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CASO CONCRETO 2

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA...VARA DO TRABAHO DE SETE LAGOAS/MG
Nelson Aviz, brasileiro, estado civil, profissão, nome da mãe, data de nascimento, inscrito no RG sob o n°..., e no CPF sob o n°..., portador da CTPS de n°..., inscrito no PIS de n°..., endereço eletrônico, residente e domiciliado no endereço..., com o CEP de n°..., por seu advogado infra-assinado (procuração anexa), com endereço eletrônico..., e com endereço profissional..., onde recebe intimações, com fulcro no artigo 840, §1°, da CLT c/c art. 319 do CPC, vem propor à presente, 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Pelo rito Ordinário, em face da sociedade empresária Alfa Ltda., pessoa jurídica de direito privado/público, inscrita no CNPJ sob o nº..., endereço eletrônico..., endereço completo com CEP de n°..., pelos motivos de fato e de direito que passa a expor.
I - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
 Com base no art. 790, § 3º da CLT o reclamante declara para os devidos fins e sob pena da lei, ser hipossuficiente, encontrando-se desempregado e não tendo como arcar com o pagamento de custas e demais despesas processuais, sem o prejuízo de seu sustento e de sua família pelo motivo requer os benefícios da justiça gratuita.
II - DOS FATOS
	O reclamante exerceu a função de técnico de informática na sociedade empresária de nome Alfa Ltda, localizada em Sete Lagoas/MG no período compreendido entre 17/12/2017 a 28/04/2018, de segunda-feira a sábado, das 20hs às 5hs, tendo um intervalo de vinte minutos para refeição.
	O reclamante foi despedido por justa causa, apesar de não ter feito nada de errado, não recebendo qualquer indenização, mas apenas saldo salarial do último mês.
	O salário família que o reclamante recebia não era integrado para fim algum.
	Devido o local ser de difícil acesso, e não ser servido por meio de transporte público, a empresa disponibilizava o transporte tanto de ida como o de volta.
Nos seus contracheques, em todos os meses desde a admissão, havia o lançamento de crédito de um salário mínimo de R$ 1.200,00 e uma cota de salário-família; já na parte de descontos, há INSS, vale-transporte e FGTS. 
O reclamante ainda exibiu sua CTPS, na qual consta admissão em 17/12/2017 e saída em 28/04/2018, na função de auxiliar de serviços gerais. 
III - DOS FUNDAMENTOS
1ª) Justa Causa
	Consta na CTPS do reclamante que o mesmo praticou conduta inadequada, motivo pelo qual resultou na rescisão do seu contrato de trabalho
Nos termos do art. 842 da CLT, constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador o rol de alíneas do art. 482 da CLT, especificando as condutas pelo qual o empregador poderá demitir por justa causa, entretanto não há nas alíneas a razão.
O reclamante afirma que foi despedido por justa causa apesar de não ter feito nada que a justificasse e conforme dispõe a Súmula 212 do TST, o ônus de provar o término do contrato de trabalho quando negados a prestação de serviços e o despedimento é do empregador, que no caso em tela se manteve inerte.
Diante o exposto, requer seja afastado a justa causa da demissão.
2ª) Verbas Resilitórias
O reclamante foi dispensado por justa causa e recebeu apenas o saldo salarial do último mês.
Entretanto, após o afastamento da justa causa do reclamante, são devidas verbas rescisórias contratuais de:
a) Aviso prévio indenizado a luz do art. 487 da CLT, de 30 dias com a integração desse período no seu tempo de serviço e reflexos nas verbas contratuais e resilitórias;
b) Férias proporcionais de 5/12 (cinco doze avos) acrescido do terço constitucional, conforme súmula 328 do TST, art. 7º XVII da CF e súmula 171 do TST, a razão de R$...
c) Décimo terceiro proporcional de 4/12 (quatro doze avos) conforme art. 3º da Lei nº 4.090/1961, a razão de R$...;
d) Multa do FGTS de 40 %, conforme estabelece o art. 18 da Lei nº 8.036/90, a razão de R$...; e
e) Liberação das guias do saque do FGTS.
Em função do fato, requer a procedência dos pedidos das verbas rescisórias descritas anteriormente.
3ª) Horas Extras
O reclamante tinha jornada de trabalho das 20 (vinte) horas às 5 (cinco) horas, de segunda a sábado. Assim, depreende-se de que sua jornada era de 48 (quarenta e oito) horas semanais.
O reclamante requer, as horas extras devidas com adicional de 50% (cinqüenta por cento) superior da hora normal, haja vistas o labor superior de 44 horas semanais em 4 (quatro) horas, sendo devidas essas horas extras, conforme dispõe o art. 59, § 1º CLT, art. 58, CLT e art. 7º, XIII, CRFB/88.
4ª) Intervalo Intrajornada
O reclamante trabalhava de segunda-feira a sábado das 20h às 5h, com intervalo de 20 minutos para a refeição.
Nos termos do art. 71 da CLT, o trabalho cuja duração exceda 6 horas, é obrigatório a concessão de um intervalo mínimo de uma hora.
Contudo, o reclamante tinha um intervalo de apenas 20 minutos, sendo assim suprimidos 40 minutos de descanso. Logo, conforme estabelece o art. 71, § 4º da CLT, implica o pagamento de natureza indenizatória do período suprimido (40 minutos) com acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração hora normal do trabalho.
5ª) Adicional Noturno
Nos termos do art. 73 da CLT, o trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno de pelo menos 20% sobre a hora diurna. De acordo com o § 2º, do art. 73 da CLT, compreende-se como noturno, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte.
Portanto, o reclamante faz jus ao adicional noturno, pois o seu labor compreendia a jornada das 20h às 5h.
Ademais, requer o provimento do adicional noturno a luz do art. 7º, IX, da CF e art. 73 e § 2º da CLT, com o adicional de 20% sobre as horas diurnas das 7 horas em que o reclamante laborava conforme explicado anteriormente.
6ª) Retificação da CTPS
Para constar a verdadeira função e o pagamento da diferença salarial o reclamante exercia função de técnico de informática com salário de R$ 1.200,00 (hum mil e duzentos reais), entretanto em sua CTPS consta a função de auxiliar de serviços gerais. Consta na convenção coletiva da categoria do reclamante que o piso normativo para a função desempenhada de fato o valor de R$ 1.800,00 (hum mil e oitocentos reais).
O reclamante, requer as diferenças salariais diante o piso salarial apresentado, condenando o reclamado ao pagamento das diferenças de todo o período em que o reclamante exerceu a função de técnico de informática e a retificação da CTPS a fim de que conste o real valor e a função, conforme estabelece o art. 29 da CLT.
7ª) Indenização por Dano Moral
Pela anotação da penalidade na CTPS do reclamante exibiu sua CTPS na qual consta na parte destinada a anotações gerais, de que o reclamante foi dispensado por justa causa em razão de conduta inadequada.
Nos termos do art. 29, § 4º da CLT, é vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado em sua CTPS. Entretanto o reclamado não observou o § 4º, do art. 29 da CLT, e realizou anotação desabonadora.
Ademais, acreditando que seja afastada a justa causa pelas razões de fato e de direito alhures, requer que seja retificada a CTPS do reclamante a fim de que seja retirada a anotação de “conduta inadequada”.
Com base neste contexto, requer a condenação do reclamado ao pagamento de Dano Moral pela anotação de penalidade na CTPS do autor, conforme dispõe o art. 223-C da CLT.
8ª) Devolução do FGTS
O reclamante apresentou cópias dos contracheques em que consta descontos do FGTS.
Nos termos do art. 15 da Lei nº 9.036/90, é de obrigação do empregador o pagamento correspondente a 8% para o FGTS.
Diante o exposto, requer a devolução do desconto do FGTS.
JURISPRUDÊNCIA
TRT – 4 RECURSO ORIDNÁRIO RO 00204927620165040014 
EMENTA
DISPENSA POR JUSTA CAUSA AUSENCIA DE COMUNICAÇÃO DOS MOTIVOS DA DISPENSA À TRABALHADORA. AUSENCIA DE PROVA DA FALTA GRAVE. As faltas cometidas pelo empregado são passíveis de advertência, suspensão e dispensa por justa causa nos termos do art. 482 da CLT. A justa causa configura-se quando o trabalhador pratica falta grave o suficiente para inviabilizar a continuidade do contrato de trabalho ou quandosucessivas faltas menores acabam por gerar a mesma impossibilidade de contribuição da prestação dos serviços. Por ser medida extrema, a qual inclusive limita as parcelas devidas na rescisão do contrato de trabalho, deve ser expressamente e de forma clara comunicada ao trabalhador, a fim de que saiba o motivo da aplicação de tal sanção. Ademais, não é possível a aplicação de duas sanções para o mesmo fato (advertência e demissão por justa causa). Havendo negativa da trabalhadora da ocorrência de fatos caracterizadores de falta grave, não bastando declarações de empregadas da própria empresa notificando discussão entre colegas de trabalho. Recurso da reclamante provido para reverter a dispensa por justa causa para dispensa sem justa causa com deferimento das verbas resilitórias cabíveis.
IV - PEDIDOS
Diante o exposto requer:
a) que seja afastada a justa causa da demissão;
b) pagamento do aviso prévio indenizado a luz do art. 487 da CLT, de 30 dias com a integração desse período no seu tempo de serviço e reflexos nas verbas contratuais e resilitórias.
c) pagamento das férias proporcionais de 5/12 (cinco doze avos) acrescido do terço constitucional, conforme súmula 328 do TST, art. 7º XVII da CF e súmula 171 do TST.
d) pagamento do décimo terceiro proporcional de 4/12 (quatro doze avos) conforme art. 3º da Lei nº 4.090/1961.
e) multa do FGTS de 40 %, conforme estabelece o art. 18 da Lei nº 8.036/90.
f) liberação das guias do saque do FGTS;
g) as horas extras devidas com adicional de 50% superior da hora normal haja vista o labor superior de 44 horas semanais de 4 horas, sendo essas horas extras, conforme dispõe o art. 59, § 1º CLT, art. 58, CLT e art. 7º, XIII, CRFB/88
h) o pagamento de natureza indenizatória do período suprimido (40 minutos) com acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração hora normal do trabalho
i) o provimento do adicional noturno a luz do art. 7º, IX da CF e art. 73 e § 2º da CLT, com o adicional de 20 % sobre as horas diurnas das 7 horas em que o reclamante laborava conforme explicado anteriormente
j) as diferenças salariais diante o piso salarial apresentado, condenando o reclamado ao pagamento das diferenças de todo o período em que o reclamante exercia a função de técnico de informática e a retificação da CTPS a fim de que conste o real valor e a função, conforme estabelece o art. 29 da CLT.
k) a condenação do reclamado ao pagamento de Dano Moral pela anotação de penalidade na CTPS do autor, conforme dispõe o art. 223-C da CLT.
l) devolução do desconto do FGTS.
V - DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas admitidas em direito, na amplitude do art. 369 do CPC, em especial as de caráter documental, documental superveniente e o depoimento pessoal do representante legal da empresa Reclamada.
VI - DO VALOR DA CAUSA
Dá à causa o valor de R$...
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e Data
Advogado (a)
OAB

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