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Especial GURUS - Banas Qualidade - 1 2 - Banas Qualidade - Especial GURUS Os valores-p não me assustam. Análise de Dados Destemida Analisar dados com o Minitab Statistical Software é fácil e agora Minitab 17 está disponível em Português. Um Assistente integrado guia você durante todo o processo, desde a escolha da ferramenta correta até a realização da sua análise e interpretação dos seus resultados. Você conhece o seu negócio. Minitab fornece a confiança necessária para melhorá-lo. w w w. m i n i t a b . c o m Fearless_21x28cm_PT-BR.indd 1 2/26/2014 10:38:49 AM Especial GURUS - Banas Qualidade - 3 04 MASAAKI IMAI Baseado na filosofia e nos princípios socioculturais do Oriente, o Kaizen exige o comprometimento de todos da empresa – do operário ao execu- tivo – para que possa acontecer e mostrar seu valor. 10 ROBERT S. KAPLAN O Balanced Scorecard e os programas de qualidade compartilham várias características importantes que fazem com que pareçam bastante similares. 16 THOMAS PIZDEK O Balanced Scorecard e os programas de qualidade compartilham várias características importantes que fazem com que pareçam bastante similares. 24 SUBIR CHOWDHURRY Qualidade começa com uma positiva ação individual, quando todos na organização estão ouvindo, enriquecendo e otimizando. Subir Chowdhury compartilha seu método simples para o salto da produtividade, baseado em seu livro "O Poder do LEO." 30 JEFFREY K. LIKER O Modelo Toyota para desenvolver a qualidade: Trazer problemas à tona e solucionar um por um 50 MIKEL J. HARRY O Seis Sigma nos ajuda a estabelecer no caminho e medir nossa velocidade na corrida pela satisfação total do consumidor. 60 DENNIS R. ARTER As audições são uma inovação bem recente, tendo seu início em resposta à Grande Depressão de 1930s. Com o passar do tempo, elas evoluíram para dois tipos: cumprimento e operações. As Audições de Cumprimento verificam se controles definidos são implementados. As audições operacionais verificam se os controles são definidos, aplicados, eficazes e estáveis. O controle reduz riscos indesejados. Os dois tipos de auditoria adicionam valores aos líderes da organização, assim como para a sociedade em geral. 68 RODERICK A. MUNRO Método de Identificação de Risco em sua Empresa ...é necessário uma FMEA, Matriz de Risco ou COSO ? Revista Banas Qualidade Telefones: +55(11) 3507.6141 Email: redacao@edila.com.br Twitter: @banasqualidade Facebook: banasqualidade Site: http://www.banasqualidade.com.br Editorial Publisher: Fernando Banas fernando.banas@edila.com.br Editor: Hayrton do Prado hayrton.prado@epse.com.br Publicidade Edila Editorial Latina Ltda. Telefone: +55(11) 3507.6141 comercial@edila.com.br Assinaturas Telefone: +55(11) 3507.6141 assinaturas@edila.com.br Assinatura digital Anual (12 edições) : R$ 140,00 Bianual (24 edições) : R$190,00 Sites e Portais: www.banasqualidade.com.br www.falandodequalidade.net www.banasmetrologia.com.br www.qualinn.com.br www.qualistore.com.br Esta edição Especial GURUS da Revista Banas Qualidade é publicada pela Quality Innovation Estratégia Empresarial com sede em São Paulo/SP - Brasil. A publicação não se responsabiliza pelas opiniões e conceitos aqui emitidos por seus articulistas e colunistas. ISSN - 1676-7845 Ano XXIV- Edição 295 Março de 2017 Sumário Edição Especial GURUS +55(11) 3507.6141 mailto:redacao@edila.com.br http://www.banasqualidade.com.br/ mailto:fernando.banas@edila.com.br mailto:hayrton.prado@epse.com.br +55(11) 3507.6141 mailto:comercial@edila.com.br +55(11) 3507.6141 mailto:assinaturas@edila.com.br http://www.banasqualidade.com.br/ http://www.falandodequalidade.net/ http://www.banasmetrologia.com.br/ http://www.qualinn.com.br/ http://www.qualistore.com.br/ 4 - Banas Qualidade - Especial GURUS Masaaki Imai Baseado na filosofia e nos princípios socioculturais do Oriente, o Kaizen exige o comprometimento de todos da empresa – do operário ao executivo – para que possa acontecer e mostrar seu valor. Segundo o professor Masaaki Imai, pioneiro nessa área e considerado no cenário mundial como o “pai” do Kaizen, a metodologia consiste na gestão orientada para a maxi- mização da produtividade e da rentabilida- de, sem acarretar aumento de custos. Suas atividades prevêem não apenas uma revisão nos processos produtivos, mas também nas áreas de marketing, vendas, desenvolvimento, administrati- vas e financeiras. Os benefícios para as empresas são: aumento de produtividade sem investi- mentos significativos, redução no custo de produção, capacidade de acompanhar as mudanças de mercado e colaboradores mais motivados. Para o professor Imai, muitos consultores e profissionais da área industrial falham em apostar dema- siadamente nos recursos tecnológi- cos e em dados estatísticos. Nessa entrevista, ele nos ajuda a compre- ender melhor a história, a evolução e o futuro do Kaizen. O Kaizen tem uma bem-sucedida his- tória no Japão. Pode explicar suas raízes e evolução por lá? Imai: Kaizen significa melhoria. A pala- vra foi usada no Japão por muitos anos como parte do vocabulário diário. Mas, a partir de meados do século XX, ela adquiriu novo entendimento para as in- dústrias japonesas. Passou a representar o combate ao desperdício e a envolver todos os colaboradores de uma empre- sa nesse conceito. Há mais de 60 anos, as companhias japonesas usam dessa metodologia para baixar custos, melho- rar sua qualidade e ter maior variedade de produtos e, assim, ganhar vantagem competitiva. “ O caminho para a melhoria contí- nua começa com o comprometimento de todos “ Especial GURUS - Banas Qualidade - 5 6 - Banas Qualidade - Especial GURUS O senhor disse que os executivos ameri- canos não usaram o KAIZEN e as técnicas Just-in-time (JIT) tão eficazmente quanto os outros líderes. Por que? Imai: Em minhas observações, há duas razões preliminares para esta afirmação. A primeira é que os executivos ocidentais ten- dem a acreditar que melhorias substanciais custam muito dinheiro. Parecem pensar que devem ter o estado da arte da tecno- logia e os equipamentos mais avançados para melhorar. Eu chamo isso de approach da inovação. Embora a inovação seja uma parte importante do progresso, é somente um dos componentes. O Kaizen e a padro- nização são igualmente importantes para manter um negócio de sucesso. A lenta adoção ocidental do Kaizen tam- bém é resultado do foco em resultados de curto prazo. O sucesso de um projeto em que adota-se o Kaizen requer mudança de cultura e isso é algo que os gerentes ocidentais não são normalmente treinados para fazer. O senhor disse que as companhias ameri- canas negligenciaram o “chão de fábrica” e colocaram demasiados recursos em Finan- ças, em Marketing, em P&D e em Engenha- ria. Acha que isto ainda é verdadeiro? Imai: Eu não quero dar a impressão de que o Marketing, a Engenharia, a P&D e outras áreas não são impor- tantes.Mas, é preciso ter forte atenção ao que chamamos de Gemba - onde é fabricado o produto. Para uma empresa de manufatura, isto é chão de fábrica. Para uma prestadora de serviços, é o lugar onde o cliente interage com a companhia. Os clientes querem pagar somente pelo trabalho de valor agre- gado, não por todas as despesas gerais, transporte e serviços internos de uma empresa. Embora essas atividades sejam necessárias, o custo destes itens deve ser minimizado para fornecer qualidade mais elevada e preço mais compatível com o que o mercado espera. O que seria o uso ideal das técnicas do Kaizen? Imai: Essa metodologia requer uma mudança na percepção – uma mudança de cultura – de todos na organização. Todos devem, constantemente, identificar to- dos os tipos diferentes de desperdício no trabalho para poder assim eliminá-los. O mais importante é que isso requer apoio dos níveis superiores. Quando o Kaizen não atinge os resultados desejados é porque a administração superior não o compreendeu ou não teve o compromissonecessário para executá-lo corretamente. O Kaizen pode ser usado para motivar os colaboradores? Imai: Trabalhar a motivação e com- bater o turnover são práticas do Kaizen. Os colaboradores de uma empresa têm o poder e o conhecimento para mudar a maneira com que trabalham e assim alcançar maior eficiência. Isso cria uma satisfação muito grande. O Kaizen também auxilia as companhias porque pessoas boas querem trabalhar para boas empresas. A beleza do Kaizen é que, se você fizer disso um compromis- so e fizer o trabalho duro, o benefício vai aparecer. O senhor pode explicar mais sobre o Gemba e como ele é usado no Japão e em outros lugares? “ Quando o Kaizen não atinge os resulta- dos desejados é por- que a administração superior não o com- preendeu ou não teve o compromisso neces- sário para executá-lo corretamente”. Masaaki Imai Especial GURUS - Banas Qualidade - 7 Imai: No Japão, o Gemba é considerado uma das responsabilidades mais sagradas da gerência, porque é onde a satisfação do cliente está. Os gerentes ocidentais geralmente não focam o Gemba, ou seja, o chão de fábrica, não é um exagero dizer que o Gemba é a sua última fronteira. Uma das chaves para o sucesso do Kaizen é o íntimo conhecimento que os superiores têm do Gemba. O Kaizen não funcionará a menos que os líderes entrem no local de trabalho para observar o que está sendo feito. Eu sempre digo que é possível avaliar o sucesso de uma companhia apenas observando o Gemba. Isto acontece porque o Kaizen começa no Gemba e porque os outros departamentos e processos devem ser proje- tados para apoiá-lo. O senhor acha que as empresas ociden- tais têm melhorado suas técnicas de Kai- zen? Como podem promover sua melhoria? Imai: Muitos sistemas Kaizen surgi- ram da prática e não das teorias ou das tecnologias. Uma das verdades mais importantes do Kaizen é: “faça-o, e faça-o agora no Gemba”. É um processo de aprender fazendo. Primeiramente, os OS DEZ MANDAMENTOS DO KAIZEN 1. O desperdício é o inimigo número um. Para eliminá-lo é preciso sujar as mãos. 2. Melhorias graduais feitas continuadamente não é ruptura pontual. 3. Todos na empresa têm de estar envolvidos, desde os gestores do topo e intermédios, até o pessoal de base. A metodologia não é elitista. 4. A estratégia deve ser barata. O aumento da produtividade deve ser feito sem investimentos signi- ficativos. Não aplicar somas astronômicas em tecnologia. 5. Aplicar-se em qualquer lugar – isso não é bom só para os japoneses. 6. Apóie-se numa gestão visual, numa total transparência de procedimentos, processos e valores. Torne os problemas e os desperdícios visíveis aos olhos de todos. 7. Focalize a atenção no local onde se cria realmente o valor (‘gemba’, em japonês). 8. Oriente-se para os processos. 9. Dê prioridade às pessoas, ao capital humano. Acredite que o esforço principal de melhoria deve surgir de uma nova realidade e estilo de trabalho das pessoas (orientação pessoal para a qualidade, trabalho em equipe, cultivo da sabedoria, elevação da moral, autodisciplina, círculos de qualidade e prática de sugestões individuais ou de grupo) 10. O lema essencial da aprendizagem organizacional é aprender fazendo. gerentes devem coletar bons exemplos e oferecer oportunidades para todos os empregados de colocá-los em prá- tica. É muito importante não procurar por milagres. A dedicação constan- te, buscar a qualidade já na primeira vez e a eliminação de desperdícios são coisas complicadas, mas são essenciais no ambiente econômico de hoje. Uma iniciativa ou uma inovação, ao sabor do tempo não é suficiente. Como o senhor vê a questão da qualida- de futuramente? Imai: No futuro, o Kaizen será expan- dido do chão de fábrica à gerência. Isto significa que devemos melhorar a P&D, o Desenvolvimento de novos Produtos e a Preparação da Produção. Há algumas ótimas oportunidades de expansão dos princípios e dos conceitos do Kaizen nas áreas de apoio, e há muita “gordura escondida” nos gastos gerais de muitas organizações, em especial, nas grandes. Há também enormes oportunidades para o Kaizen em empresas de serviços e de cuidados com a Saúde. Masaaki Imai 8 - Banas Qualidade - Especial GURUS Há muito tempo, os executivos têm sido acusados por sua obsessão com o cresci- mento. O crescimento é sempre uma boa estratégia para as empresas? Imai: A manutenção dos recursos transformou-se em um atrativo para os executivos. É preciso entender que os dias de crescimento inesgotável acabaram. Para quase todos os tipos de mercado, nós temos um número demasiado grande de compa- nhias concorrentes. No entanto, nós esta- mos vendo novas companhias aliar-se com países industriais emergentes. Necessitamos desenvolver essas aproximações para man- ter lucros razoáveis sem crescimento. Isto significa fazer melhor uso dos recursos dis- poníveis, o que pode ser feito corretamente empregando-se o Kaizen. Os recursos do mundo estão sendo esgotados e é de senso comum que o crescimento sem sustenta- bilidade não é possível em longo prazo. A menos que possamos achar uma maneira de usar energia e materiais renováveis, criar sistemas sustentáveis, o crescimento cairá lentamente e tenderá a reverter-se. Não há nenhuma outra opção. O senhor advoga o uso do Just In Time (JIT) diferentemente daquele praticado pela maioria das companhias ocidentais. Explique as diferenças e o que o JIT signifi- ca para o senhor? Imai: Nas Américas, o JIT é visto pri- meiramente como uma ferramenta para reduzir o tempo de produção. Em minha opinião, o Just in Time é uma estratégia para eliminar continuamente o desperdí- cio de um sistema e mantê-lo dentro do programado. No Japão, o JIT significa o tempo certo, a quantidade e a qualidade ade- quadas. Muitas companhias ocidentais reivindicam terem aplicado o JIT sem minimizar o desperdício verdadeira- mente. Continuam produzindo acima do limite com uma taxa relativamente elevada de defeitos, guardam quanti- dades elevadas no estoque e trabalham seus sistemas de produção baseados em previsões e não nos pedidos reais Professor Masaaki Imai Nascido em Tóquio, Japão, profes- sor Imai é graduou-se em Relações Internacionais, em 1955, pela Uni- versidade de Tokyo. Imai trabalhou durante vários anos na Toyota. Promoveu diversas missões japonesas aos Estados Unidos, para completar a formação dos executivos das empresas japonesas e vice-versa, contribuindo para o intercâmbio entre dois países. Imai fundou a Cambridge Corp. em 1962, onde operou como consultor de companhias japonesas. Em 1986, fundou o Kaizen Institute, em Aus- tin, (Texas/ EUA), para ajudar a introduzir os conceitos do Kaizen nas companhias ocidentais. Desde então, a metodologia tornou-se popular entre os executivos dos Estados Unidos. Como professor, prepara altos executivos para implementar, nas suas empresas, as técnicas e conceitos do Kaizen, estru- turando um sistema de gerenciamento total, plenamente integrado com as estratégias corporativas, objetivando alcançar o nível Dantotsu, isto é, o melhor dos melhores. Imai é autor de nove livros que tratam do Kaizen e tópicos relacionados à administração, que serviram de base para inúmeras empresas aplicarem a filosofia. dos clientes. O JIT é a forma ideal de encontrar desafios porque emprega poucos recursos (por exemplo, mão de obra, materiais, equipamento, tempo e utilidade) com o custo mais baixo para o máximo beneficio. Todas as companhias que desejam abraçar o Kaizen devem incorporá-lo como estratégia corporativa para intro- duzir o JIT, e assim, sobreviver no mundo da competição globalt “No Japão, o JIT significa o tempo certo, a quantida- de e a qualidade adequadas. Muitas companhias oci- dentais reivindicam terem aplicado o JIT sem minimizar o desperdício verda- deiramente.” Masaaki Imai Especial GURUS - Banas Qualidade - 9 http://www.qualinn.com.br/ 10 - Banas Qualidade - Especial GURUS Robert S. Kaplan "OBalanced Scorecard e os programas de qualidade compartilham várias características importantes que fazem com que pareçam bastante similares" Muitas organizações já embarcaram em iniciativas de qualidade, tais como Seis Sigma, Gestão da Qualidade Total, Baldrige National Quality Program, e Fundação Europeia para a Gestão da Qualidade (EFQM) Modelo de Excelência. As pessoas se perguntam sobre a relação entre o BSC e seus esforços e programas existentes de qualidade. O BSC é um concorrente, é uma substituição ou um suplemento para os seus programas de qualidade? O Balanced Scorecard e os programas de qualidade compartilham várias características importantes que fazem com que pareçam bastante similar. Ambas usam medidas intensivamente para promover um diálogo sobre a melhoria do desempenho ambos se esforçam para agir como catalisadores de mudança, e ambos precisam de feedback contínuo e processos de aprendizagem. Elas também exigem que a gestão seja profundamente comprometida com a melhoria do desempenho organizacional. Os dois programas, no entanto, abordam melhoria de desempenho por diferentes perspectivas, pois elas têm origens diferentes e procuram oferecer diferentes benefícios específicos. O BSC não é um substituto para programas de qualidade. Os dois são altamente compatíveis. E o BSC não deve ser visto como mais um programa para os funcionários absorverem juntamente com suas iniciativas de qualidade existentes. O BSC melhora programas de qualidade, lhes dá o foco e ligações claras com melhorias nos clientes estratégico e resultados financeiros. Programas de qualidade, por sua vez, oferecem uma disciplina sistemática para a melhoria dos processos críticos de negócios que melhoram as proposições de valores aos clientes e aumentam a produtividade. Especial GURUS - Banas Qualidade - 11 12 - Banas Qualidade - Especial GURUS EFQM e Modelos Baldrige Para sermos especificos, nós iremos focar no EFQM e modelos de qualidade Baldrige, duas das abordagens de qualidade mais amplamente utilizadas e documentadas. O Modelo EFQM foi introduzido para apoiar o processo do Prêmio de Qualidade Europeu, mas como ocorreu com o Prêmio de Qualidade Malcolm Baldrige dos EUA, logo se tornou amplamente implementado por milhares de organizações como uma ferramenta de diagnóstico interno. Organizações classificam-se nas diferentes categorias, identificando seus pontos fortes, pontos fracos e oportunidades de melhoria, e comparando seu desempenho geral em cada área para benchmarks disponíveis publicamente sobre o que constitui "uma boa prática." Na realidade, o EFQM e o Baldrige fornecem listas genéricas para avaliar a qualidade dos processos utilizados pela organização para formular a estratégia. Mas nenhum estabelece ou testa as ligações a partir da pontuação nos sub-critérios ou sub-categorias da estratégia de clientes e desempenho financeiro. Contribuições do Balanced Scorecard, além de uma abordagem do Programa de Qualidade Como podem as organizações, já com um bom desempenho - de acordo com a EFQM, Baldrige, ou critérios de Seis Sigma – beneficiar-se de um programa de Balanced Scorecard? Identificamos cinco principais maneiras: 1. O BSC fornece ligações causais explícitas através de mapas estratégicos e objetivos em cascata Os modelos EFQM e Baldrige tentam retratar a causalidade de alto nível entre suas categorias. Mas apenas desenhar setas entre as categorias está muito aquém do mapa detalhado estratégia de ligações de causa e efeito de um Balanced Scorecard bem construído. EFQM e Baldrige verificam se um processo de estratégia existe e é bem seguido. Mas as relações inerentes às suas abordagens estão implícitos. Para construir um mapa de estratégia Balanced Scorecard, a estratégia da organização deve ser explícita. O processo de construção de um mapa estratégico - e os objetivos associados, medidas, metas e iniciativas - envolve a equipe executiva sênior em um intenso processo que cria consenso, clareza e compromisso com a estratégia. As hipóteses subjacentes à estratégia tornam-se explícita e testável conforme os dados se acumulam ao longo do tempo e entre as unidades organizacionais semelhantes. Outro benefício da construção de mapas estratégicos e do BSC ocorre quando a organização propaga objetivos até as unidades de negócios individuais e através das funções corporativas das empresas. Temos observado unidades de negócios falharem, devido a uma incompatibilidade de medidas utilizadas pelas funções de apoio. Em vez de ligar seus objetivos e medidas para as estratégias das unidades da linha de negócios, as funções de apoio escolheram medidas de eficiência do processo através de um processo de benchmarking com organizações externas melhores do mercado. Como resultado, enquanto que as unidades de negócios estavam se esforçando para a liderança do produto, as funções de apoio, com foco em melhorias de processos locais, não conseguiram oferecer melhorias significativas. Modelos de qualidade tendem a ser local, tático e desvinculado. O Balanced Scorecard começa com as prioridades estratégicas e, em seguida, identifica as melhorias de processos necessários para apoiar os objetivos estratégicos. Como um executivo registrou: O BSC forneceu uma unidade e foco para nossos esforços de TQM, e também para o nosso planejamento anual e de longo alcance. Nós tínhamos várias equipes fazendo um monte de coisas, mas os esforços foram alcançados. O BSC trouxe tudo isso junto em uma abordagem sistemática unificada. Agora, quando vamos atribuir Robert S.Kaplan Outro benefício da construção de mapas estratégicos e do BSC ocorre quando a organização propaga objetivos até as unidades de negócios individuais e através das funções corporativas das empresas. Especial GURUS - Banas Qualidade - 13 responsabilidades aos departamentos, fazemos dentro de um quadro. 2. O BSC estabelece metas para o desempenho inovador não apenas para combinar as melhores práticas existentes EFQM e Baldrige avaliam o desempenho do processo interno contra melhor prática aferida e foco em resultado na melhoria contínua. Em contraste, a definição de metas com o Balanced Scorecard começa com aspirações para avanços de desempenho radicais em medidas de resultados financeiros e do cliente. Empresas que usam o Balanced Scorecard esperam para se tornar os pontos de referência para os outros. As metas para o desempenho de curto prazo são determinadas, não por processo individual de benchmarking, mas pelo que a organização deve alcançar no curto prazo para permanecer em uma trajetória de avanços de desempenho a longo prazo. As metas para o avanço financeiro e o desempenho do cliente se decomposta em metas agressivas para a satisfação e retenção de clientes, desempenho dos processos internos e de recursos humanos e os recursos de tecnologia da informação e alinhamento organizacional. Assim, as metas de todas as medidas do BSC estão ligadas entre si para impulsionar o desempenho sobre os objetivos de alto nível. Para ter certeza, os programas de qualidade, e a abordagem disciplinada para atingir o benchmarking serão úteis para programas de BSC ajudarem as organizações a trazerem seus processos, pelo menos até níveis competitivos. 3. O BSC muitas vezes identifica inteiramente novos processos que são críticos para atingir os objetivos estratégicos Modelos de qualidade se esforçam para melhorar os processos organizacionais existentes. Mas a aplicação dos princípios do Balanced Scorecard, especialmente na implementação de uma nova estratégia, muitas vezes revela inteiramente novos processos em que uma organização deve obter excelencia. Por exemplo, uma empresa estava mudando de uma estratégia de excelência operacional, e baixo custo operacional para uma estratégia diferenciada no relacionamento com o cliente. Um processo crítico para a nova estratégiaera trabalhar em estreita colaboração com os clientes-alvo para antecipar suas necessidades futuras. A empresa nunca tinha feito esse processo antes. Com a estratégia anterior, ele esperava até que o cliente pedia uma cotação em um projeto e, em seguida, respondia. Em uma empresa de serviços financeiros, os funcionários da linha de frente teveram que mudar de processadores de transações reativas para planejadores financeiros pró-ativos. Com apenas um modelo de pontuação de qualidade para guiá-los, os funcionários poderiam marcar alto em seu desempenho com rapidez, agilidade e zero defeitos no processamento das transações dos clientes. Mas esse processo, que em breve iria ser automatizado, não era mais crítico para a nova estratégia de relacionamento com o cliente. Em vez disso, os funcionários teriam de se destacar em um novo conjunto de processos: antecipar e entender as necessidades financeiras emergentes dos clientes, desenvolver o conhecimento íntimo de novos produtos e serviços financeiros, e desenvolver as capacidades de personalização e venda de produtos e serviços financeiros às necessidades individuais de cada cliente. O processo de implantação da estratégia de alto nível do BSC, facilmente identificou a criticidade desses novos processos, e a ênfase reduzida que deviam ser colocado em processamento de transações. Uma vez que novos processos estrategicamente vitais foram identificados, programas de qualidade puderam ser implantados para melhorar o desempenho desses processos. 4. O BSC define prioridades estratégicas para melhorias de processo Mesmo sem a necessidade estratégica de introduzir processos inteiramente novos Robert S. Kaplan O processo de implantação da estratégia de alto nível do BSC, facilmente identificou a criticidade desses novos processos, e a ênfase reduzida que deviam ser colocado em processamento de transações. 14 - Banas Qualidade - Especial GURUS para a organização, as empresas ainda precisam avaliar prioridades. Alguns processos são mais essenciais para o sucesso estratégico do que outros. Os modelos EFQM e Baldrige fornecem uma avaliação crítica e abrangente de todos os processos de uma organização, comparando-os com melhores práticas da indústria. Recursos ficam comprometidos com os processos que foram identificados como aquém das melhores práticas. Este processo de alocação, no entanto, ocorrem independentemente das prioridades estratégicas. O Balanced Scorecard, ao contrário, identifica quais processos devem apresentar no ou além dos níveis atuais de melhores práticas e os processos menos críticos para o sucesso estratégico. O BSC fornece a orientação para que as organizações reimplantem seus escassos recursos de pessoas e fundos longe de melhorias não estratégicas do processo e para os processos e iniciativas mais importantes para a implementação da estratégia. É claro que, uma vez que as organizações identificaram seus processos mais críticos e essenciais, elas podem aplicar os princípios de gestão da qualidade para melhorá-los. Por exemplo, a auto avaliação EFQM e Baldrige poderiam se destacar nas áreas específicas de fraqueza atual do processo, que se não for remediada tornará difícil para uma organização para atingir um desempenho orientado por suas medidas estratégicas. A auto-avaliação ajuda a identificar o nível de investimento no processo necessário e o tempo necessário para o Balanced Scorecard alcançar um desempenho alvejado. Reengenharia: Melhoria de Processo descontínuo Os programas de qualidade são muitas vezes referidos como os programas de "melhoria contínua". Às vezes, porém, os processos existentes são tão ineficientes ou tecnologicamente obsoletos que melhorias contínuas não serão suficientes para atingir o desempenho alvo. Nestes casos, as organizações podem sensatamente abandonar suas ferramentas tradicionais de gestão da qualidade e, em vez embarcar em um programa de reengenharia ou melhoria descontínua. O Balanced Scorecard aprimora programas de reengenharia da mesma maneira como fazem os programas de qualidade. Ele coloca programas de reengenharia em um contexto estratégico ligado aos resultados organizacionais de alto nível, que estabelecem metas de desempenho (aqueles com freqüência não financeiros) para os resultados de programas de reengenharia, e definem prioridades para onde os processos de reengenharia terão o maior impacto sobre o desempenho organizacional. 5. O BSC integra o orçamento, alocação de recursos, definição de metas, relatórios e feedback sobre o desempenho nos processos de gestão em curso. Historicamente, a EFQM e os modelos Baldrige avaliam e pontuam a liderança e a definição da estratégia, como se fossem processos independentes. Com o Balanced Scorecard, liderança e vários processos de gestão estão indissoluvelmente ligados. Organizações focadas na estratégia seguem um conjunto integrado de cinco processos de gerenciamento: 1. Traduzir a estratégia em termos operacionais 2. Alinhar as Unidades de Negócio e Serviços Compartilhados à Estratégia 3. Fazer da Estratégia um trabalho diário de todos. 4. Fazer da Estratégia um processo contínuo 5. Mobilizar a Liderança para a Mudança Os cinco processos de gerenciamento para se tornar strategy-focused fornece um sistema de gestão de desempenho abrangente que engloba a formulação da estratégia, comunicação e implementação através de processos gerenciais e operacionais. E, ao contrário dos modelos de pontuação de qualidade, o BSC não mede ou pesa se cada um dos processos de gestão de críticas é bem feito. A medida de desempenho para estes cinco processos Robert S.Kaplan Especial GURUS - Banas Qualidade - 15 de gerenciamento é se a estratégia é implementada de forma eficaz e a organização consegue um desempenho inovador em seus resultados estratégicos. Conclusão Vimos como programas de qualidade estão se movendo mais perto da base em resultados, a abordagem abrangente e integrada do uso do BSC para se tornar focalizada na estratégia. Mas um processo BSC executado corretamente fornece foco estratégico para programas de qualidade, incorporando-os dentro de um quadro estratégico que proporciona impacto evidente na linha de visão de melhorias de processos para os resultados organizacionais importantes. Medidas de qualidade - especialmente as saídas de programas de qualidade - penetram nos mapas estratégicos e Balanced Scorecards. Na perspectiva de aprendizado e crescimento, por exemplo, scorecards refletem alinhamento do empregado, a moral e capacidades. Na perspectiva dos processos internos, medidas de qualidade, obviamente, surgem na categoria excelência operacional, mas eles também podem aparecer na inovação, gestão de clientes, e as categorias internas de regulação e da sociedade. E na perspectiva do cliente, medidas de qualidade na proposição de valor e satisfação do cliente conduzem a retenção de clientes e rentabilidade, e da fatia do mercado e do cliente. Por sua vez, os programas de qualidade proporcionam uma profundidade de implantação e implementação para que o processo organizacional crítico possa ser melhorado e alinhada com estratégicas (BSC) e objetivos de alto nível. Acreditamos que cada modelo adiciona uma dimensão útil para o outro. Ao usar os dois juntos, uma equipe de gestão aproveita o conhecimento e insights de cada abordagem. Ambas as abordagens promovem profundos diálogos sobre o desempenho suportados por processos de gestão que apontam estratégia de operações para qualidade de processo. Ambos os modelos têm claramente o seu lugar para as organizações que querem conseguir avanços de desempenho. Eu gostaria de resumir a comparação entre os dois, citando o líder de qualidade em uma organização que integrou as duas abordagens muito bem, "Gestão da qualidade total é um grande instrumento operacional, ensina nossos funcionários como pescar.O mapa estratégico e Balanced Scorecard nos ensina onde pescar." Robert S. Kaplan Professor de Desenvolvimento de Liderança, Emérito da Escola de Negócios de Harvard, onde lecionou por 30 anos, depois de servir no corpo docente da escola de negócios da Universidade de Carnegie Mellon, onde atuou como Dean durante seis anos. Kaplan recebeu uma B.S. e M. S em Engenharia Elétrica pela M.I.T., um Ph.D. em Pesquisa Operacional pela Universidade de Cornell, e vários títulos honorários. Kaplan centra-se na ligação dos sistemas de custos e gestão de desempenho para a implementação da estratégia. Sua pesquisa atual inclui um grande projeto no setor da saúde, feito em colaboração com Michael Porter, para demonstrar como a medição precisa de resultados e custo pode ajudar os provedores de oferecer mais valor aos pacientes a um custo menor. Ele também está introduzindo uma nova estrutura para a mensuração e gerenciamento de risco da organização. Kaplan foi co-desenvolvedor do Balanced Scorecard. Ele é autor ou co-autor de 14 livros e mais de 150 artigos, incluindo 23 em Harvard Business Review. Seu livro mais recente, “O Prêmio de Execução: Ligando a estratégia de Operações para obter vantagem competitiva” , foi o quinto livro Balanced Scorecard em co-autoria com David Norton. Eleito para o Hall da Fama de Contabilidade em 2006, Kaplan recebeu o Prêmio de melhor Educador de Contabilidade em 1988 da American Accounting Association (AAA) e o Prêmio pela Contribuição da vida toda do Institute of Management Accountants e da Seção de Gestão da Contabilidade da AAA. Kaplan fala em todo o mundo sobre a execução da estratégia, mensuração do valor em saúde, gestão de riscos e sistemas de gestão de desempenho. Robert S. Kaplan 16 - Banas Qualidade - Especial GURUS Uma vez que a hierarquia em uma empresa tradicional controla todos os recursos, materiais e humanos, um funcionário deverá obter permissão de alguém para usar qualquer recurso. Se os recursos necessários para prosseguir uma idéia criativa são controlados por vários cargos na hierarquia, o empregado deve obter a permissão de cada posição. Quando se pede permissão, a resposta pode ser sim, não, talvez, traga-me mais informações, ou nenhuma resposta. Apenas uma resposta de sim move as coisas adiante. Pense em obter permissões como uma série de filtros. Cada não-sim vai bloquear mais progressos. Novas idéias são, pela sua própria natureza, incertas e pouco desenvolvidas, é muito difícil fornecer as informações necessárias para superar as objeções dos superiores. Talvez o funcionário superior imediato Thomas Pyzdek "Novas idéias são, pela sua própria natureza, incertas e pouco desenvolvidas, é muito difícil fornecer as informações necessárias para superar as objeções dos superiores". seja uma senhora gentil, vamos dizer que ela dá sua permissão para ir em frente metade do tempo. Na verdade, vamos ser gentis e assumir que todas as pessoas na cadeia dão sua permissão para a metade de todas as propostas dos funcionários. Digamos que um projeto necessite de recursos a partir de cinco departamentos, e o funcionário precisa obter permissão de duas pessoas em cada departamento. Este não é um conjunto razoável de circunstâncias, por qualquer meio. Qualquer coisa, é um projeto bastante simples e gestão bastante flexível. 99,9% dos projetos criativos serão rejeitados por este sistema. Isso mesmo, mesmo com esse conjunto relativamente liberal de pressupostos apenas um projeto em 1000 seria aprovado. É matemática simples. A hierarquia não é um filtro de criatividade, é um buraco negro. O ex- presidente Ken Iverson da Nucor Steel coloca de forma sucinta: Especial GURUS - Banas Qualidade - 17 18 - Banas Qualidade - Especial GURUS "É difícil imaginar qualquer idéia - não importa o quão maravilhosa - na verdade, o que torna todo o caminho de um empregado horista através de dez camadas de gestão sem ser fatalmente diluído ou comandado por uma maior. E os executivos se perguntam por que os funcionários são muitas vezes apáticos sobre sistemas de sugestões! A razão é clara - muitas das idéias que as pessoas oferecem perdem força e morrem, como a desova do salmão forçado a escalar muitas cachoeiras ". A exigência de permissão também tem o efeito de diminuir a capacidade da organização de responder rapidamente à mudança. A necessidade de mudança é detectada por alguém de status baixo, então a mensagem tem de trabalhar o seu caminho na hierarquia, camada por camada. Todo o processo pode levar muito tempo sob as melhores condições. E a filtragem que ocorre nas mensagens que trazem má notícia será muito maior do que a filtragem descrita para idéias criativas. Vai levar um longo tempo e muita sorte para que a mensagem chegue ao CEO. Como Andrew S. Grove, ex-presidente e CEO da Intel, observou: "Esse cara [o CEO] é sempre o último a saber." A permissão é menos provável quando a idéia criativa é uma ameaça para alguém na cadeia de permissão. Sempre é. Uma idéia criativa, por sua natureza, é destrutiva do status quo. O economista Joseph Schumpeter descreveu uma vez todo o sistema capitalista como "Cadeia de destruição criativa." Na empresa, o criativo é geralmente o destrutivo também. Talvez ele irá eliminar a necessidade de alguma etapa do processo, que é uma ameaça para quem é responsável por esse processo. Talvez seja um produto totalmente novo, que é uma ameaça para todos, afetando os produtos existentes, e com isto podem perder recursos para o novo produto. É difícil conceber uma idéia criativa que não é percebida como ameaça por alguém. Se alguém tem autoridade para parar o esforço criativo, este alguem normalmente vai parar. Uma forma de lidar com o filtro e os efeitos de defasagem da hierarquia é formar uma equipe de alto nível, com a autoridade para aprovar rapidamente idéias criativas. No entanto, demonstrou-se que a formação de pessoas dessas equipes de alianças se tornam mais difíceis por terem uma hierarquia de multi-camadas. Basicamente, os níveis e as divisões de uma hierarquia são análogas, de forma a colocar uma distância física entre as pessoas. Quanto mais funções ou camadas entre as duas posições, maior será a distância entre elas. Gostaria de sugerir uma forma criativa de lidar com os problemas descritos acima: eliminar a hierarquia. Liberdade X Permissão Considere a explosão de criatividade nos Estados Unidos nos séculos 19 e 20. Como isso aconteceu? Não foi por causa da ciência. O princípio científico por trás da máquina a vapor era conhecido pelos gregos há três mil anos. Um primeiro barco a vapor correu no rio Elba, na Alemanha, em 1704. Ele foi queimado pelos barqueiros, que sentiram que ameaçava a sua subsistência. O inventor mal escapou com vida e morreu, faminto no exílio. Claro, a maioria das pessoas civilizadas não recorrem à força para impedir os concorrentes, eles peticionam seus governos para fazer isso por eles (a antiga tradição que continua até os dias de hoje!) E, historicamente, os governos tipicamente responderam, fazendo tudo em seu poder para deter o avanço da nova tecnologia que ameaçava a vida de tantos eleitores. Assim que a Nova Inglaterra viu os incríveis barcos a vapor eles aplicaram suas legislaturas para salvar seus empregos. Os barcos a vapor iriam arruinar os saveiros do rio, e afetar todas as indústrias de vela de navio da Nova Inglaterra. Eles iriam jogar os empregos de todos os homens do rio, marinheiros, carpinteiros de navios, os tomadores de corda; enfim, eles iriam arruinar tudo na Nova Inglaterra. A Assembléia Legislativa de Connecticut fez o seu dever, excluindo os incríveis "...Uma forma de lidar com o filtro e os efeitos de defasagem da hierarquia é formar uma equipe de alto nível, com a autoridade para aprovar rapidamente idéias criativas." Thomas Pizdek Especial GURUS - Banas Qualidade - 19 barcos a vapordas águas de Connecticut. Outras legislaturas estaduais tomaram medidas semelhantes. Mas o novo Estados Unidos já não permitiu que os antigos feudais operassem. A nova Constituição criou um novo tipo de proteção: proteção contra a autoridade dos outros. Proteção contra a hierarquia. As leis dos Estados Legislativos foram declarados inconstitucionais. Os tribunais declararam que os homens são livres para criar novas formas de competir. Em 12 anos, os americanos cobriram as águas ocidentais, com os incríveis barcos a vapor, e lançaram o primeiro navio a vapor a atravessar um oceano. E os efeitos sobre as antigas indústrias foram tão devastadoras como o previsto. Como a autora Rose Wilder Lane, observou: "A revolução industrial destrói. É um fluxo de viver energia humana tão implacável quanto a própria Natureza, destruindo para criar e criando para destruir. Faz todas as formas de riqueza impermanentes como a vida ". O próprio barco a vapor teve que lutar por sua vida. Trinta anos depois de Robert Fulton (que não inventou o barco a vapor, mas tornou-o comercialmente bem sucedido,) John W. Griffiths inventou o veleiro Yankee Clipper, que diminuiu o tempo de viagem entre Nova York e Cantão, na China, de um ano de viagem para seis meses. A supremacia britânica dos mares foi ameaçada e os britânicos consideraram o meio mais efetivo de combater as ideias criativas: a guerra. Então, talvez contemplando o resultado de batalhas navais entre barcos a vapor e veleiros ágeis, eles decidiram uma ação muito mais revolucionária: a desregulamentação. Foi uma ação mais radical do que qualquer invenção. Como resultado, a Inglaterra voltou a ser a mestre dos mares. Cuidado com os especialistas Uma das razões dadas para proibir a mudança sem permissão é que a pessoa com a idéia não dispõe de conhecimentos. Apesar de não negar que os especialistas muitas vezes podem fornecer orientações úteis (eu sou considerado por alguns como um especialista, afinal!), a orientação é totalmente diferente da permissão. Por todos os meios, deixem que os especialistas tenham um olhar sobre ele, mas não dê ao especialista o poder de destruir uma idéia retendo a aprovação. Lembre-se, quando se trata de uma ideia nova de outra pessoa, o especialista está sempre em terreno mais seguro dizendo o não do que dizendo o sim. Permissão traz consigo algum risco de fracasso. Não há risco de falha por negar permissão. Gênio criativo sempre teve de lidar com o cinismo de especialistas. Os especialistas ou ridicularizam a idéia, ou previnem consequências terríveis que deveriam ser permitidas. Normalmente ambos. Considere as seguintes declarações e previsões feitas por especialistas: • "Eu acho que existe um mercado mundial para talvez cinco computadores." - Thomas Watson, presidente da IBM, 1943 • "Eu tenho viajado por todo este país e conversei com as melhores pessoas, e posso assegurar-lhes que processamento de dados é uma moda que não vai durar todo o ano." O editor encarregado de livros de negócios para Prentice Hall, 1957 • "Mas o que ... isso é bom para "- Engenheiro da Divisão de Sistemas de Computação Avançada da IBM, em 1968, comentando sobre o microchip. • "Não há nenhuma razão para que alguém queira ter um computador em sua casa." - Ken Olson, presidente e fundador da Digital Equipment Corp, 1977 • "Este 'telefone' tem inconvenientes demais para ser seriamente considerado um meio de comunicação. Esta geringonça não tem nenhum valor para nós "-. Western Union memorando interno de 1876. • "A caixa de música sem fio não tem nenhum valor comercial imaginável. Quem pagaria uma mensagem enviada a alguém em particular "- Sócios de David Sarnoff em resposta a sua consulta urgente sobre investimentos em rádio nos anos 1920. • "O conceito é interessante e bem estruturado, mas para merecer uma nota "...quando se trata de uma ideia nova de outra pessoa, o especialista está sempre em terreno mais seguro dizendo o não do que dizendo o sim." Thomas Pizdek 20 - Banas Qualidade - Especial GURUS melhor do que um 'C', a idéia deveria ser viável." - Um professor da Universidade de Yale em resposta a uma tese de Fred Smith propondo um serviço confiável de malote. (Smith viria a fundar Federal Express Corp) • "Quem se interessaria em ouvir os atores falarem?" - HM Warner, a Warner Brothers, 1927. • "Estou feliz por não ser o Clark Gable e quebrar a cara e não o Gary Cooper." - Gary Cooper em sua decisão de não interpretar o papel principal em "Gone With The Wind". • "Uma loja de cookie é uma má idéia. Além disso, os relatórios de pesquisa de mercado dizem que a América gosta de biscoitos crocantes, e não macios e mastigáveis como você faz "-. Resposta a 'idéia de começar Mrs. Fields' Debbi Fields Cookies. • "Nós não gostamos do som deles, e a música de guitarra está fora de linha” - Decca Recording Co., ao rejeitar os Beatles, 1962. • "Máquinas mais pesadas do que o ar são impossíveis." - Lord Kelvin, presidente da Royal Society, 1895. • "Se eu tivesse pensado sobre isso, eu não teria feito o experimento. A literatura está cheia de exemplos mostrando que não se pode fazer isso. "- Spencer Silver sobre o trabalho que culminou com os adesivos exclusivos para 3-M" Post-It "Bloco de notas. • "Então nós fomos para a Atari e dissemos - Ei, nós fizemos essa coisa engraçada, construída com algumas de suas partes, o que vocês acham de nos financiar? Ou, nós daremos a você. Nós queremos fazer isso. Paguem nossos salários e nós trabalharemos para você - E eles disseram: "Não." - Então nós fomos para a Hewlett-Packard, e eles disseram - "Ei, nós não precisamos de vocês. Vocês ainda não terminaram a faculdade” - Apple Computer Inc. Steve Jobs e Steve Wozniak na tentativa de atrair a Atari e HP para seu do computador pessoal. • "O professor Goddard não conhece a relação entre ação e reação e a necessidade de ter algo melhor do que o vácuo contra o qual reagir. Ele parece não ter o conhecimento básico ensinado diariamente em nossas escolas secundárias "-. 1.921 New York Times editorial sobre o foguete revolucionário de Robert Goddard. • "Você quer ter um desenvolvimento muscular consistente e uniforme em todos os seus músculos? Ele não pode ser feito. É apenas um fato da vida. Você apenas tem que aceitar o desenvolvimento muscular inconsistente como uma condição inalterável da musculação. "- Resposta a Arthur Jones, que resolveu o "problema insolúvel" inventando o Nautilus. • "Broca para petróleo? Você quer dizer furar o chão para encontrar petróleo? Você está louco "- Operários que Edwin L. Drake tentou contratar para seu projeto de prospecção de petróleo em 1859. • "As ações atingiram o que parece ser um patamar permanentemente alto." - Irving Fisher, Professor de Economia, Yale University, 1929. • "Aviões são brinquedos interessantes mas sem nenhum valor militar." - Marechal Ferdinand Foch, Professor de estratégia, Ecole Superieure de Guerre. • "Tudo que pode ser inventado já foi inventado." - Charles H. Duell, comissário do Escritório de Patentes dos EUA, 1899. • "A teoria dos germes de Louis Pasteur é uma ficção ridícula". - Pierre Pachet, Professor de Fisiologia em Toulouse, 1872. • "640K deveriam ser suficientes para qualquer um." - Bill Gates, 1981 Princípios da Criatividade Paleontólogo e biólogo evolucionista Stephen Jay Gould ficou intrigado com o convite para visitar o Japão. Parece que ele e um colega japonês foram a cada palestra sobre um tema comum: a criatividade. Demonstrando originalidade considerável, se não a criatividade, de sua autoria, a palestra de Gould provavelmente surpreendeu o japonês exigente. De acordo com as palavras de ordem de Gould, criatividade natural são: " De acordo com as palavras de ordem de Gould, criatividade natural são: desleixo, falta de ajuste, design peculiar, e acima de tudo, a redundância." ThomasPizdek Especial GURUS - Banas Qualidade - 21 desleixo, falta de ajuste, design peculiar, e acima de tudo, a redundância. Gould começa a fazer seu caso, utilizando exemplos da evolução natural. Considerando as bactérias, diz Gould. Em certo sentido, as bactérias representam o maior sucesso na história da natureza. As evidências indicam que as bactérias têm estado em torno da terra quase tanto tempo quanto as rochas, o que quer dizer, um tempo muito longo. As bactérias são extremamente eficientes. A bactéria é constituída por uma única célula com um programa genético interno desprovido de lixo e despejos. Tem cópias únicas de genes essenciais. Mas as bactérias permaneceram bactérias por 3,5 bilhões ano, e eles vão provavelmente continuar a serem bactérias, quando o sol explodir. Gould observa: "Se cada gene faz um, e somente um, como pode uma função nova ou adicional sempre surgir? Criatividade, nesse sentido, exige idéias e redundância." Idéias? Redundância? Ajuste pobre? Propor essa abordagem em uma empresa tradicional, as pessoas provavelmente vão se perguntar se você tomou a licença de seus sentidos. Estas são as muitas coisas dos gestores e engenheiros que passam suas vidas profissionais rastreando e matando. Para sugerir que elas sejam deliberadamente incorporadas no projeto da organização, é uma blasfêmia. Eu tenho uma caneta da Divisão de Estatísticas da Sociedade Americana para a Qualidade que diz: todo o trabalho é um processo, os processos variam, reduzir a variação. Cada vez que você clicar a caneta, esses slogans são mostrados, um por vez. Esta é dada como uma fórmula para a qualidade. Se uma empresa se torna obsessiva sobre a eliminação de variação, é também uma fórmula para o desastre. Criatividade requer variação. Princípios de criatividade natural de Gould’s são precisamente aqueles necessários para a criatividade em organizações humanas também. Considere a 3M com a "regra de 15%." Essa regra informal prevê que certos funcionários da 3M podem usar até 15% do seu tempo para prosseguir os projetos de sua própria escolha. A 3M dá muito crédito para quem é criativo e usa esse tempo para esse fim. Invenções que resultaram o Post-It Notes™. Essa prática não seria possível em uma organização altamente eficiente. Se não houvesse redundância ou a folga, a perda de um funcionário 6 horas por semana seria muito disruptivo para tolerar. Eficiência excessiva é o inimigo da criatividade A Empresa Criativa é naturalmente mais criativa, porque incorpora as mesmas Thomas Pizdek 22 - Banas Qualidade - Especial GURUS coisas que a gestão tradicional trabalha para prevenir. Existem vários agentes que competem para fazer os mesmos trabalhos: redundância. Os mesmos trabalhos são feitos de forma diferente por diferentes agentes: variação. A experimentação constante por pessoas que tentam encontrar formas de melhorar levam a muitas falhas e muito desperdício aparente: ineficiência. Na Nucor Steel as pessoas têm um ditado: "Se vale a pena fazer, vale a pena fazer mal" Em outras palavras, não estudam uma idéia até a morte com especialistas e comitês. Vamos em frente com a ideia e ver se ela funciona. A Nucor estima que cerca de metade das novas ideias falham. Mas a outra metade é um sucesso! As pessoas que não são especialistas produzem uma abundância de projetos peculiares, que, por vezes, funcionam melhor do que qualquer expert do projeto. E, como sistemas adaptativos naturais, a Empresa Criativa premia o sucesso, levando a adaptação e ganhos maiores para todos. Orientações sugeridas para Regras de Empresa Criativa Para conseguir ser uma Empresa Criativa deve-se desenvolver um conjunto de regras gerais que criam as condições básicas necessárias para a criatividade: • Reduza a necessidade de aprovações e permissões. • Analise a hierarquia. • Crie deliberadamente redundância e idéias na organização. • Crie uma cultura que tolera a má forma e incentiva o projeto peculiar. • Celebre o fracasso e proteja aqueles que falham. Criando a Empresa Criativa você exigirá líderes que são corajosos e criativos. Os líderes terão que equilibrar estes esforços com a necessidade de Thomas Pizdek Thomas Pyzdek possui mais de 50 direitos autorais , incluindo The Six Sigma Handbook, O Manual de Engenharia de Qualidade e O Manual de Gestão da Qualidade. Suas obras são usados por milhares de universidades e organizações em todo o mundo para ensinar excelência em processo. Pyzdek forneceu treinamento e consultoria para empregadores e clientes em todas as indústrias desde 1967. Em suas aulas on-line e os seminários públicos e em clientes, ele tem ensinado Six Sigma, Lean , Qualidade e outras metodologias de melhoria de processos de negócios para milhares de pessoas. Pyzdek é membro da ASQ e destinatário da Medalha do ASQ Edward e o Prêmio Qualidade Simon Collier , tanto para contribuições relevantes para o campo da gestão da qualidade, e da ASQ EL que concede medalha de contribuições relevantes para a Educação de Qualidade . Pyzdek atuou em vários conselhos editoriais para diversas revistas, como o Jornal de Gestão da Qualidade , Engenharia de Qualidade e International Journal of Six Sigma. Ele é atualmente o presidente do Instituto LLC Pyzdek que oferece certificação e treinamento de Lean Six Sigma online. www. sixsigmatraining.com . eficiência e qualidade. E ele terá de conciliar o aparente conflito entre os princípios da criatividade e os de qualidade e melhoria de processos como o Lean e o Seis Sigma. O desafio é óbvio, mas assim é a necessidade.t "... as pessoas têm um ditado: "Se vale a pena fazer, vale a pena fazer mal" Em outras palavras, não estudam uma idéia até a morte com especialistas e comitês. Vamos em frente com a ideia e ver se ela funciona." Thomas Pizdek http://sixsigmatraining.com/ Especial GURUS - Banas Qualidade - 23 Siga-nos no Twitter ONDE ESTIVER, MANTENHA-SE INFORMADO DAS ÚLTIMAS NOVIDADES DO MERCADO @BANASQUALIDADE 24 - Banas Qualidade - Especial GURUS Subir Chowdhury Qualidade começa com uma positiva ação individual, quando todos na organização estão ouvindo, enriquecendo e otimizando. Subir Chowdhury compartilha seu método simples para o salto da produtividade, baseado em seu livro "O Poder do LEO." Você pode ter visto essas palavras juntas - "Ouça, enriqueça e otimize." Meus clientes sabem isso de um livro anterior que eu escrevi chamado "O Poder do LEO." LEO é a chave principal da qualidade da metodologia LEO. É parte integrante de "Qualidade é um negócio de todos" (QIEB) da filosofia empresarial. Usamos QIEB para garantir que todos na organização estejam dirigindo para o mesmo objetivo da Qualidade. LEO ajuda a garantir que esta transformação seja sustentável. Por que nós, como indivíduos devemos ouvir melhor os nossos clientes, fornecedores, colegas de trabalho e concorrência? Com demasiada frequência, nós nos dedicamos a coleta de dados associados a um problema sem fazer perguntas mais profundas, como "por que" e "como" que pode nos dar uma melhor clareza sobre os processos por trás dos dados. Assista e observe o que funciona e o que não funciona. Compreenda e simpatize com todas as partes interessadas até que você "pegue". Ouça como eles expressam o que eles precisam, como eles definem suas expectativas de qualidade; o que é preciso para torná-los satisfeitos e entusiasmados com você, seus funcionários e sua empresa - estas são as realizações que acabarão por redefinir o nível de serviço que você oferece e fornece. Quando eu digo "Enriquecer", estou me referindo a um processo que nos orienta para o que devemos fazer quando temos pleno conhecimento da situação. Em outras palavras, se escutar nos leva a lições de como podemos melhorar, enriquecer significa colocar essas lições para trabalhar, aumentando o nosso potencial para alcançar uma solução bem sucedida.Aqui podemos aplicar alguma organização lógica de como vamos usar os nossos Especial GURUS - Banas Qualidade - 25 26 - Banas Qualidade - Especial GURUS dados. O que os dados nos dizem sobre como fazemos as coisas atualmente? Como podemos implementar os dados e quando? Se isso soa um pouco familiar, que deveria, uma vez que ecoa muitos dos aspectos da mentalidade da qualidade que estamos constantemente remetendo para a QIEB: Honestidade, Integridade, e Resistência ao compromisso. Finalmente, uma vez que você e toda a sua organização tenham começado os processos e procedimentos afinados para baixo e trabalhando para atender e exceder as necessidades, vontades e desejos de seus clientes, tanto internos como externos, então você precisa manter o padrão elevado. Esse é o ponto de "Otimize". O objetivo não é apenas para apagar um incêndio, mas também para evitar que se reacenda. Desafie soluções conhecidas e compare com outras soluções que você descobriu; selecione as melhores e constantemente submeta a cada situação que você encontrar. Quando você tiver abordado todas e quaisquer possíveis falhas, inicie o processo. O objetivo é nunca se contentar com "bom o suficiente" novamente. Gaste tempo afiando suas habilidades LEO, os resultados valem a pena. Ao ouvir, não fique satisfeito. Enriquecendo, nós nos esforçamos mais para a perfeição. E, otimizando, olhamos para Qualidade como um objetivo universal diário, e não uma exceção que recai sobre algumas pessoas. Em última análise, para ser bem sucedido, a qualidade deve ser de todos. A Sabedoria de Ouvir Mesmo empresas grandes e bem- sucedidas às vezes esquecem a importância de ouvir. Vamos encará-lo. Problemas vêm e vão, mas é a forma como lidamos com os problemas que nos fazem se destacar de nossa base de clientes. Microsoft passou anos combatendo a percepção de que não poderiam lidar ou não se preocupar com problemas de estabilidade em seu sistema operacional Windows. Adobe deixa os preços altos de seus softwares, a ponto de alienar muitos dos seus usuários "fiéis" que estão apenas ganhando tempo, esperando por uma alternativa mais barata. Toyota vem sofrendo com os rumores persistentes a respeito da sua qualidade. Começaram com os problemas de aceleração e tapetes, e as manchetes de recalls continuam. Não importa quem seja - clientes, constituintes, as partes interessadas, investidores, sociedade, até mesmo os membros da família - Cuidado, a escuta inteligente é o primeiro passo crucial para o sucesso e para a superação de problemas e realização de uma operação de Qualidade. Para o registro, cada uma das empresas que mencionei tem feito esforços construtivos para chegar aos seus clientes e mostrar que eles estão de fato ESCUTANDO. Mas ouvindo, no que se refere ao seu processo de gestão, não é, uma técnica rígida passo-a-passo para descobrir o que os clientes querem ou precisam. Na verdade, não existe uma metodologia rigorosa que pode ser implantada para atender as infinitas variações de experiência individual. Cada organização é única em termos de produtos e processos, assim como cada interação será percebida de forma diferente. No entanto, a falta de verdadeiramente ouvir os clientes está no coração do motivo pelo qual muitas organizações falham. Eu tenho três regras específicas que ajudarão a garantir que você está realmente ouvindo: 1. Saia de trás de sua mesa. Vá para onde a ação está. Vá para seus clientes. Vá para a fábrica. Vá para a área de vendas. Vá para onde estão os problemas. Vá para onde os fatos estão. 2. Pare de falar. É difícil ouvir quando você é o único fazendo toda a conversa. Veja o que se passa. Veja o que seus empregados estão fazendo. Veja o que seus clientes estão fazendo. Ouça o que eles dizem - ouça os tipos de palavras que usam. Mesmo se você estiver confiante de que você tem isso, veja e ouça mais. 3. Mostrar empatia; olhar o mundo Gaste tempo afiando suas habilidades LEO, os resultados valem a pena. Ao ouvir, não fique satisfeito. Enriquecendo, nós nos esforçamos mais para a perfeição. E, otimizando, olhamos para Qualidade como um objetivo universal diário, e não uma exceção que recai sobre algumas pessoas. Subir Chowdhury Especial GURUS - Banas Qualidade - 27 através de seus olhos. Esteja no momento em que seus funcionários e clientes estão falando. Lembre-se que não se trata de suas expectativas, mas sim deles. Aprenda com as pessoas com as quais deverá estar ouvindo. Existem muitas ferramentas de gerenciamento que podem ser implantadas para aumentar a eficácia do seu processo de escuta - isso pode ajudá-lo em um nível pessoal. No entanto, o próprio processo de coleta de dados geralmente envolve duas fases - quantitativos, bem como pesquisa qualitativa. Por exemplo, você pode precisar implementar pesquisas de marketing e outras pesquisas para construir um quadro completo sobre a sua situação. Sempre que possível, mostrar ao público afetado - seus clientes, por exemplo - que você está ativamente engajado, incluindo- os no processo de coleta de dados. Como acontece com todas as coisas, é sempre importante manter as questões mais simples possível. Quanto mais complexo for o processo, mais esforço a empresa deve aprender a usá-lo corretamente. Coloque de outra forma: quanto mais complexo o processo, maior a probabilidade de que as coisas podem dar errado. Mas você nunca vai errar só por sentar-se e ouvir. Enriquecendo o Processo Eu estava em um posto de gasolina e vi sinal que afirmava que o combustível tinha sido "enriquecido" com um aditivo químico o que faria meu carro funcionar mais limpo e mais eficiente. Minha esposa comprou comida, que também foi enriquecida com vitaminas e minerais, que acrescentaram valor nutricional. Como se vê, muitos produtos são enriquecidos de alguma forma a torná-los mais atraentes, dando-lhes um pouco de aumento de desempenho de valor agregado. Isso é também na vida: quando queremos fazer algo melhor, nós adicionamos alguma coisa que a melhora, desenvolvendo e aprimorando a original. Da minha experiência em consultoria na gestão do dia-a-dia das empresas, eu descobri que o processo de enriquecimento engloba dois propósitos: (1) não só para ajudar a tornar os produtos e serviços melhores, mas para (2) introduzir uma maior qualidade nos processos que impacta nesses produtos e serviços. Claro que, enquanto a meta é melhorar os nossos processos, sempre há limites práticos. Por exemplo, não há enriquecimento a ser ganho se o esforço de melhoria interrompe operações por semanas . Eu já vi gerentes se empolgando - interferindo diretamente com os processos de linha de frente, puxando muitas pessoas longe de atribuições regulares por muito tempo. Também há pouco a ser adquirido pelo tempo e energia dedicada para ajustar um processo que tem um impacto mínimo na qualidade. Com metas realistas e custos razoáveis solidamente em vista, você pode participar do processo de enriquecimento com uma atitude que há sempre um melhor, ainda-a- ser-descoberta alternativa. Aqui estão três diretrizes para a execução de um processo de enriquecimento mais produtivo: • Você tem uma compreensão clara do atual estado das coisas na sua organização? Está todo mundo na mesma página? Será que todos os membros da equipe estão em dia com as necessidades de seus clientes? Certifique-se de que todos entendam o estado atual do problema ou o desafio do projeto. Certifique-se de que você tem todas as informações de que precisa para começar seu trabalho de enriquecimento. • Você está realmente pensando de forma diferente? Resista à tentação de alcançar soluções que você tentou no passado; esticar sua equipe um pouco com uma "sessão empastelamento” para iluminar o processo intelectual e criativo. Lembre-se que o processo de inovação funciona melhor quando há envolvimento destemido de todos os participantes.Isso significa instituir um cobertor "sem culpa, onde todas as ideias são bem-vindas" em sua política. • Defina suas vistas elevadas e não desista Com metas realistas e custos razoáveis solidamente em vista, você pode participar do processo de enriquecimento com uma atitude que há sempre um melhor, ainda- a-ser-descoberta alternativa. Subir Chowdhury 28 - Banas Qualidade - Especial GURUS até que você tenha a solução ou o projeto que vai emocionar seus clientes sem quebrar o banco. Seja ousado, mas seja realista. Às vezes O MELHOR acaba por ser a solução mais fácil. Não se surpreenda se o processo de enriquecimento exija uma nova mentalidade em sua organização. Para obter o máximo proveito de qualquer processo novo, todos devem abraçar a mudança e a ideia de que o que você tem feito até este ponto, simplesmente não é bom o suficiente. Isso nem sempre é tão fácil para todos, especialmente para organizações que se acostumaram a fazer as coisas da mesma forma por um longo tempo. Você pode ter que trazer todo mundo para uma sala para sinalizar o início da mudança, e dizer algo como isto: "Hoje, vamos ir além do status quo e vamos alcançar desenvolvimento e melhoria contínua. Esta será a nossa estratégia. E o nosso plano é que todo mundo vai ter um papel importante neste processo - incluindo cada um de vocês " Essa é a atitude que leva a mudar para frente. Esse é o plano de jogo que enriquece a sua organização, e ajuda a garantir o seu sucesso. Otimizar a Perfeição Um cliente uma vez me enviou uma citação que diz: a perfeição não é conhecida. Tenho certeza de que sua fonte era Confúcio ou Zen, mas eu também encontrei este pensamento observando as culturas ocidentais também. Talvez a perfeição seja inatingível com todas as coisas, mas a perfeição é o que buscamos em todos os aspectos de nossas vidas. É interessante como nós racionalizamos a contradição entre o que percebemos que é possível e o que esperamos dos nossos esforços. Mas a meta é realmente a perfeição? Em uma organização otimizada, todos os processos se movem em direção à perfeição. É isso que podemos esperar do maior resultado desde a menor ação. Quando nada perde a nossa atenção, quando todas as nuances se encaixam no nosso ponto de vista, então vamos começar a trabalhar para a melhoria contínua em direção à perfeição. Não há nada realmente revolucionário sobre a idéia de melhoria contínua. Tem sido defendido por filósofos, treinadores e grandes líderes por um longo tempo. Creio que esta é a filosofia subjacente a cada slogan que nos pede para olhar profundamente dentro de nós mesmos para alcançar objetivos maiores, do que de outra forma poderiam ser alcançados. É por isso que a palavra "perfeição" embeleza centenas, se não milhares de declarações de missão corporativa. Aqueles de nós que almejam a perfeição, encontre as recompensas que são negados aos que - devido à falta de vontade ou consciência - desistem do esforço ou que nunca tentaram. É por isso que as organizações bem sucedidas procuram melhorar o seu processo de qualidade - para atingir o mais alto nível de otimização possível. Eles sabem que se uma empresa quer entregar seus produtos ou serviços, do tipo que vai realmente encantar os clientes existentes e atrair novos, você precisa manter o padrão na qualidade. Do ponto de vista de seus resultados - os produtos e serviços que você oferece a seus clientes - as coisas funcionam e falham por todos os tipos de razões. Quando você a otimizar, você analisa cada projeto e as solução abaixo de cada detalhe. Não só você está ciente dos pontos fortes, mas você também tem pleno conhecimento de todas as fraquezas. Um plano para a otimização deve estar sempre ao seu alcance. Eu vejo otimização como um processo em três partes: • Aceitar a perfeição como meta. Não apenas para a organização, mas para si mesmo também. Quando você aumenta o nível de seus produtos Não há nada realmente revolucionário sobre a idéia de melhoria contínua. Tem sido defendido por filósofos, treinadores e grandes líderes por um longo tempo. Subir Chowdhury Especial GURUS - Banas Qualidade - 29 ou processos de qualidade, aumente a exigência e continue elevando. A melhor média não é o objetivo, você quer a perfeição. • Preocupe-se com os detalhes. Faça o seu processo de otimização de forma a saber todos os detalhes sobre o seu produto ou serviço. Filtre a boa notícia e uma má notícia através de sua própria paranóia de proteção e contine a se perguntar: "Será que vamos fazer todo o possível? O que pode dar errado? Será que o nosso projeto e soluções realmente funcionam? • Prepare a sua equipe para a busca da perfeição. Alguns podem não ter a paixão que você tem, mas aqui é onde você deve fazê-los entender o porquê "suficientemente bom" tem que ser tratado como um mero ponto de partida, não de chegada. Mostre- lhes por que o esforço extra para uma maior qualidade é um benefício para os clientes e funcionários. Eu sei que o processo de otimização pode confundir e parecer contraditório para muitos ocidentais. Concordo também que se "suficientemente bom" é rentável, então isso é um bom lugar para estar. Nesse caso, a pergunta seguinte deve ser se "suficientemente bom" é sustentável? O que acontece se um concorrente aparece com um produto semelhante que é melhor? E depois? Precisamos apenas olhar para trás para a chamada invasão industrial japonesa do final dos anos 1960 para entender as implicações de manter a qualidade e a otimização. Agora, todos os três principais fabricantes de automóveis americanos praticam alguma forma de otimização - tanto com seus produtos, mas também dentro de suas organizações. Uma vez que o conceito básico é entendido, otimização faz todo o sentido. Perfeição pode não ser possível em todas as situações, mas o sucesso sustentável só será alcançado quando a perfeição se torna o nosso objetivo.t Subir Chowdhury Subir Chowdhury Subir Chowdhury tem sido um líder de pensamento global na estratégia de gestão da qualidade e metodologia há mais de 20 anos. Atualmente presidente e CEO da ASI Consulting Group, LLC, que lidera o Seis Sigma e a implementação de Liderança de Qualidade, consultoria e esforços de treinamento. O trabalho de Subir já lhe rendeu vários prêmios e reconhecimento. O New York Times citou-o como "o maior especialista da qualidade", BusinessWeek saudaram como "O Profeta da Qualidade". Review Conference Board descreveu-o como "Um evangelista empolgado, entusiástico para a qualidade." Subir é o autor de 13 livros, incluindo o best-seller internacional The Power of Six Sigma (Dearborn Comércio, 2001), que já vendeu mais de um milhão de cópias em todo o mundo e foi traduzido para mais de 20 idiomas. Design for Six Sigma (Kaplan Professional, 2002) foi o primeiro livro a popularizar o conceito de "DFSS". Seu livro, o aclamado The Ice Cream Maker (Doubleday, 2005) introduziu LEO ® (Ouça, Enriqueça, Otimize), uma estratégia de gestão flexível que traz o conceito de qualidade a todos os membros de uma organização. O processo LEO continua a ser implementado em muitas organizações. Seu livro mais recente, O Poder do LEO (McGraw-Hill, 2011) foi um bestseller. O livro mostra as organizações como a metodologia LEO pode ser integrada em um sistema completo de gestão da qualidade. A Fundação Subir & Malini Chowdhury centra-se na educação dos menos afortunados no mundo. A fundação ajudou a fundar a campanha Consciência Global da Qualidade(GQA), uma iniciativa mundial de sensibilização para a qualidade em todas as áreas da vida. Nascido em Chittagong, Bangladesh, em 1967, Subir recebeu seu diploma de graduação em Engenharia da Aeronáutica pelo Instituto Indiano de Tecnologia (IIT), Kharagpur, Índia e sua pós-graduação em Gestão Industrial pela Michigan University, MT. Pleasant, Michigan. 30 - Banas Qualidade - EspecialGURUS Jeffrey K. Liker "O Modelo Toyota para desenvolver a qualidade: Trazer problemas à tona e solucionar um por um" A Toyota vem se tornando praticamente um sinônimo do movimento de manufatura enxuta. “Encurtar o prazo de execução evitando desperdícios” é o mantra. Enquanto há alguma verdade nisso, e a redução do prazo de execução reflete o foco de Taiichi Ohno, o arquiteto-chefe do Sistema de Produção Toyota (Toyota Production System), a afirmação é uma simplificação grosseira do Toyota Way (Modelo Toyota). Na realidade, o ponto de partida é sempre a tentativa de agregar valor aos clientes e à sociedade por meio de produtos excepcionais com a maior qualidade e a preços competitivos. Exceto pela segurança, que está sempre em primeiro lugar, a qualidade é o foco principal da Toyota. Há muito tempo eles acreditam que projetar e fabricar com qualidade é o caminho para obter sucesso no mercado e reduzir custos. A paixão por qualidade na Toyota é insuperável. Há alguma forma especial de manufatura enxuta para se obter qualidade? De muitas maneiras, a Toyota, assim como outras companhias japonesas, foi influenciada por gurus da qualidade como Deming, Ishikawa e Akao. Porém a Toyota também foi influenciada por parte de seus fundadores e a genialidade de grandes líde- res como Taiichi Ohno. Para compreender a qualidade na Toyota, devemos observar o singular histórico da companhia. A qualidade é frequentemente vista como uma disciplina especial com métodos, filoso- fias e abordagem próprias. O que veremos é que a qualidade vai além de qualquer meto- dologia ou qualquer departamento indivi- dualmente. Sendo ainda mais radical, eu ar- gumentaria que a qualidade enquanto meta, não é diferente de qualquer outra meta, seja de segurança, produtividade, redução de custos aumento de rotatividade de estoque. Esses todos são resultados de melhorias e o processo de melhorias não adquire qualquer forma específica para a qualidade. A qualidade deve ser construída no ínti- mo de cada parte da empresa – por dentro e por fora. É a forma como as pessoas são Especial GURUS - Banas Qualidade - 31 32 - Banas Qualidade - Especial GURUS selecionadas e desenvolvidas, é a forma como os líderes lideram, é a base da relação com fornecedores, é a forma como normas são utilizadas para revelar problemas e essa forma é a essência do kaizen. Os dois pila- res centrais do Toyota Way são o respeito pelas pessoas e a melhoria contínua. Essas condições são mutuamente interligadas e necessárias. Nenhum dos fatores menciona- dos é possível sem um comprometimento de longo prazo com a excelência - —a base para a qualidade. O rei dos inventores Sakichi Toyoda: O tear com parada automática Sakichi Toyoda teve um início bem humilde para alguém que viria a entrar para a história como o “Rei dos Inventores” no Japão. Ele aprendeu carpintaria com o pai, um carpinteiro pobre de um vilarejo de plantação de arroz. Em 1890 ele usou desse conhecimento para automatizar parcial- mente um tear de madeira a fim de ajudar as mulheres da comunidade que estavam com os dedos em carne viva devido ao tra- balho. Era um acionador simples baseado na gravidade com um pedal acoplado. Ao acionar o mecanismo, o acionador da roca se movia para frente e para trás, economi- zando o trabalho de empurrar e puxar a peça. Esse foi o primeiro passo rumo a um sonho – produzir o primeiro tear automáti- co do mundo. Por meio de kaizen impecá- vel, muitas patentes e incontáveis melhorias ele finalmente realizou seu sonho criando o tear G-Type em 1924 com alterações de acionador automático contínuo. Essa não foi uma simples ideia que surgiu durante o banho. Foram 34 anos solucionando pro- blema depois de problema e chegando cada vez mais perto de sua versão, sua paixão Um dos muitos problemas que ele teve de solucionar quando o tear se tornou mais sofisticado, acionado por motor a vapor, era uma questão de qualidade. O fio de algodão proveniente da China nem sempre era da mais alta qualidade, e um simples fio rom- pido resultaria em um tecido ruim até que o problema fosse solucionado. A primeira solução foi acrescentar uma tarefa sobre o problema. Uma pessoa ficaria atenta ao lado do equipamento e ao identificar um fio rompido teria de parar o tear, remover o material ruim e reiniciar o movimento Sakichi Toyoda percebeu que isso era um desperdício de mão de obra – uma pessoa estava trabalhando para a máquina. Ele pretendia separar a pessoa e a máqui- na de modo que a pessoa fizesse trabalho com valor agregado. Para isso ele criou um dispositivo que pararia automaticamente o tear no momento de rompimento de um fio. Para alertar a pessoa de que o tear havia parado, ele instalou posteriormente uma bandeira de metal que se levantava como que para alertar: “Estou com um problema e parei. Ajude-me.” Esse simples dispositivo ficou conhecido como “jidoka”, representado em kanji adi- cionando uma linha representando um hu- mano a um caractere chinês que representa uma máquina. Dizem que Sakichi adicio- nou um toque humano à automação. O que Sakichi realmente fez foi separar a detecção de um problema e a pessoa que usaria o intelecto para solucionar esse problema. Essa atitude colocou o mundo na ordem apropriada, com a máquina fazendo aquilo no que ela é boa - produzir e detectar pro- blemas – enquanto a pessoa fazia o que os humanos podem fazer – pensar de maneira criativa para solucionar problemas. Jidoka acabou por se tornar um dos dois pilares da casa que representa o Toyota Production System (veja figura 1). A palavra certas vezes é traduzida como “qualidade no processo” e conduz à filosofia mais profunda de jamais deixar um defeito escapar e passar para o próximo processo. O sistema agora é padronizado em todas as plantas da Toyota assim como o sistema “andon”. Nesse sistema uma máquina de- tectará problemas e interromperá o próprio funcionamento ou uma pessoa que estiver executando uma tarefa manual será respon- sável por monitorar constantemente se há algum problema e se houver deverá desli- gar um fio. O resultado é que uma música é executada e uma luz se acende. Verde significa O.K., amarelo significa que há um A qualidade deve ser construída no íntimo de cada parte da empresa – por dentro e por fora. Jeffrey K. Liker Especial GURUS - Banas Qualidade - 33 problema, mas a produção ainda não parou e vermelho significa parada total. O sistema humano de atribuição do problema integra o sistema andom. In- terromper a produção é drástico, mas é basicamente inútil se os problemas forem ignorados ou apenas solucionados superfi- cialmente. A Toyota possui um sistema hu- mano de grupos de trabalho, e um processo definido, assim sendo o problema é primei- ramente contido para permitir a retomada da produção, em seguida medidas correti- vas são adotadas para solução do problema. Voltaremos a discutir esse processo em detalhes mais à frente no artigo. Sakichi Toyoda aprendeu muitas lições sobre qualidade em sua carreira durante os experimentos com os teares. Uma das lições foi a importância de se ter uma cadeia de suprimentos de qualidade. O que ajudou a alinhar Sakichi Toyoda e seus primeiros teares automatizados no caminho para o sucesso foi a qualidade do algodão, que era claramente superior ao produto trançado à mão. Porém esse não foi sempre o caso. Uma avaliação comparativa foi conduzida pouco antes do início das operações da Toyo- ta Loom Co. Em comparação com os quatro principais produtores, a marca Platt Brothers foi a que apresentou o mais alto desempenho enquanto o tear Toyoda não teve um resul- tado tão bom, sofrendo com “problemas de mordedura” (Wada e Yui, 2002). Esse tear era um protótipo, portanto não deveria ser julgado com tanto rigor, mas parte do problema era a qualidade relati- vamente baixa do fio. Outras peças do tear adquiridas de terceiros, como as peças de metal, também eram pontos
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