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MANUAL-JUIZADO-ESPECIAL-CIVEL

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1
Processo Civil 
Regular 2011 
 
 
 Prof. Juliano Colombo 
JUIZADO ESPECIAL 
 
Nos termos da Lei n º 9.099/95: 
 
Art. 1º Os Juizados Especiais Cíveis e Criminais, órgãos da Justiça Ordinária, 
serão criados pela União, no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos 
Estados, para conciliação, processo, julgamento e execução, nas causas de 
sua competência. 
 
 
DA APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 
 
Aplica-se o Código de Processo Civil, desde que não seja incompatível 
com os princípios que informam o Juizado Especial Cível. 
 
DOS PRINCÍPIOS INFORMATIVOS 
 
Nos termos da Lei n° 9.099/95: 
 
Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, 
informalidade, economia processual e celeridade, buscando, sempre que 
possível, a conciliação ou a transação. 
 
Do Princípio da Oralidade: Processo predominantemente oral, buscando 
afastar a morosidade própria do processo escrito. Os subprincípios são o do 
imediatismo (coleta direta das provas), da concentração (na audiência se 
resuma a atividade processual) e a identidade física do juiz (quem colhe a 
prova é quem deve julgar o feito) e da irrecorribilidade das decisões 
interlocutórias (rápida solução). 
 
Dos Princípios da Simplicidade, Informalidade, Celeridade e Economia 
Processual: 
Buscar a simplificação da complexidade habitual do contencioso, libertando-
se de formas desnecessárias e inconvenientes, tudo dentro do menor tempo 
possível e com o menor custo. 
 
Da Conciliação ou da Transação: Antes de partir para a análise dos fatos e 
das provas, buscar a conciliação ou a transação. 
 
 
 
 
 
 
 
 2
Processo Civil 
Regular 2011 
 
 
 Prof. Juliano Colombo 
FACULTATIVIDADE DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 
 
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL - Justiça Estadual: 
 
Cumpre destacar que, no âmbito da Justiça Estadual, a teor do artigo 3º da 
Lei n° 9.099/95 é facultativo ao autor/demandante optar pela Justiça Comum 
ou pelo Juizado Especial Cível. De tal arte, ainda que a causa seja simples, 
bem como o valor esteja dentro dos parâmetros do Juizado Especial Cível 
Estadual (até 40 salários mínimos nacionais), pode o demandante optar por 
ingressar com o pedido junto á Justiça Comum. 
 
Enunciado FONAJE 1 – JEC 
O exercício do direito de ação no Juizado Especial Cível é facultativo para o 
autor. 
 
Enunciado FONAJE 97 – JEC 
O artigo 475, "j" do CPC – Lei 11.323/2005 – aplica-se aos Juizados 
Especiais, ainda que o valor da multa somado ao da execução ultrapasse o 
valor de 40 salários mínimos. 
 
 
DA COMPETÊNCIA DO JUIZADO 
 
 Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, 
processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim 
consideradas: 
 I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo; 
 II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil; 
 III - a ação de despejo para uso próprio; 
 IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente 
ao fixado no inciso I deste artigo. 
 § 1º Compete ao Juizado Especial promover a execução: 
 I - dos seus julgados; 
 II - dos títulos executivos extrajudiciais, no valor de até quarenta vezes o 
salário mínimo, observado o disposto no § 1º do art. 8º desta Lei. 
 
 
 
 3
Processo Civil 
Regular 2011 
 
 
 Prof. Juliano Colombo 
 § 2º Ficam excluídas da competência do Juizado Especial as causas de 
natureza alimentar, falimentar, fiscal e de interesse da Fazenda Pública, e 
também as relativas a acidentes de trabalho, a resíduos e ao estado e 
capacidade das pessoas, ainda que de cunho patrimonial. 
 § 3º A opção pelo procedimento previsto nesta Lei importará em 
renúncia ao crédito excedente ao limite estabelecido neste artigo, excetuada 
a hipótese de conciliação. 
 
TURMAS RECURSAIS RS 
SÚMULA N° 11 COMPETÊNCIA DO JEC – Mesmo as causas cíveis 
enumeradas no Art. 275, II, do CPC, quando de valor superior a quarenta 
salários mínimos, não podem ser propostas perante o Juizado Especial. 
 
Enunciado 58 – FONAJE - As causas cíveis enumeradas no art. 275 II, do 
CPC admitem condenação superior a 40 salários mínimos e sua respectiva 
execução, no próprio Juizado. 
Enunciado 50 – FONAJE - Para efeito de alçada, em sede de Juizados 
Especiais, tomar-se-á como base o salário mínimo nacional. 
 DO FORO COMPETENTE 
 
Art. 4º É competente, para as causas previstas nesta Lei, o Juizado do foro: 
 I - do domicílio do réu ou, a critério do autor, do local onde aquele exerça 
atividades profissionais ou econômicas ou mantenha estabelecimento, filial, 
agência, sucursal ou escritório; 
 II - do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita; 
 III - do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para 
reparação de dano de qualquer natureza. 
 Parágrafo único. Em qualquer hipótese, poderá a ação ser proposta no 
foro previsto no inciso I deste artigo. 
TURMAS RECURSAIS RS 
SÚMULA N° 06 - AÇÕES CONTRA EMPRESAS ESTATAIS - FORO 
COMPETENTE - As empresas públicas ou de economia mista do Estado e 
 
 
 
 4
Processo Civil 
Regular 2011 
 
 
 Prof. Juliano Colombo 
dos Municípios, quando demandados em Comarca do Interior, não gozam de 
foro privilegiado na Capital do Estado (Leis Estaduais n°s 7.607,81 e 
8.638/88, que deram nova redação ao inciso V do art. 84 do COJE), nem 
gozam, no Foro da Capital, de foro privilegiado nas Varas da Fazenda 
Pública, quando o pedido for deduzido no Juizado Especial. 
 
Súmula 206 STJ: A existência de vara privativa, instituída por lei estadual, 
não altera a competência territorial resultante das leis de processo. 
 
DAS PARTES 
 
Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, 
o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da 
União, a massa falida e o insolvente civil. 
 § 1º Somente as pessoas físicas capazes serão admitidas a propor ação perante o Juizado Especial, 
excluídos os cessionários de direito de pessoas jurídicas. 
§ 1o Somente serão admitidas a propor ação perante o Juizado 
Especial: (Redação dada pela Lei nº 12.126, de 2009) 
I - as pessoas físicas capazes, excluídos os cessionários de direito de 
pessoas jurídicas; (Incluído pela Lei nº 12.126, de 2009) 
II - as microempresas, assim definidas pela Lei no 9.841, de 5 de outubro de 
1999; (Incluído pela Lei nº 12.126, de 2009) 
III - as pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil 
de Interesse Público, nos termos da Lei no 9.790, de 23 de março de 
1999; (Incluído pela Lei nº 12.126, de 2009) 
IV - as sociedades de crédito ao microempreendedor, nos termos do art. 1o da 
Lei no 10.194, de 14 de fevereiro de 2001. (Incluído pela Lei nº 12.126, de 
2009) 
 § 2º O maior de dezoito anos poderá ser autor, independentemente de 
assistência, inclusive para fins de conciliação. 
 Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes 
comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de 
valor superior, a assistência é obrigatória. 
 
 
 
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Processo Civil 
Regular 2011 
 
 
 Prof. Juliano Colombo 
 § 1º Sendo facultativa a assistência, se uma das partes comparecer 
assistida por advogado, ou se o réu for pessoa jurídica ou firma individual, terá 
a outra parte, se quiser, assistência judiciária prestada por órgão instituído 
junto ao Juizado Especial, na forma da lei local. 
 § 2º O Juiz alertará as partes da conveniência do patrocínio por 
advogado, quando a causa o recomendar. 
 § 3º O mandato ao advogado poderá ser verbal, salvo quanto aos 
poderes especiais. 
 § 4º O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma individual, poderá ser 
representado por preposto credenciado. 
 § 4o O réu, sendo pessoa jurídica outitular de firma individual, poderá 
ser representado por preposto credenciado, munido de carta de preposição 
com poderes para transigir, sem haver necessidade de vínculo 
empregatício. (Redação dada pela Lei nº 12.137, de 2009) 
 Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de 
terceiro nem de assistência. Admitir-se-á o litisconsórcio. 
 Art. 11. O Ministério Público intervirá nos casos previstos em lei. 
 
TURMAS RECURSAIS RS 
SÚMULA N° 04 - CEEE E CRT – COMPETÊNCIA – A CEEE e a CRT, 
empresas de economia mista, têm legitimidade para responder ação no 
Juizado Especial, nos limites da competência deste. 
Enunciado FONAJE 131 – As empresas públicas e sociedades de economia 
mista dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios podem ser 
demandadas nos Juizados Especiais. (Incluído no XXV FONAJE – São Luís) 
 
EPP E ME – LC 123/2006 
Art. 74. Aplica-se às microempresas e às empresas de pequeno porte de 
que trata esta Lei Complementar o disposto no § 1o do art. 8o da Lei no 
9.099, de 26 de setembro de 1995, e no inciso I do caput do art. 6o da Lei no 
10.259, de 12 de julho de 2001, as quais, assim como as pessoas físicas 
capazes, passam a ser admitidas como proponentes de ação perante o 
Juizado Especial, excluídos os cessionários de direito de pessoas jurídicas. 
 
 
 
 
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Processo Civil 
Regular 2011 
 
 
 Prof. Juliano Colombo 
Enunciado FONAJE 20 – JEC 
O comparecimento pessoal da parte às audiências é obrigatório. A pessoa 
jurídica poderá ser representada por preposto. 
 
Enunciado FONAJE 28 – JEC 
Havendo extinção do processo com base no inciso I, do art. 51, da Lei 
9.099/1995, é necessária a condenação em custas. 
Enunciado FONAJE 135 – O acesso da microempresa ou empresa de 
pequeno porte no sistema dos juizados especiais depende da comprovação 
de sua qualificação tributária atualizada e documento fiscal referente ao 
negócio jurídico objeto da demanda. (Aprovado no XXVII FONAJE – 
Palmas/TO – 26 a 28 de maio de 2010) 
 
TURMAS RECURSAIS RS 
SÚMULA Nº 13 - PREPOSTO - A pessoa jurídica poderá se fazer representar 
em audiência por preposto com o qual não mantenha vínculo empregatício, 
desde que tenha efetivos poderes para transigir, vedada a cumulação de 
funções pelo advogado da parte. 
 
TURMAS RECURSAIS RS 
SÚMULA Nº 19 - REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL DA PESSOA JURÍDICA 
Não havendo impugnação quanto à regularidade da representação processual 
da pessoa jurídica é desnecessária a juntada de contrato ou estatuto social 
aos autos, bastando a conferência em audiência, com respectiva consignação 
em ata. 
 
Enunciado FONAJE 123 - O art. 191 do CPC não se aplica aos processos 
cíveis que tramitam perante o Juizado Especial. (Aprovado no XXI Encontro – 
Vitória/ES) 
 
Enunciado FONAJE 155 – Admitem-se embargos de terceiro, no sistema dos 
juizados, mesmo pelas pessoas excluídas pelo parágrafo primeiro do art. 8 da 
lei 9.099/95. 
 
CITAÇÃO 
 
Art. 18. A citação far-se-á: 
 I - por correspondência, com aviso de recebimento em mão própria; 
 
 
 
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Processo Civil 
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 Prof. Juliano Colombo 
 II - tratando-se de pessoa jurídica ou firma individual, mediante 
entrega ao encarregado da recepção, que será obrigatoriamente 
identificado; 
 III - sendo necessário, por oficial de justiça, independentemente de 
mandado ou carta precatória. 
 
 § 1º A citação conterá cópia do pedido inicial, dia e hora para 
comparecimento do citando e advertência de que, não comparecendo este, 
considerar-se-ão verdadeiras as alegações iniciais, e será proferido 
julgamento, de plano. 
 § 2º Não se fará citação por edital. 
 § 3º O comparecimento espontâneo suprirá a falta ou nulidade da 
citação. 
 Art. 19. As intimações serão feitas na forma prevista para citação, ou por 
qualquer outro meio idôneo de comunicação. 
 § 1º Dos atos praticados na audiência, considerar-se-ão desde logo 
cientes as partes. 
 § 2º As partes comunicarão ao juízo as mudanças de endereço ocorridas 
no curso do processo, reputando-se eficazes as intimações enviadas ao local 
anteriormente indicado, na ausência da comunicação. 
TURMAS RECURSAIS RS 
SÚMULA N° 07 - CITAÇÃO: ENTREGA DO "AR" – É válida a citação de 
pessoa física com a entrega do "AR" no endereço do citando, ainda que não 
assinado por ele próprio, cabendo-lhe demonstrar que a carta não lhe chegou 
às mãos. 
Enunciado 13 - Os prazos processuais nos Juizados Especiais Cíveis, 
contam-se da data da intimação ou ciência do ato respectivo, e não da juntada 
do comprovante da intimação, observando-se as regras de contagem do CPC 
ou do Código Civil, conforme o caso. (Nova Redação aprovada no XXI 
Encontro – Vitória/ES). 
 
 
 
 
 
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Processo Civil 
Regular 2011 
 
 
 Prof. Juliano Colombo 
REVELIA – SESSÃO CONCILIAÇÃO E INSTRUÇÃO 
 
Art. 20. Não comparecendo o demandado à sessão de conciliação ou à 
audiência de instrução e julgamento, reputar-se-ão verdadeiros os fatos 
alegados no pedido inicial, salvo se o contrário resultar da convicção do Juiz. 
 
Art. 21. Aberta a sessão, o Juiz togado ou leigo esclarecerá as partes 
presentes sobre as vantagens da conciliação, mostrando-lhes os riscos e as 
conseqüências do litígio, especialmente quanto ao disposto no § 3º do art. 3º 
desta Lei. 
 Art. 22. A conciliação será conduzida pelo Juiz togado ou leigo ou por 
conciliador sob sua orientação. 
 Parágrafo único. Obtida a conciliação, esta será reduzida a escrito e 
homologada pelo Juiz togado, mediante sentença com eficácia de título 
executivo. 
 Art. 23. Não comparecendo o demandado, o Juiz togado proferirá 
sentença. 
Art. 27. Não instituído o juízo arbitral, proceder-se-á imediatamente à 
audiência de instrução e julgamento, desde que não resulte prejuízo para a 
defesa. 
 Parágrafo único. Não sendo possível a sua realização imediata, será a 
audiência designada para um dos quinze dias subseqüentes, cientes, desde 
logo, as partes e testemunhas eventualmente presentes. 
 Art. 28. Na audiência de instrução e julgamento serão ouvidas as partes, 
colhida a prova e, em seguida, proferida a sentença. 
 Art. 29. Serão decididos de plano todos os incidentes que possam 
interferir no regular prosseguimento da audiência. As demais questões serão 
decididas na sentença. 
 Parágrafo único. Sobre os documentos apresentados por uma das 
partes, manifestar-se-á imediatamente a parte contrária, sem interrupção da 
audiência. 
 
 
 
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Processo Civil 
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 Prof. Juliano Colombo 
Enunciado FONAJE 124 – JEC - Das decisões proferidas pelas Turmas 
Recursais em mandado de segurança não cabe recurso ordinário. (Aprovado 
no XXI Encontro – Vitória/ES) 
DO NÃO-CABIMENTO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO 
Importa destacar que não cabe Agravo de Instrumento no procedimento do 
JEC. 
Enunciado FONAJE 15 – JEC 
 Nos Juizados Especiais não é cabível o recurso de agravo, exceto nas 
hipóteses dos artigos 544 e 557 do CPC. 
 
Enunciado FONAJE 62 – JEC 
Cabe exclusivamente às Turmas Recursais conhecer e julgar o mandado de 
segurança e o habeas corpus impetrados em face dos atos judiciais oriundos 
dos Juizados Especiais. 
 
 
CONTESTAÇÃO /CONTRAPEDIDO 
 
Art. 30. A contestação, que será oral ou escrita, conterá toda matéria de 
defesa, exceto argüição de suspeição ou impedimento do Juiz, que se 
processará na forma da legislação em vigor. 
 Art. 31. Não se admitirá a reconvenção. É lícito ao réu, na contestação, 
formular pedido em seu favor, nos limites do art. 3º desta Lei, desde que 
fundado nos mesmos fatos que constituem objeto da controvérsia. 
 Parágrafo único. O autor poderá responder ao pedido do réu na própria 
audiência ou requerer a designação da nova data, que será desde logo fixada, 
cientes todosos presentes. 
 
Enunciado FONAJE 10 - A contestação poderá ser apresentada até a 
audiência de Instrução e Julgamento. 
 
EMENTA: ENERGIA ELÉTRICA. RECUPERAÇÃO DE CONSUMO POR FRAUDE EM 
MEDIDOR. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO E EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM 
RESOLUÇÃO DO MÉRITO, QUANTO AO CONTRAPEDIDO, EM RAZÃO DA ILEGITIMIDADE DA 
RÉ AO PEDIDO CONTRAPOSTO. LEGIMITIDADE AO PLEITO RECONHECIDA. SENTENÇA 
CASSADA NO PONTO. APLICAÇÃO DO DISPOSTO NO ART. 515, §3º, CPC. JULGAMENTO 
IMEDIATO DO MÉRITO. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO PARA RECONHECER A 
LEGITIMIDADE DA RÉ PARA FORMULAR CONTRAPEDIDO. Embora a pessoa jurídica não 
 
 
 
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Processo Civil 
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 Prof. Juliano Colombo 
possa propor demanda no sistema especial do JEC, é consolidada a jurisprudência no 
sentido de que, sendo esta acionada como ré, pode a pessoa jurídica apresentar pedido 
contraposto, baseado nos mesmos fatos. Ausência de prova da alegada fraude, limitando-se os 
elementos probatórios evidenciar avaria no medidor. Tal avaria, contudo, não implicou prejuízo na 
arrecadação da ré, tendo em vista não ter se operado o degrau de redução do consumo após a 
regularização do medidor. Falha no equipamento não atribuível ao consumidor. Manutenção da 
sentença que julgou improcedente o pedido inicial, em face do princípio da reformatio in pejus. 
(Recurso Cível Nº 71002541001, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: 
Eugênio Facchini Neto, Julgado em 13/05/2010) 
 
LITISCONSÓRCIO E INTERVENÇÃO DE TERCEIROS 
 
Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de 
terceiro nem de assistência. Admitir-se-á o litisconsórcio. 
 
É possível formação do litisconsórcio ativo e passivo. Quanto à intervenção 
de terceiros, todas estão vedadas, inclusive, assistência. 
 
Enunciado FONAJE 123 – JEC 
O art. 191 do CPC não se aplica aos processos cíveis que tramitam perante 
o Juizado Especial. 
 
EMENTA: RESPONSABILIDADE CIVIL. ACIDENTE DE TRÂNSITO. COLISÃO NA TRASEIRA. 
CULPA MANIFESTA DO CONDUTOR DO CAMINHÃO QUE COLIDE POR TRÁS. 
IMPOSSIBILIDADE DA DENUNCIAÇÃO À LIDE. DESCABIMENTO DO RECURSO ADESIVO. 1. 
Não é cabível a interposição de recurso adesivo no Sistema do Juizado Especial Cível. 2. 
Tampouco se mostra possível a denunciação da lide à Seguradora da ré, tendo em vista o 
disposto no art. 10, da Lei n. 9099/1995. 3. Admitindo o condutor do veículo do réu que não 
conseguiu frear o caminhão a tempo de evitar a colisão na traseira quando o condutor do veículo 
dos autores deteve seu automóvel em razão de ter fechado o sinal, "por estar muito perto¿ (fl. 31), 
manifesta sua culpa ao evento danoso. Sentença confirmada por seus próprios fundamentos. 
Recurso improvido. (Recurso Cível Nº 71002236578, Primeira Turma Recursal Cível, Turmas 
Recursais, Relator: Ricardo Torres Hermann, Julgado em 03/12/2009) 
 
DAS PROVAS 
 
Lei 9.099/95: 
 Art. 32. Todos os meios de prova moralmente legítimos, ainda que não 
especificados em lei, são hábeis para provar a veracidade dos fatos alegados 
pelas partes. 
 Art. 33. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e 
julgamento, ainda que não requeridas previamente, podendo o Juiz limitar ou 
excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias. 
 
 
 
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 Art. 34. As testemunhas, até o máximo de três para cada parte, 
comparecerão à audiência de instrução e julgamento levadas pela parte 
que as tenha arrolado, independentemente de intimação, ou mediante 
esta, se assim for requerido. 
 § 1º O requerimento para intimação das testemunhas será 
apresentado à Secretaria no mínimo cinco dias antes da audiência de 
instrução e julgamento. 
 § 2º Não comparecendo a testemunha intimada, o Juiz poderá 
determinar sua imediata condução, valendo-se, se necessário, do concurso 
da força pública. 
 Art. 35. Quando a prova do fato exigir, o Juiz poderá inquirir técnicos de 
sua confiança, permitida às partes a apresentação de parecer técnico. 
 Parágrafo único. No curso da audiência, poderá o Juiz, de ofício ou a 
requerimento das partes, realizar inspeção em pessoas ou coisas, ou 
determinar que o faça pessoa de sua confiança, que lhe relatará 
informalmente o verificado. 
 
DA SENTENÇA 
 
Lei 9.099/95: 
 
Art. 38. A sentença mencionará os elementos de convicção do Juiz, com 
breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o 
relatório. 
Parágrafo único. Não se admitirá sentença condenatória por quantia ilíquida, 
ainda que genérico o pedido. 
Art. 39. É ineficaz a sentença condenatória na parte que exceder a alçada 
estabelecida nesta Lei. 
Art. 40. O Juiz leigo que tiver dirigido a instrução proferirá sua decisão e 
imediatamente a submeterá ao Juiz togado, que poderá homologá-la, proferir 
outra em substituição ou, antes de se manifestar, determinar a realização de 
atos probatórios indispensáveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DOS RECURSOS 
 
RECURSO INOMINADO 
 
Lei 9.099/95: 
 
Art. 41. Da sentença, excetuada a homologatória de conciliação ou laudo 
arbitral, caberá recurso para o próprio Juizado. 
§1º O recurso será julgado por uma turma composta por três Juízes togados, 
em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado. 
§2º No recurso, as partes serão obrigatoriamente representadas por 
advogado. 
Art. 42. O recurso será interposto no prazo de dez dias, contados da ciência 
da sentença, por petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido do 
recorrente. 
§1º O preparo será feito, independentemente de intimação, nas quarenta 
e oito horas seguintes à interposição, sob pena de deserção. 
§2º Após o preparo, a Secretaria intimará o recorrido para oferecer resposta 
escrita no prazo de dez dias. 
Art. 43. O recurso terá somente efeito devolutivo, podendo o Juiz dar-lhe 
efeito suspensivo, para evitar dano irreparável para a parte. 
Art. 44. As partes poderão requerer a transcrição da gravação da fita 
magnética a que alude o § 3º 
do art. 13 desta Lei, correndo por conta do requerente as despesas 
respectivas. 
Art. 45. As partes serão intimadas da data da sessão de julgamento. 
Art. 46. O julgamento em segunda instância constará apenas da ata, com a 
indicação suficiente do processo, fundamentação sucinta e parte dispositiva. 
Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a súmula do 
julgamento servirá de acórdão. 
Enunciado FONAJEF 58 Excetuando-se os embargos de declaração, cujo 
prazo de oposição é de cinco dias, os prazos recursais contra decisões de 
primeiro grau no âmbito dos JEFs são sempre de dez dias, 
independentemente da natureza da decisão recorrida. 
Uma vez sentenciado o processo no rito dos juizados especiais, cabível o 
Recurso Inominado. Não caberá Recurso Inominado da sentença 
homologatória de conciliação ou laudo arbitral. O recurso será julgado por 
uma turma composta por três Juízes togados, em exercício no primeiro grau 
de jurisdição, reunidos na sede do Juizado, denominada Turma Recursal. 
 
 
 
 
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Processo Civil 
Regular 2011 
 
 
 Prof. Juliano Colombo 
No recurso, as partes serão obrigatoriamente representadas por advogado. 
O recurso será interposto no prazo de dez dias, contados da ciência da 
sentença, por petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido do 
recorrente. O preparo do recurso será feito, independentemente de 
intimação, nas quarenta e oito horas seguintes à interposição, sob pena de 
deserção. Após o preparo, a Secretaria intimará o recorrido para oferecer 
resposta escrita no prazo de dez dias. O recurso terá somente efeito 
devolutivo, podendo o Juiz dar-lhe efeito suspensivo, para evitar dano 
irreparável para a parte. 
 
As partes serão intimadas da data da sessão de julgamentodo recurso 
inominado. O julgamento em segunda instância constará apenas da ata, com 
a indicação suficiente do processo, fundamentação sucinta e parte 
dispositiva. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a 
súmula do julgamento servirá de acórdão. Observe-se que, como referido 
anteriormente, a sentença de primeiro grau não condenará o vencido em 
custas e honorários de advogado, ressalvados os casos de litigância de má-
fé. Em segundo grau, o recorrente, vencido, pagará as custas e 
honorários de advogado, que serão fixados entre dez por cento e vinte 
por cento do valor de condenação ou, não havendo condenação, do 
valor corrigido da causa. 
 
TURMAS RECURSAIS 
SÚMULA – N° 03 RECURSO – PRAZO– TERMO INICIAL– O decêndio 
legal para interposição de recurso conta-se a partir da ciência da sentença, e 
não da juntada aos autos do mandado ou do AR. 
 
Enunciado FONAJE 103 – O relator, nas Turmas Recursais Cíveis, em 
decisão monocrática, poderá dar provimento a recurso se a decisão estiver 
em manifesto confronto com Súmula do Tribunal Superior ou Jurisprudência 
dominante do próprio Juizado, cabendo recurso interno para a Turma 
Recursal, no prazo de cinco dias 
 
Enunciado FONAJE 122 – É cabível a condenação em custas e honorários 
advocatícios na hipótese de não conhecimento do recurso inominado. 
 
Enunciado FONAJE 88 - Não cabe recurso adesivo em sede de Juizado 
Especial, por falta de expressa previsão legal (Aprovado no XV Encontro – 
Florianópolis/SC). 
 
 
 
 
 
 
 14
Processo Civil 
Regular 2011 
 
 
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EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
 
Lei 9.099/95: 
Art. 48. Caberão embargos de declaração quando, na sentença ou acórdão, 
houver obscuridade, contradição, omissão ou dúvida. 
Parágrafo único. Os erros materiais podem ser corrigidos de ofício. 
 
Art. 49. Os embargos de declaração serão interpostos por escrito ou 
oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciência da decisão. 
 
Art. 50. Quando interpostos contra sentença, os embargos de declaração 
suspenderão o prazo para recurso. 
 
RECURSO ESPECIAL 
Não é cabível no Juizado Especial Cível, visto que o artigo 105, III da 
CRFB/1988, dispõe que o Recurso Especial é cabível contra julgamentos de 
última instância havidos pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos 
Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios. O artigo não refere 
Turmas de Recurso. 
“Não cabe recurso especial de decisão proferida por Colégio Recursal de 
Juizado de Pequenas Causas, que não é Tribunal.” (STJ, 2ª Seção, AgRg na 
Recl. 214-4/SP, Min. Dias Trindade) 
 
 
 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
É cabível no Juizado Especial, a teor do artigo 102, III da CRFB/1988, uma 
vez que o dispositivo não refere que o Recurso se volta exclusivamente 
contra decisões de Tribunais. 
Enunciado FONAJE 63 – JEC 
Contra decisões das Turmas Recursais são cabíveis somente os embargos 
declaratórios e o Recurso Extraordinário. 
 
 
 
 
 
 
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Processo Civil 
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Enunciado FONAJE 84 – JEC 
Compete ao Presidente da Turma Recursal o juízo de admissibilidade do 
Recurso Extraordinário, salvo disposição em contrário. 
 
ENUNCIADO FONAJE 125 - JEC 
Nos juizados especiais, não são cabíveis embargos declaratórios contra 
acórdão ou súmula na hipótese do art. 46 da Lei nº 9.099/1995, com 
finalidade exclusiva de prequestionamento, para fins de interposição de 
recurso extraordinário. 
 
Enunciado FONAJE 144 - JEC – A multa cominatória não fica limitada ao 
valor de 40 salários mínimos, embora deva ser razoavelmente fixada pelo 
Juiz, obedecendo ao valor da obrigação principal, mais perdas e danos, 
atendidas as condições econômicas do devedor. 
 
Enunciado FONAJE 76 – JEC 
No processo de execução, esgotados os meios de defesa e inexistindo bens 
para a garantia do débito, expede-se a pedido do exeqüente certidão de 
dívida para fins de inscrição no serviço de Proteção ao Crédito - SPC e 
SERASA, sob pena de responsabilidade. 
 
Enunciado FONAJE 121 – JEC 
Os fundamentos admitidos para embargar a execução da sentença estão 
disciplinados no art. 52, inciso IX, da Lei 9.099/95 e não no artigo 475-L do 
CPC, introduzido pela Lei 11.232/05. 
 
Enunciado FONAJE 117 – JEC 
É obrigatória a segurança do Juízo pela penhora para apresentação de 
embargos à execução de título judicial ou extrajudicial perante o Juizado 
Especial. 
 
Enunciado FONAJE 145 – JEC 
A penhora não é requisito para a designação de audiência de conciliação na 
execução fundada em título extrajudicial. 
 
 
DAS DESPESAS 
Lei 9.099/95: 
Art. 54. O acesso ao Juizado Especial independerá, em primeiro grau de 
jurisdição, do pagamento de custas, taxas ou despesas. 
 
 
 
 16
Processo Civil 
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Parágrafo único. O preparo do recurso, na forma do § 1º do art. 42 desta Lei, 
compreenderá todas as despesas processuais, inclusive aquelas 
dispensadas em primeiro grau de jurisdição, ressalvada a hipótese de 
assistência judiciária gratuita. 
 
Art. 55. A sentença de primeiro grau não condenará o vencido em custas e 
honorários de advogado, ressalvados os casos de litigância de má-fé. Em 
segundo grau, o recorrente, vencido, pagará as custas e honorários de 
advogado, que serão fixados entre dez por cento e vinte por cento do valor 
de condenação ou, não havendo condenação, do valor corrigido da causa. 
 
RECURSO CÍVEL – 2ª. TURMA RECURSAL RS 
Nº 71002602597 
Em se cuidando de recursos de decisões proferidas em feitos que tramitam 
perante os Juizados Especiais, aplica-se o disposto no artigo 55 da Lei nº. 9.099/95: “em 
segundo grau, o recorrente, vencido, pagará as custas e honorários de advogado, que 
serão fixados entre 10 (dez) por cento e 20 (vinte) por cento do valor da condenação ou, 
não havendo condenação, do valor corrigido da causa”. 
O entendimento majoritário das Turmas Recursais é de que será imposta a 
sucumbência ao recorrente, desde que vencido na totalidade ou em parcela substancial 
do pedido. 
 
Enunciado FONAJE 96 – JEC 
A condenação do recorrente vencido, em honorários advocatícios, independe 
da apresentação de contra-razões. 
 
Enunciado 105 FONAJE - Caso o devedor, condenado ao pagamento de 
quantia certa, não o efetue no prazo de quinze dias, contados do trânsito em 
julgado, independentemente de nova intimação, o montante da condenação 
será acrescido de multa no percentual de 10% (aprovado no XIX Encontro – 
Aracaju/SE 
 
 
 
 
 
 17
Processo Civil 
Regular 2011 
 
 
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SÚMULA Nº 21 – Turmas Recursais RS 
Considerando a recente e uniforme posição do STJ, fica estabelecido que o 
prazo de quinze dias para pagamento voluntário, a fim de evitar a incidência 
da multa de 10% prevista no art. 475-J, caput, do CPC, inicia-se na data da 
intimação do advogado, ou do devedor, após o trânsito em julgado da 
sentença condenatória. 
PROCESSUAL CIVIL. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. ART. 475-J DO 
CPC. MULTA. TERMO A QUO. NECESSIDADE DE INTIMAÇÃO DO 
DEVEDOR. MATÉRIA PACIFICADA NA CORTE ESPECIAL DO STJ. 
DECISÃO MONOCRÁTICA FUNDAMENTADA EM JURISPRUDÊNCIA DO 
STJ. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. 1. A Corte Especial do STJ 
pacificou a matéria referente ao termo inicial do prazo de quinze dias, para a 
incidência da multa prevista no art. 475-J do CPC, entendendo que, além do 
trânsito em julgado, é necessária a intimação do advogado, para 
cumprimento da sentença (REsp 940274/MS, Rel. Min. Min. Humberto 
Gomes de Barros, Rel. p/ Acórdão Min. João Otávio de Noronha, Corte 
Especial, DJe 31.5.2010) 2. A decisão monocrática ora agravada baseou-se 
em jurisprudência do STJ, razão pela qual não merece reforma. 3. Agravo 
regimental não provido. (AgRg no REsp 1264045/RS, Rel. Ministro MAURO 
CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 11/10/2011, DJe 
18/10/2011) 
 
Enunciado 97 FONAJE – O artigo475, "j" do CPC – Lei 11.323/2005 – 
aplica-se aos Juizados Especiais, ainda que o valor da multa somado ao da 
execução ultrapasse o valor de 40 salários mínimos (aprovado no XIX 
Encontro – Aracaju/SE). 
 
 
JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA 
 
Fundamento legal 
Lei 12.153/2009 
Aplica-se subsidiariamente: 
Código de Processo Civil 
Lei 9.099, de 26 de setembro de 1995 
Lei 10.259, de 12 de julho de 2001 
 
Finalidade 
A finalidade do juizado especial da Fazenda Pública é a de processar, 
conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, 
 
 
 
 18
Processo Civil 
Regular 2011 
 
 
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dos Territórios e dos Municípios, até o valor de 60 (sessenta) salários 
mínimos. Nesta forma, almeja o juizado especial da Fazenda Pública a 
solução rápida dos litígios de baixa complexidade, as chamadas ‘pequenas 
causas’ submetidas à apreciação do Poder Judiciário. 
 
Cabimento 
Não se incluem na competência do Juizado Especial da Fazenda 
Pública: 
I – as ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e 
demarcação, populares, por improbidade administrativa, execuções fiscais e 
as demandas sobre direitos ou interesses difusos e coletivos; 
II – as causas sobre bens imóveis dos Estados, Distrito Federal, Territórios e 
Municípios, autarquias e fundações públicas a eles vinculadas; 
III – as causas que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão 
imposta a servidores públicos civis ou sanções disciplinares aplicadas a 
militares. 
Quando a pretensão versar sobre obrigações vincendas, para fins de 
competência do Juizado Especial, a soma de 12 (doze) parcelas vincendas e 
de eventuais parcelas vencidas não poderá exceder o valor de 60 salários 
mínimos. 
 
Competência Absoluta 
No foro onde estiver instalado Juizado Especial da Fazenda Pública, a sua 
competência é absoluta. 
 
As partes no juizado especial da Fazenda Pública 
 
Podem ser partes no Juizado Especial da Fazenda Pública: 
 
- autores: as pessoas físicas e as microempresas e empresas de pequeno 
porte, assim definidas na Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 
2006; 
 
- réus: os Estados, o Distrito Federal, os Territórios e os Municípios, bem 
como autarquias, fundações e empresas públicas a eles vinculadas. 
 
Deveres do Réu 
Ressalte-se que não haverá prazo diferenciado para a prática de 
qualquer ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público, inclusive a 
interposição de recursos, devendo a citação para a audiência de conciliação 
ser efetuada com antecedência mínima de 30 (trinta) dias. 
 
 
 
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Processo Civil 
Regular 2011 
 
 
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Ademais, os representantes judiciais dos réus presentes à audiência 
poderão conciliar, transigir ou desistir nos processos da competência dos 
Juizados Especiais, nos termos e nas hipóteses previstas na lei do 
respectivo ente da Federação. 
Por fim, a entidade ré deverá fornecer ao Juizado a documentação de 
que disponha para o esclarecimento da causa, apresentando-a até a 
instalação da audiência de conciliação. 
 
Reexame Necessário 
Nas causas referentes ao juizado especial da Fazenda Pública, não 
haverá reexame necessário. 
 
Da fase probatória – exame técnico 
 Para efetuar o exame técnico necessário à conciliação ou ao 
julgamento da causa, o juiz nomeará pessoa habilitada, que apresentará o 
laudo até 5 (cinco) dias antes da audiência. 
 
Cumprimento do acordo ou sentença – fazer, não fazer e entrega de 
coisa 
 O cumprimento do acordo ou da sentença, com trânsito em julgado, 
que imponham obrigação de fazer, não fazer ou entrega de coisa certa, será 
efetuado mediante ofício do juiz à autoridade citada para a causa, com cópia 
da sentença ou do acordo. 
 
Cumprimento do acordo ou sentença – quantia certa 
 
Tratando-se de obrigação de pagar quantia certa, após o trânsito em 
julgado da decisão, o pagamento será efetuado: 
I – no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, contado da entrega da 
requisição do juiz à autoridade citada para a causa, independentemente de 
precatório, na hipótese do § 3o do art. 100 da Constituição Federal; ou 
II – mediante precatório, caso o montante da condenação exceda o valor 
definido como obrigação de pequeno valor. 
 
No caso de não ser atendida a requisição judicial, o juiz, imediatamente, 
determinará o sequestro do numerário suficiente ao cumprimento da decisão, 
dispensada a audiência da Fazenda Pública. 
 
As obrigações definidas como de pequeno valor a serem pagas 
independentemente de precatório terão como limite o que for estabelecido na 
lei do respectivo ente da Federação. 
 
 
 
 
 20
Processo Civil 
Regular 2011 
 
 
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Até que se dê a publicação das leis de que trata o § 2o do art. 13 da Lei 
12.153/2009, os valores serão: 
I – 40 (quarenta) salários mínimos, quanto aos Estados e ao Distrito 
Federal; 
II – 30 (trinta) salários mínimos, quanto aos Municípios. 
 
São vedados o fracionamento, a repartição ou a quebra do valor da 
execução, bem como a expedição de precatório complementar ou 
suplementar do valor pago. 
 
Caso o valor da execução ultrapassar o estabelecido para pagamento 
independentemente do precatório, o pagamento far-se-á, sempre, por meio 
do precatório, sendo facultada à parte exequente a renúncia ao crédito do 
valor excedente, para que possa optar pelo pagamento do saldo sem o 
precatório. 
O saque do valor depositado poderá ser feito pela parte autora, 
pessoalmente, em qualquer agência do banco depositário, 
independentemente de alvará. Já o saque por meio de procurador somente 
poderá ser feito na agência destinatária do depósito, mediante procuração 
específica, com firma reconhecida, da qual constem o valor originalmente 
depositado e sua procedência. 
 
O Recurso Inominado e as providências cautelares ou antecipatórias 
 
Refere a lei do juizado especial da Fazenda Pública que exceto nos 
casos de providências cautelares ou antecipatórias deferidas no curso do 
processo, para evitar dano de difícil ou incerta reparação, somente será 
admitido recurso contra a sentença. 
Comentando esta determinação posta no art. 4º da referida lei, Nelson 
Nery Junior e Rosa Maria de Andrade Nery, bem esclarecem: 
 
“1.Recurso no juizado especial da fazenda pública. O processo terminará 
com a prolação da sentença (CPC 162 §1º), resolvendo (CPC 269) ou não 
(CPC 267) a lide. Dessa sentença caberá recurso, que a norma comentada 
não nominou. Como a LJEFP 27 manda aplicar aqui, subsidiariamente o 
CPC, a LJE e a LJEFed, entendemos mais apropriado aplicar-se o sistema 
recursal da LJE 41. Contra as decisões interlocutórias (CPC 162 § 2º), não 
caberá nenhum recurso, salvo se for antecipatória ou cautelar (LJEFP 3º), 
caso em que caberá agravo de instrumento (CPC 522)”1 
 
1 Nery Junior, Nelson; Nery, Rosa Maria de Andrade. Código de processo civil comentado e legislação extravagante. Editora 
Revista dos Tribunais, 11. ed, São Paulo: 2010, pg. 1676. 
 
 
 
 
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Processo Civil 
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 As Turmas Recursais do Sistema dos Juizados Especiais são 
compostas por juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, na forma 
da legislação dos Estados e do Distrito Federal, com mandato de 2 (dois) 
anos, e integradas, preferencialmente, por juízes do Sistema dos Juizados 
Especiais. 
 
Embargos de declaração 
No rito do juizado especial da Fazenda Pública, caberão embargos de 
declaração quando, na sentença ou acórdão, houver obscuridade, 
contradição, omissão ou dúvida. Os erros materiais não necessitam 
propriamente de embargos de declaração para a sua correção, podendo ser 
corrigidos de ofício. Os embargos de declaração serão interpostos no prazo 
de cinco dias, contados da ciência da decisão. 
 
Não-cabimento de Recurso Especial– Súmula 203 do STJ 
O Recurso Especial do acórdão das Turmas Recursais não é cabível 
no rito do juizado especial da Fazenda Pública, visto que o artigo 105, III da 
CRFB/1988, dispõe que o Recurso Especial é cabível contra julgamentos de 
última instância havidos pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos 
Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios. O artigo não refere a 
Turmas de Recurso. 
 
Cabimento de Recurso Extraordinário 
É cabível o Recurso Extraordinário no rito do Juizado Especial da 
Fazenda Pública, a teor do artigo 102, III da CRFB/1988, uma vez que o 
dispositivo não refere que o Recurso se volta exclusivamente contra 
decisões de Tribunais. 
 
Pedido de Uniformização – Turmas de Uniformização e a atuação do 
Superior Tribunal de Justiça 
 Caberá pedido de uniformização de interpretação de lei quando 
houver divergência entre decisões proferidas por Turmas Recursais sobre 
questões de direito material. O pedido fundado em divergência entre Turmas 
do mesmo Estado será julgado em reunião conjunta das Turmas em conflito, 
sob a presidência de desembargador indicado pelo Tribunal de Justiça. 
Nesta hipótese, a reunião de juízes domiciliados em cidades diversas poderá 
ser feita por meio eletrônico. 
Quando as Turmas de diferentes Estados derem a lei federal 
interpretações divergentes, ou quando a decisão proferida estiver em 
contrariedade com súmula do Superior Tribunal de Justiça, o pedido será por 
este julgado. 
 
 
 
 22
Processo Civil 
Regular 2011 
 
 
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 Quando a orientação acolhida pelas Turmas de Uniformização 
contrariar súmula do Superior Tribunal de Justiça, a parte interessada poderá 
provocar a manifestação deste, que dirimirá a divergência. 
 Eventuais pedidos de uniformização fundados em questões idênticas e 
recebidos subsequentemente em quaisquer das Turmas Recursais ficarão 
retidos nos autos, aguardando pronunciamento do Superior Tribunal de 
Justiça. 
Presente a plausibilidade do direito invocado e havendo fundado receio 
de dano de difícil reparação, poderá o relator conceder, de ofício ou a 
requerimento do interessado, medida liminar determinando a suspensão dos 
processos nos quais a controvérsia esteja estabelecida. 
Se necessário, o relator pedirá informações ao Presidente da Turma 
Recursal ou Presidente da Turma de Uniformização e, nos casos previstos 
em lei, ouvirá o Ministério Público, no prazo de 5 (cinco) dias. 
Decorridos os prazos, o relator incluirá o pedido em pauta na sessão, 
com preferência sobre todos os demais feitos, ressalvados os processos com 
réus presos, os habeas corpus e os mandados de segurança. Publicado o 
acórdão respectivo, os pedidos retidos referentes a questões idênticas serão 
apreciados pelas Turmas Recursais, que poderão exercer juízo de retratação 
ou os declararão prejudicados, se veicularem tese não acolhida pelo 
Superior Tribunal de Justiça. 
 
ENUNCIADOS FONAJE 
 Conforme informações retiradas do site 
WWW.FONAJE.ORG.BR, “o Fórum Permanente de Coordenadores de 
Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Brasil, surgiu da necessidade de se 
aprimorar a prestação dos serviços judiciários nos Juizados Especiais, com 
base na troca de informações e, sempre que possível, na padronização dos 
procedimentos adotados em todo o território nacional” 
 Entre os objetivos do Fórum estão: Congregar Magistrados do 
Sistema de Juizados Especiais e suas Turmas Recursais; Uniformizar 
procedimentos, expedir enunciados, acompanhar, analisar e estudar os 
projetos legislativos e promover o Sistema de Juizados Especiais; Colaborar 
com os poderes Judiciário, Legislativo e Executivo da União, dos Estados e 
do Distrito Federal, bem como com os órgãos públicos e entidades privadas, 
para o aprimoramento da prestação jurisdicional. 
 Assim, na atuação prática perante o Juizado Especial Cível, é de 
extrema relevância a análise dos enunciados a seguir colacionados 
aplicados ao Juizado Especial da Fazenda Pública: 
 
 
 
 
 
 
 23
Processo Civil 
Regular 2011 
 
 
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ENUNCIADOS DA FAZENDA PÚBLICA 
 (Conforme aprovação no XXIX FONAJE – MS) 
Enunciado 01 (novo) - Aplicam-se aos Juizados Especiais da Fazenda 
Pública, no que couber, os enunciados dos Juizados Especiais Cíveis.” 
(Aprovado por maioria no XXIX FONAJE – MS 25 a 27 de maio de 2011) 
 
Enunciado 02 (novo) - É cabível, nos Juizados Especiais da Fazenda 
Pública, o litisconsórcio ativo, ficando definido, para fins de fixação da 
competência, o valor individualmente considerado de até 60 salários 
mínimos.(Aprovado por maioria no XXIX FONAJE – MS 25 a 27 de maio de 
2011) 
 
Enunciado 03 (novo) - Não há prazo diferenciado para a Defensoria Pública 
no âmbito dos Juizados Especiais da Fazenda Pública. (Aprovado por 
maioria no XXIX FONAJE – MS 25 a 27 de maio de 2011) 
 
Enunciado 04 (novo) – (CANCELADO PELA APROVAÇÃO DO 
ENUNCIADOS 01 no XXIX FONAJE – MS 25 a 27 de maio de 2011) 
Enunciado 05 (novo) – É cabível recurso, no prazo de 10 dias, contra 
decisão que deferir tutela antecipada em face da Fazenda Pública. 
(Aprovado por maioria no XXIX FONAJE – MS 25 a 27 de maio de 2011) 
Enunciado 06 (novo) – Vencida a Fazenda Pública, quando recorrente, a 
fixação de honorários advocatícios deve ser estabelecida de acordo com o § 
4º, do art. 20, do Código de Processo Civil, de forma equitativa pelo juiz. 
(Aprovado por maioria no XXIX FONAJE – MS 25 a 27 de maio de 2011) 
 
TJRS 
Resolução nº 837, de 14.05.2010, do Conselho da Magistratura, cuja 
competência, restou assim definida, verbis: 
“O Conselho da Magistratura, no uso de suas atribuições legais e dando 
cumprimento à decisão deste órgão tomada na sessão de 04-05-10 (proc. 
Themis admin nº 0010-10/000611-3), resolve: 
Art. 1º Transformar a 9ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Porto 
Alegre, composta de dois Juizados, em dois Juizados Especiais da 
Fazenda Pública. 
§ 1º Em contar de 23-06-10, será instalado um Juizado Especial da 
Fazenda Pública, com competência limitada à matéria da 9ª Vara da 
Fazenda Pública, a qual corresponde a até 30 salários mínimos para as 
ações de interesse do Município de Porto Alegre e a até 40 salários 
mínimos para as ações de interesse do Estado, com observância do 
 
 
 
 24
Processo Civil 
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estabelecido no art. 2º, § 1º e incisos, da lei federal nº 12.153/09 e 
excetuadas as matérias já atendidas pelas demais Varas da Fazenda 
Pública da Comarca de Porto Alegre.” 
 
“CONFLITO DE COMPETÊNCIA. SUSCITANTE O JUIZ DE DIREITO DO 
JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA DE PORTO ALEGRE. 
SUSCITADO A 7ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DO FORO CENTRAL 
DE PORTO ALEGRE. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS 
MATERIAIS E MORAIS. AÇÃO DE INTERESSE DO ESTADO DE 
VALOR EXCEDENTE A 40 (QUARENTA) SALÁRIOS MÍNIMOS. 
CONFLITO DE COMPETÊNCIA JULGADO PROCEDENTE.” (Conflito de 
Competência Nº 70041831017, Primeira Câmara Cível, Tribunal de 
Justiça do RS, Relator: Jorge Maraschin dos Santos, Julgado em 
05/04/2011) 
 
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. COMPETÊNCIA DOS JUIZADOS 
ESPECIAIS DA FAZENDA PÚBLICA. RESPONSABILIDADE CIVIL. 
DANOS MORAIS. IMPOSSIBILIDADE DE AVERIGUAÇÃO DO 
CONTEÚDO ECONÔMICO QUANDO DO AJUIZAMENTO DA 
DEMANDA. VALOR DE ALÇADA MAS QUE NÃO DETERMINA A 
DECLINAÇÃO DE COMPETÊNCIA PARA OS JUIZADOS ESPECIAIS, 
PORQUANTO LIMITARIA A CONDENAÇÃO”. AGRAVO PROVIDO, DE 
PLANO. (Agravo de Instrumento Nº 70040087538, Nona Câmara Cível, 
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marilene Bonzanini Bernardi, Julgado 
em 24/11/2010 
 
QUESTÕES 
 
01 - ( ) Em ação que corra perante o juizado especial cível, a extinção do 
processo sem julgamento de mérito, depende de prévia intimação pessoal das 
partes, em qualquer hipótese. 
 
02 – ( ) O recurso inominado não pode ser interposto pela via adesiva nos 
juizados especiais, pois não se coaduna com a sistemática dos juizadosem 
que as demandas precisam ser rapidamente solucionadas. 
 
03 – ( ) Conforme a jurisprudência, é inadmissível mandado de segurança 
para a turma recursal contra ato jurisdicional dos juizados especiais, em 
qualquer hipótese. 
 
 
 
 
 25
Processo Civil 
Regular 2011 
 
 
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04 - O Juizado Especial visa à obtenção do máximo rendimento da lei com o 
mínimo de atos processuais. Tal objetivo diz respeito ao princípio 
a) da legalidade 
b) da oralidade 
c) da economia e celeridade processual 
d) do contraditório 
e) da impessoalidade 
05 – ( ) No juizado especial, o prazo de recurso será interrompido, caso 
sejam opostos embargos de declaração contra a sentença. 
06 – ( ) A opção pelo procedimento dos juizados especiais cíveis não 
importará renúncia a eventual crédito excedente ao limite legalmente fixado, 
valor este que poderá ser cobrado em outra ação, até mesmo perante o 
próprio juizado. 
07 - No processo perante o Juizado Especial Cível 
a) a sentença deverá obrigatoriamente conter relatório. 
b) o juiz não poderá excluir as provas que considerar excessivas. 
c) cada parte poderá arrolar até o máximo de 5 testemunhas. 
d) não se admitirá sentença condenatória por quantia ilíquida, ainda que 
genérico o pedido. 
e) não se admitirá pedido contraposto. 
08 -Nos Juizados Especiais, da sentença homologatória de conciliação 
a) cabe agravo de petição. 
b) cabe recurso de apelação. 
c) não cabe recurso. 
d) cabe recurso especial. 
e) cabe recurso ordinário. 
09 – ( ) A regra geral da capacidade para ser autor de uma ação 
processada nos juizados especiais cíveis é a de que somente pessoa física 
capaz pode ocupar tal posição, no entanto, existe exceção à atuação das 
microempresas, que também poderão propor ação perante os juizados. 
10 – ( )Ainda que se verifique no juizado especial ser de alta complexidade 
a matéria discutida entre autor pessoa física e réu entidade bancária, o juiz 
não pode determinar ao primeiro a assistência de um advogado. 
 
 
 
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Processo Civil 
Regular 2011 
 
 
 Prof. Juliano Colombo 
11 – ( ) Considerando que é vedado às pessoas jurídicas propor ação nos 
juizados cíveis, uma microempresa que se veja nas condições de ré em ação 
processada nesta sede não pode fazer pedido contraposto, sob pena de 
burlar a citada proibição. 
12 – ( ) Nada impede que uma pessoa física seja cessionária de um crédito 
de pessoa jurídica para o fim específico de viabilizar o ingresso de ação nos 
juizados especiais, desde que se respeite o limite de valor que determina o 
conceito de causa de menor complexidade.

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