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<p>Conciliação e mediação</p><p>A conciliação e a mediação como métodos adequados de solução de conflitos.</p><p>Prof. Adriano Moura da Fonseca Pinto</p><p>1. Itens iniciais</p><p>Propósito</p><p>Compreender a teoria e a prática da conciliação e mediação, que são os dois métodos adequados de solução</p><p>de conflitos mais trabalhados no âmbito do sistema de justiça no Brasil, tendo em vista ainda que ambos são</p><p>cotidianamente explorados no espaço judicial e extrajudicial com iniciativas que partem do Poder Público, dos</p><p>próprios interessados e ou de seus representantes jurídicos.</p><p>Preparação</p><p>Antes de iniciar o estudo do presente conteúdo, tenha em mãos o Código de Processo Civil, a Constituição</p><p>Federal e a Lei 13140/2015.</p><p>Objetivos</p><p>Reconhecer a conciliação e suas características como o método mais antigo em operação no sistema</p><p>de justiça brasileiro.</p><p>Analisar a mediação e suas espécies aplicáveis no cenário do tratamento de conflitos no Brasil.</p><p>Distinguir os procedimentos de mediação e suas respectivas práticas.</p><p>Introdução</p><p>Os conflitos fazem parte de nossa existência e não vão desaparecer da face da Terra. A afirmação acima pode</p><p>parecer pessimista ou desanimadora, mas é a pura verdade em se tratando das relações sociais às quais o ser</p><p>humano, demais seres vivos e o meio ambiente como um todo estão sujeitos. A sujeição do ser humano às</p><p>reações da natureza e de outros seres vivos é imprevisível e incontrolável. O fato é que o tratamento dado e</p><p>regulado pelos Estados às suas próprias relações e às relações de seus cidadãos e organizações está ainda</p><p>afastado de tal desejo.</p><p>É justamente no campo do tratamento dos conflitos que o estudo da conciliação e da mediação tem um</p><p>importante significado histórico e cultural para um determinado povo, coletivo de indivíduos e as pessoas</p><p>naturais e jurídicas propriamente ditas. É por tais meios que a sociedade e o estado podem dar um tratamento</p><p>mais adequado a certos conflitos, estejam eles judicializados ou não.</p><p>Neste conteúdo, entenderemos os métodos da Conciliação e Mediação com suas características, aplicações,</p><p>procedimentos e as respectivas competências e habilidades necessárias à sua prática por aqueles que</p><p>navegam, orbitam nos espaços públicos e privados de solução de conflitos.</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>1. A conciliação e suas características</p><p>Ligando os pontos</p><p>Questão 1</p><p>Considerando o caso narrado, assinale a alternativa correta sobre a obrigatoriedade de as partes</p><p>comparecerem à audiência de conciliação:</p><p>A</p><p>Miriam não deve comparecer à audiência de conciliação, pois suspeita que Rafael não irá comparecer, de</p><p>modo que sua presença na referida audiência seria desnecessária.</p><p>B</p><p>Rafael não precisa comparecer à audiência de conciliação, pois já manifestou seu desinteresse na petição</p><p>inicial.</p><p>C</p><p>Rafael deve comparecer à audiência de conciliação, sob pena de ter seu processo extinto sem resolução do</p><p>mérito, por falta de interesse de agir.</p><p>D</p><p>Rafael e Miriam não precisam comparecer à audiência de conciliação, ainda que o juiz da causa tenha</p><p>designado dia, hora e local para sua realização.</p><p>E</p><p>Rafael deve comparecer à audiência de conciliação e, caso, de forma injustificada, não compareça, será</p><p>sancionado com multa, tendo em vista que tal ato é considerado atentatório à dignidade da justiça.</p><p>Questão 2</p><p>Na hipótese de realizada a audiência de conciliação determinada, e entendendo o juiz e as partes que será</p><p>preciso a realização de mais uma audiência para celebração de acordo, assinale a alternativa correta:</p><p>A</p><p>a intimação de Rafael para comparecer à próxima audiência de conciliação deverá ser feita pessoalmente, por</p><p>meio de Oficial de Justiça, que o intimará em sua residência.</p><p>B</p><p>a segunda audiência de conciliação somente pode ser realizada presencialmente no Tribunal, tendo em vista</p><p>que o Código vigente veda a realização por meio eletrônico.</p><p>C</p><p>alcançada a autocomposição e reduzida a termo, não há necessidade de homologação por sentença.</p><p>D</p><p>na segunda audiência designada, se for de seu interesse, Rafael e Miriam podem constituir representante, por</p><p>meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir.</p><p>E</p><p>Rafael e Miriam podem comparecer à segunda audiência designada desacompanhados de advogado ou</p><p>defensor público.</p><p>Questão 3</p><p>Indique e explique ao menos três princípios norteadores da conciliação previstos no Código de Processo</p><p>vigente.</p><p>Atividade Discursiva</p><p>Indique e explique ao menos três princípios norteadores da conciliação previstos no Código de Processo</p><p>vigente.</p><p>Chave de resposta</p><p>Você deve saber que, nos termos do art. 166 do CPC, a conciliação e a mediação são informadas pelos</p><p>princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da</p><p>oralidade, da informalidade e da decisão informada.</p><p>Explica-se, brevemente, a informalidade, a decisão informada e a oralidade.</p><p>A informalidade representa a ideia de que a conciliação pode ser buscada e executada no âmbito da livre e</p><p>informal manifestação e intenção das partes. Em qualquer fase de processo judicial e mesmo antes ou</p><p>depois, as partes podem exercer a conciliação.</p><p>A decisão informada, por sua vez, determina que o conciliador deve manter as partes informadas de todos</p><p>os seus direitos e deveres em sessões e ou tratativas de conciliação. Nenhum jurisdicionado ou candidato</p><p>à conciliação deve ser surpreendido.</p><p>A oralidade, por fim, representa a importância da comunicação feita de forma oral entre as partes no</p><p>procedimento de conciliação, ou entre as partes e o conciliador. Tal comunicação, portanto, feita de forma</p><p>oral, prevalece sobre a modalidade escrita.</p><p>Evolução histórica da conciliação</p><p>Do Império, início da República até os nossos dias</p><p>Você já ouvir falar no “Gabinete da Conciliação”? Tem recordação de algo que tenha lido a respeito do Império</p><p>do Brazil, em especial ao período do Segundo Reinado? Pois bem, iniciamos aqui dividindo com você que a</p><p>ideia de conciliar não é, necessariamente, nova e já povoava os espaços públicos e privados do Brasil há muito</p><p>tempo.</p><p>Considerando os objetivos traçados, vamos nos reportar ao período contido desde a formação do Império do</p><p>Brasil em 1822, o surgimento da Constituição Imperial em 1824 e a realidade social, política e jurídica no Brasil</p><p>desde então.</p><p>A conciliação não é uma ideia nova e já tem bastante tempo na história de nossos espaços</p><p>judiciários.</p><p>Capa do Projeto, pertencente ao acervo do Arquivo</p><p>Nacional.</p><p>À época do Império do Brazil, a Constituição Imperial de</p><p>1824 consagrou em seu texto uma importante prática já</p><p>trabalhada, muito no campo das relações sociais da política,</p><p>religião e economia, qual seja a de se tentar por meio de</p><p>conversas e tratativas a conciliação de interesses antes</p><p>tidos como contrários, no todo ou em parte.</p><p>É claro que você já percebeu que as relações políticas não</p><p>largaram o uso da conciliação, haja vista a capacidade</p><p>subjetiva das pessoas envolvidas no campo de determinado</p><p>espaço político conciliar interesses materiais outrora em pé</p><p>de guerra.</p><p>Mas, vamos lá voltar à Constituição do Império:</p><p>Art. 160. Nas civeis, e nas penaes civilmente intentadas, poderão as Partes nomear Juizes Arbitros.</p><p>Suas Sentenças serão executadas sem recurso, se assim o convencionarem as mesmas Partes.</p><p>Esse primeiro sinal diz respeito não necessariamente à adoção da conciliação como um método isolado. Ao</p><p>contrário, conciliar ou arbitrar poderiam ser alternativas a serem demandadas no curso do processo judicial,</p><p>ainda que a autoridade judiciária fosse mantida como sendo a última palavra a solucionar o conflito, na</p><p>ausência de um consenso entre as partes envolvidas.</p><p>Os aspectos processuais permissivos à conciliação e no caso também a ideia de uma arbitragem estavam</p><p>explicitados para quem quisesse ou pudesse usufruir, evitando, assim, a sentença estranha do Juiz. O próprio</p><p>espaço do processo judicial já dava brechas e reconhecia a capacidade das pessoas, seus advogados ou</p><p>terceiros com influência em face deles, propor soluções mais benéficas ao conflito.</p><p>E como a norma jurídica não cai necessariamente do céu, pode-se</p><p>afirmar que a inserção do referido texto</p><p>reflete a ideia de que tal prática social não era estranha ao modo de vida social e político vigente. Em especial,</p><p>considerando como a carta constitucional de 1824 chega e começa a produzir efeitos jurídicos, mas do que</p><p>nunca a conciliação já era conhecida.</p><p>Mas, nos artigos 161 e 162 da Constituição Imperial, encontramos a referência, digamos, primária, à solução</p><p>de conflitos por métodos (hoje chamados de mais adequados) diferenciados de solução de conflitos, inclusive</p><p>com a indicação de quem, por previsão constitucional, estaria à disposição para buscar a solução do conflito.</p><p>Com ressalvas à grafia e termos da época:</p><p>Art. 161. Sem se fazer constar, que se tem intentado o meio da</p><p>reconciliação, não se começará Processo algum.Art. 162. Para este fim</p><p>haverá Juízes de Paz, os quaes serão electivos pelo mesmo tempo, e</p><p>maneira, porque se elegem os Vereadores das Camaras. Suas attribuições,</p><p>e Districtos serão regulados por Lei.</p><p>(artigos 161 e 162 da Constituição Imperial)</p><p>Nasce, formalmente, em nosso primeiro texto jurídico de relevo no Brasil, um verdadeiro pressuposto de</p><p>formação de um processo judicial. O Poder Judicial somente daria continuidade ao exercício da ação quando</p><p>restasse comprovada a tentativa da conciliação.</p><p>Na prática, o art. 161 da Constituição Imperial de 1824 significava que o acesso à Justiça das pessoas era</p><p>condicionado, reforçando a afirmação acima de que a prática de se buscar a conciliação (se pensamos em</p><p>tempo presente) ou a reconciliação (se pensarmos em tempo passado).</p><p>D. Pedro II.</p><p>Portanto, ainda que esse não fosse um protocolo de como realizar a conciliação no processo, é o nosso</p><p>marco, enquanto Brasil, de que a conciliação era reconhecida como um método a ser aplicado no tratamento</p><p>dos conflitos.</p><p>Aliás, voltando à história política do Império,</p><p>tivemos a criação do Ministério da Conciliação,</p><p>que colocava em prática o método no campo</p><p>dos entendimentos ou desentendimentos</p><p>políticos do país, em especial pelo período das</p><p>regências de D. Pedro II e a chegada ao</p><p>Segundo Reinado. Conciliar não era exclusivo</p><p>dos juízes e tribunais, era um método (na época</p><p>mais uma prática) já reconhecida por</p><p>importantes segmentos sociais.</p><p>E com a República, há exemplos de</p><p>conciliação?</p><p>Sim! Mais do que nunca! A transição para o período republicano brasileiro foi uma articulação construída por</p><p>importante segmento político e econômico, e negociado antes, durante e depois. Quem não se lembra do</p><p>período da “República do Café com Leite”, quando se alternavam no poder importantes grupos e figuras? Era,</p><p>mais uma vez no campo da política, a ideia à época do conciliar.</p><p>Conciliação nos dias hodiernos</p><p>Características da conciliação</p><p>Neste vídeo, o professor explica as características da conciliação, que a tornam um método adequado de</p><p>solução de controvérsias.</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Características</p><p>Voltando ao direito processual, podemos dizer que o Código de Processo Civil de 1939 adormeceu</p><p>formalmente a ideia da conciliação, sem prejuízo, por óbvio, de as partes realizarem acordos e finalizarem as</p><p>suas disputas, antes durante e mesmo após o processo judicial.</p><p>A Consolidação das Leis do Trabalho também prevê, desde 1943, momentos estratégicos e variados para que</p><p>alguma modalidade de conciliação possa existir, como nos artigos 746, 831 e 850. Mais recentemente, a</p><p>Justiça de Trabalho tem tido resultados espetaculares, como os números de conciliação antes, durante e,</p><p>mesmo em execução de sentenças e outros títulos.</p><p>Comentário</p><p>Se o Código de Processo Civil de 1939 esnobou a potencialidade da conciliação, no sucessor de 1973,</p><p>que perdurou até os meses iniciais de 2016, a conciliação volta a ser festejada em diversos dispositivos,</p><p>como os artigos 125, 277 e 448 de forma expressa, sem prejuízo de outras anotações indiretas.</p><p>Ainda que tenha sido formalmente valorizada, a conciliação ganha fôlego renovado com a chegada aos anos</p><p>1980 e 1990, respectivamente com leis especiais que tratavam dos juizados especiais de pequenas causas e,</p><p>11 anos depois, dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, definitivamente integrando a etapa e o ato de</p><p>conciliar como parte integrante da ritualística processual no Brasil.</p><p>A chegada da Emenda Constitucional 45/2004 e, na sequência, a atuação do Conselho Nacional de Justiça,</p><p>com a Resolução CNJ 125/2010, bem como o incremento das políticas dos Juizados Especiais Federais e</p><p>Juizados Especiais Fazendários em 2001 e 2009 culminaram com uma consagração da potencialidade da</p><p>conciliação como método e ocorrência adequada ao tratamento dos conflitos no Brasil.</p><p>Com todo o lastro concebido e sedimentado, coube ao Código de Processo Civil de 2015 consolidar o status</p><p>da consensualidade, em especial pela conciliação e mediação, que ganha ênfase normativa, valorizando, entre</p><p>outras normas, a Resolução CNJ 125/2010, que institui uma política pública nacional de tratamento dos</p><p>conflitos, destacando o Poder Judiciário como um grande mentor e executor de tal política.</p><p>Assim é que a conciliação vem atravessando séculos e se mantendo como o mais antigo e, quantitativamente</p><p>falando, o meio adequado de solução de conflitos mais trabalhado no Brasil.</p><p>Vamos conhecer as características ou os princípios da conciliação, assim definidos pelo Código de Processo</p><p>Civil de 2015, em seu art. 166 e considerados como explícitos:</p><p>Independência</p><p>Há uma autonomia das atitudes tomadas em prol da consensualidade e que não se confundem com a</p><p>implicação simples e objetiva na prática, invalidação ou validação de qualquer ato processual.</p><p>Autonomia de vontade das partes</p><p>O exercício da consensualidade reflete a livre manifestação de vontade das partes, empoderando o</p><p>cidadão que produz ele mesmo o resultado do desfecho do acordo no processo judicial.</p><p>Confidencialidade</p><p>Com exceção de casos previstos em outras normas jurídicas competentes para tal, a</p><p>confidencialidade garante o livre exercício da conversação franca, da troca de opiniões em prol de</p><p>uma solução prática equivalente ao mais próximo da satisfação das partes.</p><p>Oralidade da prática</p><p>Sem prejuízo de manifestações iniciadas e até memos finalizadas por petição escrita, a maioria</p><p>esmagadora dos casos de conciliação envolve a oralidade direta e indiretamente com um terceiro, no</p><p>papel capacitado de conciliador.</p><p>Informalidade</p><p>Ainda que com momentos formais previstos em leis gerais e especiais, a conciliação pode ser</p><p>buscada e executada no âmbito da livre e informal manifestação e intenção das partes. Em qualquer</p><p>fase de processo judicial, e mesmo antes ou depois, as partes podem exercer a conciliação.</p><p>Decisão informada</p><p>Prevê que o conciliador deve manter as partes informadas de todos os seus direitos e deveres em</p><p>sessões e ou tratativas de conciliação. Está previsto no caput do art. 166 do Código de Processo Civil.</p><p>Nenhum jurisdicionado ou candidato à conciliação deve ser surpreendido.</p><p>Não vinculação pretérita</p><p>Ainda que não esteja presente diretamente em todos os ramos do direito e da justiça, ou mesmo seja</p><p>um impeditivo, as relações jurídicas com predomínio a uma maior pretensão de conciliação têm como</p><p>característica a não existência de relacionamento de qualquer natureza entre as partes. O Código de</p><p>Processo Civil faz a ressalva, mas deixa claro o caráter relativo da predisposição.</p><p>Como se pode ver, a Conciliação é entendida</p><p>pelo legislador como um método que pode</p><p>colaborar no tratamento de conflitos mais</p><p>simples, assim entendidos com relações</p><p>jurídicas mais objetivas, predominantemente de</p><p>direito e preferencialmente sem que haja</p><p>envolvimento pretérito dos envolvidos.</p><p>Assim, se você olhar agora para os movimentos</p><p>de conciliação nas relações de consumo, nos</p><p>juizados especiais, nas relações de trabalho,</p><p>perceberá as razões do maior direcionamento</p><p>da Conciliação nestes casos. Viu, tudo tem uma razão de ser!</p><p>Saiba mais</p><p>Atualmente, há a previsão legal dos CEJUSC em cada fórum, e eles são responsáveis por tentar realizar</p><p>a conciliação para inibir ou encerrar</p><p>processos já iniciados. Confira você mesmo na matéria CEJUSC-</p><p>CAP de primeiro grau amplia apoio a varas do trabalho, publicado em 2018 no site do TRT da 1ª Região.</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>A conciliação na história do Brasil</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>O papel do CNJ no incremento da conciliação</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>Questão 1</p><p>A conciliação está disponível em vários ritos e leis processuais. Ela não é restrita ao direito processual civil e</p><p>pode ser utilizada no processo do trabalho também. Aliás, segundo o CNJ, os números da conciliação</p><p>trabalhista são, em regra, acima da média da conciliação nas demais áreas do direito. A respeito de tal</p><p>afirmação acima, é correto afirmar que</p><p>A</p><p>o acesso à justiça do trabalho é mais efetivo, pois a conciliação é obrigatória.</p><p>B</p><p>o acesso à justiça não trabalhista é menos efetivo, pois a conciliação não é obrigatória.</p><p>C</p><p>a conciliação é um método mais adequado às relações jurídicas sem vinculação ou continuação de relações</p><p>prévias, gerando um distanciamento fático que favorece, em regra, maior aceitação e incidência de acordos,</p><p>como ocorre com os contratos de trabalho já finalizados.</p><p>D</p><p>a conciliação é um método bem adequado às relações jurídicas continuadas, em andamento e que mantêm</p><p>altas doses de diálogos entre as partes.</p><p>E</p><p>os números do CNJ não têm grande repercussão, pois existe um número muito grande de empregados que</p><p>não chegam à Justiça do Trabalho.</p><p>A alternativa C está correta.</p><p>A conciliação é um método preferencialmente mais adequado aos casos em que as partes não têm relação</p><p>ou vínculo jurídico prévio ou continuado, nos termos do art. 165, § 2º do CPC. Tal disposição não tem</p><p>caráter absoluto.</p><p>Questão 2</p><p>Nos dias atuais, tanto a Resolução CNJ nº 125/2010 como o CPC/2015 buscam fomentar, a todo o momento, a</p><p>busca por soluções consensuais nos casos que chegam formalmente ao Poder Judiciário. A respeito da</p><p>afirmação acima, é correto afirmar que</p><p>A</p><p>o princípio da inafastabilidade do Poder Judiciário não impede uma maior incidência da conciliação judicial.</p><p>B</p><p>o direito de acesso à justiça está mitigado, pois agora todos tentam forçar uma conciliação prévia no CEJUSC</p><p>ou mesmo em plataformas digitais.</p><p>C</p><p>o acesso aos meios adequados de solução de conflitos não implica automaticamente em renúncia ao princípio</p><p>da inafastabilidade do poder judiciário.</p><p>D</p><p>o acesso à conciliação, como método adequado de solução de conflitos era previsto antes da Resolução CNJ</p><p>125/2010.</p><p>E</p><p>os interessados na conciliação devem expressamente assim se manifestar na petição de contestação e</p><p>apelação, sob pena de preclusão temporal do direito de buscar um acordo.</p><p>A alternativa D está correta.</p><p>Como foi visto no conteúdo, a conciliação é uma prática já constituída em nosso cenário jurídico desde à</p><p>época do Império. Entretanto, não podemos deixar de afirmar que a EC 45/04, em conjunto com a</p><p>Resolução CNJ 125/2010, sacramentou a conciliação como método adequado de resolução do litígio, não</p><p>sendo mais apenas um método alternativo.</p><p>2. Mediação: visão normativa e espécies aplicáveis ao tratamento de conflitos no Brasil</p><p>Ligando os pontos</p><p>Questão 1</p><p>Ao pactuar cláusula de mediação extrajudicial prévia ao ajuizamento de ação judicial, é correto afirmar que</p><p>A</p><p>a mediação poderá somente versar sobre todo o conflito, e não apenas sobre parte dele.</p><p>B</p><p>a mediação não pode envolver direitos indisponíveis, ainda que admitam transação.</p><p>C</p><p>a mediação é orientada pela formalidade, e seu trâmite ocorre de forma pública, com pleno acesso por</p><p>terceiros.</p><p>D</p><p>a cláusula de mediação exige que as partes compareçam à primeira reunião de mediação.</p><p>E</p><p>a cláusula de mediação exige que as partes permaneçam em procedimento de mediação por, ao menos, três</p><p>meses.</p><p>Questão 2</p><p>Assinale a alternativa correta sobre a consequência processual do não comparecimento da parte à sessão de</p><p>mediação.</p><p>A</p><p>Por se tratar de procedimento voluntário, norteado pelo princípio da autonomia da vontade, a empresa Y tinha</p><p>o direito de recusar o convite para a sessão de mediação, sem qualquer ônus.</p><p>B</p><p>O princípio da autonomia da vontade não afasta o dever da empresa Y de comparecer à primeira sessão de</p><p>mediação, mas a aplicação de penalidade depende de previsão específica na cláusula que estabeleceu a</p><p>mediação extrajudicial prévia.</p><p>C</p><p>O não comparecimento da empresa Y à primeira reunião de mediação acarretará a assunção por parte desta</p><p>de cinquenta por cento das custas e honorários sucumbenciais caso venha a ser vencedora no processo</p><p>judicial posterior, que envolva o escopo da mediação para a qual foi convidada.</p><p>D</p><p>O não comparecimento da empresa Y à primeira reunião de mediação acarretará a extinção do processo</p><p>judicial ajuizado por falta de interesse de agir.</p><p>E</p><p>Considerando que o convite para sessão de mediação foi feito via e-mail, a empresa Y tem autorização para</p><p>não comparecer à referida sessão, que exige convite solene por meio de carta correspondência.</p><p>Questão 3</p><p>Caso fosse realizada a sessão de mediação extrajudicial entre a empresa X e Y, indique qual seria a função</p><p>desempenhada pelo mediador extrajudicial e quais as condições exigidas por lei para exercer tal função.</p><p>Atividade Discursiva</p><p>Caso fosse realizada a sessão de mediação extrajudicial entre a empresa X e Y, indique qual seria a função</p><p>desempenhada pelo mediador extrajudicial e quais as condições exigidas por lei para exercer tal função.</p><p>Chave de resposta</p><p>Você deve saber que o mediador será responsável por auxiliar as empresas X e Y a compreender as</p><p>questões e interesses em conflito, de modo que possam, pelo restabelecimento da comunicação,</p><p>identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios mútuos (art. 165, §3º, do CPC).</p><p>Ademais, pode funcionar como mediador extrajudicial qualquer pessoa capaz que tenha a confiança das</p><p>partes e seja capacitada para fazer mediação, independentemente de integrar qualquer tipo de conselho,</p><p>entidade de classe ou associação, ou nele inscrever-se (art. 9º da Lei de Mediação).</p><p>A mediação</p><p>Visão normativa no Brasil</p><p>O que é a mediação?</p><p>Neste vídeo, o professor discorre sobre o que é a mediação e suas principais características.</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>O segundo método adequado de solução de conflitos mais utilizado no Brasil é a mediação, assim entendida</p><p>como define o art. 1º da Lei 13140/2015:</p><p>Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a mediação como meio de solução de controvérsias entre particulares e</p><p>sobre a autocomposição de conflitos no âmbito da administração pública. Parágrafo único. Considera-se</p><p>mediação a atividade técnica exercida por terceiro imparcial sem poder decisório, que, escolhido ou</p><p>aceito pelas partes, as auxilia e estimula a identificar ou desenvolver soluções consensuais para a</p><p>controvérsia.</p><p>(Lei 13140/2015)</p><p>Trata-se de um meio capaz de ser aplicado em casos simples ou complexos, via de regra, quando a</p><p>vinculação anterior entre as partes tiver a potencialidade de dificultar a consensualidade mais direta entre as</p><p>partes, os mediandos. A mediação pressupõe a comunicação entre os envolvidos para de chegar a uma</p><p>solução consensual.</p><p>Em um primeiro momento, a Mediação tem uma ideia de muita proximidade com a Conciliação, e tal percepção</p><p>não deixa de ter suas razões de ser. Aliás, do ponto de vista principiológico, a similitude é maior ainda, como</p><p>se confirmará. No entanto, algumas diferenças devem ser reconhecidas no campo formal e material, conforme</p><p>você pode acompanhar na tabela a seguir:</p><p>Mediação Conciliação</p><p>Tem um ingresso no sistema de justiça brasileiro em</p><p>momento mais tardio, impulsionada pela Resolução</p><p>CNJ 125/2010 e, posteriormente, com uma lei própria, a</p><p>Lei 13.140/2015, além da chegada do Código de</p><p>Processo Civil de 2015. Ela é inserida no ordenamento</p><p>jurídico brasileiro com uma maior autonomia e</p><p>independência;</p><p>É uma velha companheira do direito processual</p><p>brasileiro no Império e, se formos à ideia</p><p>colonial, desde as Ordenações Manuelinas;</p><p>Tem técnicas e protocolos mais complexos do que a</p><p>Conciliação, sem que isso, por si só, a torne melhor ou</p><p>pior. Não se trata de uma qualificação valorativa, mas</p><p>sim de uma percepção da maior extensão ou</p><p>complexidade de uma se comparado à outra;</p><p>Embora tenha também capacitação e técnicas</p><p>mais simplificadas, pois há uma maior</p><p>interatividade explícita com as partes</p><p>envolvidas, tem o foco voltado para uma</p><p>solução mais pontual, e não para a resolução de</p><p>uma cadeia de conflitos;</p><p>Tem uma maior amplitude de opções de atuação de</p><p>acordo com a especificidade dos conflitos e seus</p><p>espaços de resolução, por exemplo, as relações de</p><p>família e respectivos direitos de família, empresarial etc.</p><p>Tem uma proposição mais macro, menos</p><p>especificada e que permite uma boa atuação em</p><p>vários ramos ou áreas do direito em causas</p><p>tidas, nos termos da Lei 9099/95, como menos</p><p>complexas, assim entendidas como aquelas</p><p>mais diretas e limitadas à quantia de 40</p><p>salários-mínimos.</p><p>Espécies de mediação: conflitos e suas aplicações</p><p>Antes de adentrar no tópico, é importante frisar que, ao se tratar aqui da nomenclatura de “espécies”, estamo-</p><p>nos referindo às possíveis atuações de mediadores mais ou menos especializados em cada uma das áreas do</p><p>Direito, que têm comportado bem a recepção da mediação como um meio mais adequado de, possivelmente,</p><p>tratar os conflitos, e não necessariamente em modelos técnicos de mediação em si.</p><p>Feita a ressalva e, voltando à legislação brasileira, é possível encontrarmos espécies ou classificações da</p><p>mediação com base no direito de fundo aplicado. Assim, vamos agora analisar, partindo da Lei 13.105/2015 e</p><p>Lei 13.140/2015, as possibilidades da mediação.</p><p>Na sequência, vamos analisar outras normas jurídicas permissivas e de interesse temático diferenciado,</p><p>esclarecendo que tal divisão é muito mais fruto da tipicidade e fatiamento tradicional dos sistemas de direitos</p><p>e de justiça que vigoram no Brasil.</p><p>A mediação e o Código de Processo Civil</p><p>Classificações</p><p>Partindo do referencial teórico normativo da Lei 13.105/2015, que instituiu o então Novo Código de Processo</p><p>Civil, encontramos uma previsão principiológica nas Normas Fundamentais e, depois, na menção expressa à</p><p>possibilidade da mediação como meio adequado para tratamento dos temas de competência da jurisdição</p><p>civil, o que tem permitido a recorrência de especializações na mediação nos seguintes seguimentos:</p><p>Mediação em Direito Privado</p><p>Casos que abrangem o Direito Privado como um todo, regra geral,</p><p>envolvendo desde os direitos sobre estado da pessoa, personalidade,</p><p>obrigações e contratos cíveis em geral, envolvendo ainda o Direito</p><p>Consumerista, ainda que neste caso a incidência da Conciliação seja</p><p>mais efetiva, considerando vantagens preexistentes na ritualística</p><p>processual e a menor complexidade dos conflitos.</p><p>Perfil do Mediador: predomínio de formação mais generalista, com</p><p>profissionais do próprio Direito e formação complementar de mediação.</p><p>Mediação em Direito Empresarial</p><p>São casos mais especializados e que exigem dos mediadores uma</p><p>formação mais focada nas relações de produção, comercialização,</p><p>relação com investidores, regulação e relações societárias. Veja que,</p><p>mesmo dentro do Direito Empresarial, é grande o leque de</p><p>especializações possíveis. Grande concorrência também com a</p><p>Negociação, considerando as amplitudes permitidas por este importante</p><p>meio adequado de solução de conflitos.</p><p>Perfil do Mediador: predomínio de profissionais de outras áreas de</p><p>gestão, controladoria com formação complementar em Direito e cursos</p><p>de mediação.</p><p>Mediação em Direito de Família</p><p>São casos com alto nível de especialização dos mediadores,</p><p>considerando a complexidade relacional.</p><p>Perfil do Mediador: predomínio de formação em Psicologia, Assistência</p><p>Social e Direito. Formação específica também dos mediadores. Estudo de</p><p>conflitos de larga e complexa intensidade, considerando os elos</p><p>formados em relações jurídicas em família.</p><p>Mediação em Conflitos com a Administração Pública</p><p>São casos com excelente novidade generalista introduzida não só pelo</p><p>Código de Processo Civil, mas também com a Lei de Mediação e que</p><p>versa sobre a possiblidade mais larga de pactos de consensualidade com</p><p>a Administração Pública, ampliando, por exemplo, a atuação já prevista</p><p>pelos Juizados Fazendários no âmbito da Administração Estadual.</p><p>Perfil do Mediador: altamente especializado e com formação</p><p>predominante no Direito e ou Gestão Pública.</p><p>Mediação em Direito Imobiliário</p><p>São casos focados em direitos reais de propriedade, predominantemente</p><p>de propriedade imobiliária no contexto do acesso à terra e moradia no</p><p>Brasil. Conflitos que podem envolver comunidades e grupos coletivos</p><p>específicos, tais como índios, negros e outras coletividades sociais.</p><p>Abrange regularização fundiária.</p><p>Perfil do Mediador: formação primária predominantemente em Direito e</p><p>Gestão de Negócios Imobiliários.</p><p>Por óbvio que o as informações anteriores não são taxativas, pois de acordo com as demandas locais ou</p><p>regionais, variações podem ocorrer, como no caso de especificidades do Direito regulador do Agro.</p><p>Além disso, não se nega a existência da atuação da mediação no campo penal e processual penal, ainda que</p><p>com divergências doutrinárias e da prática, envolvendo tangentes da transação penal da Lei 9099/1990, do</p><p>Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) inserido recentemente na legislação.</p><p>Existe diferenciação da mediação pelo ramo do direito?</p><p>Espécies da mediação pelo segmento da prática do direito regulado</p><p>Não se pretende aqui isolar, no critério acima, a existência ou não de Mediação A ou B, a prática tem</p><p>proporcionado outras possíveis espécies ou classificações partindo simplesmente do Direito regulado, e não,</p><p>necessariamente, na predisposição e expectativa gerada pelo CPC.</p><p>Mediação Laboral</p><p>Com previsões expressas introduzidas pela Reforma Trabalhista de 2017,</p><p>a CLT banca e valoriza a composição extrajudicial de acordos e sua</p><p>homologação na própria ritualística do processo do trabalho. Ainda que</p><p>se possa discutir sobre a incidência de conciliação, negociação ou</p><p>mediação nesses casos, fato é que as técnicas e os princípios da</p><p>mediação têm aplicação comprovada. Aliás, os números da</p><p>consensualidade laboral estão entre os mais altos segundo o Justiça em</p><p>Números, importante publicação do CNJ.</p><p>Perfil do Mediador: característica peculiar no sistema, aqui os</p><p>mediadores oficiais no Núcleos e Centros são ex-funcionários da Justiça</p><p>do Trabalho.</p><p>Mediação dos conflitos em Direitos Fundamentais</p><p>Mediações propostas em sede da tutela de grandes direitos, como direito</p><p>à saúde, à educação e ao meio ambiente.</p><p>Perfil do Mediador: neste caso, a especialização não segue</p><p>necessariamente um perfil ou divisão oriundo da competência</p><p>jurisdicional, mas sim a formação de nichos temáticos propriamente ditos</p><p>e firmados pela prática da demanda.</p><p>Mediação Comunitária</p><p>Atuação mais abrangente na sociedade civil envolvendo temas de</p><p>vizinhança e relações com o poder público local. Excelente campo de</p><p>aprendizado com possibilidade de incrementação de tutelas coletivas.</p><p>Ótimo exercício de cidadania.</p><p>Perfil do Mediador: uma mescla de profissionais de todas as áreas</p><p>capacitados em mediação e outros com perfil mais prático, comunicativo</p><p>e com altos índices de representatividade na comunidade.</p><p>Mediação Escolar</p><p>Sem que se confunda com o direito fundamental à educação, a mediação</p><p>escolar se dedica à resolução de conflitos internos ao ambiente</p><p>acadêmico. Pode ser encontrada no campo de todos os níveis da</p><p>educação brasileira, envolvendo discentes, docentes, corpo</p><p>administrativo e gestão escolar.</p><p>Perfil do Mediador: formação predominantemente nas áreas da</p><p>Pedagogia, Educação e Gestão. Foco nas relações entre pessoas no</p><p>ambiente escolar.</p><p>Finalizando, é sempre bom ressaltar que não se trata de simplesmente nominar a mediação conforme um</p><p>assunto temático do Direito. Há fatores de regramento processual de competência, necessidades sociais mais</p><p>latentes e mesmo divisões de competências dos serviços de</p><p>cartórios extrajudiciais que ditarão caminhos</p><p>mais ou menos diferentes da mediação.</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Classificações da mediação</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Espécies da mediação pelo segmento da prática do direito regulado</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>Questão 1</p><p>A Mediação é um método de solução de conflitos (MASC) que, nos últimos anos, no Brasil, tem tido um</p><p>incremento significativo no campo da normatização. A respeito da normatização da Mediação, é correto</p><p>afirmar que</p><p>A</p><p>o Brasil adotou apenas o critério temático, devendo cada código processual regulamentar a sua área de</p><p>direito.</p><p>B</p><p>esse método tem como reflexo direto a Resolução CNJ 125/2010.</p><p>C</p><p>o Brasil possui uma Política Pública Judiciária de tratamento adequado de conflitos instituída apenas pelo</p><p>Código de Processo Civil de 2015.</p><p>D</p><p>a Resolução CNJ Nº125/2010 não contribui para o incremento da mediação, pois foca mais na conciliação,</p><p>considerando os custos e resultados.</p><p>E</p><p>a Resolução CNJ Nº125/2010 apenas afetou os MASC no âmbito do Poder Judiciário.</p><p>A alternativa E está correta.</p><p>A Resolução CNJ Nº125/2010 não só instituiu uma Política Pública Judiciária de tratamento adequado de</p><p>conflitos no Brasil como também alavancou, do ponto de vista estrutural nos tribunais, um incremento de</p><p>atuação do Poder Judiciário em prol dos MASC. A partir da referida resolução, os demais operadores do</p><p>direito, as escolas e a sociedade civil como um todo se movimentaram muito mais em prol dos MASC.</p><p>Pode-se destacar o art. 1º da referida resolução, sem prejuízo de outros dispositivos.</p><p>Questão 2</p><p>A respeito das espécies de mediação aplicáveis no sistema de justiça brasileiro, marque a opção correta a</p><p>seguir.</p><p>A</p><p>Apenas existe mediação civil e penal.</p><p>B</p><p>Mediação penal, civil e da Administração Pública são as únicas previstas em lei.</p><p>C</p><p>Mediação com a Administração Pública e Mediação de Direito de Família são previstas e executadas no</p><p>sistema brasileiro.</p><p>D</p><p>A mediação de família ainda não é reconhecida, mas a mediação penal sim.</p><p>E</p><p>A mediação escolar envolve apenas os litígios de mensalidades na rede privada.</p><p>A alternativa C está correta.</p><p>A mediação com a Administração Pública e mediação nas relações de família têm previsão expressa no</p><p>CPC.</p><p>3. Procedimentos e práticas de mediação</p><p>Ligando os pontos</p><p>Questão 1</p><p>Qual é o método mais adequado para a solução do conflito existente entre Carlos e Sofia no âmbito do</p><p>CEJUSC do TJRJ?</p><p>A</p><p>Arbitragem.</p><p>B</p><p>Processo judicial.</p><p>C</p><p>Conciliação.</p><p>D</p><p>Mediação judicial.</p><p>E</p><p>Mediação extrajudicial.</p><p>Questão 2</p><p>Acerca do procedimento adotado no âmbito do CEJUSC do TJRJ para dirimir o conflito entre Sofia e Carlos,</p><p>assinale a alternativa correta.</p><p>A</p><p>As partes não têm autonomia para escolher o mediador ou conciliador que irá auxiliá-las na busca da solução</p><p>consensual de seu conflito no âmbito do CEJUSC do TJRJ.</p><p>B</p><p>As partes não têm autonomia para definir nenhuma regra procedimental no âmbito do CEJUSC do TJRJ.</p><p>C</p><p>O conciliador e o mediador disponíveis no CEJUSC do TJRJ não podem divulgar ou depor acerca de fatos ou</p><p>elementos oriundos da conciliação ou mediação envolvendo Sofia e Carlos.</p><p>D</p><p>Não é permitida a utilização de técnicas negociais no procedimento, ainda que com o objetivo de proporcionar</p><p>ambiente favorável à autocomposição.</p><p>E</p><p>O procedimento adotado no âmbito do CEJUSC do TJRJ é independente e autônomo em relação às normas do</p><p>Conselho Nacional de Justiça, não precisando observá-las, na hipótese de divergência de normas.</p><p>Questão 3</p><p>Explique a importância da participação dos advogados ou defensores das partes – que, segundo o art. 26 da</p><p>Lei n. 13.140/2015, é obrigatória – no âmbito do procedimento de mediação judicial.</p><p>Atividade Discursiva</p><p>Explique a importância da participação dos advogados ou defensores das partes – que, segundo o art. 26 da</p><p>Lei n. 13.140/2015, é obrigatória – no âmbito do procedimento de mediação judicial.</p><p>Chave de resposta</p><p>Você precisa saber que os advogados e defensores têm papel essencial na orientação de seus clientes,</p><p>legitimando a construção do consenso e contribuindo no momento da redação do acordo (se celebrado),</p><p>especialmente quando se trata do equilíbrio entre os compromissos a serem assumidos pelos mediandos,</p><p>inclusive no que tange às despesas e benefícios inerentes ao ajuste celebrado. Ademais, podem cooperar</p><p>com o mediador no desenvolvimento do procedimento, ao pontuar questões de relevância e delineando as</p><p>divergências (nesse sentido, consultar PINHO, H. D. B. de.; MAZZOLA, M. Manual de Mediação e</p><p>Arbitragem. São Paulo: Saraiva Educação, 2019. p. 152).</p><p>Espaços e procedimentos da mediação</p><p>Características gerais</p><p>Mediação judicial e extrajudicial</p><p>Neste vídeo, o professor faz um panorama do que abordaremos no conteúdo, tratando da mediação judicial e</p><p>da extrajudicial, suas características e distinções.</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>A mediação, sendo um dos métodos que podem ser considerados como mais adequados para o tratamento e</p><p>ou solução de conflitos, é sem dúvida um excelente referencial de prática em prol da pacificação social. É</p><p>potencialmente mais efetiva, uma vez que surge mais naturalmente das próprias pessoas envolvidas no</p><p>conflito. Não vem de uma decisão judicial substitutiva, mas sim de uma construção própria das partes</p><p>mediante um impulsionamento técnico do mediador.</p><p>Esse grau de autonomia e espontaneidade da mediação nem sempre consegue prevalecer na prática, pois o</p><p>ambiente da proposição da mediação é de fundamental importância para o seu desenvolvimento na prática.</p><p>De acordo com a Lei 13.140/2015, a mediação pode ser</p><p>extrajudicial ou judicial e, consequentemente, há</p><p>procedimentos para a proposição da mediação no âmbito</p><p>de órgãos do Poder Judiciário e dentro do processo judicial</p><p>em si, seja qual for a instância ou grau de jurisdição em</p><p>curso (mediação judicial).</p><p>Ao mesmo tempo, já há previsão também para a ocorrência</p><p>da mediação fora dos espaços do Poder Judiciário</p><p>(mediação extrajudicial).</p><p>E como se não bastasse, uma simples leitura da Lei</p><p>13140/2015 dá a entender que a mediação judicial é bem</p><p>mais restrita e regulada do que a mediação extrajudicial.</p><p>Mas por que isso ocorre?</p><p>Saiba mais</p><p>Pensemos na Resolução CNJ 125/2010, que institui uma Política Pública Nacional de Tratamento dos</p><p>Conflitos, que mantém o Poder Judiciário como o núcleo duro da organização e implanta uma série de</p><p>espaços (Núcleos e Centros) em prol de tratamentos diferenciados dos conflitos. Quer dizer, então, que</p><p>o Poder Judiciário, espaço mais que formal e ligado ao exercício da AÇÃO – JURIDISÇÃO – PROCESSO,</p><p>invoca-se como o referencial a emanar ao país inteiro a Política Nacional de Tratamento de Conflitos que</p><p>tem como eixo central não a sentença judicial, mas sim a implementação de incentivos e outras práticas</p><p>em prol da consensualidade, ainda que possa também afetar os casos já com processos judiciais? A</p><p>resposta é positiva! A mediação judicial e, em certa medida, os próprios mediadores judiciais despontam</p><p>como meio e profissionais, em tese, mais apresentáveis e estruturados para a realização da mediação na</p><p>prática.</p><p>Mediação extrajudicial e judicial</p><p>Mediação judicial</p><p>A mediação judicial apresenta as seguintes características:</p><p>Pode ocorrer antes ou durante os processos judiciais;</p><p>Tem espaço em centros especializados (CEJUSC) ou nos próprios cartórios;</p><p>Demanda mediadores certificados pelo próprio tribunal e ou escolas por este certificadas;</p><p>Fica dependente da logística administrativa do tribunal;</p><p>Quando ocorre no curso do processo, também divide atenção e agenda com as demais atividades do</p><p>juiz;</p><p>É refém dos limites formais e materiais relacionados ao processo judicial.</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>No caso específico da mediação judicial, as</p><p>sessões de mediação podem, então, ocorrer</p><p>nos Centros especializados ou mesmo em</p><p>audiências com os respetivos juízes e sessões</p><p>nos respectivos tribunais. No art. 334</p><p>e nos</p><p>arts. 694 e 695, todos do CPC, é possível</p><p>encontrar os espaços e momentos processuais</p><p>da possível efetividade da mediação.</p><p>Importante destacar que, além dos envolvidos,</p><p>advogados, juízes e ministério público e</p><p>obviamente os mediadores, outros profissionais</p><p>podem atuar em prol da ideia de construir o consenso no caso respectivo.</p><p>Outro ponto que vem chamando a atenção é a incidência do incentivo e reconhecimento da possibilidade de</p><p>uso da mediação (além de outros meios) nos tribunais, espaços anteriormente pouco afetos a tal realidade, na</p><p>prática.</p><p>Acompanhe os dois exemplos seguintes que ocorreram recentemente no STF e STJ:</p><p>No primeiro caso, uma determinada concessionária que administra uma via pública na cidade do Rio de</p><p>Janeiro estava em um imbróglio judicial com a Prefeitura, cujo objeto era a possibilidade de encampação da</p><p>Prefeitura sob o uso da via pública ou, se esta deveria permanecer sob a responsabilidade da concessionária,</p><p>conforme contrato de concessão.</p><p>Conseguintemente, no caminhar processual, a concessionária conseguiu, no STF, um efeito suspensivo da</p><p>decisão que permitia o processo de encampação da via pela Prefeitura – que estava sob a gestão desta –, de</p><p>modo que a gestão da via regressaria à concessionária.</p><p>Exsurgiu-se, portanto, o ponto dissonante entre as partes desavindas: a Prefeitura alegava que a decisão</p><p>exarada pelo Ministro Luiz Fux não previa o reestabelecimento da cobrança de pedágio, e a concessionária</p><p>reestabeleceu o valor do pedágio em R$7,20.</p><p>Pergunta-se: você, como julgador, qual solução adotaria nesse caso?</p><p>Pois bem, como se há afirmado antecedentemente, conquanto não seja comum a utilização da mediação nos</p><p>tribunais – mais ainda nos Tribunais Superiores –, a reforçar o método adequado de solução de conflito a que</p><p>o processo civil contemporâneo está inerido, designou-se uma audiência de conciliação entre a empresa e a</p><p>Prefeitura do Rio. Por consequência, chegou-se a um acordo sobre o qual estabelecera-se que a cobrança do</p><p>pedágio dar-se-ia no valor de R$4,00.</p><p>Noutro caso, é possível dessumir que uma mediação de sucesso, havida no STJ, reforçou a possibilidade de</p><p>solução consensual em qualquer fase do processo, até porque, quando um processo se encontra em fase</p><p>recursal no STJ, normalmente está carregado por um sem-número de páginas que revelam alta carga de</p><p>litigiosidade, mas nada impede que, no âmbito de uma corte superior, as partes encontrem na negociação a</p><p>melhor saída para encerrar seu conflito.</p><p>Na senda do caso supramencionado, tratava-se de um litígio antigo no judiciário, no qual um ex-casal,</p><p>separado de fato desde 2011, concordou em se submeter a um procedimento de mediação, a fim de</p><p>discutirem definições sobre transferências de cotas empresariais, indenizações, pagamento de dividendos e</p><p>partilha de bens, entre outros.</p><p>Poderíamos apontar algum benefício da submissão de um litígio no STJ para uma audiência de</p><p>conciliação?</p><p>Sem qualquer aporia, diversos benefícios; pois, como visto neste caso, o seu desdobramento fora o</p><p>encerramento de pelo menos 15 ações civis e de família em diferentes instâncias judiciais, inclusivamente um</p><p>recurso especial recebido pelo STJ em 2013.</p><p>Mais: o Ministro Aldir Passarinho enalteceu a disposição do ministro Sanseverino em buscar a solução não só</p><p>do recurso em trâmite no STJ, mas também das demandas em outras fases, o que exigiu a interlocução com</p><p>os magistrados responsáveis.</p><p>Pois, em suas palavras: “foi muito importante a disponibilidade para uma homologação abrangente do próprio</p><p>ministro relator, englobando todos os processos em andamento, incluindo aqueles em tramitação nas</p><p>instâncias de primeiro e segundo graus, bem como a rapidez como isso se deu – o que proporcionou um</p><p>encerramento linear imediato das contendas principais e acessórias”.</p><p>Mediação extrajudicial</p><p>Já a mediação extrajudicial possui as seguintes características:</p><p>Pode ocorrer antes, durante ou mesmo depois dos processos judiciais, desde que não prejudique o</p><p>direito de terceiros;</p><p>Demanda mediadores com formação em escolas não necessariamente certificadas pelo tribunal em</p><p>local competente;</p><p>Independe de logística de tribunal, sendo mais flexível às necessidades das pessoas envolvidas;</p><p>Pode ser organizada e formalizada no tempo, espaço e meios que as pessoas e seus advogados ou</p><p>representantes desejarem;</p><p>Não tem situação refém dos limites do processo.</p><p>Como se percebe, o procedimento para as sessões de mediação extrajudicial é potencialmente mais</p><p>disponível à realidade das partes, pois praticamente toda a sua estruturação está nas mãos de profissionais</p><p>livres das rubricas públicas.</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Pode-se afirmar que apenas no caso da formalização em cartórios extrajudiciais é que se pode ter uma etapa</p><p>um pouco mais limitada, mesmo assim, em nada comparado aos limites formais e até mesmo aos custos</p><p>ligados ao processo judicial.</p><p>A mediação extrajudicial também passa a ideia de um menor nível de regulação de algo que, na prática, é</p><p>inerente ao ser humano, ou seja, a sua capacidade de comunicação e disposição pela livre manifestação de</p><p>vontade.</p><p>A normatização em excesso de um meio ou técnica mais próximo da liberdade de manifestação pode acabar</p><p>por inibir o incremente de um exercício maior de cidadania e manter a sociedade como um todo ainda</p><p>preferencialmente vinculada ao acesso à justiça via o Poder Judiciário, minando, assim, a realidade já</p><p>operante de um sistema de justiça multiportas.</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Mediação judicial</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Mediação extrajudicial</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>Questão 1</p><p>Acerca da mediação judicial, marque a opção correta.</p><p>A</p><p>Os mediadores não precisam de certificação para atuar nas mediações, sendo necessário apenas ter o</p><p>terceiro grau concluído.</p><p>B</p><p>A mediação independe de logística de tribunal, sendo mais flexível às necessidades das pessoas envolvidas.</p><p>C</p><p>Ela pode ser organizada e formalizada em tempo, espaço e meios que as pessoas e seus advogados ou</p><p>representantes desejarem.</p><p>D</p><p>Ela demanda mediadores com formação em escolas não necessariamente certificadas pelo tribunal local</p><p>competente.</p><p>E</p><p>A mediação é refém dos limites formais e materiais relacionados ao processo judicial.</p><p>A alternativa E está correta.</p><p>Em face de ser uma mediação judicial, ou seja, ocorrer já no âmbito de um processo judicial,</p><p>induvidosamente a mediação terá que ficar adstrita aos limites formais e materiais daquele litígio havido</p><p>entre as partes desavindas.</p><p>Questão 2</p><p>A mediação extrajudicial tem valor legal no sistema brasileiro?</p><p>A</p><p>Sim, conforme previsão legal da lei de mediação.</p><p>B</p><p>Não, pois métodos adequados devem ocorrer no Poder Judiciário.</p><p>C</p><p>Não, pois não há como o Poder Judiciário homologar o acordo.</p><p>D</p><p>Sim, e tem os mesmos efeitos que a mediação judicial, tendo força de extinguir automaticamente eventuais</p><p>processos em andamento.</p><p>E</p><p>Sim, mas apenas quando houver convênio do Tribunal de Justiça com a Câmara Privada.</p><p>A alternativa A está correta.</p><p>A mediação extrajudicial tem sim valor legal, nos termos do art. 9º e 10 da Lei 13.140/2015. Entende-se por</p><p>meio adequado de solução de conflitos todo e qualquer meio que se revele, seja por lei ou vontade das</p><p>partes, efetivamente mais adequado do que a regra geral de acesso ao Poder Judiciário.</p><p>4. Conclusão</p><p>Considerações finais</p><p>Conciliação e mediação são métodos adequados de solução de conflitos que estão previstos na legislação</p><p>brasileira de modo diferenciado ao longo do tempo.</p><p>A conciliação acompanha o acesso à justiça desde os primórdios do Brasil Colônia e ganha roupa formal em</p><p>nossa Constituição Imperial de 1824. De lá para cá, sem prejuízo de um hiato no Código de Processo Civil de</p><p>1939, a conciliação tem-se mantido como um importante momento processual.</p><p>Já a mediação tem um histórico formal mais recente, apesar de ser um método com práticas tomadas a</p><p>muitos anos em vários países do mundo.</p><p>Em ambos os casos, a Resolução</p><p>CNJ 125/2010 funda uma Política Pública de tratamento dos conflitos com a</p><p>premissa do incentivo à consensualidade.</p><p>A conciliação tem uma prática mais interna e afeta, formalmente, o Poder Judiciário, mas a ideia conceitual da</p><p>possível consensualidade não tem limites, podendo ser costurado dentro ou fora dos tribunais.</p><p>A mediação, por sua vez, tem na lei uma dupla possibilidade, podendo ocorrer judicial ou extrajudicialmente.</p><p>Cada procedimento tem as suas características e nível de formalização próprios, sendo certo que a mediação</p><p>judicial é mais restritiva, considerando estar dentro do processo judicial, que é muito mais regulado.</p><p>De todo modo, conciliação e mediação são métodos muito eficientes e que precisam estar ao alcance das</p><p>pessoas e com profissionais capacitados a sua execução dentro e fora do Poder Judiciário, com o devido</p><p>apoio das funções essenciais à justiça no Brasil.</p><p>Podcast</p><p>Neste podcast, o professor explicará o que são a conciliação e a mediação, suas principais</p><p>características e como identificar quando usar cada uma delas.</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para ouvir o áudio.</p><p>Explore +</p><p>Referências</p><p>BRASIL. Confederação Brasileira de Futebol. Câmara Nacional de Resolução de Disputas. Composição.</p><p>Consultado na Internet em: 13 jan. 2022.</p><p>BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Justiça em números 2021: Judiciário manteve serviços com inovação</p><p>durante a pandemia. 28 set. 2021. Consultado na Internet em: 13 jan. 2022.</p><p>BRASIL. Ministério da Justiça. Plataforma Consumidor.gov.br. Consultado na Internet em: 13 jan. 2022.</p><p>CAPPELLETTI, M.; BRYANT, G Acesso à justiça. Tradução de Ellen Gracie Northfleet. Porto Alegre: Sergio</p><p>Antonio Fabris, 1999. (Título original: Acess to justice: the world wide moviment to make rights effective.</p><p>Millan: Dott. A. Giuffre, 1988).</p><p>COMEÇA hoje o Primeiro Mutirão Presencial durante a pandemia do Procon-RJ com a Light e Enel. Procon –</p><p>RJ. 01 dez. 2021. Consultado na Internet em: 13 jan. 2022.</p><p>MOREIRA, R. S. Estudos de mediação: estudo de viabilidade do uso de mediação no âmbito do TRT da 1ª</p><p>Região. 1. ed. Rio de Janeiro: EJI, 2019.</p><p>NINGELISKI, A. de O. Acesso à Justiça pelos Caminhos da Mediação. Florianópolis: Empório do Direito, 2017.</p><p>PINHO, H. D. B. de; MAZZOLA, M. Manual de mediação e arbitragem. São Paulo: Saraiva, 2019.</p><p>PINTO, A. de M. da F.; SILVA JUNIOR, S. R. Políticas públicas de mediação e de conflitos em perspectiva</p><p>comparada Brasil-Espanha. In: PINTO, A. M. da F. et al. (coord.). Coletânea Estudos sobre Mediação no Brasil e</p><p>Exterior. v. 1. Santa Cruz do Sul: Essere nel Mondo, 2020.</p><p>SPENGLER, F. M. Mediação de conflitos – da teoria à prática. 3. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2021.</p><p>TAKAHASHI, B. Em busca da Solução de Adequada de Conflitos. Partes e Instituições em Disputa. Belo</p><p>Horizonte: Del Rey, 2021.</p><p>Conciliação e mediação</p><p>1. Itens iniciais</p><p>Propósito</p><p>Preparação</p><p>Objetivos</p><p>Introdução</p><p>1. A conciliação e suas características</p><p>Ligando os pontos</p><p>Questão 3</p><p>Evolução histórica da conciliação</p><p>Do Império, início da República até os nossos dias</p><p>Conciliação nos dias hodiernos</p><p>Características da conciliação</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Características</p><p>Comentário</p><p>Independência</p><p>Autonomia de vontade das partes</p><p>Confidencialidade</p><p>Oralidade da prática</p><p>Informalidade</p><p>Decisão informada</p><p>Não vinculação pretérita</p><p>Saiba mais</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>A conciliação na história do Brasil</p><p>Conteúdo interativo</p><p>O papel do CNJ no incremento da conciliação</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>2. Mediação: visão normativa e espécies aplicáveis ao tratamento de conflitos no Brasil</p><p>Ligando os pontos</p><p>Questão 3</p><p>A mediação</p><p>Visão normativa no Brasil</p><p>O que é a mediação?</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Espécies de mediação: conflitos e suas aplicações</p><p>A mediação e o Código de Processo Civil</p><p>Classificações</p><p>Mediação em Direito Privado</p><p>Mediação em Direito Empresarial</p><p>Mediação em Direito de Família</p><p>Mediação em Conflitos com a Administração Pública</p><p>Mediação em Direito Imobiliário</p><p>Existe diferenciação da mediação pelo ramo do direito?</p><p>Espécies da mediação pelo segmento da prática do direito regulado</p><p>Mediação Laboral</p><p>Mediação dos conflitos em Direitos Fundamentais</p><p>Mediação Comunitária</p><p>Mediação Escolar</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Classificações da mediação</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Espécies da mediação pelo segmento da prática do direito regulado</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>3. Procedimentos e práticas de mediação</p><p>Ligando os pontos</p><p>Questão 3</p><p>Espaços e procedimentos da mediação</p><p>Características gerais</p><p>Mediação judicial e extrajudicial</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Saiba mais</p><p>Mediação extrajudicial e judicial</p><p>Mediação judicial</p><p>Mediação extrajudicial</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Mediação judicial</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Mediação extrajudicial</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>4. Conclusão</p><p>Considerações finais</p><p>Podcast</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Explore +</p><p>Referências</p>

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