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Prévia do material em texto

Participação e 
Controle Social
Autor: Flávia Mello Magrini
Tema 04
“Direito a ter Direitos” – Contexto 
Histórico, Político e Social da Participação 
no Processo Político Brasileiro
seç
ões
Tema 04
“Direito a ter Direitos” – Contexto Histórico, 
Político e Social da Participação no Processo 
Político Brasileiro
Como citar este material:
MAGRINI, Flávia Mello. Participação e Controle 
Social: “Direito a ter Direitos” – Contexto Histórico, 
Político e Social da Participação no Processo 
Político Brasileiro. Caderno de Atividades. 
Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014.
SeçõesSeções
Tema 04
“Direito a ter Direitos” – Contexto Histórico, 
Político e Social da Participação no Processo 
Político Brasileiro
5
Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
• Características do modelo desenvolvimentista de Estado vigente no Brasil desde os 
anos 1930.
• Contexto de crise deste modelo “estadocêntrico” e a conjuntura para a transição 
democratização brasileira.
• Década de 1970 e os Novos Movimentos Sociais.
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro “Conselho Gestores e 
Participação Sociopolítica”, da autora Maria da Glória Gohn, Editora Cortez, 2011, Livro-
Texto n°.
Roteiro de Estudo:
Profa Flávia Mello MagriniParticipação e Controle Social 
6
Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
• O modelo “estadocêntrico” brasileiro comportava uma efetiva participação social?
• Qual o significado de cidadania regulada?
• Os movimentos populares que eclodiram nas décadas de 1970/1980 contribuíram 
com uma alteração na noção de cidadania no Brasil?
• Quais as principais matrizes discursivas da ebulição social no Brasil nas décadas de 
1970/1980?
CONTEÚDOSEHABILIDADES
“Direito a ter Direitos” – Contexto Histórico, Político e 
Social da Participação no Processo Político Brasileiro 
Nesta aula, você iniciará seus estudos sobre Participação Social a partir da realidade 
brasileira. No período que compreende o contexto de crise do modelo “estadocêntrico” 
e sua transição para a redemocratização brasileira, é possível perceber um processo de 
deslocamento do próprio conteúdo político envolvendo a democracia. Este movimento será 
estudado nesta aula.
Durante décadas a democracia foi colocada como o resultado de um necessário 
“desenvolvimento a qualquer custo”, um dos cânones do projeto nacional 
desenvolvimentista em curso no país desde os anos 1930, passando a ocupar nos anos 
1980 uma posição central no novo pacto social em andamento. 
Este novo pacto, resultado da insatisfação da sociedade com os resultados do projeto 
político em curso até então, cristaliza-se com a Constituição Federal de 1988 que firma o 
compromisso de promover a descentralização política e a construção de formas de gestão 
e controle político, buscando valorizar a ação e a participação da sociedade civil. 
LEITURAOBRIGATÓRIA
7
LEITURAOBRIGATÓRIA
O modelo desenvolvimentista de Estado vigente no Brasil desde os anos 1930, apesar 
de períodos de significativos rearranjos, pode ser considerado autocrático e fortemente 
centralizador. Se, economicamente, assumia a direção da construção de um capitalismo 
industrial, nacionalmente integrado, mas dependente do capital externo, política e 
socialmente, tomava para si a responsabilidade de regulamentar os conflitos sociais, 
limitando, consequentemente, a criação de espaços livres, democráticos e as possibilidades 
de organização e mobilização autônoma de grupos sociais1, além de agir repressivamente 
para conter qualquer tipo de mobilização que viesse a ocorrer. Em linhas gerais, o modelo 
de Estado construído entre 1930 e aproximadamente os anos de 1970, segundo Draibe 
(2003a), pode ser caracterizado, portanto, da seguinte forma: 
nosso Estado Desenvolvimentista teve bastante êxito em dar impulso à 
industrialização e promover a transformação capitalista da estrutura social, mas 
o fez, como se sabe, em base a processos sociais extremamente violentos – 
recorde-se a selvagem modernização do campo e a rapidez da urbanização 
– e de um modo pouco “moderno”, nada inclusivo de incorporação social 
dos setores populares, pouco referido a direitos e à expansão da cidadania, 
limitado, na prática, aos assalariados urbanos do mercado formal de trabalho 
e, no plano das políticas, à regulação das relações trabalhistas e aos benefícios 
previdenciários (DRAIBE, 2003a apud DRAIBE, 2003b, p. 68). 
Alicerçado em um ordenamento social presidido pela organização hierárquica e desigual do 
conjunto das relações sociais, fundamentado predominantemente em critérios de classe, 
raça e gênero (DAGNINO, 2004), historicamente arraigado em na cultura, este modelo 
de Estado contribuiu com a (re)produção de conceitos limitados – ou regulados, para citar 
Wanderley Guilherme dos Santos (1979)2 – de cidadania, direitos e inclusive política.
O passado colonial-imperial, a subsequente república dos coronéis e depois 
os líderes populistas levaram ao desenvolvimento de uma cultura política 
na sociedade latino-americana em que se observa uma “naturalização” das 
relações sociais entre os cidadãos (ou não cidadãos) e o Estado, ou seja, a 
relação de dominação expressão em termos de clientelismo e paternalismo 
1 Apesar dessa configuração política fortemente desarticuladora, vários foram os movimentos 
sociais surgidos no país, principalmente sob a bandeira de reivindicações ligadas às relações de 
produção. Apesar de, na maioria das vezes, o conflito ter sido mediado e absorvido rapidamente 
pelo Estado, estas formas de organizações a partir da sociedade foram importantes experiências. 
2 Wanderley Guilherme dos Santos em sua obra Cidadania e Justiça (1979) utiliza o termo 
Cidadania Regulada para se referir ao conceito de cidadania cujas raízes encontram-se, não 
num código de valores políticos, mas em um sistema de estratificação ocupacional, em que este 
sistema é definido por norma legal. Ou seja, são as leis, o Estado, o trabalho, que dizem quem é 
ou não é cidadão.
8
passou a ser a norma geral, vista como normal pela própria população (GOHN, 
2000, p.225-226).
Especificamente em relação ao sistema brasileiro de proteção social, segundo Draibe 
(2003b):
um sistema nacional de grandes dimensões e complexidade organizacional, 
envolvendo recursos entre 15% e 18% do PIB, integrado por praticamente todos 
os programas próprios dos modernos sistemas de proteção social – exceto o 
seguro-desemprego –, cobrindo grandes clientelas, mas de modo desigual e 
muitíssimo insuficiente. Do ponto de vista decisório e de recursos, combinava 
uma formidável concentração de poder e recursos no Executivo federal com 
forte fragmentação institucional, porosa feudalização e balcanização das 
decisões. Além de desperdícios e ineficiências, seus programas atendiam mal 
aos que deles mais necessitavam. [...] Não é casual, portanto, que tal sistema 
tivesse baixos impactos redistributivos, ou seja, praticamente nula capacidade 
de redução da secular desigualdade social (DRAIBE, 2003b, p. 67-68).
Como citado acima, este modelo desenvolvimentista - potente para estimular o crescimento 
econômico - que ficou marcado pelo que se denominaria “milagre econômico”, estandarte do 
regime militar especialmente entre 1969 e 1973 no governo Médici e no qual houve aumento 
da concentração de renda e da pobreza, entretanto, encontrou sinais de esgotamento 
quando o país se viu solapado diante de um contexto de pujante crise econômica mundial3. 
A máxima do “primeiro crescer para depois dividir os frutos do progresso”, operacionada 
ideologicamente pelo Estado, ruiu e as suas promessas de uma posterior redistribuição 
foram, obviamente, afastadas para um horizonte longínquo, deixando para trás um quadro 
de pauperização social sem precedentes no país.
Neste contexto de contínua deteriorização das condições sociais e de incapacidade do 
Estado em responder às demandas sociais, ocorre o surgimento,a partir da década de 1970, 
de movimentos populares com características particulares – os Novos Movimentos Sociais. 
Estes movimentos incorporam demandas distintas dos movimentos – ditos – tradicionais, 
indo além das relações de produção como eixo explicativo e orientador tanto dos conflitos 
como das possíveis soluções. 
Para Sader (1988), estes novos padrões de ação coletiva, observáveis no tecido social 
brasileiro, permitem falar em emergência de novos sujeitos políticos, politizando questões 
3 Pressão internacional: de realizar um ajuste interno em direção à ortodoxia monetarista, com 
políticas rígidas de contenção de gastos políticos e de controle monetário.
LEITURAOBRIGATÓRIA
9
LEITURAOBRIGATÓRIA
do cotidiano, “inventam” novas formas – e novos campos - de fazer política, efetuando uma 
espécie de alargamento do espaço da política. 
debruçando-se mais sobre os problemas cotidianos de seus participantes, e 
menos preocupados em interagir com o Estado, expressam a crise das formas 
tradicionais de fazer política; crise das clássicas organizações centralizadoras 
(partidos e sindicatos) e crise dos encaminhamentos das esquerdas tradicionais 
(luta armada, ações clandestinas, disputas eleitorais) (SHERER-WARREN; 
KRISCHKE, 1987, p.7).
Segundo Sader (1988), esta grande ebulição social dos anos 1970/1980 teria em grande 
parte origem em três campos de elaboração de matrizes discursivas: a Igreja Católica 
(Teologia da Libertação), o “novo sindicalismo” e os grupos de esquerda (reorientados 
a partir das reflexões de Gramsci e de Paulo Freire). Tendo cada uma destas instituições 
experimentado a crise sob a forma de um descolamento com seus respectivos públicos, 
buscam novas vias para reatar suas relações. Guardadas suas especificidades, é possível 
dizer que acabaram impulsionando a organização social e disseminando valores importantes 
para as lutas participativas e a organização social - em especial da população pobre (POLIS-
INESC, 2011).
Estes movimentos trazem para a arena política a necessidade de ampliação da democracia, 
ao apontarem para a ausência de direitos e cidadania na qual vivem diversos setores da 
sociedade. Politizam necessidades e carências privadas questionando e reivindicando 
junto à opinião pública valores de justiça social e equidade. Em última instância, trazem 
implicações à própria concepção de direito, com a máxima de que o direito básico é o direito 
a ter direitos – no sentido da formulação arendtiana – e que estes não podem ser dados de 
modo apriorístico. Eles se inventam e se ampliam quanto mais múltiplos forem os sujeitos 
(GOUVEIA, 2004; TELLES, 1994).
10
LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Sites
Leia o artigo: Projeto/Pesquisa Governança Democrática no Brasil Contemporâneo: Estado 
e Sociedade na Construção de Políticas Públicas - Arquitetura da Participação no Brasil: 
avanços e desafios.
Disponível em: <http://www.forumdca.org.br/arquivos/forumdca/publicacoes/file_8341f109f
1dd6aa7effd72d95aa42884_146.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014. 
Você terá acesso a importantes análises empreendidas pelo Instituto Pólis em parceria com 
o INESC sobre a Participação no Brasil.
Leia o artigo: TOURAINE, Alain. Na fronteira dos Movimentos Sociais.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/se/v21n1/v21n1a03.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014. 
Neste artigo, o autor apresenta e analisa os movimentos sociais em sociedades pós-
industriais. 
Leia o artigo: RUCHT, Dieter. Sociedade como projeto – projetos na sociedade - Sobre o 
papel dos movimentos sociais.
Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/civitas/article/
viewFile/86/1668>. Acesso em: 2 jan. 2014. 
Neste artigo, o autor traz importantes considerações a respeito dos movimentos sociais.
Acesse o site: Memória e Movimentos Sociais.
Disponível em: <http://www.memoriaemovimentossociais.com.br/index.php>. Acesso em: 
2 jan. 2014. 
Neste site você terá acesso a um acervo digital de fotografias sobre movimentos sociais 
contemporâneos.
http://www.forumdca.org.br/arquivos/forumdca/publicacoes/file_8341f109f1dd6aa7effd72d95aa42884_146.pdf
http://www.forumdca.org.br/arquivos/forumdca/publicacoes/file_8341f109f1dd6aa7effd72d95aa42884_146.pdf
http://www.scielo.br/pdf/se/v21n1/v21n1a03.pdf
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/civitas/article/viewFile/86/1668
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/civitas/article/viewFile/86/1668
http://www.memoriaemovimentossociais.com.br/index.php
11
LINKSIMPORTANTES
Vídeos Importantes: 
Assista a entrevista com o Prof. Dr. Leonardo Avritzer.
Disponível em: <https://www.ufmg.br/proex/cpinfo/ufmgtube/videos/leonardo-avritzer/>. 
Acesso em: 2 jan. 2014. 
Nesta entrevista, você terá a oportunidade de ver este importante autor brasileiro, 
referência nos estudos sobre democracia participativa, explicando alguns conceitos sobre 
esta temática.
Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto 
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
AGORAÉASUAVEZ
Questão 1:
Escreva um pequeno texto explicando o 
significado de “Milagre Econômico” do Re-
gime Militar no Brasil.
Questão 2:
Se, economicamente, o ____________ 
assumia a direção da construção de um 
capitalismo ________, política e social-
mente tomava para si a responsabilidade 
de ___________ os conflitos sociais, limi-
tando as possibilidades de organização e 
mobilização autônoma de grupos sociais.
Assinale a alternativa que contém as pala-
vras adequadas para preencher as lacunas 
da frase acima:
https://www.ufmg.br/proex/cpinfo/ufmgtube/videos/leonardo-avritzer
12
a) Estado desenvolvimentista; industrial; 
regulamentar.
b) Estado de Bem Estar Social; industrial; 
regulamentar.
c) Estado de Bem Estar Social; financeiro; 
estimular.
d) Estado desenvolvimentista; financeiro; 
fomentar.
e) Estado de Bem Estar Social; selvagem; 
fomentar.
Questão 3:
Sobre a emergência de novos sujeitos polí-
ticos nos anos 1970/1980 é correto afirmar:
a) É resultado direto de ações 
governamentais de fomento à participação 
social.
b) Estes novos sujeitos políticos, 
assumindo cargos eletivos, tornaram 
representantes de grandes grupos sociais.
c) Como resultado destas mobilizações 
verifica-se o fortalecimento estatal e 
uma maior centralização dos processos 
decisórios. 
d) Teria, em grande parte, origem em 
três campos de elaboração de matrizes 
discursivas: a Igreja Católica (Teologia 
da Libertação), o “novo sindicalismo” e os 
grupos de esquerda (reorientados a partir 
das reflexões de Gramsci e de Paulo 
Freire).
e) É resultado do processo de 
redemocratização que estava em curso 
no país desde meados da década de 
1960.
Questão 4:
Considere os seguintes itens:
I. Modelo de Estado vigente no Brasil 
desde os anos 1930.
II. Responsável pela regulação dos 
conflitos sociais.
III. Teve bastante êxito em dar impulso à 
industrialização no país.
IV. Autocrático e fortemente centralizador.
Sobre o conceito de Estado Desenvolvi-
mentista é correto afirmar: 
a) Apenas I e III.
b) I, II e IV.
c) II, III e IV.
d) Apenas I.
e) Todas as alternativas.
Questão 5:
____________ incorporam demandas dis-
tintas dos movimentos – ditos – tradicio-
AGORAÉASUAVEZ
13
nais, indo além das relações de produção 
como eixo explicativo e orientador tanto 
dos conflitos como das possíveis soluções. 
Politizando questões do _______, “inven-
tam” novas formas – e novos campos - de 
fazer política, efetuando uma espécie de 
_______ do espaço da política.
Assinale a alternativa que contém as pala-
vras adequadas para preencher as lacunas 
da frase acima:
a) Os Novos Movimentos Sociais; 
cotidiano; alargamento.
b) As ONGs; cotidiano; alargamento.c) Os Partidos Políticos; cotidiano; 
alargamento.
d) Os Novos Movimentos Sociais; 
governo; delineamento.
e) Os Partidos Políticos; governo; 
delineamento.
Questão 6:
Gohn (2011) afirma que o século XX foi o 
“século das mobilizações”. Você concor-
da? Explique.
Questão 7:
Após estudar toda a conceituação sobre 
participação social, compreender todo o 
contexto mundial e brasileiro de organiza-
ção dos movimentos populares, respon-
da: é possível afirmar que no âmbito local 
é onde mais existem tensões e conflitos? 
Justifique.
Questão 8:
Pensando na grande ebulição social dos 
anos 1970/1980, e em suas atuações no pe-
ríodo constituinte brasileiro, é possível pen-
sar no conceito de esfera pública teorizado 
por Habermas e estudado na aula anterior?
Questão 9:
Nesta aula, você teve acesso a informa-
ções e análises básicas sobre as caracte-
rísticas gerais do estado brasileiro antes da 
redemocratização. Considerando o período 
que compreende o Regime Militar no país, 
faça uma breve pesquisa sobre as formas 
de participação social durante o referido 
período.
Questão 10:
Nesta aula, você viu de forma genérica a 
respeito dos movimentos sociais no final do 
século XX no Brasil. Faça um levantamento 
e aponte 3 movimentos sociais brasileiros.
AGORAÉASUAVEZ
14
Nesta aula, você acompanhou o processo de esgotamento do modelo “estadocêntrico” 
no Brasil e o delineamento das condições que levaram à exigência da transição democrática 
brasileira. Todo este movimento foi apresentado a partir da emergência dos Novos 
Movimentos Sociais.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
DAGNINO, Evelina. Sociedade civil, participação e cidadania: do que estamos falando? 
In: MATOS, Daniel. Políticas de ciudadania y sociedad civil en tiempos de globalización. 
Caracas: FACES - Universidad Central de Venezuela, 2004.
SANTOS, Wanderley Guilherme dos. Cidadania e Justiça. Rio de Janeiro: Editora Cam-
pus, 1979.
DRAIBE, Sônia M. Brasil 1980-2000: proteção e insegurança sociais em tempos difíceis, 
2003a. In: DRAIBE, Sônia M. A política social no período FHC e o sistema de proteção 
social. São Paulo: Tempo Soc., 2003b;. vol.15, n.2, p.63-101.
DRAIBE, Sônia M. A política social no período FHC e o sistema de proteção social. São 
Paulo: Tempo Soc., 2003b. vol.15, n.2, p.63-101.
GOUVEIA, Tatiana. Movimentos Sociais e ONGs: dos lugares e dos sujeitos. In: Política & 
Sociedade: Revista de Sociológica Política/UFSC – v.1 n.5 Florianópolis, 2004. 
FINALIZANDO
REFERÊNCIAS
15
PÓLIS-INESC. Projeto/Pesquisa: Governança Democrática no Brasil Contemporâneo: 
Estado e Sociedade na Construção de Políticas Públicas - Arquitetura da Participação no 
Brasil: avanços e desafios. ago. 2011.
SADER, Eder. Quanto Novos Personagens Entraram em Cena: experiências, falas e lutas 
dos trabalhadores da grande São Paulo (1970-80). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.
SHERER-WARREN, Ilse; KRISCHKE, Paulo. Apresentação. In: SHERER-WARREN, Ilse; 
KRISCHKE, Paulo (Org.). Uma revolução no Cotidiano? Novos Movimentos Sociais na 
América do Sul. São Paulo: Editora Brasiliense, 1987.
TELLES, Vera da Silva. Sociedade civil, direitos e espaços públicos. Revista Pólis, n. 14, 
1994.
VELOSO, Fernando A.; VILLELA, André; GIAMBIAGI, Fabio. Determinantes do “mila-
gre” econômico brasileiro (1968-1973): uma análise empírica. Rev. Bras. Econ.[online]. 
2008, vol.62, n.2, p. 221-246. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S0034-71402008000200006&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 2 jan. 2014.
REFERÊNCIAS
GLOSSÁRIO
Modelo “estadocêntrico”: modelo de Estado Nacional centralizador, ou seja, monopolizador 
e controlador de toda a dinâmica em uma dada sociedade.
Projeto Nacional Desenvolvimentista: muito ligado à Teoria da Modernização que 
pregava existir uma linearidade de estágios de desenvolvimento dos países (que deveria 
ser seguido à risca pelos países periféricos para chegarem ao nível de desenvolvimento dos 
países centrais). Desta forma, o Estado colocava-se como o responsável pela promoção de 
desenvolvimento do país, implementando políticas que deveriam funcionar no sentido de 
promover a industrialização no país.
Pacto Social: a própria noção de hegemonia dos projetos políticos pressupõe um acordo 
entre diversas forças sociais, com o intuito de legitimação política. Com este sentido, 
foi usado o termo Pacto Social para este momento de “costurar” alianças de forma a 
construir hegemonias.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71402008000200006&lng=en&nrm=iso
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71402008000200006&lng=en&nrm=iso
16
GABARITO
Questão 1
Resposta: A denominação “milagre econômico brasileiro” refere-se à época de excepcional 
crescimento econômico ocorrido durante o Regime militar no Brasil. De acordo com Veloso, 
Villela e Giambiagi (2008), pode-se dividir em 3 grupos as interpretações sobre os fatores 
determinantes deste “milagre”:
a) A política econômica do período 1968-1973, com destaque para as políticas monetária e 
creditícia expansionistas e os incentivos às exportações.
b) O ambiente externo favorável, devido à grande expansão da economia internacional, 
melhoria dos termos de troca e crédito externo farto e barato.
c) As reformas institucionais do PAEG, em particular as reformas fiscais/tributárias e 
financeira, que teriam criado as condições para a aceleração subsequente do crescimento.
Questão 2
Resposta: Alternativa A.
Justificativa: conforme estudado, o Estado desenvolvimentista é promotor da industrialização 
e, visando controle do dinamismo social, regulamenta os conflitos sociais.
GLOSSÁRIO
Teologia da Libertação: é uma reflexão teológica surgida no contexto dos movimentos 
populares nas décadas de 1970/1980 no Brasil e tem como proposta o comprometimento 
político da fé com a realidade histórica sob a perspectiva da luta por libertação das classes 
subalternas.
Equidade: este termo pode ser considerado muito próximo do conceito de igualdade; a 
diferença está no valor de justiça social que é intrínseco ao primeiro.
17
Questão 3
Resposta: Alternativa D.
Justificativa: os três campos de elaboração de matrizes discursivas dos movimentos 
emergidos nas décadas de 1970/1980 são: a Igreja Católica (Teologia da Libertação), o 
“novo sindicalismo” e os grupos de esquerda (reorientados a partir das reflexões de Gramsci 
e de Paulo Freire).
Questão 4
Resposta: Alternativa E.
Justificativa: conforme você estudou, todos os itens correspondem ao conceito de Estado 
Desenvolvimentista.
Questão 5
Resposta: Alternativa A.
Justificativa: os Novos Movimentos Sociais politizam questões que estavam restritas à 
esfera privada, ampliando o espaço da política para além dos limites das contradições do 
mundo do trabalho.
Questão 6
Resposta: Sim. Como estudado, especialmente a segunda metade do século XX foi 
pelos tipos de mobilizações sociais que promoveram a visibilidade e o debate em torno de 
questões subalternizadas.
Questão 7
Resposta: Mais uma vez a afirmação está correta. Como bem coloca Gohn (2011, p. 
43), o âmbito local é onde os atores sociais se relacionam mais diretamente, ficam mais 
expostos às formas e culturas políticas tradicionais, carregadas de estruturas clientelistas e 
patrimonialistas, tornando a tarefa de estabelecer novas práticas sociais mais difícil.
Questão 8
Resposta: De acordo com Habermas (XXXX), a esfera pública teria papel fundamental na 
teoria democrática por colocar num espaço público atores dos mais diversos setores que, 
GABARITO
18
através da discussão, conseguiriam chegar ao reconhecimento das diferenças, contribuindo 
com a ampliação da forma do político. Considerando todo o processo político de construção 
do protagonismo destes movimentos sociais no país, e as conquistas constitucionais dos 
mesmos, é possível dizer que, sim, de uma forma adaptada,existiram momentos constitutivos 
de uma esfera pública no referido período.
Questão 9
Resposta: Como estudado em aulas anteriores, a forma de participação que se estabelece 
em contextos como o do Regime Militar no Brasil é a forma autoritária. Nesta forma, a 
participação é voltada para a integração e o controle social da sociedade e da política. 
Assim, manifestações autorizadas são aquelas de celebração e demonstração de apoio ao 
governo instituído e, para todos os tipos de participação não previstos pelo governo, são 
combatidos fortemente por meio de truculenta violência (caso da instituição do AI-5 – Ato 
Institucional n. 5 no Brasil).
Questão 10
Resposta: Em sua pesquisa, você encontrará inúmeros movimentos dos mais diversos 
segmentos. Entre eles: movimento de mulheres – lutas por creches; movimentos populares 
por moradias; movimento sanitarista – universalização do sistema público de saúde no 
Brasil.
GABARITO

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