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AA - VICTORIA CHAGAS – FACULDADES PEQUENO PRÍNCIPE – T10 DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO DO SISTEMA DIGESTÓRIO Tudo vem de um tubo (intestino primitivo) INTESTINO PRIMITIVO: parte posterior, médio e anterior. Formado na 4ª semana. ENDORDERME: revestimento epitelial do aparelho digestivo e origem do parênquima das glândulas (hepatócitos, fígado e células endócrinas e exócrinas do pâncreas) MESODERMA VISCERAL: parte da esplancnopleura, tecido conjuntivo (estroma) das glândulas, músculos, tecido conjuntivo e componentes peritoneais do tubo digestório. OBS: os gânglios entre as camadas musculares vêm das cristas neurais (plexos) CAVIDADES DO CORPO: espaços para o desenvolvimento dos órgãos - pericárdia, pleural, peritoneal MESENTÉRIOS: prendem as porções do intestino primitivo na parede ventral e dorsal do corpo. Permite passagem de vasos e nervos. ❑ INSTESTINO ANTERIOR faringe primitiva, sistema respiratório inferior, esôfago e estômago, duodeno, fígado, aparelho biliar e pâncreas. ❑ ESÔFAGO 4ª semana inicia, na 7ª está do tamanho correto O epitélio deriva do endoderma (oblitera-> recanaliza) por um momento pode fechar a sua luz e depois abrir novamente, caso esse esôfago não se abrir novamente as crianças podem nascer com atresia esofágica Surge uma região do intestino anterior chamada de divertículo respiratório, que depois formará a traqueia Músculos – 8ª semana: estriado (vem dos arcos faríngeos – 1/3 do es ôfago, movimento voluntário) e liso (mesênquima esplâncnico – 2/3 do esôfago) ESTENOSE ESOFÁGICA: afina o canal (fica mais apertado do que deveria) tratamento operatório – volta o esôfago a passagem normal ATRESIA ESOFÁGICA: não passa nada, fechamento total. Não é possível a recanalização. FÍSTULAS TRAQUEOESOFÁGICAS: comunicação errada AA - VICTORIA CHAGAS – FACULDADES PEQUENO PRÍNCIPE – T10 ❑ ESTÔMAGO 4ª semana Dilatação fusiforme Rotações (eixo anteroposterior e eixo longitudinal), primeiro ele dilata e faz duas rotações, pro lado esquerdo e pra região mais caudal. NERVO VAGO ESQUERDO – região POSTERIOR NERVO VAGO DIREITO – região ANTERIOR ❑ DUODENO – FÍGADO – VESÍCULA BILIAR – PÂNCREAS 3ª, 4ª e 5ª semana FÍGADO E VISÍCULA BILIAR: - Broto hepático caudal (vesícula biliar) e cranial (fígado) - 3ª semana – primórdio do fígado - Evaginação do endoderma - Penetra no septo transverso - Ducto biliar (oblitera -> recanaliza) - Evaginação -> vesícula e ducto cístico - 6ª semana – hematopoiese - 9ª e 10ª semana – 10% do peso - 12ª semana – formação da bile - MESENTÉRIO VENTRAL DUODENO E PANCREAS 5ª semana - final do intestino anterior e inicio do intestino médio - Rotação do estomago -> alça em C - Linha média -> lado direito 2ª mês (oblitera -> canaliza) - Pâncreas começa com dois brotos, mas com as rotações eles se unem, ventral (mesentério dorsal) e dorsal (ducto biliar) - Revestimento endodérmico do duodeno - Rotação do duodeno e união dos dois brotos 10ª semana – insulina ❑ INSTESTINO MÉDIO intestino delgado, ceco, apêndice, colo ascendente, dois terços do colo transverso. HERNIAÇÃO FISIOLÓGICA DO ID Na 5ª semana: - Ocorre um alongamento rápido do intestino. Alça em forma de U -> cefálica (duodeno, jejuno e íleo) e caudal (porção inferior do íleo, ceco, apêndice, colo ascendente e dois terços próximais do colo transverso) Na 6ª semana: - Entrada no ducto onfaloentérico na 6ª semana por falta de espaço (crescimento/aumento do fígado e rins). Rotações da alça intestinal (270º) - Crescimento e enrolamento da parte cranial (jejuno e íleo) e pouco na caudal - Na 10ª semana inicia o retorno do intestino https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwiu3ZSQ28DiAhVnErkGHc_YDyYQjRx6BAgBEAU&url=https%3A%2F%2Fwww.researchgate.net%2Ffigure%2FFigura-65-Desenvolvimento-pancreatico-durante-a-quinta-semana-embrionaria-mostrando-a_fig4_310794851&psig=AOvVaw3SeAs0YzK6Rft_nObnZP29&ust=1559218305712435 AA - VICTORIA CHAGAS – FACULDADES PEQUENO PRÍNCIPE – T10 Onfalocele: é a persistência da herniação na porção próxima do cordão umbilical (âmnio), pode incluir o fígado e estômago, e também são associados com anomalias cromossômicas Gastrosquise: defeito na parede abdominal anterior, extrusão das vísceras abdominais (sem Âmnio), ficam banhadas pelo líquido amniótico. ❑ INTESTINO POSTERIOR Da origem ao terço distal do colo transverso, colo descendente, colo sigmoide, reto, e parte superior do canal anal. CLOACA - Câmara revestida de endoderme - Membrana cloacal (bilaminar) - Recebe o alantoide - Segmentada pelo septo urorretal (reto, seio urogenital) - Final da 7ª semana a membrana cloacal se rompe AA - VICTORIA CHAGAS – FACULDADES PEQUENO PRÍNCIPE – T10 FUNÇÕES MOTORAS DO TRATO GASTROINTESTINAL Movimentação do alimento pelo trato alimentar Secreções de soluções digestivas Absorção de água, eletrólitos e produtos da digestão CONTROLE: - SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO E ENDÓCRINO MOTILIDADE: • Na mucosa há neurônios que sentem a diferença de pressão e pH. Esse estímulo passado para os plexos que pode ser passado para o SNC e ocasionar uma resposta. • A muscular da mucosa serve para contração para secreção das substâncias • O plexo de MEISSNER é um plexo de neurônios que se dispõe em volta da mucosa, relacionado com o estímulo elétrico para a secreção das glândulas! • A camada muscular lisa circular e longitudinal está presente a partir do segundo terço do esôfago (antes é estriado) e vai até o esfíncter anal interno. Esses músculos servem para constrição (circular) e o outro para levar para baixo (longitudinal). • No estômago há um músculo a mais que é o transversal/oblíquo que fica mais p dentro. • O plexo de AUERBACH ou MIOENTÉRICO está entre as camadas do músculo liso circular e longitudinal, o estímulo atinge os dois músculos. Os músculos funcionam como um sincício: contanto especializado entre as células (dispostas em série), ativadas de modo simultâneo e no mesmo grau. Quando inicia uma despolarização, todas as fibras se contraem “ao mesmo tempo” – funciona como uma única fibra grande! Possui canais juncionais (GAP) que se conectam eletricamente, pois permite passagem de íons entre as células e também junções aderentes – fibras devem ser bem unidas. ❑ ELETROFISIOLOGIA DO MÚSCULO LISO GASTROINTESTINAL Músculo liso do TGI é excitado por atividade elétrica intrínseca contínua e lenta nas membranas das fibras musculares → ondas lentas e potenciais em espículas Na maioria das vezes a musculatura só contrai quando tem alimento, mas contrai em um ritmo que muda dependendo do local Toda célula possui um potencial de membrana (diferente dependendo do tecido). O potencial de repouso das células tem um potencial que não é fixo, e sim ondulatório. O potencial de repouso da membrana é -40 a -70mV. ❑ ONDAS LENTAS CÉLULAS INTERSTICIAS DE CAJAL – propriedades de fibroblastos e células musculares lisas - Localizam-se entre as camadas circular muscular externa e longitudinal (bastantes junções comunicantes) e outros locais da parede do TGI. As ondas lentas não são potencia de ação e sim de REPOUSO Diferentes frequências no TGI Rede de células intersticiais de Cajal são marca-passos elétricos das células do músculo Possui canais iônicos específicos que se abrem periodicamente (canais de sódio) Vários potenciais de ação (estímulos) também podem levar a despolarização. A noradrenalina e adrenalina (estímulos simpáticos) reduzem essas frequências/contrações. Já a acetilcolina aumenta o movimento. AA - VICTORIA CHAGAS – FACULDADES PEQUENO PRÍNCIPE – T10 ❑ POTENCIAIS EM ESPÍCULA São os verdadeiros potenciais de ação Ocorrem quando o potencial de repouso da membrana do músculo liso gastrointestinal se torna mais positivos do que - 40mV Potenciais de ação mais longos do que nas outras fibras nervosas (10 a 20 ms) Canais de cálcio-sódio abrem-se e fecham- se lentamente ❑ CONTROLE NEURAL TGI Sistema nervoso próprio (ENTÉRICO) Parede intestinal – esôfago ao ânus Neurônios motores (excitatório e inibitórios), neurônios sensoriais, neurônios associativos (interneurônios) • PLEXO MIOENTÉRICO/AUERBACH Cadeia linear de neurônios interconectados ao longo de todo o comprimento do TGI ESTIMULA: aumento da contração tônica da parede intestinal, aumento da intensidade das contrações rítmicas, aumento do ritmo de contração, aumento na velocidade da condução das ondas excitatórias ao longo da parede do intestino. Possui neurônios inibitórios (VIP) que faz uma inibição do músculo de esfíncteres intestinais (esfíncter pilórico, esfíncter valva ileocecal) • PLEXO SUBMUCOSO/MEISSNER Função de controle na parede interna de cada segmento do intestino Controlar a secreção intestinal local, absorção local e contração local do músculo submucoso. • INERVAÇÃO SIMPÁTICA E PARASSIMPÁTICA Interfere no funcionamento de quase todos os órgãos Parassimpática libera acetilcolina que aumenta a motilidade do TGI e relaxa esfíncteres Simpática libera noradrenalina e adrenalina que inibe a motilidade da musculatura lisa do TGI e contrai esfíncteres • PEPTÍDEOS GASTROINTESTINAIS Neurócrino: - Acetilcolina (excitatório) – contração do músculo liso da parede/relaxamento dos esfíncteres - Noradrenalina (inibitório) – relaxamento do músculo liso da parede/contração dos esfíncteres - Peptídeo intestinal vasoativo (VIP) e Neuropeptídeo Y – relaxamento do músculo liso - Encefalinas, substância P e peptídeo liberador de gastrina – contração do músculo liso AA - VICTORIA CHAGAS – FACULDADES PEQUENO PRÍNCIPE – T10 ❑ CONTROLE HORMONAL TGI Gastrina – células G do antro do estômago – aumenta secreção gástrica de ácido e estimula o crescimento da mucosa (estímulo por distensão, proteínas) Colecistocinina (CCK) – células da mucosa duodeno, jejuno e íleo – aumenta a secreção de enzimas e bicarbonato do pâncreas – contrai vesícula biliar, inibe o esvaziamento gástrico, diminui a contração do estômago (digestão de gorduras), inibindo o esvaziamento gástrico. Secretina - células S mucosa do duodeno, jejuno e íleo – aumenta a secreção de bicarbonato pancreático e biliar, inibe secreção do HCl (estímulo por ácido e gordura) Peptídeo inibidor gástrico – células K na mucosa do intestino delgado superior – diminui atividade motora do estômago (estímulo por ácidos graxos, aa e carboidratos) estimula a secreção de insulina e inibe a secreção HCl Motilina – células M duodeno superior em jejum – aumentar a motilidade gastrointestinal – cíclico- complexos mioelétricos interdigestivos Parácrino: - Histamina (células da submucosa gastrointestinal – ECL): estímulo da secreção de H+ ❑ TIPOS FUNCIONAIS DE MOVIMENTOS NO TGI ➔ Movimentos propulsivos peristalse Inerente a musculatura lisa sincicial Estímulo – distensão do TGI, irritação química ou física, sinais parassimpáticos → estimula sistema nervoso entérico Contração da parede 2 a 3 cm atrás deste ponto → anel contrátil Movimento direcional das ondas para o ânus Plexo mioentérico é fundamental ➔ Movimentos de mistura Contrações constritivas intermitentes locais (ocorre no estômago e intestino) Muitas vezes o movimento de peristaltismo promove mistura junto com o fechamento de esfíncteres (esfíncter esofagiano superior e inferior, piloro, ileocecal e anal interno e externo) ➔ Motilidade É a contração e relaxamento das paredes e esfíncteres do TGI Tritura, mistura e fragmenta o alimento – digestão e absorção. Impele ao longo do TGI Músculo liso (exceções faringe, terço superior esôfago, e esfíncter anal externo) Músculos circulares e longitudinais Contrações fásicas – periódicos e pode durar segundos e minutos (esôfago, antro gástrico e ID) ou tônicas – mantida por minutos ou horas (região esôfago terminal, superior estômago e esfíncteres ileocecais e anal externo) AA - VICTORIA CHAGAS – FACULDADES PEQUENO PRÍNCIPE – T10 ❑ MASTIGAÇÃO facilitar a deglutição e início digestão Mistura alimento com saliva, reduz tamanho das partículas alimentares, amilase salivar Componente voluntário e involuntário (reflexo iniciado pelo alimento na boca – mecanorreceptores – tronco encefálico) ❑ DEGLUTIÇÃO Estágio voluntário e estágio involuntário Pressão do alimento contra o palato mole Faringe – receptores somatosensoriais detectam a presença de alimento na boca (centro de deglutição bulbar – nervos vago e glossofaríngeo – reflexo de deglutição) Fase oral: língua força o bolo alimentar para trás Fase faríngea: palato mole é puxado para cima, a laringe se move para cima e para frente e a epiglote oclui a abertura da laringe, esfíncter esofágico superior se relaxa, onda peristáltica de contração inicia-se na faringe, respiração inibida (centro respiratório bulbar) Fase esofágica: fechamento do esfíncter esofágico superior (reflexo da deglutição), onda peristáltica primária, onda peristáltica secundaria (SNE) – início no local da distensão ❑ MOTILIDADE ESOFÁGICA Transferência do alimento da faringe para o estômago. Sobreposição – fase esofágica deglutição e motilidade esofágica. Onda peristáltica e bolo alimentar se aproxima do esfíncter esofágico inferior – abertura do esfíncter esofágico inferior (Nervo vago – VIP) e relaxamento da região proximal do estômago (relaxamento receptivo). Fechamento do esfíncter esofágico inferior. ❑ MOTILIDADE GÁSTRICA Relaxamento da região proximal para receber o bolo alimentar (relaxamento receptivo) - Reduz a pressão intragástrica e aumenta o volume do estômago proximal (1,5 L). - Reflexo vagovagal (ramo aferente e eferente são componentes do nervo vago). - Mecanorreceptores detectam distensão estômago – transmitido ao S NC por neurônios - SNC envia informações para a parede muscular lisa do estômago – relaxamento (VIP). Contrações que reduzem o tamanho do bolo alimentar e mistura com as secreções - Parede muscular espessa – força de contração. - Ondas de contração iniciadas na porção média do corpo do estômago ao longo do estômago caudal (força crescente até o piloro). - Esta onda de contração fecha o piloro – retropulsão. - Frequência das contrações (3 a 5/min) - Parassimpático, gastrina e motilina ~ aumenta frequência dos potenciais de ação e força de contração. - Simpático, secretina e PIG ~ diminui frequência dos potenciais de ação e força de contração. - Jejum – Contrações gástricas periódicas – motilina (duodeno) – Complexos mioelétricos migratórios – a cada 90 min. AA - VICTORIA CHAGAS – FACULDADES PEQUENO PRÍNCIPE – T10 Esvaziamento gástrico - Esvaziamento do conteúdo gástrico para duodeno - 3 horas. - Velocidade de esvaziamento precisamente regulada – tempo para neutralização do H+ no duodeno e para digestão e absorção nutrientes. - Retropulsão até partículas alcançarem 1mm3. - Presença de lipídeos – duodeno secreta colecistocinina – retarda o esvaziamento - Íons H+ - receptores na mucosa duodenal detectam pH baixo e transmitem a informação para o músculo liso gástrico (interneurônios do plexo mioentérico) - retarda o esvaziamento gástrico. ❑ MOTILIDADE DO INTESTINO DELGADO Misturar o quimo com as enzimas digestivas e secreções pancreáticas, expondo os nutrientes à mucosa intestinal. Impelir o quimo não absorvido para o intestino grosso. Período digestivo - Frequência de contração-12/min. - Estimulação parassimpática e inibição simpática. - Contrações segmentares (misturar o quimo) e peristálticas (impelir o quimo). Período interdigestivo - Complexo mioelétrico migratório (a cada 90 min) ❑ MOTILIDADE DO INTESTINO GROSSO Movimentos de mistura, propulsão e retropulsão. Conteúdo intestino delgado entra no ceco e cólon proximal – esfíncter ileocecal se contrai – impede refluxo para o íleo. Conteúdo fecal se move do ceco para o cólon, para o reto e canal anal. Defecação: - Fezes – distensão da parede retal – sinais aferentes pelo plexo mioentérico – início das contrações no colo descendente. - Esfíncter anal interno relaxa por sinais inibidores do plexo mioentérico. - Esfíncter anal externo (músculo estriado) deve também ser relaxado. - Fibras nervosas parassimpáticas. - Contração da musculatura lisa do reto, podendo ou não ter ajuda dos músculos do abdômen. - Reflexo gastrocólico – distensão do estômago aumenta a motilidade no cólon. Reflexo ileocólico. Reflexo ortocólico.
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