato que pode ser gratuito ou oneroso
· É oneroso quando haja benefício ou sacrifício económico, v.g. quando haja estipulação de juros;
Importante: Os juros constituem o preço que o banco paga ao depositante pela disponibilidade de capital – já para o depositante – os juros configuram a remuneração pela indisponibilidade.
9.3. Forma dos Contratos de Depósito (consensual ou formal?)
A forma do contrato de depósito é consensual
9.4. Modalidade dos Contratos de Depósito 
O depósito pode ser:
· Depósito à ordem (disponibilidade imediata dupla)
· Depósito à prazo (disponibilidade imediata unilateral por parte do banco)
· Depósito com pré-aviso (disponibilidade deferida por parte do cliente)
9.4.1. Depósito à ordem
É aquele em que o depositante pode solicitar a entrega do quantum parcial ou total à todo o tempo, sem aviso prévio. Nesta espécie de depósito há sempre uma disponibilidade, bastando uma simples interpelação para que se dê o vencimento da obrigação de restituir. Aqui temos uma dupla disponibilidade que consiste em:
O banco e o cliente podem usar à todo momento o quantum;
· A disponibilidade do banco: a qualquer momento
· Na perspectiva do depositante: pode exigir o quantum à todo momento
9.4.2. Depósito a prazo
É aquele em que se estabelece um prazo para o reembolso da soma depositada, sendo que a mesma só poderá ser levantada no prazo acordado
Sendo o banco o maior interessado por isso deverá autorizar a disponibilidade. Há aqui uma indisponibilidada lateral à favor do banco.
9.4.3. Depósito com pré-aviso
É aquele em que as partes não estabelecem um prazo para o lançamento dos depósitos efectuados podendo esses somente ser efectuados depois do depositante avisar com certa antecedência, por escrito ao banco
Aqui não há um termo certo, apenas existe o onus do pré-aviso
9.5. . Natureza jurídica do Depósito Bancário
A natureza do depósito é discutida pela doutrina que lhe atribuem natureza jurídicas diferentes:
Natureza do depósito bancário
I. É um mútuo
II. É um depósito irregular, art. 1205ºCC
III. Contrato com natureza ibrida
IV. Contrato místo
Teorias prioritárias
I. Como contrato inominado
II. Como contrato suis generis
III. Como um contrato irregular numa primeira fase e depois se transforma em mútuo
Teorias não prioritárias
9.5.1. TEORIAS PRIORITÁRIAS
9.5.1.1. Natureza de mútuo
Para os defensores desta teoria o depósito é um mútuo e a grande finalidade do depósito não é a guarda do dinheiro mas sim o benefício do banco, art. 1142º CC
· pelo facto de ter como objecto coisa fungível, 
· a obrigação de restituir,
Crítica:
1. esta teoria defende que o depósito tem como grande fim o benefício do banco, nós entendemos que o fim do depósito é a guarda do dinheiro
2. o mútuo tem um âmbito mais alargado,
3. no mútuo a coisa mutuada fica na titularidade do mutuário
4. no depósito há transferência de titularidade ou propriação
5. não faz parte da conformação do mútuo, a não durabilidade,
6. já no depósito o dinheiro pode permanecer por pouquissímo tempo
9.5.1.2. Natureza do depósito irregular, art. 1205ºCC
1. O depósito irregular abarca também coisas não fungíveis,
2. No depósito de coisas fungíveis não há transmissão de transferência do direito de propriedade,
3. A função do depósito bancário é a guarda
4. No depósito bancário existe uma obrigação de custódia, que radica no dever do emprego prudente da soma depositada e para qual é necessário a transmissão de propriedade da quantia do cliente para o banco
5. A transmissibilidade da propriedade é uma especificidade do direito bancário (todavia haverá o direito de restituir por parte do banco) Se não houvesse transferência, então o banco necessitaria de prévia autorização sempre que quizesse utilizar o dinheiro
9.5.1.3. Contrato de natureza ibrida 
Esta teoria coloca o depósito com um carácter dual ou dualista, em que a certa altura o contrato passa de depósito à ordem para um mútuo
É ibrido porque não se consegue distinguir qual é a sua verdadeira natureza, tudo vai depender do tempo que demorar o depósito ou da disponibilidade do capital:
· Se o depósito bancário for um depósito à ordem ou com pré-aviso curto, sera um depósito irregular;
· Se o depósito bancário for um depósito à prazo ou com pré-aviso longo, será um mútuo.
Aqui usa-se o critério da disponibilidade e da temporalidade para aferir os diferente momentos da natura do depósito.
Crítica:
Esta teoria não colhe, porque estes dois critérios, a disponibilidade e a temporalidade, não podem ser usados para avaliar qual a natureza jurídica do depósito bancário.
· Porque o critério da disponibilidade e o critério da temporalidade são critérios falíveis, isso é, podem facilmente ser afastados ou desaparecer
9.5.1.4. Contrato misto 
Para os defensores desta toeria é o depósito bancário um contrato de natureza mista por ser em simultâneo um mútuo e depósito irregular;
Para estes doutrinários o depósito tem dois fins:
· Beneficiar o cliente com a guarda dos seus valores;
· Beneficiar o banco pela guarda dos valores do cliente
Crítica:
O depósito só tem um grande fim e único: a guarda do valor, tudo o resto são interesses (o interesse do banco em obter fundos para desenvolver a sua actividade)
Direito Bancário/UCAN-2010
2010-08-13	Page 34
.Diferença e crítica as teorias, estas teorias não acolhem,
	Teorias
	Mútuo 
	Depósito bancário
	9.5.1.4.1. Natureza de mútuo
· o facto de ter como objecto coisa fungível, 
· 
	· no mútuo a coisa mutuada fica na titularidade do mutuário
· não faz parte da conformação do mútuo, a não durabilidade,
	· no depósito há transferência de titularidade,
I. já no depósito o dinheiro pode permanecer por poquissímo tempo
II. esta teoria defende que o depósito tem como grande fim o benefício do banco, nós entendemos que o fim do depósito é a guarda do dinheiro
	II. Natureza depósito irregular, art. 1205ºCC
	Depósito irregular 
	Depósito bancário
	
 
	· O depósito irregular abarca também coisas não fungíveis,
· No depósito de coisas fungíveis não há transmissão de transferência do direito de propriedade,
	· A função do depósitobancário é a guarda
· No depósito bancário existe uma obrigação de custódia, que radica no dever do emprego prudente da soma depositada e para qual é necessário a transmissão de propriedade da quantia do cliente para o banco
· A transmissibilidade da propriedade é uma especificidade do direito bancário (todavia haverá o direito de restituir por parte do banco)
· Se não houvesse transferência então, então o banco necessitaria de prévia autorização sempre que quizesse utilizar o dinheiro
	III. contrato de natureza ibrida
	
	
	III. contrato misto
	
	
	
	
	
9.5.2. TEORIAS NÃO PRIORITÁRIAS
· O depósito bancário como:
· contrato inominado
· contrato suis generis
· contrato irregular que depois se transforma em mútuo
9.5.2.1. é um contrato inominado
Quando o contrato não é objecto de desginação jurídica na lei, pois a lei não o reconhece em nenhuma das suas categorias contratuais;
· Os contratos inominados ou serão necessariamente:
· Atípicos
Ex.: 
· Know-how - contrato de transferência de tecnologia;
· Leasing - contrato de locação financeira;
· Factoring – contrato de facturazão, etc.,
9.5.2.2. é um contrato suis generis
é um tipo de contrato que não se assemelha a num tipo contratual sendo um contrato com caracterísitcas próprias.
9.5.2.3. é um contrato irregular que depóis se tranforma em mútuo
aqui começa por ser um contrato do tipo irrgular e depóis transforma-se em mútuo, o momento de transformação é quando o banco usa o dinheiro
04/10/10
10. Distinção de figuras afins do depósito bancário
A LIF no seu art. 7º, dá uma noção de depósito, tem natureza típica;
10.1. Depósito civil e depósito bancário
I. Distinção quanto o objecto:
· O depósito civil, art. 1185ºCC, tem por objecto bens móveis e imóveis,
· O depósito bancário tem por objecto dinheiro;
II. Distinção quanto a obrigação de restituir:
· No depósito civil, a restituição é in natura;
· No depósito bancário, só em espécie e qualidade, não se devolve aquele mesmo dinheiro mas o quantum 
III. Distinção quanto ao uso da coisa:
· No depósito civil, o depositante não pode usar a coisa depositada, só a deve guardar;
· No depósito bancário, usa-se o dinheiro mas com a obrigação de o restituir
10.2. O contrato de abertura de conta é diferente do depósito bancário
O que pode acontecer é celebrar os dois tipos de contratos ao mesmo tempo
Como é que estes dois contratos se relacionam?
· A conta bancária está ao serviço do depósito;
· Não há depósito sem conta, o contrário não é válido
· A espécie de conta segue a modalidade de depósito (o que condiciona a modalidade do depósito é a espécie da conta v.g. se a conta é à ordem, o depósito naquela conta também será à ordem)
11. OPERAÇÕES BANCÁRIAS ACTIVAS OU OPERAÇÕES ACTIVAS DE CRÉDITO
O que é um crédito bancário?
· É uma operação de troca em que a prestações não são simultâneas (entre a operação e a contra-prestação)
11.1. Modalidade de troca
· A operação à vista ou à contado;
· A operação à prazo ou à termo
· Operação de crédito
11.1.1. A operação à vista ou à contado:
São aquelas em que a troca entre a prestação e a contra-prestação, há uma simultaneidade, isso é, são realizadas ao mesmo momento;
11.1.2. A operação à prazo ou à termo
São aquelas em que o contrato é celebrado num momento; e quer a prestação e a contra-prestação são deferidas no tempo.
11.2. Operação de crédito
A prestação é realizada no momento da celebração do contrato e a contra-prestação é deferida no tempo (para o futuro)
Outros contratos:
Contratos de commodity, contratos de futuro, nesta modalidade contratual quer a prestação e a contra-prestação são deferidas no tempo
11.2.1. Elementos do crédito
1. O tempo
2. O risco
3. A confiança
4. Os juros
· O tempo: implica um custo económico, ao longo dessa maturidade, o credor renuncia o seu bem em benefício do devedor;
· O risco: decorre exatamente da possibilidade da falência ou insolvência do devedor; nas operações a contado não há o elemento risco por causa do factor instantaneidade da operação;
· O risco podo ser por falência ou por insolvência (constitui a alea)
· A confiança: consiste na convicção de que o compromisso será cumprido;
11.3. O crédito bancário
· É um crédito concedido por uma instituição financeira bancária, financiando com base nisso a actividade económica da sua clientela;
· É um crédito monetário, tem por objecto dinheiro
11.3.1. Classificação das operações de crédito
· Critério do objecto imediato
· Crédito em dinheiro
· Crédito por assinatura
· Critério do prazo
11.3.2. Critério do objecto imediato:
· Crédito em dinheiro
· Crédito por assinatura
Crédito em dinheiro: 
· O banco usa directamente os seus fundos próprios (o banco usa o seu dinheiro)
· O banco utiliza directamente o seu dinheiro para a concessão de crédito;
Crédito por assinatura – aqui o banco é garante:
· É aquele em que o grande objecto não é aquele em que o banco use os seus fundos mas que o banco assuma perante terceiro, por meio da sua assinatura que o seu cliente cumprirá com a obrigação; v.g. do aval é uma garantia feita ao credor do banco em que o devedor vai cumprir com a obrigação.
11.3.3. Critério do prazo:
· À curto prazo: aquele cujo vencimento não se estende para além de 1 ano
· A médio prazo: aquele cujo vencimento é superior a 1 ano mas inferior a 5 anos
· À longo prazo: é aquele cujo vencimento é superior a 5 anos;
06/10/10
12. MÚTUO CIVIL , art. 1142 e Empréstimo bancário
12.1. Qual é a grande característica do mútuo?
· A entrega da coisa, obrigação de tradício;
· é um contrato unilateral*;
· é um contrato real quanto a constituição
* o mútuo é um contrato unilateral e real. Primeiro porque só o mutuário contrai obrigação, e depois, porque só se aperfeiçoa com a efetiva entrega da coisa, com a transferência do domínio que se tem sobre ela. Por não exigir nenhuma formalidade especial, é contrato não solene. Apenas é necessário que se apresente na forma escrita, até para que seja possível fazer prova de sua existência, caso seja necessário. 
12.2. Ideia ou noção de empréstimo
É o contrato pelo qual uma insituição de crédito coloca efectivamente ao dispor do cliente, determinada importância por certo tempo, ficando o mesmo cliente obrigado a restituir outro tantum do mesmo gênero e qualidade;
12.2.1. Objecto do empréstimo bancário
· Ao objecto do empréstimo bancário apenas cabe dinheiro, já no mútuo poder-se-á efectuar entrega de outra coisa fungível;
· O empréstimo bancário não é um contrato real quanto a constituição, basta que o banco inscreva (a inscrição é a disponibilidade monetária efectiva) na conta do cliente o montante solicitado;
Noção de lancamento de crédito ou à depósito
· O empréstimo bancário não é um contrato consensual;
Qual é a diferença entre o mútuo e o empréstimo bancário?
12.2.2. Forma do empréstimo bancário
· É consensual quanto a forma;
· 
12.2.3. Modalidades do empréstimo bancário
12.2.4. O critério das garantias
· O critério das garantias, podem ser de dois tipos:
· Empréstimo bancário à discoberto
Quando o seu cumprimento for garantido apenas pelo património do devedor (o beneficiário do empréstimo), art. 601
· Empréstimo bancário com garantia ou caucionado
Quando o cumprimento da obrigação for garantido por
· Garantia real ou 
· Garantia pessoal
12.2.4.1. O critério das técnicas realizadas
Podem ser colocados os fundos à disposição do beneficiário segundo dois tipos de processos:
· Processo directo
Quando os fundos forem disponibilizados por meio de entrega de fundos numerários;
· Processo indirecto
Mediante a utilização de conta bancária – mediante a disponibilidade na conta do beneficiário do valor emprestado;
13. ABERTURA DE CRÉDITO, art. 362
· É uma modalidade de operações bancárias activas
· É um contrato atípico e nominado
13.1. A abertura de crédito não é um empréstimo bancário nem é um mútuo;
Abertura de crédito não é um mútuo, porque não há entrega física de coisa;
A abertura de crédito não é um empréstimo porque não há disponibilidade monetária efectiva;13.2. Noção de abertura de crédito
· A abertura de crédito é um contrato pelo qual o banco (creditante) se obriga por determinado periódo de tempo, a ter certa quantia em dinheiro a disposição do cliente (creditado) ficando este obrigado a pagar uma comissão contratual ab início, e na medida das utilizações efectiva do crédito, a reembolsar o banco e satisfazer o respectivos juros – ver art. 362º c.com.
Quando o banco celebra este tipo de contrato é creditor do cliente com a simples celebração do contrato?
· Não, porque aqui, o banco apenas assume a obrigação de disponibizar efectivamente o valor monetário futuramente dentro dos prazos acordados;
· Todavia, o banco ganha desde o início uma comissão com a celebração do contrato;
· Relativamente aos juros, só será efectivo quando haver disponibilidade monetária efectiva e que os mesmos serão em conformidade ou proporcionalidade com o montante gasto e não sobre o valor total;
O que é o risco da taxa de juros?
· Taxa de juros fixa 
· Taxa de juros variável
· O facto de o banco se disponibilizar não implica ao cliente exigir do banco a realização da obrigação.....?
ver art. 362º C.com.
11/10/10
13.3. Toerias sobre natureza do contrató de abertura de crédito
· Natureza de empréstimo
· Natureza de uma promessa de empréstimo	não colhem
· Natureza de um contrato suis generis
13.3.1. Natureza de empréstimo
Não obstante tenha alguma semelhança entre os dois tipos de contratos, eles diferem no seguinte:
· O empréstimo, art. 1142º CC, art. 362º C.Com.
· Este contrato é típico, 
· É real quanto a constituição
· É um contrato de execução estantanea
· A abertura de crédito.
· É um contrato de execução continuada
· É um contrato consensual – porque ele está perfeito mesmo antes da entrega da coisa;
· Este contrato é atípico, 
13.3.2. Natureza de uma promessa de empréstimo
13.3.3. Natureza de um contrato suis generis
· É um contrato suis generis porque formado por: 1. elementos próprios; 2. Outros elementos retirados do mútuo; 3. E também elementos retirados do contrato promessa;
· Não sendo possível distinguir onde começam cada uma das diferentes formas contratuais, pois o mesmo, é dotado de certa homogeneidade e uniformização;
13.4. Fases do contrato de abertura de crédito: duas fases:
I. Fase de pura disponibilidade (fase essencial ou necessária)
É disponibilidade pura porque o cliente ainda não tem acesso ao dinheiro, mas tem a garantia por parte do banco.
1.1. Obrigações do banco:
· O banco nesta fase está obrigado a disponibilizar aquele valor;
· O banco está obrigado a ter aquele montante disponível logo que o cliente solicite
1.2. Obrigações do cliente
· A obrigação imediata do cliente é de pagar a comissão, a comissão é a forma pela qual o banco se faz pagar por aquela disponibilidade;
· Quanto a informação do cliente ao banco sobre a solicitação do valor, não se trata de uma obrigação mas antes de uma faculdade 
II. Fase de disponibilidade efectiva (fase eventual – porque não há obrigatoriedade por parte do cliente)
· Aqui o cliente tem disponibilidade efectiva, que começa por:
· Exigência do cliente ao seu banco sobre a disponibilidade;
· Consequente uso do valor;
· O banco tem a obrigação de colocar o valor à disponibilidade do cliente;
13.5. Forma do contrato de abertura de crédito
· É consensual (mas os contratos bancários tem tradição de serem celebrados por escrito);
· Normalmente a iniciativa desses contratos é sempre por parte do cliente;
13.6. Modalidade do contrato de abertura de crédito
· Por caixa ou
· Por assinatura
13.6.1.	Por caixa 
· Simples: - nesta modalidade o crédito não se restitui
O cliente (creditado) apenas pode usar o crédito uma vez : 
· pode ser por levantamento faseado (por trances) ou
· pode ser de uma só vez 
nesta modalidade o crédito não se restitui.
· Em conta corrente: - nesta modalidade o crédito restitui-se
O cliente pode ter acesso ao crédito mais de uma vez, mediante a cláusula de revolving (ou seja, reconstituição ou represtinação); o revolving é uma cláusula nos termos da qual, os reembolsos sucessívos depois dos saques, vão gerar a restituição do direito do saque. 
Em que consiste o renascimento ou represtinação do crédito?
· Se o cliente dispender ou dispuser do valor total ou parcial do crédito, pagará em data posterior o devido montante.
· Tão logo o cliente realize o pagamento, quer total quer parcial, o banco disponibiliza o montante equivalente aquele ora depositado pelo cliente. (é um crédito de múltiplas entradas);
· Quando o cliente deposita o montante que deve ao banco (que é o reembolso do valor parcial ou total do crédito concedido), o banco reinscreve o credito no montante ora depositado pelo cliente)
· O contrato tem um tempo de maturidade ao longo do qual, o cliente terá disponível na sua conta o valor na perspectiva do valor gasto;
· Quanto aos juros, esses serão calculados à parte e não relativamente ao valor do crédito, mas na perspectiva dos valores gastos, pois o crédito nasce na perspectiva concreta do valor que se gastou;
13.6.2. Por assinatura (aqui as garantias são sempre pessoais)
· O aceite
· O aval
· A fiança, art. 627º CC
· Outras garantias bancárias
São designadas por garantias bancárias por ser o banco que é garante do seu cliente:
13.6.2.1. O aceite
Ver definição: pág. 36 Dic. Jur.
13.6.2.2. O aval
· É uma declaração cambial, escrita no título ou folha anexa e assinada por terceiro ou pelo signatário da letra, pelo qual se presta, a favor de qualquer subscritor, a garantia de que a mesma letra será paga no todo ou em parte;
· O banco garante por assinatura que o cliente vai pagar aquela letra e se o cliente não o fizer, o banco fá-lo-á no seu lugar;
· Ao contrário da fiança, o aval é autónomo. Ainda que a obrigação principal seja nula, o aval continua a materializar aquela garantia. Aqui os vícios não são transmissíveis ao aval.
O aval pode ser de dois tipos:
· Parcial
O banco se comprometa a pagar parcialmente, não tendo obrigação relativamente à outra parte;
· total
o banco garante o cumprimento de todo o valor escrito no título
13.6.2.3. A fiança bancária, art. 627ºCC, 
É o banco assumir que o seu cliente vai cumprir com a obrigação
Características principais da fiança:
· Acessoridade, art. 638ºCC
· Subsidiariedade
· Acessoridade, art. 638ºCC
Todos os vícios da garantia principal afecta a fiança;
· Subsidiariedade
· O benefício da execução prévia, (só depois da execução de todo o património do devedor que será feita em primeiro lugar)
· Os meios de defesa que estão disponíveis à execução principal , encontram-se também disponíveis para a obrigação acessória (aproveitam ao fiador)
18/10/10
13.6.2.4. As garantias bancárias autónomas
· O banco assume perante o credor do seu cliente sem poder discutir previamente razões para não faze-la.
· A este critério designa-se por “in first demand”, segundo esta cláusula, uma vez assinado o mecanismo de garantia, o banco terá que efectuá-la imediatamente.
· Pois nesta modalidade de garantia, a garantia é independente da obrigação principal.
· O banco terá que pagar tão logo que lhe seja exigido; o banco depois tem direito de regresso;
13.6.2.4.1. Existe uma excepção a esta garantia em que o banco se pode recusar a pagar
· Em caso de fraude manifesta (negócio contrário a lei, a ordem pública, relativamente ao negócio principal)
· Em caso de abuso evidente do beneficiário;
13.6.2.5. Outras garantias
· a garantia da boa execução do contrato;
· a garantia da oferta ou da honorabilidade da proposta
· a garantia da restituição do pagamento antecipado
o adjudicatário entrega uma caução ao adjudicante para garantir o compromisso da obra.
13.6.2.5.1. a garantia da boa execução do contrato;
tem por objecto a obrigação de o garante – banco – beneficiar ou favorecer o beneficiário da garantia pelo incumprimento por parte do seu cliente – ordenante – de uma prestação caracterísitica de um contrato – está prestações são características dos contratos de empreitadas:
· execução da obra
· entrega da obra
· entregada obra
quando for despoletado o mecanismo da garantia, o banco vai pagar o valor da caução, isto é, pagar até ao limite da caução.
13.6.2.5.2. a garantia da oferta ou da honorabilidade da proposta
tem por objecto, a obrigação do garante pagar determinada importância, se a pessoa não cumprir com as obrigações decorrente do contrato ou da adjudicação.
Nesta garantia não está em causa a violação das obrigações do contrato, mas sim das obrigações da adjudicação (obrigação decorrente da adjudicação)
13.6.2.5.3. a garantia da restituição do pagamento antecipado
esta tem por objecto assegurar o contratante que pagou antecipadamente o preço do contrato ou o reembolso da importância adjudicada, no caso da outra parte não cumprir o convencionado;
· o banco garante vai ter que pagar o valor que o credor antecipou
13.6.2.6. Outras garantias bancárias
· Garantias bancárias em sentido lato
· Garantias bancárias em sentido específico
· 
13.6.2.6.1. Garantias bancárias em sentido lato ou garantias aparentes
· São cláusulas que os bancos inserem nos contratos com vista a compelir os seus clientes a cumprir. Se o cliente não as cumprir implicará a resolução do contrato
· Este tipo de garantias vêm minimizar o risco que os bancos correm na sua actividade
· Elas não são as garantias tipificadas pelo legislador, nem criadas pelas práticas comuns dos comércio, mas sim cláusulas inseridas nos contratos para compelir o o cliente a cumprir o contrato. Para o banco, elas constituem um conforto que o cliente vai pagar.
· Este tipo de garantias veem minimizar o risco que o banco corre nas suas actividades
13.6.6.1.1.	tipos de garantias em sentido lato
	
1. As cláusulas penais
2. As cláusulas de vencimento imediato
3. As cláusulas resolutivas
4. As cláusulas de cumprimento cruzado
5. As garantias negativas ou de “no facere” ou ainda “covenants”
6. As cartas de conforto
13.6.6.1.1.1.	As cláusulas penais
13.6.6.1.1.2. As cláusulas de vencimento imediato
13.6.6.1.1.3. As cláusulas resolutórias
Se o devedor falhar com uma prestação resolve-se com o contrato
13.6.6.1.1.4. As cláusulas de cumprimento cruzado
A cláusula do cumprimento cruzado implica o cumprimento antecipado do crédito quando o devedor não executar o pagamento das somas aos créditos concedidos à outros clientes
13.6.6.1.1.5. As garantias negativas ou de “no facere” ou ainda “covenants”
· São as obrigações de facto negativo
· São cláusulas que podem impôr ao devedor várias obrigações tais como as de:
· Não distribuição dos lucros ou dividendos antes do reembolso total do crédito ou;
· De não recorrer a quaisquer capitais alheios remuneráveis, não locar nem arrendar;
13.6.6.1.1.5.1. Existem duas espécies de garantias negativas
· Cláusulas pari passu
· Negative pledge
· Cláusulas pari passu
· É a cláusula segunda a qual o devedor assegura ao credor da não existência de garantias especiais a favor de outros credores e se compromete a manter esta política no futuro
· O devedor compromete-se em manter outros credores quirografários 1 . Se o devedor constituir uma garantia especial, o banco resolve o contrato
1. Credor quirografário => É o credor que não possui direito real de garantia,seus créditos estão representados por títulos advindos das relações obrigacionais. 
Ex: os cheques, as duplicatas, as promissórias.
· Negative pledge
· É um interdito para o devedor de vir a conceder garantias reais ou pessoais 2 sobre o seu património, sob pena de resolução de contrato.
2. Esta garantia pode ser pessoal ou real. As garantias pessoais são o aval e a fiança. Aval vocês vão estudar em Dir Comercial/Empresarial e fiança nós já vimos em Civil 3.
· Quando a garantia é pessoal, uma outra pessoa garante o pagamento, mas o credor pode ter o azar do avalista/fiador também não possuir bens. Já quando a garantia é real uma coisa (ex: um imóvel, uma jóia, um carro) garante o pagamento caso o devedor não cumpra sua obrigação. Esta coisa é oferecida pelo próprio devedor e, via de regra, será vendida para satisfazer o credor, devolvendo-se o resto do preço ao devedor.  O direito do credor vai se concentrar neste bem do devedor (1419), mas caso não seja suficiente, outros eventuais bens do devedor serão executados (1430, 391, 942). A garantia real é assim mais segura para o credor do que a garantia pessoal, esta por sua vez já é melhor do que garantia nenhuma.  Eu digo que a garantia real é mais segura pois um imóvel, por exemplo, não pode desaparecer. Já uma jóia, como no penhor, fica com o credor, e se a dívida não for paga o credor vende a jóia que está consigo para se ressarcir. 
· Conceito: direito real de garantia é aquele que confere a seu titular o privilégio de obter o pagamento de uma dívida com o valor do bem dado em garantia aplicado exclusivamente na satisfação dessa dívida.
Características dos DRG:
· - é direito absoluto: como todo direito real, porque se exerce erga omnes = contra todos, desde que tenha publicidade com o devido registro no cartório de imóveis (1227). 
· - é direito solene: o contrato tem várias formalidades do 1424; chama-se de especialização tal solenidade para identificar/especializar com precisão a dívida e a coisa dada em garantia. 
· - é direito acessório pois o principal é a dívida que o DRG garante; a nulidade do DRG não anula a obrigação principal, o contrário sim (art. 184). 
· - é típico porque exige previsão legal.
· - tem sequela, assim o credor pode perseguir o bem para executá-lo, não importa com quem o bem esteja (ex: se A pega um empréstimo e dá uma fazenda em hipoteca a um banco, e depois A vende a fazenda a B, o banco poderá executar a fazenda de B caso A não pague a dívida, 1475).
· - tem preferência: esta é uma característica exclusiva dos DRGs, que não encontramos nos direitos reais de gozo ou fruição. A preferência é o privilégio de ter o valor do bem dado em garantia aplicado prioritariamente à satisfação do crédito (1422). O direito real fica ligado à dívida. Quando estudamos os privilégios creditórios, vimos que os créditos reais tem prioridade no pagamento (961), mas não se esqueçam de que os créditos alimentícios, trabalhistas e tributários tem preferência sobre os créditos civis (pú do 1422). Revisem concurso de credores (Civil 2) pois é assunto importante e interessante para a monografia de final de curso, inclusive com as modificações recentes que a nova lei de falências trouxe, e que vocês vão estudar em Direito Comercial. 
· - é vedado o pacto comissório: o credor com garantia real não pode ficar com o bem, deve vendê-lo caso a dívida não seja paga, devolvendo-se eventual sobra ao devedor; o pacto comissório é proibido por norma imperativa para impedir que o credor simplesmente alegue que a coisa dada em garantia vale menos do que o débito, por isso o credor deve vendê-la  (1428); porém admite-se que após o vencimento haja dação em pagamento por iniciativa do devedor e aceite do credor (pú do 1428 e 356). 
13.6.6.1.1.6. As cartas de conforto
· São missivas dirigidas a uma instituição de crédito em que se manifesta a concordância e o apoio a uma outra entidade.
· Essa carta, em regra é emitida pela sociedade mãe em benefício de uma filial normalmente submetida antes do crédito ser concedido.
· É uma carta conforto porque atribuir uma certa garantia de conforto 
13.6.6.1.1.6.1. Pendor da carta ou tipo de carta
· Carta forte :	é uma obrigação de meio: pois diz no seu teor que, fará tudo que estiver ao 
	seu alcance para que o reembolso seja efectuado, 
· Carta média : 	diz no seu teor que: a sociedade é boa pagadora (como se fosse uma carta de 
	recomendação)
· Carta fraca: 	diz no seu teor que; a sociedade faz parte do seu grupo (como se fosse uma simples declaração)
14. NOÇÃO DE RISCO
· O risco de liquidez
· O risco de taxa de juros
· o risco de taxa de juro fixa
· o risco de taxa de juros variável
· risco de crédito
· risco de taxa de câmbio ou de câmbio
14.1.1. risco de liquidez
consiste na dificuldade de transformação dos activos de um banco em disponibilidade aptas a satisfaçãopotencial das suas obrigações sem suportar perdas.
14.1.2. risco de taxa de juros
· resulta da flutuação das taxas de juros no mercado
· as taxas de juros podem ser de duas modalidades:
· o risco de taxa de juros fixas
é invariável, sempre que ela não segue as flutuações ou variações do mercado;
· o risco de taxa de juros variável
sempre que a taxa de juro no mercado varia, então a taxa de juros ajusta-se a flutuação da taxa do mercado
14.1.3. risco de crédito
tem em vista a eventualidade da falta de reembolsos concebidos pela banca a sua clientela, a outros bancos e ao Estado.
14.1.4. risco de câmbio ou de taxa de câmbio
é originado pela detenção do crédito e dívidas em divisas 
17/10/10
Livro a comprar: contrato de seguro – José Vasques
CONTRATO DE SEGURO
Conceitos:
· SEGURADORA – Empresa autorizada a funcionar como tal e que, recebendo o prêmio, assume o risco e garante a indenização em caso de ocorrência de sinistro amparado pelo contrato de seguro.
a empresa que efectua o seguro, a empresa que toma o risco. Ex. Ensa
· SEGURO – Denomina-se contrato de seguro aquele que estabelece para uma das partes, mediante recebimento de um prêmio da outra parte, a obrigação de pagar a esta, ou à pessoa por ela designada, determinada importância, no caso da ocorrência de um evento futuro e incerto, ou de data incerta, previsto no contrato.
· Tomador de seguro = segurado – empresa ou indívio que paga o prémio e que celebra o contrato de seguro
O tomador de seguro é aquele que toma a responsabilidade sobre o contrato pagando os prémios a seguradora a favor do assegurado.
· SEGURADO – Pessoa em relação à qual a seguradora assume a responsabilidade de determinados riscos.
o beneficiário do seguro (aquela pessoa a favor da qual reverte a prestação paga pela seguradora)
Segurado é a pessoa no interesse da qual o contrato de seguro é celebrado.
· APÓLICE – É o instrumento do contrato de seguro pelo qual o segurado repassa à seguradora a responsabilidade sobre os riscos, estabelecidos na mesma, que possam advir. A apólice contém as cláusulas e condições gerais, especiais e particulares dos contratos e as coberturas especiais e anexos.
· SINISTRO – Termo utilizado para definir em qualquer ramo ou carteira de seguro, o acontecimento do evento previsto e coberto no contrato.
é o risco que a seguradora visa assegurar – trata-se da materialização de um eventual risco
· RISCO – É o evento incerto ou de data incerta que independe da vontade das partes contratantes e contra o qual é feito o seguro. O risco é a expectativa de sinistro. Sem risco não pode haver contrato de seguro. É comum a palavra ser usada, também, para significar a coisa ou pessoa sujeita ao risco.
· RISCO ACESSÓRIO – Risco que não está compreendido na cobertura principal do ramo, podendo, contudo, ser coberto mediante pagamento de prêmio adicional.
· RISCO COBERTO – É aquele que está ao abrigo de uma apólice em vigor e em consonância com todas as suas cláusulas. Em suma: não é nulo, excluído ou impossível.
· RISCO EXCLUÍDO – É, geralmente, aquele que se encontra relacionado dentre os riscos não seguráveis pelas condições da apólice, ou seja, aqueles que o segurador não admite cobrir ou que a lei proíbe que possam ser objeto do seguro. Tem dupla natureza, podendo ser terminantemente excluído ou podendo ser incluído na cobertura do seguro, em casos especiais, geralmente mediante a cobrança de prêmio adicional.
Atenção: o tomador de seguro, o assegurado ou beneficiário podem ser na realidade a mesma pessoa
RESPONSABILIDADE DO TOMADOR DE SEGURO:
· Pagar as prestações
· Assinar o contrato
· Sobre a sua esfera jurídica emerge a obrigação de pagar o prémio
NOÇÃO DE CONTRATO DE SEGURO
· o contrato de seguro é o contrato sobre o qual, a seguradora, mediante retribuição pelo tomador de seguro, se obriga a favor do segurado ou de terceiro, a indeminizar prejuízos que ocorra na esfera jurídica desse ou ainda ao pagamento de valores pré-definidos no caso de se realizar um determinado evento.
CARACTERÍSITICA DO CONTRATO DE SEGURO
· O contrato de seguro é um contrato bilateral. (A prestação da seguradora é pagar uma indemnização em caso de sinistro)
· O contrato de seguro é um contrato aleatório (porque nunca se sabe quando é que o risco vai se materalizar)
· Contrato oneroso
· Contrato consensual quanto a constituição
· Contrato formal, art. 426º C.Com + art. 4º Lei 02/02
· Contrato de execução continuada
· Contrato de adesão (o contrato que materializa o contrato de seguro denomina-se apólice, art. 426º C.Com)
· Contrato típico (C.Com+Lei02/02)
· Contrato de boa fé
Consequencia do contrato de seguro
Quando uma pessoa celebra um contrato de seguro com base em falsas declarações, o contrato é nulo.
Elementos do contrato de seguro: Elementos essenciais e elementos eventuais
· Elementos essenciais:
1. O objecto
· O interesse ou 
Consiste na relação económica existente entre uma pessoa segura e um bem exposto ao risco. (essa relação económica é uma satisfação estabelecida entre a pessoa assegurada e o bem. Esta relação é avaliada na perspectiva do assegurado que não é necessariamente o tomador de seguro) 
· Risco 
É um evento futuro e incerto cuja materialização constitui o sinistro.
2. Os intervenientes
· Tomador de seguro
· A seguradora
3. As obrigações dos intervenientes
· Por parte do tomador do seguro: pagamento do prémio
· Por parte da seguradora: suportar o risco e realização da prestação em caso da ocorência do dano ou sinistro.
· Elentos eventuais
Quais são os elementos eventuais?
Como são calculados os preços de seguro?
· O preço varia segundo o valor do bem. Quem tem um bem mais valioso paga mais (variação na proporção do valor do bem que se quer assegurar)
· A distribuição equitativa dos prémios materializa-se segundo a proporção do valor do bem.
Protecção económica
· O instituto da garantia tem um aspecto diferente do da actividade económica normal.
· O seguro é usado como garantia de outras garantias;
Assim, o beneficiário de um crédito deverá empender um seguro sobre ele. O seguro serve para fortalecer a garantia
Para quem reverte o valor do seguro?
OUTRAS FIGURAS DE SEGURO
1. RESEGURADOR
A al). V. do anexo da Lei 01/00 e art. 430 C.Com: fala do ressegurador = seguro indirecto. 
· O ressegurador é o contrato pelo qual a empresa de seguro assegura em parte ou totalidade, junto de outra empresa de seguro, os riscos que assumiu mediante o pagamento de um determinado prémio. 
· O resseguro é também chamada seguro de seguro;
Enquanto que no seguro directo as partes são a seguradora mais a tomadora de seguros, já no segundo, a resseguradora celebra o contrato com a seguradora
2. RETROCESSO, art. 7º 
RETROCESSÃO – Operação feita pelo ressegurador e que consiste na cessão de parte das responsabilidades por ele aceitas a outro ou outros resseguradores.
Por outras palavras a retrocessão é o contrato pelo qual o ressegurodor ressegura os contratos por ele assegurados, art.7º
RAMOS DE SEGURO QUE PODEM SER ASSEGURADOS PELAS SEGURADORAS:
	
SEGUROS
	DE PESSOAS
São retivos a factos de vida, integridade física ou situação familiar. Aqui o sinistro vai afectar a pessoa humana e não os seus bens
	- seguro de saúde
- seguro de vida
	
	DE BENS E PATRIMÓNIOS
Visam eliminar danos que determinado evento cause no património assegurado
	
	RESPONSABILIDADE CIVIL
Abrangem qualquer tipo de responsabilidade resultante do exercício de determinadas funções ou da responsabilização e venda de certos produtos
PROVISÃO OU GARANTIA, art. 25 e Segs.
Nos termos desse artigo, as empresas seguradoras devem dispor de um valor suficiênte para assegurar integralmente os seus compromissos perante terceiros.
Atenção:
Provisão ≠ de reservas
	Reservas
	provisões
	1. As reservas são de dois tipos:
· Livres
· obrigatórias
2. as reservas formam-se a partir dos lucros, (já as provisões formam-se desde início)
	1. as provisões: são constituídas com o fim específico de assegurar os compromissos da seguradora perante terceiros, no caso de ocorrênciade sinistros
2. as provisões são sempre ou geralmente legais
3. as provisões têm que existir desde início
Princípio do Direito de Seguro
· princípio do interesse
· princípio do indemnizatório
· princípio da subrogatório
· princípio da boa fé
princípio do interesse
Nos termos desse princípio, para existir um contrato de seguro, é essencial que haja um interesse relevantemente segurável ou seja, o interesse relevante é a relação económica entre a pessoa segura e o bem. 
· Nos seguros por conta própria não se questiona na doutrina o elemento interesse. A questão só é debatida nos contratos de seguros celebrados por conta de outrem, art. 428º C.com;
O interesse é uma noção económica que assume uma feição jurídica pois releva a relação jurídica subjacente (a relação jurídica entre o bem e a pessoa exposta ao risco) – perspectiva jurídica do objecto. Não obstante se tratar de uma relação económica, ela tem um “Q” de juriscidade.
O interesse é muito debatido no seguro do ramo do seguro de vida, art. 38ºn.2 Lei 2/02 e art. 456º C.Com: questiona-se se o interesse do vida é por conta de outrem?
	
· O interesse tem duas caracteristicas: legitimidade e efectividade
· É legítimo porque resulta de uma relação legal ou contratual
· É efectivo porque não é imaginária ou fictícia.
princípio do indemnizatório
segundo este princípio o asseguro deve ser ressarcido do prejuizo que efectivamente sofreu, não podendo entretanto, o seguro constituir fonte de rendimento do lesado, art. 475º C.Com. ou ainda, este princípio consagra o dever de indemnizar por parte da seguradora. 
· esta norma quer impedir que o assegurado provoque danos propositadamente para obter pagamento da seguradora.
· Este princípio vem impor alguns limites ao valor do seguro a pagar.
O princípio do indemnizatório tem algumas implicações: três implicações:
1. Evitar o sobresseguro
2. Impedir a acumulação de seguros, art. 434º C.com; art. 24º Lei 2/02, ver: consequencia será a devolução
3. Impedir ou opor-se que o lesado seja indemnizado igualmente pelo lesante
princípio da subrogatório
25/10/10
princípio da boa fé, art. 9º n.1, Lei 02/02, art..
a seguradora e o tomador de seguro estão vinculados ao princípio da boa fé.
Nulidade de seguro por inexatidão ou retecencias: 429º C.com, art. 13º Lei 02/02:
· Declaração inexacta: são factos ou circunstâncias que não correspondem a realidade.
Ex.: quando se refere declarações falsas, aqui estamos perante uma fraude;
· Declaração reticente: consiste em silênciar, ou seja, é a omissão de factos que servem para avaliar o risco, Aqui há omissão.
· Consequência para ambas as declarações: tem como consequência a nulidade.
· A consequência da nulidade resulta da má-fé – não haverá devolução dos prémeios;
n. 3 do art. 13º Lei 02/02:
por erro de cálculo e não de má fé;
· Aqui haverá redução do negócio, (como sanção)
· No infrasseguro, aqui declara-se um valor inferior ao do bem;
· 
Valor do seguro e valor do objecto de seguro
· Valor do seguro: é o valor que o tomador de seguro ou assegurado vão declarar na apólice;
· Valor do objecto do seguro: determinado ao tempo do sinistro, trata-se do valor real do bem, art. 439º n.1 C.com; art. 18º Lei 2/02
Nem sempre há harmonia entre o valor declarado e o valor do bem:
· Se se declarar um valor superior ao valor real do bem, estaremos perante ao sobresseguro
· Se se declarar um valor inferior ao valor real do bem, estaremos perante ao infrasseguro, art. 433º C.com;
· Usa-se para estes casos a regra da proporcionalidade, há aqui uma redução na proporção, na diferença dos dois valores (entre o valor do seguro e o valor do bem seguro)
Ex.: imagine que o contrato tem o valor de 50, e o valor real é de 100. Ocorre um sinistro e os danos são avaliados em 30. Quem vai pagar esses 30? Tem que se avaliar a proporção que vai caber a cada uma das partes. Este aferição será feita através dos seguintes cálculos: 30*60/100=18.
		30 (valor do dano)
	 X 60 (dobro do dano)
	 / 100 (valor real)
	 X 60 (dobro do dano)
_____________________________
· = 18 (dobro do dano)
· O valor que vai ser suportado pela seguradora é de 18mil no caso concreto,
· O restante será suportado pelo beneficiado, que no caso concreto será de 12 sobre 30
· No caso de infrasseguro o beneficiado participa no pagamento da indemnização;
O princípio do indemnizatório pretende acabar com as duas situações acima mencionadas (infra e sobre seguros)
O art. 439º C.com. tem haver também com o princípio do indemnizatório. Pois a seguradora indemniza de acordo o valor do sinistro e não com base o valor declarado à data da celebração do contrato de seguro.
A regra da indemnização está limitada ao valor do objecto seguro. Quando se declar um valor superior do valor real do bem, a indemnização a pagar terá como limite o valor do bem; art. 435º C.com, art. 2 da lei 2/02
Art. 434º C.com, art. 24º Lei 2/02
Proibição da pluralidade de seguro, porque a segunda indeminzação de seguro será como fonte de rendimento para o segurado.
Excepção do Art. 439º C.com, 
São três as excepção ao princípio do indemnizatório
· Cláusula do primeiro risco
· Seguro do valor em novo
· Cláusula de indexação
Cláusula do primeiro risco
· as partes renunciam no contrato a aplicação do princípio do indemnizatório, mas propriamente a regra da proporcionalidade
· neste caso a seguradora responde indempendentemente da correspondência do valor do objecto seguro e o valor real, ainda que haja infra ou sobresseguro;
Seguro do valor em novo
· aqui há também uma renúncia ao princípio do indemnizatório, porque a seguradora vai indemnizar com base no valor real do bem à data do sinistro, mas pelo valor necessário para sua substituição por um idêntico novo;
Cláusula de indexação
· surge no campo do infra seguro, nos termos do qual afasta-se a regra da proporcionalidade, todavia a condição é que o valor real e o valor declarado seja inferior a determinada percentagem fixada ou estabelecida no contrato.
20/10/10
20.	Lei uniforme sobre o cheque
20.1. As operações bancárias podem ser de 3 tipos:
· operações de crédito
· operações de débito
· operações de prestação de serviços
Meio de materialização das ordens de pagamento
· A transferência entre contras e
· A compensação
20.2. O cheque, art. 3º
· É um meio de pagamento, nos termos do qual uma pessoa (sacador) ordena um banco (sacado) onde tenha fundos disponíveis (provisão) o pagamento a vista de determinada importância a seu favor ou a favor de terceiro (tomador – dono da conta – beneficiário, se for terceiro).
· O meio de pagamento mais importante é o dinheiro; o cheque é um meio de pagamento sucedâneo (todavia é menos ariscado que o dinheiro).
· O cheque tem um periódo de vida útil muito curto que é de 8 dias; mas a nota só deixa de ter validade se houver troca de moeda;
20.2.1. Funções do cheque, 
· instrumento de levantamento de fundos: com base nele podemos dispor de dinheiro na nossa conta
· instrumento de pagamento
· instrumento de compesação
20.2.2. Câmara de compensação, 
· Esta tem como função averiguar quando é que um banco deve à outro para efeito de compensação
· Neste mecanismo não se efectua transferência mas sim compensação;
20.2.3. Ler arts. 1º, 2º, 9º
· sobre requisitos, formas que o cheque deve obdecer
· dispõe sobre a falta de requisitos
· art.28º o cheque é pagado a vista, é pago no dia da apresentação;
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Moeda escritural = a dinheiro (no teste não usar a palavra cash por ser termo estrangeiro)
· art.29º sobre os prazos de pagamento dos cheques:
· no interior do país o prazo é de 8 dias;
· de Angola para outros países do continente, 20 dias
· de Angola para outros continentes, 70 dias
· art.32º sobre a revogação de cheque: quando é que começa a produzir efeito?
· É o sacador que revoga o cheque, é ele que tem esta prorrogativa; v.g. se o cheque for passado no dia 1 e revogado no dia 2, quid iures? A relevancia está no n.2 deste artigo, portanto, se houver revogação, o sacado não poderá mais aceitar o cheque ou olevantamento
· É importante mencionar que o banco tem a prorrogativa ou a faculdade de pagar ou não pagar um cheque que tenha vida útil
20.2.4. Modalidades de cheques
· Cheque cruzado
· Cheque cruzado geral
· Cheque cruzado especial
· Cheque a levar em conta
· Cheque visado
20.2.4.1. Cheque cruzado, art.37º
O sacador vai fazer duas linhas paralelas
· Cheque cruzado geral: quando tiver apenas as duas linhas paralelas ou quando entre as linhas estiver escrita a expressão “banco ou banqueiro”
· Cheque cruzado especial: quando entre as linhas estiver escrito o nome de um banco em concreto;
20.2.4.2. Cheque a levar em conta, art.39º
É aquele que o pagamento em numerário é proibido
20.2.4.3. Cheque visado, art.º
· É aquele que a pedido do seu portador ou do sacador ou aindo do portador, o banco sacado insere uma menção de visto, assegurando assim ao interessado que o sacador tem fundo disponíiveis em depósito equivalente a quantia visada;
· O banco vai colocar um carimbo escrito: visado
· O cheque visado atribui garantia total ao pagamento do mesmo 
20.2.5. Cheque falsificado
· O banco só deve pagar cheques assinados pelo sacador, todavia pode acontecer situações de falsificação de assinatura do cliente
· Se a falsificação for grosseira e ainda assim o banco pagar, o banco terá que pagar o cliente, art. 770º CC;
· Ainda que a falsificação for perfeita, o banco ainda assim terá a obrigação de indemnizar o seu cliente;
Se o cliente for culpado pela falsificação?
No caso de o cliente for assaltado e não comunicar ao banco – nestes casos o banco pode isentar-se de pagar total ou parcialmente o reembolso
21. Cartões Bancários
21.2. Noção geral de cartões bancários
· São meios de pagamento associado ou não a uma função creditícia
· Eles podem desempenhar uma função de instrumento de pagamento ou além dessa uma função de instrumento de concessão de crédito;
21.3. Tipos de cartões bancários
· Cartões bancários de crédito
· Cartões bancários de débito (associado a nossa conta a ordem)
21.3.1. Cartões bancários de crédito
· É um instrumento de pagamento que comporta a possibilidade de concessão de crédito até certo limite,
· O crédito nesse tipo de cartões é um elemento essencial
· Este crédito tem o mecanismo de revolving
21.3.2. Cartões bancários de débito (associado a nossa conta a ordem)
· É um instrumento de pagamento que permite ao seu portador, por meio de movimentação da sua conta a ordem, efectar pagamento sem emprego de numerário ou cheque, poder-se-à:
· Efectuar pagamentos
· Efectuar transferências
· Consultar o saldo da conta
21.4. Redes emissoras de cartões
· Existem redes emissoras de cartões:
· A rede nacional, em Angola:
· Multicaixa
· As redes Internacionais: 
· Visa
· MasterCard

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