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Teoria_da_Pena Atual

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CURSO DE DIREITO – UNINASSAU 
DIREITO PENAL
BIBLIOGRAFIA
1) Tratado de Direito Penal 1- Parte Geral, Editora Saraiva. Cézar Roberto 
Bittencourt;
2) Direito Penal, Volume I-Parte Geral, Editora Saraiva. Damásio de Jesus;
3) Curso de Direito Penal, Volume I-Parte Geral, Editora Jus Podvium. Paulo 
Queiroz;
4) Curso de Direito Penal, Volume I-Parte Geral, Editora Impetus. Rogério Greco;
5) Direito Penal Parte Geral, Juarez Cirino dos Santos, Editora ICPC;
6) Direito Penal Parte Geral, Fernando Galvão, Editora D’PLÁCIDO;
7) Teoria da Pena (Série Direito Penal baseado em casos), Editora Juruá 
(Coordenador Paulo César Busato);
8) A Falência da Pena de Prisão, Editora Saraiva. Cézar Roberto Bittencourt;
9) Concurso de Agentes, Editoria Lumen Juris, Nilo Batista;
10) www.dizerodireito.com.br.
CONCURSO DE AGENTES
• ESTRUTURA:
✔ Definição;
✔ Teorias sobre o concurso de agentes;
✔ Requisitos para o concurso de agentes;
✔ Espécies:
a. Autoria
b. Participação
✔ Cooperação dolosamente distinta;
✔ Formas especiais de autoria;
✔ Comunicabilidade das circunstâncias.
CONCURSO DE AGENTESDefinição: Para Paulo Queiroz é “.... a intervenção dolosa e culposa 
de mais de um agente em um mesmo delito”; 
“Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas 
penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 
 § 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser 
diminuída de um sexto a um terço. 
 § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos 
grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até 
metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.“
CONCURSO DE AGENTES
1. Concurso Necessário
“Art. 149. Reunirem-se militares ou assemelhados:
I - agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a 
cumpri-la;”
2. Concurso Eventual
“Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou 
qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e 
grave:”
❑ Monista: “A norma consubstanciada no art. 29, CP, que contém 
atenuações ao princípio da unidade do crime, não impede que o 
magistrado, ao proferir a sentença penal condenatória, imponha penas 
desiguais ao autor e ao coautor da prática delituosa. A possibilidade 
jurídica desse tratamento penal diferenciado justifica-se, quer em face 
do próprio princípio constitucional da individualização das penas, quer 
em função da clausula legal que, inscrita no art. 29, caput, in fine, do CP, 
destina-se a ‘minorar os excessos da equiparação global dos 
coautores’” (STF, Habeas Corpus 70022, Relatoria Ministro Celso de 
Mello, 1ª Turma, Julgado em 14/mai/1993)
❑ Dualista:
“Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de 
contrabando ou descaminho (art. 334):
 Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.”
“Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto 
devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.”
❑ Pluralista:
“Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho 
provoque:”
“Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante:”
“Gestão fraudulenta de instituição financeira (art. 4º, da Lei nº 
7.492/1986). Simulação de empréstimos bancários e utilização de 
diversos mecanismos fraudulentos para encobrir o caráter simulado 
dessas operações de crédito. (...) Crime praticado em concurso de 
pessoas, com unidade de desígnios e divisão de tarefas. 
Desnecessidade, para configuração da coautoria delitiva, de que cada 
um dos agentes tenha praticado todos os atos fraudulentos que 
caracterizam a gestão fraudulenta de instituição financeira. Pela divisão 
de tarefas, cada coautor era incumbido da realização de determinadas 
condutas, cujo objetivo era a realização do delito”
(Ação Penal 470/DF, Pleno, Relatoria Ministro Joaquim Barbosa, Julgado 
em 17/dez/2012) 
● Requisitos, segundo Paulo Queiroz, para configurar a Teoria do 
Domínio Final do Fato:
a) é autor quem executa, por sua própria mão, todos os elementos do 
tipo (quem mata, quem estupra etc.); 
b) é autor quem executa o fato utilizando outro como instrumento 
(autoria mediata); 
c) é autor ou coautor quem realiza uma parte necessária da execução 
do plano global (domínio funcional do fato), ainda que não seja um fato 
típico em sentido estrito, mas participando da resolução criminosa. Nos 
demais casos haverá participação
“... Inaplicabilidade da teoria do domínio do fato aos crimes culposos. Doutrina. Habeas 
corpus deferido. (...). (...) a mera invocação da “teoria do domínio do fato”, tal como 
aperfeiçoada por Claus Roxin (Autoria y Domínio del Hecho, 7. ed., p. 149, 2000, Marcial 
Pons), poderia conferir, só por si, suporte legitimador à ação persecutória promovida 
contra o ora paciente, pois, ainda que se pudesse considerá-la aplicável ao caso (o que se 
alega por mero favor dialético), mesmo assim impor-se-ia a efetiva demonstração da 
autoria e do nexo causal entre conduta e resultado, tal como enfatizei em voto proferido 
na AP 470/MG. Cabe insistir na observação — que então fiz naquela oportunidade — de 
que a mera invocação da teoria do domínio do fato não basta para exonerar o Ministério 
Público do gravíssimo ônus de comprovar, licitamente, para além de qualquer dúvida 
razoável, os elementos constitutivos da acusação (autoria, materialidade e existência de 
nexo causal), de um lado, e a culpabilidade do réu, de outro, pois — nunca é demasiado 
reafirmá-lo — o princípio do estado de inocência, em nosso ordenamento jurídico, 
qualifica-se, constitucionalmente, como insuprimível direito fundamental de qualquer 
pessoa, que jamais se presumirá culpada em face de imputação penal contra ela deduzida, 
tal como esta Suprema Corte tem sempre proclamado ...” (HC 138.637/SP, rel. min. Celso 
de Mello, dec. monocrática, j. 18/5/2017).
• Formas de Autoria Mediata:
ausência de capacidade mental (menor de idade);
 ii) inimputabilidade por doença mental ou embriaguez; 
iii) coação moral irresistível; 
iv) erro de tipo escusável determinado por terceiro; e 
v) obediência hierárquica.
● QUESTÃO DE SALA DE AULA:
Na consecução de uma determinada saga delituosa, crime de 
extorsão mediante sequestro (art. 159, CPComum), “A” se posta 
como negociador junto a família da vítima, “B” como aquele que 
arrebatará o sujeito passivo e “C” aquele que conduz o veículo que 
se deslocará ao cativeiro, e “D” apenas o caseiro do local, sem se 
ater a atos materiais da infração penal. Suponha que “E” que o 
agente que planeja a saga em debate, sendo estimulado por seu fiel 
escudeiro, “F”, que não tem papel prédefinido nesse caso concreto. 
Em face do exposto, descrimine em quais posições, dentro do 
conceito de autoria, pode-se alocar cada qual dos intervenientes? 
● Partícipes: accessorium sequitur principale;
● Teoria da Acessoriedade Mínima;
● Teoria da Acessoriedade Limitada: adotada pela 
dogmática penal pátria;
● Teoria da Acessoriedade Máxima;
● Teoria da Hiperacessoriedade.
Participação Impunível
“Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, 
salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o 
crime não chega, pelo menos, a ser tentado.”
“Art. 288-A. Constituir, organizar, integrar, manter ou custear 
organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão 
com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos 
neste Código: Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos. ”
“Art. 291 - Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou 
gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho, instrumento 
ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de 
moeda: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.”
● Participação de Menor Importância:
“Art. 29. § 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode 
ser diminuída de um sexto a um terço.” 
● Causa geral de redução de pena, em virtude da menor culpabilidade 
do acusado;
● Ex.: A faxineira que intervémnuma extorsão mediante sequestro, 
limitando-se a atender ligações telefônicas, alimentar a vítima.
● Desvio Subjetivo da Conduta:
“Art. 29.§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime 
menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será 
aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado 
mais grave.” 
● Casos polêmicos do desvio subjetivo de conduta- “A”= 
mandante; “B”= executor e “C”= vítima:
1. “A” lesionar, “B” matar e “C” morte (dolosa);
2. “A” lesionar, “B” lesionar e “C” morte (culposa);
3. “A” matar, “B” lesionar e “C” lesão (dolosa);
4. “A” matar, “B” lesionar e “C” morte (culposa).
● Comunicabilidade das circunstâncias e elementares:
● “Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de 
caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.”
● Elementar: Se do conhecimento do agente, se comunicam, mesmo que 
pessoais;
● Circunstâncias: se subjetivas, nunca se comunicam; caso objetivas, 
para a comunicabilidade devem estar na esfera de conhecimento do 
interveniente;
● Condições: ora dizem respeito a elementares (condição de militar), ora 
a circunstâncias do crime (agravante de violação do dever do cargo). 
“”A”, “B”, “C” e “D” resolvem, em concerto, praticar um crime 
patrimonial (furto) ao Banco Continental, durante determinada 
madrugada, tudo arquitetado por “A” e, para tanto, necessitam 
da coleta de materiais. Contactam “E”, que fornece pás, 
motosserras, e barras de ferro, para auxiliar no ingresso do 
estabelecimento, e “F”, que aluga as armas de fogo para o 
intento. No dia agendado, pela madrugada, iniciam, “B”, “C” e 
“D”, os devidos atos de execução, sendo que “A” permaneceria 
apenas na gestão das condutas, na base do grupo, enquanto 
“B” romperia os obstáculos existentes, “C” ficaria aguardando 
no veículo para “dar fuga” ao grupo, e “D” realizaria a 
necessária subtração. Durante o início de tal jornada, “G”, que 
passava no local, resolve aderir a saga criminosa do grupo, 
sendo deslocado para fazer a vigia do local.....
....Enquanto ingressam no Banco, e fazem as subtrações, “H”, 
segurança do local, assiste tudo passivamente do centro de 
comunicação do estabelecimento e, com receio de se 
comprometer, nada faz. Finalizada a infração penal, o grupo 
reparte a res furtiva, e resolvem, doravante, ajustar, de forma 
permanente, próximos crimes patrimoniais, em virtude do êxito 
desse primevo. Deliberam assim adquirirem casas na periferia 
da cidade, colocando moradores pobres, sem teto, para lá 
residirem, gratuitamente, sob o compromisso de, quando 
necessário, favorecerem o grupo, escondendo-os, 
pessoalmente, ou guardando os produtos dos crimes”. Em face 
da fictícia história aqui narrada, indaga-se: 
1) Em relação as figuras “A”, “B”, “C”, “D”, “E” e “F”, quais são 
considerados autores, em suas mais diversas espécies 
(direta, mediata e coautoria) e partícipes?
2) Especificamente em relação a “G”, este pratica crime 
autônomo, ou está em concurso de agentes, e em qual 
condição? 
3) Se “H” foi omisso, a sua omissão é irrelevante, própria ou 
imprópria, e se ele ingressa no conceito de concurso de 
agentes?
4) Em relação aos últimos intervenientes, moradores das casas 
da associação criminosa, esses contribuem para as sagas 
criminosas futuras? Se sim, em que condição?
Fundamente todas as respostas..... 
TEORIA DA PENA
“Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à 
conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às 
circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao 
comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja 
necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime:”
✔ Teorias Deslegitimadoras da Pena;
Direito penal é uma espada de duplo fio, sendo uma violência a 
serviço do controle da violência.
1) É crime aquilo que se define como tal (labelling aprouch);
2) Não há comprovação da capacidade preventiva do direito penal;
3) Direito Penal Seletivo;
4) A criminalidade é incentivada pelo Direito Penal (ex.: tráfico de 
drogas).
• Pena: segundo Paulo Queiroz, será “...a privação ou a restrição de 
um bem jurídico imposta por uma autoridade judiciária 
competente ao autor de uma infração penal; a pena constitui, 
portanto, a princípal consequência de um fato punível....”.
• Em regra, atrela-se pena a sanção da privação da liberdade;
• Prisão, modo aviltante da resposta estatal?
• Para Heleno Cláudio Fragoso, referindo-se esclarecedoramente 
sobre a pena de prisão: “…. como instituição total, a pena 
necessariamente deforma a personalidade, ajustando-se à 
subcultura da prisão. A reunião coercitiva de pessoas do mesmo 
sexo num ambiente fechado, autoritário, opressor e violento, 
corrompe e avilta. Os internos são submetidos às leis de massa, 
ou seja, códigos dos presos, onde imperam a violência e a 
dominação de uns sobre os outros. O homossexualismo, por 
vezes brutal, é inevitável. A delação é punida com a morte. 
Conclui-se, assim, que o problema da prisão é a própria prisão, 
que apresenta um custo social demasiadamente elevado”.
Penas em Espécie
• Penas adotadas pela CF/88:
“Art. 5º. Omissis….. XLVI - a lei regulará a individualização da pena e 
adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;”
• Rol aberto;
• E as penas do crime de posse de drogas para consumo?
• Vedação Constitucional:
“Art. Omissis. XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;”
• E a pena de morte?
“CPM: “Art. 355. Tomar o nacional armas contra o Brasil ou Estado 
aliado, ou prestar serviço nas fôrças armadas de nação em guerra 
contra o Brasil:
 Pena - morte, grau máximo; reclusão, de vinte anos, grau mínimo”.
• Requisitos: 
i) o país encontrar-se em estado de guerra declarada, na forma do art. 21, 
II; art. 49, II e art. 84, XIX, do Texto Magno, ou seja, competência exclusiva 
da União para sua decretação, via Presidente da República no exercício 
das sua funções como Chefe de Estado, e autorizado pelo Congresso 
Nacional; 
ii) a conduta proibida se adequar ao conceito de crime militar, art. 10 em 
cotejo ao tipo inserto no Livro II; 
iii) a cominação penal respectiva estar prevendo a pena capital, dentre as 
suas balizas (limite máximo); e 
iv) em caso de condenação o Presidente da República não haver comutado 
para a pena de privação da liberdade.
● Segundo Ênio Rosseto “...crimes graves que favorecem o inimigo externo 
e comprometem ...operações militares, que atentam contra a soberania 
nacional...causam a debandada da tropa...a desordem entre os soldados, 
que levam à desobediência, à indisciplina...militar”. 
• Elenco de penas previstas no CPComum:
“Art. 32 - As penas são:
 I - privativas de liberdade;
 II - restritivas de direitos;
 III - de multa.”
• Elenco de penas previstas no CPM:
“Art. 55. As penas principais são: 
 a) morte; 
 b) reclusão; 
 c) detenção; 
 d) prisão; 
 e) impedimento; 
 f) suspensão do exercício do pôsto, graduação, cargo ou função; 
 g) reforma. “
Obs.: E as medidas de segurança?
Fixação da Pena: Método Trifásico
“Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste 
Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e 
agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento.”
“Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta 
social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e 
conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, 
estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e 
prevenção do crime:
 I - as penas aplicáveis dentre as cominadas;
 II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos;
 III - o regime inicialde cumprimento da pena privativa de liberdade;
 IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra 
espécie de pena, se cabível.”
❑ Rito de aplicação da pena, conforme art. 59, in fine, CPcomum:
1- Quais as consequência em lei para a infração penal;
2- Fixação da pena:
a. 1ª Fase: circunstâncias judiciais- art. 59, caput, CPComum (e/ou 
outras da legislação extravagante, vide art. 42, Lei nº 11.343/2006). 
Pena base; 
b. 2ª Fase: circunstâncias legais (agravantes e atenuantes)- arts. 61 a 
66, CPComum (e/ou outras da legislação extravagante, vide art. 15, 
da Lei nº 9.605/1998). Pena Provisória;
c. 3ª Fase: majorantes e minorantes (parte geral e especial do 
CPComum). Pena Definitiva;
Obs.: E as qualificadoras/privilegiadoras?
3- Regime de cumprimento da pena (em caso de pena de 
encarceramento);
4- Substituição da pena de privação da liberdade, se cabível;
5- Não cabível tal substituição acima, verificação da possibilidade de 
concessão do sursis;
6- Efeitos da condenação ou penas acessórias, se cabíveis; 
• Quais diferenças entre qualificadoras, circunstâncias judiciais, legais e 
causas de aumento e diminuição?
“Art.121. § 2° Se o homicídio é cometido:.... VII – contra autoridade ou 
agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do 
sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício 
da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou 
parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: Pena - 
reclusão, de doze a trinta anos.”
“art. 129. § 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente 
descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do 
sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício 
da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou 
parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição, a pena 
é aumentada de um a dois terços.”
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
❑ 1ª Fase: Circunstâncias Judiciais- “Dados acessórios que, 
agregados à figura típica fundamental, aumentam ou diminuem a 
pena” (Damásio Jesus);
✔ Tem caráter subsidiário;
✔ Circunstâncias devem ser anteriores ou concomitantes à 
conduta, jamais posteriores a esta;
✔ Deve-se respeitar as balizas impostas no preceito secundário.
▪ Critérios subjetivos:
a. Culpabilidade: conduta censurável, a exemplo de agente 
público que recebe propina;
b. Antecedentes do réu: fatos do passado da conduta do 
condenado dignos de nota. Necessária decisão transitada em 
julgado;
c. Conduta social: princípio da materialização do fato. Em caso de 
comprovada dependência química não calha esta circunstância;
d. Personalidade do réu: Qualidade morais; retrato psíquico do 
delinquente, incluindo a periculosidade. Deve o juiz ter 
conhecimentos de psiquiatria, psicologia e antropologia. 
Personalidade voltada para o crime (???). Decisões conflitantes STJ 
e STF; e
e. Motivos do crime: razões nobres ou não para o cometimento do 
crime. E a ausência de motivos?
▪ Critérios objetivos:
a. Circunstâncias do crime: é o derredor do crime (local, modo de 
execução, tempo, etc., a exemplo de cometer a infração próxima a 
uma escola;
b. Consequências do Crime: intensidade e seus reflexos externos. 
Efeitos do homicídio junto a família da vítima; e
c. Comportamento da vítima: participação da vítima no crime. Só 
observada em favor do agente.
“Suponhamos que ‘A’, pai de família exemplar, obreiro dedicado, com ficha 
laboral irretocável, durante uma discussão de bar, tendo como motivação a 
perda de uma partida de futebol pelo seu time, quebra uma garrafa e, com 
animus nocendi, fere gravemente ‘B’ que, após socorrido, sobrevive ao 
incidente. Ressalte-se que ‘B’, antes da agressão sofrida, zombava em 
demasia de ‘A’, em virtude, justamente, de tal resultado. Informe-se ainda 
que ‘A’ responde por outras lesões, sendo 1 instrução processual e 2 
inquisas policiais em curso, sendo considerado pela vizinhança uma 
pessoa agressiva, somente quando consome bebidas alcoólicas, inclusive, 
já restou internado por 3 oportunidades em clínicas de reabilitação. No 
tocante à vítima, esta ficou internada por 60 dias. Tendo em vista tal 
situação, sendo ele mecânico autônomo, veio a sua família a passar por 
sérias dificuldades financeiras, pois o provedor não estava realizando suas 
atividades trabalhistas”.
Diante do exposto, na qualidade de juiz da causa, especifique, em relação à 
1ª fase da dosimetria da pena, as circunstâncias judiciais cabíveis, e a 
consecutiva fundamentação. 
 
❑ 2ª Fase: Agravantes e Atenuantes
“Aferição de particularidades que não alteram o tipo penal, porém, 
influem, inafastavelmente, na sanção penal, ora aumentando-a, ora 
diminuindo-a”.
✔ Não há quantum estipulado na lei penal, ao inverso da previsão no 
CPM;
✔ Observar se a circunstância já não é utilizada como elementar típica, 
qualificadora/privilegiadora, minorante/majorante;
✔ Salvo a reincidência, as agravantes apenas se aplicam aos crimes 
dolosos;
✔ As atenuantes se aplicam aos crimes dolosos e culposos;
Espécies de agravantes:
II. Motivos fútil e torpe;
III. Facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou 
vantagem de outro crime; 
IV. Traição, emboscada, dissimulação ou qualquer recurso que 
dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; 
V. Emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio 
insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum;
VI. Embriaguez preordenada;
VII. Contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;
VIII. Abuso de poder ou violação inerente a cargo, ofício, 
ministério ou profissão;
IX. Contra criança, maior de sessenta anos, enfermo e mulher 
grávida;
X. Ofendido sob proteção de autoridade;
XI. Ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer 
calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido;
XII. Com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações 
domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra 
a mulher na forma da lei específica;
XIII. Agente que promove, organiza a cooperação ou dirige a atividade 
dos demais agentes;
XIV. Coage ou induz outrem à execução material do crime;
XV. Instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua 
autoridade ou não-punível em virtude de condição ou qualidade 
pessoal;
XVI. Paga ou promessa de recompensa.
REINCIDÊNCIA
“Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente 
comete novo crime, depois de transitar em julgado a 
sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha 
condenado por crime anterior.”
• Colisão c/ o Princípio da Materialização do Fato;
• Reincidência & Maus Antecedentes;
• Sistemas da reincidência ficta;
• Reincidência e Primariedade;
“Art. 64 - Para efeito de reincidência:
I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do 
cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver 
decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, 
computado o período de prova da suspensão ou do livramento 
condicional, se não ocorrer revogação; 
II - não se consideram os crimes militares próprios e políticos.”
• Prazo depurador;
• Sistema da Temporalidade;
• Tabela de Reincidência:
Fonte: Rogério Sanches(2013)
✔ Atenuantes: crimes dolosos e culposos
“Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena:
 I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 
70 (setenta) anos, na data da sentença; 
 II - o desconhecimento da lei;
 III - ter o agente:
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o 
crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqüências, ou ter, antes do 
julgamento, reparado o dano;c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento 
de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, 
provocada por ato injusto da vítima;
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o 
provocou.”
❑ Art. 65.: atenuantes nominadas e Art. 66.: atenuantes 
inominadas;
❑ Concurso entre atenuantes e agravantes:
“Art. 67 - No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve 
aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias 
preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos 
motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da 
reincidência.”
❑ Compensação entre as circunstâncias legais preponderantes;
❑ Confissão é atenuante preponderante, aspecto da 
personalidade do agente?
Suponha que “A” tenha sido condenado pelo crime de calúnia (art. 
138, CPComum) praticado contra “B” que, no tempo do crime 
estava com 61 anos de idade. Consoante constam nos autos, na 
data dos fatos “A” tinha 19 anos de idade, além de haver, no curso 
da instrução processual, confessado tal delito. Suponha ainda ser 
“A” reincidente (sentença penal condenatória transitada em 
julgado por crime anterior), e tendo como razões para tal conduta 
“C” haver prometido vantagem financeira a ele (“A”), visando 
aquele (“C”) ofender publicamente o seu desafeto, “B”. 
Em face do ora exposto elenque, na qualidade de julgador da 
infração em escólio, as possíveis agravantes e atenuantes 
(circunstâncias legais) dispostas, em tese, ao caso, e a condição, 
ou não de preponderância, invocando ainda que, no art. 141, IV, 
CPComum, vide transcrição, temos uma causa de aumento da 
pena para o crime de calúnia.
“Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um 
terço, se qualquer dos crimes é cometido:
..........
IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de 
deficiência, exceto no caso de injúria.” 
❑ 3ª Fase da Fixação da Pena: Causas de Aumento e Diminuição:
- Geral: Ex.: art. 69, concurso material e art. 16, arrependimento 
posterior;
- Especial.: §1º, art. 155, furto majorado e §1º, art. 121, homicídio 
privilegiado.
Obs.: Concurso entre causas de aumento e diminuição (§único, 
art. 68- “No concurso de causas de aumento ou de diminuição 
previstas na parte especial, pode o juiz limitar-se a um só aumento 
ou a uma só diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que mais 
aumente ou diminua”).
“Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste 
Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e 
agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento.”
• Sistema Sucessivo (cascata): A operação seguinte tomará por base a 
anterior e assim sucessivamente;
Ex.: Fixada a pena base em 5 anos e 6 meses, incide uma agravante 
de 6 meses, chegando a uma pena provisória de 6 anos. Em razão de 
uma causa de diminuição da pena de 1/3, teremos à pena de 4 anos (6 
- 1/3= 4 anos) e, empós, uma causa de aumento de metade (4: 1/2=2 
anos), resultando na pena final de 6 anos (4 + 2= 6 anos). 
“Suponha que “Mélvio” tenha sido condenado pelo crime de furto (art. 155) 
tentado (art. 14, II, §único). Na aferição da pena tenha sido constatado que 
a infração sucedeu em período noturno, além de que, para fins do furto, 
tenha ingressado em estabelecimento comercial danificando a porta de 
entrada após o emprego de dinamite. Suponha ainda que, antes de 
recebida a denúncia pelo juiz, “Mélvio” tenha ressarcido integralmente os 
danos (art. 16) e, ultrapassada as fases das penas base e intermediária, 
esta tenha sido fixada em 4 anos, buscando-se, agora, a pena final (3ª 
Fase). Indaga-se, de posse dos dispositivos penais em debate:
1. A pena base se iniciou a partir de quais cominações do crime de furto?
2. Indique o quantum da penal final a ser estipulada a “Mélvio”?
1. Suponha que “Tício” restara condenado pelo crime de roubo qualificado 
pelo resultado lesão corporal grave (§3º, I, art. 157). Informe a partir de 
quais balizas (cominações penais) se iniciará a fixação da pena?
2. Suponha que “Décio” e “Draco” tenham iniciado o crime de Lesão 
Corporal (art. 129, caput), que não se consumou por circunstâncias alheias 
a vontade dos agentes, em desfavor de “Mélvio” que, por sua vez, era um 
corriqueiro infrator patrimonial da localidade em que residiam os agentes, 
sendo este o motivo das agressões. Suponha ainda que “Mélvio”, no 
momento do crime, tinha 61 anos de idade, além de, no modus operandi 
das infrações cometidas, sempre utilizar arma de fogo. 
Indaga-se: quais as circunstâncias judiciais, legais, minorantes e 
majorantes possivelmente cabíveis no caso, além de indicar qual o limite 
inicial para a fixação da pena.
3. Dentre as teorias da pena estudadas, indique, e fundamente, qual a 
adotada textualmente pela lei penal brasileira.
4. Suponha agora que “Draco” foi condenado pelo crime de homicídio 
(art.121), qualificado pela torpeza e pelo meio de execução (uso de tortura), 
nada obstante a vítima, “Guapo”, ser o estuprador da sua filha, e este se 
constituir nas razões do crime em pauta. Na execução do delito, “Draco” 
esmagou o crânio de “Guapo”. Indique as circunstâncias judiciais, legais, 
minorantes e majorantes possivelmente cabíveis no caso.
5. Suponha que “Patrício” responda junto ao Poder Judiciário Criminal por 
6 (seis) crimes diversos, cometidos nos ano de 2015 a 2017, nenhum deles 
com julgamento definitivo. Imagine agora que o segundo delito perpetrado 
naquele período veio a transitar em julgado. Em face do exposto, 
indaga-se: em relação aos demais crimes, quais destes Patrício será 
considerado reincidente, e quais poderemos utilizar como (maus) 
antecedentes.
6. A “participação de menor importância” (§1º, art.29), estudada no 
decorrer do instituto “concurso de agentes” será utilizada em qual 
momento da fixação da pena? Se cabível, no respectivo caso concreto, a 
causa de diminuição da pena prevista no art. 16, CPComum 
(arrependimento posterior), ambas poderiam ser utilizadas, ou o juiz 
deverá optar por alguma, em face do §único, art. 68, CPComum? Se sim, 
qual?

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