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Relações entre Direito e Moral

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TEMPLATE ATIVIDADE DE CAMPO
Ordem 
ATIVIDADE 01.
Título
AS RELAÇÕES ENTRE O DIREITO E A MORAL NO CONTEXTO JUSNATURALISTA E JUSPOSITIVISTA
Descrição 
Essa atividade permitirá que você possa trabalhar com dois conceitos fundamentais o de direito natural e o de direito positivo, identificando-os na base para a concepção e justificação da solução de conflitos ao longo da história da origem do Direito. 
Objetivo
Identificar a justificativa de ordem moral para a origem do direito na concepção Jusnaturalista, vigente na Antiguidade Clássica e nas sociedades confessionais (Estados religiosos) que pode referendar injustiças e, ao mesmo tempo, um Direito totalmente apartado da moral, pode também promover injustiças, como o que a Alemanha de Hitler fez com os judeus.
Competências/habilidades
Nessa atividade os seguintes conhecimentos, habilidades, atitudes e valores estão implicados em seu desenvolvimento:
O aprender a aprender, a reflexão crítica, a autoaprendizagem, a pesquisa, a articulação entre teoria e prática, entre outros.
Desenvolvimento
. Assista ao vídeo indicado abaixo e realize as leituras dos textos que se seguem, para que você consiga realizar as tarefas que lhe são solicitadas como atividade de campo:
O JULGAMENTO DE ANTÍGONA: ENTRE O DIREITO NATURAL E O DIREITO POSITIVO
ASSISTA AO VÍDEO - https://www.youtube.com/watch?v=baGauFAzW3U - Direito e Literatura | Antígona, de Sófocles .
 Esse vídeo dispõe sobre os comentários dos professores Vicente Barreto e Lênio Streck, a respeito da tragédia teatral grega intitulada Antígona, do teatrólogo da Grécia Antiga, Sófocles, que pode se revelar uma boa fonte para se entender o que é o direito natural e o direito positivo.
TEXTOS PARA LEITURA 
1. SOBRE A PEÇA TEATRAL ANTÍGONA
Filhos do rei Édipo que morrera no exílio, Polinice enfrentou o irmão Hetéocles visando ao trono de Tebas. O conflito acabou com os dois se matando e, então, assumiu o poder o tio Creonte, irmão de Jocasta, esposa de Édipo que também morreu anteriormente. Usando de seu poder, Creonte estabeleceu que o corpo de Polinice não receberia as honrarias tradicionais dos funerais, pois este tinha lutado contra a pátria. Já ao irmão, Etéocles, o rei determinou que fossem dadas tais honrarias fúnebres. Além disso, determinou pena de morte a quem desobedecesse às suas ordens.
Entretanto, Antígona, irmã dos herdeiros e protagonista da peça, entendeu que esse procedimento do Tio Creonte, agora rei, era arbitrário, não respeitando as leis naturais mais antigas ou divinas que estabeleciam que todo homem devia ter o seu devido sepultamento. Era crença antiga que os rituais de passagem eram importantes para que a alma não ficasse vagando eternamente sem destino. Com essa preocupação, Antígona preferiu correr o risco da morte para enterrar seu irmão despojado.
“ CREONTE – [...] tiveste a ousadia de desobedecer a essa determinação?
ANTÍGONA – Sim, pois não foi decisão de Zeus; e a Justiça [Diké], a deusa que habita com as divindades subterrâneas, jamais estabeleceu tal decreto entre os humanos; tampouco acredito que tua proclamação tenha legitimidade para conferir a um mortal o poder de infringir as leis divinas [Thémis], nunca escritas, porém irrevogáveis; não existem a partir de ontem, ou de hoje; são eternas, sim! E ninguém pode dizer desde quando vigoram! Decretos como os que proclamaste, eu, que não temo o poder de homem algum, posso violar sem merecer a punição dos deuses! (SÓFOCLES, 2008, p. 96)”.
Devemos perceber que estavam em conflito as leis divinas (Direito Natural), defendidas por Antígona e as leis humanas (Direito Positivo) determinadas pelo arbítrio de Creonte. A finalidade da obra trágica era justamente combater as duas posições extremistas, punindo ambas por não buscarem um acordo e desejarem prevalecer uma sobre a outra. Do lado de Creonte, havia a desobediência das tradições com a criação de uma lei contrária ás tradições. Do lado de Antígona, havia a desobediência das leis de seu país. Foi assim que cada um foi punido ao final, Antígona, por sua desobediência, provocou a morte de mais duas pessoas. Então, ela tornou-se uma heroína dos valores, mas que não gozou de prêmio nenhum. Creonte, por sua ambição e por seu despotismo, perdeu seu filho e sua esposa, evidenciando que devemos pensar sobre a responsabilidade de nossas ações no mundo.
2. JUSNATURALISMO 
 É um modo de conceber e justificar a origem do Direito e o porquê de nos submetermos a ele. Para a concepção jusnaturalista o direito vale caso seja justo e a justeza das normas parte de uma justificativa de ordem moral. Inicialmente vinculada à vontade dos deuses cosmológicos (Antiguidade), havia uma justiça natural, emanada da ordem cósmica, havendo uma ligação profunda entre natureza, justiça e direito; depois vinculada à vontade de Deus (Idade Média) e depois vinculada à vontade da razão humana.
Assim, embora se oriente pela busca de uma justiça eterna e imutável, a doutrina do Jusnaturalismo defende a existência de um direito natural que existe independente da vontade humana, mas cuja finalidade é a promoção da justiça entre os homens. O jusnaturalismo pode ser agrupado nas seguintes categorias: a) O jusnaturalismo cosmológico, vigente na Antiguidade clássica; b) o jusnaturalismo teológico, surgido na Idade Média, tendo como fundamento jurídico a ideia do princípio de um Deus criador (a divina providencia) , do qual emana a harmonia do universo e o homem criado à sua imagem e semelhança. Os princípios imutáveis e universais do direito natural podiam ser sintetizados na fórmula segundo a qual o bem deve ser feito, daí advindo os deveres dos homens para consigo mesmos, para com os outros homens e para com Deus ; c) o jusnaturalismo racionalista, surgido no ambiente do Iluminismo e das revoluções liberais burgueses do século XVII e XVIII, tendo como fundamento a razão humana universal que desponta como um código de ética universal e pressupõe um ser humano único em todo o tempo e em todo espaço. Os iluministas acreditavam, assim, que a racionalidade humana, ao invés da providência divina, poderia ordenar a natureza e vida social.; d) o jusnaturalismo contemporâneo concebido no século XX (pós- Segunda Guerra), que concebe a justiça no plano histórico e social, atentando para as diversas acepções culturais acerca do direito justo. Importante apontar que o Jusnaturalismo acompanha o olhar humanista sobre o direito.
3. POSITIVISMO JURÍDICO
No positivismo jurídico enquadram-se todas as teorias que consideram expressar o direito a vontade do legislador, definindo-o como comando e reduzindo-o ao direito do Estado. Esse positivismo tem sido rotulado de positivismo estatal ou positivismo normativista, por dar preponderância à lei sobre as demais fontes do direito ou ao precedente judicial e por fazer depender o direito do Estado. Para essa versão do positivismo, o direito é identificado com o direito estatal: é o criado ou reconhecido pelo Estado, manifestação, portanto, de sua vontade.
Além disso, faça a leitura dos Planos de Aula 03 e 04 da disciplina e dos seus respectivos slides, que podem ser encontrados no ambiente virtual do SAVA (Sala de Aula Virtual).
ATIVIDADE
O conflito entre o que é justo e o que diz a lei é um tema jamais esgotado pela humanidade, ou seja, de um lado os valores inerentes à natureza humana que compõem uma ordem moral de justiça e de outro as leis escritas, postas pelo Estado. 
Senão vejamos: o direito à vida versus a pena de morte ou mesmo o direito à igualdade humana de um lado e de outro as leis de certos países que impedem o acesso à educação e ao trabalho para meninas e mulheres. O que deve prevalecer? 
Faça uma pesquisa na Internet, relacione com as informações e os textos lidos e responda:
a) Qual deve ser a relação entre o direito e a moral?
b) Que países que possuem pena de morte?
c) O Brasil já teve pena de morte? Por que não tem mais?
d) Existem países que impedem o acesso à educação e ao trabalho para meninas e mulheres? Em caso positivo, quais são e qual o motivo para tal?Sugestão de sites a serem consultados: 
https://anistia.org.br/noticias/pena-de-morte-em-2018-fatos-e-numeros/
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2016/04/04/ha-140-anos-a-ultima-pena-de-morte-do-brasil
https://epocanegocios.globo.com/Brasil/noticia/2018/06/104-paises-proibem-mulher-por-lei-de-fazer-alguma-coisa-e-o-brasil-esta-no-grupo.html
https://www.politize.com.br/7-direitos-das-mulheres-negados-no-mundo/
Produto/Resultado
Suas respostas devem ser colocadas numa folha de papel almaço e feitas à mão, para serem entregues ao seu professor na data de sua avaliação AV1.

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