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TEMA DE AULA: ANÁLISE DA SÉRIE VERMELHA RELATÓRIO: 3. CONTAGEM DIFERENCIAL DOS LEUCÓCITOS A. Descrever como é realizada a contagem diferencial de leucócitos no esfregaço de sangue periférico; B. Correlacionar a contagem realizada com os possíveis diagnósticos. 4. LEUCEMIAS AGUDAS E CRÔNICAS A. Apontar as diferenças entre leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (LLC) na análise do esfregaço sanguíneo; B. Anexar uma foto de algumas das leucemias vista em sala e descrever. A contagem diferencial de leucócitos informa as quantidades relativas dos diferentes tipos de leucócitos no sangue periférico. Para os exames de rotina, utiliza-se para tal contagem um esfregaço de boa qualidade corado pelo panótico rápido que é levado ao microscópio para observação. No primeiro momento, a avaliação da lâmina é feita com uma objetiva de menor aumento (10x a 40x) e depois, com uma objetiva de imersão de maior aumento (100x). A contagem de células é realizada da metade para o fim da borda do esfregaço, contando 50 células na parte superior e 50 células na parte inferior do esfregaço, ou percorrendo o esfregaço de uma borda a outra, totalizando a contagem de 100 células. As células nem sempre se distribuem de maneira uniforme no esfregaço. Por isso, usamos normalmente 2 métodos para contagem diferencial, os quais visam reduzir o erro. • Método Longitudinal: Ao realizar a contagem da fórmula leucocitária deve- se percorrer a lâmina ao longo da distensão junto a borda lateral da cauda; contar 100 leucócitos classificando-os. • Método de Ziguezague: Iniciar a contagem na borda lateral penetrando no corpo da lâmina em movimento ziguezague; contar 100 leucócitos classificando-os. • Numa contagem diferencial, devemos desprezar a cabeça e a cauda do esfregaço, utilizando-se apenas o corpo para contagem. • Com a objetiva de imersão contar 100 leucócitos, usando um dos métodos citados, fazendo a diferenciação entre os tipos de leucócitos. Anotar os diferentes tipos de leucócitos e os valores encontrados na contagem em %. Baseando-se na contagem global de leucócitos e nos valores percentuais encontrados na contagem diferencial, calcular os valores absolutos para cada tipo de leucócitos. Leucemia linfocítica crônica: afeta células linfoides e se desenvolve de forma lenta. Os linfócitos, param de realizar a função de proteger o organismo, a doença é considerada crônica porque essa alteração provoca o crescimento desordenado de linfócitos B maduros que, geralmente, não impede a produção das células normais. Leucemia mieloide crônica: afeta células mieloides e se desenvolve vagarosamente, a princípio. Ela se distingue dos outros tipos de leucemia pela presença de uma anormalidade genética nos glóbulos brancos, denominada cromossomo Philadelphia (Ph+). Leucemia linfocítica aguda: afeta células linfoides e agrava-se de maneira rápida. Os linfoblastos, param de funcionar corretamente e começam a se reproduzir de maneira descontrolada na medula óssea Leucemia mieloide aguda: afeta as células mieloides e avança rapidamente. A Leucemia Mieloide Crônica (LMC) é uma neoplasia hematológica, caracterizada como uma doença proliferativa do sistema hematopoiético na qual ocorre expansão clonal de uma célula-tronco pluripotente ou stem cell. Esta célula possui a capacidade de se diferenciar em células das linhagens mieloide, linfocítica, monocítica ou megacario-cítica, o diagnóstico da LMC pode ser estabelecido por meio de aspectos clínicos e hematológicos. Apesar do surgimento de técnicas cada vez mais sensíveis e específicas na identificação citogenética e molecular do cromossomo Filadélfia, do gene BCR-ABL e seus produtos, a utilização do hemograma como exame de triagem para novos casos torna-se essencial. Muitos pacientes não apresentam sintomas específicos, dessa forma o hemograma pode sinalizar alterações características da LMC e auxiliar no diagnóstico clínico. Geralmente, o diagnóstico torna-se evidente pelos aspectos clínicos e hematológicos. Em estágios iniciais da doença, os primeiros aspectos observados no sangue periférico são o aumento de basófilos, trombocitose e um baixo escore de fosfatase alcalina leucocitária (LAP). Após, ocorre o aumento do total de leucócitos, de neutrófilos e começam a surgir células imaturas. Em alguns pacientes, há alterações cíclicas na contagem de leucócitos em intervalos de 50 a 70 dias, com uma fase de níveis leucêmicos e uma fase de níveis normais. Nas fases iniciais, há necessidade de estabelecer diagnóstico diferencial entre LMC, neutrofilia reacional e outros tipos de leucemias mieloides. A LMC consiste numa neoplasia de sintomatologia muito diversa e com casos assintomáticos frequentes, de modo que a avaliação laboratorial do paciente se torna essencial. As técnicas utilizadas demonstram-se cada vez mais avançadas, possibilitando análises citogenéticas e moleculares precisas, que permitem não somente a confirmação do diagnóstico como também a monitoração da evolução da doença e da terapêutica. No entanto, o hemograma ainda apresenta grande relevância por ser uma metodologia de fácil acesso e, quando realizado por profissionais treinados, pode auxiliar na identificação de novos casos e no acompanhamento da LMC.
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