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História da Arte Grécia Mitologia • Grécia e Roma an-gas adoravam uma grande variedade de deuses e deusas, que -nham a forma humana e os mesmos amores, ciúmes, amizades e desavenças dos mortais. Havia também uma grande quan-dade de heróis, animais fabulosos, monstros e semideuses, além de diversos seres mí-cos. Mitologia na Grécia • Antes que nascessem os deuses e deusas, houve uma geração de seres gigantescos, chamados Titãs. Dois deles – Réia e Cronos – geraram várias divindades. • Quando os romanos conquistaram a Grécia, as histórias gregas de aventuras e parentescos entre deuses mostraram-‐se tão atraentes que foram adotadas quase na íntegra, com mudanças apenas no nome das divindades. Mitologia DEUSES GREGOS • Afrodite • Apolo • Ares • Ártemis • Atena • Cronos • Deméter • Eros • Hefaístos • Hera • Hermes • Hés-a • Poseidon • Zeus DEUSES ROMANOS • Vênus • Apolo • Marte • Diana • Minerva • Saturno • Ceres • Cupido • Vulcano • Juno • Mercúrio • Vesta • Netuno • Júpiter Mitologia na Grécia • Os deuses mais importantes da Grécia eram aqueles que residiam no monte Olimpo, chamados de maneira geral de Olímpicos. Dizia-‐se que havia 12 Olímpicos além de Zeus, o mais poderoso de todos. Quando não estavam ocupados com suas próprias rivalidades e amores (Zeus -nha muitas consortes, tanto divinas como humanas), os deuses frequentemente intervinham nos assuntos humanos. Arte na Grécia Origens da cultura grega Por volta de 2500 a.C. a ilha de Creta já possuía cidades com construções de pedra e Bjolo. Além disso, havia uma elaborada produção de joias e outros objetos de metal. Os cretenses contavam com uma desenvolvida marinha mercante, o que lhes permi-u dominar o comércio no Mediterrâneo e entrar em contato com diferentes povos, como os mesopotâmicos e os egípcios. Essa civilização que habitava as ilhas do mar Egeu também era chamada de minóica. A cultura egeia teve início na Ilha de Creta. As ruínas do Palácio de Cnossos revelou que sua construção data de 1700 a 1500 a.C. Arte na Grécia Na pintura se revela com mais clareza o espírito dinâmico do povo cretense. Ela mostra menos rigidez e imobilidade que a pintura egípcia. Os ar-stas cretenses se preocupavam com a mobilidade e a combinação de cores, pois eles uBlizavam cores vivas e contrastantes: tons de vermelho, azul e branco, bem como marrom, amarelo e verde. Na ourivesaria os cretenses também revelaram grande domínio técnico . Ex. Copo de Vafió. Arte na Grécia • Afresco • Técnica de pintura mural, executada sobre uma base de gesso ou nata de cal ainda úmida -‐ por isso o nome derivado da expressão italiana fresco, de mesmo significado no português -‐ na qual o ar-sta deve aplicar pigmentos puros diluídos somente em água. Dessa forma, as cores penetram no reves-mento e, ao secarem, passam a integrar a superccie em que foram aplicadas. O suporte pode ser parede, muro ou teto e a durabilidade do trabalho é maior em regiões secas, pois a umidade pode provocar rachaduras na parede e danificar a pintura. O termo também é usado para designar a pintura feita dessa maneira, normalmente em igrejas e ediccios públicos, e ocupando grandes extensões. Afresco, Palácio de Cnossos Copo de Vafió, 1600 a.C. Arte na Grécia Escultura: somente pequenas peças dessa civilização foram encontradas, como a série Deusas com as serpentes. Essa escultura, uma das várias versões desse tema, é feita em marfim com detalhes em ouro. Estatueta Deusa-‐serpente Minoica. 1500 a. C. Arte na Grécia Arte na Grécia A arte na Grécia Dos povos da An-guidade, os que apresentaram produção cultural mais livre foram os gregos. É verdade que, ao estabelecer relações com o Egito e o Oriente Próximos, os gregos tem grande admiração pela produção args-ca desses povos. Mas, se inicialmente eles imitaram os egípcios, com o tempo criaram uma arquitetura, escultura e pintura próprias, movidos por concepções muito diferentes das egípcias, que eram tão ligadas à religiosidade. Arte na Grécia Nos primeiros séculos do seu domínio sobre a Grécia, a arte dessas tribos era bastante rude, desgraciosa e primi-va. Ex. Cerâmica decorada com padrões geométricos simples, representavam uma cena com desenho austero e rigoroso. Ex: Vaso com tema: Lamentação de um morto. Carpideiras levantam as mãos à cabeça no pranto ritual. Arte na Grécia • Convictos de que o ser humano ocupava especial lugar no Universo, os gregos não se submeteram a imposições de reis ou sacerdotes. Para eles, o conhecimento, expressado pela razão, estava acima da crença em qualquer divindade. Arte na Grécia • Dos povos da An-guidade, os gregos foram os que apresentaram uma cultura mais livre. • A figura humana era o principal mo-vo na arte grega e refle-a um respeito pelo equilíbrio. Valorizaram as ações humanas, na certeza de que o HOMEM era a criatura mais importante do universo. Arte na Grécia “O homem é a medida de todas as coisas”. (Protágoras – Filósofo grego) Arte na Grécia Do ponto de vista de sua produção args-ca, são relevantes os seguintes períodos históricos da Grécia an-ga: • Período arcaico – da formação das cidades-‐Estados em meados do século VII a.C. até a época das Guerras Greco-‐Pérsicas, no século V a.C. • Período clássico – das Guerras Greco-‐Pérsicas até o fim da Guerra do Peloponeso (século IV a.C.)• Período helenísBco – do século IV a.C até o século II a.C. Em 146 a.C., a Grécia viria a ser dominada por Roma. Escultura Arte na Grécia Período arcaico: A evolução da escultura Quando os ar-stas gregos começaram a fazer estátuas de pedra, par-ram do ponto em que egípcios e assírios -nham parado. Aproximadamente no fim do século VII a.C. os gregos começaram a esculpir grandes figuras masculinas em mármore. Nelas ainda era evidente a influência da cultura egípcia, tanto nas formas como na técnica de esculpir grandes blocos. O ar-sta grego, porém, já acreditava que a escultura não deveria apenas se assemelhar a seu modelo: ela teria de ser também um objeto belo em si mesmo. Polímedes de Argos Os irmão Cleóbides E Biton (615-‐590 a.C.) Estátua grega segundo o padrão Kouros (525 a.C.) Arte na Grécia • Assim como o escultor egípcio, o escultor grego do período arcaico apreciava a simetria natural do corpo humano. Para deixar clara ao observador essa simetria, ele esculpia as figuras masculinas: • nuas, • eretas, • em rigorosa posição frontal • e como peso do corpo igualmente distribuído sobre as duas pernas. Esse -po de estátua é chamado de kouros, palavra grega que significa “homem jovem”. Arte na Grécia • Diferentemente da arte egípcia, cuja produção -nha uma função religiosa, a arte grega não estava subme-da a convenções rígidas, por isso pode evoluir livremente. • Com o tempo, a postura rígida e forçada dos kouros passou a ser insa-sfatória. Além disso, os egípcios -nham baseado sua arte no conhecimento de regras. Os gregos começaram a usar os próprios olhos. Arte na Grécia Os gregos buscavam no homem e na vida inspiração. O homem era considerado o modelo, o padrão de beleza. Ele era retratado sem imperfeições, idealizado. Seus deuses eram uma glorificação do próprio homem e -nham emoções e caracterís-cas humanas. Arte na Grécia A estátua conhecida como Éfebo de Crí-os, mostra algumas mudanças como: • em vez de olhar para a frente, o modelo tem a cabeça ligeiramente voltada para o lado, • seu corpo descansa sobre uma das pernas, o que faz com que ele assuma uma posição mais afastada em relação ao eixo de simetria • e mantém o quadril desse lado um pouco mais alto. Éfebo de Crí-os 480 a.C Arte na Grécia A solução para o problema da imobilidade foi encontrada por Policleto. Sua escultura Doríforo (lanceiro) representa um homem caminhando, pronto para dar mais um passo. Cópia romana da estátua Doríforo de Policleto. 440 a.C. Arte na Grécia No período clássico, a busca pela superação da rigidez das estátuas, o mármore mostrou-‐se um material inadequado: pesado demais, quebrava-‐se sobre o seu próprio peso, quando determinadas partes do corpo não estavam apoiadas. Para solucionar o problema os escultores passaram a trabalhar com o bronze, liga metálica mais resistente e que permi-a criar figuras que expressassem melhor a ideia de movimento. • Zeus de Artemísio • Discóbolo de Míron Arte na Grécia Os ar-stas gregos aperfeiçoaram seus conhecimentos do corpo humano em movimento (anatomia e movimento). Um templo como o de Olímpia, estava sempre cercado de estátuas de atletas vitoriosos dedicadas aos deuses. Os Jogos Olímpicos eram as mais célebres reuniões espor-vas dos gregos, e -nham caracterís-cas muito diferentes das nossas modernas compe-ções. Elas estavam muito ligadas às crenças religiosas e aos ritos do povo. Os atletas que par-cipavam eram membros das principais famílias da Grécia e os vencedores eram olhados com reverência, como homens a quem os deuses -nham favorecido com o dom da invencibilidade. Arte na Grécia Era para saber sobre quem essa “bênção” da vitória iria recair que se celebravam originalmente os jogos e para comemorar e perpetuar essa graça divina que os vencedores encomendavam suas estátuas (normalmente de bronze) aos mais famosos ar-stas do seu tempo. Auriga (coxeiro) Zeus de Artemísio Discóbolo de Myron, pertenceu a mesma geração de Fídias. Arte na Grécia Muitas estátuas gregas se perderam, mas podemos observá-‐las através de cópias romanas de mármore. As estátuas de bronze ou foram fundidas para virar novas estátuas ou para se transformar em armas na guerra. Além disso, a hipótese mais provável é que elas foram derre-das quando esse metal se tornou escasso na Idade Média. Arte na Grécia O por quê? Lemos na Bíblia como os profetas inves-am contra a adoração de ídolos, segue uma passagem de Jeremias: “Os costumes dos povos são vaidades; a mão de ar-sta corta um madeiro do bosque, com o machado. Adorna-‐se com prata e ouro; fixa-‐o com pregos e martelos, para não se desconjuntar. Os ídolos são retos como as palmeiras, mas não falam; é preciso carregá-‐los, porque não andam. Não os temais, pois não podem fazer mal, e tampouco podem fazer bem.” Arte na Grécia As estátuas da an-guidade clássica são também os ídolos de que a Bíblia fala (além dos deuses mesopotâmicos e de outros povos): • as pessoas oravam diante delas, • sacriccios lhes eram oferecidos em meio a encantamentos, • milhares de adoradores delas se aproximavam com esperança e medo em seus corações. Interrogando-‐se como diz o profeta, sobre se aquelas estátuas e ídolos não seriam realmente os próprios deuses. Arte na Grécia De fato a razão pela qual quase todas asestátuas famosas do mundo an-go desapareceram foi que, após a vitória do crisBanismo, considerava-‐se piedoso dever destruir estátuas dos deuses pagãos. As esculturas em nossos museus são na maioria, reproduções feitas no período romano para viajantes e colecionadores, levadas como souvenirs e decorações para jardins. Devemos ser muito gratos por essas réplicas, porque pelo menos nos proporcionam uma pálida ideia das famosas obras-‐primas da arte grega. Athena Parthenos Arte na Grécia A escultura greco-‐romana e a cor • Estamos tão habituados a ver as esculturas greco-‐ romanos na cor original do mármore, que nos é pra-camente impossível imaginar que elas tenham sido, um dia coloridas. Em nossa cultura, essa monocromia das estátuas clássicas tornou-‐se sinônimo de bom gosto esté-co. • Entretanto, há muito tempo se sabe que elas eram originalmente coloridas e que os pigmentos aplicados sobre o mármore não resis-ram à ação do tempo. • Algumas estátuas também eram em madeira, reves-das com pedras preciosas e ouro. Exposição realizada no Va-cano em 2004, busca resgatar as cores originais das estátuas greco-‐romanas. hzp://www.engenhariae.com.br/colunas/luz-‐ultravioleta-‐revela-‐como-‐ eram-‐de-‐verdade-‐as-‐estatuas-‐da-‐grecia-‐an-ga/ hzps://www.hypeness.com.br/2016/07/luz-‐ultravioleta-‐revela-‐cores-‐ originais-‐de-‐estatuas-‐gregas-‐bem-‐diferente-‐do-‐que-‐imaginavamos/ Arte na Grécia Período HelenísBco Os historiadores modernos deram o nome de helenís-ca à cultura iniciada sob o poder de Alexandre e seguida até o domínio da Grécia pelos romanos. Todas as transformações históricas do período, sobretudo o desaparecimento da independência das cidades-‐Estados, dando lugar à formação de reinos imensos, interferiram na arte grega. Arte na Grécia A escultura A escultura do século IV a.C., apresentava traços bem caracterís-cos. Um deles era a representação, sob forma humana, de conceitos e sen-mentos, como a paz, o amor, a liberdade, a vitória, e etc. Outro traço marcante foi o surgimento do nu feminino, pois nos períodos arcaico e clássico, representava-‐se a figura feminina sempre ves-da. Praxíteles, por exemplo, esculpiu uma Afrodite (de Cnido) nua que acabou sendo sua obra mais famosa. Afrodite de Cnido Praxíteles Arte na Grécia • Nessa estátua, observa-‐se o princípio usado por Policleto (autor do Doríforo): opor os membros tensos aos relaxados, combinando-‐os com o tronco posicionado sem rigidez. Esse princípio, aplicado às formas arredondadas femininas, deu sensualidade à figura. • É também do século IV a.C a Afrodite de Cápua. Esse trabalho foi muito apreciado e copiado, com variações durante séculos. Assim no século II a.C., aparece a célebre Afrodite de Melos, ou Vênus de Milo, na designação romana. Afrodite de Cápua VI a.C. Vênus de Milo Arte na Grécia • Essa escultura representa a deusa com o tronco despido, mas com o quadril e as pernas envoltas em uma túnica, combinando a nudez parcial da Afrodite de Cápua com o princípio de Policleto aplicado à Afrodite de Cnido. • Os escultores do século III a.C. procuravam criar figuras que expressassem maior mobilidade e levassem o observador a querer circular em torno delas. Arte na Grécia • O maior ar-sta desse século foi Praxíteles (século IV). Na obra de Praxíteles todos os vesggios de rigidez desapareceram e podemos ver a enorme distância que a arte grega percorreu em duzentos anos. • Praxíteles e outros ar-stas gregos alcançaram esse grau de beleza através do conhecimento. Não existe corpo humano que seja tão simétrico, tão bem-‐construído e belo quanto o das estátuas gregas. • Hermes com o jovem Dionísio 340 a.C. X Kouros X Arte na Grécia • Os gregos “idealizaram” a natureza, além disso, se empenharam em insuflar cada vez mais vida aos corpulentos modelos an-gos. • Na época de Praxíteles, os velhos -pos começaram a se mover e a respirar, e passaram a se erguer como seres humanos de verdade, mas ao mesmo tempo, como seres de um mundo diferente e melhor. • São de fato seres diferentes, não porque os gregos fossem mais sadios ou mais belos que os outros homens, mas porque a arte, neste momento, estava colocada num novo e delicado equilíbrio. • Apolo de Belvedere Arte na Grécia Um belo exemplo dessa tendência é a Vitória de Samotrácia. • mulher com asas abertas que personifica o desejo de vitória • túnica agitada pelo vento, as asas ligeiramente afastadas para trás • o drapeado das vestes, o tecido transparente e colado ao corpo • consegue dar uma forte sugestão de movimento. Vitória de Samotrácia Arte na Grécia • Mas o grande desafio -‐ e a grande conquista – da escultura do período helenís-co foi a representação não de uma só figura, mas de grupos de figuras que sugerissem mobilidade e fossem belos de todos os ângulos. Assim é o grupo formado pelo soldado que acaba de matar a mulher e está prestes a suicidar-‐se. Arte na Grécia • A arte helenís-ca adorava obras tumultuosas e veementes, adorava ser impressionante. • Ex2: Laocoonte – a escultura descreve uma cena da Eneida de Virgílio. Arte na Grécia Laocoonte • grupo mostra um adulto e dois jovens, enroscados por duas serpentes assustadoras, como na descrição da Eneida de Virgílio. Remete a um episódio da Guerra de Troia, que consta da Ilíada, de Homero. • Laocoonte, era troiano e alertou seus patrícios contra a armadilha do enorme cavalo demadeira (cavalo de Troia), onde estavam escondidos soldados gregos, numa ar-manha para entrar na cidade for-ficada. Alguns deuses, adeptos da causa grega, trataram de acabar com a denúncia de Laocoonte, fazendo vir do mar as serpentes para matá-‐lo e juntamente com seus filhos. Arquitetura Arte na Grécia A arte nos períodos Arcaico e Clássico Do período clássico merece destaque o século V a.C., chamado século de Péricles (ou Idade de Ouro da Sociedade Grega), época em que a a-vidade intelectual, args-ca e polí-ca refle-u o esplendor da cultura helênica. O ateniense Péricles (495-‐429 a.C) governou a cidade-‐ Estado de Atenas por quinze anos, de 446 a 431 a.C. Nesse período, promoveu a reconstrução da cidade, que havia sido destruída nas Guerras Greco-‐Pérsicas. Arte na Grécia Para a tarefa de reconstrução, ele contratou os mais destacados arquitetos e escultores de sua época, que ergueram templos (como o Partenon) teatros e outras edificações. Grande incenBvador das artes e do teatro, ele transformou a cidade de Atenas em verdadeiro pólo cultural. Também sob a inspiração de Péricles, deu-‐se o aperfeiçoamento da democracia, surgiram os primeiros relatos históricos e a filosofia ganhou destaque. Arte na Grécia Arquitetura As ordens dóricas, jônicas e corínBa Na arquitetura, as edificações que despertaram maior interesse são os templos, construídos não para reunir pessoas em seu interior para culto religioso, mas para proteger da chuva ou do sol as esculturas de suas divindades. Arte na Grécia Embora alguns dos templos gregos sejam vastos e imponentes, não a-ngem as colossais dimensões das construções egípcias. Foram edificados por seres humanos para seres humanos. De fato não exis-a um governante divino imperando sobre os gregos que pudesse forçar ou -vesse forçado todo um povo a trabalhar como escravo para ele. As tribos gregas -nham se instalado em várias cidades pequenas e em portos de abrigo ao longo da costa. Arte na Grécia • A caracterís-ca mais evidente dos templos gregos é a simetria entre o pór-co de entrada – o pronau – e o dos fundos – opistódomo. • O núcleo do templo grego era formado pelo pronau, pelo naos e pelo opistódomo. • Esse núcleo era cercado pelo peris-lo (colunata, ou série de colunas). pronau naos epistódomo Peris-lo ou colunata Arte na Grécia As colunas e o entablamento eram construídos segundo os modelos da ordem dórica, da ordem jônica ou da ordem corín-a. A ordem dórica era: (o nome dórico é o nome da tribo que a criou, a qual pertenciam os espartanos) • simples e maciça. • Os fustes das colunas eram grossos e firmavam-‐se diretamente no es-lóbata. • Os capitéis, que ficavam no alto dos fustes eram muito simples. • A arquitrave era lisa e sobre ela ficava o friso que era dividido 1. em tríglifos – retângulos com sulcos ver-cais – 2. métopas – retângulos que podiam ser lisos, pintados ou esculpidos em relevo. Arte na Grécia • O Partenon foi edificado em es-lo dórico, mas nos ediccios da Acrópole, foram introduzidas as formas do chamado es-lo jônico. • Ex. Templo Erecteion. Templo do Partenon Templo de Erecteion Cariá-des Templo de Erecteion Arte na Grécia • Uma CariáBde é uma figura feminina esculpida servindo como um suporte de arquitetura tomando o lugar de uma coluna ou um pilar de sustentação com um entablamento na cabeça. • As Cariá-des mais famosas são as que servem de colunas do templo do Erecteion, erigido na Acrópole de Atenas no século V a.C. Arte na Grécia A ordem jônica sugeria: • graciosidade e leveza • era mais ornamentada que a dórica. • As colunas apresentavam fustes mais delgados e que não se firmavam diretamente sobre a es-lobata, mas sobre uma base decorada. • Os capitéis eram ornamentados • e a arquitrave, dividida em três faixas horizontais. • O friso também era dividido em partes ou então decorado por uma faixa esculpida em relevo. • A cornija era mais ornamentada e podia apresentar trabalhos de escultura. Capitel Dórico Capitel Jônico Arte na Grécia • No fim do século V a.C., foi criado o capitel corín-o, que passou a ser muito u-lizado no lugar do capitel jônico, como um modo de variar e enriquecer as colunas dessa ordem. • Os templos gregos eram cobertos por um telhado descendente no sen-do das laterais. Dessa posição do telhado resultava um espaço triangular sobre a cornija, tanto no pór-co de entrada quanto nos fundos. Esse espaço triangular, denominado frontão, era ricamente ornamentado com esculturas. Capitel corín-o Pintura Arte na Grécia • A pintura dos gregos perdeu-‐se quase por completo, uma das razões era que os gregos pintavam sobretudo em painéis de madeira, que não resis-ram ao tempo. • Nossa única pista da beleza da pintura grega está quase toda na decoração de vasos, uma arte essencialmente u-litária. Arte na Grécia A pintura em cerâmica Na Grécia, como em outras civilizações, a pintura apareceu como elemento de decoração da arquitetura. A pintura grega, porém, encontrou também uma forma de realização na arte da cerâmica. Os vasos gregos são conhecidos não só pelo equilíbrio da forma, mas também pela harmonia entre o desenho, as cores e o espaço u-lizado para ornamentação. Arte na Grécia • A princípio, além de servir para rituais religiosos, esses vasos eram usados para armazenar, entre outrascoisas, água, vinho, azeite e manBmentos. À medida que passaram a revelar uma forma equilibrada e um trabalho de pintura harmonioso, tornaram-‐se também objetos args-cos. • As pinturas dos vasos representavam pessoas em suas aBvidade diárias e cenas da mitologia grega. Inicialmente o ar-sta pintava, em negro, a silhueta das figuras. A seguir, gravava o contorno e as marcas interiores com um instrumento pon-agudo, que re-rava a -nta preta, deixando linhas ní-das. Heróis de Homero, Aquiles e Ajax jogando damas. Arte na Grécia • Por volta de 530 a.C, Eugmedes introduziu uma grande mudança na arte de pintar vasos: inverteu o esquema de cores, deixando as figuras na cor natural do barro cozido e pintando o fundo de negro. Teve início a série de figuras vermelhas. O efeito ob-do com essa inversão cromá-ca foi, sobretudo, uma maior vivacidade das figuras. Arte na Grécia • Diferentemente dos métodos egípcios, já não se pensava que tudo o que ele sabia sobre a figura -nha que forçosamente ser mostrado. O ar-sta começou a apreender o que seus olhos realmente viam. • Um pouco antes de 500 a.C. os ar-stas se atreveram pela primeira vez a pintar um pé tal como ele é visto de frente. (A despedida do Guerreiro pé e escudo visto de lado). Arte na Grécia Teatro Arte na Grécia O teatro teve sua origem no século VI a.C., na Grécia, surgindo das festas dionisíacas realizadas em homenagem ao deus Dionísio, deus do vinho, do teatro e da fer-lidade. Essas festas, que eram rituais sagrados, procissões e recitais que duravam dias seguidos, aconteciam uma vez por ano na primavera, períodos em que se fazia a colheita do vinho naquela região. Arte na Grécia Tragédia Do grego "tragoidía" ("tragos" = bode e "oidé" = canto). Canto ao bode é uma manifestação ao deus Dioniso, que se transformava em bode para fugir da perseguição da deusa Hera. Em alguns rituais se sacrificavam esses animais em homenagem ao deus. A tragédia apresentava como principais caracterís-cas o terror e a piedade que despertava no público. Para os autores clássicos, era o mais nobre dos gêneros literários. Arte na Grécia Comédia A origem da comédia é a mesma da tragédia: as festas ao deus Dioniso. A palavra comédia vem do grego "komoidía" ("komos" remete ao sen-do de procissão). Na Grécia havia dois -pos de procissão que eram denominadas "komoi". Numa, os jovens saiam às ruas, fantasiados de animais, batendo de porta em porta pedindo prendas, brincando com os habitantes da cidade. No segundo -po, era celebrada a fer-lidade da natureza. Máscaras do teatro grego – tragédia e comédia Arte na Grécia TEATRO -‐ ARQUITETURA Na Grécia clássica, os teatros eram divididos em três partes bem dis-ntas: 1 -‐ a orquestra, espaço circular onde o coro e os ar-stas representavam ou dançavam; 2 -‐ uma espécie de arquibancada em semicírculo, construída na encosta de uma colina e reservada aos espectadores; 3 -‐ e o palco, onde os atores se preparavam para entrar em cena e eram guardados os cenários e roupas da apresentação. Um exemplo gpico é o teatro de Epidauro. • 55 degraus, divididos em duas ordens e calculados de acordo com uma inclinação perfeita. • acomodava 14 mil espectadores • não havia dis-nção entre os espectadores nobres e pessoas comuns sentavam lado a lado. • famoso por sua acús-ca perfeita. Teatro de Epidauro Teatro de Herodion -‐ Atenas Arte na Grécia • Com o passar do tempo, os atores tornaram-‐se cada vez mais importantes para a ação dramá-ca, e a arquitetura teatral teve de se adaptar a essa nova realidade. Isso pode ser observado na remodelação pela qual passou o Teatro de Priene no século II a.C. Os atores já se apresentavam mais isolados do público e sua ação ganhava destaque. A orquestra deixou de ser um espaço circular completo e o local des-nado aos espectadores tornou-‐se mais concentrado. • A concepção do teatro como um espaço mais compacto e diferente do de Epidauro ganhou força e a-ngiu pleno desenvolvimento um pouco mais tarde, entre os romanos. Teatro de Priene Arte na Grécia • Referências bibliográficas: GOMBRICH, E. H. A história da arte. Rio de Janeiro: 16ª ed. LTC Editora, 2009. PROENÇA, Graça. História da arte. São Paulo: 17ª ed. Á-ca, 2011. hzps://www.hypeness.com.br/2016/07/luz-‐ultravioleta-‐revela-‐cores-‐ originais-‐de-‐estatuas-‐gregas-‐bem-‐diferente-‐do-‐que-‐imaginavamos/ hzps://www.infoescola.com/artes/historia-‐do-‐teatro/ hzps://educacao.uol.com.br/disciplinas/artes/teatro-‐grego-‐ diferencas-‐entre-‐comedia-‐e-‐tragedia.htm
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