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Botanica geral-1 ano-2014

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CEB (Currículo de estudos de Biol. )
Zulmira M. M. Modesto
Nilza J. B. Siqueira.
Botânica
RDocente: Emílio Razão
Classificação dos tecidos 
	1. Embrionário ou de formaçãotecido não diferenciado que se origina das células embrionárias.
	Função – formação de células, tecidos e consequentemente órgãos primários da planta.
	Classificação dos meristemas
a) Quanto a origem
	Primários- formados por células embrionárias, responsáveis pelo crescimento longitudinal da planta, ex: os localizados nos ápices de raízes, caules e primórdios foliares.
Osmeristemasprimáriossão:
· Protoderme- forma a epiderme;
· Meristema fundamentalformaParênquima, Colênquima e Esclerênquima;
· Procâmbio- forma xilema e floema primários
.p
	Secundários- originários após o crescimento primário
0.p
Os meristemas secundários são:
· Felogênio ou câmbio do súber ou casca- produz a periderme que substitui a epiderme como tecido protector, nas gimnospermicas e dicotiledoneas;
· Câmbio vascular-formação de vasos condutores secundários (xilema e floema secundários) e engrossamento do caule e raiz nas gimnospermicas e dicotiledoneas.o
b) Quanto à sua posição
· Apicais-localizados nas extremidades das raízes, caules e principalmente em folhas.
Nas TALÓFITAS, BRIÓFITAS e PTERIDOFITAS (criptogamas), no ápice meristemático da raiz e do caule, existe uma única célula apical ou inicial que, por divisões, origina os outros tecidos. 
Nas GIMNOSPERMICAS e ANGIOSPERMICAS (fanerogamicas) o meristema apical é formado por um grupo de células iniciais apicais.
· Intercalares-são encontrados nos internós e na bainha de folhas de muitas MONOCOTILEDONEAS, principalmente GRAMÍNEAS.
· Laterais-são responsáveis pelo crescimento em espessura ou diametral da raiz e do caule, ex.p.p?.p: FELOGÊNIO e CÂMBIO que aparecem em GIMNOSPÉRMICAS e DICOTILEDÓNEAS, que apresentam crescimento secundário em espessura. 
N.B: nas MONOCOTILEDÓNEAS, salvo em algumas excepções, como Yucca, Aloes, etc. e as PTERIDOFIDAS, o crescimento é somente LONGITUDINAL, não ocorrendo a formação do CAMBIO e o FELOGÊNIO. Nestes grupos o pequeno crescimento em espessura é apenas por HIPERTROFIAdas células derivadas do MERISTEMA.p.p PRIMÁRIO
	2. Tecido de Protecção ou tegumentário
	Função- protecção mecânica dos órgãos internos, a perda excessiva de água, evariação da temperatura
.0.p.p.p.p.pp.pp.'p'p.'p.p'pp
a) Epiderme- a camada mais externa de células que reveste os órgãos internos.
 Características 
· Tem células vivas justapostas;
· Ausência de cloroplastos, excepto em plantas aquáticas e de sombra;
Estruturas anexas da epiderme0'p'p
· Estómas- trocas gasosas entre a planta e o meio;
.p.p
· Pêlosou tricomas– podem ser simples ou ramificados cozbBm formadas variadas e com função protectora ou glandular;
· Acúleos – são superficiais e frequentemente se confundem com espinhos e deles se diferem por serem facilmente destacáveis e por não apresentarem elementos condutores.
· Papilas – são pequenas saliências epidérmicas encontradas de preferência na epiderme superior das pétalas, dando um aspecto aveludado. 
· Escamas ou pêlos peltados- são paralelas à epiderme. Nas bromeliáceas epífitas, funcionam como elementos de absorção de água e nutrientes minerais.
b) Súber- é um tecido morto, que geralmente substitui a epiderme nas plantas com crescimento em espessura. Protege a planta contra a evaporação e variação de temperatura. 
c) Ritidoma- conjunto de tecidos mortos corticais, formados à custa da actividade de mais de um Felogênio. 
N.B. Como o súber é um tecido morto e impermeável, todo tecido situado externamente a ele está condenado a morrer e destacar-se. As camadas que se destacam constituem o ritidoma.
	3. Tecido de sustentação 
Função- fornecer o esqueleto de sustentação ao corpo vegetal
a) Esclerênquima- tem células mortas com intensa lignificação nas suas paredes.
B
Tipos de células esclerenquimáticas: 
Fibras, ex: linho, sisal, algodão, etc.
Células pétreas ou escleritos, ex: coco, noz, maçã, etc.
b) Colênquima – tem células vivas, geralmente sub-epidermicas, encontrado em órgãos vegetais com crescimento activo, não impedindo o crescimento do órgão que circunda.
· Tem paredes primarias não lignificadas; 
	4. Tecidos de Absorção
Funçãoabsorção da água e sais minerais na planta
Incluem:
a) Pêlos absorventesabsorventes9
· Tem parede celulósica fina e núcleo localizado na ponta do pêlo;
· Aumentam a superfície de absorção da Ariz; 
· São de duração limitada e localizam-se na zona pilosa.
b) Rizóides
· São unicelulares, sem estrutura de raiz, mas funcionam como raízes;
· São encontradas em talófitas, briófitas e no protalo das pteridófitas.
c) Haustórios
· São raízes sugadoras encontradas nas plantas sugadoras, penetram nos tecidos da planta hospedeira até aos vasos condutores, ex: cuscuta.
· Os parasitas podem ser: Hemiparasitas (parasitas facultativas), Holoparasitas (parasitas obrigatórias);
d) Velame ou véu das raízes aéreas 
· Encontrado por exemplo nas orquídeas, funcionando como uma esponja que absorve humidade do ar;
· É formado por células mortas, suberificadas, munidas de orifícios que permitem a entrada de água.
	5. Tecidos de condução ou vascular
Função: condução de seivas, bruta e elaborada.
A presença de um sistema vascular nas plantas (traqueófitas) possibilitou seu crescimento em altura e conquista definitiva do meio terrestre, o que se iniciou com as Pteridófitas.
Estes tecidos são formados pela diferenciação do procâmbio no corpo primário da planta.
Os tecidos de condução são:
a) Xilema ou lenho
· No seu estado primário, contem o protoxilema que se forma inicialmente e metaxilema que se diferencia posteriormente;
· Geralmente as monocotiledonease Pteridófitas apresentam somente tecidos condutores primários;
· As gimnospermicas e dicotiledoneas, em geral, alem dos tecidos condutores primários, formam os secundários, graças à actividade Cambial;
· Contem células mortas.
Os elementos que constituem o xilema são: 
	Elementos do xilema
	Funções
	1o – Traqueais – a) traqueides; 
 b) elementos de vasos
	Condução da água
	2o- Fibras
	Sustentação
	3o- Células de parênquima (sistemas axial e radial) 
	Armazenamento e translocação de substanciasergásticas (produzidas pela actividade da própria célula)
Traqueides
· Elementos mais primitivos com único tipo de células condutoras de água na maioria das plantas vasculares inferiores e gimnospermicas;
· São chamados de vasos fechados porque são células imperfuradas, e a comunicação entre as células é feita somente por pares de pontuações, em suas paredes comuns.
· Contem células alongadas com paredes secundarias lignificadas e sem protoplastos.
Elementos de vasos
· São os mais especializados, encontrados na maioria das angiospermicas;
· As angiospermicasalem de elementos de vasos, também contem traqueides no xilema;
· Contem células alongadas comparedes secundarias lignificadas e sem protoplastos;
· São conhecidos de vasos abertosporque são perfurados e contem também pontuações em certas áreas de comunicações com outros vasos.
	N.B. nas Traqueides, a água passa de uma célula para outra através de pares de pontuações. Nos elementos de vasos, a água flui através de perfurações, por isso que estes são considerados mais eficazes na condução de agua que as Traqueides. 
b) Floema ou liber
· Constituído por células vivas.
	Elementos do Floema
	Funções
	1o- Crivados: a) células crivadas; b) tubos crivados- com células companheiras 
	Condução da seiva elaborada (alimento)
	2o- Fibras
	Sustentação
	3o- Células de parênquima (sistemas radial e axial) 
	Reserva e translocação de substancias alimentares
Células crivadas
· Elementos primitivos, comparados às traqueidesdo xilema;
· Não apresentam placas crivadas, só áreas crivadas;
· Ocorrem nas plantas inferiores e nas gimnospermicas.
Elementos dos tubos crivados
· Apresentam placas crivadas e áreas crivadas;
· Ocorrem nas angiospermicas;
· Os tubos crivados associam-se as células companheiras.
	N.B.o lenho e liber se associam nos órgãos vegetais formando geralmente feixes condutores mistos. 
Tipos de feixes condutores mistos
Concêntricos- o floema circunda o xilema ou vice versa, são comuns nas pteridófitas 
	Liber
	Liber
	Liber
	Liber
	Lenho
	Liber
	Liber
	Liber
	Liber
Colaterais– disposição mais comum, na qual o floema fica localizado do lado de fora do xilema, ex nas monocotiledoneas e dicotiledoneas.
	Liber
	Liber
	Liber
	Lenho
	Lenho 
	Lenho
Bicolaterais-quando o xilema é envolvido por fora e por dentro o floema, ocorre por ex. na abóbora
	Liber
	Liber
	Liber
	Lenho
	Lenho
	Lenho
	Liber
	Liber
	Liber
Arranjo radial– disposição encontrada na raiz, único órgão vegetal que apresenta os feixes floemáticos alternando com os xilemáticos, ao redor da circunferência do cilindro vascular.
	Liber
	Lenho 
	Liber
	Lenho
	N.B. nas monocotiledoneas o feixe é chamado fechado porque é envolvido
por uma bainha de esclerênquima e não desenvolve um câmbio vascular. Nas gimnospermicas e dicotiledoneas é chamado aberto porque desenvolve um câmbio vascular.
6. Tecido de arejamento
Função: permitem a entrada do ar no interior da planta.
Os tecidos são:
a) Estomas 
· Nas folhas e caules jovens.
b) Lenticelas 
· São comuns nos caules e raízes representadas por aberturas epidérmicas lenticulares ou circulares, que se elevam a superfície.
c) Pneumatóforos
· São raízes que crescem verticalmente em direcção à superfície do meio onde vivem (regiões pantanosas, brejos e manquezais);
· Apresentam lenticelas com o nome de Pneumatódios. São próprias que se desenvolvem em regiões pobres em oxigénio e permitem uma aeração mais adequada, funcionando, portanto, como órgãosrespiratórios.
7. Tecidos de assimilação 
· São responsáveis pela realização da fotossíntese.
Tipos de tecidos de assimilação 
a) Parênquima clorofilino
· Possui cloroplastos que realizam a	 fotossíntese;
· É encontrado em todos órgãos verdes das plantas, nas folhas e cascas dos caules jovens;
Há dois tipos de parênquima clorofilino:
Paliçado: situado logo abaixo da epiderme e cheio de cloroplastos;
Lacunoso:encontrado abaixo do paliçado, pobre em cloroplastos, deixando muitos espaços entre si.
O conjunto dos parênquimas foliares é chamado Mesófilo foliar.
8. Tecidos de reserva
· Inclusos os parênquimas incolores (sem cloroplastos) responsáveis pelo armazenamento de substâncias alimentares, água e ar nos vegetais;
· É encontrado principalmente em órgãos que ficam ao abrigo da luz, ex: raízes, caules subterrâneos, sementes, etc.
· As substâncias armazenadas são as mais variadas: amido, vitaminas, sacarose, proteínas, óleos, ácidos, aleurona, etc.
Tipos de tecidos de reserva
a) Aeríferos ou Aerênquimas
· Acumulam ar;
· São encontrados em plantas aquáticas e auxiliam a flutuação das mesmas.
b) Aquíferos ou Aquosos
· Acumulam água;
· Encontrados em plantas xerófitas, isto é, plantas que crescem em habita seco ou árido.
c) Amiláceo
· Acumulam amido.
9. Tecidos de Excreção e Secreção
Os tecidos são:
a) Hidatódios
· São estruturas foliares, que eliminam soluções aquosas muito diluídas, processo designado Gutação ou Sudação e ocorre na ausência da transpiração, como acontece geralmente à noite;
· Os hidatódios ocorrem nas pontas das folhas ou espalhados pelos bordos do limbo das folhas de certas plantas como: morangueiro, figuereiras, tomateiro, etc.
b) Células secretoras 
· Elas podem ocorrer isoladas na epiderme de certas folhas e caules, contendo cheia de resinas ou essências;
· O produto da secreção pode ser: óleos, resina, enzima, goma, mucilagem, tanino, carbonato de cálcio, oxalato de cálcio, etc;
· É muito comum a presença de oxalato de cálcio, em forma de areia cristalina.
c) Pêlos glandulares 
· Com função defensiva que libera substancia que causam serias irritações, ex na urtiga;
· Com função digestiva, ex nas plantas insectívoras.
d) Bolsas secretoras
· São formações arredondadas, encontradas nos parênquimas das folhas, caules e frutos, ex as bolsas das rutáceas (limão e laranja);
· Quando os espaços são alongados, são chamados de canais resiníferos e secreção pode ser: resina, óleo, látex, goma, mucilagem, etc.
e) Tubos laticiferos
· Células por onde circula uma secreção espessa, leitosa ou mesmo branca-látex, que em contacto com o ar, coagula rapidamente, facilitando a cicatrização da parte injuriada, ex figueira, seringueira, etc.
f) Nectários 
· Secretam um liquido açucarado denominado néctar, que os animais polinizadores aproveitam como alimento.
Data: 27/03/14
	Morfologia e Histologia dos órgãos Vegetais
O aparelho vegetativo das plantas córmofitas é constituído por: raiz, caule e folha.
Raiz - origina da radícula.
Caule e folha – originam da gémula.
Flor - órgão reprodutivo que é constituída de folhas modificadas.
Semente – resulta do desenvolvimento do óvulo após a fecundação.
A raiz é:
· Órgão subterrâneo, aclorofilado;djhk
· ata eqtuyty
· Com função de fixação e absorção de água e sais minerais;
· Pode funcionar ainda como órgão de reserva, ex: beterraba e batata-doce, cenoura;
· Apresenta geralmente geotropismo e Hidrotropismo positivos;
· Neão tem folhas, gemas laterais e internós.
	Origem da raiz
· Nas gimnospermicas e dicotiledoneas, a raiz principal origina da radícula do embrião;
· Nas monocotiledoneas – a radícula degenera-se e as raízes originam-se do caule;
· Os dois tipos apresentam raízes laterais com origem no periciclo (endogenas).
	Zonas da raiz
..pA coifa origina do tecido meristemático e protege a planta contra:
· Desgaste da raiz contra o atrito das partículas do solo;
· O ataque dos microrganismos, por isso, é muito desenvolvida nas plantas aquáticas, como o água-pé;
· Nas raízes aéreas a coifa evita a transpiração excessiva. Ela está ausente na Cuscuta, uma planta parasita; 
· As células da coifa contem grãos de amido chamados Estatolitos, que juntamente com fitohormonios tem um papel na orientação geotrópica da raiz.
	Principais adaptações radiculares
1. Raiz tuberosa ou tubérculo radicular- acumulam substâncias nutritivas de reserva, ex: nabo, rabanete, beterraba, batata-doce, mandioca, etc.
2. Haustórios ou sugadoras - sugam alimentos de outras plantas.
3. Raízes aquáticas – armazenam ar (aerenquimas);
4. Raízes adventícias – originam das folhas ou caules, ex: milho;
5. Raízes suportes ou escoras, ex: milho, Rizophoramangle, raízes escoras de planta de mangue;
6. Raízes tubulares, ex: figueiras;
7. Raízes grampiformes, ex: hera, planta que sobe em muros e paredes, tem fototropismo negativo;
8. Raízes pneumatoforos, ex: Avicenia marina;
9. Raízes epífitas, ex: raízes estrangulantes de mata-pau (Ficus), raízes cinturas da orquídea;
10. Raízes aéreas modificadas, ex: certas palmeiras que apresentam espinhos (Acanthorriza).
	Morfologia interna da raiz
A estrutura primária da raiz é mais simples que a do caule, devido a ausência de folhas, nós e internós.
Num corte transversalde uma raiz, o meristema apical origina três meristemas primáriosque são:
1. Protoderme- que origina o tecido primário- epiderme;
2. Meristema fundamental- que origina(parênquima, colênquima e esclerênquima);
3. Procâmbio- que origina o Xilema ou lenho e floema ou liber 1os.
	Característica geral dos tecidos primários
Epiderme– sem estómas e contem pelos absorventes para absorção de água e sais minerais;
Córtex – ocupa maior parte do corpo primário das raízes. São constituintes dele: a exoderme, parênquima cortical e a endoderme que pode conter as estrias de caspary;
Cilindro central ou estelo- é constituído pelo periciclo e tecidos vasculares;
Periciclo-camada rizogéna, origina raízes laterais;
Tecidos vasculares-a raiz é único órgão vegetal possuidor de lenho e liber independentes. A partir do caule os feixes são sempre mistos.Liberlenhosos.
Na raiz. A diferenciação do lenho ocorre de fora para dentro (centripeta), de tal modo os elementos do protoxilema ficam próximos ao periciclo e os de metaxilema mais centrais.
	Estrutura secundária da raiz
Ocorre com a formação do:
·Câmbio que origina xilema e floema 2os;
· Felogênioque origina a periderme;
· Na maioria das raízes oFelogênioaparece logo no crescimento secundário formando por divisão periclinal, o suberpara fora e feloderme para dentro;
· Portanto: o periderme é constituído porfelogênio, suber e feloderme.
Nas gimnospermicas e dicotiledoneas, a estrutura 1a da raiz pouco tempo se conserva e a raiz engrossa, aumentando o diâmetro (estrutura 2a).
· O câmbio vascular, origina para dentro o xilema 2o e para fora, o floema 2o;;
· O aumento de diâmetro do cilindro central da raiz, devido a actividade do Câmbio, faria rebentar a zona cortical, contudo, tal não acontece, devido à formação, na zona cortical, o felogênioque produz para fora osubere para o interior o feloderme.
Figura 4. Esquema representativo de um corte transversal da raiz de uma dicotiledónea com crescimento secundário.
A. Estado inicial, B. Crescimento secundário avançado, pr: córtex, e: endoderme, c: anel de câmbio, g': xilema primário, s': floema primário, p: periciclo, g": xilema secundário, s": floema secundário, k: periderme. 
O caule
· O órgão geralmente aéreo especializado para condução e sustentação;
· Pode funcionar como órgão de reserva, por ex: batata Reno;
· Quando verde ou jovem, realiza a fotossíntese;
· Apresentagravitropismo negativo e fototropismo positivo;
· Apresenta nós e internos.
	Origem do caule
A partir da gémula.
O desenvolvimento da gémula origina epicótilo, que é a parte caulinar, o hipocotiloorigina o interno.
Tipos de caules
Podem ser: Aéreos, Subterrâneos e Aquáticos.
1. Aereos,podem ser:
· Erectos;
· Restejantes;
· Trepadores.
a) Erectos- com desenvolvimento vertical que podem ser:
· Tronco: bem desenvolvido com ramificações. É comum nasárvores e arbustosdasgimnospermicasedicotiledoneas.
· Estipe: caule cilíndrico alongado, resistente, não ramificado, ex: palmeiras e cicas.
· Colmo: caule cilíndrico, com nóseinternósnítidos, podendo ser oco oufistuloso, ex:bambu, cana-de-auçucar.
· Haste: o caule das ervas, pequeno, tenro, clorofilado, pouco resistente e geralmente ramificado desde a base, ex: agrião.
b) Rastejantes ou estolhos
· São os que se espalham horizontalmente sobre a terra, não conseguindo manter-se erectos por serem pouco resistentes;
· Apresentam nós, onde se formam raízes ou ramos aéreos, funcionando como elementos de reprodução vegetativa, ex: gramas de jardim, hortelã, morangueiro, etc.
c) Caules trepadores
São os caules de plantas conhecidas como trepadeiras, podendo ser:
· Sarmentosos – tem gavinhas e raízes adventícias (grampiformes), ex: hera
· Volúveis – desprovidos de órgãos de fixação, enrolando-se em espiral quando encontra suporte, ex: fejoeiro.
2. Caules subterrâneos 
a) Rizomas- caules subterrâneos, mais ou menos cilíndricos, que se desenvolvem paralelamente a superfície da terra, ex: bananeira, íris, samambaia, etc.
b) Tubérculos– são subterrâneos, dilatado pelas reservas nutritivas que têm. São considerados como rizomas hipertrofiados, diferem deles pela ausência de raízes, ex: inhame, batata Reno, etc.
c) Bulbos- não são, propriamente, caules modificados, mas sim, órgãos muito complexos.
· Tem uma porção central, pequena, denominada prato, que representa a porção caulinar;
· o prato é envolvido por folhas modificadas (os catáfilos) que são suculentas por possuir substancias de reserva, ex: cebola, alho, lírio, cormos, etc.
3. Caules aquáticos- são pouco desenvolvidos, tenros, quase sempre clorofilados, com aerênquimas que facilita a respiração e a flutuação do vegetal, ex: nenúfar
	Modificações do caule
· Gavinhas;
· Espinhos;
· Órgãos de reserva;
· Cladódios e Filódios- assumem a forma e função das folhas
	Tipos de ramificações caulinares
· Dicotômica
· Monopodial 
· Simpodial
	Estrutura primária do caule
Há variação de estrutura primária do caule de várias espécies vegetais.
As diferenças baseiam-se principalmente na distribuição dos tecidos meristemáticos (procâmbio e meristema fundamental).
Em algumas coníferas e dicotiledóneas as células do procâmbio aparecem como um cilindro oco dentro do meristema fundamental de tal forma que a região interna desse meristema forma a medula e a externa, o córtex. 
Em outras, fragmenta-se o procâmbio e por diferenciação forma feixes liberolenhosos.
Estrutura secundária do caule é idênticaa da raiz.
Morfologia vegetal
Folha 
· Órgão lateral, geralmente verde;
· Representa uma expansão laminar do caule;
· Apresente crescimento limitado e;
· Com função fotossintética, alem da respiração, transpiração , gutação, etc.
Uma folha completa contém: 
· Pecíolo;
· Bainha e;
· Limbo.
N.B. qualquer dessas partes pode faltar, mas raras vezes o limbo
As folhas incompletas podem ser:
a) Peciolada-sem bainha, o pecíolo insere-se directamente no caule,ex: abóbora e é comum nas dicotiledôneas ;
b) Invaginante- sem pecíolo, com bainha bem desenvolvida, ex: cana de açúcare é comum nas monocotiledoneas;
c) Séssil – sem pecíolo e bainha, o limbo insere-se directamente no caule, ex: folha do tabaco;
Estruturas acessórias
Alem das estruturas descritas, as folhas podem apresentar estipulas,ócreas elígulas .
Folha estipulada folha ligulada
-
Folha ócrea
Classificação das folhas
a) Quanto a forma
Folha cordiforme- em forma de coração.
Folha reniforme- em forma de rim. 
Folha sagitiforme- em forma de seta
Folha acicular- em forma de agulha 
Folha espatulada- em forma de espatula
Folha lanceolada- forma de lança.
Folha falciforme- forma de foice.
b) Quanto a nervação
· Uninervea, ex: lentilha da água
· Paralelinérvea-ex: milho
· Peninervea- todas secundariassaem da principal, ex: laranjeira
· Palminervea- as nervuras saem todas do mesmo ponto,em forma de uma mão, ex: papaeira
· Curvinérvea –com nervuras secundarias curvas em relacao a principal, ex: feijão maluco.
A flor
Ė o elemento reprodutor das fanerogâmicas.
 Quando completa é formada pelo:
· Pedúnculo;
· Receptáculo;
· Verticilos florais.
A flor tem um crescimento limitado ou determinado (seu meristema apical pára sua actividade após a produção dos elementos florais).
Pedúnculo – sustenta a flor e quando ausente a flor é Séssil, ex: Cactus.
Receptáculo – insere os elementos dos verticilos.
VERTICILO FLORAL
Uma flor completa apresenta 4 verticilos.
EXTERNOS- Cálice e Corola, este conjunto forma o Perianto. 
INTERNOS- Androceu ( ) e Gineceu ( )
CLASSIFICAÇÃO DAS FLORES
1. Quanto ao:
· Perianto;
· Aparelho reprodutor;
· Simetria.
Perianto
a) Diperiantada ou Diclamídia – apresenta cálice e corola, ex: Rosa;
b) Monoperiantada ou Monoclamídea – apresenta só cálice ou corola, ex: Papaeira.
c) Aperiantada ou Aclamídea – sem perianto, ex: gramíneas.
d) Heteroclamídea – cálice e corola são de cores diferentes, ex: rosas.
e) Homoclamídea – cálice e corola são de cores iguais, daí o nomeTepelase o perianto passa a chamar-se de Perigónio.
APARELHO REPRODUTOR
Pode ser estudo sob dois pontos de vista:
· Em relação a flor;
· Em relação a espécie.
a) EM RELAÇÃO A FLOR 
HERMAFRODITA OU MOCÓCLICA 
Possui Androceu e Gineceu e é também chamada de perfeita, ex: milho, carvalho, etc.
UNISSEXUADA OUDÍCLINA
Tem sexos separados ou Androceu ou Gineceu. Ė também chamada de imperfeita, ex: abóbora.
ESTÉRIL 
Sem androceu e nem gineceu ou quando existentes não são fecundados, ex: flores externas brancas de margarida, são pistiladas
b) EM RELAÇÃO À ESPÉCIE 
MONÓICA- produz flores masculinas e femininas no mesmo pé (fl. Unissexuados), ex: Abóbora 
 DIÓICA 
Produz flores masculinas num pé e femininas em outro, ex: mamoeiro, tamareira, etc.
POLIGAMIA – produz flores minóicas e dioicas na mesma espécie, ex: margarida.
HERMAFRODITA – apresenta flores monoclicas.
a) lSIMETRIA 
As flores podem ou não apresentar o plano de simetria.
As flores podem ser:
Assimétrica: sem plano de simetria, ex: Cana indica.
Zigomorfica: com um só plano de simetria que a divide em duas metades laterais simétricas, ex: giesta
Actnomorfa: com mais de dois planosde simetria, isto é, com simetria radiata, ex: rosa.
Bilateral: com dois planos sendo um perpendicular ao outro, ex: mostarda, begónia.
VERTICILOS FLORAIS
a) Cálice – conjunto de sépalas geralmente verdes. Quando tiverem cor diferente de verde
b) , o cálice é petalóide. 
Gamossépalo – sepalas unidas, ex: cravo.
Dialissepalo- sepalas separadas, ex: rosa, cravo.
Regular- sepalas do mesmo tamanho, ex: rosa, cravo.
Irregular-sepalas de tamanhos diferentes, ex:ervilha, gieta.
a) Corola- com pétalas coloridas, quando verdes, a corola é chamada sepaloide.
Pétalas, Gamopetalas (unidas), ex: flor do fumo.
A disposição das pétalas no botão floral é variada e o estudo dessa disposição é denominado prefloração (valar, torcida, imbricada, espiralada e vexilar)
Androceu
Ė constituído por folhas modificadas- estames.
O estame é constituído por: (Antera, conectivo e filete)
A antera prove do limbo da folha e é a parte mais desenvolvida do estame, apresentando forma e tamanho variáveis. Constitui a parte fértil do estame, e no seu interior são formados os grãos de pólen.
O filete origina do pecíolo da folha e pode ser ausente nalgumas flores (séssil).
O conectivo é o tecido vascularizado que une as duas partes (tecas) da antera, originando-se da nervura principal da folha.
O número de estames numa flor é variado. Quando há somente um estame, monandria, e quando há vários estames, poliandria.
Quando os estames estão livres, dialistemone, quando unidos, gamostemone.
 ESTRUTURA DO ESTAME (Antera)
O grão de pólen é um esporo (micrósporo) e ainda não é o gâmeta masculino do vegetal, este será formado mais tarde quando, dentro do tubo polínico o núcleo reprodutivo se dividir formando dois anterozóides.
FORMAÇÃO DOS GRÃOS DE PÓLEN
Cada antera possui na parte externa uma camada de células de protecção, a epiderme.
Na antera jovem existem dois sacos polínicos (microsporângios) de cada lado. Estes são pluricelulares e no interior dos quais existem células – mãe dos grãos de pólen.
Durante a maturação essascélulasdiplóides sofrem a MEIOSE e cada origina 4 grãos de pólen (micrósporos).
O grão de pólen é constituído por uma membrana externa, espessa, a exina, contendo poros e a interna, celulósica e fina, a intina.
O grão sofre mitose e origina duas células haplóides de dimensões diferentes, a mais pequena é a célula germinativa e a maior a vegetativa.
Durante a maturação, as células nutritivas (tapete) que rodeiam as células – mãe dos grãos de pólen são,reabsorvidas. Os dois sacos de cadalado unem-se formando uma única cavidade com grãos de pólen. 
Abre-se a parede das anteras e realiza-se a deiscência, libertando os grãos de pólen para o exterior.
Gineceu
Ė constituído por PISTILO. O pistilo é formado por folhas modificadas, denominadas de carpelos ou folhas carpelares.
O ESTIGMA é a parte apical do pistilo.
Ė glandular e secreta uma solução viscosa e açucarada que auxilia a fixação e a germinação do grão de polen .
Sua forma é variada: dilatado, bipartido, tripartido, lobado, plumoso, sessil, etc.
O estilete é a haste que sustenta o estigma parecendo um prolongamento delgado do ovário.
Oovárioé apartebasal, dilatada, que se prende ao receptáculo e que produz e contem os óvulos.
Tipos de Gineceu
O pistilo é simples quando formado por um só carpelo, e composto, quando formadopor dois ou mais.
O gineceu pode ser formado por muitos pistilos simples, isto é, por muitos carpelos separados, ex: rosa e moranguinho, neste caso o gineceu é APOCARPICO ou DIALICARPELAR. 
Essas plantas apresentam flores com muitos ovários e, consequentemente, muitos frutos.
Se o gineceu ser formado por dois carpelos ou mais unidos, ele será SINCÁRPICO ou GAMOCARPELAR, ex: laranja e tomate. Estas plantas têm flores com um único ovário e apresentarão somente um fruto por flor.
TIPOS DE OVÁRIO
O interior do ovário é ocupado por uma cavidade chamada LÓCULO ou LOJA o que origina os termos, uni, di, plurilocular.
O numero de lóculos pode ser menor que o numero de carpelos, ex: mamão. Mas também pode ser maior, pela formação de falsos septos, ex: laranja.
A região da parede ovariana onde os óvulos estão presos, chama-se PLACENTA
TIPOS DE PLACENTAÇÃO
Parietal, axilar e a central livre ou axial.
a) PARIETAL– quando os óvulos se insere nas paredes do ovário, ex: couve, feijão.
b) AXILAR – quando os óvulos estão dispostos no eixo do ovário, o que é comum nos ovários pluricelulares (laranja, lirio);
c) CENTRAL LIVRE OU AXIAL– os óvulos estão inseridos numa coluna isolada, no eixo do ovário (tomate, pimentão).
d) Difusa- espalhada por toda a parte do ovário, ex: papaia
Formação do óvulo
Em cada lóculo do ovário existem duas fiadas de óvulos. Cada óvulo é constituído por um tecido central, o nucelo, revestido por dois tegumentos que possuem uma interrupção constituindo uma abertura, o micrópilo.
Num óvulo jovem, no interior destaca-se uma célula maior, de núcleo volumoso, a célula mãe do saco embrionário, (célula mãe do megásporo), a qual por meiose (meiose pré-espórica), origina 4 células haplóides.
Três das quais, degeneram ficando uma, o saco embrionário (macrósporo). 
O saco embrionário origina oito núcleos por três serieis de mitoses sucessivas. Formam-se barreiras de separação que isolam dois grupos de três células, um em cada pólo do saco embrionário.
As três células mais afastadas do micropilo são as antípodas e as três próximas do micropilo distribuem-se de modo que fiquem duas, as sinergídeas, a rodar a oosfera. 
No centro existe uma célula maior com dois núcleos, os núcleos polares, em algumas espécies unem e formam formando o mesocisto (2n).
Então, o saco embrionário germinado (gametofito ou megagametofito) fica constituído por sete células haploides e uma célula diploide, o mesocisto.
	
	Tegumento - ou casca, formado por duas camadas de células: a primina (mais externa) e a secundina (interna).
	
	 Nucela - tecido nutrivo do óvulo das Angiospermas que envolve o saco embrionário.
	
	 Saco embrionário - formado pela meiose de uma célula mãe inicial e composto, em muitos casos, por sete células haplóides: a oosfera, duas sinérgides, três antipodas e uma grande célula central, o mesocisto, com dois núcleos (núcleos polares). É a parte fértil do óvulo.
	
	 Funículo - é o pedúnculo que liga o óvulo ao ovário.
	
	 Hilo–ponto de inserção do óvulo no funículo.
	
	 Chalaza - parte basal da nucela que se liga ao funículo através do hilo.
	
	 Micrópila - pequena abertura na extremidade superior do óvulo. Geralmente é por ela que penetra o tubo polínico.
	
	 Placenta - local na parede do ovário onde o óvulo se fixa e por onde, mais tarde, a semente se liga ao fruto.
	
De acordo com a altura do ovário em relação ao ponto de inserção dos outros verticilos, a flor pode ser:
Ovário súpero (hipoginia)
 É súpero quando o pistilo está acima da inserção dos demais verticilos florais. A flor continua sendo hipógina mesmo quando os estames são epi-pétalas, isto é, localizados sobre as pétalas.
Ovário médio ou seme-infero ou periginia
Quando a flor tem um ovário súpero, porém não soldado ao hipanto. O hipanto é um receptáculo em forma de taça, formado pela soldadura parcial de sépalas, pétalas e estames.
Ovário ínfero ou Epiginea
Quando o ovário está aprofundado e soldado ao receptáculo ou ao hipanto.	
Tipos de óvulos
Óvulos são classificados de acordo com a posição da micropila, chalazae hilo.
Recto ou ortótropo-quando a micropila, chalaza e hilo estão na mesma vertical, ex: óvulos das Gimnóspermicas.
Inverso ou anátropo-quando o óvulo sofre rotação e a micropila fica próxima ao hilo e distante da chalaza, é o tipo mais comum, ex: papaeira, ervilha.
Curvo ou campilótropo- quando, pelo maior crescimento de uma parede do óvulo, a nucela e os tegumentos se curvam, de modo que a micropila, chalaza e hilo ficam próximos, por ex: feijão.
Diagrama floral
Ė a representação esquemática simplificada da flor, projectada perpendicularmente num plano.
Equivale a um corte transversal da flor, como se todas as suas partes estivessemno mesmo plano.
Representa-se as sépelas e pétalas por arcos de círculo, sendo que as sépalas têm uma saliência dorsal.
Quando se tem tépalas (flores homoclinideas), ambas estruturas são representadas do mesmo modo, geralmente como arcos de círculos.
Os estames são representados pelo corte transversal da antera e o gineceu pelo corte transversal do ovário. 
Um ponto acima do diagrama indica a situação do ramo perpendicular.
Diagrama floral de Oxalis.sp, uma dicotiledonea.
Diagrama floral das Convovulaceas (batata doce), uma dicotiledonea.
Flor trimera de uma monocotiledonea
Fórmula floral 
Ė o modo abreviado de se representar a organização de uma flor através de letras, números e símbolos.
Ė comum o uso da letra S, para Sépalas, ou K para Cálice, P para Pétalas ou C, para Corola, T para Tépalas; A para Androceu ou E para Estames; C para Carpelos ou G para Gineceu.
Ao lado de cada letra indica-se o número de peças. Quando o número de peças for muito grande, indica-se por infinito.
Se os elementos forem soldados, usam-se parênteses no número. Um traço acima do número de carpelos indica ovário ínfero e um traço abaixo, indica ovário súpero.
Exemplo: S(5);P5;E5; C(5)
Significa: cinco sépalas unidas, cinco pétalas, cinco estames, pentacarpelar com ovário infero.
T (3+3);E3;C(3)
	Disposição:
cíclica, as peças florais estão dispostas em verticilos.
helicoidal ou espiralada, as peças florais estão dispostas em forma espiralada sobre o receptáculo.
Simetria
	
	- Actinomorfa: flores com dois ou mais planos de simetria.
	
	- Zigomorfa: flores com um só planoo de simetria.
	
	- Assimétrica: flores que não apresentam planos de simetria.
Sexualidade da flor
	
	masculinaouestaminada
	
	femininaoupistilada
	
	hermafrodita
Partes da flor:
	K
	cálice
	  
	Pc
	perigoniocorolino 
	  
	Pk 
	perigoniocalicino
	C
	corola      
	
	A
	Androceu
	
	G
	 gineceu
	G
	ovariosúpero
	
	G
	ovariosemiínfero
	
	G
	ovarioínfero
 O número de peças de cada verticilo se indica com um número; quando o número dos membros é muito grande se emprega o simblo.
Se há verticilos de igual natureza, os números se unem com o simblo+.
A concrescência das peças florais se indica por meio de paréntesis( ).
Se as peças de distintos verticilos estão soldadas entre si, se encerram as iniciais correspondentes e os números entre chavetas[ ].
A quantidade de lóculos do ovário se indica como sub-índice do número de carpelos; o número de óvulos por lóculo se indica como exponente: 
Exercícios
1. Escreva a fórmula floral de uma flor Mocóclica ou perfeita com as seguintes características:
. Cálice com 5 sépalas soldadas;
. Corola com 5 pétalas, das quais 3livres e 2 são soldadas;
. Androceu com 10 estames, 9 soldados e um livre;
. Um pistilo. 
S(5); P3 + (2); E(9) + 1; P1
2. Escreva uma fórmula floral de uma flor completa com as seguintes características:
. Cálice com 5 sépalas soldadas;
. Corola com 5 pétalas livres;
. Muitos estames;
. Um pistilo. 
S(5); P5; E; P1
3. Uma flor incompleta com: 6 pétalas livres em 2 verticilos de 3; 6 estames livres em 2 verticilos de 3 e 1 óvulo no seu ovário. 
Inflorescência
As flores, além de se apresentarem isoladas, podem se agrupar constituindo inflorescências.
Tipos de Inflorescências
As inflorescências podem:
Racemosas eCimosas 
As Recemosas ou Indefinidas são aquelas em que o eixo principal cresce mais do que os ramos e termina por uma gema
Podem ser: Simples e Compostas.
As Cimosas ou Definidas são aquelas em que os ramos crescem mais do que o eixo principal.
Podem ser: Uníparas, Bíparas ou Multíparas.
Simples
RacemosaCompostas
Inflorescência Uníparas
CimosaBíparas
Multíparas 
Racemosas simples
Possuem flores sobre um único eixo. Podem ser: 
Espigas, ex:arrozÚmbelas, ex: erva doce
Racemo ou Cachos ,ex: giesta
Amentilho, ex: Castanha
Capítulo, ex: Girassol
Espadice, ex: 
Racemosa composta
Flores dispostas sobre vários eixos. Podem ser:
Panícula,ex;PalmeiraCorimbo,ex:buquê -de- noiva
Cimosa Uníparas
São aquelas em que se desenvolve uma gema de cada vez.
Ex: Drósera
Cimosas Bíparas
São aquelas em que se desenvolvem duas gemas de cada vez, ex: Coroa-de-Cristo
Cimosas múltiparas ou políparas
São aquelas em que se desenvolve mais de duas gemas de cada vez, ex: Sabuqueiro
Pode ser também chamada de Umbela Composta.
Fecundação nas Espermatófitas
Fecundação é a união dos gâmetas (masculino e feminino) originando um ovo ou zigoto, que originará um embrião, formador de uma nova planta.
A fecundação dependerá do androceu e gineceu.
Nas angiospermicas a reprodução abrange a Polinização, Formação do Tubo Polínico e a Fertilização.
Polinização
Consiste no transporte do grão do pólen da antera ao estigma.
Pode ser natural ou artificial.
Agentes Polinizadores
Anemofilia- o agente polinizador é o vento.
Hidrofilia- o agente é aágua.
Cantarofilia-o agente é obesouro.
Entomofilia – o agente polinizador é aabelha.
Psicofilia-o agente é aborboleta.
Ornitofilia- o agente polinizador é aave.
Quiropterofilia- o agente polinizador é o morcego.
Antropofilia – o agente polinizador é o homem.
Tipos de Polinização
a) Polinização directa (autogamia ou autopolinização)
É aquela em que o pólen de uma flor alcança o estigma da mesma flor.
A autogamia é o caso mais raro, que só é possível em algumas flores hermafroditas, chamadas Cleistogâmicas, (fechadas), por exemplo: Trevo, Ervilha, que só abrem depois de polinização.
Para impedir a auto-fecundação é necessário:
Diclinias ou unissexuadas, na mesma planta ou em plantas diferentes. 
Dicogamia- quando o amadurecimento do androceu e gineceu ocorrem em tempos diferentes.
A dicogamia pode ser:
Protandria – quando o androceu amadurece em primeiro, ex: famílias das compositae (girassol)
Protoginia – quando o gineceu amadurece primeiro, ex: família cruciferae(repolho).
Hercogamia-quando ocorre uma barreira física que dificulta ou impede a queda dos grãos de pólen no estigma da própria flor.
Ex: flores da Iris, nas quais três estames estão colocados sob os três ramos do estigma petalóide, ficando separados das partes férteis do mesmo por uma pequena lamina que o próprio estigma desenvolve.
Heterostilia- quando ocorre produção de flores de dois ou mais tipos, com estiletes e estames de comprimentos variáveis, ex: Primula, que produz flores de dois tipos (longistilascom estilete longo e filete curto e brevistilas com estilete curto e filete longo).
Autoesterilidade- é a incompatibilidade entre o pólen e a parte feminina da mesma flor e é determinada geneticamente, ex: em centeio.
Quanto flores diferentes estiverem na mesma planta, fala-se em Geitonogamia e em plantas separadas em Xenogamia, que é mais vantajosa para a planta que a Autogamia e a geitonogamia. 
Isto pode ser constatado pelo número de sementes viáveis e pelo vigor da prole, pois o híbrido é muito mais vigoroso que os seus ascendentes.
Há também possibilidade de aparecimento de uma variedade muito maior de tipos, garantindo a adaptação a ambientes diferentes.
Formação do tubo polínico 
. O grão do pólen atinge o estigma;
. É retido pela estrutura da própria exina e secreção viscosa e açucarada das células estigmáticas;
. Os grãos de pólen germinam rapidamente no estigma, formando os tubos polínicos que penetram pelo tecido do próprio estigma e do estilete até atingir o ovário;
. Ao germinar e crescer o grão do pólen, o núcleo germinativo sofre uma mitose, originando dois anteterozóides, desprovidos de organelos locomotores e o núcleo vegetativo desorganiza-se.
Fertilização
. O tubo polínico penetra no óvulo através da micropila (porogamia) e, provavelmente devido as diferenças na pressão de turgescência, ele se rompe e descarrega seus núcleos no citoplasma do óvulo.
. Um dos anterozóides une-se à oosfera e o outro aos dois núcleos polares (2n), constituindo o nucleo secundário do saco embrionário.
. Nas angiospermicas ocorre a dupla fertilização, que difere das gimnospermicas.
. Da fecundação da oosfera, resulta num ovo 2n que dará o embriãoda sementee da fecundação do núcleo polar resulta um ovo 3n que dará o endosperma ou albúmen da semente.
As Antipodas e Sinergideas, geralmente se desintegram por compressão.
Algumas vezes, porém, como penetram no óvulo vários tubos polínicos, também ocorre fecundação das sinérgidease antípodas, originando vários embriões, fenómeno conhecido como poliembrionia.
O fruto é o ovário fecundado e desenvolvido. Encerra no seu interior uma ou mais sementes provenientes de óvulos fecundados.
Pode reservar substâncias nutritivas na sua parede ou em suas sementes e sofrer ou não abertura para eliminação das sementes.
Constituição de um fruto
É constituído por: Pericarpo e semente
Pericarpo 
Também chamado de parede do fruto, origina-se do desenvolvimento das paredes do ovário, o qual, por sua vez, é formado pelas folhas carpelares.
Constituição do pericarpo: 
. Epicarpo;
. Mesocarpo;
. Endocarpo.
O epicarpo origina-se da epiderme externa da folha carpelar, possui estômas e as vezes pêlos.
Mesocarpo, origina-se do mesofilo foliar, geralmente é a parte carnuda do fruto que acumula substâncias nutritivas.
Endocarpo, origina-se da epiderme interna da folha carpelar, e é a camada mais interna do frutoe envolve a semente.
Pode acumular substâncias nutritivas e ser a parte comestível do fruto, por exemplo: laranja, limão.
Quando lignificado, entra na formação do caroço, como no pêssego e na azeitona.
Sementes
Resultam de óvulos fecundados e são formadas de tegumentos e amêndoa.
 Os tegumentos provem da primina e secundina, respectivamente.
Amêndoa é constituída do embrião que vem da oosfera fecundada, e do endosperma que provem do núcleo polar fecundado.
Classificação dos frutos 
Quanto ao pericarpo: Secos e Carnosos;
Quanto à deiscência: Deiscentes e Indeiscentes;
Quanto ao nº de sementes: monospérmicos e polispérmicos.
Quanto à origem: 
· Simples;
· Agregados;
· Múltiplos;
· Complexos;
· Partenocárpicos.
Características
Simples – derivado de um único ovário de uma flor. Esse ovário pode ser unicarpelar ou gamocarpelar, ex: tomate e mamão.
Agregado – derivado de um gineceu dialicarpelar, isto é, de uma flor com muitos pistilos, ex: roseira e morango.
No morango, cada bolinha constitui um pequeno fruto seco (tipo aquênio) que pode ser chamado fruticulo, reunido aos demais pelo crescimento do receptáculo que é convexo e dilatado.
Múltiplo – derivado de numerosos ovários que se desenvolveram próximos, provenientes de uma reunião de flores, ou seja de uma inflorescencia, e constitui uma infrutescência, como no ananás, jaca e figo.
Complexo ou pseudocarpo: quando, além do ovário, entra mais uma parte da flor na constituição da fruto, ex: maçã, pêra, marmelo, etc. 
É o receptáculo floral que acumula reservas e se transforma em parte comestível.
 O fruto do caju é seco, tipo aquênio, sua parte suculenta é o pedúnculo.
Na amora, são os elementos do perianto que se tornam suculentos e comestíveis.
Partenocárpicos – originam-se sem fecundação, ex: banana, laranja baiana, são desprovidos de sementes, pois seus óvulos não são fecundados. O ovário destas plantas deve possuir quantidades suficientes de hormónios para se desenvolver num fruto.
Os frutos simples podem ser carnosos ou secos.
Os Carnososna sua grande maioria, são indeiscentes e podem:
Baga:fruto de pericarpo carnoso, indeiscente, formado de um ou mais carpelos, frequentemente com muitas sementes, exemplo: tomate, mamão, uva, goiaba, maracujá, limão, laranja, melancia, melão, abobora. 
Drupa:fruto de pericarpo carnoso, indeiscente, formado de um só carpelo, normalmente com uma só semente, cujo tegumento concresce com o endocarpo formando um caroço duro, ex: coco, azeitona, manga, pêssego, abacate e cereja. 
Secos 
Aquênio: fruto com uma só somente,presa ao pericarpo por apenas um ponto (funículo), como no caju, girassol, figo (cada bolinha interna).
Cariopse ou grão : fruto seco, indeiscente, com uma só semente ligada à parede do fruto em toda sua extensão. É típico das gramíneas (trigo, milho, arroz).
Sâmara: fruto seco, indeiscente, com uma só semente e elas que representam expansões do pericarpo e facilitam a dispersão pelo vento, ex: litchie vários legumes.
De acordo com o nº de alas, podem ser: mono, di, tri e polissâmara.
Noz – fruto seco, indeiscente, com pericarpo resistente, coriáceo, com uma só semente, ex: carvalho e salvia.
Os frutos secos deiscentes:
Folículo- fruto formado por uma folha carpelar, que se abre por uma fenda longitudinal, ex: esporinha, magnólia.
Vagem ou legume – formado por uma folha carpelar, que se abre por duas fendas longitudinais, ex: feijão, ervilha, giesta.
Cápsula- formado por dois ou mais carpelos, normalmente com varias sementes e com diferentes modos de deiscência:algodão e íris
Siliqua – formado por dois carpelos, ex: couve, mostarda.
Resumindo
	
Fruto simples
	
Carnosos 
	
Indeiscentes 
	Bagas;
Drupas.
	
	
	
Deiscentes 
	Cápsula carnoso; cápsula drupaceo.
	
	
Secos 
	Indeiscentes 
	Aquênio;
Cariopse;
Sâmara;
Noz. 
	
	
	Deiscentes 
	Folículo;
Vagem;
Cápsula;
Siliqua.

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