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História da América: Questões Gerais Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Ms. Geraldo Barbosa Neto Revisão Textual: Profa. Esp. Natalia Mendonça Conti As independências da América Espanhola • Introdução • México • América Central • América do Sul • Considerações Finais · O principal objetivo é possibilitar que se trace um panorama histórico dos confl itos políticos e militares dos quais emergiram as lutas de independência protagonizadas no continente americano sob o domínio da coroa espanhola. OBJETIVO DE APRENDIZADO Nesta Unidade, você deve ler atentamente o conteúdo. Ele lhe possibilitará a compreensão do panorama histórico das guerras e embates políticos que resultaram na independência da América espanhola. Também encontrará nesta unidade uma atividade composta por questões de múltipla escolha, relacionada com o conteúdo estudado. Além disso, terá a oportunidade de trocar conhecimentos e de debater questões sobre o tema da unidade no Fórum de Discussão. ORIENTAÇÕES As independências da América Espanhola UNIDADE As independências da América Espanhola Contextualização Para iniciarmos esta unidade, convido você a refletir sobre a historiografia, isto é, sobre o que os historiadores escreveram sobre as independências da América espanhola. A seguir está disponível o link de um vídeo que apresenta um panorama dessa historiografia, pontuando as ideias centrais que fundamentaram a construção de uma história da América independente. https://youtu.be/Ut3iIE_Clxg Ex pl or 6 7 Introdução “Nada é tão perigoso como deixar um mesmo cidadão permanecer longo tempo no poder. O povo se acostuma a obedecer-lhe, ele se acostuma a comandá-lo, e disso se originam a usurpação e a tirania”. (Símon Bolívar) Em uma de suas cartas, Símon Bolívar (1783-1830), reconhecido como símbolo da independência da América, nos brinda com um interessante resumo do que significou as guerras de independência no território hispano-americano. Para ele, tratava-se de uma guerra civil. Uma das forças, a mais numerosa, seria conservadora e acostumada a obedecer ao poder espanhol. A outra, menor, seria a força reformadora. Ambas travavam lutas cujo resultado era incerto (BOLÍVAR, 1983, p. 83). A seguir abordaremos como essas lutas ocorreram no México, na América Central e na América do Sul. México O vice-reinado da Nova Espanha (México) era a colônia mais rica da Espanha. Sua capital, a cidade do México, era a maior da América e a segunda maior de todo o império, perdendo apenas para Madrid, a capital do reino espanhol. A monarquia espanhola mantinha um controle rigoroso de sua produção econômica e de seu comércio. Também os planos social e administrativo sofriam restrições da monarquia (ANNA, 1991). Uma “[...] elite europeia controlava o governo, o exército, a Igreja e a maior parte do comercio exterior, assim como a produção vinícola e têxtil do país” (ANNA,1991, p. 43, tradução nossa). Essa elite era formada por espanhóis nascidos no reino, que imigraram para a América. O cenário social da Nova Espanha também contava com uma elite criolla, constituída por espanhóis nascidos na América. Eles eram mineiros, comerciantes e proprietários agrários. Essa elite se tornou inquieta com os rumos que a América estava tomando e emergia dela uma insatisfação crescente com sua situação social. Não eram tratados com os privilégios com os quais a coroa atribuía aos espanhóis peninsulares, embora também fosse uma camada social favorecida pela Espanha. Eles deram expressão a uma ideia de dissidência, almejando por razões de residirem, de possuírem propriedades, de manterem parentescos e de terem nascido na América, uma maior participação nas decisões políticas e econômicas da colônia. Os criollos se reconheciam como americanos, se identificado até mesmo como herdeiros dos astecas. Essa distinção revela a consciência que construíram para si, distinguindo-se dos espanhóis peninsulares e de seus interesses (ANNA, 1991). As aspirações criollas a uma maior participação nas decisões políticas e econômicas da colônia construiu um de seus primeiros passos durante a invasão napoleônica do reino da Espanha. Essa invasão provocou a queda do 7 UNIDADE As independências da América Espanhola monarca espanhol e deu início a uma crise de sucessão na ocupação do trono espanhol. Como o império era estruturado sob uma monarquia centralizada, essa crise repercutiu na América espanhola. No contexto da crise, uma revolução que estabelecesse um governo autônomo no México tornou-se eminente. Os reformadores criollos e os absolutistas envolveram-se em um embate que girava em torno de conservar ou desligar os laços que ligavam a vida americana à coroa espanhola (ANNA, 1991). Importante! Invasões napoleônicas designa o período em que Napoleão Bonaparte (1769- 1821), imperador da França, considerando-se herdeiro da Revolução Francesa (1789), empreendeu diversas batalhas na Europa, com o discurso de difundir os ideais da revolução. Em 1808, ele invadiu a Espanha e designou José Bonaparte, seu irmão, como rei. Importante! Em 1810, teve início uma rebelião iniciada por Miguel Hidalgo y Costilla, contra a intendência de Guanajuato. Os rebelados se opunham ao domínio espanhol e aos impostos aos quais eram submetidos. Essa rebelião incorporou aos seus objetivos a independência. Ela ganhou a proporção de uma guerra violenta que resultou na destruição de Guanajuato. A vitória alcançada nessa rebelião motivou os insurgentes a estendê-las à capital, a cidade do México. Assim, acreditavam os rebeldes, libertariam toda a colônia. Venegas, o vice-rei, organizou uma força militar para combater os rebeldes liderados por Hidalgo. Os combates entre essa força militar e os rebeldes nas cercanias da Cidade do México resultaram quase no extermínio dos rebeldes. Após reorganizar a força rebelde, os combates continuaram, agora nas proximidades de Guadalajara. Hidalgo foi destituído da liderança dos rebeldes e morto (ANNA, 1991). ‘‘O México moderno considera Hidalgo como ‘o pai da independência’ e é respeitado como um dos maiores heróis nacionais; O dia do Grito de Dolores, 16 de Setembro, é o dia independência de México, apesar de que a revolta só durou três meses e seu impacto foi contraproducente. Mergulhou o centro do país em um banho de sangue e destruição, empurrou os criollos a alinharem-se no bando realista a fim de defender suas vidas e bens, e afogou o objetivo inicial de autonomia em um mar de sangue’’. (ANNA, 1991, p. 52, tradução nossa). A Virgem de Guadalupe foi uma imagem mariana cultuada na sociedade colonial espanhola. Ela se tornou símbolo da piedade mexicana e guardiã e protetora da rebelião liderada por Hidalgo. É considerada pelos católicos a padroeira do México e da América Latina. 8 9 Imagem da Virgem de Guadalupe Fonte: Wikimedia Commons A luta dos rebeldes contra o domínio espanhol continuou, agora sob a liderança de José Maria Morelos, mestiço que se tornou um homem estudado e também um clérigo. Mostrou-se um exímio estrategista de guerra. Quando assumiu uma posição de liderança das forças rebeldes, conseguiu fazer com que as tropas reais se sentissem ameaçadas. Incrementou as reivindicações rebeldes com um conteúdo consistente de reformas sociais. Em 1813, no congresso de Chipacilgo, do qual participou Morelos, foi proclamada a independência. Ele terminou capturado e fuzilado. Mas, conseguiu resultados mais contundentes que os de Hidalgo, para a conquista de uma independência (ANNA, 1991). Após essas rebeliões serem sufocadas, seguiu-se um estreito debate entre a poderosa elite americana e o reino da Espanha, quanto às razões da guerra de independência. Tais debates resultaram em algumas conquistas americanas. Entretanto, em 1814, quando Fernando VII foi libertado por Napoleão e retoma o trono, a coroa empreendeu esforços para restituir seu poder absolutista sobre a América. Os americanos assistiram à chegada de umasérie de decretos vindos do outro lado do Atlântico. Em 1821, Iturbide, que havia participado das campanhas contra as rebeliões lideradas por Hidalgo e, depois, por Morelos, rebelou-se contra a Espanha. Ele firmou o compromisso de manter os privilégios da elite para conseguir a independência. Conseguiu estabelecer um consenso social em relação à emancipação americana, conquistando membros do exército real e da elite criolla. Passou a controlar várias cidades. Fez sua entrada triunfal na Cidade do México, sob o discurso de estar restabelecendo o império mexica (azteca) subjugado pelos espanhóis, através de Hernán Cortez, como quem estivesse refundando o império mexicano (ANNA, 1991). Somente em 1824, após a queda de Iturbide, se criou no México uma república federal, que propôs uma nova constituição e outorgou autonomia aos estados para se governarem. Esse foi o desfecho do processo de independência no México (ANNA, 1991). 9 UNIDADE As independências da América Espanhola América Central Toda a América Central era governada a partir da cidade da Guatemala, abrangendo um território que ia desde a província de Chiapas, que após a independência foi incorporada ao México até as fronteiras da província do Panamá. Essa província panamenha pertencia ao vice reinado que abarcava toda a América do Sul, Nova Granada. Era considerada parte do território colombiano. Metade da população centro-americana era de origem indígena. A maioria da outra parte dessa população era composta por mestiços e mulatos. O poder e a economia eram controlados por uma minoria de brancos. Nesse grupo, pouquíssimos eram nascidos na Europa. A elite criolla era o grupo reformista (ANNA, 1991). O conteúdo das proposições reformistas dos criollos não era a independência. Desejavam apenas desenvolver o comércio, as navegações e a agricultura, atividades articuladas diretamente com sua condição social. Construíram uma lista de petições de teor liberal. Entre essas petições, queriam reduzir as restrições comerciais às quais estavam submetidos e um incentivo para a produção na colônia. No contexto centro-americano, os embates se davam principalmente em torno do monopólio colonial espanhol (ANNA, 1991). Em 1822, a cidade da Guatemala, após uma série de tensões e intensos embates, foi incorporada ao império mexicano governado por Iturbide. Por conseguinte, toda a América Central também foi anexada. Após a queda de Iturbide, restitui-se o poder da Guatemala. Apenas a província de Chiapas permaneceu fazendo parte do México. Em 1823, a América Central proclama sua independência, fragmentando- se em várias republicas federalistas com autonomia política. Importante! A América Central foi cenário da independência de duas colônias peculiares: Haiti e Santo Domingo. A primeira era uma colônia francesa. A outra pertencia aos espanhóis. Um tratado de 1795 incorporou a colônia espanhola à francesa. Importantes produtoras de açúcar, essas colônias receberam enormes contingentes de escravizados africanos. Inspirados na independência dos anglo-americanos e na revolução francesa, a ilha viu crescer em seu interior um ímpeto revolucionário, que tomou proporções de uma guerra civil. Destaca-se nesse contexto, Toussaint Louverture, que fora um escravo doméstico e se tornou uma das figuras mais notórias no processo de emancipação política da ilha. Após um longo combate entre os revolucionários e as tropas francesas, em 1804, proclama-se a independência do Haiti, que se tornou o primeiro estado independente na América Latina e a primeira república negra que emergiu no mundo (PONS, 1991). Essa revolução amedrontou as elites hispano-americanas cujo mais da metade da população não era de origem europeia, mas de indígenas, africanos, mulatos e mestiços, descontentes com sua condição social. Importante! 10 11 Outro caso peculiar foi o de Cuba e Porto Rico, que após a independência de todo o continente americano permaneceram sob a posse espanhola. Bolívar intentou invadir Cuba. Porém, os Estados Unidos se opuseram. Então, a ideia foi abandonada (BUSHNELL, 1991, p. 163). Representação de Touissant Louverture Fonte: Wikimedia Commons América do Sul Tal como ocorreu com o México e a América Central, a América do sul espanhola também sofreu efeitos da crise do poder imperial espanhol instaurada com a invasão do reino da Espanha, por Napoleão Bonaparte, em 1808. Com essa invasão, os hispano-americanos foram submetidos ao governo de José Bonaparte, irmão de Napoleão, colocado no trono no lugar do destituído rei espanhol Fernando VII. Entre os que resistiram a essa imposição francesa, formaram-se juntas provisórias para governar em nome da monarquia destituída. Cogitou-se também por provisoriamente no trono Carlota, irmã do monarca espanhol Fernando VII. Ela era casada com D. João, monarca português, que com a invasão napoleônica em Portugal, tomou o rumo do Brasil com sua família. Poucos defendiam aproveitar a ocasião para instituir a independência. Os movimentos de independência que se seguiram após essa crise do poder imperial foram derrotados (BUSHNELL, 1991). 11 UNIDADE As independências da América Espanhola Tradicionalmente, a historiografia relaciona os movimentos que ocorreram no cenário sul-americano, no contexto do colapso do poder provocado por Napoleão, à revolução que ocorreu na América do Norte, a independência dos Estados Unidos (1776) e à Revolução Francesa (1779). É possível encontrar neles correspondências com essas revoluções, principalmente no plano de suas prerrogativas iluministas. Embora não se possa esquivar-se do peso de alguns acontecimentos externos articulados diretamente com a realidade americana, os argumentos internos, aqueles que fazem o processo histórico da independência da América espanhola girar em torno da tensão entre peninsulares e criollos, são mais consistentes. Os anglo-americanos, após sua independência, estavam preocupados apenas com suas fronteiras. Eram descrentes quanto ao futuro dos outros povos americanos, assumindo uma posição de neutralidade. A Europa estava mergulhada nas guerras napoleônicas. Em virtude disso, nenhum auxílio externo concreto encontrou lugar nos movimentos que ocorreram entre os hispano-americanos (BUSHNELL, 1991). Importante! Sobre a independência dos Estados Unidos. No final do século XVI, Sir Walter Raleight recebe da rainha Elizabeth I, da Inglaterra, uma carta de doação de terra, dando início à colonização inglesa da América. Principiando com a colônia da Virgínia, em 1733, os anglo-americanos tinham constituído 13 colônias na América. No período que antecedeu a independência norte-americana, a Inglaterra tinha aumentado significativamente o controle político e econômico sobre as suas colônias americanas. Essa circunstância suscitou embates importantes entre os colonos e os soldados ingleses, entre os quais podemos destacar o Massacre de Boston, em 1770. Três anos depois, ocorreu o Boston Tea Party (A festa do chá de Boston), um episódio no qual os colonos se disfarçaram de indígenas e atiraram um carregamento de chá ao mar, em protesto ao significativo aumento do produto em razão de uma medida imposta pelos ingleses. Isso se desdobrou nas ‘‘leis intoleráveis’’, uma série leis rigorosas que pesaram sobre os colonos. Após um longo e tenso debate, em 1776, os colonos decidem se desligar da Inglaterra. Essa independência foi consolidada após um longo período de guerras (KARNAL, 2007). Entre os historiadores, há quem atribua a essa independência o papel de inspirar as independências ocorridas posteriormente no restante da América. Importante! A Venezuela foi o primeiro país hispano-americano que declarou independência. A elite comercial e agrária formou uma instituição designada como Sociedade Patriótica. Um dos membros dessa instituição foi Simon Bolívar, que era um dos mais ricos agricultores. Nela a ideia de independência ganhou força. Em 1811, os venezuelanos declaram sua independência.Constituiu-se uma república de caráter federalista, com a implementação de algumas reformas políticas. A Venezuela, entretanto, sofreu tentativas de destruir sua revolução, entrando em combate com tropas conservadoras (BUSHNELL, 1991). 12 13 No ano seguinte, Bolívar estava em Nova Granada (Colômbia) com o intuito de conquistar a região para a causa revolucionária, mas encontrou nela ainda persistentes lealdades à coroa espanhola, especificamente no Panamá, que fazia parte da Gran Colômbia. Entretanto, as províncias colombianas, no transcorrer dos anos seguintes, foram proclamando sua independência, não sem entrar em conflito com os encraves monarquistas que persistiam dentro de seu território. Em 1816, a região de Nova Granada (Colômbia), tal como Venezuela e algumas províncias do Equador eram independentes. Nesse mesmo ano, o vice-reinado do Río de la Plata, região que compreendia desde o Alto Peru até a as províncias uruguaias. O Paraguai, desde 1811, através de um golpe, seguiu um caminho político independente. O Chile, até meados de 1817, quando a expedição comandada por San Martín o libertou, estava mergulhado em uma disputa entre as forças reformadoras e pró-monárquicas (BUSHNELL, 1991). Símon Bolívar e San Martín Símon Bolívar (1783-1830) é reconhecido como símbolo da independência da América. Nas palavras do literato Gabriel García Márquez, que era fascinado por sua figura, ele retirou do domínio do reino espanhol um território cinco vezes maior do que a Europa e liderou duas décadas de guerras para que a América não voltasse a ser posse espanhola. Além disso, lutou para que a América não se fragmentasse e formasse uma nova nação americana unida (MÁRQUEZ, 2000, p. 43-44). Representação de Símon Bolívar Fonte: Wikimedia Commons 13 UNIDADE As independências da América Espanhola Era um jovem agricultor do ramo de cacau. Foi um dos principais articuladores políticos no processo de independência hispano-americano. Mantinha contato com os revolucionários sul-americanos e centro-americanos, auxiliando e também buscando apoio para a causa da independência. Atuou nas principais batalhas que consolidaram o desligamento com a Espanha. Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia (independente em 1825 e que leva o nome de seu libertador) devem sua independência a essa atuação política e militar. Ao decretar a divisão das terras dos inimigos entre seus soldados e oficiais, Bolívar os manteve leais à sua causa. Libertou os escravos que se alistaram em suas forças militares. Mas não aboliu a escravidão, mantendo essa medida apenas entre suas promessas políticas. Promoveu pardos a cargos militares de expressão, condição étnica que restringia tal acesso anteriormente. Não obstante, Bolívar continuou privilegiando membros da elite criolla, à qual pertencia, nos cargos de alto comando. Contestado sobre essa prática de privilégios por um de seus generais pardos, o executou, acusando-o de traição. Buscava tornar as nações independentes repúblicas sólidas regidas por um pensamento político liberal e propunha sua unificação. Em vista disso, é considerado o líder da revolução de independência hispano-americana. Bolívar encontrou-se com San Martín (1778-1850), um general também importante na história da independência hispano-americana. O teor dessa conversa é polêmico. San Martín lhe havia solicitado reforços para completar a independência do Peru. Bolívar, acredita- se, negou esse auxílio. San Martín teria se retirado e deixado a tarefa de tornar o Peru independente para Bolívar (BUSHNELL, 1991). Representação de San Martín Fonte: Wikimedia Commons José de San Martín, considerado um herói nacional argentino, serviu o exército espanhol como oficial de carreira. Ele atuou na conquista da independência chilena, argentina e peruana. Fez várias reformas políticas de gosto liberal no Peru. Auxiliou Bolívar com suas tropas durante a conquista das províncias equatorianas de Quito e de Guayaquil. San Martín, após seu encontro com Bolívar para tratar sobre a conclusão da independência do Peru, se retirou do exército revolucionário e se exilou na Europa (BUSHNELL, 1991). 14 15 Considerações Finais Desde o século XVI, as colônias espanholas faziam parte de um sistema europeu e atlântico no qual suas riquezas eram exploradas e transferidas para a Europa (WADDELL, 1991). Por isso, foram alvo da rivalidade das potências europeias. Após um longo processo de enfrentamentos de ordem política e militar, que resultaram na independência dessas colônias e na construção de novos regimes de poder fundamentados em teorias liberais, as relações entre América e Europa iriam se redesenhar e formariam um novo quadro econômico e político no plano internacional. Após essas revoluções de independência, construiriam outras relações com os europeus. 15 UNIDADE As independências da América Espanhola Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Sites Revoluções de independência na América Hispânica: uma reflexão historiográfica Maria Elisa Noronha de Sá Mäder http://goo.gl/YiJS02 Reflexões sobre as Independências Ibero-americanas Manuel Chust - Universitat Jaume I - Castellón – España http://goo.gl/oTgo3Z Leitura As Influências de Rousseau e Napoleão em Simón Bolívar Ricardo Vélez Rodríguez http://goo.gl/Bnxr7y Vídeos Lista de programas da Univesp sobre a América Independente. https://goo.gl/kcAU0y 16 17 Referências BOLÍVAR, Simón. Escritos políticos. Selección e introducción de Graciela Soriano. Madrid: Alianza Editorial, 1983. MÁRQUEZ, Gabriel García. O General em seu Labirinto. 6.ed. Rio de Janeiro - São Paulo: Editora Record, 2000. KARNAL, Leandro [et.al.]. História dos Estados Unidos: das origens ao século xxi. São Paulo: Contexto, 2007. ANNA, Timothy. La independencia de México y América Central. In: BETHEL, Leslie. Barcelona: Editorial Crítica, Cambridge University Press, 1991, v.V, p. 41-74. BUSHNELL, David. La independencia de la América del Sur española. In: BETHEL, Leslie. Barcelona: Editorial Crítica, Cambridge University Press, 1991, v.V, p. 75-123. PONS, F. M. La independencia de Haití y Santo Domingo. In: BETHEL, Leslie. Barcelona: Editorial Crítica, Cambridge University Press, 1991, v.V, p. 124-153. WADDELL, D. A. La política internacional y la independencia latinoamericana,. In: BETHEL, Leslie. Barcelona: Editorial Crítica, Cambridge University Press, 1991, v.V, p. 209-233. 17
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