Estruturalismo na Psicologia

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 Universidade Estácio de Sá 
 Instituição de ensino superior em Recife 
 Curso superior de psicologia 
 Vitória Luiza Vieira Barbosa Da Silva 
 Estruturalismo 
 
 Recife-PE
 2020
Resumo 
A sede por estudar as estruturas da mente humana tornou-se foco dos estudos para os psicólogos e cientistas na metade do século XX.
O Estruturalismo busca a compreensão do mesmo fenômeno que o funcionalismo: a consciência. Diferente de W. James, Titchener estudou seus aspectos, isto é, os estados elementares da consciência como estrutura do sistema nervoso central.
Essa escola foi inaugurada por Wundt, mas foi Titchener, seu aluno e seguidor, quem usou o termo Estruturalismo pela primeira vez, no sentido de diferenciar do funcionalismo.
O método de observação de Titchener, assim como o de Wundt, é o introspeccionismo, e os conhecimentos psicológicos produzidos conscientemente são eminentemente experimental, isto é, produzidos a partir de laboratório. 
 
Sumário 
 Introdução......................................................04
 Definição........................................................05
 Objetivo do estruturalismo.............................06
 Principais influências......................................07
 Críticas ao estruturalismo................................09
 Considerações finais.......................................10
 Referências......................................................11
Introdução 
Neste trabalho abordaremos um ramo da psicologia que foi formado por grandes influenciadores da época com intuito de estudar cientificamente a experiência consciente, sendo Wundt, o grande pioneiro para o estudo. 
Em 1879, Wundt fundou o primeiro laboratório para possibilitar melhorias nos estudos práticos da filosofia, sendo ele instalado na infraestrutura da Universidade de Leipzig, na Alemanha. A partir disso, a psicologia passou a ser uma ciência totalmente independentemente da filosofia, isto no final do século XIX. 
Wundt foi o responsável por criar o que mais tarde seria chamado de estruturalismo da psicologia pelo inglês Edward Titchener, que mantinha como principal objeto de estudo a estrutura da nossa mente, as sensações conscientes provocadas pelo nosso cérebro. Com base nesse ponto de vista, o principal intuito de tal estudo era chegar às mais profundas experiências conscientes da nossa mente por meio do processo de introspecção. 
A base de estudos de Titchener era formada por meio de elementos propriamente ditos, já que para o mesmo a psicologia deveria trabalhar unicamente na descoberta das experiências conscientes e elementares, disposta a determinar sua estrutura por meio da análise de cada uma das partes que compõem nosso cérebro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Definição 
 
O Estruturalismo é a análise da realidade social baseada nas nossas vivências onde a construção de modelos que explicam como se dão as relações vem a partir das nossas ideologias, costumes, hábitos, comportamentos e crenças, formando assim todas as estruturas. 
A estrutura é um sistema abstrato em que os fatos não são isolados e dependem entre si para determinar o todo. As trocas econômicas dependem dos laços sociais, que por sua vez são determinados por sistemas de distinção, e assim por diante. 
São elementos inter-relacionados em que se percebe a forma da estrutura e se vê que nem todo o fato pode ser entendido pelo que está à mostra, e sim, que existem elementos implícitos. Com isto, o estruturalismo acredita que os acontecimentos são sempre relacionados, não existindo fatos isolados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Objetivos do estruturalismo 
 
O objetivo do estruturalismo era o estudo da psicologia racionalmente, por meio de análises laboratoriais para compreender melhor a mente humana, e o uso da introspecção como forma de conhecer a si mesmo, e através desses meios, alcançar o conhecimento total da mente decodificando-a pelos seus componentes. 
Para obter êxito em todos os seus resultados, Titchener, eliminou assim repetições. Para isso usou uma junção de estudos, uma parte do seu mentor Wundt, que fazia estudos relacionados a consciência e outra de um dos discípulos de Wundt, James Mckeen, que estudava a anatomia humana. 
Considerando a complexidade de todo o estudo, não foi possível o desenvolvimento de uma verdade absoluta, mas sim de olhares múltiplos que contemplam o ser humano em toda a sua exuberância biopsicossocial. 
Como o interesse de Titchener era reduzir a mente até os seus aspectos indivisíveis, no intuito de definir sua estrutura padrão de funcionamento, Titchener fundou o Estruturalismo. Também foi por este motivo que o Estruturalismo não pertenceu a Wundt. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Principais influências 
Quando falamos de estruturalismo dentro da psicologia é inegável não lembrarmos do nome de Wundt, Wiheln Wundt, pois ele conseguiu separar a filosofia da psicologia com seus estudos com enfoque na mente humana, por meio da análise dos fenômenos culturais, segundo Wundt, manifestam-se os processos superiores da vida mental – como o pensamento, a imaginação, e etc. 
A psicologia social de Wundt não usa o método experimental, mas métodos comparativos da antropologia e da filosofia, e seu objetivo é a investigação dos processos de síntese por que, para Wundt, a experiência imediata não é nem uma coisa desorganizada nem uma mera combinação mecânica de elementos: a experiência imediata seria o resultado de processos de síntese criativa, em que a subjetividade se manifesta como vontade, como capacidade de criação. 
Ele foi considerado pai do estudo da mente humana de uma forma mais precisa, e essencialmente importante para teoria, pois sem ele não teríamos base para realização de tais pesquisas. 
James Mckeen também foi muito importante para todo processo. Mckeen interessou-se pela Psicologia em virtude das próprias experiências com as drogas. Ele experimentou várias substâncias, como o haxixe, a morfina, o ópio, a cafeína, o cigarro e o chocolate e descobriu interesse tanto pessoais como profissionais e documentou em uma revista os efeitos das drogas no funcionamento cognitivo. 
Também foi o primeiro professor de psicologia nos Estados Unidos, ensinando na Universidade da Pensilvânia. Por muito tempo, a psicologia foi muitas vezes considerada como uma ciência menor e foi muitas vezes até mesmo vista como uma pseudociência. Mckeen foi importante para a legitimidade de psicologia estabelecida como uma ciência graças ao seu foco em métodos que que foram baseados em Wundt (seu professor) e aprimorados para quantitativos. Os tipos de testes eram para medir a amplitude e a variabilidade da capacidade humana, os testes lidavam com as medidas sensório-motoras, os testes de inteligências usam medições mais complexas de habilidade mental. Seu trabalho a respeito dos testes mentais reforçou o movimento funcionalista na Psicologia americana. 
 
Depois de Wundt são inúmeros os autores que tentaram colocar a psicologia no campo apenas das ciências naturais. 
Entretanto, Edward Titchener, recebe um foco maior por ter nomeado e aprimorado o estruturalismo, e embora tenha sido colaborador de Wundt em Leipzig, ele construiu sua própria concepção de psicologia, que em muitos aspectos se distanciou do pensamento wundtiano. 
A divergência fundamental está na própria concepção de objeto e método da psicologia. Para Titchener, a psicologia é principalmente o estudo da consciência através da introspecção. E tudo o que não puder ser relacionado com os elementos estruturais da consciência não deve ser considerado assunto da psicologia. Essa forma de pensarteve força por 20 anos e foi enfraquecendo pelas críticas e avanços. 
Acompanhando as transformações nas pesquisas fundamentais da psicologia de Titchener, a definição do objeto de estudo da área passou a reconhecer claramente a referência ao organismo como critério para demarcação do ponto de vista da psicologia, sem notar uma redução dos fenômenos mentais aos fisiológicos. Além disso, seu método de investigação introspectivo baseava-se na observação retrospectiva, isto é, após a ocorrência dos processos mentais, sob condições controladas experimentalmente, Assim, Titchener acreditava livrar a introspecção da acusação de interferir no fenômeno observado ou de tentar adotar duas atitudes distintas diretamente, a de quem tem a experiência e a de quem a observa no seu ponto de vista, deixando bem claro que todas as experiências eram testados em adultos e com autorização. 
Ainda mais longe de pretender estabelecer sua pesquisa como último critério para a psicologia ou reduzir a biologia, Titchener chegou a afirmar que sua comparação tinha o propósito de fornecer um esquema provisório de trabalho, já adotado por muitos autores e estudiosos da época, mas pronto a ser substituído por outro mais eficaz, deixando claro que não tinha um compromisso fiel as suas perspectivas. 
 
 
 
Críticas ao estruturalismo 
 
As críticas feitas ao estruturalismo foram relacionadas principalmente pelo método experimental que era muito subjetivo, eles alegavam que se preocupavam com aquilo que não tinha como ser observado, no caso, o comportamento interno, que não poderia ser estudado com precisão, logo não teriam como quantificar precisamente. 
O método de introspecção foi um tremendo alvo de críticas, pois afirmavam a falta de confiabilidade nos resultados, além disso, muitos livros e pesquisas feitas sobre os estudos de Titchener, afirmam que ele não aceitava críticas ou opiniões alheias, deixando claro que suas pesquisas eram feitas corretamente, concluindo que era o único certo. 
Mesmo antes das críticas à Titchener, o filósofo alemão Immanuel Kant declarou que qualquer tentativa de introspecção alterava necessariamente a experiência consciente observada, porque introduziria várias observações no conteúdo da experiência consciente. Outros filósofos também criticaram o método introspectivo como, Auguste Comte e um médico chamado Henry Maudsley. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conclusão 
Neste trabalho abordamos um pouco sobre como se formou o estruturalismo e todo seu enfoque nas estruturas de mente humana, partindo de conceitos filosóficos onde a experiência é feita de modo consciente e laboratorial.
Para a elaboração desse estudo existiram três pensadores indispensáveis para a conclusão e base para todo fundamento sendo esses: Wiheln Wundt, James Mckeen e Edward Titchener.
Durante o trabalho, foi possível concluir que o estruturalismo contribuiu para uma psicologia mais precisa e contudo sofreu muitas críticas por ter usado o método de introspecção para fazer suas análises, sendo considerado por Wundt uma ciência da experiência consciente, sendo somente usada em indivíduos que passaram por x experiências poderiam ser observados.
Esse método era conhecido como percepção interna, ou seja, uma auto-observação, tornando a introspecção uma experiência particular.
Referências
BOCK, Ana mercês; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes. Psicologias, uma introdução ao estudo da psicologia. São Paulo. Saraiva educação. 2018.
SHULTZ, Duane p.; SHULTZ, Sydney E. História da psicologia moderna. São Paulo: Thompson pioneira, 2014.
KELLER, Fred S. A definição da psicologia: uma introdução aos sistemas psicológicos, são Paulo: Herder, 1972.