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Treinamento Aeróbio Contínuo

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CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCÍNIO 
UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL 
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO 
 
 
 
 
 
 
 
ALTERAÇÕES DOS SISTEMAS FISIOLÓGICOS OCASIONADAS POR 
DIFERENTES MODELOS DE TREINAMENTO 
TREINAMENTO AERÓBIO CONTÍNUO 
 
 
 
 
 
 
 
DANYELE REGINA PIPI 20665296 
GUILHERME NABAS DE CASTRO 20719655 
LUISA DE BARROS ZAMPIERI 21481865 
VITOR ANGELO APARECIDO DE SOUZA ALMEIDA 20601689 
 
 
 
 
 
 
ITU/SP 
2020 
 
 
2 
 
DANYELE REGINA PIPI 
GUILERME NABAS DE CASTRO 
LUISA DE BARROS ZAMPIERI 
 VITOR ANGELO APARECIDO DE SOUZA ALMEIDA 
 
 
 
 
ALTERAÇÕES DOS SISTEMAS FISIOLÓGICOS OCASIONADAS POR 
DIFERENTES MODELOS DE TREINAMENTO 
TREINAMENTO AERÓBIO CONTÍNUO 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE FISIOLOGIA HUMANA, apresentado 
ao curso de EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO 
como requisito para obtenção de nota. 
Professor: Fabio Milioni 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ITU/SP 
2020 
 
 
3 
 
RESUMO 
 
Profissionais de Educação Física devem considerar os objetivos e necessidades do 
cliente ao prescrever exercícios, além de conhecer os fundamentos de cada atividade 
física e quais benefícios serão oferecidos durante e pós a prática. O objetivo deste 
trabalho é compreender os mecanismos afetados pelo treinamento aeróbio contínuo, 
quais alterações e adaptações fisiológicas sucedem este treino e as melhorias por ele 
ofertadas, reconhecendo a importância de manter o corpo ativo, para que sejamos 
capazes de formular exercícios e atividades específicas para determinadas situações. 
Para a realização deste trabalho foram reconhecidas obras de cunho científico de 
pesquisadores e organizações da saúde que afirmam os efeitos da prática aeróbia e 
a quantidade necessária para alcançar uma qualidade de vida. 
Palavras-chave: prescrever; atividade física; treinamento aeróbio contínuo; 
alterações; adaptações fisiológicas; saúde 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 5 
2. TREINAMENTO AERÓBIO CONTÍNUO ................................................................. 6 
2.1 Recomendações de intensidade, frequência e duração do treino ........ 6 
2.2 Modelos ................................................................................................ 7 
3. MECANISMOS FISIOLÓGICOS AFETADOS PELO TREINAMENTO AERÓBIO 
CONTÍNUO ................................................................................................................. 8 
3.1 Alterações para performance de atletas de endurance ........................ 9 
3.2 Melhora do condicionamento cardiorrespiratório................................ 10 
4. SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA .......................................................................... 10 
5. AERÓBIO CONTÍNUO COMO ESTRATÉGIA PARA TRATAMENTO/PREVENÇÃO 
DE DOENÇA ............................................................................................................. 11 
5.1 Método de estratégia para o tratamento da doença coronariana ....... 11 
5.2 Eficácia do treinamento para o tratamento de doenças ..................... 12 
5.3 Os benefícios do aeróbico no tratamento de doenças dificilmente 
irreversíveis ........................................................................................................ 12 
6. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 13 
7. REFERÊNCIA ....................................................................................................... 14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1. INTRODUÇÃO 
Segundo dados apresentados em 2006 (Brasília/DF) pelo Ministério da Saúde 
no Cadernos de Atenção Básica, 12,6% das mulheres e 8,8% dos homens adultos 
brasileiros são obesos. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (2017) afirma que 
a proporção de obesos no Brasil vem aumentando desde 2008. São considerados 
obesos, pessoas que apresentam índice de massa corporal (IMC) igual ou acima de 
30. A obesidade, assim como outras doenças são facilitadas pela inatividade física. 
Logo, as várias ênfases postuladas por pesquisas que discorrem da importância do 
exercício físico, revelam a necessidade de praticar regularmente atividades aeróbicas 
que beneficiam o funcionamento homeostático do organismo. 
Fazer parte da rotina das pessoas programas de treinamento aeróbico é 
significante para uma considerável melhora no funcionamento do corpo. Por este fato, 
é de extrema relevância a compreensão das mesmas sobre a questão e dos efeitos 
causados por este modelo de treinamento. Portanto, a necessidade de estudar os 
efeitos causados pelo treinamento aeróbio contínuo se justifica. O objetivo do presente 
trabalho é compreender os mecanismos fisiológicos afetados por este modelo de 
treino. 
O trabalho busca informações das alterações metabólicas e hormonais que são 
ocasionadas pelo treino aeróbio; explora a importância de manter o corpo ativo por 
meio de treinos de longa duração para auxiliar na obtenção de saúde; além de alertar 
a necessidade desses exercícios que são estipulados como aeróbio para o 
tratamento/prevenção de doenças. A elaboração do trabalho foi através de revisão 
bibliográfica em artigos científicos e livros pulicados por especialistas, organizações 
nacionais e mundiais da área da saúde. São profissionais que discutem as dimensões 
e influências do exercício físico, ressaltando o trabalho aeróbio para as condições 
fisiológicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
2. TREINAMENTO AERÓBIO CONTÍNUO 
“The New Aerobics” foi publicado na década de 60 definindo o termo pela 
primeira vez como forma de treinamento, obra produzida por Dr. Kenneth H. Cooper, 
médico e coronel do exército americano. O conteúdo desta obra estabeleceu os 
impactos do treinamento aeróbico, fornecendo dicas de como lidar com os problemas 
que podem prejudicar o programa de exercícios. Desde o final da década de 1960, 
foram impulsionados inúmeros fundamentos para esta forma de treinamento. 
Segundo Grünelwald e Wöllzenmüller (1984), executar um trabalho muscular durante 
um período longo e não apresentar sinais de fadiga, é uma capacidade denominada 
aeróbica, são características que determinam melhor aproveitamento do treino: 
frequência, duração e intensidade. Quando os exercícios são realizados de maneira 
contínua, com a utilização de Adenosina Trifosfato-ATP para gerar trabalho mecânico, 
denomina-se atividade aeróbica (MC ARDLE; KATCH; KATCH, 1998). 
De acordo com a Universidade de São Paulo (USP), trata-se da utilização de 
grupos musculares grandes com exercícios contínuos, de longa duração e intensidade 
baixa à moderada, como caminhar, pedalar, correr, nadar, dançar. Essas atividades 
aeróbicas adiantam benefícios cardiovasculares - o coração é capaz de bombear mais 
sangue por batimento, portanto, reduz-se a frequência cardíaca em repouso-, devido 
aumento do fluxo sanguíneo e de gastos energéticos, é possível evitar patologias 
causadas por obesidade ou sobrepeso, como doenças cardíacas, diabetes, 
hipertensão arterial, alguns cânceres, pois são enfermidades com maior índice de 
mortalidade mundial, como explica o Médico Endocrinologista e Chefe de Serviço de 
Metabologia (IEDE), Amélio F. de Godoy Matos, apresentado no documentário “Muito 
além do peso” lançado em 2012, dirigido por Estela Renner. Exercícios aeróbicos 
diminuem o percentual de gordura corporal devido a utilização dos ácidos graxos 
como principal fonte energética (GUEDES Jr.; GUEDES, 1998). É capaz de combater 
estresse, depressão e ansiedade pois promove liberação de endorfinas (substâncias 
com ação analgésica). A USP também afirma que promove redução de dores 
musculares crônicas. 
 
2.1 Recomendações de intensidade, frequência e duração do treino 
Profissionais da área da saúde ressaltam a importânciada atividade física no 
tratamento de doenças e melhora da saúde, a Associação Americana do Coração 
 
 
7 
 
(2002) recomendou que os indivíduos realizem exercícios físicos todos os dias, se 
possível, com intensidade variando entre moderada e vigorosa de acordo com a 
aptidão física de cada indivíduo, por cerca de trinta minutos (PEARSON; BLAIR; 
DANIELS; ECKEL; FAIR; FORTMANN). O Colégio Americano de Medicina do Esporte 
recomenda um programa completo que inclua exercícios contra resistência e de 
flexibilidade, sendo prudente abordagem gradual ao prescrever exercícios para 
indivíduos mais idosos. Com relação ao adulto saudável, desenvolver e manter 
aptidões cardiorrespiratória, composição corporal, força e endurance, a quantidade e 
o tipo de treinamento recomendado é: Frequência sendo de três a cinco vezes por 
semana; Intensidade de treinamento de 60 a 90% da Frequência Cardíaca Máxima, 
50 a 85% do Consumo Máximo de Oxigênio ou da reserva de Frequência Cardíaca 
Máxima; Duração de treinamento de 20 a 60 minutos de atividade aeróbica contínua. 
Sendo que a duração se relaciona com a intensidade da atividade, dessa forma, < 
intensidade em > tempo ou > intensidade em < tempo. 
Conseguinte as recomendações médicas da prática regular de exercício físico 
aeróbio e da compreensão dos efeitos positivos que ele exerce para manutenção da 
saúde, bem como desenvolvimento da aptidão cardiorrespiratória e do gerenciamento 
moderado do peso corporal sem intervenção nutricional, os níveis de inatividade física 
aumentam, relacionando essa situação a diversos impasses, como a falta de 
disponibilidade (MORGAN; BATTERSBY; WEIGHTMAN, 2016). Considerando esta 
barreira, foram desenvolvidas estratégias de treinamento aeróbio curto que fossem 
eficazes para alcançar os objetivos pessoais de indivíduos que não possuem muito 
tempo para se dedicar aos exercícios físicos, como o Treinamento Intervalado de Alta 
Intensidade (TIAI). 
 
2.2 Modelos 
O TIAI é um prático e rápido modelo de treinamento, totaliza cerca de 20 
minutos, pois são realizados 10 estímulos de 60 segundos com intensidade variando 
de 85-95% da Frequência Cardíaca Máxima, intercalando com intervalos passivos de 
mesma duração. Porém, é um treinamento que não potencializa prazer durante a 
prática, como o Treinamento em Intensidade Autosselecionada (TIA), que permite ao 
praticante eleger a intensidade que deseja. Gledson Tavares de Amorim Oliveira 
(2018) em sua dissertação produzida para obtenção do grau Mestre em Educação 
 
 
8 
 
Física na Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, destaca a 
importância de conhecer se a intensidade adequa a aquisição de benefícios à saúde. 
Este trabalho científico, compara os efeitos das estratégias de treinamento aeróbio, 
sendo eles: Treinamento Contínuo de Moderada Intensidade (TCMI); Treinamento 
Intervalado de Alta Intensidade (TIAI); Treinamento em Intensidade Autosselecionada 
(TIAI), diante das intervenções propostas, concluiu que os métodos apresentam 
“efeitos similares sobre a aptidão cardiorrespiratória; sendo que apenas o TIA reduziu 
componentes da composição corporal”, considerando que a intervenção foi feita em 
sujeitos inativos com excesso de peso em regime. 
Para aprimoramento do condicionamento aeróbio, Pogere (1998) classificou os 
métodos de treinamento como: Contínuo, Intervalado e Combinado. O treinamento 
contínuo baseia-se em exercícios com longa duração e baixa intensidade, 
considerado o melhor método para indivíduos inativos que buscam diminuir o 
percentual de gordura corpórea, pois proporciona grande gasto calórico. Treinamento 
Intervalado aplica-se a uma atividade repetida que alterne exercícios e períodos de 
recuperação, com intensidade e duração controladas. A união dos dois métodos, 
segundo Pogere, é chamado de Treinamento Combinado ou Misto, no qual, a sessão 
se divide. “A escolha do método para a aplicação na aula depende de uma série de 
fatores como o nível e o objetivo dos alunos” (p. 193). 
 
3. MECANISMOS FISIOLÓGICOS AFETADOS PELO TREINAMENTO AERÓBIO 
CONTÍNUO 
Os exercícios aeróbios melhoram significativamente as adaptações 
metabólicas e hormonais em indivíduos praticantes, envolvem especialmente os 
sistemas esquelético, muscular e o sistema cardiorrespiratório, visto que as atividades 
são individualizadas para promover satisfação e bem estar ao praticante. Sendo 
assim, alteram inúmeras funções no organismo, induzindo as adaptações 
metabólicas, desempenho do músculo esquelético, variando de 50 a 85% do VO2 máx, 
na biogênese mitocondrial e na oxidação de substratos energéticos, incluindo glicose 
e gorduras (EGAN B; ZIERATH JR, 2013). Mecanismos fisiológicos são conhecidos 
como respostas que acontecem em associação direta à sessão de exercício. 
 
 
 
 
9 
 
3.1 Alterações para performance de atletas de endurance 
Segundo Denadai, Ortiz e Mello (2004), o modelo de treinamento aeróbio 
contínuo é mais prático e utilizado para performance em atletas de endurance, 
dependendo da intensidade exercida e distância percorrida, melhorando o rendimento 
esportivo e o desenvolvimento da resistência aeróbia podendo influenciar as relações 
dos efeitos fisiológicos ativando todos os grandes grupos musculares e todos os tipos 
de fibras em especial as do tipo I. Conforme citado, em atletas de endurance, as fibras 
de contração lenta (tipo I) geram energia para a ressíntese do ATP 
predominantemente através do sistema aeróbio de transferência de energia 
(BORGES; PEREIRA, 2006) e o consumo máximo de oxigênio (VO2max). 
Foi observado no estudo de Denadai, Ortiz e Mello (2004), o VO2max não teve 
alteração de modo significante em relação a distância analisada, embora existissem 
adaptações metabólicas e neuromusculares que melhoram a performance aeróbia, o 
debito cardíaco máximo não permite que o VO2max aumente. O VO2max é o índice 
fisiológico que representa a potência aeróbia, ou seja, índice cardiorrespiratório e 
metabólico que afetam a capacidade máxima do organismo em captar, transportar e 
utilizar o oxigênio durante e pós atividade. 
Na moderada (25% a 65% do VO2max), a lipólise que é a queima de gordura 
que ocorre principalmente durante a prática de exercícios físicos é aumentada durante 
o esforço, e utiliza como principal fonte de energia durante o exercício, os triglicerídeos 
intramusculares, ou seja, quando comparado ao repouso, aumenta em cerca de 5 a 
10 vezes a oxidação de ácidos graxos, devido à alta demanda energética dos 
músculos ativos. Em intensidade intensa varia de 65% a 75% VO2máx. 
Este modelo de treinamento aumenta a quantidade de mitocôndrias no tecido 
muscular esquelético, utilizando mais de 99% da demanda energética. A mitocôndria 
utiliza oxigênio para a oxidação de intermediários bioenergéticos do catabolismo de 
glicose e ácidos graxos para a produção de Adenosina Trifosfato (ATP). ATP é a 
molécula responsável pelo fornecimento de energia para as células, incluindo as 
células musculares. Ou seja, quanto maior o número de mitocôndrias, maior a 
produção de ATP e assim, mais energia. Após o período de treinamento, a 
porcentagem de ATP proveniente da oxidação de ácidos graxos aumenta, 
demonstrando a adaptação do metabolismo muscular perante a prática dos exercícios 
físicos aeróbios. 
 
 
10 
 
3.2 Melhora do condicionamento cardiorrespiratório 
Segundo Borges, Pereira (2006), as alterações fisiológicas mais significantes 
proveniente deste modelo de treinamento aeróbio prolongado é o aumento do 
acúmulo de eritrócitos ou glóbulos vermelhos (as hemácias) assim sendo a 
hemoglobina, o que indica o aumento do transporte de oxigênio na corrente 
sanguínea. Verifica-se o aumento do número de capilares das fibras musculares 
(angiogênese), através do oxigênio que é captado pelo músculo por meio da corrente 
sanguínea além de facilitar a difusão do mesmo para dentro das fibras musculares.Ocorre uma elevação na concentração e no nível de atividade das enzimas 
envolvidas no metabolismo aeróbio, o que potencializa a oxidação de carboidratos e 
gorduras, da mesma forma ocorre uma elevação das reservas musculares de 
glicogênio e triglicerídeos intramusculares propiciando um maior aporte energético. 
Além de uma diminuição da frequência cardíaca de repouso através de estudos que 
sugerem que indivíduos bem treinados ou bem condicionados fisicamente possuem 
frequência cardíaca de repouso mais baixa, sugerindo maior atividade parassimpática, 
ou menor atividade simpática (FERRARINI, 2017). 
De acordo com Borges, Pereira (2006) observa-se que em nível cardíaco 
acontece um aumento no volume da quantidade de sangue ejetada pelo ventrículo a 
cada sístole decorrente do aumento de tamanho da cavidade ventricular esquerda em 
aproximadamente 25% em relação a um indivíduo sedentário. Há benefícios de 
exercícios aeróbios em indivíduos obesos, pois gera uma redução da gordura corporal 
podendo também utilizar gorduras como fontes energéticas, portanto não aumenta a 
massa muscular e ocorre a manutenção do tecido magro do corpo. 
Ao analisar essas alterações fisiológicas em repouso e durante o exercício e 
pós-exercício, observamos alterações que modificam favoravelmente no estado 
psicológico de homens e mulheres, ocorre redução dos níveis de estresse, ansiedade 
e melhora da autoestima. 
 
4. SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA 
A atividade física é um dos fatores determinantes que auxiliam para uma boa 
qualidade de vida, com isso, diversos estudos identificaram com precisão que 
exercícios físicos de força podem melhorar a saúde mental e física do indivíduo, 
assim, a evidência segundo um estudo realizado que tem por fim resultante a melhora 
 
 
11 
 
do estado depressivo de mulheres idosas com treinamento aeróbio, teve resultados 
significativos, segundo BRUNONI et al.( 2015, p.189), o treinamento de força baseado 
na percepção de esforço foi um método efetivo para uma redução nos sintomas 
depressivos das participantes; já que o transtorno depressivo é uma doença de caráter 
comum, que afeta negativamente a forma de pensar e agir de um indivíduo na 
sociedade. 
O treinamento aeróbio contínuo constitui-se de exercícios que utilizam diversos 
grupos musculares em um tempo relativamente alto, provendo assim, diversos 
benefícios a saúde como, por exemplo, o emagrecimento de pessoas com os níveis 
de IMC acima do recomendado, melhora na autoestima e agindo também na melhora 
de processos fisiológicos, como, a redução de níveis glicêmicos em portadores de 
diabete mellitus do tipo 2 (DM2), patologia que segundo ALVES et al.(2011, p.220) é 
considerado uma das maiores epidemias da história da humanidade, estimando-se 
que, no ano de 2025, cerca de 380 milhões de pessoas serão portadores dessa 
patologia; segundo o estudo, exercícios cíclicos como corrida, caminhada, natação e 
ciclismo aplicados adequadamente são fundamentais para a recuperação e melhora 
do estado de algumas patologias inclusive a DM2, segundo ALVES et Al.(2011, p.223) 
o teste não medicamentoso apresentou resultados positivos, afirmando que com um 
diagnóstico precoce, tratamento adequado e um bom controle de exercício físico, a 
progressão e as complicações do DM2 podem ser evitadas justificando o exercício 
físico como uma alternativa reconhecida e viável. Manter um corpo ativo fisicamente 
proporciona diversos resultados favoráveis para qualquer idade, beneficiando e 
aprimorando aptidões físicas relacionados a saúde como, resistência muscular, força, 
flexibilidade e melhora cardiorrespiratório que são essenciais para uma vida cotidiana 
saudável (FRANCHI; JUNIOR, 2005, p. 152-156). 
 
5. AERÓBIO CONTÍNUO COMO ESTRATÉGIA PARA 
TRATAMENTO/PREVENÇÃO DE DOENÇA 
 
5.1 Método de estratégia para o tratamento da doença coronariana 
O treinamento aeróbio continuo é utilizado como estratégia para tratamento e 
prevenção de doenças. Segundo Jones (1975, p.133), este método de treinamento foi 
utilizado em um estudo para reabilitação cardíaca da doença coronariana, segundo 
 
 
12 
 
esses estudos, foi comprovado a eficácia dos exercícios durante o tratamento da 
doença, pacientes que seguiram o que foi determinado obtiveram imediatamente 
resultados em relação a melhoria da saúde, tendo uma vida mais qualificada com essa 
prevenção. Foi descoberta essa estratégia prevenção por meio de publicação feitas 
por pessoas que possuem que fazer exercícios aeróbio continuo ajudavam no 
tratamento. 
 
5.2 Eficácia do treinamento para o tratamento de doenças 
A obesidade pode ser considerada um dos maiores problemas de saúde da 
atualidade por estar associada a inúmeras doenças, apesar de não representar uma 
grande causa da morte. Segundo Ammon (1999) observou que os exercícios aeróbios 
continuam e de resistência muscular pareceram alcançar os maiores e melhores 
resultados nos programas de perda de peso. O objetivo de emagrecimento foi muito 
eficaz, os exercícios aeróbio intermitentes e contínuos utilizam alto fluxo de energia, 
proporcionando maior gasto calórico e também um aumento no consumo de oxigênio 
após o treinamento. 
 
5.3 Os benefícios para o tratamento de doenças dificilmente irreversíveis 
Algumas doenças crônicas, como AIDS que é caracterizado pela função 
inexistente dos linfócitos T, HIV. A sua infecção e seu tratamento estão ligados a 
alterações físicas e fisiológicas que pode delimitar a qualidade de vida de quem possui 
esse vírus, sendo assim deixando o seu dia a dia mais limitado. Segundo PUBMED E 
CAPES, foram discutidos e investigados que exercícios aeróbios tiveram a 
comprovação de que possuem esse vírus obtiveram resultados positivo, (MARQUES 
E SOUZA,2009). Outros benefícios do treinamento aeróbio continuo segundo o 
Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Ensino, obtiveram respostas 
sobre o exercícios aplicados não somente em pessoas que possuem doenças, mas 
que também viram melhorias em pessoas que possui índice de obesidade, que 
tiveram ótimos resultados, como, perca de peso, melhoria no metabolismo, qualidade 
de vida, entre outros (MORENO, LIBERALI E NAVARRO, 2009, P.298-304). 
 
 
 
 
13 
 
6. CONCLUSÃO 
 
Diante dos fatos expostos, o presente estudo possibilitou a análise de que o 
modelo de treinamento aeróbio contínuo induz alterações no sistema fisiológico, 
oportunizando a prevenção ou reabilitação de doenças cardiorrespiratórias, diabetes, 
hipertensão arterial, e demais enfermidades ocasionadas também pela inatividade 
física. Conforme verificado, o modelo de treino permite que todos os níveis de 
praticantes possam utilizar, desde iniciantes até indivíduos treinados, pode ser 
executado de acordo com a duração, intensidade e frequência prescrita 
individualmente promovendo benefícios à saúde e qualidade de vida. A atividade física 
não está relacionada somente ao esporte, mas sim, às atividades que exijam a 
utilização de grupos musculares e gasto energético. 
Como estudantes de Educação Física, torna-se de extrema importância 
conhecer os efeitos causados pelo treino aeróbio, para que sejamos aptos a 
prescrever exercícios especializados. Na prática do treinamento contínuo, nota-se 
alterações no organismo e a adaptação do metabolismo, como o aumento da 
quantidade de oxigênio consumido, o gasto da moeda energética (ATP) das células, 
o aumento decorrente da oxidação de ácidos graxos, aumento dos capilares que 
envolvem a fibra muscular facilitando a entrada de oxigênio para as células 
musculares. Esses são efeitos que podem ser causados à curto e longo prazo que 
favorecem na aquisição de saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
7. REFERÊNCIAS 
 
AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR. Manual de diretrizes para o 
enfrentamento da obesidade na Saúde Suplementar Brasileira. Rio de Janeiro, 2017. 
ALMEIDA, Marcos B.; ARAÚJO, Claudio GilS. Efeitos do treinamento aeróbico sobre 
a freqüência cardíaca. Rev Bras Med Esporte, v. 9, n. 2, p. 104-12, 2003. 
ALMEIDA, Rafael. Efeito do treinamento aeróbico nas capacidades físicas e 
composição corporal. Universidade de Brasília. Faculdade de Educação Física. 
Programa Universidade Aberta do Brasil. Alto Paraíso de Goiás, GO, 2012. 
Orientador: João Batista Ferreira Júnior. 
ALVES, Jean Flávio. Efeito agudo do treinamento aeróbio continuo e variado na 
glicemia de portadores de Diabetes Mellitus do tipo 2. Revista Brasileira de Fisiologia 
do Exercício – Vol. 10 no.4 outubro/dezembro 2011. 
AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. A quantidade e o tipo recomendados 
de exercícios para o desenvolvimento e a manutenção da aptidão cardiorrespiratória 
e muscular em adultos saudáveis. Posicionamento Oficial. Revista Brasileira de 
Medicina do Esporte. Vol. 4, nº 3, 1998. 
AMMON, PK. Individualizing the Approach to Treating Obesity. The Nurse Practitioner. 
1999; 24(2):27- 41. 
ANDERSEN RE. Exercise, an active lifestyle, and obesity. The Physician and Sports 
Medicine. 1999; 27(10)32-41. 
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BALLOR DL., HARVEY-BERINO JR., ADES, P. Contrasting effects of resistance and 
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Metabolism. 1996; 45(2):179- 183. 
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na melhora do condicionamento cardiorrespiratório. Rev. Estudos. 2006; 33(7):573-
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BOUCHARD, C. Atividade física e obesidade. Manole: São Paulo; 2003. 
 
 
15 
 
BRONSTEIN, MD. Exercício físico e obesidade. Rev. Soc. Cardiol. Estado de São 
Paulo. 1996; 6(1):111- 115.ção da Saúde, v. 18, n. 3, p. 152-156, 2005. 
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a qualidade de vida relacionada a saúde em idosas. Revista brasileira de educação 
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CHAVES, Celia; OLIVEIRA, Cristiano; BRITTO, José Augusto; GASPAR ELSAS, 
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