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MODALIDADES ORGANIZATIVAS DO TEMPO DIDATICO

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Prévia do material em texto

PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
Luciano Ducci
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
Eleonora Bonato Fruet
SUPERINTENDÊNCIA EXECUTIVA
Jorge Eduardo Wekerlin
DEPARTAMENTO DE LOGÍSTICA
Cilos Roberto Vargas
DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO E INFORMAÇÕES
Reginaldo Luiz dos Santos Cordeiro
SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO EDUCACIONAL
Meroujy Giacomassi Cavet
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO INFANTIL
Ida Regina Moro Milléo de Mendonça
DEPARTAMENTO DE ENSINO FUNDAMENTAL
Nara Luz Chierighini Salamunes
DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA E DIFUSÃO EDUCACIONAL
Raquel Rodrigues de Lima Simas
COORDENADORIA TÉCNICA –
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DE ENSINO
Eliane de Souza Cubas Zaions
COORDENADORIA DE ATENDIMENTO ÀS NECESSIDADES ESPECIAIS
Iaskara Maria Abrão
COORDENADORIA DO PROGRAMA COMUNIDADE ESCOLA
Liliane Casagrande Sabbag
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 Prezados Profissionais,
A educação infantil na Rede Municipal de Ensino tem como finalidade o 
desenvolvimento integral das crianças na faixa etária de zero a cinco anos, 
numa ação compartilhada com as famílias, com o compromisso de envolver a 
comunidade educativa em discussões e decisões sobre a qualidade das ações 
de educar e cuidar nessa etapa educacional. Um grande desafio é o 
desenvolvimento de ações educativas voltadas à construção e à ampliação do 
conhecimento e das experiências culturais das crianças.
A possibilidade de estudo e reflexão sobre a prática, o planejamento, o 
registro e a avaliação do processo educativo na dinâmica de formação 
continuada em serviço dos profissionais faz a diferença nos resultados das 
aprendizagens e do desenvolvimento das crianças. 
Nesse sentido, este material, como um dos Referenciais para Estudo e 
Planejamento na Educação Infantil, tem por objetivo subsidiar de forma 
permanente as reflexões e a elaboração do planejamento pedagógico dos 
profissionais de CMEIs, CEIs conveniados e escolas com turmas de educação 
infantil da Rede Municipal de Ensino. 
Desse modo, espera-se que a execução do planejamento pedagógico 
proporcione às crianças a vivência de experiências ricas e diversificadas e, 
sobretudo, a construção significativa de novas aprendizagens, potencializando 
suas condições de interação e comunicação com as pessoas e o mundo em 
que vivem.
Um bom trabalho a todos.
Eleonora Bonato Fruet
Secretária da Educação
INTRODUÇÃO.................................................................................07
MAS O QUE É MODALIDADE ORGANIZATIVA DO TEMPO 
DIDÁTICO E QUAIS SÃO ELAS? ...........................................08 
 ATIVIDADES PERMANENTES....................................................09
 SUGESTÕES DE PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES PER-
 MANENTES.........................................................................11
 SEQUÊNCIA DIDÁTICA ...............................................................13
 SUGESTÕES DE PLANEJAMENTO DE SEQUÊNCIAS DI-
 DÁTICAS.............................................................................13
 PROJETO DIDÁTICO...................................................................17
 SUGESTÕES DE PLANEJAMENTO DE PROJETOS DIDÁ-
 TICOS.................................................................................18
 ATIVIDADES OCASIONAIS.........................................................20
REFERÊNCIAS...............................................................................21
FICHA TÉCNICA.............................................................................23
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INTRODUÇÃO
Este texto tem a intenção de contribuir com as discussões, reflexões e 
orientações acerca da organização do trabalho pedagógico nas turmas de 
educação infantil de CMEIs, escolas com educação infantil e CEIs conveniados 
da Rede Municipal de Ensino de Curitiba, através da abordagem das 
modalidades organizativas do tempo didático.
 A utilização e a articulação das diferentes modalidades organizativas do 
tempo didático no planejamento do trabalho educativo elaborado pelo 
educador/professor dão um caráter de comprometimento e intencionalidade a 
esse trabalho e devem estar contempladas no dia a dia das unidades, com o 
intuito de buscar a melhor estratégia para alcançar determinado objetivo de 
aprendizagem.
Essas reflexões consideram que as ações de educação e cuidado 
precisam estar integradas de modo que a aprendizagem e o desenvolvimento 
das crianças sejam potencializados com propostas desafiadoras e interessantes, 
adequadas a diferentes tempos, relacionados a diferentes aprendizagens.
Portanto, a dimensão do tempo no cotidiano infantil se estrutura com as 
situações planejadas de rotina, que envolvem as ações educativas de cuidado e 
demais ações educativas que visam desenvolver aprendizagens específicas, 
considerando as diferentes áreas de formação humana. 
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MAS O QUE É MODALIDADE ORGANIZATIVA DO TEMPO 
DIDÁTICO E QUAIS SÃO ELAS? 
Modalidade organizativa do tempo didático é a denominação atribuída às 
diferentes formas de planejar, encaminhar e organizar o trabalho pedagógico, 
considerando os objetivos de aprendizagens selecionados para um determinado 
período de tempo, em cada uma das áreas de formação humana. Dessa forma, 
viabiliza a distribuição do tempo e a continuidade de cada proposta de trabalho, 
abrangendo várias experiências de aprendizagens. 
Na elaboração do planejamento, é importante a definição do momento do 
dia em que cada modalidade organizativa do tempo didático será desenvol-
vida e a forma como será apresentada às crianças.
Nas turmas de educação infantil da Rede Municipal de Ensino de 
Curitiba, estas modalidades organizativas consistem em: atividades 
permanentes, sequências didáticas, projetos didáticos e atividades 
ocasionais. Embora cada uma delas tenha um propósito e especificidade de 
encaminhamento, elas não se excluem, ou seja, uma atividade permanente pode 
ser uma etapa da sequência didática, ou uma das etapas de um projeto pode ser 
constituída pelo encaminhamento de uma sequência didática. Por exemplo, a 
leitura diária pelo educador/professor para a criança (atividade permanente) 
pode ser uma das etapas de uma sequência didática de conhecimento e 
apreciação de um determinado gênero literário ou uma das etapas de um projeto 
direcionado à leitura e escrita.
As modalidades organizativas do tempo didático apresentam duração 
diferenciada em seu desenvolvimento, mas, ao se articularem, possibilitam que, 
em algumas circunstâncias, se entrecruzem. 
09
 
São as circunstâncias de aprendizagem realizadas regularmente, no 
transcorrer de todo ano, sem a característica de práticas que se repetem sempre 
da mesma forma. Elas ocorrem sistematicamente em determinado momento, de 
forma que sejam esperadas pelas crianças, marcando um determinado período 
do dia. Essa constância no cotidiano da educação infantil é adequada à faixa 
etária de zero a cinco anos e indispensável às crianças, pois a reapresentação 
frequente das atividades possibilita que elas construam bases de aprendizagem e 
se sintam seguras diante da inserção de outras propostas mais elaboradas.
A regularidade nas atividades também colabora para o desenvolvimento 
da autonomia e a construção da identidade das crianças, pois permite que elas 
antecipem o que irá acontecer e realizem o proposto sem a ajuda do adulto, como, 
por exemplo, escolher um livro para o momento de leitura, cuidar do próprio corpo, 
entre outros.
Nas turmas de educação infantil da Rede Municipal de Ensino de Curitiba, 
as atividades permanentes podem ocorrer diária ou semanalmente e são as 
condutoras dos encaminhamentos metodológicos de educadores/professores na 
medida em que dão sustentação e estruturam a rotina. Assim, a base do desenvol-
vimento do trabalho educativo com as crianças das turmas deeducação infantil 
são as atividades permanentes e estas precisam estar incluídas no planejamento. 
As ações que direcionam as atividades permanentes diárias, conforme os 
Parâmetros e Indicadores de Qualidade para os CMEIs (CURITIBA, 2009), 
apresentam-se como:
- As crianças participam diariamente de rodas de conversa.
- A leitura é realizada diariamente pelo educador/professor para as 
crianças.
- As crianças têm a oportunidade diária de desenhar e desenvolver seu 
percurso gráfico.
- Crianças e adultos participam diariamente de momento de leitura, em 
ATIVIDADES PERMANENTES
 
 
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que cada um lê o livro de sua preferência.
- As crianças têm à sua disposição, diariamente, no mínimo dois cantos 
para brincar, cujos brinquedos variam conforme o seu interesse e os 
objetivos de aprendizagem planejados pelo educador/professor.
As ações que direcionam as atividades permanentes semanais, 
conforme os Parâmetros e Indicadores de Qualidade para os CMEIs 
(CURITIBA, 2009), apresentam-se como:
- As crianças participam semanalmente de momentos de contação 
de histórias.
- A partir do maternal III, as crianças emprestam semanalmente 
livros de sua preferência para serem lidos em casa com seus 
familiares.
- As crianças têm semanalmente oportunidade de brincar com água, 
areia e outros elementos da natureza.
- As crianças têm semanalmente oportunidades de expressar-se por 
diferentes linguagens artísticas (visual, teatral, musical e dança), 
desenvolvendo sua capacidade de expressão, comunicação e 
ampliação do conhecimento de mundo.
- As crianças participam semanalmente de cantos de atividades 
diversificadas com jogos e brincadeiras que exploram o pensamento 
lógico-matemático.
- As crianças ouvem semanalmente diferentes textos lidos pelo 
educador/professor (informativos, narrativos, poesias, registro de 
vivências ou relatos de experimentos) e observam a diferença entre a 
linguagem falada e escrita.
 - A partir do maternal III, as crianças participam semanalmente de 
atividades orientadas utilizando o alfabeto móvel, jogos com letras, 
palavras e numerais, cartelas com nomes da turma.
 - As crianças participam semanalmente de rodas de apreciação, 
leitura de imagens, bem como de trabalhos artísticos que realizam.
 - As crianças brincam semanalmente com os diferentes jogos 
musicais e de faz de conta.
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 SUGESTÕES DE PLANEJAMENTOS DE ATIVIDADES PERMANENTES
1. ATIVIDADE PERMANENTE COM FREQUÊNCIA DIÁRIA – DESENHO
DESENHO NA SOMBRA
Área: formação humana – linguagens
 Linguagem artística – visual: desenho
Objetivos:
- Explorar o riscante giz.
- Manusear e explorar o suporte piso cimentado.
Faixa etária: a partir dos 3 anos
 Tempo estimado: 20 minutos 
Material necessário: giz branco (utilizado em quadro de giz), um 
para cada criança. 
Espaço cimentado
Desenvolvimento: 
 Buscar um espaço cimentado em que há uma sombra bem visível de 
um elemento fixo e sentar em volta. Brincar de colocar e tirar partes do corpo 
na sombra. Criar outras sombras com a mão, com a cabeça, etc. Combinar 
com as crianças em fazer marcas no interior das sombras. Propiciar que uma 
criança faça sombra com o corpo e as outras desenhem no interior desta 
sombra. Deixar que elas explorem o desenho e criem as suas marcas sem 
necessidade de contornar as sombras. Não apagar os desenhos e voltar 
para eles depois que a sombra mudar de lugar. 
Questionar: O que será que aconteceu? Deixar que deem 
explicações orais e por meio do corpo. Pode haver crianças que não queiram 
desenhar no interior das sombras, mas onde tem luz. Observe, então, o que 
elas pesquisam e intervenha sem rigidez, pois o objetivo é aguçar a 
observação e trabalhar com sombra/luz e desenho.
Avaliação:
Observe a exploração das crianças e suas curiosidades em relação 
à sombra. Valorize a observação, incentivando-as a buscar outras sombras, 
assim como a criá-las. No momento do desenho no interior da sombra, 
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comente a pesquisa das crianças, socializando as descobertas enquanto 
trabalham. Registre a pesquisa das crianças, o que falaram, como agiram e o 
que desenharam, para utilizar essas informações como ponto de partida numa 
próxima exploração com sombra e desenho.
Adaptado de: <www.revistaescola.abril.com.br >. Acesso em: 11/11/2009.
Atividade permanente descrita por Helô Pacheco. Professora da Escola Vera Cruz, 
formadora do Instituto Avisa Lá e do CEDAC.
 2. ATIVIDADE PERMANENTE COM FREQUÊNCIA DIÁRIA – ESCRITA DO NOME
 NOME PRÓPRIO
Área de formação humana – linguagens
 Linguagem escrita
 Introdução: 
O trabalho pedagógico com o nome se caracteriza como uma prática 
diária que possibilita o reconhecimento e a aprendizagem da escrita do nome 
próprio pela criança, a partir das hipóteses tecidas gradativamente, com a 
mediação do educador/professor. 
Objetivos:
- Identificar o próprio nome.
- Escrever seu nome para identificação das suas produções e dos seus 
pertences, assim como para a utilização em brincadeiras.
Faixa etária: 4 a 5 anos
Tempo estimado: 15 minutos diários
Material necessário: lápis e papel (ou outros materiais similares)
Desenvolvimento:
Possibilitar à criança situações diárias de uso real da escrita do nome, 
para a identificação do próprio nome. Iniciar com o uso do crachá, que permite 
que a criança relacione seu nome com a representação gráfica, reconhecendo 
e incorporando essa escrita. Aproveitar para criar contextos significativos em 
que a criança seja motivada a escrever seu nome em produções, objetos e 
pertences, refletir e levantar hipóteses sobre ele.
Avaliação:
Observar o percurso de cada criança nessa aprendizagem: o reco-
nhecimento do seu nome, a escrita com apoio do crachá, a escrita de memória e 
a direção da escrita.
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SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Refere-se a um conjunto de atividades planejadas e articuladas, com 
objetivos preestabelecidos e uma duração determinada (podem variar conforme 
a proposta a ser desenvolvida), que possibilitem aprendizagens específicas. 
As sequências didáticas apresentam aumento gradativo de desafios nas 
atividades e progressão nos níveis a serem enfrentados pela criança, permitindo 
ampliação dos conhecimentos diante do que foi proposto, de modo que as etapas 
de trabalho viabilizem a reelaboração e o enriquecimento de seus conhecimentos 
anteriores e a utilização desses em outros contextos.
Nessas atividades, cada etapa desenvolvida favorece que a próxima seja 
realizada, conforme um critério estabelecido. Assim, propiciam mais 
possibilidades de construção do conhecimento por parte da criança e viabilizam 
maior interação desta, na medida em que ela é continuamente desafiada em 
diferentes propostas diante de um mesmo conhecimento.
SUGESTÕES DE PLANEJAMENTO DE SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS
1. SEQUÊNCIA DIDÁTICA – ADAPTAÇÃO
Área de formação humana – relações sociais
Objetivos:
- Reconhecer-se e sentir-se segura dentro de sua sala e nos demais 
espaços onde participa de atividades.
- Familiarizar-se com o ambiente da instituição.
- Perceber a si mesma e os demais colegas que compartilham o 
mesmo espaço.
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Esses dois exemplos de atividade permanente com frequência diária – 
desenho na sombra e escrita do nome – podem ser reapresentados às crianças, 
porém em dias distanciados para não se tornarem repetitivas e desinteressantes. 
Entretanto as atividades permanentes de frequência diária precisam ser 
planejadas prevendodiferentes formas para sua abordagem e exploração pelas 
crianças.
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- Separar-se com tranquilidade da família por uma parte do dia.
Tempo: dois meses com atividades diárias
Faixa etária: 0 a 2 anos
Material: fotos da criança com a família e com animais de estimação, 
objetos de apego (brinquedos, cobertores, peças de roupa, etc.), cartolina, fita 
adesiva, tapete e almofadas.
Organização da sala:
As crianças devem ser reunidas em roda para a apresentação das 
fotos e dos novos objetos. Os bebês que ainda não se sentam devem ficar 
acomodados em bebês-conforto ou no colo de um adulto.
Desenvolvimento:
 1.ª etapa
Para conhecer as crianças antes mesmo do primeiro dia na creche, 
leia os questionários respondidos pelas famílias durante a entrevista de 
matrícula. Com os dados, é possível construir um breve histórico e, assim, 
saber mais sobre cada uma delas. Aproveite para fazer uma lista com o nome 
de todas. Essa simples providência mostra aos pais (e também às crianças) a 
preocupação em receber bem a todos. Peça fotos em que a criança apareça 
com familiares e animais de estimação. Solicite também os objetos de apego 
de cada uma. Explique que tudo será identificado e ficará no CMEI para 
permitir que os pequenos usem o material sempre que sentirem necessidade. 
Outra boa iniciativa é preparar atividades para que os novatos tenham vontade 
de voltar. Como sugestão, use pedaços de tecido, ou móbile, para preparar a 
sala.
 2.ª etapa
Nos primeiros dias, é possível ter pais ou responsáveis dentro da sala. 
Integre-os às atividades e aproveite o momento para adquirir mais 
informações sobre a rotina caseira. 
 
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3.ª etapa
Com os retratos, confeccione um cartaz e escolha um canto da sala 
para fixá-lo. Esse lugar será conhecido por reunir os pertences trazidos de 
casa. Coloque um tapete no chão e espalhe almofadas e objetos pessoais. 
Sempre que surgir algo novo, faça uma roda e conte a quem pertence. 
Descreva os integrantes da família ou estimule cada criança a apresentar a 
sua.
 4.ª etapa
Convide a família para visitar sempre a sala e acompanhar como está 
a adaptação da criança. Para quem tem pouca disponibilidade de tempo por 
causa do emprego, registre com fotos algumas situações que revelem a boa 
integração da criança com o ambiente (a criança brincando no tanque de areia, 
alimentando-se, olhando o mural, etc.). Planeje momentos permanentes de 
participação da família. Em uma oportunidade, convoque um pai ou uma mãe 
para contar histórias às crianças. Em outro momento, chame um grupo para 
ensinar as tradicionais brincadeiras e cantigas de roda.
Avaliação:
Observar o comportamento dos pais ou responsáveis e, claro, das 
próprias crianças, é a única maneira de saber se a adaptação está sendo bem-
sucedida. Por parte dos adultos, um bom sinal é quando há menos ansiedade 
na hora da despedida. Com os pequenos, repare se ainda há choro na hora da 
entrada. O sinal de que está tudo bem é quando eles conseguem se entreter 
com um brinquedo ou outra criança. Elabore uma pauta, destacando os 
comportamentos que pretende observar. Faça anotações semanais durante 
um ou dois meses. Com isso, será possível perceber os avanços. Os 
especialistas lembram que esse é um trabalho contínuo, pois o afastamento 
por doença ou mesmo por um simples fim de semana pode requerer uma nova 
adaptação.
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Adaptado de: Revista Nova Escola – Ano XXIII – n. 207 – novembro 2007, p. 45.
Consultoras da sequência didática descrita: 
Beatriz Ferraz, diretora de projetos de formação continuada da Escola de Educadores, em 
São Paulo.
Daniela Teperman, coordenadora da Creche/Pré-Escola Central da Universidade de São Paulo.
Silvana Augusto, assessora para educação infantil e formadora de professores, de São Paulo.
16
Material necessário: água, cartolina, caneta de ponta grossa, 
gelatina de vários sabores (cada uma rende cerca de dez porções), tigelas 
transparentes, colheres, jarras plásticas, copos descartáveis e geladeira.
Desenvolvimento:
 1.ª etapa
Comece organizando a turma em uma roda de conversa, tendo como 
disparador uma caixa de gelatina. Conduza a conversação a partir dos 
aspectos levantados pelo grupo, direcionando a conversa para os estados 
físicos da matéria. Ex.: Que coisas do dia a dia são líquidas? E que coisas não 
são líquidas? O que é então? Como chamamos? Pergunte sobre o estado da 
gelatina, aproveitando para descobrir quem gosta dessa sobremesa e quem 
sabe como se faz. Proponha para o grupo a escrita da receita em uma cartolina 
(melhor visualização) e realize a leitura passo a passo junto com as crianças.
 2.ª etapa
Divida a turma em grupos de cinco, cada um com uma tigela plástica 
transparente, uma colher, uma jarra com água fria e copos. Analise os 
ingredientes da gelatina. Como a água fria se apresenta? (líquida). Permita 
que as crianças provem e opinem sobre o gosto.
 3.ª etapa
A água fria se apresenta da mesma forma que a água quente? Qual a
diferença? Coloque água quente em uma tigela transparente e possibilite que 
cada criança sinta as gotículas de vapor na mão. Estimule o registro do 
processo em desenhos.
4.ª etapa
Adicione água quente à tigela de cada grupo na proporção da receita.
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2. SEQUÊNCIA DIDÁTICA – ESTADOS FÍSICOS
Área de formação humana relações naturais
Objetivo: 
- Perceber a mudança de estado físico nos materiais.
Faixa etária: 4 a 5 anos
Tempo estimado: três dias
–
17
Adaptado de: Revista Nova Escola – Ano XXIII – n. 213 – junho/julho 2008, p. 73.
Sequência didática desenvolvida pela professora Nídia Aparecida de Moura Boeira, da E. M. 
Professor Luiz Cavallon, em Campo Grande.
PROJETO DIDÁTICO
É o desenvolvimento de situações didáticas contextualizadas que se 
articulam e que têm propósitos didáticos, comunicativos ou sociais em razão de 
um objetivo e de um produto final. Para se obter o produto final (exposição, livro 
de receitas, sarau de poesia, entre outros), é necessário que as crianças 
participem e acompanhem o desenvolvimento das etapas do projeto, para que 
este tenha significado para elas e resulte em aprendizagens.
O projeto didático parte de uma problematização que, geralmente, surge 
de uma pergunta de interesse comum do grupo e demanda pesquisa e 
participação da criança em todas as etapas desenvolvidas. Dessa forma, é 
importante que o educador/professor e as crianças decidam juntos o que será 
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 O que aconteceu com o pó? (o pó se dissolve na água, o que se denomina 
mistura homogênea). Estimule as crianças a terminarem a gelatina, seguindo 
as orientações. Quando a água fria é acrescentada, ajuda a diminuir a 
temperatura da água quente. Concluído o passo a passo, deixe-as encher os 
copinhos e levá-los à geladeira. Após um determinado período, retirar da 
geladeira para que as crianças percebam a transformação do líquido para o 
gel.
 5.ª etapa
Termine a experiência com um “banquete” de sobremesa. Deixe uma 
gelatina fora da geladeira para que as crianças observem a sua volta ao estado 
líquido. Incentive que cada uma faça novos desenhos para documentar todo o 
processo.
Avaliação:
Use as falas colhidas nas experiências e os desenhos para analisar o 
que as crianças aprenderam. Verifique especialmente se compreenderam que 
as mudanças de estado podem ocorrer em vários sentidos – por exemplo, de 
um estado menos consistente para um estado mais consistente e vice-versa.
18
SUGESTÕES DE PLANEJAMENTO DE PROJETOS DIDÁTICOS
AS DEZ MAIS DA MPB 
Área de formação humana – linguagem musical
Objetivo: 
- Apreciar e expressar preferências musicais e sentimentos,diante do 
gênero musical trabalhado.
 Faixa etária: 4 a 5 anos.
Tempo estimado: quatro meses
Material necessário: CDs e DVDs de MPB
Desenvolvimento:
1.ª etapa
Selecione músicas do gênero MPB que contagiem as crianças pelo 
ritmo e pela sonoridade da letra e coloque-as na sala para que elas 
ouçam. Algumas sugestões: ‘‘A banda’’, de Nara Leão, ‘‘João e Maria’’, 
de Chico Buarque de Holanda, ‘‘Leãozinho’', de Caetano Veloso, 
 
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 realizado e o que se pretende ao final, para que sua participação no processo de 
elaboração seja mais efetiva.
Nos projetos didáticos, existem dois propósitos: o social ou comunicativo 
e o didático. O propósito social ou comunicativo é explícito e compartilhado entre 
o educador/professor e as crianças, enquanto o propósito didático faz sentido 
para o educador/professor, mas não necessariamente para a criança. O 
educador/professor precisa ter clareza do que quer que as crianças aprendam. 
Por exemplo, em um projeto de leitura e escrita, em que as crianças produzem um 
livro de receitas econômicas, o propósito comunicativo é que a criança possa 
mostrar aos familiares como aproveitar melhor os alimentos, enquanto o didático 
é ler e escrever.
Diante das características dessa modalidade organizativa do tempo 
didático, indica-se que o planejamento do trabalho educativo com projeto didático 
seja desenvolvido a partir da turma de maternal lll (3 a 4 anos).
3.ª etapa
Peça às crianças que pesquisem com seus pais se eles possuem 
algum CD que contenha suas músicas de preferência a fim de que o levem para 
a sala. Redija com as crianças um bilhete para levarem para casa explicando 
seus objetivos. Em seguida, explore com as crianças todos os elementos dos 
CDs pesquisados (capa, encarte, quantidade de músicas, etc.). Proponha que 
perguntem aos pais sobre suas preferências da MPB. Compartilhe a escrita 
com as crianças: é fundamental que elas estejam motivadas para envolver os 
familiares na atividade.
4.ª etapa
Depois do levantamento das canções escolhidas pelos pais, reúna as 
mais votadas e promova uma audição. Analise cada uma, verificando se possui 
qualidades adequadas para ser tocada em sala. Grave um CD com essas 
músicas e apresente às crianças. Proponha que elas cantem.
5.ª etapa
Grave um CD (caseiro) com as canções escolhidas pelas crianças e 
pelos pais. Encaminhe a escrita dos títulos na ordem em que aparecem na 
gravação para compor a capa. 
Produto final: CD gravado com "As dez mais da MPB". 
Avaliação:
Como foi a participação das crianças? O que foi aprendido? Compare o 
conhecimento musical da turma antes e depois do projeto didático. O que 
mudou? As crianças demonstram maior atenção às características rítmicas? 
 
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 e ‘‘Garota de Ipanema’’, de Vinicius de Moraes. 
2.ª etapa
Converse sobre as músicas ouvidas ao longo das atividades, 
perguntando às crianças sobre suas canções preferidas. Escreva os títulos no 
quadro e organize uma votação para estabelecer as favoritas.
ATIVIDADES OCASIONAIS
São atividades planejadas pelo educador/professor para ocorrerem 
esporadicamente. Podem estar relacionadas com um acontecimento 
específico que surge no grupo de crianças e chama a atenção dessas, ou ser 
apresentadas para elas com o propósito de se compartilhar algo significativo. 
Essas situações ocasionais não estão relacionadas diretamente com as 
demais atividades desenvolvidas em um determinado momento com o grupo 
de crianças. Podem ser trabalhadas pelo educador/professor com 
informações, experiências, vivências e participações que sejam significativas e 
ampliem as aprendizagens, como, por exemplo, notícia de grande repercussão 
veiculada pela mídia, data relevante, acontecimento marcante, entre outros.
Exemplos de situações ocasionais
- Fenômenos da natureza com efeito na comunidade ou em outras 
localidades (vendaval, inundações, etc.).
- Fatos sociais (olimpíadas, copa do mundo, poluição, matança de 
animais, acidentes, etc.).
- Aniversário da cidade.
- Festa de tradição popular.
- Passeios, visitas.
As atividades ocasionais podem ser desencadeadoras de algum 
projeto didático.
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Adaptado de: Revista Nova Escola. Ago. 2008. p. 52, Ano XXIII, n. 214.
Projeto didático desenvolvido por Denise Maria Milan Tonello.
Pedagoga e orientadora pedagógica e educacional da educação infantil e do 1.º ano do 
Colégio Miguel de Cervantes, em São Paulo.
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BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação 
Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. 
Brasília: MEC/SEF, 1998. v. 1 e 2.
CURITIBA. Secretaria Municipal da Educação. Diretrizes curriculares para a 
educação municipal de Curitiba: educação infantil. v. 2. 2006.
______.______. Objetivos de aprendizagem: uma discussão permanente. 
2008.
______.______. Parâmetros e indicadores de qualidade para os centros 
municipais de educação infantil. 2009.
LERNER, D. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto 
Alegre: Artmed, 2002.
KLISYS, A. Organização do tempo didático: algumas considerações sobre o 
trabalho com projetos, sequência de atividades e atividades permanentes. Dez. 
1997. (mimeo).
SÃO PAULO. Secretaria Municipal da Educação. Organização do trabalho 
pedagógico: rotas de aprendizagem. Módulo 4. s/d.
TECNOLOGIA, ARTE E NARRATIVAS: alimentando a prática pedagógica. 
Revista Avisa Lá, São Paulo, Instituto Avisa Lá, n. 27, jul. 2006. 
PROJETO AS DEZ MAIS DA MPB. Nova Escola, São Paulo, ano XXIII n. 214, 
ago. 2008, p. 52 . 
SEQUÊNCIA DIDÁTICA: estados físicos. Nova Escola. Disponível em: 
<www.revistaescola.abril.com.br >. Acesso em: 11/11/2009.
D E S E N H O N A S O M B R A . N o v a E s c o l a . D i s p o n í v e l e m : 
<www.revistaescola.abril.com.br>. Acesso em: 11/11/2009.
CONTRIBUIÇÃO PARA ELABORAÇÃO
ELABORAÇÃO
Equipe de educação infantil dos NREs
Equipe do Departamento de Educação Infantil
Ilze Maria Coelho Machado
Joseane de Fátima Machado da Silva
DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA E DIFUSÃO EDUCACIONAL
GERÊNCIA DE APOIO GRÁFICO
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
REVISÃO
Raquel Rodrigues de Lima Simas
Dilma Seino Ribeiro Protzek
André Luiz Schmeil
Dilma Seino Ribeiro Protzek
Joseli Siqueira Giublin
Rita Spacki
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