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FARESI FACULDADE DA REGIÃO SISALEIRA
BACHARELADO EM DIREITO
MOISÉS OLIVEIRA PINTO
Sistema multiportas de Solução de Conflitos (Multi-door Courthouse system). 
Conceição do Coité-Ba
2020
MOISÉS OLIVEIRA PINTO
Sistema multiportas de Solução de Conflitos (Multi-door Courthouse system). 
Conceição do Coité-Ba
2020 
 
Sistema multiportas de Solução de Conflitos (Multi-door Courthouse system). 
 
 
                                             Dissertação 
 
Entende-se por sistema multiportas de resolução de conflitos, sendo a incorporação de sistemas facultativos de solução de contendas pelo poder judiciário e ganhou ênfase com o novo código do processo civil. O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos, através da conciliação, da mediação e de outros métodos, os quais deverão ser estimulados por todos – juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial. 
 
Este novo modelo de regra processual vem garantir um novo sistema multiportas na busca da pacificação dos conflitos a fim de que outros meios alternativos ao Poder Judiciário, como a mediação e a conciliação, visando sempre a busca pelos operadores do direito, antes se instaurar uma demanda que verse sobre direitos transigíveis. Dessa forma pode se perceber que, esses métodos por serem auto compositivos, devolvem as partes o poder de diálogo para que se possa chegar a um entendimento, sem precisar de um terceiro imparcial. Este novo modelo veio diferenciar-se da arbitragem, outro método também alternativo ao Poder Judiciário, mas que, assim como a jurisdição estatal. Contudo, este processo tem se mostrado cada vez mais ineficiente, ressurgindo o interesse pelas chamadas vias alternativas, capazes de encurtar ou evitar o processo judicial, num movimento de retorno aos métodos consensuais de solução de conflitos praticados pelos povos antigos, na tentativa de se devolver às pessoas a capacidade de resolverem seus próprios problemas. 
 
E para que os conflitos sejam pacificados de outra maneira, principalmente através da mediação e da conciliação, é que surge no art. 167 do novo CPC a grande novidade: a criação de câmaras privadas de mediação e conciliação, empresas devidamente capacitadas e habilitadas que, juntamente com os mediadores e conciliadores, poderão atuar na pacificação dos conflitos em caráter judicial e extrajudicial, ou seja, em demandas já instauradas perante o Poder Judiciário. 
 
 
 
 
Se o procedimento é instaurado na câmara antes da abertura do processo judicial e havendo previsão de cláusula contratual elegendo a mediação como meio de solucionar eventuais controvérsias, a parte que não comparecer à primeira reunião sofrerá a assunção de 50% das custas e honorários sucumbenciais, caso não se realize acordo posteriormente e haja instauração de procedimento arbitral ou judicial, ainda que venha a ser vencedora. 
 
Por outro lado, uma vez instaurado o processo diretamente perante o Poder Judiciário, o novo Código estabelece que o primeiro ato, em regra, será a realização da audiência de mediação e conciliação, e não mais a contestação, como acontecia na égide do anterior. O não comparecimento injustificado das partes acarretará multa de até 2% sobre o valor econômico em jogo, além da mesma penalidade imposta para os casos extrajudiciais (assunção de 50% dos honorários e custas processuais), mesmo que seja vencedor. Com isso, o novo CPC reconhece de modo incontestável a importância das soluções consensuais, impondo uma verdadeira mudança de postura dos operadores do direito, principalmente dos advogados. 
 
Outra grande novidade trazida pelo novo Código, complementado pela lei 13.140/15, é a penalidade pelo não comparecimento injustificado da parte ao ato designado para esta finalidade, diferindo-se do Código anterior que, timidamente, apenas sugeria a tentativa de conciliação. Agora a regra é a obrigatoriedade das partes em buscarem a solução consensual, sob pena de terem que suportar os ônus pela recalcitrância. 
 
Em qualquer caso, o termo final de acordo constituí título executivo extrajudicial, e quando homologado judicialmente, título executivo judicial. Isso quer dizer que, caso não seja cumprido, poderá ser exigido judicialmente através do célere procedimento denominado "cumprimento de sentença", sem a necessidade da longa e demorada "fase de conhecimento" para resolver a questão já pacificada pela mediação, indo direto para a expropriação de bens do devedor ou para outras medidas específicas, a depender do caso, inclusive podendo ser fixada multa diária pelo descumprimento, bem como poderá ser levado a protesto. 
 
É preciso para um bom funcionamento das câmaras privadas futuramentes, que sejam resolvidas primeiramente, por parte dos tribunais da capacitação rigorosa e da reciclagem frequente de conciliadores e mediadores do acompanhamento e avaliação correta do seu desempenho para correção de rumos, não sendo suficiente por sí só a previsão normativa para sua verdadeira inclusão nas praticas jurídicas.

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