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UNIDADE II

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Prévia do material em texto

Projetos em Educação 
Física Escolar I
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Pedro Xavier Russo Bonetto
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Metodologia Qualitativa e suas Potencialidades 
no Campo da Educação Física Escolar
• Introdução;
• Mas afinal, o que é uma Metodologia?
• O Problema da Pesquisa;
• Métodos de Produção de Dados;
• Referenciais Teóricos.
• Iniciar a refl exão sobre estratégias metodológicas e analíticas das pesquisas, visan-
do contemplar a complexidade dos problemas envolvidos no campo da Educação 
Física escolar.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Metodologia Qualitativa e
suas Potencialidades no Campo
da Educação Física Escolar
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Metodologia Qualitativa e suas Potencialidades 
no Campo da Educação Física Escolar
Introdução
Após a caracterização do chamado “paradigma da ciência moderna” e do enten-
dimento que temos sobre a necessidade de um novo paradigma, emergente, mais 
complexo, flexível e próximo das ciências humanas, destacaremos nesta unidade 
mais características do perfil qualitativo de pesquisa e a importância do cuidado 
metodológico na elaboração de projetos que se baseiam em temas escolares.
Flick (2009), sociólogo e pesquisador da metodologia qualitativa, afirma que esse 
tipo de pesquisa visa abordar o mundo lá fora e não em contextos especializados de 
pesquisa, como os laboratórios. O intuito é entender, descrever e, às vezes, explicar 
os fenômenos sociais de dentro de diversas maneiras.
Ele afirma ainda que, amparados nesse perfil, podemos analisar experiências de 
indivíduos ou grupos, examinar interações e comunicações que estejam se desen-
volvendo, além de investigar documentos.
“Os pesquisadores qualitativos se interessam em ter acesso a experiên-
cias, interações e documentos provenientes do contexto de ocorrência 
do estudo. Desse modo, são uma parte importante do processo investi-
gativo, seja em termos de sua presença pessoal na condição de pesqui-
sadores, seja em termos de suas experiências no campo como membros 
participantes”. (FLICK, 2009; p. 22)
Importante!
Essas abordagens têm em comum o fato de buscarem esmiuçar a forma como os su-
jeitos constroem o mundo à sua volta, o que estão fazendo ou o que está acontecendo 
com eles.
Importante!
No mesmo sentido, Martins (2004) afirma que o perfil metodológico qualitativo 
não ignora a complexidade dos objetos e por isso privilegia análises contextuais e 
menos generalizáveis:
“É preciso esclarecer, antes de mais nada, que as chamadas metodologias 
qualitativas privilegiam, de modo geral, da análise de micro processos, 
através do estudo das ações sociais individuais e grupais. Realizando um 
exame intensivo dos dados, tanto em amplitude quanto em profundida-
de, os métodos qualitativos tratam as unidades sociais investigadas como 
totalidades que desafiam o pesquisador”. (Martins, 2004, p. 292)
8
9
Mas afinal, o que é uma Metodologia?
Em obra recente, Meyer e Paraíso (2014) dis-
cursam sobre métodos de pesquisas pós-críticas 
em educação elaboradas em diferentes áreas e 
de variadas maneiras. Os capítulos contêm mé-
todos de pesquisa que foram pensados, refleti-
dos e postos em ação pelos seus autores.
Por metodologia, as autoras definem como 
“um certo modo de perguntar, de interrogar, 
de formular questões e de construir problemas 
de pesquisa que é articulado a um conjunto 
de procedimentos de coleta de informações” 
(MEYER; PARAÍSO, 2014, p. 18).
Sobre o que são (ou podem ser) os métodos de pesquisa, enfatizamos que estes 
são concebidos para além de procedimentos. Desse entendimento decorre também 
um diferenciado olhar sobre os nossos objetos de pesquisa, pois nessa perspectiva, 
eles não preexistem, ao invés disso são produzidos especificamente em condições 
de justificação e validação científica, diante a tradição de cada área.
Uma metodologia de pesquisa é sempre pedagógica porque se refere a um como 
fazer, como fazermos ou como faço minha pesquisa. Trata-se de caminhos a per-
correr, de percursos a trilhar, de trajetos a realizar, de formas que sempre têm por 
base um conteúdo, uma perspectiva ou uma teoria. Pode se referir a formas mais 
ou menos rígidas de proceder ao realizar uma pesquisa, mas sempre se refere a 
um como fazer. Uma metodologia de pesquisa é pedagógica, portanto, porque se 
trata de uma condução: como conduzo ou conduzimos nossa pesquisa. (MEYER e 
PARAÍSO, 2014, p. 17)
A questão da “qualidade” nos métodos qualitativos
Comum a todos os pesquisadores sobre as pesquisas qualitativas, nota-se que a 
questão da qualidade da pesquisa, em termos científicos, não está no seu potencial 
as generalizações. O que a caracteriza como um estudo em amplitude e em profun-
didade é a elaboração de uma explicação válida para o caso, reconhecendo que 
o resultado das considerações sobre um dado objeto será sempre parcial.
Pesquisas pós-críticas são aquelas 
que se inspiram em teorias con-
temporâneas e versam sobre as 
inúmeras relações de poder que 
produzem e divulgam certos dis-
cursos. Não desconsideram as te-
orias críticas tradicionais, como o 
materialismo histórico dialético, a 
teoria da comunicação e outras, 
mas ampliam o escopo de análise 
para relações de poder como: raça, 
cor, gênero, sexualidade, local de 
moradia, questões de habilidade, 
imagem corporal etc.
9
UNIDADE Metodologia Qualitativa e suas Potencialidades 
no Campo da Educação Física Escolar
A pesquisa qualitativa parte da ideia de que os métodos e as teorias que sustentam 
a investigação deve estar alinhada. Se os métodos existentes não se ajustam ao cam-
po de estudo, eles poderão sofrer adequações ou, então, novos métodos poderão 
ser criados. Além disso, se abstém de estabelecer conceitos bem delimitados daquilo 
que se pretende estudar e de testar hipóteses formuladas previamente. Em lugar dis-
so, os conceitos são produzidos e refinados no decorrer da pesquisa.
Importante!
Nessa concepção, a rigorosidade advém principalmente da coerência e coesão da me-
todologia frente ao referencial teórico do objeto pesquisado. A isso damos o nome de 
desenho da pesquisa. 
Importante!
Martins (2004, p. 292) afirma que “se há umacaracterística que constitui a 
marca dos métodos qualitativos, ela é a flexibilidade, principalmente quanto às 
técnicas de coleta de dados, incorporando aquelas mais adequadas à observação 
que está sendo feita”.
“(...) a pesquisa qualitativa parte da ideia de que os métodos e a teoria 
devem ser adequados àquilo que se estuda. Se os métodos existentes 
não se ajustam a uma determinada questão ou a um campo concreto, 
eles serão adaptados ou novos métodos e novas abordagens serão de-
senvolvidos”. (FLICK, 2009, p. 9)
Fica claro que os estudos buscaram evitar o uso fiel de métodos rígidos co-
mumente utilizados no campo educacional. Ao invés disso, tomando estes como 
pontos de partida, criaram outras possibilidades.
Figura 1
Fonte: Getty Images
10
11
Na perspectiva quantitativa, o que se procura é justamente controlar o exercício da intuição 
e da imaginação, mediante a adoção de procedimentos bem delimitados que permitam res-
tringir a ingerência e a expressão da subjetividade do pesquisador. (MARTINS; 2004, P. 292)
Ex
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or
Por tudo isso, a metodologia dessa pesquisa inspirada nas orientações de Meyer 
e Paraíso (2014, p. 18-19):
“(...) movimentando-nos de várias maneiras, para lá e para cá, de um lado 
e para o outro, dos lados para o centro, fazendo contornos, curvas, afas-
tando-nos e aproximando-nos. Afastamo-nos daquilo que é rígido, das es-
sências, das convicções, dos universais, da tarefa de prescrever e de todos 
os conceitos e pensamentos que não nos ajudam a construir imagens de 
pensamento potentes para interrogar ou descrever-analisar nosso objeto”.
Nesta perspectiva, uma metodologia não é um processo a ser escolhido e aplicado 
tecnicamente. De acordo com Martins (2004), a metodologia é entendida como o 
conhecimento crítico dos caminhos do processo científico. Não se trata, portan-
to, de uma discussão sobre técnicas qualitativas de pesquisa, mas sobre maneiras de 
se fazer ciência. A metodologia é uma disciplina instrumental a serviço da pesquisa, 
mas toda questão técnica implica necessariamente em uma discussão teórica.
O desenho das pesquisas qualitativas
De acordo com Flick (2009), a expressão “desenho de pesquisa” é mais utili-
zada nas pesquisas de perfil quantitativo, na qual é o registro do planejamento da 
pesquisa. No âmbito das pesquisas qualitativas, o termo ganha outro sentido, mais 
amplo e menos rígido.
Como já destacamos aqui, não estamos falando de um processo estéril, um 
passo a passo pré-definido e rígido. De antemão, deixa-se explícito que cada dese-
nho de pesquisa reflete de diversas formas: a intencionalidade do pesquisador, seu 
incômodo sobre um contexto, aquilo que ele próprio vê como um problema sobre o 
assunto e que não encontrou respostas satisfatórias em outros trabalhos científicos 
da mesma área.
Nesta concepção, o desenho de uma pesquisa científica se refere ao modo como 
o pesquisador vai selecionar, organizar, adaptar, fundamentar e propor os cami-
nhos metodológicos de um projeto de investigação. Trata-se de um ponto de par-
tida, que visa ao mesmo tempo prever os passos e os problemas da pesquisa, mas 
que nesta concepção mantém-se aberta e pronta para novas adaptações. Por isso 
é uma montagem, um processo artesanal, um caminho que significa identificar 
os elementos de ordem, sistema e coerência entre procedimentos de produção de 
dados e referencial teórico de análise dos dados.
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UNIDADE Metodologia Qualitativa e suas Potencialidades 
no Campo da Educação Física Escolar
Maxwell (2005), citado por Flick (2009), descreve cincos elementos que com-
põem um desenho de pesquisa.
Validade
Propósitos
Perguntas 
de pesquisa
Contexto
conceitual
Métodos
Figura 2 – Desenho da pesquisa qualitativa
Nele inclui-se também a visão original do problema investigado, os compromis-
sos ético-políticos da pesquisa e, como é algo processual, as formas como os resul-
tados afetam o pesquisador à medida que avançam. Flick (2009) aponta também 
como elementos do desenho da pesquisa qualitativa aspectos como: 
• Influências: se refere à perspectiva de pesquisa adotada (pesquisa bibliográfica, 
teoria fundamentada, análise de representações sociais etc.).
• Teoria: epistemologia da pesquisa, pressupostos teóricos, pesquisas anteriores.
• Pergunta da pesquisa: se refere ao problema ou tematização do que vai 
ser investigado.
• Método de coleta de dados: como serão coletados os dados analisados. 
Por exemplo: em uma entrevista, com questionário, em observações, com fo-
tos, vídeos ou coleta de documentos etc.
Meyer e Paraíso (2012) afirmam que o termo mais adequado seria “produzidos” ao invés de 
“coletados”, pois este último ainda dá a entender que os dados estão lá, no mundo real, à 
espera dos pesquisadores.
Ex
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• Componentes: público-alvo e forma de registro da pesquisa, generalização 
pretendida, comparação pretendida, amostragem, critérios e estratégias para 
12
13
a qualidade e se vai haver triangulação de dados entre perspectivas qualitativas 
e quantitativas.
• contexto investigado; 
• àquilo que incomoda o pesquisador e que não é respondido de 
 forma satisfatória por outros trabalhos. Problema
da Pesquisa
• referencial teórico selecionado: análise de discurso, 
 materialismo histórico dialético, estudos culturais, 
 hermenêutica crítica, análise de conteúdo etc; 
• conceitos, ferramentas, comparações e generalizações típicas do 
 referencial teórico adotado. 
• dispositivos criados pelo pesquisador de modo que ele 
 intercepte os objetos, discursos, ações, representações ou outros 
 elementos que ele viu como um problema; 
• método(s) ou dispositivo(s) escolhido(s): entrevistas, grupos 
 focais, questionários, observações, documentos etc;
• elementos práticos da produção de dados: amostra, 
 público-alvo, local de aplicação, tempo de duração etc. 
Método de
produção
de dados
Análise
dos dados
Figura 3 – Desenho básico da pesquisa qualitativa
O Problema da Pesquisa
Dúvidas, problemas, situações não satisfatórias, questões mal explicadas, de 
forma geral, são estes aspectos que despertam o interesse de pesquisadores.
Um problema de pesquisa invariavelmente deve ser algo que necessita ser melhor 
investigado. Geralmente, parte-se de temas e problemas enfrentados no cotidiano 
dos mais diversos profissionais e áreas do conhecimento.
Figura 4
Fonte: iStock/Getty Images
13
UNIDADE Metodologia Qualitativa e suas Potencialidades
no Campo da Educação Física Escolar
É importante que diante destes nós ou assuntos mal resolvidos, a missão pri-
meira de todo pesquisador seja procurar pesquisas científicas que abordem o 
mesmo problema, ou problemas similares, ainda que a partir de um referencial 
teórico diferente. Esse procedimento chama-se revisão bibliográfica e envolve 
quase a totalidade das pesquisas qualitativas.
A revisão bibliográfica sobre um tema a ser pesquisado é tão importante que 
dependendo do número de trabalhos já desenvolvidos com o tema, das variações 
metodológicas que as pesquisas adotaram e diante de possíveis questionamentos a 
serem feitos a estas pesquisas, ela sozinha, pode se tornar uma pesquisa completa, 
ou seja, sem produção de outros tipos de dados.
Como exemplo, podemos observar os artigos disponíveis em:
Educação Física nos Anos Finais do Ensino Fundamental, suas Formas e seus Lugares 
no Currículo Escolar: Um Estudo de Revisão: https://goo.gl/NWjZnt;
Esporte Paralímpico na Escola: Revisão Bibliográfi ca: https://goo.gl/EDPx5B.
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Enquanto procedimento de pesquisas de 
campo, este tipo de pesquisa inicial é funda-
mental para mostrar justamente as lacunas 
nos conhecimentos científicos produzidos 
até então.
Nessas revisões, é importante identificar al-
gumas questões como: 
• Em quais contextos sociais, políticos e econômicos essas pesquisas já foram 
realizadas? São os mesmos que estou pré-disposto a pesquisar? 
• Quais foram as variáveis/objetos/conceitos usados para a realização do estu-
do? A abordagem teórica é similar? 
• Quaisforam os métodos usados para chegar às conclusões apresentadas? Con-
cordo com eles? 
• Em qual contexto histórico a pesquisa foi realizada? É recente?
• Que tipo de dados a pesquisa analisou? As ferramentas de produção de dados 
foram adequadas? São as mesmas que havia pensado? 
• Quais são as sugestões de trabalhos futuros na conclusão das pesquisas identi-
ficadas? Posso dar continuidade? 
Sobre este último item, é muito comum que na conclusão de uma pesquisa 
científica os autores apresentem questões e problemas que não puderam ser obser-
vados e resolvidos pela pesquisa em questão ou mesmo outras indagações comple-
mentares que surgiram em decorrência dos resultados da pesquisa.
Flick (2009) elenca que os problemas de pesquisa qualitativa geralmente se de-
bruçam sobre a experiência de indivíduos ou grupos, interações, representações, 
Após a leitura de diversas pesqui-
sas sobre o tema de interesse, será 
possível identificar algo que ainda 
não foi pesquisado ou que pode 
ser pesquisado de uma forma di-
ferente e que poderá acrescentar à 
parede da teoria estudada mais um 
tijolinho de conhecimento.
14
15
práticas profissionais ou modos de vida, análise de conhecimentos, relatos de ex-
periência, histórias do dia a dia. Enfim, são pesquisas que investigam contextos 
complexos, portanto, a abordagem também precisa ser bastante abrangente.
Métodos de Produção de Dados
Métodos de produção de dados são parte importante do desenho metodológico 
de uma pesquisa. Eles também são chamados comumente de “ferramentas” ou 
“dispositivos”. Tratam-se dos procedimentos que vão à campo, colocam a mão na 
massa e trazem o material bruto que mais tarde será analisado. A este material da-
mos o nome de corpus (FLICK, 2009) ou somente de arquivo.
O arquivo se refere à coleção de material coletado que será analisado, nele in-
cidem o número de coletas, o tamanho da sua amostra, os tipos de materiais e as 
situações para produção dos dados. Podem ser materiais preexistentes, como ma-
térias jornalísticas, livros, artigos, imagens e quaisquer outros materiais, ou podem 
ser materiais produzidos especificamente para a elaboração da pesquisa, como um 
diário de campo, fotografias, vídeos, registros, questionários, relatos, entre outros.
O que faz com que os pesquisadores decidam usar um método específi co, ou seja, o que 
deve guiar a escolha de um método?Ex
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Na pesquisa qualitativa também é importante e até desejável a combinação de 
diversos tipos de materiais utilizados como arquivo, mesmo que sejam aqueles pri-
mários que mostram o chamado “estado da arte” até arquivos mais longitudinais 
e em diferentes formatos. A ideia como destacamos até aqui é dar conta da com-
plexidade dos problemas analisados a partir dos referenciais das ciências humanas.
PROBLEMA
DE PESQUISA
REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA
MÉTODO(S) DE
PRODUÇÃO
DE DADOS
Figura 5 – Elementos metodológicos que indicam a escolha do(s) método(s) mais adequados e coerentes
Flick (2009) afirma que existem atualmente uma ampla gama de métodos dife-
rentes disponíveis na pesquisa qualitativa. Pode até ser uma variedade confusa de 
alternativas que poderiam ser usadas para responder uma pergunta de pesquisa. 
Por isso, é tarefa importantíssima do pesquisador aprender e analisar como outros 
pesquisadores, em outras pesquisas, têm utilizado determinado método. Isso nos 
dá uma boa ideia de como começar, de como usá-lo e quais são as principais refe-
rências em seu uso. 
15
UNIDADE Metodologia Qualitativa e suas Potencialidades 
no Campo da Educação Física Escolar
Os métodos de coleta de dados possuem certas padronizações, nomenclaturas 
consagradas pela própria ciência, mas a maioria ainda é bastante flexível e passível 
a adaptações, isso quando utilizadas em pesquisas qualitativas. Também é comum 
a utilização de mais de um método, dependendo da complexidade, do tempo dispo-
nível e da finalidade da pesquisa. Dentre os métodos mais utilizados destacaremos: 
• Questionários: banco de perguntas previamente elaborado pelo pesquisador 
com o intuito de coletar respostas das pessoas participantes. Pode ser em um 
formato mais rígido e fechado, geralmente com perguntas curtas e de escolhas 
direcionadas, pode ser em um formato mais aberto, flexível, que espera res-
postas mais espontâneas, livre e menos direcionadas ou ainda questionários 
que combinem estas características. Apesar de ser um método típico das me-
todologias quantitativas de pesquisa, também podem ser usados sozinhos ou 
em conjunto com outros procedimentos para que a abordagem do tema seja 
mais completa. O preenchimento pode ser presencial, pesquisador e entrevis-
tado ou a distância. O ponto forte é que a amostra pode ser bastante grande, 
dependendo do público-alvo investigado não é difícil recrutar participantes. O 
ponto fraco é que os dados geralmente não são tão complexos e densos, mui-
tas vezes sobram dúvidas daquilo que realmente o entrevistado gostaria de ter 
respondido sobre o tema.
Para saber mais, explore os artigos disponível em:
Epistemologia em Questão: a Educação Física na Visão dos Pós-Graduandos da 
FEF-UNICAMP: https://goo.gl/W1NUM4;
As Representações Sociais de Estudantes de Educação Física Sobre a Formação 
de Professores: https://goo.gl/AG77FR.
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• Coleta de documentos: procedimento bastante importante em pesquisas do 
perfil qualitativo. Podem fornecer comparações importantes entre as ativida-
des realmente desenvolvidas com o que delas são registradas em atas, relató-
rios, documentos oficiais, diários. Pode revelar intencionalidades, contradições, 
focos e toda a organização do local, fenômeno, prática profissional ou expe-
riência de vida que em algum momento precisou ser formalizada em papéis. 
Geralmente é um método empregado como passo preliminar de outros proce-
dimentos metodológicos dada sua grande relevância.
Para saber mais, explore os artigos disponível em:
As Práticas Circenses no “Tear” da Formação Inicial em Educação Física: Novas Tessitu-
ras para Além da Lona: https://goo.gl/HJvZ3i;
O Esporte na Imprensa em Vitória (1926-1936): uma Análise dos Jornais a Gazeta e o 
Diário da Manhã: https://goo.gl/deMvSZ.
Ex
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• Entrevistas: pode ser uma entrevista combinada, quando as perguntas são 
previamente conhecidas pelo participante, para que ele tenha mais recursos 
para responder; pode ser uma entrevista episódica, quando se combina se-
quências de perguntas e respostas com narrativas, ou seja, com pequenas 
interrupções do entrevistador; ou somente entrevista narrativa, quando o 
participante é convidado a responder uma questão longa, relatar um fato ou 
contar uma história. Geralmente são muito utilizadas combinando-se com ou-
tros métodos. O ponto forte é que geralmente produz muito material coletado. 
Os pontos fracos podem não representar aquilo que realmente aconteceu, ou 
seja, um entrevistador sempre contará uma história na sua própria perspec-
tiva, isso é plenamente assumido na pesquisa e pode ou não ter impacto nos 
resultados produzidos.
Para saber mais, explore os artigos disponível em:
Motivos para Abandono e Permanência na Carreira Docente em Educação Física: 
https://goo.gl/vYrsZt;
Visão Geral dos Alunos do Ensino Fundamental sobre Preconceitos Envolvendo 
Sobrepeso/Obesidade Durante as Aulas de Educação Física em uma Escola Pública
de Formosa-Goiás: https://goo.gl/DhLhV3;
Orientação Sexual e Educação Física: Sobre a Prática Pedagógica do Professor
na Escola: https://goo.gl/eRXzkX.
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• Grupos Focais: grupo de participantes convidado a discutir com finalidades 
de pesquisa o tema de um estudo. Geralmente é formado por 6 a 10 pesso-
as que possuem em comum um traço desejado na pesquisa. O pesquisador 
passa então a ser um mediador das discussões e vai conduzindo-a conforme 
seus objetivos de pesquisa. O ponto forte é o material denso e complexo que 
geralmente sai dos debates e discussões, sobretudo, é um material rico em dis-
cordâncias, questionamentos e mais complexo, pois as argumentaçõestendem 
a ser elaboradas por mais de uma pessoa. O ponto fraco é justamente a quan-
tidade de material que pode sair de um encontro muito extenso. É importante 
controlar também o foco das discussões para que não fujam do tema proposto 
e para que as possíveis discordâncias entre participantes não sejam elementos 
invasivos ou ameaçadores.
Para saber mais, explore os artigos disponível em:
Dez anos de parâmetros curriculares nacionais: a prática da Educação Física na visão 
dos seus autores: https://goo.gl/xfb3Cv;
Educação física escolar, co-educação e gênero: mapeando representações de
discentes: https://goo.gl/9e9rrm.
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UNIDADE Metodologia Qualitativa e suas Potencialidades 
no Campo da Educação Física Escolar
• Etnografia: Trata-se de um exercício de investigação denso, que enfatiza o con-
tato direto e prolongado do pesquisador com o local e o grupo que são alvo da 
pesquisa. A etnografia possui diversas concepções, desde as mais tradicionais 
oriundas do campo antropológico até as concepções mais contemporâneas, 
influenciadas pela pós-modernidade, pela cultura digital, urbana etc. O método 
etnográfico geralmente se combina com diferentes métodos, mas impreterivel-
mente se dá por meio da observação, na elaboração de um registro em forma 
de um diário de bordo (digital ou não) e na elaboração de um material descriti-
vo rico sobre o local e grupo cultural observado. Na perspectiva antropológica 
mais tradicional, os grupos culturais eram tratados como o “Outro”, claramen-
te apontados como primitivos, tribais e não socializados. Hoje essa perspectiva 
é outra, a cultura dos diferentes grupos culturais é compreendida como uma 
rede de significados socialmente compartilhados, mas sem uma avaliação hie-
rárquica. O intuito é continuar observando, reunir elementos e informações, 
se aproximando e vivendo com o grupo, na busca de compreender aspectos 
relacionados às formas de vida, aos modos de negociação, socialização, apren-
dizado, resistência, elaboração de artefatos culturais, rituais, entre outras. Hoje 
também sabemos que não se isola o aspecto participativo do pesquisador que, 
uma vez juntos, atua diretamente ou indiretamente no hábito dos participantes. 
A etnografia é um dos métodos mais clássicos e importantes das pesquisas 
com o referencial das Ciências Humanas, inclusive nas pesquisas de Educação 
Física sobre grupos culturais e suas práticas corporais. Ela apresenta inúmeras 
variações, concepções e combinações com outros métodos e diferentes cam-
pos teóricos. Portanto, para que possamos compreender melhor sobre este 
método tão complexo e difícil, não há outro modo sem estudar como os pes-
quisadores da nossa área têm empreendido este método em suas pesquisas.
Para saber mais, explore os artigos disponível em:
Mojuodara: uma possibilidade de trabalho com as questões étnico‐raciais na 
Educação Física: https://goo.gl/VQgDYA;
Etnografando a prática do skate: elementos para o currículo da Educação Física: 
https://goo.gl/Y85nBW.
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• Pesquisa-ação: Constitui-se, como o próprio nome sugere, em um método 
de pesquisa bastante ativo, pois envolve não apenas a observação, coleta de 
informações, análise de documentos e elaboração de registros. Neste método 
o pesquisador está diretamente e propositalmente ligado ao objeto de estudo 
que, justamente por isso, busca intervir, contribuir, alterá-lo, junto com os sujei-
tos investigados. É como um estudo de caso, um autoestudo, menos preocupa-
do com os aspectos teóricos e mais focado na prática de alguma experiência. 
O registro se assemelha a um relato de uma prática compartilhada, cheio de 
descrições e ações tomadas em conjunto entre pesquisador-sujeitos.
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Para saber mais, explore: https://goo.gl/gdkRMU.
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Há critérios de escolha de um método de produção de dados que são fatores primordiais na 
questão da qualidade da pesquisa. O método de produção de dados precisa ter uma relação 
direta e coerente com o problema da pesquisa.
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Referenciais Teóricos
Aqui chegamos, talvez, ao ponto mais delicado e problemático do que chamamos 
de “desenhos de pesquisas”. Trata-se dos campos teóricos escolhidos pelo pesquisador 
que fundamentarão as análises dos dados produzidos. Os métodos apresentados 
brevemente no item anterior se concentram na coleta, ou como preferimos, na 
produção dos dados. Aqui tentaremos demonstrar que os métodos citados acima 
carecem de um complemento interpretativo, ou seja, uma base teórica, um corpo 
de saberes, conceitos e formas de pensar que possam orientar e sobrepor os dados 
às suas potencialidades. É correto afirmar que estamos falando de “lentes”, ou seja, 
diante uma paisagem construída (os dados), os pesquisadores precisam selecionar 
dentre diferentes tradições do pensamento, qual/quais lente(s) ele utilizará.
É importante salientar que desde: 1) a escolha do objeto investigado na pesquisa; 
2) os métodos de produção de dados; 3) o referencial teórico utilizado; o que vai 
conferir coerência, rigorosidade, relevância e qualidade à pesquisa é justamente o 
quanto estes elementos do projeto são produtivos quando combinados. 
Como demonstramos na unidade anterior, campos teóricos advindos das Ci-
ências Humanas possuem forte relação com os métodos de pesquisa qualitativa.
Por sua vez, dentro das Ciências Humanas existe uma gama enorme e quase infini-
ta de campos teóricos, uns mais clássicos e tradicionais, como a teoria do materia-
lismo histórico dialético, a fenomenologia, a teoria da crítica comunicativa, outras 
mais contemporâneas e vanguardistas como os Estudos Culturais, o Pós-colonialis-
mo, o Pós-estruturalismo, a teoria Queer, entre outras.
No campo da Educação Física, temos uma tradição clara de analisar os da-
dos produzidos a partir de referenciais teóricos advindos das ciências biológicas.
Esse quadro se complementa quando utilizamos uma metodologia pautada no pa-
radigma moderno e no método científico-matemático.
No campo da educação, é comum utilizarmos conceitos e campos teóricos 
oriundos das Ciências Humanas, como a Antropologia clássica, a Antropologia 
pós-moderna, ou um campo teórico ou conceitos de pensadores específicos. A área 
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UNIDADE Metodologia Qualitativa e suas Potencialidades 
no Campo da Educação Física Escolar
da Educação Física, sobretudo no âmbito escolar, tem gradativamente incorporado 
às discussões do campo da educação, da filosofia, da sociologia, da antropologia, 
entre outras. Esse movimento requer cada vez mais a habilidade dos pesquisadores 
em se aprofundarem em referenciais teóricos que aparentemente estão distantes da 
intervenção pedagógica proposta na Educação Física, mas isso é ledo engano. As 
aproximações não só são possíveis como são importantes para a compreensão da 
complexidade envolvida em todas as áreas de intervenção. 
É importante destacarmos que as opções e possibilidades são infinitas, podem 
ser recortes de campos teóricos e um recorte definido pela produção específica de 
certos pensadores; por exemplo, referencial “foucaultiano” para se referir a obra de 
Michel Foucault, “marxista” para se referir a obra de Karl Marx, “deleuziano” sobre 
a obra de Gilles Deleuze; ou mesmo a combinação de mais de um deles. 
Desse referencial teórico escolhido teremos por exemplos conceitos e modos 
operandi (formas de fazer) típicas deste campo. Isso limita, no bom sentido, o olhar 
do pesquisador, mas também já indica quais serão suas principais preocupações, 
ou melhor, qual será o seu enfoque, os conceitos que vai mobilizar ou a relação que 
fará com o objeto investigado.
Teoria Crítica
Teoria da Ação Comunicativa
(Jürgen Habernas)
- Ação comunicativa;
- A importância dos intercâmbios
 comunicativos;
Consideração das opiniões das pessoas envolvidas 
em uma determinada decisão.
Criar uma alternativa racional à razão 
meramente instrumental
Figura 6 – Exemplo de utilização de um referencial teórico: 
Teoria da ação comunicativa de Jürgen Habermas (filósofo e sociólogo, nascido em 1929)Fonte: Adaptada de iStock/Getty Images
Os referenciais teóricos são compreendidos então como uma caixa de ferramen-
tas conceituais, aquilo que vai fundamentar nossas interpretações, análises, leituras 
e sínteses.
Exemplo de citação de campo teórico e enfoque do pesquisador:
Título do artigo: 
O GÊNERO FEMININO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: UM 
OLHAR ATRAVÉS DOS ESTUDOS CULTURAIS
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Resumo
Este artigo cientifico tem como objetivo apontar como o currículo contribui para 
a construção das identidades do gênero feminino durante as aulas de Educação
Física. Baseando nos Estudos Culturais, estudos feministas e autores entre eles; 
Hall (197), Giroux (2007), Silva (2006) e Louro (1995). De modo, a colaborar para 
uma reflexão crítica sobre o currículo de Educação Física e suas possíveis influên-
cias nas identidades do gênero feminino. (AGUIAR, 2012)
Leia em: https://goo.gl/e2kWTN.
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Vemos então que o objeto de pesquisa é “o gênero feminino nas aulas de Educa-
ção Física” e os campos teóricos são os Estudos Culturais e os estudos feministas, 
indicando inclusive a partir da produção científica de quais autores ela vai tratar.
Concluindo a unidade, vemos também que para cada tipo de objeto investigado te-
mos algumas opções de determinados campos teóricos, campos que de certo modo 
se preocupam e investigam o mesmo problema. No caso, a autora vai discutir gênero 
e mobilizou os Estudos Culturais e as teorias feministas. Coerente não é mesmo?
Na unidade seguinte iremos destrinchar melhor alguns métodos de produção de 
dados e alguns referenciais teóricos emergentes no campo da Educação Física esco-
lar. Nosso objetivo é que cada vez mais sejamos capazes de elaborar um projeto de 
pesquisa completo, com problema, revisão bibliográfica sobre o objeto investigado, 
método de produção de dados, referencial de análise e conclusões provisórias.
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UNIDADE Metodologia Qualitativa e suas Potencialidades 
no Campo da Educação Física Escolar
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Projeto de pesquisa: guia para pesquisadores iniciantes em educação, saúde e ciências sociais
BELL, Judith. Projeto de pesquisa: guia para pesquisadores iniciantes em educação, 
saúde e ciências sociais. Porto Alegre: Artmed, 2008.
Alienígenas na sala de aula: uma introdução aos estudos culturais em educação
SILVA, T. T. (org.) Alienígenas na sala de aula: uma introdução aos estudos culturais 
em educação. Rio de Janeiro: Vozes, 2008.
O gênero feminino nas aulas de Educação Física: um olhar através dos estudos culturais. 
AGUIAR, A. A. D. O gênero feminino nas aulas de Educação Física: um olhar através 
dos estudos culturais. Lecturas: Educación Física e Deportes, Revista Digital. 
Buenos Aires – Ano 17 – Nº 171 – Agosto de 2012.
Mojuodara: possibilidade de trabalho com questões étnico-raciais na Educação Física
BINS, Gabriela Nobre; NETO, Vicente Molina. Mojuodara: possibilidade de trabalho 
com questões étnico-raciais na Educação Física. Rev. Bras. Ciênc. Esporte. 39(3): 
247-253, 2017.
Etnografando a prática do skate: elementos para o currículo da Educação Física
NEIRA, M. G. Etnografando a prática do skate: elementos para o currículo da Educação 
Física. Revista Contemporânea de Educação, vol. 9, n. 18, julho/dezembro, 2014.
Construindo brincadeiras e conhecimentos: relatos de uma experiência nas séries iniciais do ensino fundamental
PEREIRA, Raquel Stoilov; MOREIRA, Evando Carlos, Construindo brincadeiras e 
conhecimentos: relatos de uma experiência nas séries iniciais do ensino fundamental. 
Conexões: revista da Faculdade de Educação Física da UNICAMP, Campinas, 
v. 9, n. 2, p. 198-218, maio/ago. 2011.
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Referências
MARTINS, H. H. T de S. Metodologia Qualitativa de Pesquisa. Educação e Pes-
quisa, São Paulo, v.30, n.2, p. 289-300, maio/ago. 2004.
MEYER, Dagmar Estermann; PARAÍSO, Marlucy Alves (Orgs.). Metodologias de 
pesquisa pós-críticas em educação. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2014. 
UWE, Flick. O desenho da pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Artmed, 2009.
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Outros materiais