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CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCÍNIO UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO ALTERAÇÕES DOS SISTEMAS FISIOLÓGICOS OCASIONADAS POR DIFERENTES MODELOS DE TREINAMENTO TREINAMENTO AERÓBIO CONTÍNUO DANYELE REGINA PIPI 20665296 GUILHERME NABAS DE CASTRO 20719655 LUISA DE BARROS ZAMPIERI 21481865 VITOR ANGELO APARECIDO DE SOUZA ALMEIDA 20601689 ITU/SP 2020 2 DANYELE REGINA PIPI GUILERME NABAS DE CASTRO LUISA DE BARROS ZAMPIERI VITOR ANGELO APARECIDO DE SOUZA ALMEIDA ALTERAÇÕES DOS SISTEMAS FISIOLÓGICOS OCASIONADAS POR DIFERENTES MODELOS DE TREINAMENTO TREINAMENTO AERÓBIO CONTÍNUO TRABALHO DE FISIOLOGIA HUMANA, apresentado ao curso de EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO como requisito para obtenção de nota. Professor: Fabio Milioni ITU/SP 2020 3 RESUMO Profissionais de Educação Física devem considerar os objetivos e necessidades do cliente ao prescrever exercícios, além de conhecer os fundamentos de cada atividade física e quais benefícios serão oferecidos durante e pós a prática. O objetivo deste trabalho é compreender os mecanismos afetados pelo treinamento aeróbio contínuo, quais alterações e adaptações fisiológicas sucedem este treino e as melhorias por ele ofertadas, reconhecendo a importância de manter o corpo ativo, para que sejamos capazes de formular exercícios e atividades específicas para determinadas situações. Para a realização deste trabalho foram reconhecidas obras de cunho científico de pesquisadores e organizações da saúde que afirmam os efeitos da prática aeróbia e a quantidade necessária para alcançar uma qualidade de vida. Palavras-chave: prescrever; atividade física; treinamento aeróbio contínuo; alterações; adaptações fisiológicas; saúde 4 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 5 2. TREINAMENTO AERÓBIO CONTÍNUO ................................................................. 6 2.1 Recomendações de intensidade, frequência e duração do treino ........ 6 2.2 Modelos ................................................................................................ 7 3. MECANISMOS FISIOLÓGICOS AFETADOS PELO TREINAMENTO AERÓBIO CONTÍNUO ................................................................................................................. 8 3.1 Alterações para performance de atletas de endurance ........................ 9 3.2 Melhora do condicionamento cardiorrespiratório................................ 10 4. SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA .......................................................................... 10 5. AERÓBIO CONTÍNUO COMO ESTRATÉGIA PARA TRATAMENTO/PREVENÇÃO DE DOENÇA ............................................................................................................. 11 5.1 Método de estratégia para o tratamento da doença coronariana ....... 11 5.2 Eficácia do treinamento para o tratamento de doenças ..................... 12 5.3 Os benefícios do aeróbico no tratamento de doenças dificilmente irreversíveis ........................................................................................................ 12 6. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 13 7. REFERÊNCIA ....................................................................................................... 14 5 1. INTRODUÇÃO Segundo dados apresentados em 2006 (Brasília/DF) pelo Ministério da Saúde no Cadernos de Atenção Básica, 12,6% das mulheres e 8,8% dos homens adultos brasileiros são obesos. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (2017) afirma que a proporção de obesos no Brasil vem aumentando desde 2008. São considerados obesos, pessoas que apresentam índice de massa corporal (IMC) igual ou acima de 30. A obesidade, assim como outras doenças são facilitadas pela inatividade física. Logo, as várias ênfases postuladas por pesquisas que discorrem da importância do exercício físico, revelam a necessidade de praticar regularmente atividades aeróbicas que beneficiam o funcionamento homeostático do organismo. Fazer parte da rotina das pessoas programas de treinamento aeróbico é significante para uma considerável melhora no funcionamento do corpo. Por este fato, é de extrema relevância a compreensão das mesmas sobre a questão e dos efeitos causados por este modelo de treinamento. Portanto, a necessidade de estudar os efeitos causados pelo treinamento aeróbio contínuo se justifica. O objetivo do presente trabalho é compreender os mecanismos fisiológicos afetados por este modelo de treino. O trabalho busca informações das alterações metabólicas e hormonais que são ocasionadas pelo treino aeróbio; explora a importância de manter o corpo ativo por meio de treinos de longa duração para auxiliar na obtenção de saúde; além de alertar a necessidade desses exercícios que são estipulados como aeróbio para o tratamento/prevenção de doenças. A elaboração do trabalho foi através de revisão bibliográfica em artigos científicos e livros pulicados por especialistas, organizações nacionais e mundiais da área da saúde. São profissionais que discutem as dimensões e influências do exercício físico, ressaltando o trabalho aeróbio para as condições fisiológicas. 6 2. TREINAMENTO AERÓBIO CONTÍNUO “The New Aerobics” foi publicado na década de 60 definindo o termo pela primeira vez como forma de treinamento, obra produzida por Dr. Kenneth H. Cooper, médico e coronel do exército americano. O conteúdo desta obra estabeleceu os impactos do treinamento aeróbico, fornecendo dicas de como lidar com os problemas que podem prejudicar o programa de exercícios. Desde o final da década de 1960, foram impulsionados inúmeros fundamentos para esta forma de treinamento. Segundo Grünelwald e Wöllzenmüller (1984), executar um trabalho muscular durante um período longo e não apresentar sinais de fadiga, é uma capacidade denominada aeróbica, são características que determinam melhor aproveitamento do treino: frequência, duração e intensidade. Quando os exercícios são realizados de maneira contínua, com a utilização de Adenosina Trifosfato-ATP para gerar trabalho mecânico, denomina-se atividade aeróbica (MC ARDLE; KATCH; KATCH, 1998). De acordo com a Universidade de São Paulo (USP), trata-se da utilização de grupos musculares grandes com exercícios contínuos, de longa duração e intensidade baixa à moderada, como caminhar, pedalar, correr, nadar, dançar. Essas atividades aeróbicas adiantam benefícios cardiovasculares - o coração é capaz de bombear mais sangue por batimento, portanto, reduz-se a frequência cardíaca em repouso-, devido aumento do fluxo sanguíneo e de gastos energéticos, é possível evitar patologias causadas por obesidade ou sobrepeso, como doenças cardíacas, diabetes, hipertensão arterial, alguns cânceres, pois são enfermidades com maior índice de mortalidade mundial, como explica o Médico Endocrinologista e Chefe de Serviço de Metabologia (IEDE), Amélio F. de Godoy Matos, apresentado no documentário “Muito além do peso” lançado em 2012, dirigido por Estela Renner. Exercícios aeróbicos diminuem o percentual de gordura corporal devido a utilização dos ácidos graxos como principal fonte energética (GUEDES Jr.; GUEDES, 1998). É capaz de combater estresse, depressão e ansiedade pois promove liberação de endorfinas (substâncias com ação analgésica). A USP também afirma que promove redução de dores musculares crônicas. 2.1 Recomendações de intensidade, frequência e duração do treino Profissionais da área da saúde ressaltam a importânciada atividade física no tratamento de doenças e melhora da saúde, a Associação Americana do Coração 7 (2002) recomendou que os indivíduos realizem exercícios físicos todos os dias, se possível, com intensidade variando entre moderada e vigorosa de acordo com a aptidão física de cada indivíduo, por cerca de trinta minutos (PEARSON; BLAIR; DANIELS; ECKEL; FAIR; FORTMANN). O Colégio Americano de Medicina do Esporte recomenda um programa completo que inclua exercícios contra resistência e de flexibilidade, sendo prudente abordagem gradual ao prescrever exercícios para indivíduos mais idosos. Com relação ao adulto saudável, desenvolver e manter aptidões cardiorrespiratória, composição corporal, força e endurance, a quantidade e o tipo de treinamento recomendado é: Frequência sendo de três a cinco vezes por semana; Intensidade de treinamento de 60 a 90% da Frequência Cardíaca Máxima, 50 a 85% do Consumo Máximo de Oxigênio ou da reserva de Frequência Cardíaca Máxima; Duração de treinamento de 20 a 60 minutos de atividade aeróbica contínua. Sendo que a duração se relaciona com a intensidade da atividade, dessa forma, < intensidade em > tempo ou > intensidade em < tempo. Conseguinte as recomendações médicas da prática regular de exercício físico aeróbio e da compreensão dos efeitos positivos que ele exerce para manutenção da saúde, bem como desenvolvimento da aptidão cardiorrespiratória e do gerenciamento moderado do peso corporal sem intervenção nutricional, os níveis de inatividade física aumentam, relacionando essa situação a diversos impasses, como a falta de disponibilidade (MORGAN; BATTERSBY; WEIGHTMAN, 2016). Considerando esta barreira, foram desenvolvidas estratégias de treinamento aeróbio curto que fossem eficazes para alcançar os objetivos pessoais de indivíduos que não possuem muito tempo para se dedicar aos exercícios físicos, como o Treinamento Intervalado de Alta Intensidade (TIAI). 2.2 Modelos O TIAI é um prático e rápido modelo de treinamento, totaliza cerca de 20 minutos, pois são realizados 10 estímulos de 60 segundos com intensidade variando de 85-95% da Frequência Cardíaca Máxima, intercalando com intervalos passivos de mesma duração. Porém, é um treinamento que não potencializa prazer durante a prática, como o Treinamento em Intensidade Autosselecionada (TIA), que permite ao praticante eleger a intensidade que deseja. Gledson Tavares de Amorim Oliveira (2018) em sua dissertação produzida para obtenção do grau Mestre em Educação 8 Física na Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, destaca a importância de conhecer se a intensidade adequa a aquisição de benefícios à saúde. Este trabalho científico, compara os efeitos das estratégias de treinamento aeróbio, sendo eles: Treinamento Contínuo de Moderada Intensidade (TCMI); Treinamento Intervalado de Alta Intensidade (TIAI); Treinamento em Intensidade Autosselecionada (TIAI), diante das intervenções propostas, concluiu que os métodos apresentam “efeitos similares sobre a aptidão cardiorrespiratória; sendo que apenas o TIA reduziu componentes da composição corporal”, considerando que a intervenção foi feita em sujeitos inativos com excesso de peso em regime. Para aprimoramento do condicionamento aeróbio, Pogere (1998) classificou os métodos de treinamento como: Contínuo, Intervalado e Combinado. O treinamento contínuo baseia-se em exercícios com longa duração e baixa intensidade, considerado o melhor método para indivíduos inativos que buscam diminuir o percentual de gordura corpórea, pois proporciona grande gasto calórico. Treinamento Intervalado aplica-se a uma atividade repetida que alterne exercícios e períodos de recuperação, com intensidade e duração controladas. A união dos dois métodos, segundo Pogere, é chamado de Treinamento Combinado ou Misto, no qual, a sessão se divide. “A escolha do método para a aplicação na aula depende de uma série de fatores como o nível e o objetivo dos alunos” (p. 193). 3. MECANISMOS FISIOLÓGICOS AFETADOS PELO TREINAMENTO AERÓBIO CONTÍNUO Os exercícios aeróbios melhoram significativamente as adaptações metabólicas e hormonais em indivíduos praticantes, envolvem especialmente os sistemas esquelético, muscular e o sistema cardiorrespiratório, visto que as atividades são individualizadas para promover satisfação e bem estar ao praticante. Sendo assim, alteram inúmeras funções no organismo, induzindo as adaptações metabólicas, desempenho do músculo esquelético, variando de 50 a 85% do VO2 máx, na biogênese mitocondrial e na oxidação de substratos energéticos, incluindo glicose e gorduras (EGAN B; ZIERATH JR, 2013). Mecanismos fisiológicos são conhecidos como respostas que acontecem em associação direta à sessão de exercício. 9 3.1 Alterações para performance de atletas de endurance Segundo Denadai, Ortiz e Mello (2004), o modelo de treinamento aeróbio contínuo é mais prático e utilizado para performance em atletas de endurance, dependendo da intensidade exercida e distância percorrida, melhorando o rendimento esportivo e o desenvolvimento da resistência aeróbia podendo influenciar as relações dos efeitos fisiológicos ativando todos os grandes grupos musculares e todos os tipos de fibras em especial as do tipo I. Conforme citado, em atletas de endurance, as fibras de contração lenta (tipo I) geram energia para a ressíntese do ATP predominantemente através do sistema aeróbio de transferência de energia (BORGES; PEREIRA, 2006) e o consumo máximo de oxigênio (VO2max). Foi observado no estudo de Denadai, Ortiz e Mello (2004), o VO2max não teve alteração de modo significante em relação a distância analisada, embora existissem adaptações metabólicas e neuromusculares que melhoram a performance aeróbia, o debito cardíaco máximo não permite que o VO2max aumente. O VO2max é o índice fisiológico que representa a potência aeróbia, ou seja, índice cardiorrespiratório e metabólico que afetam a capacidade máxima do organismo em captar, transportar e utilizar o oxigênio durante e pós atividade. Na moderada (25% a 65% do VO2max), a lipólise que é a queima de gordura que ocorre principalmente durante a prática de exercícios físicos é aumentada durante o esforço, e utiliza como principal fonte de energia durante o exercício, os triglicerídeos intramusculares, ou seja, quando comparado ao repouso, aumenta em cerca de 5 a 10 vezes a oxidação de ácidos graxos, devido à alta demanda energética dos músculos ativos. Em intensidade intensa varia de 65% a 75% VO2máx. Este modelo de treinamento aumenta a quantidade de mitocôndrias no tecido muscular esquelético, utilizando mais de 99% da demanda energética. A mitocôndria utiliza oxigênio para a oxidação de intermediários bioenergéticos do catabolismo de glicose e ácidos graxos para a produção de Adenosina Trifosfato (ATP). ATP é a molécula responsável pelo fornecimento de energia para as células, incluindo as células musculares. Ou seja, quanto maior o número de mitocôndrias, maior a produção de ATP e assim, mais energia. Após o período de treinamento, a porcentagem de ATP proveniente da oxidação de ácidos graxos aumenta, demonstrando a adaptação do metabolismo muscular perante a prática dos exercícios físicos aeróbios. 10 3.2 Melhora do condicionamento cardiorrespiratório Segundo Borges, Pereira (2006), as alterações fisiológicas mais significantes proveniente deste modelo de treinamento aeróbio prolongado é o aumento do acúmulo de eritrócitos ou glóbulos vermelhos (as hemácias) assim sendo a hemoglobina, o que indica o aumento do transporte de oxigênio na corrente sanguínea. Verifica-se o aumento do número de capilares das fibras musculares (angiogênese), através do oxigênio que é captado pelo músculo por meio da corrente sanguínea além de facilitar a difusão do mesmo para dentro das fibras musculares.Ocorre uma elevação na concentração e no nível de atividade das enzimas envolvidas no metabolismo aeróbio, o que potencializa a oxidação de carboidratos e gorduras, da mesma forma ocorre uma elevação das reservas musculares de glicogênio e triglicerídeos intramusculares propiciando um maior aporte energético. Além de uma diminuição da frequência cardíaca de repouso através de estudos que sugerem que indivíduos bem treinados ou bem condicionados fisicamente possuem frequência cardíaca de repouso mais baixa, sugerindo maior atividade parassimpática, ou menor atividade simpática (FERRARINI, 2017). De acordo com Borges, Pereira (2006) observa-se que em nível cardíaco acontece um aumento no volume da quantidade de sangue ejetada pelo ventrículo a cada sístole decorrente do aumento de tamanho da cavidade ventricular esquerda em aproximadamente 25% em relação a um indivíduo sedentário. Há benefícios de exercícios aeróbios em indivíduos obesos, pois gera uma redução da gordura corporal podendo também utilizar gorduras como fontes energéticas, portanto não aumenta a massa muscular e ocorre a manutenção do tecido magro do corpo. Ao analisar essas alterações fisiológicas em repouso e durante o exercício e pós-exercício, observamos alterações que modificam favoravelmente no estado psicológico de homens e mulheres, ocorre redução dos níveis de estresse, ansiedade e melhora da autoestima. 4. SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA A atividade física é um dos fatores determinantes que auxiliam para uma boa qualidade de vida, com isso, diversos estudos identificaram com precisão que exercícios físicos de força podem melhorar a saúde mental e física do indivíduo, assim, a evidência segundo um estudo realizado que tem por fim resultante a melhora 11 do estado depressivo de mulheres idosas com treinamento aeróbio, teve resultados significativos, segundo BRUNONI et al.( 2015, p.189), o treinamento de força baseado na percepção de esforço foi um método efetivo para uma redução nos sintomas depressivos das participantes; já que o transtorno depressivo é uma doença de caráter comum, que afeta negativamente a forma de pensar e agir de um indivíduo na sociedade. O treinamento aeróbio contínuo constitui-se de exercícios que utilizam diversos grupos musculares em um tempo relativamente alto, provendo assim, diversos benefícios a saúde como, por exemplo, o emagrecimento de pessoas com os níveis de IMC acima do recomendado, melhora na autoestima e agindo também na melhora de processos fisiológicos, como, a redução de níveis glicêmicos em portadores de diabete mellitus do tipo 2 (DM2), patologia que segundo ALVES et al.(2011, p.220) é considerado uma das maiores epidemias da história da humanidade, estimando-se que, no ano de 2025, cerca de 380 milhões de pessoas serão portadores dessa patologia; segundo o estudo, exercícios cíclicos como corrida, caminhada, natação e ciclismo aplicados adequadamente são fundamentais para a recuperação e melhora do estado de algumas patologias inclusive a DM2, segundo ALVES et Al.(2011, p.223) o teste não medicamentoso apresentou resultados positivos, afirmando que com um diagnóstico precoce, tratamento adequado e um bom controle de exercício físico, a progressão e as complicações do DM2 podem ser evitadas justificando o exercício físico como uma alternativa reconhecida e viável. Manter um corpo ativo fisicamente proporciona diversos resultados favoráveis para qualquer idade, beneficiando e aprimorando aptidões físicas relacionados a saúde como, resistência muscular, força, flexibilidade e melhora cardiorrespiratório que são essenciais para uma vida cotidiana saudável (FRANCHI; JUNIOR, 2005, p. 152-156). 5. AERÓBIO CONTÍNUO COMO ESTRATÉGIA PARA TRATAMENTO/PREVENÇÃO DE DOENÇA 5.1 Método de estratégia para o tratamento da doença coronariana O treinamento aeróbio continuo é utilizado como estratégia para tratamento e prevenção de doenças. Segundo Jones (1975, p.133), este método de treinamento foi utilizado em um estudo para reabilitação cardíaca da doença coronariana, segundo 12 esses estudos, foi comprovado a eficácia dos exercícios durante o tratamento da doença, pacientes que seguiram o que foi determinado obtiveram imediatamente resultados em relação a melhoria da saúde, tendo uma vida mais qualificada com essa prevenção. Foi descoberta essa estratégia prevenção por meio de publicação feitas por pessoas que possuem que fazer exercícios aeróbio continuo ajudavam no tratamento. 5.2 Eficácia do treinamento para o tratamento de doenças A obesidade pode ser considerada um dos maiores problemas de saúde da atualidade por estar associada a inúmeras doenças, apesar de não representar uma grande causa da morte. Segundo Ammon (1999) observou que os exercícios aeróbios continuam e de resistência muscular pareceram alcançar os maiores e melhores resultados nos programas de perda de peso. O objetivo de emagrecimento foi muito eficaz, os exercícios aeróbio intermitentes e contínuos utilizam alto fluxo de energia, proporcionando maior gasto calórico e também um aumento no consumo de oxigênio após o treinamento. 5.3 Os benefícios para o tratamento de doenças dificilmente irreversíveis Algumas doenças crônicas, como AIDS que é caracterizado pela função inexistente dos linfócitos T, HIV. A sua infecção e seu tratamento estão ligados a alterações físicas e fisiológicas que pode delimitar a qualidade de vida de quem possui esse vírus, sendo assim deixando o seu dia a dia mais limitado. Segundo PUBMED E CAPES, foram discutidos e investigados que exercícios aeróbios tiveram a comprovação de que possuem esse vírus obtiveram resultados positivo, (MARQUES E SOUZA,2009). Outros benefícios do treinamento aeróbio continuo segundo o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Ensino, obtiveram respostas sobre o exercícios aplicados não somente em pessoas que possuem doenças, mas que também viram melhorias em pessoas que possui índice de obesidade, que tiveram ótimos resultados, como, perca de peso, melhoria no metabolismo, qualidade de vida, entre outros (MORENO, LIBERALI E NAVARRO, 2009, P.298-304). 13 6. CONCLUSÃO Diante dos fatos expostos, o presente estudo possibilitou a análise de que o modelo de treinamento aeróbio contínuo induz alterações no sistema fisiológico, oportunizando a prevenção ou reabilitação de doenças cardiorrespiratórias, diabetes, hipertensão arterial, e demais enfermidades ocasionadas também pela inatividade física. Conforme verificado, o modelo de treino permite que todos os níveis de praticantes possam utilizar, desde iniciantes até indivíduos treinados, pode ser executado de acordo com a duração, intensidade e frequência prescrita individualmente promovendo benefícios à saúde e qualidade de vida. A atividade física não está relacionada somente ao esporte, mas sim, às atividades que exijam a utilização de grupos musculares e gasto energético. Como estudantes de Educação Física, torna-se de extrema importância conhecer os efeitos causados pelo treino aeróbio, para que sejamos aptos a prescrever exercícios especializados. Na prática do treinamento contínuo, nota-se alterações no organismo e a adaptação do metabolismo, como o aumento da quantidade de oxigênio consumido, o gasto da moeda energética (ATP) das células, o aumento decorrente da oxidação de ácidos graxos, aumento dos capilares que envolvem a fibra muscular facilitando a entrada de oxigênio para as células musculares. Esses são efeitos que podem ser causados à curto e longo prazo que favorecem na aquisição de saúde. 14 7. REFERÊNCIAS AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR. Manual de diretrizes para o enfrentamento da obesidade na Saúde Suplementar Brasileira. Rio de Janeiro, 2017. ALMEIDA, Marcos B.; ARAÚJO, Claudio GilS. Efeitos do treinamento aeróbico sobre a freqüência cardíaca. Rev Bras Med Esporte, v. 9, n. 2, p. 104-12, 2003. ALMEIDA, Rafael. Efeito do treinamento aeróbico nas capacidades físicas e composição corporal. Universidade de Brasília. Faculdade de Educação Física. Programa Universidade Aberta do Brasil. 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