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Cursos Livres - Economia etapa 5 - Politica economica

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ECONOMIA 5 
POLÍTICA ECONÔMICA 
E DESENVOLVIMENTO 
ECONÔMICO
Estamos iniciando a última etapa de nosso estudo sobre economia. Aqui 
iremos abordar conceitos sobre política econômica, aspectos monetários, 
política externa e desenvolvimento econômico. Conhecimentos que irão 
lhe dar uma base conceitual e de raciocínio econômico para ter um melhor 
desempenho nos estudos de seu curso. Aqui você conseguirá desenvolver 
uma visão global do contexto econômico no qual o Estado brasileiro, as 
empresas e os consumidores devem interagir.
APRESENTAÇÃO
Organização
Daniele de Lourdes 
Curto da Costa Martins
Reitor da 
UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Pró-Reitora do EAD
Prof.ª Francieli Stano 
Torres
Edição Gráfica 
e Revisão
UNIASSELVI
Autor
José Alfredo Pareja 
Gómez de la Torre
 CURSO LIVRE - ECONOMIA 5: POLÍTICA ECON. E DESENVOLVIMENTO ECON.
.01
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico vamos estudar como a macroeconomia é uma ferramenta 
úti l efetiva para definir polít icas econômicas de interesse nacional. A 
política econômica utiliza as informações vindas dos grandes agregados 
macroeconômicos para poder dinamizar a atividade microeconômica, ou seja, 
para poder dinamizar as atividades econômicas dos agentes econômicos no 
mercado, isto é, entre os consumidores, produtores e o Estado.
Isto podemos visualizar e comparar com o seguinte exemplo:
Analogicamente podemos comparar a macroeconomia como a análise 
de um ecossistema – observando os agregados da flora e fauna que fazem 
parte de uma floresta –; entretanto, a análise da flora e fauna específica, que 
faz parte dessa grande floresta, com suas particularidades, pode ser comparada 
com a análise microeconômica dos consumidores (famílias) e produtores 
(empresas). Imagine o que aconteceria com o ecossistema da floresta sem a 
interligação entre a flora e a fauna de cada m² que faz parte dela? Aos poucos 
a dinâmica dessa floresta perderia força, até poderia parar de existir, como 
acontece hoje com o desflorestamento.
Exatamente isso acontece na economia. Sem a inter-relação entre a 
dinâmica microeconomia e do “grande ecossistema” macroeconômico, a 
economia como um todo perde força e fica sem instrumentos para combater 
as ameaças do ambiente econômico tanto nacional como internacional. E para 
manter firme e forte essa inter-relação, o Estado possui as políticas econômicas, 
visando manter a dinâmica desse grande “ecossistema” econômico, dando 
assim apoio às atividades comerciais e produtivas do dia a dia da economia.
POLÍTICA 
ECONÔMICA
 CURSO LIVRE - ECONOMIA 5: POLÍTICA ECON. E DESENVOLVIMENTO ECON.
2 POLÍTICA ECONÔMICA
É por meio das políticas econômicas que um país possui as ferramentas 
para manter sob controle a inflação, a taxa de juros, o desemprego, o 
crescimento econômico, as perspectivas de desvalorização ou valorização da 
moeda etc. Em termos econômicos, podemos definir a política econômica 
como:
• Um conjunto de ações utilizadas pelo governo com vistas a atingir objetivos 
que possam ter um impacto nas atividades econômicas, tanto de curto 
prazo como de longo prazo.
Mas para manter um horizonte de ação das políticas econômicas, há uma 
separação entre políticas a serem atingidas em um prazo de tempo curto e 
as de prazo maior. Isto é, as políticas econômicas de curto prazo (também 
chamadas de políticas de conjuntura econômica); e aquelas a serem atingidas 
em um prazo de tempo longo, as políticas econômicas de longo prazo. Isso 
podemos interpretar por meio de um exemplo bem simples:
• Pode ser que uma família esteja planejando realizar uma viagem de férias ao 
final do ano, e para isso faz uma série de ações para atingir esse objetivo: 
política familiar de curto prazo.
• Pode ser que os pais dessa família estejam planejando a educação de ensino 
médio e superior de seus filhos, e para isso fazem uma série de ações para 
atingir esse grande objetivo: política familiar de longo prazo.
Exatamente igual faz o governo, para atingir seus objetivos tanto de curto 
como de longo prazo, ele faz uma série de ações para atingir seus objetivos 
socioeconômicos, conforme veremos a seguir.
2.1 POLÍTICAS ECONÔMICAS DE CURTO PRAZO
Estas políticas possuem objetivos com um horizonte de ação de até um 
ano, ou seja, fazem parte das metas econômicas conjunturais. Para que uma 
meta seja considerada conjuntural, ela deve ser realizável no curto prazo, daí 
a expressão “conjuntura econômica”. Isto é, a situação econômica atual, e 
como a política econômica de curto prazo pode desenvolver planos de ação 
para melhorar essa conjuntura ou condição econômica.
Se observarmos bem, duas conjunturas econômicas que mais pesam 
na gestão econômica de qualquer governo são a geração de emprego e o 
controle da inflação. Assim, as políticas econômicas que possuem um maior 
peso são a geração de emprego e o controle da inflação. Vamos exemplificar 
o exposto por meio do seguinte exemplo.
 CURSO LIVRE - ECONOMIA 5: POLÍTICA ECON. E DESENVOLVIMENTO ECON.
Política de geração de emprego versus inflação. Se o governo observar 
que existe um aumento do emprego além da real capacidade produtiva 
nacional, logo, existe o grande risco de que a demanda agregada possa crescer 
mais rápido que a real capacidade produtiva do país. Ou seja, esse excesso 
de emprego poderia aquecer a economia “além” de seu potencial real.
Em termos econômicos, o aquecimento da economia além de sua 
capacidade real de oferta potencializa uma série de distorções. Resultado 
disso? Apresenta-se um cenário de alta pressão inflacionária; decorrente de um 
excesso de renda (vinda do excesso de emprego), mas sem uma capacidade 
produtiva real que possa dar conta disso. E para dar conta disso, o governo 
possui ferramentas da política econômica de curto prazo, tal como o aumento 
da taxa de juros básica, conforme estudaremos mais adiante. Estas políticas 
de curto prazo ajudam a estabilidade da inflação. Vale a pena observar que:
Embora preços de determinados bens e serviços possam flutuar, sofrendo, 
por exemplo, a influência de fatores sazonais, a média geral de todos os 
preços permanece estável ou registra variações pouco expressivas. Vale dizer: 
a redução da inflação para níveis não significativamente diferentes de zero 
(ROSSETI, 2003, p. 185).
Todo país deseja pleno emprego e inflação baixa. Infelizmente, o governo 
de um país deve ponderar e analisar entre a geração de pleno emprego e a 
inflação. Ou seja, o governo deve fazer uma escolha e uma análise do custo 
de oportunidade da gestão das políticas de curto prazo – no Brasil não é 
diferente! Isto podemos interpretar por meio da Curva de Phillips.
CURVA DE PHILLIPS: ESCOLHA ENTRE MAIOR GERAÇÃO DE EMPREGO E CONTROLE DA INFLAÇÃO
FONTE: Disponível em: <http://pt.slideshare.net/RoseliSilva2/economia-monetaria-1>. Acesso em: 10 jul. 2016. 
 CURSO LIVRE - ECONOMIA 5: POLÍTICA ECON. E DESENVOLVIMENTO ECON.
Neste gráfico podemos observar claramente o exposto anteriormente, 
isto é, a grande escolha da política econômica de curto prazo entre menor 
inflação e maior desemprego. No gráfico, o símbolo π representa a taxa de 
inflação e o símbolo µ representa a taxa natural de desemprego. Segundo a 
dinâmica deste gráfico, no curto prazo, enquanto maior seja a inflação, menor 
será a taxa de desemprego. E enquanto menor a inflação, maior a taxa de 
desemprego. Cabe destacar que a análise exposta fica em função da posição 
relativa da economia no curto prazo, já no longo prazo (prazos maiores de 
um ano) existem outros elementos de análise que, com certeza, irão pesar 
na análise econômica.
Como um todo, as políticas de curto prazo podem ser aplicadas através 
de diversas ferramentas, como: a Política Fiscal, a Política Monetária, a 
Política Cambial e a Política de Rendas, conforme abordaremos mais adiante. 
Devemos observar e semprelembrar que essas políticas mexem com as metas 
conjunturais da economia. E as de longo prazo? A seguir vamos aprender 
para que servem.
2.2 POLÍTICAS ECONÔMICAS DE LONGO PRAZO
Como o próprio nome revela, estas políticas possuem objetivos com um 
prazo de ação maior de um ano, e visam mudar a estrutura econômica de 
um país, ou seja, possuem um cunho estratégico para o futuro de um país. 
Por meio destas políticas o país procura mudar algumas das bases estruturais 
da economia, visando, entre outras coisas:
• Melhorar a capacidade produtiva. Tal como a produção agrícola do país, 
por exemplo, como fez a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária 
(Embrapa) com a soja. A Embrapa, depois de uma longa pesquisa, conseguiu 
modificar a soja para que esta possa ser produzida em solos mais quentes, 
como no Estado de Goiás, pois a soja era considerada uma lavoura de clima 
temperado. Agora, o Brasil é um dos grandes produtores deste grão, junto 
com a Argentina e os Estados Unidos. A Embrapa desenvolveu o potencial 
agrícola do país, e por meio disto mudou algumas bases da economia e da 
geração de riqueza do Brasil.
• Aprimorar a malha logística do país. Alguns economistas e políticos estão 
analisando alguns programas para conseguir atingir uma melhor logística. 
Isto, com certeza, irá melhorar, e bastante, o potencial produtivo do país, 
logo, ajudará o crescimento econômico e a geração de riqueza.
• Aprimorar a estrutura educacional. É fato que, melhorando a educação, 
o trabalhador brasileiro poderá ser mais competente, e assim o potencial 
econômico do Brasil será imenso. Mas são políticas de Estado que levam 
pelo menos 12 anos para serem executadas.
 CURSO LIVRE - ECONOMIA 5: POLÍTICA ECON. E DESENVOLVIMENTO ECON.
• Aprimorar uma série de programas governamentais em vários campos 
de ação . Tal como o energético, o ambiental, de desflorestamento da 
Amazônia etc.
Acabamos de ver alguns exemplos de políticas de longo prazo que 
mexem com a base da estrutura socioeconômica, visando desenvolver um 
melhor cenário às atividades econômicas que estejam de acordo com as 
necessidades de um país. Levando em consideração que as políticas de longo 
prazo mexem com a estrutura econômica, estas também são conhecidas 
como metas estruturais.
2.2.1 Setores econômicos e metas estruturais 
Por meio dos exemplos expostos acima podemos observar que as metas 
estruturais mudam as bases econômicas dos diversos setores da atividade 
econômica. Estes setores, no contexto econômico, são divididos em três 
grandes grupos: setor primário, setor secundário e setor terciário.
• Setor primário . É o setor cuja atividade está focada na agricultura e 
na extração de recursos naturais. Em geral, os países que se sustentam 
maioritariamente do setor primário são considerados de menor grau de 
desenvolvimento.
• Setor secundário. É o setor cuja atividade tem como foco o processamento 
industrial dos recursos produtivos. Na economia moderna, em geral, os países 
que se sustentam maioritariamente do setor secundário são considerados 
de grau de desenvolvimento médio.
• Setor terciário. É o setor cuja atividade está focada na oferta de serviços 
em geral, tais como: transporte, serviços logísticos, comércio, educação, 
serviços bancários etc. Estas atividades, de fato, dinamizam e potencializam 
a atividade econômica. Na economia moderna, os países que possuem 
um setor terciário de grande peso são considerados de maior grau de 
desenvolvimento. Este setor dinamiza a geração de emprego, a geração de 
renda, e aprimora processos da atividade econômica como um todo.
Embora todo país possua os três setores - primário, secundário e 
terciário -, é o peso destes na economia que pode determinar qual é o nível 
do potencial econômico de um país. É por isso que, quando as políticas de 
longo prazo conseguem mexer na estrutura destes setores, a economia como 
um todo melhora seu potencial. Agora, vamos voltar às políticas econômicas 
de curto prazo que visam melhorar a conjuntura econômica de um país. 
 CURSO LIVRE - ECONOMIA 5: POLÍTICA ECON. E DESENVOLVIMENTO ECON.
3 POLÍTICA FISCAL
Dentro das polít icas de curto prazo temos a política fiscal , que 
basicamente procura fazer gestão das receitas e gastos do governo, eis a sua 
importância. A política fiscal possui duas grandes áreas de atuação, a Política 
de Gastos Públicos, ou seja, o controle dos gastos do governo; e a Política 
Tributária, a capacidade de arrecadação de impostos.
Essas duas ferramentas, o controle de gastos públicos e a cobrança 
efetiva dos tributos, são utilizadas, entre outras coisas, para cumprir as políticas 
econômicas de curto prazo de controle do emprego e da inflação. Ou seja, 
entre os grandes objetivos da política fiscal, ela visa estimular ou inibir a 
Demanda Agregada (DA), isto é, aquecer ou esfriar a atividade econômica 
como um todo, dependendo das necessidades conjunturais. Observe que a 
política fiscal:
Consiste no uso de impostos e despesas do governo. Despesas do governo 
ocorrem de duas formas distintas. Primeiro existem as compras do governo. 
Essas abrangem os gastos em bens e serviços – compras de tanques, 
construção de estradas, salários de juízes etc. Além disso, existem os 
pagamentos de transferência do governo, que impulsionam as rendas de 
grupos específicos, como idosos e os desempregados (SAMUELSON, 2004, 
p. 338).
 
É por meio do uso de impostos e despesas do governo que a política 
fiscal pode mexer na demanda agregada da economia, isto é, aquecer ou 
esfriar a atividade econômica. Nesse sentido, podemos observar quatro 
grandes campos de ação desta política de curto prazo.
A política fiscal como ferramenta restritiva da DA. Se o governo decidir 
diminuir a pressão inflacionária, quais ações deverão ser tomadas? Entre 
outras coisas, poderá inibir a Demanda Agregada (DA), através da redução 
dos gastos públicos e elevação dos impostos. Logo, essas ações poderão 
trazer os seguintes impactos:
• Redução dos gastos públicos . Essa ação implica uma diminuição da 
atividade pública: menos obras públicas, reduzindo os contratos de prestação 
de serviços e investimentos em novos projetos; menor salário público, 
diminuindo a geração de emprego público; menor aumento nos gastos de 
previdência social; entre outros. Essas reduções levarão a uma diminuição 
da renda disponível do consumidor, portanto, para uma diminuição na 
procura de produtos e, assim, para redução da inflação.
• Aumento dos impostos. Essa ação implica uma menor renda disponível para 
as pessoas gastar. Isso acontece porque, no momento em que o governo 
aumentar os impostos, haverá um peso maior dos impostos por cada real 
gasto pelas famílias. Segundo um levantamento feito pela Organização para 
 CURSO LIVRE - ECONOMIA 5: POLÍTICA ECON. E DESENVOLVIMENTO ECON.
a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), <www.oecd.org>, no 
ano 2013 os impostos representavam 37,3% do PIB; isto é, para cada R$ 1,00 
de renda nacional, 37,3% correspondem a impostos. Assim, se o governo 
decidir aumentar essa carga em mais 1%, logo haverá 1% menos de renda 
a ser gasta pelas famílias, diminuindo a DA e, assim, reduzindo também a 
inflação.
Política fiscal como ferramenta expansiva da DA. Agora, se o objetivo 
é incentivar a Demanda Agregada (DA), para combater o desemprego, o 
governo poderia aumentar o gasto, aumentando a atividade pública através 
de maior quantidade de obras, maiores salários públicos, entre outros. 
Incentivos que levarão a um aumento da geração de emprego (público e 
privado), incentivando o consumo e o investimento, portanto, ajudando a 
dinâmica da DA.
Levando em consideração que o objetivo é incentivar a DA, quais seriam 
as fontes para financiar esse gasto adicional? Aumento de impostos para, 
assim, ter fontes frescas de dinheiro? Está certo, sim, mas se o governo quer 
incentivara DA, o aumento de impostos neutralizará o objetivo de incentivar 
o consumo. Assim, a única alternativa do governo é empréstimos, ou seja, 
aumento do endividamento do Estado. 
Todavia, devemos considerar que esse aumento do gasto público irá 
diminuir a capacidade de gerar superávit primário, isso aumenta o volume da 
dívida pública, gerando pressão na inflação e nos juros básicos da economia. 
Ou seja, se essas medidas vão além da capacidade instalada do setor produtivo, 
apresenta-se o risco de uma explosão do consumo, logo, as condições ideais 
para aumento da inflação.
Acabamos de ler sobre as duas grandes ações da política fiscal, a primeira 
para inibir a DA e a segunda para incentivá-la. Disto podemos concluir que 
existe um custo de oportunidade entre a geração de emprego e uma inflação 
estável. Quando se deseja maior emprego, incentiva-se a DA, mas há risco de 
aumentar a inflação. Eis o custo de oportunidade a ser analisado pelo governo.
Os países não estão livres dessa escolha conflitante, ou custo de 
oportunidade. Assim, o governo de um país sempre deve avaliar o custo de 
oportunidade, pensando na melhor escolha em função da situação conjuntural 
das condições econômicas.
O que significa O superávit primário? É resultado operativo das contas 
públicas. Isto é, receitas operativas (tributos, especialmente) menos os 
gastos, mas sem levar em conta os juros da dívida pública.
 CURSO LIVRE - ECONOMIA 5: POLÍTICA ECON. E DESENVOLVIMENTO ECON.
.02
1 INTRODUÇÃO
Existe outra ferramenta muito útil para incentivar ou inibir a DA, por 
meio da gestão da massa monetária circulando no país, ou seja, por meio 
da política monetária. No Brasil, a política monetária está sob o comando 
do Comitê de Política Monetária (Copom). Este é um órgão importantíssimo 
do governo para controlar a quantidade de dinheiro em circulação e para 
fazer a gestão da taxa de juros básicos da economia. No caso do Brasil, está 
atrelada à taxa Selic.
2 DINÂMICA DA POLÍTICA MONETÁRIA
Como vimos anteriormente, a política monetária mexe com a quantidade 
de moeda em circulação, ou massa monetária. Dependendo da conjuntura 
econômica, a política monetária pode estimular o consumo ou frear a inflação. 
Mas para entender melhor a dinâmica da política monetária, devemos saber 
que existem dois grupos de moedas ativas na economia: a moeda manual 
e a escritural.
A primeira é a moeda manual, cuja função é gerar circulação de papel-
moeda e moedas metálicas em circulação. Este tipo de moeda fica nas mãos 
dos agentes econômicos (famílias, empresas e o Estado), e nos depósitos à 
vista da rede bancária. Em outras palavras, é moeda física, papel-moeda, a 
ser utilizada em qualquer momento pelos agentes econômicos.
O segundo tipo de moeda é a escritural, isto é, depósitos bancários a 
serem usados como meios de pagamentos, por meio de cheques, transferências 
bancárias e cartões de crédito, ou seja, é um meio de pagamento sem a 
necessidade de usar moeda física. O uso de moeda escritural vem aumentando 
drasticamente durante as últimas décadas. Hoje, na média de cada R$ 1,00 
gasto pelos agentes econômicos, 60% é feito por meio de moeda escritural 
e 40% por meio de moeda manual.
POLÍTICA 
MONETÁRIA
 CURSO LIVRE - ECONOMIA 5: POLÍTICA ECON. E DESENVOLVIMENTO ECON.
Mas como um todo, como é que a circulação da moeda pode incentivar 
ou inibir a atividade econômica? Por meio de um aumento na circulação da 
moeda podemos incentivar a massa monetária disponível na economia, logo, 
aquecendo a demanda agregada. Para poder fazer isso o governo possui as 
seguintes ferramentas: 
• Emissão de Moeda Manual, Depósitos Compulsórios, Operações de Open 
Market (Mercado Aberto), Operações de Redesconto, Taxa de Juros e 
Regulamentação sobre o crédito.
2.1 EMISSÃO DE MOEDA
É por meio da gestão da moeda que as autoridades econômicas podem 
utilizar a Teoria Quantitativa da Moeda para controlar o fluxo monetário 
disponível na economia. Mas qual é o órgão do governo responsável por 
esta gestão? A gestão da quantidade de moeda na economia está sob a 
responsabilidade do Banco Central, monitorando e autorizando a emissão 
de papel-moeda. É o Banco Central que administra a quantidade de moeda 
que deverá circular na economia.
Devemos observar que tanto um excesso como uma falta de moeda 
prejudicam as atividades econômicas. Se há excesso de moeda, haverá pressão 
na inflação; por outro lado, se há uma falta desta, haverá uma contração 
econômica. Deste modo:
• Quando há inflação alta, o Banco Central pode diminuir a circulação de 
papel-moeda, reduzindo a Demanda Agregada (DA), consequentemente 
reduzindo a pressão na inflação.
Mas quando há excesso de moeda em circulação, pode aquecer a 
demanda agregada além das reais capacidades produtivas, logo, poderá se 
apresentar pressão na inflação. Como podemos observar, é responsabilidade 
chave do Banco Central fazer uma excelente gestão da quantidade de moeda 
circulando na economia.
Em termos econômicos, essa gestão da quantidade de moeda é aplicada 
por meio da Teoria Quantitativa da Moeda. Esta teoria diz que a quantidade 
de moeda em circulação é medida por meio de: M x V = P x Y = PIB. Qual o 
significado destas siglas?
 CURSO LIVRE - ECONOMIA 5: POLÍTICA ECON. E DESENVOLVIMENTO ECON.
EQUAÇÃO DA TEORIA QUANTITATIVA DA MOEDA  M x V = P x Y = PIB
FONTE: O autor
M Disponibilidade física de moeda em circulação, ou seja,  Massa 
monetária.
V Velocidade de circulação da moeda, frequência média em que uma 
unidade monetária é gasta num período de tempo (x), ou seja, a 
quantidade de giros que a massa monetária gira na economia durante 
um período de tempo.
P O nível de preços num período de tempo.
Y É o volume de transações feitas nesse período, em outras palavras, o 
produto real da economia.
PIB Produto Interno Bruto.
Procurando a velocidade de giro da moeda. Vamos dar uma olhada de 
como é a dinâmica da Teoria Quantitativa da Moeda? No seguinte exemplo 
estaremos analisando o valor do Produto Interno Bruto (PIB) e a velocidade do 
dinheiro, desde uma perspectiva desta teoria. Isto levando em consideração 
a velocidade de giro da moeda e os seguintes dados:
 
• PIB de R$ 3.770 bilhões  Esse é o valor de todas as transações feitas na 
economia durante um ano, ou seja: PIB = R$ 3.770 bi.
• Disponibilidade de moeda em circulação nesse ano de R$ 300 bilhões. Isto 
representa a massa monetária nesse período, ou seja: M = R$ 300 bi.
Agora, aplicando a equação PIB = M x V, logo, podemos inserir nessa 
equação os dados expostos, obtendo o seguinte resultado:
 • R$ 3.770 = R$ 300 x V, e como estamos procurando V, vamos ter que 
despejar M (ou R$ 300) à esquerda e assim teremos a seguinte equação:
 o  , logo:  ,  V = 12,57.
Esse valor de V = 12,57 quer dizer que a moeda física (papel-moeda) 
girou 12,57 vezes no decorrer desse ano. Em outras palavras, para obter um 
PIB de R$ 3.770 bi não foi necessário ter fisicamente esse enorme valor em 
papel-moeda, foram necessários somente R$ 300 bi, e isso graças ao poder do 
efeito multiplicador do dinheiro através do giro deste por meio das transações 
econômicas.
No exemplo exposto só foi necessário ter fisicamente 7.96% ( ) 
de moeda para gerar renda e produzir esse enorme valor de PIB. Eis um 
exemplo claro do poder multiplicador da moeda. É por meio da gestão da 
emissão de moeda (M) e pela velocidade do dinheiro (V) que o governo possui 
=
$ 3.770
$ 300
R
V
R
=
$ 3.770
$ 300
R
V
R
$ 300
$ 3.770
R
R
 CURSO LIVRE - ECONOMIA 5: POLÍTICA ECON. E DESENVOLVIMENTO ECON.
as ferramentas monetárias para estimular ou inibir a Demanda Agregada (DA). 
Mas quais são essas ferramentas monetárias que possuem o poder de gerar 
um maior giro ao dinheiro circulandona economia? É por meio dos Depósitos 
Compulsórios, Taxa de Juros, Operações Open Market (Mercado Aberto) e 
Operações de Redesconto.
2.2 DEPÓSITOS COMPULSÓRIOS
O depósito compulsório é “o saldo” dos depósitos à vista dos clientes 
da rede bancária que fica obrigatoriamente no Banco Central. Ou seja, para 
cada depósito feito em um banco comercial, parte deste irá ao Banco Central 
e a outra parte ficará disponível no banco comercial. Exemplificando, vamos 
supor que o Depósito Compulsório estabelecido pelo Banco Central é de 40%, 
logo, para cada R$ 1,00 depositado no sistema financeiro:
 
• 40% deste depósito irá ao Banco Central, neste caso, ficará depositado no 
Banco Central R$ 0,40 (R$ 1,00 x 0,40). Se o depósito for de R$ 150, logo 
ficarão no Banco Central R$ 60,00 (R$ 150 x 0,40), e assim sucessivamente.
• 60% deste depósito irá ao banco comercial, neste caso, ficará depositado no 
Banco Comercial R$ 0,60 (R$ 1,00 x 0,60). Se o depósito for de R$ 150, logo 
ficarão no banco comercial R$ 90,00 (R$ 150 x 0,60), e assim sucessivamente.
Essa exigência do depósito compulsório, feita pelo Banco Central, é 
para garantir um mínimo dos depósitos realizados na rede bancária com as 
reservas do Banco Central. Ou seja, neste caso o Banco Central atua como 
o “Banco” de todos os “Bancos” do sistema financeiro, eis o nome de “Banco 
Central”, aliás, todo país possui um. 
Além disso, o depósito compulsório possui um efeito multiplicador da 
moeda, aumentando ou diminuindo a velocidade da moeda (V) na economia. 
Deste modo, é decisão do governo determinar qual será a porcentagem do 
depósito compulsório. No exemplo exposto acima a dinâmica é a seguinte:
• Se há um depósito de R$ 1.000,00, logo, R$ 400 irão ao Banco Central e R$ 
600 ficarão no banco comercial.
• Esse saldo de R$ 600 disponível no banco comercial estará sendo emprestado, 
logo, o tomador desse empréstimo irá depositá-lo na rede bancária.
• Esse novo depósito de R$ 600 terá que ser dividido em duas partes: R$ 240 
para o Banco Central, R$ 600 x 0,40; e R$ 360,00 ficam no banco comercial, 
R$ 600 x 0,60.
 CURSO LIVRE - ECONOMIA 5: POLÍTICA ECON. E DESENVOLVIMENTO ECON.
Esse novo saldo disponível no banco comercial de R$ 360 irá ser emprestado 
e assim sucessivamente, gerando desta maneira o efeito multiplicador da 
moeda por meio do depósito compulsório. Agora, considerando esta dinâmica:
• Quanto menor for a porcentagem do Depósito Compulsório, maior será 
a velocidade (V) da moeda circulando na economia. Logo, incentivando a 
Demanda Agregada, esquentando a atividade econômica e potencializando 
o PIB.
• E quanto maior for a porcentagem do Depósito Compulsório, menor será a 
velocidade (V) da moeda circulando na economia. Logo, inibindo a Demanda 
Agregada, esfriando a atividade econômica e reduzindo o potencial de 
crescimento do PIB.
2.3 TAXA DE JUROS BÁSICA DA ECONOMIA
A definição da taxa de juros básica é um dos instrumentos mais efetivos 
para incentivar ou inibir a atividade econômica. Por meio do estabelecimento 
da taxa de juros básica o governo pode aumentar a velocidade de circulação 
da moeda na economia. Qual o objetivo disso? Aumentar ou diminuir a massa 
monetária em circulação. As autoridades monetárias podem, por meio do 
Banco Central:
• Aumentar a taxa de juros básica, isto faz reduzir a velocidade de giro 
da moeda na economia, logo, consegue-se desestimular o consumo e 
investimentos das empresas, reduzindo assim a Demanda Agregada (DA) e 
as pressões sobre a inflação. 
• Diminuir a taxa de juros básica, isto gera exatamente o efeito contrário 
descrito acima. Ou seja, quando se apresenta uma queda da atividade 
econômica por meio da queda dos juros, consegue-se incentivar a DA e 
assim iniciar aumento das atividades econômicas.
2.4 OPERAÇÕES OPEN MARKET
As operações de Open Market são operações feitas no mercado aberto. 
Por meio destas operações o governo compra e vende títulos públicos, 
principalmente às instituições financeiras, isto é, o governo compra ou vende 
sua própria dívida pública. Vamos expor duas situações:
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• O que pode acontecer quando o governo comprar títulos públicos? No 
momento dessa transação o governo compra títulos públicos em troca 
de dinheiro, ou seja, na prática está colocando mais liquidez na economia 
e assim aumentando a velocidade de giro da massa monetária, logo, 
incentivando a demanda agregada.
• O que pode acontecer quando o governo vender títulos públicos? No 
momento dessa transação o governo vende títulos públicos em troca de 
dinheiro, ou seja, na prática está retirando liquidez da economia e assim 
diminuindo a velocidade de giro da massa monetária, logo, inibindo a 
Demanda Agregada e reduzindo a pressão na inflação.
2.5 OPERAÇÕES DE REDESCONTO
As operações de redesconto são transações financeiras entre o Banco 
Central e as instituições financeiras. Por meio desta ferramenta o Banco 
Central controla a emissão de crédito do governo aos bancos comerciais, 
são operações financeiras de curtíssimo prazo, aliás, de dias. Nesse sentido:
• Quando o Banco Central aumentar a taxa de redesconto os bancos 
perdem margem para emprestar, pois terão que pagar mais juros por esses 
empréstimos de curto prazo e, assim, diminuindo a procura destes. Logo, 
haverá uma queda da massa monetária, inibindo a demanda agregada.
• Quando diminuir a taxa de redesconto os bancos aumentam a capacidade 
de emprestar, pois deverão pagar menos juros por esses empréstimos, 
desse modo, aumentando a procura destas operações de redesconto, e 
haverá aumento da massa monetária, incentivando a demanda agregada e 
a atividade econômica.
3 AS FUNÇÕES DA MOEDA
Agora que temos uma visão mais clara de como a política fiscal e 
monetária pode ajudar no dinamismo da atividade econômica, devemos 
nos focar sobre qual a função da moeda nessas políticas econômicas e nas 
atividades econômicas. Todos sabemos que a moeda serve como meio de 
poder de troca comercial para adquirir bens e serviços, sejam estes para fins 
produtivos ou para fins de consumo.
Além de sua função básica de troca comercial, a moeda está associada 
à acumulação da riqueza, pois possui a função de reserva de valor. A moeda 
é uma representação tanto do poder de troca comercial como da riqueza de 
um sistema econômico, que pode ser usada em qualquer momento entre os 
agentes econômicos, isto é, entre famílias/consumidores, empresas e o Estado.
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Nesse contexto, a moeda de um país possui um valor relativo e abstrato, 
no qual todas as pessoas confiam. Este conceito de moeda tem seus 
fundamentos em lei, que determinam sua base legal, visando cumprir sua 
função como meio de representatividade do valor relativo dos bens e riqueza 
de uma sociedade. Esse valor relativo, em lei, é a base de “valor” para todos 
os ativos e passivos das pessoas jurídicas e naturais de uma sociedade.
Mas para poder perceber melhor do que estamos falando, devemos nos 
perguntar: como foi que esse conceito de moeda moderna foi evoluindo? Para 
responder isto, vamos estudar o significado da moeda desde o nascimento 
do “papel-moeda”.
3.1 EVOLUÇÃO DA MOEDA
Como meio de troca comercial e reserva de valor até a época 
mercantilista (entre 1600 a 1700), não existia ainda o uso do papel-moeda, a 
moeda metálica era o meio circulante para as transações comerciais. Porém, 
na Europa mercantilista começou o processo evolutivo do uso do papel-
moeda. Processo que tem as seguintes fases históricas: certificado de depósito 
nominal, certificado ao portador, e saque à vista da moeda metálica.
• Certificado de depósito nominal. A partir da época mercantilista na Europa 
começou a existir a necessidade de preservar o valor acumulado, em moeda 
metálica,da riqueza gerada pelos excedentes de produção e comércio. 
Assim, procurando satisfazer essa necessidade, os banqueiros da época 
ofereciam o serviço de guarda de moeda metálica, oferecendo segurança à 
riqueza acumulada da época. Em troca desse serviço, os banqueiros emitiam 
um certificado de depósito nominal, isto é:
Ø Certificado que especifica o nome da pessoa que possui os direitos de 
retirar quando quiser saldos das moedas depositadas. Por este serviço, o 
banqueiro cobrava uma taxa pela guarda das moedas.
• Certificado ao portador . Com o passar do tempo esses certificados 
“nominais” passaram a ser “ao portador”. Desse modo, acabaram os direitos 
com nome específico do certificado, logo, sendo “ao portador”, esse papel 
“valor” estava liberado para ser negociado entre várias pessoas. Ou seja, o 
possuidor final do certificado ao portador teria os direitos de retirada do 
depósito.
• Saque à vista da moeda metálica. Ao ser certificado “ao portador”, o último 
dono do certificado “ao portador” poderia ir em qualquer momento para 
fazer um saque do depósito em moeda metálica. Esta nova propriedade 
do certificado dinamizou, e muito, o comércio da época, pois as pessoas 
começaram a usar os próprios certificados para fins de trocas comerciais.
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Esta última fase, saque à vista da moeda metálica, foi o início das trocas 
comerciais utilizando certificados “ao portador” como “papel dinheiro” até 
os dias de hoje. Aliás, o papel-moeda usado hoje vem a ser um certificado 
de depósito “ao portador” do Banco Central, certificando o pagamento de 
seu valor intrínseco.
3.2 MULTIPLICAÇÃO DO VALOR DAS MOEDAS
Ao final de época mercantilista as pessoas se acostumaram a usar o 
certificado de depósito “ao portador” para realizar transações comerciais. 
Nessa dinâmica comercial, os bancos faziam a gestão de manutenção do valor 
dos certificados alinhando-o ao valor das moedas metálicas depositadas nos 
cofres. Porém, com o passar do tempo os banqueiros perceberam que nem 
todas as pessoas retiravam todos os depósitos, em moedas, ao mesmo tempo. 
Desse modo, eles tiveram uma grande ideia inovadora que fez multiplicar e 
alavancar drasticamente a dinâmica das transações da época. Qual foi essa 
ideia? A alavancagem do valor das moedas depositadas, ou seja: os bancos 
começaram a emitir certificados num valor superior ao valor realmente 
depositado.
Deste modo, os banqueiros tiveram os meios para fazer empréstimos 
além dos valores realmente depositados em moeda metálica, e assim começou 
o efeito multiplicador da “moeda”. Devemos observar que nessa época, e hoje, 
a lógica do negócio bancário é:
• Quanto mais se puder emprestar, mais juros os banqueiros podem cobrar, 
e mais potencial de lucro poderá existir. Incentivando assim o uso do fator 
multiplicador.
O uso do efeito multiplicador dos depósitos fez sucesso em termos 
de incentivar a dinâmica comercial e desenvolvimento econômico. Isto 
potencializou ao limite máximo o potencial produtivo e de inovação da 
época. Porém, ao final do mercantilismo e começos do período clássico (finais 
do século XVIII), ao não terem controles, os bancos não tinham limites aos 
volumes de empréstimos. O resultado disso? 
Empréstimos além dos limites de suas reservas em depósitos reais 
em moeda metálica. Isto, com o passar do tempo, deixou muitos bancos 
quebrados e depositantes desconfiantes do sistema bancário. Situação que 
levou a crises financeiras contínuas. Qual foi a solução para isto? O controle 
do Banco Central.
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3.3 O BANCO CENTRAL E O CONTROLE DO FATOR 
MULTIPLICADOR
 Nessa situação de crises financeiras severas e contínuas, os países 
começaram a normatizar e centralizar o controle de certificados “ao portador” 
respaldados em moeda metálica. Isto foi feito por meio do surgimento do 
Banco Central. Assim, a partir do momento em que houve um Banco Central, 
houve também uma centralização do uso de certificados de depósito “ao 
portador” para alavancar empréstimos. Isto foi o início do papel-moeda até 
os dias de hoje sob o controle do Banco Central.
Nessa nova dinâmica bancária, começou-se a exigir dos bancos 
comerciais uma porcentagem mínima dos depósitos comerciais, porcentagem 
equivalente em dinheiro que deverá ser encaminhada ao Banco Central. Ou 
seja, de cada depósito realizado na rede bancária, uma porcentagem deveria 
ir obrigatoriamente ao Banco Central (vamos supor 30%) e o saldo poderia 
ficar livre para que o banco comercial pudesse emprestar (vamos supor 70%).
Esta dinâmica começou a ser executada por meio de contas correntes 
abertas pelos bancos comerciais no Banco Central, formando-se assim o 
“Banco Matriz dos Bancos”, ou seja, o “banco central” de todos os bancos 
do sistema financeiro. Isto trouxe confiança à sociedade e controle sobre 
os depósitos do sistema financeiro. Esse controle feito pelo Banco Central 
sobre os depósitos dos bancos comerciais foi o início da gestão do depósito 
compulsório, como já estudamos anteriormente.
3.4 CONCEITOS DA MOEDA DE HOJE
Uma vez estudado o conceito de papel-moeda, sua evolução, e como 
o Banco Central faz o controle da alavancagem financeira dos depósitos na 
rede financeira, estamos aptos para estudar o conceito de moeda fiduciária. 
Mas, antes disso, devemos saber o que é fidúcia.
• Fidúcia é sinônimo de confiança, e no contexto da moeda isso significa 
que o dinheiro está sustentado na confiança e perspectivas produtivas 
de uma economia. Assim, no sentido figurado, não é propriamente um tipo 
de “moeda física”, mas é sim uma característica abstrata do dinheiro atual.
Até meados do século passado, todos os depósitos de um país estavam 
respaldados em reservas de metal precioso (ouro) no Banco Central, mas 
hoje não existe mais essa reserva em ouro. Hoje o valor do dinheiro fica em 
função da confiança relativa da produtividade e sustentabilidade da economia 
de um país, ou seja, a moeda atual é “moeda fiduciária”.
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• Eis um dos motivos que explicam como as economias mais competitivas 
do mundo são as que têm as moedas mais fortes. Na economia global de 
hoje, a moeda tem duas funções importantes, atua como: denominador 
comum de valores e como reserva de valor.
Denominador comum de valores. Todo bem e serviço oferecido no 
mercado é sujeito a um valor relativo à moeda em circulação. Esse valor 
relativo à moeda em circulação é conhecido em economia como denominador 
comum de valores, pois todos os bens e serviços possuem um denominador 
comum de valor, interpretado em unidades monetárias, no caso do Brasil, o 
“real”. Exemplo: 
• Quantas horas-salário são necessárias para comprar um smartphone? Se 
minha hora salário é de R$ 25,00 e o smartphone custa R$ 950, logo, irei 
precisar de 38 horas (R$ 950/R$ 25,00) de meu trabalho para poder comprar 
o smartphone.
• Por quanto poderei vender meu carro? Dependendo do valor de mercado 
em reais de modelos semelhantes, poderei visualizar isso e saber o que vou 
fazer com esse dinheiro.
Reserva de valor. Ao ter um valor referencial de todas as coisas a serem 
comercializadas no mercado, a moeda possui um referencial do potencial 
de riqueza intrínseca, ou seja, a moeda em si é um meio de reserva de valor. 
Considerando este conceito, é fundamental analisar o peso da inflação no 
momento de manter a moeda como reserva de valor, visando assim manter 
o poder de compra. Exemplo:
• Se tenho hoje R$ 250.000 para comprar uma casa, mas por diversas questões 
eu sei que vou fazer a compra em dois anos, logo, preciso manter pelo 
menos o poder de compra desse dinheiro, nesse sentido:
o Se colocar esses R$ 250.000 em um certificado de depósito que oferece: 
6% de taxa de juros aoano e a inflação é de 9%. Logo, sei que meu 
depósito irá perder valor, e minha riqueza relativa desse depósito irá se 
desvalorizar.
o Se colocar esses R$ 250.000 em um certificado de depósito que oferece: 
12% de taxa de juros ao ano e a inflação for de 9%. Logo, sei que meu 
depósito irá manter seu valor relativo, inclusive, haverá um leve aumento 
de seu valor real.
Assim, é fundamental considerar a existência da inflação. No contexto 
geral, no decorrer do tempo as moedas vão perdendo seu valor intrínseco, 
pois estão sujeitas ao poder da inflação, o que nos leva à seguinte reflexão:
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• Qual o valor dos juros mínimos de minha poupança no Fundo de Garantia 
do Tempo de Serviço (FGTS), para que eu possa pelo menos manter o valor 
relativo da riqueza acumulada de minha poupança? Pelo menos deverá 
gerar juros iguais ou acima dos da inflação, concorda?
Estará acontecendo isso? A próxima vez que olhar os valores de seu FGTS, 
procure saber a taxa de juros que está gerando sua poupança, e aí saberá se 
pelo menos você está conseguindo manter o valor relativo da reserva de 
valor da poupança obtida por meio do esforço de seu trabalho.
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.03
1 INTRODUÇÃO
 
Será que podemos determinar quantas transações internacionais estão 
envolvidas na compra de um produto no mercado? Seria quase impossível 
determinar, mas podemos dizer que são muitas. Se você observar, não há país 
que seja independente do comércio internacional. Alguns países dependem 
mais, outros menos, do mercado internacional de: matérias-primas, insumos, 
equipamentos, tecnologia, capital, produtos e serviços de consumo final, 
entre outros.
Mas para que um país possa se integrar e aproveitar o comércio 
internacional para seu próprio desenvolvimento econômico, é necessário que 
tenha uma política econômica externa que seja positiva para os interesses 
do país e possa oferecer mercadorias e serviços ao mercado internacional. 
Mas como funciona essa política econômica externa? A seguir iremos estudar 
os principais conceitos dela.
2 POLÍTICA EXTERNA DA ECONOMIA
A política econômica determina as diretrizes de como as relações 
comerciais e financeiras serão executadas com o resto do mundo. Para que 
isso seja feito, os países contam com a política cambial e comercial. Em 
termos macroeconômicos, isto ajuda na gestão das contas nacionais que 
monitoram as transações internacionais, isto é feito por meio da análise do 
balanço de pagamentos.
POLÍTICA EXTERNA 
DA ECONOMIA E 
DESENVOLVIMENTO 
ECONÔMICO
 CURSO LIVRE - ECONOMIA 5: POLÍTICA ECON. E DESENVOLVIMENTO ECON.
2.1 POLÍTICA CAMBIAL E COMERCIAL 
Todo país, em função de sua própria dinâmica econômica, analisa como 
vai interagir com o resto do mundo. Esta análise é feita pela gestão do governo 
de um país determinando estratégias para executar tanto a política cambial 
como a comercial. Mas como estas duas ferramentas, a política cambial e 
comercial, podem ajudar nisto?
 
Segundo a conjuntura econômica e capacidade produtiva nacional, 
o governo definirá a maneira como sua moeda nacional se relacionará no 
mercado de câmbio. Ou seja, a política cambial avalia e toma ações para 
potencializar a capacidade competitiva de sua economia em função do valor 
das moedas no mercado de câmbio. É nesse sentido que “o como” um país 
objetiva definir a gestão de sua moeda é que irá nortear a política de câmbio. E 
para atingir isto, o governo possui dois modelos de política cambial: a política 
de taxa cambial flutuante e a de taxas fixas.
2.1.1 Política de taxa cambial flutuante
Sob a política de taxa cambial flutuante a autoridade monetária deixa o 
valor da moeda no mercado de câmbio flutuar conforme as forças do mercado 
cambial atuantes. Mas quais são essas forças atuantes no mercado de câmbio?
As forças que determinam o valor relativo da moeda nacional em função 
das estrangeiras são determinadas principalmente por dois grandes fatores:
• Pela entrada de recursos monetário vindos de fora e pela saída para outros 
países. Essas entradas são decorrentes das exportações, investimento 
estrangeiro, entre outras. E as saídas são decorrentes das importações, 
pagamento de juros e capital da dívida externa, pela saída de capitais, entre 
outras.
• Pelas expectativas econômicas futuras precisamente dessas entradas e 
saídas monetárias com o resto do mundo.
Agora, sobre a aplicação da política de taxa cambial flutuante, existem 
vantagens e desvantagens, conforme veremos a seguir.
Vantagens. Como grande vantagem da taxa de câmbio flutuante é que a 
própria posição cambial da moeda vai determinando gradativamente como 
essas forças expostas acima vão se encaixando no valor relativo da taxa de 
câmbio no mercado da moeda nacional. Como é um processo gradativo, 
dificilmente a moeda poderá sofrer um ataque especulativo, ou inclusive 
desenvolver um mercado paralelo de câmbio.
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Qual é o significado de mercado de câmbio paralelo? É o mercado 
de câmbio informal, sem a intervenção das instituições financeiras 
autorizadas pelo Banco Central. No geral há mercado paralelo quando a 
taxa de câmbio oficial está fixada num patamar artificialmente elevado. 
Ficou curioso? Acesse o artigo sobre o mercado paralelo na Argentina, 
país que até finais do ano de 2015 vinha aplicando uma política de taxa 
fixa de câmbio: <http://exame.abril.com.br/mercados/noticias/dolar-
paralelo-retoma-alta-apesar-nova-medida-da-argentina>.
Desvantagens. Ao deixar a taxa de câmbio exposta 100% às forças do 
mercado, acontece que a moeda fica exposta a mudanças muito rápidas que 
podem acontecer no mercado financeiro internacional. Isto deixa um espaço 
aberto a situações de alto risco que prejudicam tanto as exportações como 
as importações. Agora, para ter uma visão comparativa, vamos estudar sobre 
a Taxa Cambial Fixa.
Qual é o significado de divisas? É a disponibilidade de moedas estrangeiras 
que possui um país.
2.1.2 Política de taxa cambial fixa
Como podemos observar, há riscos no mercado que levam às oscilações 
na posição cambial da moeda. Assim, muitos países ficam tentados em 
determinar taxas de câmbio fixas. A dinâmica disto funciona da seguinte 
maneira: O Banco Central determina o valor fixo da taxa de câmbio. Observe:
• Na primeira fase do Plano Real, desde o ano de 1994, o governo fixou o valor 
da nova moeda, o real, que seja R$ 1,00 = US 1,00. Nesta primeira fase isto 
ajudou, e em muito, a combater as pressões inflacionárias descontroladas 
da época.
Em termos gerais, uma Política de Taxa Fixa é implantada por um prazo 
determinado para cumprir finalidades específicas. Devemos considerar que 
com ou sem fixação de taxas cambiais, no longo prazo as forças do mercado 
tomam conta das posições cambiais de um país. Sabendo disso, o governo 
da época desenvolveu duas grandes fases da nova moeda: 
• Primeira fase. 1994 até 1998, o real ficou fixo. O objetivo disto era combater 
a alta inflação estrutural da época. Ao executar a estratégia de taxa de 
câmbio fixa, os produtos importados não iriam subir de preço, enquanto 
os nacionais teriam que parar de indexar seus preços à inflação. Resultado 
disto? Ser mais uma ferramenta para baixar a alta inflação da época.
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Ø Assim, em épocas de pressões inflacionárias altas, fixar a taxa de 
câmbio é uma das grandes vantagens. Porém, essa estratégia pode dar 
resultados positivos só durante um período de prazo determinado, até 
um par de anos. Além disso, a economia de um país irá colocar em risco 
as reservas internacionais e prejudicar até um ponto crítico a indústria 
nacional, ou seja, pode trazer uma crise econômicapior mesmo que a 
inflação alta que se desejava combater.
• Segunda fase. Gradativamente, a moeda nacional, o real, começou a flutuar 
sob as forças do mercado de câmbio. Apesar de o Plano Real ter sucesso 
em diminuir a alta inflação, gradativamente o real vinha ficando exposto 
demais às forças do mercado, se sobrevalorizando e ficando em um patamar 
artificialmente elevado. Mas o que isso quer dizer?
Ø Ao estar o real sobrevalorizado artificialmente, apresentou-se uma 
situação de excesso de importações. Nesse contexto, os agentes 
econômicos preferiam comprar produto importado, artificialmente barato, 
em detrimento da oferta da produção nacional, artificialmente cara. 
Ao ficar a produção nacional cara, as empresas começaram a vender e 
exportar menos. Resultado disso? Queda drástica na produção nacional 
e demissões em massa, ou seja, a taxa de câmbio já começou a ser uma 
ameaça muito grave à economia real.
A situação exposta é uma das grandes desvantagens de uma política 
de taxa fixa de câmbio, isto é, tendência a sobrevalorizar a posição cambial 
oficial. Assim, na segunda fase do Plano Real, estava no momento de parar 
com essa taxa fixa de câmbio e começar a desenvolver uma política de taxa 
flutuante de câmbio controlada, ou semifixa. 
Como podemos observar, a política de taxas de câmbio flutuantes e 
fixas apresenta vantagens e desvantagens. A aplicação deste tipo de política 
depende em muito da análise conjuntural da economia. Em geral, os países 
tendem a ter uma política de câmbio flutuante, mas controlando as grandes 
oscilações do mercado de câmbio, e no Brasil não é diferente.
Isto quer dizer que o Banco Central do Brasil faz gestão de evitar grandes 
oscilações no câmbio, ou pelo menos amenizá-las. O respaldo para fazer 
isto são as reservas internacionais, executando intervenções no mercado, 
por meio de compra e venda de divisas (moeda estrangeira). Mas como é a 
dinâmica disto?
• Se executar a compra de US$, o Banco Central (Bacen) incentiva a 
demanda de US$, assim, o Bacen concorre na demanda de dólares com os 
importadores, apresentando-se uma situação de pressão de “desvalorizar” a 
moeda nacional. Isto é feito para combater pressões drásticas de valorização 
do real.
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• Se executar a venda de US$, o Bacen estará fazendo o efeito contrário 
ao exposto acima. Ou seja, incentiva a demanda de R$ e o Bacen estará 
concorrendo com os exportadores na venda de US$, e assim valorizando 
o real. Isto é feito para combater pressões drásticas de desvalorização do 
real.
Acabamos de observar a dinâmica da política de câmbio. Mas, para 
entender uma das principais forças do mercado de câmbio, precisamos estudar 
sobre a dinâmica da conta nacional que registra tanto as entradas como as 
saídas de divisas de um país com o resto do mundo, isto é, o Balanço de 
Pagamentos.
3 O BALANÇO DE PAGAMENTOS
Em termos monetários, todas as atividades comerciais e financeiras 
internacionais de um país ficam registradas na conta nacional Balanço de 
Pagamentos. O resultado final da apuração desta conta será o saldo líquido 
do Balanço de Pagamentos, o qual vai alimentando as reservas internacionais 
de um país.
Devemos observar que as Reservas Internacionais servem para garantir 
as transações internacionais. Logo, quanto melhor e mais estável o saldo 
destas, mais estável ficará a taxa de câmbio, eis um exemplo de força direta, 
e real, que atua na dinâmica do mercado de câmbio. Agora, se por questões 
de uma crise econômica prolongada expõe riscos à dinâmica das reservas 
internacionais, logo, a taxa de câmbio pode se desvalorizar. Isto aconteceu 
desde o ano de 2014 até 2015, quando o real passou de R$ 2,00 para R$ 4,00 
por 1,00 US$ em meados de 2015.
Mas qual é a estrutura do Balanço de Pagamentos que alimenta as 
reservas internacionais? “[...] é um demonstrativo sistemático de todas as 
transações econômicas entre o país e o resto do mundo. Seus componentes 
principais são a conta corrente e a conta financeira” (SAMUELSON, 2012, p. 
486).
Por questões de padronização internacional, o Balanço de Pagamentos 
da maioria dos países é feita em US$, em função de que a moeda dos Estados 
Unidos é a de maior circulação e peso comercial no mundo. É por isso, entre 
outras coisas, que no Brasil o Balanço de Pagamentos tem um valor referencial 
em US$. A seguir vamos ver a estrutura do Balanço de Pagamentos, aliás, 
composto para várias grandes subcontas.
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3.1 SALDO EM TRANSAÇÕES CORRENTES
O saldo em transações correntes é a somatória da Balança Comercial 
mais o saldo da Balança de Serviços, ou seja:
Transações 
correntes
(+) Saldo Balança Comercial (+) 
saldo Balança de Serviços (+) 
saldo Transferências Unilaterais 
Correntes.
A seguir podemos observar quais as movimentações destas contas:
• Balança comercial. Esta conta do Balanço de Pagamentos apura o saldo 
líquido entre todas as exportações e importações durante um período 
determinado. A balança comercial é o primeiro ponto referencial de 
tendências da cotação da taxa de câmbio, pois, dependendo do saldo líquido 
desta, e suas perspectivas, podem fazer aumentar ou diminuir as reservas 
internacionais.
• Balança de serviços e valor das transferências unilaterais correntes. Esta 
é a segunda conta do Balanço de Pagamentos, e é quebrada em várias 
subcontas, entre as mais importantes:
o Rendimentos financeiros ou renda de capitais apuram as despesas com 
juros da dívida externa, pública ou privada; os rendimentos financeiros 
no exterior; e as entradas e saídas das remessas de rendimentos das 
empresas estrangeiras instaladas no país, assim como das empresas 
brasileiras instaladas no exterior.
o Despesas em viagens, transportes, seguros e serviços governamentais 
apuram o saldo líquido da saída e entrada de divisas destes serviços 
prestados.
No Brasil, ao longo das últimas décadas, o saldo das transações correntes 
vem sendo negativo. Somente entre os anos de 2003 e 2007 é que este saldo 
foi positivo, graças ao boom de exportações de commodities desses anos. 
Neste ponto devemos nos perguntar: se na maioria dos anos o saldo das 
transações correntes vem sendo negativo, como é que o Brasil consegue 
melhorar o saldo das reservas internacionais? Isto podemos responder por 
meio da dinâmica da segunda parte do Balanço de Pagamentos, isto é: a 
Conta de Capital e Financeira.
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3.2 CONTA DE CAPITAL E FINANCEIRA 
Podemos interpretar que o saldo das transações correntes é fonte de 
saldos operativos do Balanço de Pagamentos. A este saldo operativo devemos 
aumentar o saldo das movimentações dos grandes capitais financeiros e 
de investimento que entram e saem do país. Estas movimentações estão 
representadas por meio das transações em Conta de Capital e Financeira, 
movimentações agrupadas em dois grandes grupos:
• Investimento estrangeiro direto. Nesta conta registram-se as movimentações 
de investimento estrangeiro que fica no país por meio de compra de empresas, 
ações, ou empreendimentos novos. O valor deste tipo de investimento vem 
só aumentando desde o começo do ano 2000, porém, com uma queda 
relativa nos anos 2013, 2014 e 2015. Este tipo de investimento é uma fonte 
de recursos relativamente segura, pois é capital investido no longo prazo 
em equipamentos, infraestrutura, novas empresas, entre outros, assim, ele 
não pode ir embora, tal como os capitais financeiros.
• Empréstimos no exterior. Quando não há fontes de investimentos diretos 
e a economia precisa de recurso monetário estrangeiro, uma alternativa 
adicional para obter divisas é através de financiamento externo. Neste caso, 
o país pode solicitar empréstimos ao setor bancário internacional; ouaos 
organismos financeiros internacionais, tais como o Banco Mundial e o Fundo 
Monetário Internacional (FMI).
• Capitais de curto prazo. Existe mais uma alternativa para obter divisas, 
isto é feito por meio de capitais financeiros de curto prazo. Este tipo de 
capital cobra juros bem maiores, reflexo de sua disponibilidade imediata. Em 
função dessa disponibilidade imediata, este tipo de capital é de alto risco à 
economia de um país, pois assim como entra, também sai em questão de 
dias. Eles começam a sair, imediatamente, ao acontecer, ou perceberem 
que “pode acontecer” uma crise internacional ou nacional. Alguns países 
enfrentaram sérios problemas com a saída repentina destes capitais. 
Historicamente, isto aconteceu no México em 1994; Tigres Asiáticos, 1997; 
Rússia, 1998; Brasil, 1999; Argentina, 2001; e Sul da Europa, 2012, por citar 
alguns exemplos.
3.3 SALDO DO BALANÇO DE PAGAMENTOS
Acabamos de analisar os dois grandes grupos de conta que alimentam o 
Balanço de Pagamentos, isto é, o saldo em transações correntes e o saldo em 
conta de capital e financeira. Ao somar todas as contas desses dois grupos de 
contas é que se poderá obter o Saldo do Balanço de Pagamentos, conforme 
podemos ver a seguir:
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SALDO DO BALANÇO DE PAGAMENTOS
FONTE: O autor
(+/-) Saldo Líquido das 
Transações Correntes
Valor líquido da Balança Comercial + Valor 
Líquido da Balança de Serviços + Valor das 
Transferências Unilaterais Correntes.
(+/-) Saldo em Conta de 
Capital e Financeira
(+/-) Investimentos Diretos
(+/-) Empréstimos
(+) Estrangeiros 
Investindo no país
(-) Brasileiros 
Investindo no 
Exterior.
(+) Novos 
Empréstimos
(-) Amortizações 
desses Empréstimos
(+/-) Capitais de Curto Prazo (+) Entrada destes (-) Saída destes
(+/-) Saldo do Balanço de 
Pagamentos
Saldo que vai aumentando ou diminuindo 
as Reservas Internacionais
Observe que o resultado final do saldo do Balanço de Pagamentos pode 
aumentar ou diminuir as reservas internacionais de um país. Por meio do 
resultado final do saldo de balanço de pagamentos, podemos observar as 
seguintes situações:
1 Se há saldo positivo, haverá acréscimo nas reservas internacionais, logo, 
uma tendência de valorização da moeda nacional.
2 Se há saldo negativo, haverá decréscimo nas reservas internacionais, logo, 
uma tendência de desvalorização da moeda nacional.
O resultado final do balanço internacional de pagamentos revela a posição 
do país em suas transações externas como um todo. As situações de déficit 
indicam saídas de reservas cambiais superiores às entradas, implicando 
geralmente queda das reservas cambiais; superávits, contrariamente, indicam 
ingressos líquidos de recursos, com o aumento dos estoques de ativos 
externos do país (ROSSETI, 2003. p. 888).
O Brasil possui reservas internacionais muito sólidas, equivalentes a mais 
de 14 meses de importações. Eis um dos motivos do porquê, no primeiro 
semestre do ano de 2016, logo depois que a crise política/econômica começou 
a dar sinais de melhoria, a taxa de câmbio passou de R$ 4,00 por US$ 1,00 
para menos de R$ 3,20 a finais de setembro/2016, segundo o Portal Brasil:
Reservas internacionais de US$ 370 bilhões ajudam a proteger Brasil da crise
 [...] As reservas compõem uma poupança valiosa que blinda a economia, 
dando garantia de que o país honrará seus compromissos com credores 
nacionais e estrangeiros, mesmo em situações de crise, e barrando riscos 
de disparada da dívida pública.
FONTE: Disponível em: <http://twixar.me/bxz1>. Acesso em: 5 ago. 2016.
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4 DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
Todo país deseja desenvolvimento econômico, ele é a trilha para 
melhorar a riqueza e bem-estar das pessoas, e especialmente ele consegue 
superar a desigualdade social e fortalecimento da classe média. Uma maneira 
de assegurar o desenvolvimento econômico de uma sociedade é por meio 
da consolidação de sua classe média.
• Eis um dos principais objetivos de como colocar na prática as teorias de 
desenvolvimento econômico, isto é: como conseguir executar o aumento 
sustentável da riqueza de um país e de sua classe média ao longo dos anos.
Em termos de história econômica, os países só conseguiram se 
desenvolver a partir de crescimentos econômicos que têm levado em conta 
a sociedade e suas classes sociais dentro desse contexto de crescimento. Este 
raciocínio econômico ficou bem mais evidente logo após a Grande Depressão 
de 1929.
A questão do desenvolvimento econômico também ficou mais evidente, no 
final dos anos de 1930, com a aplicação da Contabilidade Nacional, nascida 
com a teoria keynesiana. Com ela, passou-se a comparar a renda per capita 
dos diferentes países e a classificá-los como “ricos” ou “pobres”, dependendo 
do valor dessa renda média (SANTOS, 2011, p. 2).
A partir dessa época e por meio do registro dos agregados econômicos 
da Contabilidade Nacional, se apresentaram as condições para que muitas 
nações pudessem ter ferramentas de análise para melhorar as condições 
e oportunidades da grande empresa, da média e pr incipalmente da 
microempresa, gerando assim melhores condições do emprego e de bem-estar 
da sociedade. Em grandes termos, a primeira das grandes contas para analisar 
o desenvolvimento econômico de um país é o Produto Interno Bruto (PIB).
4.1 O PIB PER CAPITA COMO MEDIDA DE BEM-ESTAR
Em termos de análise socioeconômica, muito se comenta que o Produto 
Interno Bruto (PIB) não deve ser considerado isoladamente para avaliar o nível 
de desenvolvimento econômico. Porém, o PIB é o primeiro ponto de partida 
para analisar a riqueza e força econômica de um país. Qual país possui maior 
riqueza, o Brasil ou a Holanda? Em termos de valores monetários e de PIB, 
com certeza o Brasil! Pois é uma economia bem maior. Mas em termos da 
riqueza, inovação e capacidade de consumo das famílias entre estes dois 
países, qual terá maior nível de desenvolvimento? 
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A resposta é quase óbvia, as famílias holandesas possuem muito mais 
riqueza média que a família brasileira, logo, a Holanda é um país com um 
nível de desenvolvimento bastante maior que o Brasil. Vamos dar uma olhada 
no PIB dos últimos anos destes dois países?
QUADRO COMPARATIVO DO PIB ENTRE O BRASIL E HOLANDA (PAÍSES BAIXOS)
FONTE: Disponível em: <http://www.worldbank.org/>. Acesso em: 15 nov. 2016.
Assim, acabamos de ver que o PIB não é um determinante para identificar 
o nível de desenvolvimento de um país, mas é sim o primeiro passo para 
identificá-lo. Como? A resposta é bem simples: devemos pegar o PIB de 
um país e dividi-lo para o número de cidadãos desse país, seguindo nosso 
exemplo:
PIB PER CAPITA COMPARATIVO ENTRE DOIS PAÍSES – ANO 2015
FONTE: Disponível em: <http://www.imf.org/external/pubs/ft/weo/2016/update/01/>. Acesso em: 5 
ago. 2016.
País PIB (Milhões de 
US$)
População PIB per capita em US$
Brasil 1.772.589 204.450.649
US$ 8.670 =
1.772.589.000.000
204.450.649
Holanda 738.419 16.819.595
US$ 43.902,31 =
738.419.000.000
16.819.595
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Acabamos de observar como é apurado o PIB per capita de um país e sua 
análise comparativa entre dois países. Apesar de o Brasil ser uma economia 
bem maior (150% maior), a riqueza média de sua população é bastante menor 
que da Holanda. Aliás, a riqueza média, medida em US$, do holandês é 406% 
maior que a do brasileiro! Eis um dos motivos do porquê a Holanda possuir 
um maior desenvolvimento que o Brasil.
Do exposto acima podemos dizer que o primeiro passo para analisar o 
nível de bem-estar relativo de um país é apurando o PIB per capita. Por meio 
desta apuração podemos ter a rendaper capita “referencial”. Parâmetro de 
comparação que permite fazer uma análise da riqueza média dos cidadãos de 
um país, porém, faltam mais elementos para se ter uma análise mais criteriosa.
4.2 ÍNDICES NÃO MONETÁRIOS COMO MEDIÇÃO DE BEM-
ESTAR
Como acabamos de estudar, o PIB per capita é um identif icador 
“referencial” de nível de desenvolvimento econômico e de bem-estar. Porém, 
nele faltam elementos de análise para observar como está distribuída essa 
riqueza entre a população. Segundo o FMI, o PIB per capita do Brasil no ano 
de 2011 foi de US$ 12.993, porém:
• Será que todo brasileiro, nesse ano de 2011, teve uma renda média de US$ 
1.083 por mês? Isto é, uma renda média em reais de R$ 2.166, considerando 
a taxa de câmbio de R$ 2,00 por US$ dessa época? Alguns receberam muito 
mais que isso, e outros muito menos, inclusive não receberam renda. Eis a 
questão da análise social da riqueza de um país. 
Deste modo, além do PIB per capita, é chave ter outros elementos de 
análise para definir melhor o nível de bem-estar de um país. Nesse sentido, a 
ONU vem calculando periodicamente o Índice de Desenvolvimento Humano 
(IDH), o qual considera as seguintes variáveis: expectativa de vida; nível 
de alfabetização; grau de distribuição de renda; mortalidade infantil; leitos 
hospitalares per capita; e consumo de calorias e proteínas per capita.
Uma vez obtido o IDH, aí sim podemos fazer uma análise comparativa 
tanto do PIB per capita como do IDH, para assim obter um referencial mais 
claro do índice de bem-estar social de um país. A seguir, podemos ver essas 
grandes diferenças entre riqueza bruta do PIB, PIB per capita e IDH das maiores 
economias do mundo no ano de 2012.
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 PIB ((Milhões de US$) PIB per capita IDH 
Fonte FMI FMI PNUD
Ano 2012 2011 2012
Estados Unidos 1 15.653.366 14 48.387 3 0,937
China 2 8.250.241 89 5.414 101 0,699
Japão 3 5.894.390 18 45.920 10 0,912
Alemanha 4 3.336.651 20 43.742 5 0,92
França 5 2.875.000 19 44.008 20 0,893
Brasil 6 2.673.580 54 12.993 85 0,73
Reino Unido 7 2.585.779 22 38.592 26 0,875
O PIB E OS ÍNDICES COMPARATIVOS DE BEM-ESTAR
* Não há registro do índice de IDH
FONTE: Disponível em: FMI: <http://www.imf.org/external/country/index.htm>. Programa das Nações Unidades 
para o Desenvolvimento (PNUD): <www.pnud.org.br/SobrePNUD.aspx>. Acesso em: 7 dez. 2016.
Observe que tanto a China como o Brasil estão entre as maiores 
economias do mundo. Mas seus PIBs per capita são bem menores que das 
outras economias do quadro e de muitas outras mais que não estão nesse 
quadro. Aliás, o PIB per capita da China deste ano (2016) foi só de US$ 5.414, 
possuindo o pior IDH das maiores economias do mundo.
Agora, cabe levar em consideração que, apesar de que tanto o PIB per 
capita do Brasil como da China são bastante mais baixos que do resto das 
maiores economias do mundo, estes dois países vêm apresentando mudanças 
drásticas na sua estrutura econômica. Há apenas duas décadas, suas economias 
nem estavam entre as maiores do mundo, e pior ainda era o nível de bem-
estar de suas populações, estes níveis eram bastante mais baixos.
Pode-se considerar que o desenvolvimento econômico é um conjunto de 
transformações intimamente associadas, que se produzem na estrutura de 
uma economia, e que são necessárias à continuidade de seu crescimento. 
Essas mudanças concernem à composição da demanda, da produção e dos 
empregos, assim como da estrutura do comércio exterior e dos movimentos 
de capitais com o estrangeiro. Consideradas em conjunto, essas mudanças 
estruturais definem a passagem de um sistema econômico tradicional a um 
sistema econômico moderno (CHENERY, 1991 apud SOUZA, 2011).
 
Para concluir, podemos dizer que a dinâmica entre essas interdependências 
expostas pelo autor Chenery (2011) é que faz realmente crescer a economia 
de um país. Porém, é exatamente com essas mudanças estruturais, com uma 
visão mais social e levando em consideração o Índice de Desenvolvimento 
Humano (IDH) e políticas econômicas de bem-estar, que se poderá melhorar 
a “real distribuição da renda”, portanto, obter um desenvolvimento econômico 
com um horizonte mais sustentável no longo prazo.
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AUTOATIVIDADE
Tópico .01
 
1 Qual é a diferença entre uma política econômica de curto prazo e uma de 
longo prazo?
2 Se o governo está precisando incentivar o crescimento econômico por 
meio do aumento da Demanda Agregada, um dos meios para atingir isso 
é incentivando a geração de maior emprego. Mas, em contrapartida, qual 
será um dos impactos colaterais desta medida?
3 No momento em que o governo apresentar um alto nível de gasto público, 
logo depois haverá pressões na inflação. Nesse sentido, para frear essa 
pressão na inflação, qual poderia ser uma medida efetiva da política fiscal?
4 Se o governo aumentar os impostos, embora seja uma atitude impopular, 
qual será o impacto na demanda agregada decorrente desse aumento de 
impostos?
Tópico .02
1 No momento de aplicar políticas monetárias, como se pode aumentar ou 
inibir a Demanda Agregada (DA) por meio da Teoria Quantitativa da Moeda?
2 Entre as ferramentas da política monetária, temos o depósito compulsório. 
O que aconteceria se o governo reduzisse a porcentagem do depósito 
compulsório?
3 Uma das funções fundamentais da moeda é a sua condição de denominador 
comum de valores. Explique esse conceito.
4 Na economia contemporânea, na maioria dos países não existe moeda 
em circulação que tenha seu respectivo valor em “reserva ouro” no Banco 
Central, como existia antigamente até meados do século passado. Hoje 
existe na maioria dos países o conceito de moeda fiduciária. A seguir, 
exponha qual o significado de moeda fiduciária.
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Tópico .03
1 Quando um país adota o regime de taxa de câmbio flutuante, é o mercado 
que determina o valor relativo da taxa de câmbio. Nesse cenário:
a) Quais são as forças que determinam esse mercado?
b) Qual é a grande conta nacional que apura a entrada e saída de recursos 
monetários de um país, em que moeda é medida essa conta?
2 Dentro da balança comercial tem-se a conta de importações. Nesse sentido, 
como impacta no Balanço de Pagamentos um aumento nas importações?
3 Existem dois grandes tipos de políticas de taxa de câmbio, a taxa de câmbio 
fixa e a flutuante. A seguir, determine a diferença entre taxa de câmbio fixa 
e flutuante.
4 Ao final da apuração de todos os registros do Balanço de Pagamentos 
durante um período de tempo, logo, o saldo líquido dessa conta como pode 
impactar as Reservas Internacionais e a taxa de câmbio?
5 No contexto de desenvolvimento econômico, qual o medidor da riqueza 
monetária referencial dos cidadãos de um país, e qual é o medidor social 
de bem-estar?
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REFERÊNCIAS
CHENERY, Hollis. Changement des estrutures et politiques de 
dévelopment. Paris: Economica, 1981.
FROYEN, Richard T. Macroeconomia. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2001.
KENNEDY, Peter E. Economia em contexto. São Paulo: Saraiva, 2004.
ROSSETI, José Paschoal. Introdução à economia. 20. ed. São Paulo: Atlas, 
2003.
ROSSETI, José Paschoal. Contabilidade social. 7. ed. São Paulo: Atlas, 1995.
SOUZA, Nali de Jesus. Desenvolvimento econômico. 5. ed. São Paulo: 
Atlas. 2011.
SAMUELSON, Paul; NORDHAUS, William. Economia. 17. ed. Rio de Janeiro: 
McGraw-Hill, 2004.
VASCONCELLOS, Marco Antônio; GARCIA, Manuel E. Fundamentos de 
economia. São Paulo: Saraiva, 2005.

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