Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DISFUNÇÕES SEXUAIS Paula Oliveira Psicóloga Mestra em Ciências de Saúde Terapeuta com enfoque na Sexualidade - INPASEX Especialista em Medicina Comportamental – UNIFESP 1 “A sexualidade transcende os limites do sexo, como ato que une machos e fêmeas, e inclui sentimentos, fantasias, desejos, sensações e interpretações... É algo que se esconde nas dobras do dia-a-dia e que aparece na interpretação de quem observa ou de quem sente, mas não necessariamente encontra-se explicitado como sexo propriamente dito” (Andrade-Silva, 1997). 2 Sexualidade é dinâmica, complexa e não vem “pronta” História da Terapia Sexual • Final do XIX e início do XX: Inicia-se e pesquisas e estudos na área da sexualidade humana, por meiodos seguintes estudiosos: S. Freud, na Áustria (indiretos) 4 História da Terapia Sexual H. Havelock Ellis Inglaterra Psychology of sex 1896 W. Reich Áustria The function of the orgasm 1927 5 ESTUDOS QUE MARCARAM O CAMPO DA TERAPIA SEXUAL Alfred Kinsey (1948 a 1954) Por meio de 16 mil entrevistas sobre o comportamento sexual humano, revolucionou os conceitos de sexualidade “normal”, abrindo caminho para novas discussões, sobre: Masturbação masculina e feminina; Vivência de práticas erotizadas em crianças; Variações de intensidade na orientações sexuais; Jogos sexuais; Formas de alcançar orgasmos; Fantasia... 6 A homossexualidade como uma variação normal da sexualidade, da expressão do afeto (amoroso) sendo a orientação sexual um fenômeno complexo com muitas variações ao longo do spectrum de heterossexualidade e homossexualidade (Cabaj, 2008). ESTUDOS QUE MARCARAM O CAMPO DA TERAPIA SEXUAL W. Masters e V. Johnson (1976) Propuseram que a atividade sexual se dava por meio de fases e etapas: a) excitação; b) Platô; c) orgasmo; e d) resolução. Foram os primeiros estudiosos a sistematizarem um novo modelo de atendimento das disfunções sexuais, associando o conceito de ansiedade, a dessensibilização sistemática, o condicionamento, o reforço, as aproximações sucessivas, o relaxamento e o treino assertivo. 8 ESTUDOS QUE MARCARAM O CAMPO DA TERAPIA SEXUAL Helen Singer Kaplan Grande sintentizadora dos estudos, propõe um modelo trifásico de resposta sexual: a) desejo; b) excitação; e c) orgasmo. Para Kaplan, a compreensão da problemática sexual se dá por um diagnóstico diferencial: 1977 – Livro “Nova Terapia do Sexo” 9 Orgânico Psicológico Orgânico Psicológico Prevalência no Brasil Orientação sexual Heterossexuais 96,7% 92,0% Homossexuais 2,4% 6,1% Bissexuais 0,9% 1,8% 7103 pessoas maiores de 18 anos - 60% até 40 anos Abdo, 2004. Estudo da vida sexual do brasileiro (EVSB), São Paulo. http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c1/Male.svg/210px-Male.svg.png http://2.bp.blogspot.com/_eok33I7oPEw/Scu4GkVi5cI/AAAAAAAAAM8/XmtDaOEmXQo/s1600-h/simbolo_feminino.gif Conceito de "Normal" ou "Normalidade" • Em medicina, o termo “normal" tem uma conotação estatística, ou seja, normal é o mais frequente, o mais usual, o mais encontradiço e, neste caso, “não-normal” não significa, obrigatoriamente, doença. Kaplan & Sadock, 2007 A resolução não impede os psicólogos de atenderem pessoas que queiram reduzir seu sofrimento psíquico causado por sua orientação sexual, seja ela homo ou heterossexual. A proibição é claramente colocada na adoção de ações coercitivas tendentes à cura e na expressão de concepções que consideram a homossexualidade doença, distúrbio ou perversão. Os psicólogos não podem, por regra ética, recusar atendimento a quem lhes procure em busca de ajuda. Por isso é equivocada qualquer afirmação de que os psicólogos estão proibidos de atenderem homossexuais que busquem seus serviços, incluindo a demanda de atendimentos que possam ter como objeto o desejo do cliente de mudança de orientação sexual, seja ela hetero ou homossexual. No entanto, os psicólogos não podem prometer cura, pois não podem considerar seu cliente doente, ou apresentando distúrbio ou perversão. Por fim, cabe salientar que a ética dos psicólogos é laica e portanto o exercício da profissão não pode ser confundido com crenças religiosas que os psicólogos por ventura professem. Resolução CFP 01/99 14 Parece mais adequado que qualquer intervenção para indivíduos com orientação homoafetiva visem: • aliviar angústias e ansiedade, • trabalhar dificuldades e assertividade, • diminuir o risco de suicídio, • promover o desenvolvimento integral, • promover o ajustamento pessoal, educacional, social e familiar, • buscar satisfação nos relacionamentos afetivos (Diehl & Vieira, 2011- Revsita patio). 16 O que acha disto? Pesquisadores Brasileiros Atuais Carmita ABDO Oswaldo Rodrigues Jr. Carla Zeglio Moacir Costa, entre outros. 17 Conceito de disfunção sexual “ Refere-se ao não-funcionamento adequado de uma das fases que compõem o ciclo sexual” Não se falando de patologias ou perversões, mas em funcionalidade e disfuncionalidade. “A disfunção sexual é, na realidade, um problema da unidade conjugal, e não apenas um problema pessoal da mulher ou do homem” (Masters e Johnson, 1970) 18 Disfunções Sexuais – DSM5 “São um grupo de transtornos heterogêneos tipicamente caracterizados por uma perturbação clinicamente significativa na capacidade de uma pessoa para responder sexualmente ou de sentir prazer sexual”. • É possível que se apresente mais de uma DS ao mesmo tempo, havendo ainda disfunções específicas de cada gênero. • Requer uma duração mínima de seis meses, além de incluir critérios mais precisos para avaliar a severidades dos sintomas. 19 20 Os subtipos são usados para designar o início da dificuldade. • Ao longo da vida refere-se a um problema sexual que está presente desde as primeiras experiências sexuais, • Adquirido aplica-se aos transtornos sexuais que se desenvolvem após um período de função sexual relativamente normal. • Generalizado refere-se a dificuldades sexuais que não se limitam a certos tipos de estimulação, situações ou parceiros, • Situacional aplica-se a dificuldades sexuais que ocorrem somente com determinados tipos de estimulação, situações ou parceiros. 21 Além dos subtipos, inúmeros fatores devem ser considerados durante a avaliação de uma DS: 1) fatores relacionados ao parceiro (p. ex., problemas sexuais; estado de saúde); 2) fatores associados ao relacionamento (p. ex., falta de comunicação; discrepâncias no desejo para atividade sexual); 3) fatores relacionados a vulnerabilidade individual (p. ex., má imagem corporal; história de abuso sexual ou emocional), comorbidade psiquiátrica (p. ex., depressão, ansiedade) ou estressores (p. ex., perda de emprego, luto); 4) fatores culturais ou religiosos (inibições relacionadas a proibições de atividade sexual ou prazer; atitudes em relação à sexualidade); e 5) fatores médicos relevantes para prognóstico, curso ou tratamento. Outros Aspectos importantes: DS Causas •Orgânicas: Importante avaliação médica •Psicológicas: educação sexual repressiva; culpa pela expressão sexual; histórico sexual traumático, entre outras. 22 Avaliação em Terapia Sexual Entrevista de Avaliação Sexual Inventário de Sexualidade Masculina: • Forma “DEIV” (Disfunção Éretil) • Forma “EPII” (Ejaculação Precoce) Inventário de Sexualidade Feminina: • Forma A1 • Forma B1(quando a queixa é da parceria) ID - Inventário de Desejo EAS - Escala de Auto-eficácia Sexual 23 Avaliação de outros aspectos Avaliar outros estados é um diferencial e otimiza resultados: BDI (Inventário Beck de Depressão) BAI (Inventário Beck de Ansiedade) ISS (Inventário de Estresse da Lip) E outros, que julgar necessário... 24 Disfunções sexuais: • Transtorno de Dor Gênito- Pélvica/Penetração: Dispaurenia e Vaginismo • Transtorno do Orgasmo Feminino - Anorgasmia • Transtorno do Desejo/Excitação Sexual Feminino Inibição de desejosexual feminino 25 Transtorno do Desejo Sexual Masculino Hipoativo: Baixo desejo sexual masculino Ejaculação Precoce Transtorno Erétil Retardo da Ejaculação: Ejaculação Inibida TRANSTORNO DO ORGASMO FEMININO A. Presença de qualquer 1 dos sintomas a seguir, vivenciado em quase todas ou em todas as ocasiões (aproximadamente 75 a 100%) de atividade 1. Retardo acentuado, infrequência acentuada ou ausência de orgasmo. 2. Intensidade muito reduzida de sensações orgásmicas. • Especificar se: Nunca experimentou um orgasmo em nenhuma situação. (APA, 2014) É a disfunção sexual que mais elicia as mulheres a buscarem por Psicoterapia com Enfoque na Sexualidade (Rodrigues Jr.& Zeglio, 2001). 26 27 PREVALÊNCIA • Variam amplamente, de 10 a 42%, dependendo de vários fatores (p. ex., idade, cultura, duração e gravidade dos sintomas); • Apenas parte das mulheres relata sofrimento associado. • A variação na forma como os sintomas são avaliados (p. ex., duração dos sintomas e período lembrado das dificuldades) também exerce influência nas taxas de prevalência. • Aproximadamente 10% das mulheres não têm orgasmo durante suas vidas. (APA, 2014) TRANSTORNO DO INTERESSE/EXCITAÇÃO SEXUAL FEMININO A. Ausência ou redução significativa do interesse ou da excitação sexual, manifestada por pelo menos 3 dos seguintes: 1. Ausência ou redução do interesse pela atividade sexual. 2. Ausência ou redução dos pensamentos ou fantasias sexuais/eróticas. 3. Nenhuma iniciativa ou iniciativa reduzida de atividade sexual e, geralmente, ausência de receptividade às tentativas de iniciativa feitas pelo parceiro. 4. Ausência ou redução na excitação/prazer sexual durante a atividade sexual em quase todos ou em todos (aproximadamente 75 a 100%) os encontros sexuais. 5. Ausência ou redução do interesse/excitação sexual em resposta a quaisquer indicações sexuais ou eróticas, internas ou externas (p. ex., escritas, verbais, visuais). 6. Ausência ou redução de sensações genitais ou não genitais durante a atividade sexual em quase todos ou em todos (aproximadamente 75 a 100%) os encontros sexuais 28(APA, 2014) 29 PREVALÊNCIA • A prevalência de acordo com a definição apresentada neste Manual, é desconhecida. • A prevalência de baixo desejo sexual e de problemas de excitação sexual (c/ e s/ sofrimento), conforme o DSM-IV ou a CID-10, pode variar substancialmente em relação a idade, ambiente cultural, duração dos sintomas e presença de sofrimento. • No que diz respeito à duração dos sintomas, há diferenças marcantes nas estimativas de prevalência entre problemas de curto prazo e persistentes relacionados à falta de interesse sexual. • Nas situações em que o sofrimento envolvendo o funcionamento sexual é um requisito importante, as estimativas de prevalência são significativamente mais baixas. • Embora o desejo sexual possa diminuir com a idade, algumas mulheres mais velhas relatam menos sofrimento relacionado ao desejo sexual do que mulheres mais jovens. (APA, 2014) Vaginismo • Consiste num espasmo reflexo involuntário dos músculos perivaginais e, ocasionalmente, dos músculos adutores da coxa, a ponto de os joelhos ficarem colados um contra o outro; • Provoca dor e impede o coito; • O espasmo ocorre em antecipação a penetração do pênis (Kaplan, 1977 e Oliveira, 2001) 30 Dispareunia •Pode ocorrer em qualquer idade e surgir antes, durante ou após o coito. E a dor pode aparecer como ardor, dor cortante, queimação ou contração. • Levar em consideração as conseqüências que a dor pode provocar na resposta sexual, podendo alterar o desejo, a excitação e o orgasmo. (Masters, Johson e Kolodny, 1995 e Verdier, 2001) 31 TRANSTORNO DA DOR GÊNITO-PÉLVICA /PENETRAÇÃO A. Dificuldades persistentes ou recorrentes com 1 (ou +) dos seguintes: 1. Penetração vaginal durante a relação sexual. 2. Dor vulvovaginal ou pélvica intensa durante a relação sexual vaginal ou nas tentativas de penetração. 3. Medo ou ansiedade intensa de dor vulvovaginal ou pélvica em antecipação a, durante ou como resultado de penetração vaginal. 4. Tensão ou contração acentuada dos músculos do assoalho pélvico durante tentativas de penetração vaginal. 32 (APA, 2014) PREVALÊNCIA • A prevalência do transtorno da dor gênito- pélvica/penetração é desconhecida. • No entanto, aproximadamente 15% das mulheres norte-americanas relatam a presença de dor recorrente durante a relação sexual. • Dificuldades com a relação sexual parecem ser motivo frequente de encaminhamento para clínicas de disfunção sexual e médicos especialistas. 33 (APA, 2014) 34 As DS femininas incluem os critérios como : B. Os sintomas do Critério A persistem por período mínimo 6 meses. C. Os sintomas do Critério A causam sofrimento clinicamente significativo ao indivíduo. D. A DS não é + bem explicada por um TM não sexual ou como consequência de uma perturbação grave do relacionamento ou de outros estressores e não é atribuível a substância/medicamento ou a outra condição médica. • Determinar o subtipo: Ao longo da vida ou adquirida e Generalizada ou Situacional • Especificar a gravidade atual: Leve, Moderada ou Grave evidência de sofrimento grave ou extremo em relação aos sintomas do Critério A. Disfunções Masculinas 35 TRANSTORNO ERÉTIL A. Pelo (-) 1 dos 3 sintomas a seguir deve ser vivenciado em quase todas ou em todas as ocasiões (aproximadamente 75 a 100%) de atividade sexual: 1. Dificuldade acentuada em obter ereção 2. Dificuldade acentuada em manter uma ereção até o fim 3. Diminuição acentuada na rigidez erétil. 36 PREVALÊNCIA • Não se conhece a prevalência de transtorno erétil ao longo da vida VS adquirido. • Há aumento expressivo relacionado à idade, tanto na prevalência como na incidência de problemas relacionados à ereção, em particular depois dos 50 anos de idade. • Entre homens na faixa etária de 40 a 80 anos, 13 a 21% queixam-se de problemas eréteis ocasionais. • Em torno de 2% daqueles com idade abaixo de 40 a 50 anos queixam-se de problemas frequentes com ereções, enquanto 40 a 50% dos homens acima de 60 a 70 anos podem ter problemas significativos com ereções. • Cerca de 20% dos homens receiam ter problemas eréteis na primeira experiência sexual. • Ao passo que 8% vivenciaram problemas de ereção que impediram a penetração durante a primeira experiência sexual. 37 EJACULAÇÃO RETARDADA A. Qualquer um dos seguintes sintomas deve ser vivenciado em quase todas ou em todas as ocasiões (aproximadamente 75 a 100%) da atividade sexual com parceira, s/ que o indivíduo deseje o retardo: 1. Retardo acentuado na ejaculação. 2. Baixa frequência marcante ou ausência de ejaculação. 38 PREVALÊNCIA • Não é clara em virtude da falta de uma definição precisa dessa síndrome. Trata-se da queixa sexual menos comum entre os homens. • Somente 75% deles afirmam que sempre ejaculam durante a atividade sexual, e menos de 1% se queixa de problemas para conseguir a ejaculação que tenham mais de seis meses de duração. 39 TRANSTORNO DO DESEJO SEXUAL MASCULINO HIPOATIVO A. Pensamentos ou fantasias sexuais/eróticas e desejo para atividade sexual deficientes (ou ausentes) de forma persistente ou recorrente. O julgamento da deficiência é feito pelo clínico, levando em conta fatores que afetam o funcionamento sexual, tais como idade e contextos gerais e socioculturais da vida do indivíduo. PREVALÊNCIA • A prevalência do transtorno do desejo sexual masculino hipoativo varia de acordo com os países e com o método de avaliação. • Aproximadamente 6% dos homens mais jovens (entre 18 e 24 anos de idade) e 41% dos homens mais velhos (entre 66 e 74 anos) têm problemas com o desejo sexual. • A falta de interesse persistente pelo sexo, com duração de seis meses ou mais, afeta apenas uma pequena proporção de homens com idades entre 16 e 44 anos (1,8%). 40 EJACULAÇÃO PREMATURA (PRECOCE) A. Padrão persistente ou recorrente de ejaculação que ocorre durantea atividade sexual com parceira dentro de aproximadamente 1m após a penetração vaginal e antes do momento desejado pelo indivíduo. Nota: Embora o diagnóstico de ejaculação prematura (precoce) também possa ser aplicado a indivíduos envolvidos em atividades sexuais não vaginais, não foram estabelecidos critérios específicos para o tempo de duração dessas atividades. Especificar a gravidade atual: • Leve: A ejaculação ocorre dentro de aproximadamente 30s a 1 minuto após a penetração vaginal. • Moderada: A ejaculação ocorre dentro de aproximadamente 15 a 30 s após a penetração vaginal. • Grave: A ejaculação ocorre antes da atividade sexual, no início da atividade sexual ou dentro de 15 s após a penetração vaginal. 41 PREVALÊNCIA • As estimativas da prevalência de ejaculação prematura (precoce) variam amplamente de acordo com a definição utilizada. • Em termos internacionais, mais de 20 a 30% dos homens com idades entre 18 e 70 anos demonstram preocupação com a rapidez da ejaculação. • Com a nova definição de ejaculação prematura (precoce) (i.e., ejaculação que ocorre dentro de aproximadamente um minuto após a penetração vaginal), somente 1 a 3% dos homens seriam diagnosticados com esse transtorno. • A prevalência da disfunção pode aumentar com a idade. 42 As DS femininas incluem os critérios como : B. Os sintomas do Critério A persistem por período mínimo 6 meses. C. Os sintomas do Critério A causam sofrimento clinicamente significativo ao indivíduo. D. A DS não é + bem explicada por um TM não sexual ou como consequência de uma perturbação grave do relacionamento ou de outros estressores e não é atribuível a substância/medicamento ou a outra condição médica. • Determinar o subtipo: Ao longo da vida ou adquirida e Generalizada ou Situacional • Especificar a gravidade atual: Leve, Moderada ou Grave evidência de sofrimento grave ou extremo em relação aos sintomas do Critério A. Técnicas Gerais 1. Educação Sexual 2. Biblioterapia 3. Relaxamento 4. Banhoterapia 5. Focalização Sensorial 6. Estímulo a fantasia sexual 7. Posições para o coito 43 Educação Sexual É uma parte importante do processo terapêutico e neste momento que se faz necessário identificar se houve algum tipo de orientação/educação sexual: 1.Informativa 2.Afetiva 3.Repressiva 4.Punitiva Seu papel: Esclarecer distorções, considerando crenças pessoais Estimular o conhecimento anatômico das áreas genitais 44 Biblioterapia • A prescrição de leitura de livros e textos específicos visa o preenchimento de lacunas e falhas de conhecimento; • O Terapeuta deve conhecer as fontes bibliográficas que indicar; • O paciente deve saber ler e gostar ou ao menos não detestar; • A leitura deve ser lenta e guiada. 45 Relaxamento As técnicas são as conhecidas: 1. Respiração Diafragmática 2. Relaxamento muscular progressivo 3. Relaxamento Passivo 4. Relaxamento por Indução de Imagem • A escolha da técnica deve-se basear no perfil do paciente maximizando as chances de sua adesão. • Considera-se uma técnica importante para compor o reconhecimento corporal e pode estar associada a MASTURBAÇÃO ou mesmo a atividade sexual. 46 Banhoterapia • Na psicoterapia contribuí para o resgate e o desenvolvimento da percepção sensorial em diferentes níveis. A princípio Individual, depois a dois. Ponto chave: Desenvolver a criatividade Água: Brincar, utilizar o chuveirinho. Perfume: Escolher o cheiro, valorizar o olfato. Bucha: Estimular diferentes sensações. Iluminação: Velas, jogos de luz e sombra. Horário: Garantia de privacidade e tranquilidade. 47 Focalização Sensorial • Um dois pilares técnicos da Terapia Sexual pode ser usada com todas as disfunções ou queixas sexuais • Traz vantagens para treinos de comunicação e para o desenvolvimento de intimidade do casal. • A técnica deve ser apresentada ao casal • O terapeuta deve abordar a necessidade de espaço e tempo para o exercício. Mínimo: 20-30 minutos Local: Privado e sem interrupções. 48 Focalização Sensorial: A técnica • Diante da dificuldade do casal em ter uma relação sexual satisfatório, o coito é proibido no início do tratamento: A focalização se divide em: FS1: Massagem em todo corpo com exceção das genitais, o que incluí as mamas nas mulheres; FS1A: Parte das costas FS1B: Parte da frente FS2: Incluí as genitais 49 Focalização Sensorial: A instrução FS1: Instrui-se que a pessoa que vai ser massageada deite-se de bruços, confortavelmente e de olhos fechados. Ambos nus, exceto se houver ansiedade associada. • O terapeuta deve indicar algumas possibilidades de massageamento. FS1B: Repeti a instrução, inicia-se pelas costas, acaricia-se mais rapidamente para ir a parte frontal. FS2: Da mesma forma, agora os genitais são foco. 50 Focalização Sensorial: Variações Para possibilitar vivências de sensações diferentes, propõem-se: 1. Usar alguma loção ou creme hidrante 2. Usar óleo perfumado 3. Usar talco perfumado Pode ser incluído passos intermediários de acordo com a necessidade e o perfil do cliente. 51 Estímulo a Fantasia Sexual A capacidade de fantasiar é uma das características que definem o ser humano. Que emprega a fantasia para auxiliar na adaptação a diferentes situações Podem ser criadas para superar o tédio, acalmar os nervos, consolar as mágoas, ensaiar a fala em um encontro, entre outras. (Maltz e Boss, 1997) 52 O Terapeuta Sexual As bases técnico-teóricas da terapia sexual são comportamentais e cognitivas. A atuação conjunta com especialistas da área médica é importante na fase diagnóstica. O terapeuta atua primeiramente como educador sexual, desmistificando está área tão cheia de tabus, convém para isso uma postura flexível, escuta sem julgamentos morais, e procura constante de compreender e auxiliar seus clientes a obter uma vivência sexual saudável. 53 Referências APA (2013) Diagnostic and Statistical Manual of Mental disorders - DSM-5. 5th.ed. Washington: American Psychiatric Association Andrade-Silva M. do C. (2001) A história da terapia Sexual. In: Aprimorando a Saúde Sexual: manual de técnicas de terapia sexual (Org. Inpasex). São Paulo: Ed. Summus. Kaplan H. S. (1977) A nova terapia do Sexo (Trad. O. B. Silva) Rio de Janeiro: Nova Fronteira. Oliveira J. S, (2001) Vaginismo In: Aprimorando a Saúde Sexual: manual de técnicas de terapia sexual (Org. Inpasex). São Paulo: Ed. Summus. Rodrigues Jr., O. M. (1995) Psicologia e Sexualidade. São Paulo: Medsi 54 Referências Rodrigues Jr., O. M., Zeglio, C. (2001) Anorgasmia Feminina. In: Aprimorando a Saúde Sexual: manual de técnicas de terapia sexual (Org. Inpasex). São Paulo: Ed. Summus Silva; M. C. A. (2001) História da Terapia Sexual. In: Aprimorando a Saúde Sexual: manual de técnicas de terapia sexual (Org. Inpasex). São Paulo: Ed. Summus 55
Compartilhar