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Você está recebendo perguntas norteadoras sobre o plexo braquial, estude-as e em seguida responda os três casos clínicos e desenhe o plexo braquial no braço de alguém da sua família ou em um papel. Encaminhe pelo AVA a resposta dos 3 casos clínicos e uma foto do seu desenho. A atividade vale 3,0 na G1 e deve ser encaminhada até dia 07/05 às 23:59. Boa atividade 1. Defina o que é um nervo? Um nervo é um conjunto de fibras nervosas que conduz impulsos entre o sistema nervoso central e diversas partes do corpo. Este conjunto tem a forma de um cordão esbranquiçado e tem a capacidade de transmitir ondas eléctricas (os impulsos nervosos ou potenciais de ação) a grande velocidade. De um modo geral, o impulso nervoso nasce no corpo celular de um neurónio e passa do axônio para o extremo; através da sinapse, consegue transmitir-se para outro neurônio. Existem diversos tipos de nervos. Os nervos aferentes são aqueles que levam os sinais sensoriais da pele ou outros órgãos para o cérebro. Os nervos eferentes, por sua vez, transferem o impulso desde o cérebro até às glândulas e aos músculos. De acordo com a sua origem, os nervos podem ser cranianos (nascem no bolbo ou no encéfalo), raquídeos (originados na medula espinhal) ou do sistema nervoso simpático. Relativamente à sua função, destacamos os nervos sensoriais (transmitem estímulos dos órgãos dos sentidos), os motores ou centrífugos (levam as ordens de movimento para os músculos e as glândulas), os sensitivos ou centrípetos (conduzem as excitações externas para os centros nervosos) e os mistos (funcionam como motores e sensitivos). 2. De onde originam-se as inervações do membro superior? A maioria dos nervos no membro superior origina-se no plexo braquial, uma importante rede nervosa que supre o membro superior; começa no pescoço e estende-se até a axila. 3. Há dois tipos de inervação: sensitiva e motora. Explique? A inervação sensitiva compreende a motivação do sentidos do corpo humano. Já a inervação motora compreende a motivação do movimento músculo-esquelético e sistêmico. 4. Associe os principais músculos do membro superior, sua inervação e vascularização. Origem, inserção, inervação e vascularização REGIÃO TORÁCICA / AXILAR ● M. peitoral maior: É um músculo respiratório auxiliar, pois eleva o esterno na inspiração, Função: flexionar, aduzir e rodar medialmente o braço. Origem: parte clavicular - metade esternal da clavícula, parte esternocostal - manúbrio, corpo do esterno e cartilagens costais das costelas de 2 a 7 , parte abdominal - lâmina anterior da bainha do músculo reto do abdome. Inserção: crista do tubérculo maior do úmero. Inervação: N. peitoral lateral e medial. Vascularização: ramo peitoral da artéria toracoacromial, ramo s perfurantes da artéria torácica interna. ● M. peitoral menor: É um músculo respiratório auxiliar, pois eleva o esterno e as costelas superiores na inspiração Função: abaixar o ângulo lateral e fazer a protração da escápula. Origem: limite osso-cartilagem das costelas de 3 a 5 Inserção: processo coracoide. Inervação: N. peitoral medial. Vascularização: ramo peitoral da artéria tocaroacromial, artérias intercostais e artéria torácica lateral. ● M. serrátil anterior: Faz a protrusão e rotação da escápula e a mantém contra a parede do tórax. Obs: a paralisia desse músculo resulta em escapula alada. Origem: parte superior - costelas 1 e 2 na parte superior, parte média - costelas 2 e 3 , parte inferior - costelas de 4 a 9. Inserção: parte superior - ângulo superior da escápula, parte medial - margem medial da escápula, parte inferior - ângulo inferior da escápula. Inervação: N. torácico longo. Vascularização: artéria torácica lateral. ● M. subclávio: Responsável por fixar e abaixar a clavícula. Origem: osso-cartilagem da 1ª costela. Inserção: sulco do músculo subclávio na parte acromial da escápula. Inervação: N. subclávio. Vascularização: ramo clavicular da artéria toracoacromial. BRAÇO ● M. deltoide: A parte clavicular flexiona e roda medialmente o braço, a parte acromial abduz o braço junto com o músculo supraespinhal e a parte espinhal estende e roda lateralmente o braço. Origem: parte espinhal - tuberosidade deltoidea da espinha da escápula, parte acromial - no acrômio, parte clavicular - terço acromial da clavícula. Inserção: tuberosidade deltoidea do úmero. Inervação: N. axilar. Vascularização: artéria circunflexa posterior do úmero e ramo deltoideo da artéria toracoacromial. ● M. bíceps braquial: Flexiona e supina o antebraço na articulação do cotovelo. Origem: cabeça longa - tubérculo supraglenoidal da escápula, cabeça curta - processo coracóide da escápula. Inserção: tuberosidade do rádio e fáscia do antebraço pela sua aponeurose. Inervação: N. musculocutâneo (C5, C6). Vascularização: ramos musculares da artéria braquial. ● M. coracobraquial: Faz a flexão e adução do braço na articulação do ombro. Origem: processo coracóide. Inserção: face medial do terço médio do úmero. Inervação: N. musculocutâneo. Vascularização: ramos musculares da artéria braquial. ● M. braquial: Flexiona o antebraço no cotovelo. Origem: face anterior da metade distal do úmero. Inserção: tuberosidade da ulna. Inervação: Nn. musculocutâneo e radial (C7). Vascularização: artéria recorrente radial e ramos musculares da artéria braquial. ● M. tríceps braquial: Estende o antebraço na articulação do cotovelo, a cabeça longa estabiliza a cabeça do úmero abduzido, estende e aduz o braço na articulação do ombro. Origem: cabeça longa - tubérculo infraglenoidal, cabeça medial - face posterior do úmero distal e medial ao sulco do nervo radial, cabeça curta – face posterior do úmero proximal e lateral ao sulco do nervo radial. Inserção: olécrano. Inervação: N. radial. Vascularização: ramo da artéria braquial profunda. DORSO ● M. trapézio: eleva, retrai, roda e abaixa a escápula. Origem: parte descendente - escama occipital entre a linha nucal suprema e superior e processos espinhosos das vértebras cervicais superiores sobre o ligamento nucal , parte transversa - processos espinhosos das vértebras cervicais inferiores e torácicas superiores, parte ascendente - processos espinhosos da parte média e inferior das vértebras torácicas. Inserção: parte descendente - terço acromial da clavícula, parte transversa – acrômio, parte ascendente - espinha da escápula. Inervação: N. acessório. Vascularização: artéria cervical transversa e ramos dorsais das artérias intercostais posteriores. ● M. levantador da escápula: elevação medial da escápula e rotação inferior a cavidade glenoidal. Origem: tubérculos posteriores dos processos transversos das vértebras cervicais de 1 a 4. Inserção: ângulo superior da escápula. Inervação: Ramos anteriores dos nervos espinhais C3 e C4 e N. dorsal da escápula. Vascularização: artéria dorsal da escápula, artéria cervical transversa e artéria cervical ascendente. ● M. romboide menor: fixa a escápula na parede do tórax, retração e rotação da escápula, abaixa a cavidade glenoidal. Origem: processos espinhosos das vértebras cervicais 6 e 7. Inserção: margem medial superior a espinha da escápula. Inervação: N. dorsal da escápula. Vascularização: ramo profundo da artéria cervical transversa e ramos dorsais das 5 primeiras artériasintercostais posteriores. ● M. romboide maior: fixa a escápula na parede do tórax, retração e rotação da escápula, abaixa a cavidade glenoidal. Origem: processos espinhosos das vértebras torácicas de 1 a 4. Inserção: margem medial inferior a espinha da escápula. Inervação: N. dorsal da escápula. Vascularização: ramo profundo da artéria cervical transversa e ramos dorsais das 5 primeiras artérias intercostais posteriores. ● M. supraespinhal: inicia a abdução do braço. Origem: fossa e fáscia supraespinhal. Inserção: faceta proximal do tubérculo maior do úmero. Inervação: N. supraescapular. Vascularização: artéria supraescapular. ● M. infraespinhal: rotação lateral do braço. Origem: fossa e fáscia infraespinhal. Inserção: cápsula articular da articulação do ombro e faceta média do tubérculo maior do úmero. Inervação: N. supraescapular. Vascularização: artéria supraescapular. ● M. redondo menor: rotação lateral do braço. Origem: terço médio da margem lateral da escápula. Inserção: faceta posterior distal do tubérculo maior do úmero. Inervação: N. axilar. Vascularização: artéria circunflexa da escápula. ● M. redondo maior: abdução e rotação medial do braço. Origem: ângulo inferior da escápula. Inserção: crista do tubérculo menor do úmero medialmente ao músculo latíssimo do dorso. Inervação: N. subescapular inferior. Vascularização: artéria circunflexa da escápula. ● M. latíssimo do dorso: extensão, adução e rotação medial do braço na articulação do ombro. Origem: processos espinhosos das 6 últimas vértebras torácicas e vértebras lombares, face dorsal do sacro, terço posterior do lábio externo da crista ilíaca, costelas de 9 a 12 e no ângulo inferior da escápula. Inserção: crista do tubérculo menor do úmero. Inervação: N. toracodorsal. Vascularização: artéria toracodorsal, ramos dorsais das artérias intercostais 9, 10 e 11 posteriores e artéria costal das 3 primeiras artérias lombares. ANTEBRAÇO ● M. ancôneo: Auxilia o músculo tríceps braquial na extensão do cotovelo e abduz a ulna na pronação. Origem: epicôndilo lateral do úmero. Inserção: face posterior da ulna. Inervação: N. radial (C5 a T1). Vascularização: artéria braquial profunda. ● M. flexor radial do carpo: flexiona e abduz a mão. Origem: Epicôndilo medial. Inserção: base do 2º osso metacarpal. Inervação: N. mediano. Vascularização: Artéria radial . ● M. flexor ulnar do carpo: flexiona e aduz a mão. Origem: cabeça umeral - epicôndilo medial, cabeça ulnar - olécrano e margem posterior da ulna. Inserção: osso pisiforme, hámulo do hamato e base do 5º dedo metacarpal. Inervação: N. ulnar. Vascularização: Artéria recorrente ulnar. ● M. palmar longo: não tem função, músculo inconstante. Origem: epicôndilo medial. Inserção: aponeurose palmar. Inervação: N. mediano. Vascularização: artéria recorrente ulnar. ● M. pronador redondo: pronação do antebraço e auxilia na flexão do antebraço. Origem: epicôndilo medial e processo coronóide. Inserção: face lateral do rádio. Inervação: N. mediano. Vascularização: Artéria recorrente ulnar. ● M. pronador quadrado: pronação do antebraço. Origem: Margem interóssea da ulna na parte distal. Inserção: Margem interóssea do rádio na parte distal. Inervação: N. interósseo anterior (ramo do N. mediano). Vascularização: Artéria interóssea anterior. ● M. flexor superficial dos dedos: flexiona a mão. Origem: cabeça umeroulnar – epicôndilo medial e processo coronóide, cabeça radial – face anterior da metade proximal do rádio. Inserção: falanges médias dos quatro dedos mediais. Inervação: N. mediano. Vascularização: Artéria radial e ulnar. ● M. flexor profundo dos dedos: flexiona as falanges distais dos 4 dedos mediais. Origem: face anterior da ulna e membrana interóssea. Inserção: base da falange distal do 2º ao 5º dedo. Inervação: parte medial – nervo ulnar; parte lateral – nervo interósseo anterior (ramo do nervo mediano). Vascularização: Artéria interóssea anterior e ramos musculares da artéria ulnar. ● M. flexor longo do polegar: flexiona as falanges do polegar. Origem: face anterior do rádio. Inserção: base da falange distal do polegar. Inervação: N. interósseo anterior (ramo do N. mediano). Vascularização: Artéria interóssea anterior. ● M. braquiorradial: flexão fraca do antebraço. Origem: margem lateral do úmero. Inserção: proximal ao processo estilóide do rádio. Inervação: Nervo radial. Vascularização: Artéria recorrente radial. ● M. abdutor longo do polegar: abduz e estende o polegar. Origem: face posterior da ulna e o do rádio e membrana interóssea. Inserção: base do 1º osso metacarpal. Inervação: Nervo interósseo posterior (ramo do nervo radial). Vascularização: Artéria interóssea posterior. ● M. extensor radial curto do carpo: estende e abduz a mão. Origem: epicôndilo lateral do úmero. Inserção: face dorsal da base do 3º osso metacarpal. Inervação: Ramo profundo do nervo radial. Vascularização: Artéria radial e artéria recorrente radial. ● M. extensor radial longo do carpo: estende e abduz a mão. Origem: crista supraepicondilar lateral até o epicôndilo lateral. Inserção: face dorsal da base do 2º osso metacarpal. Inervação: Nervo radial. Vascularização: Artéria radial e artéria recorrente radial. ● M. extensor ulnar do carpo: estende e abduz a mão. Origem: epicôndilo lateral do úmero e margem posterior da ulna. Inserção: face dorsal da base do 5º osso metacarpal. Inervação: Nervo interósseo posterior (ramo do nervo radial). Vascularização: Artéria interóssea posterior. ● M. extensor do dedo mínimo: estende o 5º dedo. Origem: epicôndilo lateral do úmero. Inserção: aponeurose dorsal do 5º dedo. Inervação: Nervo interósseo posterior (ramo do nervo radial). Vascularização: Artéria interóssea posterior . ● M. extensor dos dedos: estende os 4 dedos mediais e auxilia na extensão do punho. Origem: epicôndilo lateral do úmero. Inserção: aponeurose dorsal do 2º ao 5º dedo. Inervação: Nervo interósseo posterior (ramo do nervo radial). Vascularização: Artéria interóssea posterior. ● M. extensor do indicador: estende o 2º dedo e auxilia na extensão da mão. Origem: face posterior distal da ulna e da membrana interóssea. Inserção: aponeurose dorsal do dedo indicador. Inervação: Nervo interósseo posterior (ramo do nervo radial). Vascularização: Artéria interóssea posterior. ● M. extensor curto do polegar: estende a falange proximal do polegar. Origem: face posterior do rádio e membrana interóssea. Inserção: base da falange proximal do polegar. Inervação: Nervo interósseo posterior (ramo do nervo radial). Vascularização: Artéria interóssea posterior. ● M. extensor longo do polegar: estende a falange distal do polegar. Origem: face posterior do terço médio da ulna e da membrana interóssea. Inserção: falange distal do polegar. Inervação: N. interósseo posterior (ramo do N. radial). Vascularização: Artéria interóssea posterior. ● M. supinador: supinação do antebraço. Origem: epicôndilo lateral do úmero e crista do M. supinador da ulna. Inserção: terço proximal da face anterior do rádio. Inervação: Ramo profundo do N. radial. Vascularização: Artéria recorrente radial e artéria interóssea posterior. MÃO ● M. abdutor do dedo mínimo: abduz o dedo mínimo. Inervação: Ramo profundo do N. ulnar. Vascularização: Ramo palmar profundo da artéria ulnar. ● M. abdutor curto do polegar: abduz o polegar. Inervação: Ramo muscular do N. mediano. Vascularização: Ramo palmar superficial da artériaradial. ● M. adutor do polegar: aduz o polegar. Inervação: Ramo profundo do N. ulnar. Vascularização: Arco palmar profundo. ● Mm. interósseos dorsais: abduz, flexiona e estende os dedos. Origem: superfícies adjacentes de 2 ossos metacarpais vizinhos. Inserção: base das falanges proximais. Inervação: Ramo profundo do N. ulnar. Vascularização: Arco palmar profundo. ● M. flexor curto do dedo mínimo: flexiona a falange proximal do dedo mínimo. Inervação: Ramo profundo do N. ulnar. Vascularização: Ramo palmar profundo da artéria ulnar. ● M. flexor curto do polegar: flexiona a falange proximal do polegar. Inervação: Ramo muscular do N. mediano. Vascularização: Ramo palmar superficial da artéria radial. ● 1º e 2 º mm. lumbricais: estende e flexiona o 2º e 3 º dedo. Origem: tendões laterais do m. flexor profundo dos dedos. Inserção: aponeurose do 2º e 3º dedo. Inervação: N. mediano Vascularização: Arcos palmares profundo e superficial. ● 3º e 4º mm. lumbricais: estende e flexiona o 4º e 5º dedo. Origem: tendões mediais do m. flexor profundo dos dedos. Inserção: aponeurose do 4º e 5º dedo. Inervação: Ramo profundo do n. ulnar. Vascularização: Arcos palmares profundo e superficial. ● M. oponente do dedo mínimo: move o dedo mínimo ao encontro do polegar. Inervação: Ramo profundo do N. ulnar. Vascularização: Ramo palmar profundo da artéria ulnar. ● M. oponente do polegar: move o polegar em direção a base do 5º dedo. Inervação: Ramo muscular do N. mediano. Vascularização: Ramo palmar superficial da artéria radial. ● Mm. interósseos palmares: aduz, flexiona e estende os dedos. Origem: superfícies laterais dos ossos metacarpais 2, 4 e 5. Inserção: bases das falanges proximais e aponeurose dos dedos 2, 4 e 5. Inervação: Ramo profundo do N. ulnar. Vascularização: Arco palmar profundo. ● M. palmar curto: aprofunda a curvatura da mão e auxilia o movimento em garra. Inervação: Ramo palmar do n. ulnar. Vascularização: Arco palmar superficial. 5. Entenda anatomicamente e funcionalmente o Plexo Braquial e seus fascículos. O membro superior é inervado pelo plexo braquial situado no pescoço e na axila, formado por ramos anteriores dos quatro nervos espinhais cervicais inferiores (C5,C6,C7,C8) e do primeiro torácico (T1). O plexo braquial tem localização lateral à coluna cervical e situa-se entre os músculos escalenos anterior e médio, posterior e lateralmente ao músculo esternocleidomastóideo. O plexo passa posteriormente à clavícula e acompanha a artéria axilar sob o músculo peitoral maior. Os ramos ventrais do quinto e do sexto nervos cervicais (C5-C6) formam o tronco superior; o ramo anterior do sétimo nervo cervical(C7) forma o tronco médio; e os ramos anteriores do oitavo nervo cervical e do primeiro nervo torácico (C8-T1) formam o tronco inferior. Os três troncos, localizados na fossa supraclavicular, dividem-se em dois ramos, um anterior e um posterior, que formam os fascículos, situados em torno da artéria axilar. Os ramos anteriores dos troncos superior e médio formam o fascículo lateral; o ramo anterior do tronco inferior forma o fascículo medial; e os ramos posteriores dos três troncos formam o fascículo posterior. Na borda inferior e lateral do músculo peitoral menor, os fascículos se subdividem nos ramos terminais do plexo braquial. Os ramos do plexo braquial podem ser descritos como supra-claviculares e infra-claviculares. Ramos Supra-claviculares: ● Nervos para os Músculos Escalenos e Longo do Pescoço – originam-se dos ramos ventrais dos nervos cervicais inferiores (C5,C6,C7 e C8), próximo de sua saída dos forames intervertebrais. ● Nervo Frênico – anteriormente ao músculo escaleno anterior, o nervo frênico associa-se com um ramo proveniente do quinto nervo cervical (C5). Mais detalhes do nervo frênico em Plexo Cervical. ● Nervo Dorsal da Escápula – proveniente do ramo ventral de C5, inerva o levantador da escápula e o músculo romboide. ● Nervo Torácico Longo – é formado pelos ramos de C5, C6 e c7 e inerva o músculo serrátil anterior. ● Nervo do Músculo Subclávio – origina-se próximo à junção dos ramos ventrais do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6) e geralmente comunica-se com o nervo frênico e inerva o músculo subclávio. ● Nervo Supra-escapular – originado do tronco superior (C5 e C6), inerva os músculos supra-espinhoso e infra-espinhoso. Ramos Infra-claviculares: Estes se ramificam a partir dos fascículos, mas suas fibras podem ser seguidas para trás até os nervos espinhais. Do Fascículo Lateral saem os seguintes nervos: ● Peitoral Lateral – proveniente dos ramos do quinto ao sétimo nervos cervicais (C5, C6 e C7). Inerva a face profunda do músculo peitoral maior; ● Nervo Musculocutâneo – derivado dos ramos ventrais do quinto ao sétimo nervos cervicais (C5, C6 e C7). Inerva os músculos braquial anterior, bíceps braquial e coracobraquial. Raiz Lateral do Nervo Mediano – derivado dos ramos ventrais do quinto ao sétimo nervos cervicais (C5, C6 e C7). Inerva os músculos da região anterior do antebraço e curtos do polegar, assim como a pele do lado lateral da mão. Do Fascículo Medial saem os seguintes nervos: ● Peitoral Medial – derivado dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8 e T1). Inerva os músculos peitorais maior e menor; ● Nervo Cutâneo Medial do Antebraço – derivado dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8 e T1). Inerva a pele sobre o bíceps até perto do cotovelo e dirige-se em direção ao lado ulnar do antebraço até o pulso; ● Nervo Cutâneo Medial do Braço – que se origina dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8,T1). Inerva a parte medial do braço; ● Nervo Ulnar – originado dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8 e T1). Inerva os músculos flexor ulnar do carpo, metade ulnar do flexor profundo dos dedos, adutor do polegar e parte profunda do flexor curto do polegar. Inerva também os músculos da região hipotenar, terceiro e quarto lumbricais e todos interósseos. ● Raiz Medial do Nervo Mediano – originada dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8 e T1). Inerva os músculos da região anterior do antebraço e curtos do polegar, assim como a pele do lado lateral da mão. ● Do fascículo Posterior saem os seguintes nervos: ● Subescapular Superior – originado dos ramos do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6). Inerva o músculo subescapular; ● Nervo Toracodorsal – originado dos ramos do sexto ao oitavo nervos cervicais (C6, C7 e C8). Inerva o músculo latíssimo do dorso; ● Nervo Subescapular Inferior – originado dos ramos do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6). Inerva os músculos subescapular e redondo maior; ● Nervo Axilar – originado dos ramos do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6). Inerva os músculos deltóide e redondo menor; ● Nervo Radial – originado dos ramos do quinto ao oitavo nervos cervicais e primeiro nervo torácico (C5, C6, C7, C8 e T1). Inerva os músculos tríceps braquial, braquiorradial, extensor radial longo e curto do carpo, supinador e todos músculos da região posterior do antebraço. 6. Quais as lesões decada caso? Caso 1 Pode ter sido uma ruptura do manguito rotador do ombro, lesão de partes moles. Deve-se averiguar a integridade da inervação dos músculos responsáveis pela adução, rotação interna e flexão do punho. Caso 2 Pode ter ocorrido lesão de cervical, compressão de nervos motores e sensitivos além das lesões pelas fraturas. Relação com o nervo mediano, supra escapular e nervo axilar. Caso 3 Hiper extensão do braço com força excessiva pode causar rupturas e lesões musculares, tendões e até fratura. Relação dos nervos motores e sensitivos da mão ( ulnar, radial e mediano). Em todos os casos são necessários exames complementares, como raio-x, ecografia, ressonância além dos de sangue CASO CLÍNICO 1 CNM, 2 dias de vida, apresenta passividade no membro superior esquerdo, mãe relata que seu bebê parece não ter “força” no membro superior esquerdo. C. é terceiro filho do casal NNM e HTM e teve 10 consultas de pré natal em unidade de saúde, tendo nascido a termo há dois dias em um parto normal difícil, nasceu pesando 4270g. Iniciou por volta das 07:00h da manhã e se estendeu até as 23:00h. Na hora do nascimento o médico teve que usar um dispositivo chamado fórceps. Preocupada com a demora, a mãe escutou o médico dizendo para a enfermeira que o bebê apresentava “distócia” no ombro. Você está passando pela maternidade e a mãe lhe chama para ver a criança. Ao exame físico: Membro Superior Esquerdo estendido, paralelo ao tronco(adução) com rotação Interna e flexão do punho. Aparentemente Inativo e não reativo. Mas apresenta preensão palmar mantida. Não apresenta reflexo de Moro a esquerda. CASO CLÍNICO 2 Paciente homem, 43 anos, vítima de queda de moto, caiu sobre o membro superior direito há duas horas, no momento apresenta dor e incapacidade funcional para mobilização do ombro direito. Teve diagnóstico uma luxação antero-inferior da articulação gleno-umeral. No local recebeu manobras de tração e contratração sendo obtida a redução da luxação. Após a redução, verificou-se na radiografia que a articulação se encontrava reduzida e que não haviam estruturas interpostas na articulação. Após serem descartadas alterações motoras e sensitivas dos nervos radial, mediano e ulnar, o paciente foi liberado com tipóia canadense. Sete dias após iniciou com dor importante no membro. Na admissão apresentava-se com força de grau 0 de toda musculatura do membro superior direito (deltoide, bíceps, braquial, tríceps e musculatura flexora e extensora do antebraço e mão e peitorais), arreflexia tricipital, estilorradial e bicipital, anestesia de todo membro superior e parestesias em território proximal ao acrômio (território do nervo supraescapular), além de dor em faixa de todo membro sem melhora com analgésicos comuns. Descobriu-se uma fratura não identificada de clavícula CASO CLÍNICO 3 Paciente com 22 anos, praticante de arvorismo, para evitar queda de cerca de 8 metros, acaba por segurar-se com uma única mão em galho e relata dificuldades para estender os dedos da mão desde então.
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