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ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Estrutura conceitual para elaboração e apresentação das demonstrações contábeis Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade (Pronunciamento Conceitual Básico do CPC) A Estrutura conceitual Básica da Contabilidade deve obedecer ao contido no Pronunciamento Conceitual Básico enunciado pelo CPC, que tem por objetivo básico: a) Orientação na preparação dos reportes contábeis, na aplicação de outros pronunciamentos e no tratamento de situações ainda não normatizadas; b) Possibilitar a verificação pelos auditores independentes quanto a aderência, uniformidade e aplicação dos pronunciamentos técnicos para preparação das demonstrações contábeis. c) Pronunciamento Conceitual Básico Os principais aspectos abordados neste pronunciamento são: a) O objetivo das demonstrações contábeis; b) As características qualitativas que determinam a utilidade das informações contidas nas demonstrações contábeis; c) A definição, o reconhecimento e a mensuração dos elementos que compõem as demonstrações contábeis; e d) Os conceitos de capital e de manutenção de capital. Usuários da Informação Contábil Usam as demonstrações contábeis para satisfazer algumas das suas diversas necessidades de Informação, tais como: manter ou comprar investimentos; determinar a capacidade de pagamento; continuidade operacional da empresa; determinar a política fiscal; entre outras CLASSIFICAÇÃO • Internos • Externos • Usuários Internos - São aqueles que estão diretamente vinculados a partir do ambiente em que se encontram, como administradores e empregados. • Usuários Externos - São aqueles que estão vinculados externamente à entidade, participando dela ou não, tais como, investidores, credores e governos. Objetivos das Demonstrações Contábeis Proporcionar informação acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que seja útil a um grande número de usuários em suas avaliações e tomada de decisões econômicas. Demonstrações Contábeis As demonstrações contábeis proporcionam informação da entidade acerca do seguinte: a) Ativos; b) passivos; c) patrimônio líquido; d) receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas; e) alterações no capital próprio mediante integralizações dos proprietários e distribuições a eles; e f) fluxos de caixa. As demonstrações contábeis devem ser elaboradas em conformidade com as leis e normas específicas. • Lei 6404/76 • Pronunciamento 26 do CPC. Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: I. Balanço patrimonial; II. Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; III. Demonstração do resultado do exercício; e IV. Demonstração dos fluxos de caixa; e V. Se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. Pronunciamento 26 - Item 10: O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui: a) balanço patrimonial ao final do período; b) demonstração do resultado do período; c) demonstração do resultado abrangente do período; d) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período; e) demonstração dos fluxos de caixa do período; f) demonstração do valor adicionado do período; g) notas explicativas. • Balanço Patrimonial: tem por finalidade apresentar a situação patrimonial da entidade em dado momento. • Demonstração do Resultado: apresenta o resultado decorrente da gestão da riqueza patrimonial, numa visão econômica. • Demonstração do Resultado Abrangente: evidencia a mutação que ocorre no patrimônio líquido durante um período que resulta de transações e outros eventos que não derivados de transações com os sócios na sua qualidade de proprietários. • Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido: sintetiza as movimentações ocorridas nas contas que compõem o patrimônio líquido. • Demonstração dos Fluxos de Caixa: apresenta as modificações ocorridas na posição financeira da empresa. • Demonstração do Valor Adicionado: demonstra a riqueza criada pela entidade e a forma como tais riquezas foram distribuídas. • Notas explicativas: apresentam informações complementares necessárias ao perfeito entendimento das demonstrações contábeis, sem se constituírem numa demonstração. Pressupostos Básicos às Demonstrações Contábeis • Regime de competência - os efeitos das transações e outros eventos são reconhecidos quando ocorrem (e não quando caixa ou outros recursos financeiros são recebidos ou pagos) e são lançados nos registros contábeis e reportados nas demonstrações contábeis dos períodos a que se referem. • Continuidade - presume-se que a entidade não tem a intenção nem a necessidade de entrar em liquidação, nem reduzir materialmente a escala das suas operações. Características Qualitativas das Demonstrações Contábeis Estas características são os atributos que fazem as demonstrações contábeis úteis para os usuários. • Compreensibilidade; • Relevância; • Confiabilidade; e • Comparabilidade Compreensibilidade - As informações apresentadas nas demonstrações contábeis devem ser diretas e claras. Relevância - A ideia de relevância pode ser associada à de utilidade. Quanto maior a utilidade da informação para o usuário, maior sua importância e, portanto, sua relevância. Confiabilidade - livre de erros e representar com propriedade aquilo que se propõe a representar. Comparabilidade - permitir aos usuários a comparação. Limitações na Relevância e na Confiabilidade das Informações • Tempestividade; • Relação Custo x benefício Elementos das Demonstrações Contábeis Mensuração da Posição patrimonial e financeira • Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade. • Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos. • Patrimônio líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. Mensuração do Desempenho • Receitas: são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de entrada de recursos ou aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de aporte dos proprietários da entidade. • Despesas: são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de saída de recursos ou redução de ativos ou incrementos em passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido. Reconhecimento dos Elementos das Demonstrações Contábeis Reconhecimento - É o processo que consiste em incorporar ao balanço patrimonial ou à demonstração do resultado um item que se enquadre na definição de ativo ou passivo, se: i. for provável que algum benefício econômico futuro referente ao item venha a ser recebido ou entregue pela entidade; e ii. ele tiver um custo ou valor que possa ser medidos em bases confiáveis. Reconhecimento de Ativos e Passivos • Ativo: é reconhecido no balanço patrimonial quando for provável que benefícios econômicos futuros dele provenientes fluirão para a entidade e seu custo ou valor puder ser determinado em bases confiáveis. • Passivo: é reconhecido no balanço patrimonial quando for provável que uma saída de recursos envolvendo benefícios econômicos seja exigida em liquidação de uma obrigação presente e o valor pelo qual essa liquidação se dará possa ser determinado em bases confiáveis. Reconhecimento de Receitas e Despesas • Receitas: são reconhecidas na demonstração de resultado quando resulta em um aumento, que possa ser determinado em bases confiáveis, nos benefícios econômicos futurosprovenientes do aumento de um ativo ou da diminuição de um passivo. Assim, o reconhecimento da receita implica simultaneamente no reconhecimento de um ativo ou na redução de um passivo. • Despesas: são reconhecidas na demonstração de resultado quando surge um decréscimo, que possa ser determinado em bases confiáveis, nos futuros benefícios econômicos provenientes da diminuição de um ativo ou do aumento de um passivo. Mensuração dos Elementos das Demonstrações Contábeis Mensuração - é o processo que consiste em determinar os valores pelos quais os elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e apresentados no balanço patrimonial e na demonstração de resultado. Métodos de Mensuração adotados na contabilidade • Custo Histórico • Custo Corrente • Valor Realizável • Valor Presente Ativos Elaboração das Demonstrações Contábeis Alguns aspectos relativos à escrituração e geração de informações contábeis, tratados na Lei 6404/76 e nos pronunciamentos do CPC, devem inicialmente ser considerados, como base para desenvolvermos a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis. • Exercício Social e Ciclo Operacional • Demonstrações Comparativas • Agregação de contas de natureza semelhante Exercício Social - O artigo 175 da lei 6.404/76 fixa o exercício social com a duração de um ano e determina que seu término será fixado no Estatuto Social da companhia Ciclo Operacional Demonstrações Comparativas A empresa deve apresentar no mínimo dois balanços patrimoniais, ou o balanço patrimonial em duas colunas sendo uma referente ao exercício atual e outra relativa ao exercício anterior. Agregação de contas de natureza semelhante As contas de naturezas semelhantes podem ser agrupadas em uma só conta, conforme permissão contida no §2º do art 176 da Lei 6.404/76. Conforme o CPC 26, se um item não for individualmente material, deve ser agregado a outros itens, seja nas demonstrações contábeis, seja nas notas explicativas. Os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 10% do valor do respectivo grupo de contas, sendo vedada a utilização de designações genéricas, como “diversas contas” ou “contas-correntes Balanço Patrimonial É a demonstração preparada pela contabilidade que se destina a evidenciar, de forma qualitativa e quantitativa, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da Entidade, apresentando, de forma sintética e ordenada, as contas patrimoniais agrupadas de acordo com a natureza dos bens, direitos e obrigações que representam. Se destina a evidenciar, de forma qualitativa e quantitativa, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da Entidade, apresentando, de forma sintética e ordenada, as contas patrimoniais agrupadas de acordo com a natureza dos elementos que representam. Apresentação das contas do Ativo e do Passivo ATIVO 31.12.X7 31.12.X6 Circulante - Disponível - Duplicatas a receber - Estoque 800 6.200 10.000 500 4.500 8.000 Curto e Longo Prazos na contabilidade Classificação no Ativo Circulante (CPC 26) Pelo menos um dos critérios a seguir deve ser satisfeito: a) Espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade; b) Está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado; c) Espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço; ou d) É caixa ou equivalente de caixa , a menos que sua troca ou uso para liquidação de passivo se encontre vedada durante pelo menos doze meses a contar da data do balanço. Composição do Ativo Não Circulante Classificação no Ativo Não Circulante • Realizável a longo prazo: referem-se aos direitos realizáveis após o término do exercício seguinte; • Investimentos: são as participações permanentes em outras empresas e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante; • Imobilizado: representam os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia; e • Intangível: são os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade. Critérios de avaliação dos ativos O pronunciamento conceitual básico emitido pelo CPC identifica quatro bases de avaliação presentes em maior ou menor grau nas demonstrações contábeis, são elas: a) Custo Histórico; b) Custo Corrente; c) Valor Realizável; e d) Valor Presente. Data do Balanço 31.12.2xx0 31.12.2xx1 Curto Prazo Longo Prazo Ativo Não Circulante Realizável a longo prazo Investimentos Imobilizado Intangível Avaliação de Estoques Avaliação: Custo histórico ou valor líquido de realização, o menor dos dois. Custo histórico: Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Valor realizável líquido: preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para concretizar a venda. Exemplo: Suponha que o estoque da Cia ABA tenha a seguinte composição: Produto Custo de Aquisição Valor Realizável Líquido A 120.000,00 115.000,00 B 250.000,00 280.000,00 Neste caso: O estoque do produto “A” deveria ser avaliado pelo valor realizável, que é menor do que o de custo de aquisição. Ao passo que , o produto “B” seria avaliado pelo custo de aquisição. Exemplo: Produto Custo de Aquisição Provisão para ajuste Saldo Ajustado A 120.000,00 (5.000,00) 115.000,00 B 250.000,00 250.000,00 Total 370.000,00 (5.000,00) 365.000,00 Ajuste a Valor Presente de Ativos e Passivos de LP O artigo 183, inciso VIII inserido pela lei 11.638/07, determina que os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. A mensuração contábil a valor presente deve ser aplicada no reconhecimento inicial de ativos e passivos ou, no caso de renegociação de dívidas, no momento em que novos termos são estabelecidos Exemplo Compra de mercadorias em 20.5.20x0 no valor de R$ 1 milhão, com aceite de duplicatas para 120, 150,180 e 210 dias. A empresa em operações de semelhante prazo está sujeita a uma taxa de juros de 2% a.m e a uma aliquota de ICMS de 18%. Contabilização (sem ajuste a valor presente) Rio de Janeiro, 20.5.20x0 D MERCADORIAS R$ 820.000,00 D ICMS A RECUPERAR R$ 180.000,00 C FORNECEDORES R$ 1.000.000,00 Passivo e Patrimônio Líquido Disposição das contas no Passivo e sua composição O passivo, conforme § 2º do artigo 178 da Lei 6404/76, é composto por três grupos: • Passivo circulante; • Passivo não circulante; e • Patrimônio líquido. Passivo Obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos. • Empréstimos e financiamentos a pagar; • Fornecedores a pagar; • Impostos sobre o lucro, receita e patrimônio a pagar; • Salários e encargos sociais a pagar; • Adiantamento de clientes; • Provisão para contingências tributárias Classificação no Passivo Circulante O item 69 do pronunciamento 26 do CPC estabelece que a obrigação deve ser classificada no passivo circulante quando satisfizer um dos seguintes critérios: • liquidação durante o ciclo operacional normal; • mantido essencialmente para ser negociado; • liquidação até doze meses após a data do balanço. Patrimônio Líquido Valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. (Pronunciamento conceitual) Composiçãodo Patrimônio Líquido Art 178, § 2º, III da lei 6.404/76 I. Capital social II. Reservas de capital III. Ajustes de avaliação patrimonial IV. Reservas de lucros V. Ações em tesouraria VI. Prejuízos acumulados Capital Social Recursos colocados à disposição da empresa pelos sócios • Capital subscrito • Capital a integralizar • Capital integralizado Exemplo: (1) Subscrição de capital no valor de R$ 60.000 (2) Realização de capital no valor de R$ 40.000, em dinheiro. Patrimônio Líquido Capital social 60.000 (-) Capital a realizar (40.000) 20.000 Reservas de Capital São constituídas com valores recebidos, mas que não transitam pelo resultado do exercício como receitas, pois se referem a valores destinados a reforço de capital, sem terem como contrapartida qualquer esforço da empresa em termos de entrega de bens ou prestação de serviços futuros. a) A contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social; b) O produto da alienação de partes beneficiárias e de bônus de subscrição Ações em Tesouraria São ações recompradas pela própria empresa que as emitiu. Diminuem o valor do patrimônio líquido Exemplo A Cia Salve&Kana adquiriu 1.000 ações de sua emissão pagando ao vendedor a importância de R$ 12,00 por ação, em cheque. Os recursos tiveram origem nas Reservas de Capital, conforme especificado pela empresa. Lucros ou Prejuízos Acumulados Todo o lucro apropriado a esta conta deverá ser distribuído, ficando esta conta com saldo zero ou devedor ao final do exercício, não aparecendo assim no Balanço Patrimonial, a menos que seu saldo seja negativo (devedor). Critérios de avaliação do passivo I. as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive imposto sobre a renda a pagar com base no resultado do exercício, serão computados pelo valor atualizado até a data do balanço; II. as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço; III. as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. Estrutura da Demonstração do Resultado Demonstração Dedutivas Receitas (-) Despesas ------------------- Lucro ou Prejuízo Sentido Vertical (dedutivo) Apuração do resultado Características: • Realizada à cada exercício social • Apresentada de forma detalhada na DRE Confronto entre Receitas e Despesas • Receitas > Despesas ➔ Lucro • Receitas < Despesas ➔ Prejuízo As contas de Resultado devem ser encerradas ao fim do exercício. Contas de Receita: D= Receitas C= Apuração do Resultado do Exercício Contas de Despesas: D= Apuração do Resultado de Exercício C= Despesas Estrutura da DRE • Artigo 187 da 6404/76 • Item 82 do Pronunciamento 26 do CPC • Receita Líquida; • Custo das Vendas (CMV/CPV/CSP); • Despesas e Receitas Operacionais; • Despesas e Receitas Financeiras; • Tributos sobre o Lucro Demonstração do Resultado do Exercício Participações e Contribuições • Artigo 187, VI da lei 6.404/76 • Debenturistas; • Empregados; • Administradores; e • Beneficiaristas. Exemplo: uma determinada empresa acordou pagar 10% participação de 10% nos lucros aos empregados e 5% aos administradores. No período a empresa obteve um lucro antes dos tributos sobre a renda de R$ 800.000,00. Além disso, sabe- se que referidos tributos montaram a R$ 250.000,00 e que a empresa possui prejuízos acumulados de R$ 50.000,00. Demonstração do Resultado Abrangente (DRA) • Item 82 A do Pronunciamento 26 do CPC Pl ➔ é movimentado de três maneiras distintas: • Transações com os sócios: aumento ou redução do capital social; • Mutações internas: transferências entre contas; e • Resultado abrangente: lucro líquido do exercício e alterações no saldo da conta de ajuste de avaliação patrimonial. Receita Líquida de Venda de Bens e/ou Serviços 26.080 (-) Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos (13.400) Resultado Bruto 12.680 (+/-) Despesas/Receitas Operacionais (-) Despesas com Vendas Despesas de Logística (1.340) Despesas de Publicidade e Marketing (1.100) Comissões pagas aos vendedores (1.600) (4.040) (-) Despesas Gerais e Administrativas Despesas com Manutenção (1.000) Despesas com Pessoal e Encargos (4.200) Despesas Gerais (1.620) (6.820) (+) Outras Receitas Operacionais Ganho de Capital 800 Receitas de Incentivos Fiscais 1.000 Resultado Positivo da Equivalência Patrimonial 1.560 3.360 (-) Outras Despesas Operacionais Despesas com Depreciação (1.220) (1.220) (8.720) Resultado Antes do Res. Fin. e dos Tributos 3.960 (=/-) Resultado Financeiro (+) Receitas Financeiras Receitas de aplicações financeiras 280 Descontos Financeiros Obtidos 160 (-) Despesas Financeiras Despesas de Juros de Empréstimos (1.300) (860) (860) Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro 3.100 (-) Imp. de Renda e Cont. Social sobre o Lucro (1.250) Resultado Líquido das Oper. Continuadas 1.850 (+/-) Resultado Líquido de Oper. Descontinuadas (300) Lucro/Prejuízo do Período 1.550 Companhia Atoxa CNPJ Nº. 00.069.690/0171-24 Demonstração do Resultado do Exercício Findo em 31 de dezembro 2x11 Lucro antes dos tributos sobre a renda 800.000,00 (-) Tributos sobre a renda (250.000,00) (=) Lucro Antes das Participações 550.000,00 (-) Prejuízos acumulados (50.000,00) (=) Base de cálculo da participação aos empregados 500.000,00 Participação dos empregados (10% de 500.000,00) 50.000,00 (=) Base de cálculo da participação aos administradores 450.000,00 Participação dos administradores (5% de 450.000,00) 22.500,00 Outros resultados abrangentes ➔ item 7 do Pron. 26 do CPC a) variações na reserva de reavaliação quando permitidas legalmente; b) ganhos e perdas atuariais em planos de pensão com benefício definido; c) ganhos e perdas derivados de conversão de demonstrações contábeis de operações no exterior; d) ajuste de avaliação patrimonial relativo aos ganhos e perdas na remensuração de ativos financeiros disponíveis para venda; e) ajuste de avaliação patrimonial relativo à efetiva parcela de ganhos ou perdas de instrumentos de hedge em hedge de fluxo de caixa. A demonstração do resultado abrangente deve, no mínimo, incluir as seguintes rubricas: a) resultado líquido do período; b) cada item dos outros resultados abrangentes classificados conforme sua natureza (exceto montantes relativos ao item (c); c) parcela dos outros resultados abrangentes de empresas investidas reconhecida d) por meio do método de equivalência patrimonial; e resultado abrangente do período. Estrutura da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) Apresentar as modificações nos saldos das contas do Patrimônio Líquido como um todo abrangendo a formação e a utilização do capital social e das reservas, inclusive lucros ou prejuízos acumulados. Composição do Patrimônio Líquido I – Capital social II – Reservas de capital III – Ajustes de avaliação patrimonial IV – Reservas de lucros V – Ações em tesouraria VI – Prejuízos acumulados Estrutura da DMPL Deve ser apresentado na Demonstração das Mutações do PL: a) o resultado abrangente do período, apresentando separadamente o montante total atribuível aos proprietários da entidade controladora e o montante correspondente à participação de não controladores; b) para cada componente do patrimônio líquido, os efeitos das alterações nas políticas contábeis e as correções de erros; c) para cada componente do patrimônio liquido,a conciliação do saldo do inicio e no final do período, demonstrando-se separadamente as mutações decorrentes: I. resultado liquido; II. de cada item dos outros resultados abrangentes; e III. de transações com os proprietários realizadas na condição de proprietário, demonstrando separadamente suas integralizações e as distribuições realizadas, bem como modificações nas participações em controladas que não implicaram perda do controle. DMPL da AMBEV: Exemplo Capital Social Contribuições em dinheiro ou em qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação em dinheiro feitas pelos proprietários. • Subscrito • Integralizado Reservas de Capital São ganhos que não transitam pelo resultado, por não se referirem à entrega de bens ou serviços pela empresa. a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debentures ou partes beneficiárias; b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição. Ágio na emissão de ações: Exemplo Suponha que uma dada companhia tenha as suas ações emitidas com um valor nominal de R$ 10,00 e faça uma emissão de 100.000 novas ações, colocando-as ao preço de R$ 11,50, totalmente recebida em dinheiro e depositada na conta corrente da empresa. Registro Contábil D BANCOS – CONTA MOVIMENTO R$ 1.150.000,00 C CAPITAL SOCIAL R$ 1.000.000,00 C ÁGIO NA EMISSÃO DE AÇÕES R$ 150.000, 00 Ajustes de Avaliação Patrimonial Criada pela Lei 11.638/07 que extinguiu a reserva de reavaliação que estava prevista no art 182, § 3º da lei 6.404/76. As contrapartidas de aumentos ou reduções dos valores atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência. Exemplo Descrição Capital Social Integralizado Reservas de Capital, Opções Outorgadas e Ações em Tesouraria Reservas de Lucro Lucros ou Acumulados Prejuízos Outros Resultados Abrangentes Patrimônio Líquido Saldos Iniciais 6.832.078 7.771.279 4.771.266 4.130.157 -1.487.330 22.017.450 Ajustes de Exercícios Anteriores Saldos Iniciais Ajustados 6.832.078 7.771.279 4.771.266 4.130.157 -1.487.330 22.017.450 Aumentos de Capital 781.702 -535.327 0 0 0 246.375 Ações em Tesouraria Adquiridas 0 -3.015 0 0 0 -3.015 Dividendos 0 0 -707.776 -3.213.137 0 -3.920.913 Juros sobre Capital Próprio 0 0 -289.545 -868.920 0 -1.158.465 Ágio na Subscrição de Ações 0 8.335 0 0 0 8.335 Pagamento Baseado em Ações 0 98.162 0 0 0 98.162 Ações em Tesouraria - Transferência Plano 0 19.094 0 -19.094 0 0 Resultado sobre Ações em Tesouraria 0 15.873 0 0 0 15.873 Reestruturações - MEP Reflexo 0 0 0 -50.165 0 -50.165 Outros 0 15.829 0 -62.631 0 -46.802 Dividendo Adicional Proposto 0 0 4.290.306 -4.290.306 0 0 Ações em Tesouraria Outros 0 27.221 0 0 0 27.221 Resultado Abrangente Total 0 0 0 7.561.383 -433.576 7.127.807 Lucro Líquido do Período 0 0 0 7.561.383 0 7.561.383 Outros Resultados Abrangentes 0 0 0 0 -433.576 -433.576 Ajustes de Instrumentos Financeiros 0 0 0 0 145.227 145.227 Ajustes de Conversão do Período 0 0 0 0 -344.345 -344.345 Ganhos (Perdas) Atuariais 0 0 0 0 -234.458 -234.458 Constituição da Reserva de Inc. Fiscais 0 0 310.475 -310.475 0 0 Constituição da Reserva Estatuária 0 0 2.876.812 -2.876.812 0 0 Saldos Finais 7.613.780 7.417.451 11.251.538 0 -1.920.906 24.361.863 1) Suponha que, no início de janeiro de 2012, uma empresa investiu na aquisição de 1.000 Notas do Tesouro Nacional – série F (NTN’F) com vencimento para o ano de 2013. Foi investido o montante de R$ 890.000,00, mediante débito em sua conta corrente. D Aplicação em Títulos Públicos de Renda Fixa C BCM R$ 890.000,00 2) No fim de janeiro de 2012 a empresa aplica a taxa interna de retorno do título e apura uma receita de R$ 7.500,00, reconhecendo, então uma receita financeira nesse valor. D Aplicação em Títulos Públicos de Renda Fixa C Receitas financeiras R$ 7.500,00 3) Ainda no fim de janeiro de 2012 a empresa avalia o valor do investimento em relação ao seu valor justo, para fins de preparação do balancete mensal em R$ 896.000,00, reconhecendo uma perda de R$ 1.500,00 em relação ao seu valor contábil. D Ajuste de avaliação patrimonial C Aplicação em Títulos Públicos de Renda Fixa R$ 1.500,00 Reservas de Lucros Conforme previsto no § 4º do artigo 182 da Lei 6404/76, são constituídas pela apropriação do lucro líquido do exercício com finalidades diversas. a) Reserva legal (artigo 193); b) Reservas estatutárias (artigo 194); c) Reservas para contingências (artigo 195); d) Reserva de incentivos fiscais (artigo 195-A); e) Reservas de retenção de lucros (artigo 196); e f) Reservas de lucros a realizar (artigo 197). A formação das reservas de lucro, exceto as reservas para contingências, de incentivos fiscais e de lucros a realizar, não poderá exceder o valor do capital social. Reservas Legal Reserva, obrigatória nos termos do artigo 193 da Lei 6404/76, tem por finalidade assegurar a integridade do capital social, tornando-se, então, um fator de proteção ao credor. • 5% do lucro líquido do exercício, antes de qualquer outra destinação, exceto a compensação do prejuízo acumulado, se houver. • saldo não poderá ultrapassar 20% do capital social realizado. Exemplo Suponha que uma empresa tenha a composição patrimonial abaixo, antes da destinação do resultado, um lucro de R$ 100.000. • 5% do Lucro do Exercício ➔ 0,05 x 100.000 = R$ 5.000 • Limite da Reserva Legal ➔ 20% de 800.000 = 160.000 Patrimônio Líquido 1.000.000 Capital Social Realizado 800.000 Reservas de Capital 44.000 Destinação para reserva legal no período ➔ R$ 4.000 D Lucros Acumulados C Reserva Legal R$ 4.000 Reservas Estatutárias Podem ser constituídas pela companhia com base no lucro do exercício desde que constem o seu estatuto social: a) Indique, de modo preciso e completo, a sua finalidade; b) Fixe os critérios para determinar a parcela anual do lucro líquido que será destinado à sua constituição; e c) Estabeleça o limite máximo da reserva. Reservas para Contingências Tem a finalidade de fazer face, em exercício futuro, à redução do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado. Reservas X Provisão Reserva de Incentivos Fiscais Os valores recebidos à título de doação, proveniente do poder público, ou subvenções para investimento, que antes eram tratados como reserva de capital, agora deverão ser registrados como receitas do período e a empresa poderá constituir uma reserva de lucros no montante das receitas de incentivos fiscais levadas à resultado. Reserva de Retenção de Lucros Tem como objetivo não pagar dividendo superior ao mínimo obrigatório, tendo em vista as necessidades de recursos da companhia em decorrência de seu plano orçamentário. • Orçamento de capital Reserva de Lucros a Realizar Destina-se a postergar o pagamento do dividendo mínimo, evitando assim distribuir parcela de lucros que, apesar de existente, não está financeiramente realizada, isto é, no caixa da empresa. Os lucros a realizar, nos termos dos incisos I e II do parágrafo 1° do artigo 197 da Lei 6404/76, referem-se a: “ I - o resultado líquido positivo da equivalência patrimonial; II – o lucro, rendimento ou ganho líquidos em operações ou contabilização de ativo e passivo pelo valor de mercado, cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte. “ Estrutura da Demonstração dos Lucros ou PrejuízosAcumulados Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) O objetivo dessa demonstração é a apresentação da destinação do lucro ou prejuízo do período. A distribuição e a movimentação ocorrida no saldo da conta de lucros ou prejuízos acumulados constarão da DLPA. Estrutura da DLPA Efeito/ocorrência Reserva p/contingências Provisões p/contingências Ocorrência do fato gerador Futuro Passado Efeito no patrimônio líquido Não altera Reduz Classificação contábil Patrimônio líquido Pas. circulante e/ou não circulante Efeito no resultado Destinação do resultado Reduz o resultado Essa demonstração está prevista no artigo 186 da Lei 6.404/76 A DLPA discriminará: I – o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária do saldo inicial; II – as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício; III – as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do período. Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) • Saldo de lucros ou prejuízos acumulados no início do período • Mudança de critério contábil; ou • Retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subsequentes Exemplo 1 Suponha que uma empresa avaliava seu estoque pelo método PEPS e mude o critério de avaliação para o custo médio. Suponha que o custo médio apurado fosse de R$11,50. Assim, devemos reduzir o estoque para R$ 1.610.000,00 no fim desse período. Logo o CMV do período seria R$ 30.000,00 maior e o lucro menor. Registro contábil: No início do exercício a) Registro de ajuste do valor dos estoques D Ajustes de Exercícios anteriores C Estoques R$ 30.000,00 b) Registro do ajuste relativo aos impostos D Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados Lucros ou Prejuízos Acumulados Saldo no início do exercício (+/-) Ajustes de Exercícios Anteriores Mudanças de Critérios Contábeis Retificação de Erros de Exercícios Anteriores Saldo Ajustado (+) Reversões de Reservas de Contingências de Lucros a Realizar (+/-) Resultado do exercício (-) Destinação do Lucro (-) Recursos destinados à formação de reservas de lucros Reserva Legal Reserva Estatutária Reserva de Lucros a Realizar Etc... (-) Dividendos a Distribuir Lucros ou Prejuízos Acumulados Saldo no encerramento do exercício Quant. R$ Total Quant. R$ Total Quant. R$ Total 40.000 11,00 440.000,00 100.000 12,00 1.200.000,00 140.000 1.640.000,00 Data 31/12/2011 Ficha de controle de Estoque Produto Alfa Entrada Saída Saldo C Ajustes de Exercícios anteriores R$ 10.200,00 No encerramento do exercício a) Baixa do ajuste de exercícios anteriores D Lucros ou Prejuízos acumulados C Ajustes de Exercícios Anteriores R$ 19.800,00 b) Baixa do Imposto de renda e contribuição social diferidos D Despesa com Imposto de Renda e Contribuição Social C Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos R$ 10.200,00 Exemplo 2 Suponhamos que uma empresa tenha registrado uma receita de equivalência patrimonial no valor de R$ 35.000,00, no encerramento do exercício de 2010, por conta dos resultados obtidos pela empresa investida nesse exercício. No entanto, o resultado da equivalência foi, por erro de cálculo, subestimado em R$ 20.000,00 e tal falha foi identificada no encerramento do exercício de 2011. Registro contábil: Na data do reconhecimento da receita (exercício de 2010) D Investimentos em Coligadas e Controladas C Resultado da Equivalência Patrimonial R$ 35.000,00 No encerramento do exercício de 2011, quando identificado o erro. D Investimentos em Coligadas e Controladas C Ajustes de Exercícios anteriores R$ 20.000,00 D Ajustes de Exercícios Anteriores C Lucros ou Prejuízos Acumulados R$ 20.000,00 Utilização das Reservas de lucros Absorção de prejuízos; Aumento de capital; Distribuição de dividendos. Reversão para LPA Reservas de lucros a realizar; e Reservas para contingências. • Resultado Líquido do Exercício Destinação do Resultado • Formação das reservas de lucros • Distribuição de dividendos Dividendo Mínimo Obrigatório: Artigo 202 da Lei 6404/76, • Parcela dos lucros estabelecida no estatuto; ou • Se este for omisso, a importância determinada mediante a utilização dos seguintes critérios: I– metade do lucro líquido do exercício diminuído ou acrescido dos seguintes valores: a) Importância destinada à constituição da reserva legal; b) Importância destinada à constituição da reserva para contingências e reversão da mesma formada em exercícios anteriores. Artigo 195-A - reserva de incentivos fiscais Exemplo Suponha que a empresa tenha obtido um lucro no valor de R$ 235.400, tenha criado reserva para contingência no valor de R$ 75.555, revertido reserva para contingências no valor de R$ 100.700, criado reserva de incentivo fiscal no valor de R$ 88.726 e destinado R$ 4.139 para a formação da reserva legal. Base de cálculo Percentual de distribuição previsto no estatuto: 30% Apuração do dividendo mínimo: Registro contábil: D Lucros ou Prejuízos Acumulados C Dividendos Obrigatório a Pagar R$ 50.304,00 Estrutura da Demonstração dos Fluxos de Caixa Demonstração dos Fluxos de Caixa (DLPA) O objetivo dessa demonstração é a apresentação das modificações ocorridas nos saldos das disponibilidades mantidas pela empresa, durante o exercício social, mediante a evidenciação dos diversos pagamentos e recebimentos ocorridos no exercício. Possibilita aos usuários, quando utilizadas em conjunto com as demais demonstrações, avaliem principalmente: a) A capacidade de a empresa gerar futuros fluxos líquidos positivos de caixa; b) A capacidade de a empresa honrar seus compromissos, pagar dividendos e retornar empréstimos obtidos; Patrimônio Líquido 5.243.925 Capital Social Realizado 3.321.195 Reservas de Capital 404.285 Reservas de Lucros 1.568.721 Reserva Legal 660.100 Reserva Estatutária 744.340 Reserva para Contingências 75.555 Reserva de Incentivos Fiscais 88.726 Ajustes de Avaliação Patrimonial (50.276) Lucro Líquido do Exercício 235.400 (-) Destinação do lucro: Reserva Legal (4.139) Reserva para Contingências (75.555) Reservas de Incentivos Fiscais (88.726) (+) Reversão de reserva para contingências 100.700 Base cálculo do dividendo obrigatório 167.680 Base de cálculo do dividendo obrigatório 167.680 Percentual previsto no Estatuto 30% Dividendo obrigatório 50.304 c) A liquidez, solvência e flexibilidade financeira da empresa; d) A taxa de conversão de lucro em caixa; e) A performance operacional de diferentes empresas, por eliminar os efeitos de distintos tratamentos contábeis para as mesmas transações, etc. Terminologia • Caixa: compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis; • Equivalentes caixa: aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor. Preparação e Apresentação da DFC Classificação dos Fluxos de caixa: • Fluxo das atividades operacionais; • Fluxo das atividades de investimentos; e • Fluxo das atividades de financiamento. Atividades operacionais Envolvem todas as atividades relacionadas com a produção e entrega de bens e serviços e os eventos que não sejam definidos como atividades de investimento e financiamento. Normalmente, relacionam-se com as transações que aparecem na Demonstração de Resultados. Principais eventos • Recebimentos pela venda de mercadorias e serviços; • Pagamentos a fornecedores de mercadorias e de serviços; • Pagamentos a empregados e encargos sociais; • Pagamento de Impostos; • Recebimentos de indenizações por sinistros; • Pagamentos de despesasoperacionais Atividades de investimentos Referem-se a recebimentos e pagamentos decorrentes de operações de aquisição e venda de ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa. Principais eventos • Pagamentos/recebimentos para aquisição/venda de imobilizados, intangíveis e outros ativos de longo prazo; • Pagamentos/recebimentos para aquisição/venda de instrumentos patrimoniais ou instrumentos de dívida de outras entidades e participações societárias em joint-ventures; • Adiantamentos e empréstimos feitos a terceiros; • Recebimentos para liquidação de adiantamentos ou amortização de empréstimos concedidos a terceiros; Atividades de financiamento Resultam em mudanças no tamanho e na composição do patrimônio líquido e empréstimos a pagar, que representam exigências impostas a futuros fluxos de caixa pelos fornecedores de capital à entidade. Principais eventos • Recebimento pela emissão de ações ou outros instrumentos patrimoniais; • Pagamentos pela aquisição ou resgate de ações da entidade; • Recebimentos pela emissão de debêntures, empréstimos, notas promissórias, outros títulos de dívida, hipotecas e outros empréstimos de curto e longo prazos; • Pagamento para amortização de empréstimos e financiamentos. Apresentação do fluxo de caixa da atividade operacional a) método direto, pelo qual são divulgadas as principais classes dos recebimentos de caixa brutos e dos pagamentos de caixa brutos; ou b) método indireto, pelo qual o lucro líquido ou prejuízo é ajustado pelos efeitos de: i. transações que não afetaram caixa ou equivalentes de caixa; ii. diferimentos ou acréscimos de recebimentos e pagamentos de caixa operacionais passados ou futuros; e iii. elementos que sejam fluxos de caixa decorrentes das atividades de investimento ou de financiamento. Método Direto Os fluxos das operações devem ser detalhados, no mínimo, nas seguintes classes: • recebimentos de clientes, incluindo os recebimentos de arrendatários, concessionários e similares; • recebimentos de juros e dividendos; • outros recebimentos das operações, se houver; • pagamentos a empregados e a fornecedores de produtos e serviços, aí incluídos segurança, propaganda, publicidade e similares; • juros pagos; • impostos; outros pagamentos das operações, se houver. Exemplo de elaboração da DFC pelo método direto: 2x11 2x12 2x11 2x12 Circulante Circulante Disponível 45.000 69.000 Fornecedores 30.000 60.000 Duplicatas a Receber 15.000 30.000 Contas a Pagar 3.000 7.500 Estoques 30.000 45.000 Emprest. Bancários 90.000 114.900 Total do Circulante 90.000 144.000 IR e CSL a pagar 5.250 22.500 Dividendos a Pagar 4.800 23.400 Não Circulante Total do Circulante 133.050 228.300 Investimentos Part. em Outras Cias. 15.000 79.200 Não Circulante Imobilizado Financiamentos 0 38.100 Máq. e Equipamentos 63.000 87.000 Total do Não Circulante 38.100 (-) Depreciação Acum. (9.000) (14.400) Móveis e Utensílios 36.000 45.000 Patrimônio Líquido (-) Depreciação Acum. (6.000) (9.600) Capital 145.950 150.000 Terrenos 90.000 125.400 Reservas de Lucros 40.200 Total do Não Circulante 189.000 312.600 Total do PL 145.950 190.200 Total do Ativo 279.000 456.600 Total do Passivo 279.000 456.600 Ativo Passivo Balanço Patrimonial da Cia Salve&Kana 1) IR e CSL apurados pelo lucro real com antecipação mensal e ajuste anual. 2) As despesas financeiras no valor de R$ 6.900 foram pagas no período. 3) Contas a Pagar inclui as obrigações referentes ao pagamento dos salários, tributos diversos (exceto IR e CSL) e outras contas operacionais. 4) Os financiamentos, obtidos no fim do exercício, referem-se a: R$ 18.100 pela aquisição de participações societárias; R$ 15.000 pela aquisição de terrenos e R$ 5.000 pela aquisição de Máquinas e Equipamentos. 5) O capital social da empresa foi aumentado em R$ 4.050,00, mediante integralização em dinheiro pelos acionistas. Determinação dos recebimentos de clientes: 1) Informações obtidas nas demonstrações da empresa: Saldo inicial de Duplicatas a Receber R$ 15.000,00; Saldo final de Duplicatas a Receber R$ 30.000,00; e Receita de Vendas do período R$ 315.000,00. 2) Determinação do valor recebido no exercício Saldo inicial das duplicatas a receber 15.000,00 (+) Receita de vendas do período 315.000,00 (-) Saldo final das contas a receber (30.000,00) (=) Recebimento das vendas 300.000,00 Determinação dos pagamentos aos fornecedores: 1) Determinação do valor das compras (se empresa mercantil): CMV 161.400,00 (+) Saldo final do Estoque de mercadorias 45.000,00 2x12 Receita de Vendas 315.000 (-) CMV (161.400) Lucro Bruto 153.600 (-) Despesas Operacionais Vendas (17.100) Administrativas (12.750) Depreciação (9.000) Outras Despesas (7.800) Lucro antes do resultado financeiro e dos tributos 106.950 (-) Despesas Financeiras (9.900) Lucro antes dos tributos sobre a renda 97.050 (-) IR e CSL (33.450) Lucro Líquido 63.600 2x12 Saldo de LPA no início do exercício 0 (+) Resultado do Exercício 63.600 Saldo à disposição da Assmbleia de Acionistas 63.600 (-) Destinação do Resultado Formação de Reservas (40.200) Dividendo obrigatório (23.400) Saldo de LPA no fim do exercício 0 DLPA da Cia Salve&Kana (-) Saldo final do Estoque de mercadorias (30.000,00) (=) Compras efetuadas no período 176.400,00 2) Determinação do valor pago no exercício Saldo inicial da dívida com Fornecedores 30.000,00 (+) Compras de mercadorias no período 176.400,00 (-) Saldo final da dívida com Fornecedores (60.000,00) (=) Pagamento aos Fornecedores no período 146.400,00 Determinação dos pagamentos de outras despesas operacionais: 1) Informações obtidas na DRE relativas a outras despesas operacionais: Despesas de Vendas 17.100,00; Administrativas 12.750,00; e Outras Despesas 7.800,00. 2) Informações adicionais fornecidas no enunciado: 3) Contas a Pagar inclui as obrigações referentes ao pagamento dos salários, tributos diversos (exceto IR e CSL) e outras contas operacionais” Fluxo de Caixa da Atividade Operacional: Método Direto 1) Determinação do pagamento do Imposto de renda e CSL: Exemplo de elaboração da DFC pelo método direto: Saldo inicial de Contas a pagar 3.000 (+) Despesas operacionais do período, que afetam o caixa Vendas 17.100 Administrativas 12.750 Outras Despesas 7.800 (-) Saldo final de Contas a pagar (7.500) Pagamento de despesas operacionais e salários no período 33.150 Recebimento de clientes 300.000 (-) Pagamento a fornecedores (146.400) (-) Pagamento de despesas operacionais e salários pagos (33.150) Caixa gerado pelas operações 120.450 Fluxo de caixa da atividade operacional Saldo inicial de IR e CSL a pagar 5.250 (+) despesa com IR e CSL do período 33.450 (-) Saldo final de IR e CSL a pagar (22.500) Pagamento de IR e CSL no período 16.200 Recebimento de clientes 300.000 (-) Pagamento a fornecedores (146.400) (-) Pagamento de despesas operacionais e salários pagos (33.150) Caixa gerado pelas operações 120.450 Juros pagos (6.900) IR e CSL pagos (16.200) Caixa gerado pela atividade operacional 64.200 Fluxo de caixa da atividade operacional Estrutura da Demonstração dos Fluxos de Caixa Preparação e Apresentação da DFC Classificação dos Fluxos de caixa: • Fluxo das atividades operacionais; • Fluxo das atividades de investimentos; e • Fluxo das atividades de financiamento. Apresentação do fluxo de caixa da atividade operacional a) método direto, pelo qual são divulgadas as principais classes dos recebimentos de caixa brutos e dos pagamentos de caixa brutos; ou b)método indireto, pelo qual o lucro líquido ou prejuízo é ajustado pelos efeitos de: i. transações que não afetaram caixa ou equivalentes de caixa; ii. diferimentos ou acréscimos de recebimentos e pagamentos de caixa operacionais passados ou futuros; e iii. elementos que sejam fluxos de caixa decorrentes das atividades de investimento ou de financiamento. Método Indireto O pronunciamento nº 3, do CPC, estabelece que a elaboração do fluxo de caixa da atividade operacional, pelo método indireto, parte do resultado do exercício que deve ser ajustado quanto aos efeitos de: a) variações ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar; b) itens que não afetam o caixa, tais como depreciação, provisões, tributos diferidos, ganhos e perdas cambiais não realizados e resultado de equivalência patrimonial quando aplicável; e c) todos os outros itens tratados como fluxos de caixa advindos das atividades de investimento e de financiamento. Elaboração da DFC pelo método indireto: a) transações que não afetam o caixa: receitas e despesas que não afetaram o caixa, isto é, não geraram entrada ou saída de dinheiro do caixa, devem ser ajustados para anular seus efeitos. Por exemplo: Despesa de depreciação; amortização; exaustão; e Resultados de equivalência patrimonial; b) Receitas ou despesas relacionadas às atividades de investimento e financiamento: as receitas e despesas que forem relacionadas a outras atividades que não a atividade operacional devem, também, ser objeto de ajuste. Por exemplo: • Os ganhos ou perdas de capital (vinculados à atividade de investimento). • As receitas e despesas financeiras (quando a companhia entende que as receitas e despesas de juros não têm o caráter operacional). c) Efeitos decorrentes da utilização do regime de competência: variações ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar decorrentes do registro das receitas e despesas com a utilização do regime de competência. Nesse caso, devemos analisar a variação no saldo das contas de ativo e passivo relacionadas às atividades operacionais da seguinte forma: Variação no saldo Ajuste Positiva Negativo Negativa Positivo Contas de saldo devedor relacionadas as atividades operacionais, como: estoques; duplicatas a receber; despesas pagas antecipadamente; adiantamento a fornecedores; e etc Exemplo de elaboração da DFC pelo método indireto: Variação no saldo Ajuste Positiva Positivo Negativa Negativo Contas de saldo credor relacionadas as atividades operacionais, como: PCLD; fornecedores; salários a pagar; impostos a recolher; contas a pagar; adiantamento de clientes; e etc. 2x11 2x12 2x11 2x12 Circulante Circulante Disponível 45.000 69.000 Fornecedores 30.000 60.000 Duplicatas a Receber 15.000 30.000 Contas a Pagar 3.000 7.500 Estoques 30.000 45.000 Emprest. Bancários 90.000 114.900 Total do Circulante 90.000 144.000 IR e CSL a pagar 5.250 22.500 Dividendos a Pagar 4.800 23.400 Não Circulante Total do Circulante 133.050 228.300 Investimentos Part. em Outras Cias. 15.000 79.200 Não Circulante Imobilizado Financiamentos 0 38.100 Máq. e Equipamentos 63.000 87.000 Total do Não Circulante 38.100 (-) Depreciação Acum. (9.000) (14.400) Móveis e Utensílios 36.000 45.000 Patrimônio Líquido (-) Depreciação Acum. (6.000) (9.600) Capital 145.950 150.000 Terrenos 90.000 125.400 Reservas de Lucros 40.200 Total do Não Circulante 189.000 312.600 Total do PL 145.950 190.200 Total do Ativo 279.000 456.600 Total do Passivo 279.000 456.600 Ativo Passivo Balanço Patrimonial da Cia Salve&Kana 2x12 Receita de Vendas 315.000 (-) CMV (161.400) Lucro Bruto 153.600 (-) Despesas Operacionais Vendas (17.100) Administrativas (12.750) Depreciação (9.000) Outras Despesas (7.800) Lucro antes do resultado financeiro e dos tributos 106.950 (-) Despesas Financeiras (9.900) Lucro antes dos tributos sobre a renda 97.050 (-) IR e CSL (33.450) Lucro Líquido 63.600 2x12 Saldo de LPA no início do exercício 0 (+) Resultado do Exercício 63.600 Saldo à disposição da Assmbleia de Acionistas 63.600 (-) Destinação do Resultado Formação de Reservas (40.200) Dividendo obrigatório (23.400) Saldo de LPA no fim do exercício 0 DLPA da Cia Salve&Kana 1) IR e CSL apurados pelo lucro real com antecipação mensal e ajuste anual. 2) As despesas financeiras no valor de R$ 6.900 foram pagas no período. 3) Contas a Pagar inclui as obrigações referentes ao pagamento dos salários, tributos diversos (exceto IR e CSL) e outras contas operacionais. 4) Os financiamentos, obtidos no fim do exercício, referem-se a: R$ 18.100 pela aquisição de participações societárias; R$ 15.000 pela aquisição de terrenos e R$ 5.000 pela aquisição de Máquinas e Equipamentos. 5) O capital social da empresa foi aumentado em R$ 4.050,00, mediante integralização em dinheiro pelos acionistas. 1. determinar quais as contas do balanço patrimonial referem-se à atividade operacional e obter a variação no seu saldo: 2. obter na DRE o resultado do exercício antes dos tributos; Lucro antes dos tributos sobre a renda R$ 97.050,00 3. analisar a composição do resultado para excluir o efeito de receitas e despesas de outras atividades; Não há! 4. analisar a composição do resultado para excluir o efeito de receitas e despesas que não afetaram o caixa. - Despesa de Depreciação Fluxo de Caixa da Atividade Operacional: Método indireto 5) Determinação do pagamento do Imposto de renda e CSL: 6) Pagamento de Juros: No caso esse valor foi apresentado nas informações adicionais item 2) As despesas financeiras no valor de R$ 6.900 foram pagas no período Exemplo de elaboração da DFC pelo método indireto: 2x11 2x12 Duplicatas a Receber 15.000 30.000 15.000 Estoques 30.000 45.000 15.000 Fornecedores 30.000 60.000 30.000 Contas a Pagar 3.000 7.500 4.500 Conta Saldo Variação Lucro antes dos tributos sobre a renda 97.050 Ajustes por: Despesas de Depreciação do período 9.000 Despesa financeira 9.900 115.950 Aumento no saldo de duplicatas a receber (15.000) Aumento no saldo de estoques (15.000) Aumento no saldo de Fornecedores 30.000 Aumento no saldo de Contas a Pagar 4.500 Caixa gerado pelas operações 120.450 Fluxo de caixa da atividade operacional Saldo inicial de IR e CSL a pagar 5.250 (+) despesa com IR e CSL do período 33.450 (-) Saldo final de IR e CSL a pagar (22.500) Pagamento de IR e CSL no período 16.200 Atividade de Investimentos: Referem-se a recebimentos e pagamentos decorrentes de operações de aquisição e venda de ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa. Atividade de Financiamentos: Resultam em mudanças no tamanho e na composição do patrimônio líquido e empréstimos a pagar, que representam exigências impostas a futuros fluxos de caixa pelos fornecedores de capital à entidade. 5) O capital social da empresa foi aumentado em R$ 4.050,00, mediante integralização em dinheiro pelos acionistas. Lucro antes dos tributos sobre a renda 97.050 Ajustes por: Despesas de Depreciação do período 9.000 Despesa financeira 9.900 115.950 Aumento no saldo de duplicatas a receber (15.000) Aumento no saldo de estoques (15.000) Aumento no saldo de Fornecedores 30.000 Aumento no saldo de Contas a Pagar 4.500 Caixa gerado pelas operações 120.450 Juros pagos (6.900) IR e CSL pagos (16.200) Caixa gerado pela atividade operacional 97.350 Fluxo de caixa da atividade operacional Não Circulante Variação Financiado Pago à vista Investimentos Part. em Outras Cias. 64.200 (18.100) 46.100 Imobilizado Máq. e Equipamentos 24.000 (5.000) 19.000 (-) Depreciação Acum. (5.400) Móveis e Utensílios 9.000 9.000 (-) Depreciação Acum. (3.600) Terrenos 35.400 (15.000) 20.400 Total do Não Circulante 123.600Pagamento na aquisição de participações em outras cias (46.100) Pagamento na aquisição de Máquinas e Equipamentos (19.000) Pagamento na aquisição de Móveis e Utensílios (9.000) Pagamento na aquisição de Terrenos (20.400) Caixa consumido na atividade de investimento (94.500) Fluxo de caixa da atividade de investimento Caixa recebido por aumento de capital 4.050 Empréstimos bancários obtidos 21.900 Dividendos pagos (4.800) Caixa gerado pela atividade de financiamento 21.150 Fluxo de caixa da atividade de financiamento Estrutura da Demonstração do Valor Adicionado e Balanço Social Valor Adicionado Riqueza produzida pela empresa Medida pela diferença entre o valor das vendas e os insumos adquiridos de terceiros, ajustados pela depreciação e amortização do período. Demonstração do Valor Adicionado (DVA) Fonte de informações sobre a capacidade de geração de valor (riqueza) pelas empresas e a forma pelo qual são distribuídos aos diversos agentes que dele usufruem. DRE → DVA Obrigatória para as sociedades de capital aberto (Lei 11.638/07, incluiu o item V no artigo 176 da Lei 6404/76). Estrutura conforme pronunciamento 9 do CPC: 1- RECEITAS 1.1) Vendas de mercadorias, produtos e serviços 1.2) Outras receitas 1.3) Prov. p/ crédito de liquidação duvidosa – Reversão / (Constituição) Venda de mercadorias, produtos e serviços: inclui os valores dos tributos incidentes sobre essas receitas (por exemplo, ICMS, IPI, PIS e COFINS), ou seja, corresponde ao ingresso bruto ou faturamento bruto, mesmo quando na demonstração do resultado tais tributos estejam fora do cômputo dessas receitas. 2- INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (inclui os valores dos impostos – ICMS, IPI, PIS e COFINS) 2.1) Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos 2.2) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros 2.3) Perda / Recuperação de valores ativos 2.4) Outros (especificar) Custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos: inclui os valores das matérias-primas adquiridas junto a terceiros e contidas no custo do produto vendido, das mercadorias e dos serviços vendidos adquiridos de terceiros; não inclui gastos com pessoal próprio. 3- VALOR ADICIONADO BRUTO (1 – 2) 4- DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO 5- VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3 – 4) DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO: inclui a despesa ou o custo contabilizados no período. 6- VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERENCIA 6.1) Resultado de equivalência patrimonial 6.2) Receitas financeiras Saldo final de empréstimos bancários 114.900 (-) Despesas financeiras (9.900) (+) Juros pagos 6.900 (-) Saldo inicial de empréstimos bancários (90.000) Empréstimos bancários obtidos no período 21.900 Dividendos a pagar no início do período 4.800 (+)Dividendos declarados no exercício 23.400 (-) Dividendos a pagar no fim do período (23.400) Dividendo pagos no período 4.800 6.3) Outras 7- VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5 + 6) Resultado da equivalência patrimonial: o resultado da equivalência patrimonial pode representar receita ou despesa; se despesa, deve ser considerado como redução ou valor negativo. Receitas financeiras: inclui todas as receitas financeiras, inclusive as variações cambiais ativas, independentemente de sua origem. Outras receitas: inclui os dividendos relativos a investimentos avaliados ao custo, alugueis, direitos de franquia, etc. 8- DISTRIBUIÇAO DO VALOR ADICIIONADO (*) 8.1) Pessoal 8.2) Impostos, taxas e contribuições 8.3) Remuneração de capitais de terceiros 8.4) Remuneração de capitais próprios Pessoal: valores apropriados ao custo e ao resultado do exercício na forma de remuneração direta (salários, férias, horas extras, participação nos lucros, etc), benefícios (assistência médica, alimentação, transporte, etc) e FGTS. Impostos, taxas e contribuições: valores relativos ao imposto de renda, contribuição social sobre o lucro, contribuições ao INSS que sejam ônus do empregador, bem como os demais impostos e contribuições a que a empresa esteja sujeita. Para os impostos compensáveis, tais como ICMS, IPI, PIS e COFINS, devem ser considerados apenas os valores incidentes sobre as receitas e os respectivos valores incidentes sobre os itens considerados como insumos adquiridos de terceiros”. Remuneração de capitais de terceiros: valores pagos ou creditados aos financiadores externos de capital, tais como juros, aluguel, royalties, franquias, direitos autorais, etc. Remuneração de capitais próprios: valores relativos à remuneração atribuída aos sócios e acionistas, tais como juros sobre o capital próprio (JCP), dividendos, lucros retidos (formação de reservas) ou prejuízos retidos. Exemplo de elaboração da DVA (informações): Demonstração do Resultado Receita Líquida 9.119 (-) Custo de Mercadorias Vendidas (4.200) (=) Resultado Bruto 4.919 (+/-) Receitas e Despesas Operacionais Vendas e Administração (3.000) Ganho na venda de imobilizado 315 Desp. da Equivalência Patrimonial (325) = Resultado antes das Receitas e despesas financeiras 1.909 Receita de Juros 480 Despesas Financeiras (155) (=) Resultado antes do tributos sobre a renda 2.234 (-) CSSL (600) (-) Provisão para o Imposto de Renda (840) (=) Resultado líquido do exercício 794 Encargos Sociais 360 Depreciação e Amortização 240 Ordenados e Salários 1.200 Energia, Água e Comunicações 176 Serviços de Terceiros 240 Material de Consumo 120 Imposto Predial Territorial Urbano 184 Propaganda e Publicidade 480 Total 3.000 Detalhamento das Despesas Operacionais Saldo Inicial de LPA 0 (+) LLE 794 (-) Destinação para Reservas (476) (-) Dividendos propostos (318) Saldo Final de LPA 0 DLPA CMV (Bruto dos impostos) 5.773 (-) ICMS (aliquota 18%) (1.039) (-) COFINS (aliquota 7,60%) (439) (-) PIS (aliquota 1,65%) (95) CMV (líquido dos impostos) 4.200 Vendas brutas de mercadorias 12.535 (-) ICMS (aliquota 18%) (2.256) (-) COFINS (aliquota 7,60%) (953) (-) PIS (aliquota 1,65%) (207) Detalhamento do CMV Detalhamento das vendas CMV (Bruto dos impostos) 5.773 (-) ICMS (aliquota 18%) (1.039) (-) COFINS (aliquota 7,60%) (439) (-) PIS (aliquota 1,65%) (95) CMV (líquido dos impostos) 4.200 Vendas brutas de mercadorias 12.535 (-) ICMS (aliquota 18%) (2.256) (-) COFINS (aliquota 7,60%) (953) (-) PIS (aliquota 1,65%) (207) Detalhamento do CMV Detalhamento das vendas Balanço Social É um relatório que busca apresentar as ações da empresa em relação à comunidade, ao meio ambiente e aos funcionários. • Não é uma demonstração contábil. • Não é exigida no Brasil. a) Os indicadores sociais internos e externos; b) Os indicadores ambientais; c) Os indicadores do corpo funcional; e d) As informações relevantes quanto a cidadania empresarial. Notas Explicativas e outras Informações Notas Explicativas Imposto Venda Compra Pagamento ICMS 2.256 (1.039) 1.217 COFINS 953 (439) 514 PIS 207 (95) 112 Pagamento dos impostos sobre vendas 1) Receitas 12.850 1.1 - Receita Bruta de Vendas 12.535 1.2 - Ganho na venda de imobilizado 315 2) Insumos e Serviços de Terceiros 6.789 2.1 - CMV Bruto dos impostos 5.773 2.2 -Energia, Água e Comunicações 176 2.3 -Serviços de Terceiros 240 2.4 -Material de Consumo 120 2.5 -Propaganda e Publicidade 480 3) Valor Adicionado Bruto 6.061 4) Depreciação, Amortização e Exaustão 240 5) Valor Adicionado Líquido Produzido pela Entidade 5.821 6) Valor Adicionado Recebido em Transferência 155 6.1 - Receitada Equivalência Patrimonial (325) 6.1 - Desconto Condicional Obtido 480 7) Valor Adicionado Total a Distribuir 5.976 Demonstração do Valor Adicionado 8) Distribuição do Valor Adicionado 5.976 8.1 - Pessoal 1.560 8.1.1 - Remuneração Direta 1.560 8.2 - Impostos, Taxas e Contribuições 3.467 8.2.1 - Federais 2.066 IR e CSL 1.440 Pis/Cofins 626 8.2.2 - Estaduais 1.217 ICMS 1.217 8.2.3 - Municipais 184 Imposto Predial Territorial Urbano 184 8.3 - Remuneração do Capital de Terceiros 155 Despesas Financeiras 155 8.4 - Remuneração do Capital Próprio 794 Dividendos 318 Lucros Retidos (destinação para reservas) 476 "as demonstrações serão complementadas por Notas Explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício". § 4º do artigo 176 Não são demonstrações contábeis. Evidenciação X Disclosure Apresentação • formato descritivo; • quadros analíticos; e • outras demonstrações. Exemplo: formato descritivo (c) Imobilizado dado em garantia Na controladora e no consolidado existem bens do imobilizado (máquinas e equipamentos) em garantia de empréstimos e financiamentos no montante de R$ 3.953 e R$ 37.094, respectivamente. Exemplo: quadros (a) Imobilizado por área geográfica Conteúdo das notas explicativas (§ 5º do Artigo 176) I. apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) II. divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) III. fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) IV. indicar: (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do ativo; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247, parágrafo único); (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (art. 182, § 3o ); (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) f) o número, espécies e classes das ações do capital social; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1o); e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) Ordem usual de apresentação das notas explicativas a) declaração de conformidade com os Pronunciamentos, Orientações e Interpretações do Comitê de Pronunciamentos Contábeis; b) resumo das políticas contábeis significativas aplicadas; c) informação de suporte de itens apresentados nas demonstrações contábeis pela ordem em que cada demonstração e rubrica sejam apresentadas; e d) outras divulgações, incluindo: i. passivos contingentes e compromissos contratuais não reconhecidos; e ii. divulgações não financeiras, por exemplo, os objetivos e políticas de gestão do risco financeiro da entidade. Contexto Operacional Usualmente apresenta informações acerca de: ✓ ramo de atividade explorado pela empresa; ✓ base de operação e o mercado de atuação; ✓ estágio de desenvolvimento dos negócios (fase de implantação, consolidado ou em expansão). “A Lojas Americanas S.A. ("LASA" ou a "Companhia") é uma sociedade anônima de capital aberto com ações negociadas na Bolsa de Valores do Estado de São Paulo sob os códigos LAME3 - ON e LAME4 - PN e se dedica ao comércio de varejo de produtos de consumo, através de 621 lojas (em 31 de dezembro de 2010 - 539 lojas), sendo 390 lojas no modelo tradicional e 232 lojas no modelo Americanas Express, situadas nas principais capitais e cidades do País e 3 centros de distribuição ...” Sumário das práticas contábeis Divulgação dos principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais com o objetivo de permitir que os usuários conheçam as práticas contábeis adotadas pela empresa. Resumo das principais políticas contábeis As principais políticas contábeis aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras estão definidas abaixo. Essas políticas foram aplicadas de modo consistente nos exercícios apresentados, salvo disposição em contrário. Principais fontes da incerteza das estimativas Divulgação das principais fontes das incertezas das estimativas à data do balanço, que tenham risco significativo de provocar modificação material nos valores contábeis de ativos e passivos durante os próximos exercícios. Estimativas e julgamentos contábeis críticos As estimativas e os julgamentos contábeis são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros, consideradas razoáveis para as circunstâncias. Estimativas e premissas contábeis críticas Com base em premissas, o Grupo faz estimativas com relação ao futuro. Por definição, as estimativas contábeis resultantes raramente serão iguais aos respectivos resultados reais. As estimativas e premissas que apresentam um risco significativo, com probabilidade de causar um ajuste relevante nos valores contábeis de ativos e passivos para o próximo exercício social, estão contempladas a seguir: (a) Perda (impairment) do ágio (c) Valor justo de derivativos e outros instrumentos financeiros
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