PARTICIPAÇÃO CRIMINAL

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AO 
DIGNISSIMO SUBPROCURADOR DA
REPÚBLICA ADSTRITO AOS SERVIÇOS
PROVINCIAL DE INVESTIGAÇÃO
CRIMINAL DE LUANDA
LUANDA
IRMÃ LUIZA, de 49 anos de idade, de nacionalidade angolana, natural do Luanda Sul-Viana, província de Luanda, residente nesta cidade de Luanda, Centralidade do Kilamba, prédio A22, apartamento 25, 2º andar, portadora do B.I 0089654LA099 com validade até 22 de Junho de 2020, podendo ser contactado por meio do seguinte terminal telefónico: 922565556, vem apresentar,
PARTICIPAÇÃO CRIMINAL
Contra, 
JOAQUINA ANDRADE, de 42 anos de idade, natural de Kwanza-Sul, de Kibala, trabalha das bombas de combustível da Sonangalp, mora no bairro da Fubú, com telefone 988412365.
O que faz nos termos e com os fundamentos seguintes:
1º
O participante e participado tiveram o primeiro contacto pelo facto de que o participado procurou os serviços de decoração do participante titular de um salão de festas.
2º
Com efeito, tudo começou em 2018 quando a Sra. Joaquina Andrade pretendendo realizar a festa de casamento de sua filha procurou a Irmã Luiza dona de um salão de festas(Tratamos de tudo) no projecto Nova-Vida.
3º
Portanto, para o arrendamento e decoração do espaço a Irmã Luiza cobrou 700.000,00 Kzs e que deveriam ser pagos 5 dias antes do elance matrimonial, neste caso seria no dia 05 de Março de 2018 data de entrega dos valores monetários.
4º
No dia 10 de Março de 2018, dia do casamento, a Sra. Joaquina Andrade arranjou várias desculpas e não cumpriu com a prestação e o casamento chegou a ser realizado no referido salão de festas.
5º
Depois de três dias Joaquina Andrade apresentou um cheque que afinal era um cheque sem cobertura no valor de 350.000,00Kzs à favor da participante.
6º
A participante tomou conhecimento do referido cheque sem cobertura quando teve contacto com o banco.
7º
A participante desmoralizada tentou entrar em contacto com a participante no qual não teve sucesso, chamadas estás que limitava-se encaminhar a chamada com o seguinte teor ''Ligo-te depois''.
8º
Contudo, a participante apercebendo-se depois de seis meses que estava a ser enganada procurou o nosso escritório de advocacia para ver o seu problema resolvido extrajudicialmente.
9º
Com os factos supracitados ficou claro a intenção da participada em enganar dolosamente a participante uma vez que aquela furta-se em atender os telefonemas.
10º
Em nosso entender a conduta da participada é perfeitamente subsumível ao crime de abuso de confiança previsto e punível pelo art. 453.º C.P.
Nestes termos e noutros que certamente suprirá, Digno Magistrado do Ministério Público, venha a deduzir a acusação contra a Sra. Joaquina Andrade para prática do crime de abuso de confiança e em consequência sejam:
Ordenada a interdição de saída do território nacional, caso ainda se encontre em Angola;
E sejam eitidos mandados de captura dada a gravidade dos factos.
Junta: Procuração Forence. 
O Advogado
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