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Cultura_de_Mafura

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Índice
CAPITULO I	2
1. INTRODUÇÃO	2
OBJECTIVOS	3
Objectivo geral	3
Objectivos específicos	3
CAPITULO II	4
2. METODOLOGIA	4
CAPITULO III	5
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	5
3.1. Cultura de Mafurra (Trichilia emetica)	5
3.1.1. Origem e Distribuição	5
3.1.2. Classificação taxonómica	5
3.1.3. Descrição morfológica	5
3.2. Finalidades do cultivo da mafurreira	6
3.2.2. Uso tradicional	7
3.3. Condições edafo-climaticas	7
3.4. Métodos de propagação	7
4. CONCLUSÃO	9
5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA	10
CAPITULO I
1. INTRODUÇÃO
A Trichilia emetica, a árvore da mafurra, é uma planta da família das Meliáceas, originária de África Ocidental. Em Moçambique, a cultura encontra-se distribuída emquase todas as províncias do país, com excepção da província do Niassa, sendo que se encontra, maioritariamente, na região sul, no distrito de Zavala na província de Inhambane (Faiela, 2007).
Pela distribuição geográfica da planta estima-se que os climas tropicais e subtropicais sejam os mais propícios para o seu desenvolvimento. A mafurreira vegeta bem em todos os terrenos, com excepção dos pântanos. No entanto, é nos terrenos areno-argilosos bem drenados que se encontram os melhores e mais produtivos exemplares. Embora depois de adulta resista a ventos fortes, quando ainda de porte pequeno, necessita de cuidados para que possa resistir. Uma das grandes vantagens desta árvore é o facto de resistir a longos períodos de seca (Guardado, 1930).
OBJECTIVOS
Objectivo geral
· Estudar a cultura de Mafurra (Trichilia emetica).
Objectivos específicos
· Identificar a origem e distribuição da cultura de mafurra;
· Explicar a importância da cultura de mafurra;
· Descrever os métodos de propagação da mafurra.
CAPITULO II
2. METODOLOGIA
Para a realização deste trabalho, recorreu-se à análise documental baseado na selecção e avaliação de certos documentos, como pdf’s e artigos relacionados com o tema usando pesquisas em internet.
CAPITULO III
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
3.1. Cultura de Mafurra (Trichilia emetica)
A mafurreira (Trichilia emetica) é uma oleaginosa pertencente á família Maliaceae. O género Trichila é membro da família Maliaceae. Catorze espécies são encontradas em África. Somente duas dessas espécies produzem caroço com alto teor de óleo. Trichilia dregeana Sonder e Trichilia emetica. As duas espécies diferem-se na ecologia e em algumas características morfológicas, como a forma e espessura das folhas e na disposição das nervuras. 
3.1.1. Origem e Distribuição 
A Trichilia emetica é uma planta originária da África, encontrando-se espalhada nas regiões tais como: no Alto Nilo, Alto Zambeze, nas Ilhas Reuniões, na região de Malawi, Etiópia, Madagáscar, Senegal, Serra Leoa, Angola, na região de Cabo na África do sul, Cabo Verde, Tanzânia e Moçambique (Schijff, 2007).
Em Moçambique, a Trichilia emetica encontra-se espalhada quase por todo país, concentrando-se mais nas regiões de Inhambane, Gaza e Maputo onde as suas sementes depois de despolpadas, são comercializadas pelo sector familiar para as indústrias de sabão (Macucule, Matakala & Maússe, 2005).
3.1.2. Classificação taxonómica 
De acordo com (Rodrigues et al., 2008) a classificação taxonómica da mafurra é a seguinte: 
Reino: Plantae
Ordem: Rutales
Família: Maliaceae
Género: Trichilia
Espécies: Trichilia dregeana Sonder & Trichilia emética
3.1.3. Descrição morfológica 
A mafurra Trichilia emética é uma planta dicotiledonea, de grande porte (perene) podendo atingir 10 a 15 metros de altura e um diâmetro de 0.30 a 1 metro. É provida de um forte sistema radicular desenvolvido o que lhe possibilita a resistência aos ventos fortes e as secas. Tem folhas verdes, persistentes, alternadas e compostas. As folhas suspensas em forma de uma coroa arredondada, densa e escura, fazem com que a mafurreira seja um bom fornecedor de sombra (Schijff, 2007).
As flores são brancas – esverdeadas de 4 a 5 pétalas, estando dispostas em cachos. As frutas são cápsulas polispérmicas (com muitas sementes) de casca grossa, de tamanho variável, de forma globosa e de cor castanho-creme, abrindo-se em 3 a 4 válvulas. A abertura das cápsulas indica o amadurecimento das frutas. As frutas assim como as sementes, encontram-se reunidas em cachos e as sementes possuem cerca de 3cm de comprimento e 8mm de largura. A cor do arilo10 varia de vermelho a branco havendo casos em que, o arilo cobre por completo a amêndoa e não aparece uma parte preta, vulgarmente, chamada olho. Cada cacho contém 3 a 6 sementes, de 1 a 2,5 cm de comprimento e 1 a 1,5 cm de espessura. A fruta da mafurreira é constituída pela polpa que envolve a semente. Existem vários tipos de mafurra, podendo ser classificados segundo a cor, sabor e tamanho do fruto. (Macucule, Matakala & Maússe, 2005).
3.2. Finalidades do cultivo da mafurreira
O cultivo da mafurreira tem como finalidade: alimentação, medicina, cosmética, ornamentação. A madeira é usada para fazer mobília, esculturas, colheres de pau, paus para pilar, almofarizes, pratos e como combustível lenhoso (Macucule, Matakala & Maússe, 2005)
De acordo com os autores as populações nativas utilizam a polpa da semente, podendo ser usada fresca na preparação do suco leitoso que, por sua vez se usa como condimento para preparar folhas de feijão nhemba, de batata-doce, mandioca, peixe, camarão, amêijoa e carnes. Da polpa das sementes por processos rudimentares, produz-se o óleo que é usado para temperar os alimentos.
Por outro lado as sementes de Trichilia emética possuem um teor de proteína, de gordura, de fibra bruta, de água e de minerais, que revela que o valor nutricional das sementes secas por 100 g de matéria seca é de cerca de 58% do peso fresco, com um valor de energia de 1897 KJ. Foi também verificado que a semente continha proteína (17%), gordura (22,9%), fibra (8,1%) e hidratos de carbono (47,5%). Minerais como o magnésio, ferro, potássio e sódio foram também encontrados nas emente (Komane et al., 2011).
3.2.2. Uso tradicional
Segundo Macucule, Matakala & Maússe, (2005) no contexto medicinal, das sementes despolpadas, produz-se o óleo usado para cicatrização de feridas, para pintar o cabelo, para eliminar a palidez da pele substituindo o loção, sobretudo para os recém-nascidos. Ainda no contexto medicinal, as mulheres usam as folhas da mafurreira para curar cólicas estomacais e diarreias, para massagens em caso de edemas, raiz para aftas e o caule tenro no tratamento de dores de estômago e problemas intestinais.
Em Moçambique, as folhas da mafurreira são ditas indutoras de sono, quando colocadas na cama durante a noite. A infusão de folhas quentes pode ser usada como loção de feridas e para aliviar a tosse. Elas servem também para curar perturbações estomacais e são usadas, quando queimadas dentro de casa, como repelentes de mosquitos. 
A casca do caule é usada como um emético (do qual o nome da árvore provêm). A raiz é utilizada no tratamento de sarampo. Para o efeito junta-se a raiz de mafurreira com a de cajueiro e fervem-se, dando banho ao doente. É utilizada também essa parte da planta para diminuir as dores de parto em mulheres grávidas. 
A mafurra branca é a mais preferida, quer para o consumo, quer para a comercialização porque é mais saborosa e possui muita polpa do arilo. 
3.3. Condições edafo-climaticas 
A Trichilia emetica desenvolve-se bem nos terrenos arenosos do litoral de regiões subtropicais, preferindo no entanto, os areno-argilosos bem drenadas, podendo ser ligeiramente ácidos, com o pH de 5,0 a 6,5. Nos solos pesados a mafurreira desenvolve-se lentamente (Schijff, 2007).
3.4. Métodos de propagação 
A mafurreira difunde-se pela semente ou estacas radiculares, as sementes devem ser frescas e despolpadas pois, as sementes secas ou desidratadas, perdem o seu poder germinativo (Deveza, 1966).
Como a raiz das plantas novas é muito frágil convém fazer a sementeira em vasos de capim com cerca de 30cm de altura e a profundidade de 3cm, germina no fim de 15-20dias, ganhando depois uma grande raiz que só mais tarde se ramifica e, 6 meses depois,colocam-se estas plantas no local definitivo onde devem ficar espaçadas 18 a18 metros (Schijff, 2007).
A multiplicação por meio da raiz é feita no início do inverno, pelas populações cortando, em pedaços de 0,5 a 1 metro de comprimento do tronco da (árvore adulta que produz melhores frutos) e em seguida vão enterrá-los nos lugares a que são destinadas, sendo a parte mais grossa da raiz colocada um pouco inclinada para parte superior e a parte mais fina volta para baixo (Deveza, 1966).
Uma árvore produz anualmente cerca de 25 quilos de semente verde, o que equivale a uns 16 a 18 quilos de produto comercializável (Guardado, 1930).
4. CONCLUSÃO
O presente estudo permitiu constatar que a cultura de mafurra é de origem africana. Em Moçambique, a cultura encontra-se espalhada quase por todo país, com excepção da Província do Niassa. Verificou-se ainda que a cultura é de extrema importância, pois é de múltipla utilidade, visto que para além do rico valor nutritivo das suas sementes, é possível aproveitar muitas propriedades medicinais nas suas raízes, folhas e do caule, a casca (como um emético).
Quanto aos métodos de propagação, verificou-se que pode ser por via sexuada (por semente) e vegetativa (pela raiz).
5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Deveza, M. C. (1966). Gazeta do Agricultor, Volume 18, Lourenço Marques.
Guardado, R. (1930). A Mafurreira. Boletim Agrícola e Pecuário. Agencia Geral das Colonias nº 64. p. 66.
Komane, B., Olivier, E., Viljoen, A. (2011). Trichilia emética (Meliaceae) – A review of tradicional uses, biological activities and phytochemistry, Phytochemistry Letters. 1-9.
Macucule A., Matakala P. E Maússe A. (2005). Mafurra Trichilia emética, Conhecimentos Locais, Usos e Potencialidades Agroflorestais da Mafurreira Trichilia emética Vahl., ICRAF, Maputo IIAM. p. 45.
Rodrigues, V. F., Carmo, H. M., Braz-Filho, R., Mathias, L., Vieira, I. J. C. (2008). Protolimonoides Isolados de Trichilia Quadrijuga (Meliaceae). Reunião Anualda Sociedade Brasileira de Quimica.
Schijff, M. (2007). Van Der, Botanical Garden.
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