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Embriologia dos sistemas

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RESUMÃO – HISTOLOGIA 
 
EMBRIOLOGIA DOS SISTEMAS 
 
SISTEMA URINÁRIO 
 
FECUNDAÇÃO 
• O sptz passa pela corona radiata 
• Faz a reação zonal (impermeabilização) 
ANFIMIXIA 
• Fusão dos pronúcleos 
MORULA 
• Sucessivas clivagens 
• 12 a 32 blastômeros 
BLÁSTULA 
• Formação da cavidade blastocística 
• Diferenciação dos blastômeros em trofloblasto (origem a placenta) e massa celular interna – 
embrioblasto (origem ao embrião) 
• Nidação 
• Formação da cavidade amniótica, saco vitelínico e disco embrionário 
GÁSTRULA 
• Início da morfogênese 
• Passa de disco bilaminar para trilaminar 
• Formação dos folhetos germinativos – ectoderma e mesentoderme 
• Diferenciação em ectoderma, mesoderme e endoderme 
• Células mesenquimais migram para a região cefálica e formam um cordão celular mediano – processo 
notocordal (forma a notocorda) 
NÊURULA 
• Placa neural (Com o desenvolvimento da notocorda o ectoderma do embrião que a recobre se espessa, 
formando uma placa alongada); 
• A formação da placa neural é induzida pela notocorda em desenvolvimento. O ectoderma da placa 
neural (neuroectoderma) dá origem ao SNC; 
• Tubo neural – as pregas neurais começam a se fundir e convertendo a placa neural em tubo neural; 
• Formação do celoma intra-embrionário – dá origem às cavidades do corpo; 
• Celoma e intestino primitivo 
• Uma elevação longitudinal de mesoderma — a crista urogenital — se forma em cada lado da aorta 
dorsal. A parte da crista urogenital que origina o sistema urinário é o cordão (ou crista) nefrogênico 
• O broto uretérico é uma evaginação do ducto mesonéfrico, próximo à sua entrada na cloaca, é o 
primórdio do uretér, pelve renal, cálices e túbulos coletores. 
 
 
 
 
ORGANOGÊNESE 
• Dobramento do embrião de disco trilaminar a formato cilíndrico 
• Pronéfro: poucos grupos de células, os ductos pronéfricos se dirigem caudalmente, se degenera e os 
ductos são utilizados pelo próximo conjunto de rins (início da 4ª semana). São transitórios e bilaterais. 
Eles são representados por aglomerados de células na região do pescoço - Ductos pronéfricos. 
• Mesónefro: rins provisórios, formado por glomérulos e túbulos mesonéfricos (final da 4ª semana). 
Consistem em aproximadamente 40 glomérulos com túbulos mesonéfricos. Os ductos mesonéfricos 
produzem urina entre as semanas 6 e 10, até que os rins permanentes comecem a funcionar. Os 
mesonefros se degeneram ao final do primeiro trimestre. 
• Metanéfro: primórdio dos rins permanente, começa a funcionar cerca de 4 semanas depois, se 
desenvolvem a partir do: 
o Broto uretérico 
o Blastema metanéfrico 
• O sistema urinário é derivado do mesoderma intermediario 
 
 
 
PRIMÓRDIO DO SISTEMA 
O mesênquima intermediário (tecido conjuntivo embrionário do mesoderme), é deslocado ventralmente e perde 
sua ligação com os somitos, formando a crista urogenital, que está na em cada lado da aorta dorsal. 
A crista urogenital da origem ao cordão nefrogêncio, formando o sistema urinário 
Pronéfron (rim e ureter): ele é cefálico, rudimentar e não funcional. Ele é formado por uma indução 
proliferativa da notocorda e forma os ductos pronéfricos. Os ductos pronéfricos são compostos de túbulos 
pronéfricos, que recebem projeções dos capilares da aorta e formam uma espécie de glomérulo, 
desembocando na cloaca. 
Mesonéfron: é torácico e bem desenvolvido e funciona brevemente. Ele é formado caudalmente ao pronefron 
rudimentar a partir dos ductos pronéfricos, dando origem aos ductos mesonéfricos ou de Wolff. Consistem 
em aproximadamente 40 glomérulos com túbulos mesonéfricos. Os ductos mesonéfricos formam a urina até os 
rins permanentes começarem a funcionar e os túbulos darão origem aos ductos eferentes e testículos nos 
meninos. 
Metanéfron: é o rim definitivo (funcional), começa a se desenvolver no inicio da 5ª semana e só se torna 
funcional 4 semanas depois. Ele se forma a partir de duas fontes: broto ureteral/uretérico (divertículo 
metanéfrico) e massa metanéfrica (blastema metanefrogênico) do mesoderme intermediário. 
• Broto ureteral: irá formar os ureteres, cálices renais (grandes cálices e pequenos cálices) e túbulos 
coletores, 
• Massa metanéfrica: dá origem aos glomérulos, cápsula de bowlman, túbulo contorcido proximal e distal 
e alça de Henle. 
As células mesenquimais da massa metanéfrica formam as pequenas vesículas metanéfricas. Estas vesículas 
se alongam formando os túbulos renais (túbulos renais). As extremidades proximais desses túbulos são 
invaginadas pelos glomérulos. 
Néfron: é formado pelo corpúsculo renal (folheto parietal da capsula de bowlman – ep cuboide ou colunar), 
túbulo contorcido proximal (ep cuboide ou colunar), alça de Henle (ep cúbico simples e o túbulo contorcido 
distal (cúbico simples). 
Glomérulo: dois folhetos – interno ou visceral (podócitos com actina) e externo ou parietal (simples 
pavimentoso e fibras reticulares) 
 
 
A maturação funcional dos rins só acontece após o nascimento. 
NÉFRONS 
• Corpúsculo renal ou Malpighi: é formado pelo glomérulo renal e capsula de bowlman. Os folhetos 
interno e externo da capsula forma um espaço capsular ou urinífero que capta o filtrado glomerular. 
• Túbulo contorcido proximal: reabsorção ativa de sódio e remoção de cloro. 
• Alça de Henle: duas partes: delgada (simples pavimentoso) e espessa (cúbico simples – células claras 
ou principais e escuras ou intercaladas). Ramo descendente – reabsorção de água, ramo ascendente – 
transporte de sais, remoção ativa de sais. 
• Túbulo contorcido distal: é permeável à agua na presença de ADH e regula de forma ativa a excreção 
de cálcio. 
• Túbulo coletores: é responsável pelo equilíbrio eletrolítico e é o local de ação do ADH e aldosterona, 
na porção cortical há secreção de H+ e reabsorção de K+, podendo também secretar bicarbonato. 
Porção medular, ocorre a modificação final da urina, dependendo da composição original da urina, pode 
haver a reabsorção de NaCl, água, uréia, secreção de H+ e NH3, também pode fazer a secreção e 
reabsorção de K+. 
 
ASCENÇÃO RENAL 
Os rins ficam próximos um do outro na pelve, conforme o abdômen cresce, eles se posicionam e se afastam um 
do outro. A parte caudal do embrião cresce em direção oposta aos rins, em consequência, eles ocupam níveis 
mais craniais. Conforme o rim ascende ele rotaciona medialmente quase 90°, por volta da 9ª semana os rins 
entram em contato com as glândulas suprarrenais, alcançando a forma adulta. 
A localização ideal se dá no espaço retroperitoneal da parede abdominal posterior, cada um do lado da coluna 
vertebral, na altura da 12° vértebra torácica, sendo o rim direito ligeiramente mais inferior. 
 
ANOMALIAS RENAIS 
• Agenesia (ausência) renal unilateral: o rim esquerdo é, em geral, o que está ausente. Muitas vezes 
não causa sintomas e, geralmente, não é descoberta durante a infância porque o outro rim usualmente 
sofre hipertrofia compensatória e executa a função do rim que está faltando. 
• Agenesia renal bilateral: é associada ao oligoidrâmnio, uma condição que se desenvolve porque 
pouca ou nenhuma urina é excretada para a cavidade amniótica. É incompatível com a vida pós-natal. A 
agenesia renal resulta quando os brotos uretéricos não se desenvolvem ou os primórdios (pedículos 
dos brotos) dos ureteres degeneram. 
• Rim Mal Rotado: Se um rim deixar de rotar, o hilo fica posicionado anteriormente, isto é, o rim fetal 
retém sua posição embrionária. 
• Rins Ectópicos: Um ou ambos os rins podem estar em posição anormal. A maioria dos rins ectópicos 
estão localizados na pelve. 
 
HISTO 
RIM: 
• A superfície do rim é recoberta por uma cápsula de tecido conjuntivo denso. A cápsula consiste em duas 
camadas distintas: uma camada externa composta de fibroblastos e fibras colágenas e uma camada interna 
que contém miofibroblastos 
 
 
• Zona cortical: Nesta região identifica-se o Corpúsculo de Malpighi (Corpúsculo Renal) o qual é constituídopelo glomérulo renal (tufo de capilares fenestrados) e cápsula de Bowman contendo dois folhetos, visceral e 
parietal 
o Túbulo Contorcido Proximal 
- Tecido epitelial simples cúbico com microvilos 
- As células do túbulo proximal absorvem eventuais proteínas, aminoácidos, glicose, íons bicarbonato e 
cerca de 67 a 80% dos íons Na+ e Cle da água do filtrado. 
- Forte acidofilia (mitocôndrias) 
- As células do túbulo reto proximal apresentam uma grande quantidade de peroxissomos, envolvidos 
na oxidação de ácidos graxos e na degradação de peróxido de hidrogênio, e várias enzimas oxidativas 
- Presença de poucos núcleos em função das células serem largas 
o Túbulos Contorcidos Distais 
- Tecido epitelial simples cúbico sem microvilos 
- Acidofilia moderada 
- Presença de maior número de núcleos devido às células serem mais estreitas. 
- Na junção entre a parte reta e a parte contorcida do túbulo distal, a parede adjacente ao corpúsculo 
renal modifica-se: as células são colunares, com núcleos centrais, próximos uns dos outros. 
- As células justaglomerulares são células musculares lisas modificadas da túnica média da arteríola 
aferente (às vezes, também a eferente), próximas ao corpúsculo renal. São justapostas, com núcleos 
esféricos e grânulos de secreção. 
- As células mesangiais extraglomerulares situamse em uma região triangular, delimitada pela mácula 
densa na base, pelas arteríolas aferente e eferente nos lados e pelas células mesangiais no ápice. 
 
 
 
• Zona medular: Nesta zona visualiza-se uma série de tubulações com epitélio de revestimento variando de 
cúbico à plano.: 
- Revestidas por epitélio cúbico: porções espessas das alças de Henle e túbulos coletores. 
- Revestidas por epitélio plano: porções delgadas das alças de Henle e vasos sanguíneos (capilares) 
- Nas papilas, os tubos coletores confluem nos ductos papilares, constituído de epitélio simples colunar, 
com células claras. 
Os túbulos coletores apresentam células cúbicas altas, acidófilas e com os limites celulares bem evidentes 
o que facilita a distinção entre das alças de Henle. 
 
 
 
BEXIGA E VIAS URINÁRIAS: 
 
• A mucosa dessas estruturas é formada por um epitélio de transição e por uma lâmina própria de tecido 
conjuntivo, que varia do frouxo ao denso. Em torno da mucosa há feixes de tecido muscular liso 
• As células mais superficiais do epitélio de transição são responsáveis pela barreira osmótica entre a urina e 
os fluidos teciduais. 
• A túnica muscular das vias urinárias é formada por uma camada longitudinal interna e uma circular externa, 
ambas de tecido muscular liso. 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA NERVOSO 
 
O sistema nervoso origina-se da placa neural 
 
GÁSTRULA 
• A formação da linha primitiva por proliferação e migração de células do epiblasto no mediano 
• A medida que essa linha se alonga pela adição de células na região caudal, a região cefálica sofre 
proliferação, surgindo o nó primitivo 
• Início da morfogênese 
• Passa de disco bilaminar para trilaminar 
• Formação dos folhetos germinativos – ectoderma e mesentoderme 
• Diferenciação em ectoderma, mesoderme e endoderme 
• Células mesenquimais migram para a região cefálica e formam um cordão celular mediano – processo 
notocordal (forma a notocorda) 
 
NEURULAÇÃO 
• A notocorda e o mesoderma paraxial induz o ectoderma sobrejacente a se diferenciar na placa neural 
• A partir da placa neural, forma-se as pregas neurais do tubo neural e da crista neural 
• O tubo neural diferencia-se no sistema nervoso central SNC 
• A crista neural da origem às células do sistema nervoso periférico e autônomo (SNP e SNA) 
• A formação da placa neural e do tubo neural chama-se neurulação (início da 4ª semana) 
• Antes da fusão completa das pregas neurais, 3 vesículas distintas podem ser reconhecidas na 
extremidade rostral do desenvolvimento do tubo neural, essas vesículas primárias formam o encéfalo 
anterior (prosencéfalo), encéfalo médio (mesencéfalo) e encéfalo posterior (rombencéfalo) 
• A fusão das pregas neurais avança em direção cefálica e caudal, nestes locais a luz do tubo neural 
comunica-se com a cavidade amniótica. 
• A abertura cranial fecha-se por volta do 25º dia, e o caudal fecha-se 2 dias mais tarde 
 
ORGANOGÊNESE 
• Após esse fechamento, estabelece uma circulação sanguínea no tubo neural 
• As paredes do tubo neural se espessam para formar o encéfalo e a medula espinhal. 
 
 
 
 
 
• Algumas células mesenquimais migram pela região cranial, do nó e da fosseta primitivos, formando um 
cordão celular na região mediana, o processo notocordal. 
• O processo notocordal cresce cranialmente entre o ectoderma e o endoderma, até atingir a 
placa pré-cordal, uma área pequena e circular de células, que é um organizador importante da região 
cefálica. 
• As camadas fusionadas do ectoderma e do endoderma formam a membrana orofaríngea, situada na 
futura região da cavidade oral (boca). 
• À medida que a notocorda se desenvolve, induz o ectoderma embrionário sobrejacente a espessar e 
formar uma placa neural alongada de células neuroepiteliais espessadas. 
• O ectoderma da placa neural (neuroectoderma) dá origem ao sistema nervoso central (SNC) – o 
cérebro e a medula espinal, entre outras estruturas, como a retina. 
• A princípio, a placa neural corresponde, em comprimento, à notocorda subjacente. Ela é cranial ao nó 
primitivo e dorsal à notocorda e ao mesoderma adjacente. 
• À medida que a notocorda se alonga, a placa neural se alarga e, por vezes, se estende cranialmente 
até a membrana orofaríngea. 
• Por volta do 18º dia, a placa neural invagina ao longo do seu eixo central para formar um sulco neural 
longitudinal mediano que apresenta dobras neurais em cada lado. 
• As dobras neurais são particularmente proeminentes na extremidade cranial do embrião e são os 
primeiros sinais do desenvolvimento do cérebro. 
• No final da terceira semana, as dobras neurais começam a se mover em conjunto e a se fusionar, 
convertendo a placa neural em tubo neural: o primórdio das vesículas do cérebro e da medula espinal. 
 
 
 
 
O sistema nervoso periférico (SNP) é formado por nervos cranianos, espinais e viscerais, assim como por 
gânglios cranianos, espinais e autônomos. Todas as células sensitivas (somáticas e viscerais) do SNP são 
derivadas das células da crista neural. Os corpos celulares de todas as células sensitivas estão localizados fora 
do SNC. Os corpos celulares de cada neurônio aferente estão intimamente envolvidos por uma cápsula de 
células de Schwann modificadas, conhecida como células satélite, que são derivadas das células da crista 
neural. Esta cápsula é contínua com a bainha de neurilema das células de Schwann que envolve os axônios 
dos neurônios aferentes. 
As células da crista neural também se diferenciam em neurônios multipolares dos gânglios autonômicos, 
incluindo os gânglios dos troncos simpáticos que correm ao longo dos lados dos corpos vertebrais; gânglios 
colaterais ou pré-vertebrais dos plexos do tórax e do abdome (p. ex., plexos cardíaco, celíaco e mesentérico); e 
gânglios parassimpáticos ou terminais dentro ou perto das vísceras. 
Nervos Cranianos: doze pares de nervos cranianos são formados durante a 5 e 6 semana. Eles são 
classificados em três grupos de acordo com suas origens embriológicas. 
• Nervos Cranianos Somáticos Eferentes: As células de origem desses nervos localizam-se na coluna 
somática eferente (derivada das placas basais) do tronco encefálico. Seus axônios distribuem-se aos 
músculos derivados dos miótomos da cabeça (pré-óptico e occipital). 
• Nervos dos Arcos Faríngeos: Os nervos cranianos V, VII, IX e X inervam os arcos faríngeos 
embrionários. Assim, as estruturas que se desenvolvem a partir desses arcos são inervadas por estes 
nervos craniano. 
• Nervos Sensitivos Especiais: nervos olfatório, óptico e vestibulococlear. 
 
Nervos Espinais: As fibras nervosasmotoras que saem da medula espinal começam a surgir no final da 4° 
semana. 
As fibras nervosas originam-se de células das placas basais da medula espinal em desenvolvimento e 
emergem como uma série de radículas contínuas ao longo da superfície ventrolateral. As fibras destinadas a 
um determinado grupo de músculos em desenvolvimento se organizam em um feixe, formando a raiz nervosa 
ventral. As fibras nervosas da raiz nervosa dorsal são formadas por axônios derivados das células da crista 
neural que migram para a face dorsolateral da medula espinal, onde elas se diferenciam em células do gânglio 
espinal. 
Os prolongamentos distais das células do gânglio espinal crescem em direção à raiz nervosa ventral e, 
finalmente, se juntam para formar o nervo espinal. À medida que os brotos dos membros se desenvolvem, os 
nervos da medula espinal provenientes do segmento oposto a eles se alongam e crescem dentro dos membros. 
As fibras nervosas distribuem-se pelos músculos, os quais se diferenciam a partir das células miogênicas que 
se originam a partir dos somitos. A pele dos membros e o desenvolvimento também é inervada de maneira 
segmentada. 
 
Gânglios: Os neurônios unipolares nos gânglios espinais (gânglios da raiz dorsal) são derivados das células da 
crista neural. Os prolongamentos periféricos das células do gânglio espinal passam através dos nervos espinais 
para as terminações sensitivas em estruturas somáticas ou viscerais. Os prolongamentos centrais penetram na 
medula espinal, e constituem as raízes dorsais dos nervos espinais. 
ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO EM DIAS 
 
 
 
FARINHA DE TRIGO NA GESTAÇÃO 
O consumo de farinha de trigo é indicado porque é inserido na farinha de trigo certa quantidade de ácido fólico, 
e a suplementação com ácido fólico antes da concepção e no início do desenvolvimento é eficaz ao reduzir a 
incidência de defeitos do tubo neural. 
Os substratos metabólicos necessários ao feto se difundem no sangue fetal. Nos últimos estágios da gravidez, 
por exemplo, o feto usa mais glicose que todo o corpo da mãe, para fornecer esse alto nível de glicose, as 
células trofoblásticas que revestem as vilosidades placentárias proporcionam difusão facilitada de glicose, ou 
seja, a glicose é transportada por moléculas transportadoras nas células trofoblásticas da membrana. Os ácidos 
graxos, por terem alta solubilidade, também se difundem do sangue materno para o fetal, porém lentamente, 
desse modo a glicose é usada mais facilmente pelo feto para sua nutrição. 
 
IMPORTÂNCI DA HOX 
Os genes Hox são um subgrupo dos genes homeobox. Esses genes definem um padrão para a formação do 
eixo corporal. Dessa forma, ao fornecer a identidade de certas regiões do corpo, os genes Hox determinam 
onde as pernas e outros segmentos do corpo crescerão e se desenvolverão em um feto. 
O esqueleto axial é composto principalmente por vértebras e costelas. No embrião, estes elementos 
esqueléticos desenvolvem-se a partir dos somitos, unidades segmentadas de mesoderma localizadas em 
ambos os lados do tubo neural. Todos os somitos são morfologicamente idênticos, no entanto, o de tipo 
vértebra que originam é específico do nível axial no qual o somito se localiza. Esta especificidade é garantida a, 
em grande parte, pelos genes Hox, que codificam factores de transcrição. Dados recentes indicam que 
os genes Hox do grupo 10 são essenciais para a produção de vértebras lombares ao bloquearem a formação 
de costelas (caracteristicamente associadas às vértebras torácicas). 
A expressão dos genes HOX é iniciada na gastrulação e segue um padrão de colinearidade temporal e 
espacial. 
A) dê ênfase aos tipos de HOX em humanos; Os humanos e a maioria dos vertebrados têm quatro 
grupamentos de genes Hox (HOXA, HOXB, HOXC e HOXD), em um total de 39 genes. 
B) correlacione com HOX de outros animais; Os genes Hox controlam o desenvolvimento corporal, a 
segmentação; 
Há uma tendência geral na qual se observa que animais com planos corporais mais simples possuem menos 
genes e agrupamentos Hox, ou seja, quanto menor a complexidade do animal, menos genes Hox ele possui. 
 
As regiões com grande concentração de corpos celulares de neurônios têm coloração acinzentada, sendo por 
isso denominadas substância cinzenta do sistema nervoso central. 
Por outro lado, as regiões com uma grande quantidade de prolongamentos de neurônios possuem grande 
quantidade de fibras nervosas mielinizadas e por essa razão apresentam coloração esbranquiçada. Constituem 
a substância branca do sistema nervoso central. 
Localização da substância branca e cinzenta no cérebro e cerebelo: 
A substância cinzenta está presente principalmente em dois locais: 
• na periferia do órgão, logo abaixo de sua superfície, formando o córtex cerebral/cerebelar; 
• no interior do cérebro e cerebelo, em aglomerados de diferentes tamanhos denominados núcleos. 
A substância branca ocupa o interior do órgão, abaixo do córtex e em torno dos núcleos. 
 
Na Medula a substância branca (abundância da mielina que envolve os axonios) situa-se perifericamente 
enquanto que a substancia cinzenta (agregações de corpos celulares de neuronios, dendritos e partes 
amielínicas de axônios, assim como células da neuróglia) está situada no meio com a forma de um H (em 
secção transversal). 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
 
GASTRULAÇÃO 
• No início da 4ª semana, o intestino primitivo está fechado na sua extremidade cranial pela membrana 
bucofaríngea, e na extremidade caudal, pela membrana cloacal 
DESENVOLVIMENTO DO INTESTINO A PARTIR DO ARQUÊNTERO 
• Quando as pregas cefálicas caudal e laterais incorporam a porção dorsal do saco vitelínico do embrião 
• O endoderma do intestino primitivo origina a maior parte do epitélio e das glândulas do trato digestivo 
• O mesoderma lateral esplâncnico deriva o tecido conjuntivo, músculo liso e o revestimento epitelial do 
peritônio visceral 
• O epitélio das extremidades caudal e cranial é derivado do ectoderma do estomodeu e do proctodeu. 
PORÇÃO INTESTINAL 
• Intestino anterior: 
o porção cefálica → faringe e laringe 
o porção caudal → esôfago, estômago, metade anterior do duodeno, fígado e pâncreas. 
• Intestino médio: 
o O desenvolvimento é caracterizado pelo alongamento do intestino e seu mesentério, resultando 
na formação de uma alça intestinal ventral na forma de “U” 
 
o Ramo cefálico: porção distal do duodeno, jejuno, parte do íleo 
o Ramo caudal: porção inferior do íleo, ceco, apêndice, cólon ascendente e 2/3 proximais do 
cólon transverso 
 
• Intestino posterior: 
o O terço esquerdo a metade do cólon transverso, o cólon descendente, e o cólon sigmoide 
o O reto e a parte superior do canal anal 
o Epitélio da bexiga, urinário e a maior parte da uretra 
 
FARINGE 
• O aparelho branquial (ou faríngeo) delimita a faringe e originará as estruturas da cabeça e do pescoço. 
• É constituído por: arcos branquiais; sulcos branquiais (entre os arcos, externamente), e bolsas faríngeas 
(entre os arcos, internamente). 
• Os arcos branquiais são revestidos externamente pelo ectoderma e internamente pelo endoderma e são 
preenchidos pelo mesoderma, onde há um componente cartilaginoso e outro muscular, uma artéria (o 
arco aórtico - a) e um nervo. 
• O tecido muscular do primeiro par de arcos branquiais origina os músculos da faringe e os da laringe. 
• A função da faringe é permitir a circulação de alimentos e de ar. 
ESÔFAGO 
• Epitélio (estratificado pavimentoso) e glândulas: endoderma 
• Músculo estriado (terço superior): 4° e 6° arcos faríngeos. 
• Musculo liso: mesênquima circundante 
• O lúmen ou luz esofágica forma-se a partir de um processo de proliferação da mucosa derivada do 
endoderma 
• Epitélio e glândulas –endoderma. 
• Músculo estriado (terço superior): 4º e 6º arcos faríngeos. 
• Músculo liso: mesênquima circundante. 
• Epitélio e glândulas – endoderma. 
• Músculo estriado (terço superior): 4º e 6º arcosfaríngeos. 
• Músculo liso: mesênquima circundante. 
• Epitélio e glândulas – endoderma. 
• Músculo estriado (terço superior): 4º e 6º arcos faríngeos. 
• Músculo liso: mesênquima circundante. 
• Sua única função é levar os alimentos até o estômago. 
ESTÔMAGO 
• Em torno da metade da 4ª semana, uma ligeira dilatação no intestino anterior, indica o local do 
primórdio do estômago 
• No início ele aparece como um alargamento fusiforme da porção caudal do intestino anterior e está 
orientado no plano mediano, este primórdio se expande e se amplia dorsoventralmente, a face dorsal do 
estômago cresce mais rapidamente que sua face ventral, isso demarca a grande curvatura do 
estômago; 
• A medida que o estômago cresce ele roda 90° no sentido horário em torno do seu eixo longitudinal 
 
 
• O estômago possui uma região interna derivada do endoderme 
• O músculo liso é derivado do mesoderme 
• Sua principal função é produzir e liberar enzimas digestivas e ácidos para facilitar o processo de 
digestão de certos alimentos 
 
FÍGADO E SISTEMA BILIAR 
• Se divide em 2 partes: 
o Uma porção cranial maior: primórdio do fígado; 
o Uma porção caudal menor: sistema biliar 
• São formados por: 
o Os FGFs secretados pelo coração em desenvolvimento induzem a formação desse divertículo. 
o Endoderma em proliferação diferencia-se nos hepatócitos; 
o Tecidos fibroso e hematopoiético e células de Kupffer derivam do mesênquima do septo 
transverso. 
• Fígado: principal órgão metabólico e glândula mista. 
o Transformar a galactose e a frutose em glicose para ser usada como fonte de energia; 
transformar as proteínas em aminoácidos, a síntese de aminoácidos não essenciais e a 
produção de proteínas essenciais, como a albumina, transferrina, fibrinogênio e outras 
lipoproteínas; 
o Armazenar o glicogênio e transformá-lo em glicose, enviando para o sangue novamente quando 
necessário; 
o Filtrar o sangue, enviando para os rins as toxinas para serem eliminadas. 
o Armazenamento das vitaminas A, B12, D e E, e de alguns minerais, como o ferro e o cobre; 
armazenar as vitaminas lipossolúveis e os minerais; Armazenamento e liberação de glicose; 
o Destruição das hemácias velhas ou anormais; 
o Participar na digestão da gordura no processo digestivo, através da secreção da bile; 
o Síntese de proteínas do plasma e síntese do colesterol; 
o Produção de gorduras (Lipogênese) e produção de precursores das plaquetas; 
o Conversão de amônia em ureia; 
o Purificação e destoxificação de várias toxinas; 
o Metaboliza os medicamentos. 
• Sistema Biliar: Sua principal função é armazenar a bile, que é produzida pelo fígado. Ela auxilia na 
digestão no processo de dissolução e aproveitamento da gordura ingerida, estimulando a secreção de 
colecistoquinina (CCK) e neutralizando os ácidos até chegar ao intestino. 
PÂNCREAS 
• Brotos pancreáticos (dorsal e ventral) surgem das células endérmicas na porção caudal do intestino 
anterior. Derivam de: 
o Maior parte deriva do broto pancreático dorsal, que cresce rapidamente entre as camadas do 
mesogástrio dorsal; 
• O broto ventral se desenvolve próximo a entrada do ducto biliar no duodeno e cresce entre as camadas 
do mesogástrio ventral; forma o processo uncinado e parte da cabeça do pâncreas 
• Rotação do duodeno carrega o broto pancreático ventral junto; 
• Fusão dos brotos pancreáticos e seus ductos se anastomosam; 
• Secreção de insulina a partir da décima semana. 
• O pâncreas é uma glândula mista que produz o suco pancreático; 
• EXÓCRINA: túbulo-acinosa composta, secretando o suco pancreático; 
• ENDÓCRINA: ilhotas de langerhans – aglomerados de células epiteliais imersas em tecido pancreático, 
entre essas ilhotas há capilares sanguíneos com células endoteliais fenestradas. As células que fazem 
parte das ilhotas e divide em: A (produzem glucagon), B (produz insulina), D (produz somatostatina), F 
(produz o hormônio pancreático). Controle da secreção: Secretina e Colecistoquinina – produzidas no 
duodeno. 
DUODENO 
• Início da 4ª semana 
• Desenvolve-se a partir da porção caudal do intestino anterior, da porção cranial do intestino médio e do 
mesênquima esplâncnico associado do endoderma dessas porções do intestino primitivo. 
• O duodeno cresce rapidamente, formando uma alça em forma de C; 
• A medida que o estômago roda, a alça duodenal gira para direita e vai se localizar retroperitonealmente 
• A luz do duodeno se torna progressivamente menor e é temporariamente obliterada, devido a 
proliferação de suas células epiteliais. 
INTESTINO DELGADO 
• Com a alça ainda no cordão umbilical, ocorre uma rotação de 90° no sentido anti-horário ao redor do 
eixo da artéria mesentérica superior. 
• Leva a porção cranial (int. delgado) para a direita, e a porção caudal (int. grosso) para a esquerda; 
• Com o aumento da cavidade abdominal, os intestinos retornam ao abdome, o intestino delgado retorna 
primeiro; 
• Absorção de nutrientes e minerais 
CECO E APÊNDICE 
• O primórdio do ceco e do apêndice aparece na sexta semana como uma protuberância na borda 
antimesentérica da porção caudal da alça do intestino médio 
• Inicialmente, o apêndice é um pequeno divertículo do ceco. 
• Posteriormente, ele aumenta rapidamente de tamanho, de modo que ao nascimento já se apresenta 
como um tubo longo que se origina da extremidade distal do ceco. 
• Suas principais funções respectivamente são: receber o conteúdo do intestino delgado e iniciar a 
reabsorção de água e de alguns nutrientes; e, fabrica e serve como depósito de bactérias que auxiliam 
na digestão. 
CLOACA 
• A cloaca é septada em porções dorsal e ventral através de uma projeção do mesênquima — o septo 
urorretal. Quando o septo cresce em direção à membrana cloacal, ele desenvolve extensões bifurcadas 
que produzem pregas das paredes laterais da cloaca. Essas pregas crescem uma em direção a outra e 
se fundem formando um septo que divide a cloaca em duas partes: 
o Reto e porção cranial do canal anal; 
o Seio urogenital. 
• Na sétima semana, o septo urorretal já se fundiu com a membrana cloacal, dividindo-a em uma 
membrana anal dorsal e uma membrana urogenital, maior e ventral. A área de fusão do septo urorretal 
com a membrana cloacal é representada, no adulto, pelo corpo perineal. 
• O septo urorretal também divide o esfíncter cloacal em porções anterior e posterior. A porção posterior 
origina o esfíncter anal externo e a porção anterior se desenvolve para a formação dos músculos 
transverso superficial do períneo, bulbo esponjoso e isquiocavernoso. 
CANAL ANAL 
• Os dois terços superiores do canal anal adulto são derivados do intestino posterior; o terço inferior se 
desenvolve a partir do proctodeu; 
• Os dois terços superiores (cerca de 25 mm) do canal anal adulto são derivados do intestino posterior; o 
terço inferior (cerca de 13 mm) se desenvolve do proctodeu. A junção do epitélio derivado do ectoderma 
do proctodeu com o epitélio derivado do endoderma do intestino posterior é indicada, grosseiramente, 
pela linha pectinada, localizada no limite inferior das válvulas anais. 
• Essa linha indica aproximadamente o local primitivo da membrana anal. Este é aproximadamente o 
local onde os epitélios mudam de tipo, de um epitélio cilíndrico simples para um epitélio pavimentoso 
estratificado. 
• No ânus, o epitélio é queratinizado e em continuidade com a epiderme que o rodeia. As outras camadas 
da parede do canal anal são derivadas do mesênquima esplâncnico. 
• Sua principal função é armazenar a matéria fecal até ao momento da sua expulsão. 
 
 
 
 
 
 
 
RELAÇÃO SISTEMA NERVOSO E SISTEMA DIGESTÓRIO 
Anatomicamente, SNA simpático é formado por dois grupos de neurônios pré e pós-ganglionares. Seus 
neurônios pré-ganglionares se situam na medula espinhal, mais precisamente nos níveis de T1 a L2. Já os seus 
neurônios pós-ganglionares se situam próximo a coluna vertebral (em gânglios pré-vertebrais e paravertebrais).Isso faz com que o SNA simpático apresente uma fibra pré-ganglionar curta e uma pós-ganglionar longa, que 
percorre um longo trajeto até seu órgão-alvo. Seu principal neurotransmissor nas fibras pré-ganglionares é a 
acetilcolina, já em suas fibras pós-ganglionares é a noradrenalina. Então, dois tipos de neurônios unem o SNC 
ao órgão efetor: 
• Neurônio Pré-ganglionar: corpo celular localiza-se na medula espinhal e a fibra pré-ganglionar (curta) 
vai para um ganglio da cadeia simpática paravertebral. Formam fibras colinérgicas (secretam 
acetilcolina). 
• Neurônio Pós-ganglionar: corpo celular localiza-se nos ganglios da cadeia simpática e a fibra pós-
ganglionar (longa) dirige-se aos órgãos efetores. Formam fibras adrenérgicas (secretam noradrenalina, 
na maioria das vezes, inclusive para o coração). 
 
Simpático: As mensagens viajam através do SNS em um fluxo bidirecional. As mensagens eferentes podem 
desencadear mudanças em diferentes partes do corpo simultaneamente. Por exemplo, o sistema nervoso 
simpático pode acelerar os batimentos cardíacos; dilatar as passagens dos brônquios; diminuir a motilidade do 
intestino grosso; constringir vasos sanguíneos; aumentar o peristaltismo do esôfago; causar a dilatação da 
pupila, piloereção e transpiração; além de aumentar a pressão sanguínea. As mensagens aferentes podem 
transmitir sensações como calor, frio ou dor. A primeira sinapse (na cadeia sináptica) é mediada por receptores 
nicotínicos fisiologicamente ativados pela acetilcolina, e a sinapse-alvo é mediada por receptores adrenégicos 
fisiologicamente ativados por norepinefrina ou epinefrina. 
Parassimpático: Em situações relaxantes, a atividade parassimpática reduz a frequência cardíaca (reduzindo a 
pressão sanguínea) e a frequência respiratória, baixando o metabolismo do corpo, desviando o sangue para o 
sistema digestivo para obtenção contínua de nutrientes na digestão, para uma possível ação futura do sistema 
nervoso simpático. 
Chama-se sistema nervoso parassimpático a parte do sistema nervoso autônomo cujos neurônios se localizam 
no tronco cerebral ou na medula sacral, segmentos S2, S3 e S4. No tronco cerebral, o sistema nervoso 
parasimpático é formado mais especificamente pelos seguintes núcleos de nervos cranianos, que por sua vez 
participam da formação dos seguintes pares de nervos cranianos: 
• núcleo de Edinger-Westphal - nervo oculomotor (III); 
• núcleo salivatório superior - nervo facial (VII); 
• núcleo salivatório inferior - nervo glossofaríngeo (IX); 
• núcleo motor dorsal do vago, nervo vago (X); 
• núcleo ambíguo - nervo vago (X). 
Assim como o sistema nervoso simpático, o parassimpático também apresenta uma via com dois neurônios (em 
que ambos são colinérgicos por secretar acetilcolina): 
• Neurônio pré-ganglionar: corpo celular localiza-se no SNC e fibra pré-ganglionar é longa. 
• Neurônio pós-ganglionar: corpo celular localiza-se próximo ou dentro da víscera e a fibra pós-
ganglionar é curta. 
 
A localização dos gânglios pertencentes ao sistema parassimpático, porém, é geralmente perto dos órgãos-
alvo, podendo chegar até a estarem dentro destes órgãos. O neurotransmissor tanto da fibra pré-ganglionar 
como da pós-ganglionar é a acetilcolina, e os receptores podem ser nicotínicos ou muscarínicos. 
 
DIFERENÇAS ANATÔMICAS 
Do ponto de vista anatômico, as duas divisões do sistema nervoso autônomo podem ser diferenciadas 
observando-se a localização dos seus neurônios pré-ganglionares, o tamanho de cada uma de suas fibras e a 
localização dos neurônios pós-ganglionares. 
• Posição dos neurônios pré-ganglionares: no sistema nervoso simpático, os neurônios pré-
ganglionares localizam-se no corno lateral da medula torácica e lombar alta (entre T1 e L2). Diz-se, 
pois, que o sistema nervoso simpático é tóraco-lombar. No sistema nervoso parassimpático, eles se 
localizam no tronco encefálico (dentro do crânio, em núcleos eferentes viscerais gerais dos nervos 
cranianos) e na medula sacral (S2, S3 e S4). Diz-se, pois, que o sistema nervoso parassimpático é 
crânio-sacral. 
• Posição dos neurônios pós-ganglionares: no sistema nervoso simpático, os neurônios pós-
ganglionares, ou seja, os gânglios, localizam-se longe das vísceras-alvo e próximo da coluna vertebral, 
formando os gânglios paravertebrais e pré-vertebrais. No sistema nervoso parassimpático, os neurônios 
pós-ganglionares localizam- se próximo ou dentro das vísceras (como ocorre com o plexo de Meissner 
e o de Auerbach, situados na própria parede do tubo digestivo). 
• Tamanho das fibras pré e pós-ganglionares: em consequência da posição dos gânglios, o tamanho 
das fibras pré e pós-ganglionares dos dois sistemas são diferentes: a pré-ganglionar do SN simpático é 
curta e a pós é longa; a pré-ganglionar do SN parassimpático é longa e a pós é curta. 
 
ANOMALIAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO 
 Enquanto a alça do intestino médio está no cordão umbilical, ela gira 90° no sentido anti-horário ao redor do 
eixo da artéria mesentérica superior, essa rotação traz porção cranial da alça para a direita, e a porção caudal 
para a esquerda. Durante a rotação a porção cranial se alonga e forma as alças intestinais. 
Herniação da alça do intestino médio: ocorre porque não há espaço suficiente na cavidade abdominal para 
intestino médio. A escassez de espaço é causada principalmente pelo fígado e pelos rins. 
 
Onfalocele: consiste na persistência da herniação do conteúdo abdominal na parte proximal do cordão 
umbilical. A cavidade abdominal não teve estímulo suficiente para o seu crescimento. 
Hérnia umbilical: Quando os intestinos retornam à cavidade abdominal durante a 10ª semana e 
posteriormente se herniam novamente através de um umbigo fechado de maneira imperfeita, forma-se uma 
hérnia umbilical. 
Estenose esofágica: estreitamento da luz esôfago. 
Estenose duodenal: oclusão parcial da luz do duodeno. Geralmente resulta da recanalização incompleta do 
duodeno 
Atresia (duodenal): é uma malformação em que o duodeno (a primeira parte do intestino delgado) não se 
desenvolveu adequadamente, não estando aberto e não permitindo a passagem do conteúdo abdominal. acaba 
a luz do tubo 
Gastrosquise: é um defeito congênito da parede abdominal do bebê, em sua porção próxima ao umbigo, que 
cursa geralmente com a saída de conteúdo intestinal pelo orifício, que fica exposto ao líquido amniótico durante 
a gravidez. Parte do intestino médio está exposta, sem bolsa. A anomalia resulta do fechamento incompleto das 
pregas laterais durante a 4ª semana do desenvolvimento. 
 
O desenvolvimento da alça intestinal primaria é caracterizado pelo alongamento rápido, particularmente do 
ramo cefálico. Como resultado do crescimento rápido e da expansão do fígado, temporariamente, a cavidade 
abdominal fica muito pequena para conter todas as alças intestinais, e elas entram na cavidade 
extraembrionária 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
• O sistema respiratório é derivado do intestino anterior (parte dorsal) começa no início da quarta 
semana com a formação do intestino primitivo, a partir da incorporação do endoderma e de parte da 
vesícula umbilical (saco vitelino) pelas pregas cefálica, laterais e caudal durante o dobramento do 
embrião. 
• O sistema respiratório começa a ser formado na quarta semana do desenvolvimento, no assoalho da 
extremidade caudal da faringe primitiva (originada do intestino anterior) a partir do sulco 
laringotraqueal. 
• O endoderma deste sulco laringotraqueal dá origem ao epitélio pulmonar e às glândulas da laringe, da 
traqueia e dos brônquios. O mesoderma esplâncnico, que envolve o intestino anterior, e, portanto, 
participa da formação do sulco laringotraqueal, dará origem ao tecido conjuntivo, cartilagem e músculo 
liso dessas estruturas. 
• Até o final da quarta semana, o sulco laringotraqueal sofre uma evaginação para formar o divertículo 
laringotraqueal (ou divertículo respiratório ou broto pulmonar)localizado na região ventral à parte 
caudal do intestino anterior. 
• À medida que esse divertículo laringotraqueal se alonga, ele vai sendo envolvido pelo mesoderma 
esplâncnico e sua extremidade distal sofre uma dilatação formando o broto respiratório, a partir do 
qual se originará a árvore respiratória. 
 
No início de sua formação, o divertículo laringotraqueal possui uma comunicação aberta com o intestino anterior 
através do canal laríngeo primitivo. Entretanto, quando o divertículo se alonga caudalmente, duas pregas 
longitudinais, as pregas traqueoesofágicas são formadas na sua parede. Essas pregas aumentam de tamanho, 
se aproximam uma da outra e se fundem formando o septo traqueoesofágico, que dividirá o intestino anterior 
em uma parte ventral – o tubo laringotraqueal, e uma parte dorsal – esôfago 
• Durante a separação do divertículo laringotraqueal do intestino anterior, forma-se a traqueia e duas 
evaginações laterais, os brotos brônquicos primários. O epitélio e as glândulas da traqueia são 
derivados do endoderma do tubo laringotraqueal, e as cartilagens, o tecido conjuntivo e os músculos 
derivam do mesênquima esplâncnico que envolve o tubo laringotraqueal. 
• O desenvolvimento se dá a partir da incorporação do endoderma e de parte da vesícula umbilical (saco 
vitelino) pelas pregas cefálica, laterais e caudal. Este processo ocorre durante o dobramento do 
embrião. 
• O celoma fornece espaço para o desenvolvimento e movimentação dos órgãos abdominais. 
• No início da quarta semana, o intestino primitivo está fechado em sua extremidade cranial pela 
membrana orofaríngea e em sua extremidade caudal pela membrana cloacal. 
• Com o dobramento cefálico ventral, parte da camada endodérmica é incorporada pela região cefálica do 
embrião, formando o intestino anterior. 
• Com o dobramento ventral da eminência caudal, parte da camada germinativa endodérmica é 
incorporada pela extremidade caudal do embrião, constituindo o intestino posterior. A parte terminal do 
intestino posterior se expande, formando a cloaca. 
• O dobramento do embrião no plano horizontal leva à incorporação de parte do endoderma ao embrião, 
constituindo o intestino médio. O saco vitelino permanece unido ao intestino médio através de um 
estreito pedículo vitelino. 
• O mesoderma esplâncnico e o endoderma subjacente do embrião formam o intestino do embrião ou 
esplancnopleura. 
• O intestino médio tem origem endodérmica 
• Os tecidos muscular e conjuntivo e outras camadas da parede do trato digestório são derivados do 
mesênquima esplâncnico que circunda o intestino primitivo. 
• Anatomicamente, o intestino é dividido em três partes: intestino anterior, intestino médio e intestino 
posterior. 
• A diferenciação regional do intestino primitivo é estabelecida pelos genes Sonic e Indian hedgehog 
(SHH e IHH) que são expressos no endoderma e no mesoderma circundante. A sinalização 
endodérmica fornece informações temporais e posicionais para o desenvolvimento do intestino. 
 
 
SEPARAÇÃO REGIÃO INTESTINAL E RESPIRATÓRIA 
Traqueia: 
• Forma-se o divertículo laringotraqueal . 
• Esse divertículo possui uma comunicação aberta com o intestino anterior através do canal laríngeo 
primitivo. Entretanto, quando o divertículo se alonga caudalmente, duas pregas longitudinais, as pregas 
traqueoesofágicas são formadas na sua parede. 
• Essas pregas aumentam de tamanho, se aproximam uma da outra e se fundem formando o septo 
traqueoesofágico, que dividirá o intestino anterior em uma parte ventral – o tubo laringotraqueal, e uma 
parte dorsal – esôfago 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRONQUIOS E BRONQUIOLOS 
• O broto respiratório (broto pulmonar) se desenvolve na extremidade caudal do divertículo 
laringotraqueal durante a quarta semana. 
• O broto logo se divide em duas evaginações – brotos brônquicos primários. Posteriormente, os 
brotos brônquicos secundários e terciários se formam e crescem lateralmente nos canais 
pericardioperitoneais. 
• No início da quinta semana, cada broto brônquico se alarga para formar os brônquios principais direito e 
esquerdo. 
• O brônquio principal direito constitui três brônquios secundários, e o brônquio principal esquerdo forma 
dois, prenunciando assim, os três lobos pulmonares do lado direito e dois lobos pulmonares do lado 
esquerdo. 
• Com o crescimento subsequente nos sentidos caudal e lateral, os brotos pulmonares se expandem para 
a cavidade corporal, os canais pericardioperitoneais – primórdios das cavidades pleurais. O mesoderma 
esplâncnico que cobre o exterior dos pulmões, torna-se a pleura visceral, e a camada de mesoderma 
somático, que cobre a superfície interna da parede corporal, torna-se a pleura parietal. 
• O espaço entre as pleuras é a cavidade pleural. 
 
• O brônquio principal direito embrionário é ligeiramente maior que o esquerdo, e é orientado mais 
verticalmente. Essa relação embrionária persiste em adultos; consequentemente, um corpo estranho é 
mais suscetível de entrar no brônquio principal direito, e não no esquerdo. 
• O brônquio principal é subdividido em brônquios secundários, que formam os ramos lobar, segmentar 
e intrassegmentar. 
• À direita, o brônquio secundário superior supre o lobo superior do pulmão, enquanto o brônquio 
secundário inferior subdivide‑se em dois brônquios – um se conecta ao lobo médio do pulmão direito e o 
outro, ao lobo inferior. Do lado esquerdo, os dois brônquios secundários suprem os lobos superior e 
inferior do pulmão. Cada brônquio secundário se ramifica progressivamente. 
• Os brônquios segmentares, 10 no pulmão direito e 8 ou 9 no pulmão esquerdo, começam a se formar 
pela sétima semana. Enquanto isso ocorre, o mesênquima circundante também se divide. Cada 
brônquio segmentar, com sua massa de mesênquima circundante, é o primórdio de um segmento 
broncopulmonar. 
• Durante 24 semanas, aproximadamente 17 gerações de ramos se formam e ocorre a formação dos 
brônquios respiratórios. Além disso, sete gerações das vias aéreas também se desenvolvem após o 
nascimento. 
 
MATURAÇÃO DOS PULMÕES 
A maturação dos pulmões é dividida em quatro estágios: pseudoglandular, canalicular, saco terminal e alveolar. 
Estágio Pseudoglandular (6ª a 16ª semana) – 
Recebe este nome, pois durante este estágio, os pulmões em desenvolvimento assemelham-se 
histologicamente às glândulas exócrinas. Por volta da 16ª semana, todos os principais elementos da porção 
condutora dos pulmões já estão formados. Portanto, fetos nascidos durante este período são incapazes de 
sobreviver. 
 
Estágio Canalicular (16ª a 26ª semana) – 
Durante este estágio, a luz dos brônquios e dos bronquíolos terminais torna-se maior e o tecido pulmonar torna-
se altamente vascularizado. Os bronquíolos terminais darão origem a dois ou mais bronquíolos respiratórios, e 
cada um destes, se dividirá em três a seis passagens, os ductos alveolares primitivos. 
No final deste estágio, alguns sacos terminais já se desenvolveram nas extremidades dos bronquíolos 
respiratórios, e o tecido pulmonar é bem vascularizado, tornando a respiração possível. No entanto, fetos 
nascidos durante este período podem sobreviver sob cuidados intensivos. 
 
Estágio de Saco terminal (26ª semana ao nascimento) – 
No início deste período, os sacos terminais são revestidos principalmente por células epiteliais pavimentosas de 
origem endodérmica – pneumócitos do tipo I – responsáveis pelas trocas gasosas. Entre essas células, de 
forma dispersa, estão células epiteliais arredondadas secretoras – pneumócitos do tipo II (células septais) que 
secretam o surfactante pulmonar, uma mistura complexa de fosfolipídios e proteínas, formando uma película 
sobre as paredes internas dos sacos alveolares, neutralizando as forças de tensão superficial na interface ar-
alvéolo. A rede de capilares sanguíneos e linfáticos prolifera rapidamente no mesênquima ao redor dos alvéolos 
em desenvolvimento. O íntimocontato entre as células epiteliais e endoteliais estabelece a barreira 
hematoaérea, que possibilita as trocas gasosas adequadas para a sobrevivência do feto no caso de ele nascer 
prematuramente. Deve-se salientar que a produção de surfactante começa entre a 20ª e a 22ª semana, mas ele 
está presente somente em níveis adequados nas duas últimas semanas de gestação. BARREIRA 
HEMATOARÉREA 
 
Estágio Alveolar (32ª semana aos 8 anos de idade) – 
Este estágio se sobrepõe ao estágio de saco terminal, e continua no período pós natal até os 8 anos de idade. 
Cerca de 95% dos alvéolos maduros se desenvolvem no período pós natal. Antes do nascimento, os alvéolos 
primitivos aparecem como pequenas protuberâncias nas paredes dos bronquíolos respiratórios e dos sacos 
alveolares. Após o nascimento, o aumento no tamanho dos pulmões se dá pelo crescimento exponencial no 
número de bronquíolos respiratórios e alvéolos primitivos. O principal mecanismo para aumentar o número de 
alvéolos é a formação de septos secundários de tecido conjuntivo que subdividem os alvéolos primitivos 
existentes. O desenvolvimento alveolar está bem avançado até os 3 anos de idade, mas novos alvéolos são 
adicionados até aproximadamente 8 anos. Começa circação pulmonar e sistêmica. Há inversão dos vasos 
 
O revestimento endodérmico do sulco laringotraqueal dá origem ao epitélio e às glândulas da laringe, traqueia, 
brônquios e epitélio pulmonar. O tecido conjuntivo, a cartilagem e o músculo liso nessas estruturas se 
desenvolvem a partir do mesoderma esplâncnico que rodeia o intestino anterior. 
 
 
 
 
 
Histologia 
• Faringe: epitélio pseudoestratificado colunar ciliado 
• Laringe: epitélio pseudoestratificado colunar ciliado 
• Traqueia: epitélio pseudoestratificado colunar ciliado 
• Brônquios: epitélio pseudoestratificado colunar ciliado 
• Bronquíolos: simples colunar ou cúbico ciliado e com células caliciformes ocasionais. 
o Bronquíolos terminais: epitélio simples cúbico ciliado, com células de Clara 
o Bronquíolos respiratórios: epitélio simples cúbico ciliado, com células de Clara, interrompido 
por células pavimentosas. 
ALVÉOLOS PULMONARES 
• Sua parede é revestida por um epitélio simples pavimentoso cujas células são denominadas 
pneumócitos I e II. Abaixo do epitélio de revestimento observa-se uma lâmina própria constituída de 
tecido conjuntivo frouxo, ricas em fibras elásticas e reticulares, que serve de sustentação à rede de 
capilares alveolares que ocupam a maior parte da parede alveolar. 
• Cada parede alveolar é comum a dois alvéolos vizinhos, por isso denomina-se parede ou septo 
interalveolar. São a última estrutura da árvore brônquica, ou seja, se localizam no final dos bronquíolos, 
onde ocorrem as trocas gasosas. 
 
MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS 
• Os movimentos respiratórios fetais começam antes do nascimento e causam a aspiração de líquido 
amniótico. 
• Esses movimentos são importantes para a estimulação do desenvolvimento pulmonar e para o 
condicionamento dos músculos respiratórios. 
• Quando a respiração começa no nascimento, a maior parte do liquido nos pulmões é absorvida 
rapidamente pelo sangue e pelos capilares linfáticos e um pequeno volume provavelmente é expelido 
pela traqueia e pelos brônquios durante o parto. 
• Com a entrada de ar nos alvéolos durante a primeira respiração, o revestimento surfactante evita o 
desenvolvimento de uma interface ar-água (sangue) com altas tensões superficiais. 
• Sem a camada de surfactante, os alvéolos colapsariam durante a respiração (atelectasia). 
 
MOVIMENTO RESPIRATÓRIO ADULTO 
• Ventilação pulmonar 
o A inspiração, que promove a entrada de ar nos pulmões, dá-se pela contração da musculatura 
do diafragma e dos músculos intercostais. O diafragma abaixa e as costelas elevam-se, 
promovendo o aumento da caixa torácica, com consequente redução da pressão interna (em 
relação à externa), forçando o ar a entrar nos pulmões. 
o A expiração, que promove a saída de ar dos pulmões, dá-se pelo relaxamento da musculatura 
do diafragma e dos músculos intercostais. O diafragma eleva-se e as costelas abaixam, o que 
diminui o volume da caixa torácica, com consequente aumento da pressão interna, forçando o ar 
a sair dos pulmões. 
• Controle da respiração 
o A respiração é controlada automaticamente por um centro nervoso localizado no bulbo. Desse 
centro partem os nervos responsáveis pela contração dos músculos respiratórios (diafragma e 
músculos intercostais). 
o Os sinais nervosos são transmitidos desse centro através da coluna espinhal para os músculos 
da respiração. 
o O mais importante músculo da respiração, o diafragma, recebe os sinais respiratórios através de 
um nervo especial, o nervo frénico. 
o Os sinais para os músculos expiratórios, especialmente os músculos abdominais, são 
transmitidos para a porção baixa da medula espinhal, para os nervos espinhais que enervam os 
músculos. Impulsos iniciados pela estimulação psíquica ou sensorial do córtex cerebral podem 
afetar a respiração. 
EPITÉLIO RESPIRATÓRIO 
O epitélio respiratório é do tipo pseudoestratificado cilíndrico ciliado e contém muitas células caliciformes 
(produtoras de muco). Está presente nas fossas nasais, nasofaringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos 
(passando a cúbico simples (ciliado ou não)), e alvéolos. Nos ductos alveolares epitélio pavimentoso simples é 
encontrado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 
 
O sistema cardiovascular é o primeiro a funcionar no embrião, principalmente devido à necessidade de um 
método eficiente de captação de oxigênio e nutrientes. 
• É originado do mesoderma esplâncnico, para-axial e lateral bem como das células da crista neural da 
região entre as vesículas óticas. 
• A primeira indicação morfológica da futura região cardíaca é a cavidade pericárdica, em forma de 
ferradura (também chamada de meia-lua cardíaca), que se desenvolve ventralmente ao intestino 
anterior e à placa precordal. 
 
• Os cordões angioblásticos, localizados no mesoderma cardiogênico, na 3ª semana de 
desenvolvimento se canalizam para formar os tubos cardíacos, os quais se fundem no final da 3ª 
semana para formar o coração tubular primitivo. 
• Se a fusão das duas estruturas falhar, duas estruturas semelhantes a um tubo se formam ao invés de 
uma, levando ao coração bífido. O coração começa a bater entre o 22º e 23º dia e o fluxo de sangue 
começa na 4ª semana do desenvolvimento sendo visto através da ultrassonografia Doppler. 
• O primórdio do coração é observado no 18º dia de desenvolvimento na área cardiogênica. 
• O acúmulo de células mesenquimais esplâncnicas ventrais ao celoma pericárdico leva à formação dos 
cordões angioblásticos, que se canalizam e formam os dois tubos endocárdicos. 
• Com o dobramento lateral do embrião, esses tubos se fundem para formar um único tubo cardíaco. 
Essa fusão começa na extremidade cranial e se estender caudalmente, entre o 22º e 28º dia de 
desenvolvimento. 
O coração em desenvolvimento é composto de um tubo endotelial separado de um tubo muscular 
(miocárdio primitivo) por tecido conjuntivo gelatinoso (geleia cardíaca). O tubo endotelial torna-se o 
endocárdio, o miocárdio primitivo torna-se a parede muscular do coração e o epicárdio é derivado de células 
mesoteliais que se originam da superfície externa do seio venoso. 
 
• Com o dobramento cefálico o coração e a cavidade pericárdica passam a ficar ventralmente ao intestino 
anterior e caudalmente a membrana bucofaríngea. 
• Em consequência desse dobramento o coração tubular se alonga e desenvolve dilatações e constrições 
alternadas: tronco arterial, bulbo cardíaco, ventrículo primitivo, átrio primitivo e seio venoso. 
• Dessa maneira, podemos considerar que o desenvolvimento inicial do coração pode ser dividido em três 
fases: plexiforme, tubular reta e em alça.• A fase plexiforme caracteriza-se por um plexo endotelial (que forma o endocárdio) envolvido pelo 
miocárdio. 
• A outra etapa, tubular reta, consiste em dois tubos endocárdicos dando origem a um ventrículo único e 
na última fase ocorre a formação da alça cardíaca, em que o coração assume uma morfologia 
semelhante a um S. 
• As extremidades arterial e venosa do coração são fixadas, respectivamente, pelos arcos faríngeos e 
pelo septo transverso e está suspenso na parede dorsal pelo mesocárdio dorsal. 
• Durante o desenvolvimento, o coração se invagina para a cavidade pericárdica e a parte central do 
mesocárdio se degenera formando o seio pericárdico transverso, entre os lados direito e esquerdo da 
cavidade pericárdica, separando os vasos de entrada e saída em adultos. 
 
• O crescimento mais rápido do bulbo cardíaco e do ventrículo primitivo leva a formação da alça 
bulboventricular em forma de U. 
• O seio venoso recebe as veias vitelínicas, umbilicais e cardinais. 
• É importante notar que antes do dobramento cardíaco as estruturas do coração encontravam-se em 
série, ou seja, conectadas desde a extremidade venosa até a extremidade arterial por um tubo reto. 
• O estabelecimento da alça ventricular é importante para a transformação da disposição em série para a 
em paralelo. 
• Dessa forma, o resultado final do dobramento cardíaco é colocar as quatro futuras câmaras do coração 
nas suas relações espaciais exatas uma com a outra. Assim, quando o tubo cardíaco se alonga em 
ambos os polos arterial e venoso, ele toma uma configuração em forma de S: 
o bulbo cardíaco é deslocado caudalmente, ventralmente e para a direita; 
o ventrículo primitivo é deslocado para a esquerda 
o átrio primitivo é deslocado dorsalmente e cranialmente. 
 
O dobramento cardíaco envolve dois processos principais: estabelecer a direção do dobramento e realizar 
as etapas biomecânicas que dirigem o dobramento. A curvatura inicial do tubo cardíaco em forma de C é a 
primeira evidência morfológica de assimetria embriológica. Vários estudos tentaram explicar os mecanismos que 
dirigem a curvatura inicial e o dobramento contínuo do coração em um tubo em forma de S. Nos estudos mais 
recentes, foi proposta a existência de assimetria na composição da matriz extracelular com relação à presença 
da molécula Flectin. Acredita-se que a Flectin tenha um padrão assimétrico de distribuição da esquerda para a 
direita dentro da geleia cardíaca, tendo uma correlação positiva entre os níveis de Flectin e maiores taxas de 
proliferação celular. Dessa forma, sugere que a proliferação celular e o crescimento miocárdico assimétrico 
poderiam ajudar a dirigir a curvatura e o dobramento. 
 
Septação das cavidades cardíacas: 
• A septação do canal AV, do átrio primitivo, do ventrículo e do trato de saída se inicia na metade da quarta 
semana e está completamente concluída até o final da oitava semana. 
• Próximo ao final da quarta semana, formam‑se os coxins endocárdicos atrioventriculares nas paredes 
dorsal e ventral do canal AV. Esses coxins se aproximam e se fusionam, dividindo o canal AV em canal 
AV direito e esquerdo. 
• Esses canais separam parcialmente o átrio primitivo do ventrículo e os coxins funcionam como válvulas 
AV. Os coxins endocárdicos se desenvolvem a partir de uma matriz extracelular especializada (substância 
intercelular), relacionada com o miocárdio e com as células da crista neural. Sua formação está associada 
à expressão do fator de crescimento transformante β2 e de proteínas morfogenéticas ósseas 2A e 4. 
 
 
A formação do sistema vascular do embrião envolve dois processos: a vasculogênese e a angiogênese. 
• Vasculogênese: é a formação de novos canais vasculares pela reunião de precursores celulares 
individuais chamados angioblastos. 
• Angiogênese: é a formação de novos vasos pela ramificação de vasos preexistentes. 
• A formação dos vasos sanguíneos (vasculogênese) no embrião e nas membranas extra-embrionárias 
durante a terceira semana pode ser resumida da seguinte maneira: 
o Células mesenquimais (derivadas do mesoderma) se diferenciam em precursoras de células 
endoteliais — os angioblastos (células formadoras de vasos), que se agregam e formam grupos 
de células angiogênicas — as ilhotas sanguíneas, que são associadas ao saco vitelino ou cordões 
endoteliais do embrião. 
o Dentro das ilhotas, fendas intercelulares confluem, formando pequenas cavidades. 
o Os angioblastos se achatam, tornando-se células endoteliais, que se dispõem em torno das 
cavidades e formam o endotélio. 
o Essas cavidades revestidas por endotélio logo se fundem para formar redes de canais endoteliais 
(vasculogênese). 
o Vasos avançam para áreas adjacentes por brotamento endotelial e se fundem com outros vasos. 
 
• O sangue altamente oxigenado e rico em nutrientes parte da placenta e chega ao feto através da veia 
umbilical. 
• A veia umbilical leva esse sangue diretamente ao fígado, onde parte dele seguirá para o ducto venoso – 
um desvio dentro do fígado que conduz esse sangue diretamente para a veia cava inferior, e a outra parte 
desse sangue entra nos sinusóides hepáticos, nutrindo o parênquima do fígado, retornando pelas veias 
hepáticas e levado à veia cava inferior. 
• A veia cava inferior desagua no átrio direito do coração, e como ela também recebe sangue pouco 
oxigenado vindo dos membros inferiores, abdômen e pelve, o sangue que chega ao átrio direito não é tão 
oxigenado quanto aquele que está na veia umbilical. 
• A maior parte deste sangue é direcionado para o átrio esquerdo via forame oval. 
• O átrio esquerdo também recebe sangue das veias pulmonares que retornam o sangue pouco oxigenado 
do pulmão, que se irá se misturar àquele sangue vindo do átrio direito. 
• Na circulação fetal, as veias pulmonares transportam sangue pouco oxigenado devido aos pulmões 
fetais utilizarem o sangue apenas para a sua nutrição, não realizando trocas gasosas, sendo estas 
realizadas pela placenta. Do átrio esquerdo o sangue passa para o ventrículo esquerdo e segue para o 
arco da aorta, sendo distribuído pelas artérias do coração, pescoço, cabeça e membros superiores, 
nutrindo essas regiões do corpo do feto. 
• O átrio direito também recebe sangue pobremente oxigenado que retorna da cabeça e membros 
superiores através da veia cava superior e também do seio coronário. Este sangue irá se misturar com 
uma pequena quantidade de sangue bem oxigenado oriundo da veia cava inferior que permaneceu no 
átrio direito devido a extremidade inferior do septo secundário. Do átrio direito então, este sangue 
“misturado” irá para o ventrículo direito, saindo pelo tronco pulmonar, onde a maior parte deste sangue 
passará pelo ducto arterioso, desaguando na parte descendente da aorta em direção ao corpo do feto 
para nutrir as vísceras e a parte inferior do corpo, retornando à placenta pelas artérias umbilicais. Uma 
pequena parte deste sangue sai do tronco pulmonar e vai para os pulmões fetais, que devido a sua alta 
resistência vascular, possui um baixo fluxo sanguíneo. 
 
• FIGADO: pela mistura com um pequeno volume de sangue que retorna do sistema porta; 
• VEIA CAVA INFERIOR: que carrega sangue pouco oxigenado oriundo dos membros inferiores, da pelve 
e dos rins; 
• ÁTRIO DIREITO: pela mistura com o sangue da cabeça e membros superiores; 
• ÁTRIO ESQUERDO: pela mistura com o sangue que retorna dos pulmões; e na entrada do ducto arterioso 
na aorta descente 
Três principais pares de veias drenam para o coração tubular: vitelínicas, umbilicais e cardinais comuns e as 
artérias são as umbilicais. 
 
MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO 
• As células deste músculo são originadas da fusão de centenas de células precursoras, os mioblastos 
 
• As células do músculo estriado esquelético possuem filamentos de actina e de miosina em abundância, 
e a sua organização faz com que se observem estriações transversais ao microscópiode luz 
• Esse músculo está sob controle voluntário. 
• Os núcleos ficam na região pariférica 
 
• A contração das fibras musculares esqueléticas é estimulada por terminações das fibras nervosas 
motoras. 
 
MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO 
• Este tecido também apresenta estriações devido ao arranjo dos filamentos contráteis, mas localiza-se no 
coração 
• Os filamentos contráteis de actina e miosina são arranjados nas miofibrilas pelas invaginações da 
membrana plasmática, pelas cisternas do retículo sarcoplasmático e pelas numerosas mitocôndrias 
dispostas longitudinalmente. 
• O músculo estriado cardíaco apresenta contração involuntária

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