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Prévia do material em texto

Telejornalismo
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Rodrigo Maia dos Santos
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Kelciane da Rocha Campos
Edição de Telejornal I: Textos
• Introdução;
• A Edição Telejornalística: Primeiros Passos;
• Conceitos de Edição Telejornalística;
• A Edição de Texto Jornalísticos em Tv: 
Aspectos Cotidianos de uma Redação;
• Entrevista.
• Compreender os critérios de escolha de matérias que constituem um telejornal; 
• Analisar os referidos critérios e ter bom senso, de acordo com a linha editorial do 
telejornal, para fazer as escolhas;
• Analisar o espelho de telejornal.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Edição de telejornal I: Textos
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Edição de Telejornal I: Textos
Introdução
A edição é um dos temas mais importantes no mundo do telejornalismo, pois é 
o ponto em que a matéria vai, enfim, ficar pronta para exibição. Pauta, produção e 
reportagem começam o trabalho e, também, são de extrema relevância. Entretan-
to, a edição é considerada a fase em que todas as informações, encaminhamentos, 
dados, imagens, entrevistas e textos se unem para que o produto do telejornal fique 
pronto. É na edição que a matéria ganha vida e as partes se encontram para formar 
o todo, a matéria, o produto que traz a composição do telejornal.
Pelo grau de relevância do tema, dividimos a edição telejornalística em duas 
partes: a primeira, sobre as técnicas e os processos de edição de matérias telejor-
nalísticas, que será apresentada nesta Unidade; e a segunda, sobre o “fechamento” 
e a finalização de um telejornal, que será apresentada na próxima etapa.
A Edição Telejornalística: Primeiros Passos
Enquanto o pauteiro e o produtor organizam, o repórter grava as partes, e o 
editor faz a matéria existir, na prática. O editor pode ser considerado um verdadeiro 
especialista em montar quebra-cabeças. Ele recebe as peças, separadas e embara-
lhadas; em seguida, com muita paciência, olha peça por peça e começa a montar 
a composição.
Entretanto, no caso do jornalismo de TV, ele precisa fazer esse processo todo 
com uma enorme pressão de tempo e com peças repetidas e que não se encaixam, 
ou seja, ele recebe uma série de peças que podem não servir para montar o quebra-
-cabeças e ainda tem alguém dizendo: “você só tem poucos minutos para deixar 
tudo pronto”. Por essa razão, faz todo sentido dizer que a função de editor na TV 
é muito trabalhosa.
Ao executar o trabalho, o editor transforma a reportagem televisiva em uma 
“história”, com uma sequência lógica, compreensível e combinada a uma série de 
imagens e sons.
A produção de notícias televisivas, na maioria das redações, está organizada de 
forma “industrial”, isto é, ao terminar a gravação de uma matéria, o repórter envia 
a reportagem para o editor, que inicia o trabalho. Em alguns casos, o repórter envia 
a matéria por algum portador e segue direto para fazer outra reportagem.
Em matérias mais elaboradas, geralmente de um dia para o outro, ou em re-
portagens especiais, gravadas em semanas ou meses, repórter e editor conversam 
bastante. Porém, isso é uma exceção. No o dia a dia da redação, todos estão pres-
sionados pelo tempo, e o editor precisa montar tudo sozinho.
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9
Os editores também escrevem o que chamamos de cabeças e pés de matérias, 
além das notas que fazem parte do espelho do telejornal. Editores ajustam repor-
tagens vindas de outras praças e são os primeiros a avaliar se determinada matéria 
deve ou não ser exibida.
Em alguns casos, são necessárias duas ou mais horas para se editar uma matéria de um 
minuto e meio. Imagine quantas horas o editor necessitaria se fosse montar, sozinho, um 
telejornal de uma hora. É por isso que os editores são numerosos nas redações. Nessa função 
geralmente a oferta de trabalho é maior, mas não se tem o atrativo de aparecer na telinha, a 
não ser ocasionalmente em uma matéria especial. 
Ex
pl
or
Conceitos de Edição Telejornalística
Alguns estudantes podem estar se perguntando: o que são cabeça, pé, notas, 
espelho, praças e tantos outros termos utilizados para falar sobre edição? Alguns já 
foram explicados nas unidades anteriores. Porém, para facilitar a sua vida e, prin-
cipalmente, para gerar ótimo aprendizado, leia este item com atenção. Você verá 
uma lista com a maioria dos conceitos relacionados à edição de um telejornal.
• CABEÇA: a cabeça é o lide da matéria. No telejornalismo, quem faz a leitura 
da cabeça é, sempre, o apresentador. Ele introduz o assunto da matéria feita 
pelo repórter. A cabeça é considerada a abertura de uma notícia ou reporta-
gem. É o fato mais importante, destacado logo no início da informação, para 
prender a atenção do telespectador.
• ESPELHO: espelho é o roteiro de como o telejornal será exibido. Como o pró-
prio nome diz, o espelho é o retrato do telejornal, pois faz a previsão da entra-
da de matérias, notas, blocos, chamadas, GC e encerramento. É uma estrutura 
diagramada que tem as indicações de montagem das páginas do telejornal.
• GC: a sigla GC significa Gerador de Caracteres. No telejornalismo, essa sigla 
é utilizada para mencionar, como termo técnico, a indicação dos créditos de 
uma matéria, no espelho. É uma espécie de máquina de escrever eletrônica. 
É usado para inserir títulos, créditos, legendas sobre a imagem e todo o tipo de 
informação que o diretor julgue necessária. 
• NOTA COBERTA: é uma nota lida pelo apresentador do telejornal, gravada, 
coberta por imagens, sem a presença de um repórter.
• NOTA PÉ: a nota pé é uma nota lida, ao vivo, pelo apresentador do telejornal, 
ao final da matéria, com informações complementares ao texto que foi apre-
sentado pelo repórter durante a matéria.
• NOTA AO VIVO: também conhecida como nota pelada, a nota ao vivo é uma 
notícia lida pelo apresentador do telejornal, sem qualquer imagem de ilustração.
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UNIDADE Edição de Telejornal I: Textos
• NOTÍCIA: é um acontecimento relevante para o público do telejornal ou qual-
quer veículo de comunicação, uma informação curta sobre um acontecimento. 
A notícia se baseia em fatos apurados e dispensa comentários, embora estes 
às vezes possam acompanhá-la, quando é o caso de um telejornal comentado 
e nãoapenas informativo.
• OFF: no telejornalismo, a palavra “off” possui dois contextos. O primeiro, abar-
cando o jornalismo de maneira mais global, está relacionado a uma informação 
que o jornalista tem, mas não pode divulgar, isto é, uma informação sigilosa que 
precisa de apuração e investigação para ser noticiada.
O segundo contexto, atrelado especificamente ao telejornalismo, diz respeito 
à narração feita pelo repórter, em uma reportagem, em que ele não aparece. 
Imagens relacionadas ao texto narrado pelo repórter são usadas para cobrir 
informações. É um texto informativo que necessita de imagens para fazer sen-
tido, sem a presença do repórter.
• OFF VIVO: o “off vivo”, no contexto do telejornalismo, tem a mesma função 
do “off”, ou seja, é uma narração feita pelo jornalista, em que ele não aparece, 
e em que imagens são usadas para cobrir a informação. A diferença, no caso 
do “off vivo”, é que a narração é feita ao vivo, enquanto no “off” a narração 
é feita de forma gravada e editada. O “off vivo”, normalmente, é narrado pelo 
apresentador do telejornal, ao vivo, enquanto imagens referentes à informação 
passada são colocadas no ar pelo diretor de TV do telejornal.
• PASSAGEM: gravação feita pelo repórter no local do acontecimento, com 
informações a serem usadas no meio da matéria. É o momento em que o re-
pórter aparece para destacar um aspecto da matéria.
• REPORTAGEM: a reportagem é um texto, especialmente informativo, no qual 
o repórter pode transmitir as suas impressões, baseado na coerência, na lógi-
ca e nos fatos, e apresentar perguntas com o mesmo critério. A reportagem 
implica, sim, subjetividade, pois a impressão do repórter aparece. Porém, as 
expressões devem ser transmitidas ao público pelos FATOS que ele selecionou, 
tratou, relatou, e não pelas suas opiniões. Vale lembrar que, em sua forma clás-
sica, a reportagem é dividida em três partes: título; primeiro parágrafo (lead); e 
desenvolvimento de texto. Vale ressaltar que, mesmo sendo uma orientação de 
algumas décadas atrás, as perguntas “o quê?, quem?, quando?, onde?, como? e 
por quê?” devem se fazer presentes em uma reportagem.
• SONORA: é a fala do entrevistado em uma matéria. Quando entrevistamos 
um especialista em um assunto, por exemplo, a fala dele é chamada de sonora.
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A Edição de Texto Jornalísticos em Tv: 
Aspectos Cotidianos de uma Redação
Por onde tudo começa?
A edição de texto de um telejornal começa com a decupagem do material. Até 
pouco tempo atrás, cerca de uns 10 anos, o material chegava até a redação por 
meio de fitas. Atualmente, o material chega por meio digital. Seja por alguma mídia 
física ou por internet e provedores. O ponto central, neste caso, é que, digital ou 
analogicamente, o processo de decupagem precisa começar.
A decupagem é o processo de listar, enumerar, organizar todas as imagens, 
sonoras, offs, passagens e informações que foram gravadas em uma matéria jor-
nalística. Portanto, o editor deve anotar todos esses detalhes para selecionar aquilo 
que vai usar ao editar a reportagem. Vale ressaltar que o tempo da reportagem será 
determinado pela importância do assunto, pela força das imagens e pelos critérios 
editoriais de cada veículo de comunicação.
Importante!
Já que citamos a passagem do repórter, é importante salientar que ela nem sempre é ne-
cessária em uma edição. Uma “presença forçada”, apenas para o repórter aparecer, sem o 
contexto exato da matéria, pode quebrar a sequência lógica. A notícia é sempre prioridade.
Importante!
Após a decupagem feita, antes de iniciar a edição propriamente dita, o editor 
deve estruturar a matéria como um todo. É necessário definir quais informações 
serão destacadas na cabeça (texto que será lido pelo apresentador), para saber, exa-
tamente, em qual ponto a reportagem editada vai começar. Neste cenário, o texto 
lido na cabeça nunca pode ser, portanto, o mesmo do início da matéria editada.
Cada editor de um telejornal, em cada matéria, a partir de cada assunto, deve 
estruturar a matéria de maneira diferente. Por mais que devamos seguir a linha 
editorial do produto jornalístico, não é interessante estruturar todas as matérias 
exatamente da mesma forma.
A sociedade passa por um momento de constantes mudanças. Tudo é muito rápi-
do e dinâmico. Com isso, se um produto televisivo se tornar monótono, as chances 
são grandes de a audiência despencar.
11
UNIDADE Edição de Telejornal I: Textos
Matérias do dia a dia do telejornalismo, ou seja, as que não são reportagens 
especiais, têm o tempo médio de 1 minuto e 45 segundos. Isso quer dizer que o 
tempo razoável para cada sonora é de aproximadamente 20 segundos. Só haverá 
alguma exceção caso o assunto seja muito importante ou o a sonora do especialista 
seja o ponto mais importante da matéria.
Dicas Rápidas de Edição de um Telejornal
1. A edição sempre precisa ter equilíbrio. Não adianta o editor deixar um off 
muito longo na matéria, enquanto a sonora for muito curta, assim como 
não pode deixar uma sonora muito longa seguida de um off curto demais. 
Equilíbrio é sempre bem-vindo. 
2. Portanto, não repita na sonora a informação do texto em off ou da cabeça 
lida pelo apresentador, ao vivo.
3. Fique atento(a). Se uma sonora requer de você, editor(a), uma atenção 
muito grande para entender o que o entrevistado quis dizer, desconfie. 
Lembre-se de que o telespectador só terá uma oportunidade de ver e ouvir, 
no momento do “ao vivo”. Por isso, é fundamental que a sonora seja clara.
4. A cobertura do off deve ser feita conjuntamente pelo editor de texto e pelo 
editor de imagens. Ambos têm, juntos, melhores condições de construir 
uma reportagem.
5. O editor pode pedir à equipe de reportagem que sejam gravadas imagens 
para cobertura de offs para que não seja necessário o uso de imagens de 
arquivo. Estas nem sempre existem ou estão à disposição na hora da edi-
ção. As imagens de arquivo são indicadas para contextos que informem, 
objetivamente, a data em que foram gravados.
6. O editor deve verificar as imagens de arquivo para que não sejam coloca-
das no ar imagens ou sonoras de personagens de situações completamente 
diversas da reportagem que se quer construir.
7. Quando iniciamos uma reportagem, sempre usamos o mais novo: imagem 
ou informação. Dessa forma, imagens de arquivo, normalmente, não são 
usadas para cobrir o início da reportagem. Essa regra só será quebrada se 
o encaminhamento da matéria estiver voltado para uma abordagem histó-
rica de um tema, ou seja, se a imagem de arquivo em si for o ponto mais 
importante daquela reportagem.
8. O recurso chamado de “slow motion” (camêra lenta), ou apenas slow, é 
usado quando as imagens importantes da matéria são muito rápidas. As-
sim, o editor pode repetir a imagem em “slow” como uma estratégia para 
chamar a atenção do telespectador.
9. O editor deve sempre estar um passo à frente. Ele deve esperar as ima-
gens que vão chegar da gravação para a decupagem já com uma pesquisa 
prévia de textos e imagens, caso sejam necessários para a finalização da 
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matéria. Isso pode fazer toda a diferença, em relação ao tempo, no fecha-
mento de um telejornal.
10. Em um mundo cada vez mais digital e dependente da internet e do dina-
mismo das imagens, sempre que for necessário, o editor deve considerar o 
uso de recursos infográfi cos, como mapas, estatísticas, quadros e diversos 
recursos de computação gráfi ca.
11. O editor deve usar um áudio ruim na matéria? Tudo vai depender do editor-
-chefe. Um áudio ruim pode ser usado se for de grande importância para a 
reportagem, desde que seja corretamente legendado para que o telespec-
tador possa acompanhar o que diz o entrevistado.
12. Em uma sonora muito longa, o entrevistado pode ser identifi cado pelos 
caracteres mais de uma vez.
13. Nomes muito longos costumam causar problemas, pois exigem a abrevia-
tura. É preciso critério com a abreviação para não atrapalhar a identifi ca-
ção. O ideal é escrever o nome pelo qual o entrevistado é popularmenteconhecido. Se não for conhecido, vale deixar uma orientação para a equi-
pe de reportagem perguntar ao entrevistado quais abreviações de nome 
ele prefere.
14. O editor deve prestar atenção no ritmo da fala, entonação, pausa e respi-
ração dos repórteres e dos entrevistados. Esses detalhes são importantes 
nos cortes e emendas em uma edição. A regra básica é dar sentido à fala 
e à imagem. A sonora deve terminar com a entonação “para baixo”, isto 
é, com entonação de conclusão, mesmo que o corte seja no meio da fala. 
O depoimento que termina com a entonação “para cima” dá a impressão 
de que o entrevistado foi cortado antes de completar o pensamento ou que 
foi alvo de censura, por exemplo.
15. As sonoras de especialistas devem ser as mais opinativas possíveis. O con-
texto e o enredo devem estar no off construído pelo repórter e pelo editor. 
O editor não opina no texto, quem opina é o entrevistado, comentarista ou 
especialista. Sonoras opinativas chamam mais a atenção e passam credibi-
lidade para o telespectador.
16. A emoção no telejornalismo pode ser bem utilizada e render boas edições. 
Sem apelação, um choro, uma risada ou um desabafo podem dizer mais 
do que uma declaração de 20 segundos.
17. O editor deve sempre conferir nas agências de notícias se a reportagem 
editada tem todas as informações do fato. Essas informações podem ser 
usadas como subsídio para um texto mais completo.
18. Um bom editor está atento aos grandes acontecimentos da sociedade: julga-
mentos de grande impacto na opinião pública, sessões de CPI, visitas de per-
sonalidades políticas etc. Um editor atento aos acontecimentos edita melhor 
as matérias, pois sabe o que pode render mais matérias para o telespectador.
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UNIDADE Edição de Telejornal I: Textos
19. Em tempos de intensos e difíceis debates políticos, a edição deve levar em 
consideração o princípio e a equidade de conteúdo. É preciso bom senso 
para equilibrar as sonoras, informações, dados e pesquisas.
20. O editor deve ter atenção especial com as marcações de deixa de texto e 
imagem, sobre som, passagem, créditos etc.
21. A edição é um trabalho que possui, sim, uma carga de subjetividade. Por 
essa razão, ressalta-se a importância da ética e da fidelidade às informa-
ções. A reportagem com informações verídicas, apuradas e checadas sem-
pre serão a prioridade em um telejornal. 
Entrevista
Com o objetivo de deixar o assunto mais claro para você, estudante, vamos 
para a parte prática da unidade. Conversamos com o editor executivo do Telejornal 
Cidade Alerta, da TV Record, Luiz Felipe Zamataro.
Além de editar as matérias do telejornal e ter uma boa experiência com a função, 
Luiz Felipe também atua no fechamento e na direção do telejornal. Portanto, ele 
estará presente nas duas próximas unidades.
Acompanhe a entrevista e veja como a edição do telejornal funciona. Fizemos 
questão de abordar o assunto de acordo com a realidade vivida pelo editor, ou seja, 
como funciona o dia a dia, quais são os principais desafios, problemas, alegrias, 
vibrações, dúvidas etc.
Assista a entrevista com o jornalista Felipe Zamataro, editor executivo do Jornal Cidade Aler-
ta da TV Record, disponível em seu ambiente virtual de aprendizagem. Veja como foi!. Ex
pl
or
Ótima participação do jornalista Luiz Felipe Zamataro. Sem dúvida, conhecer 
as experiências vividas por ele foi fundamental para os estudantes de jornalismo 
entenderem a realidade de um editor de telejornal.
14
15
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Leitura
A Voz e a Vez da Redação: Relatos acerca da Trajetória de Formação do Telejornalista Brasileiro
KNEIPP, V. A. P. (2019) A voz e a vez da redação: relatos acerca da trajetória de 
formação do telejornalista brasileiro – Parte 5 – Fernando Pacheco Jordão. Revista 
Alterjor, 19(1), 53-58.
https://bit.ly/2QBy6ds
Telejornalismo, Narrativas e Representações: um Estudo sobre o Aniversário da Cidade de São Paulo no SPTV
DARDE, V. W. da S.; LEME, F. A. Telejornalismo, narrativas e representações: um 
estudo sobre o aniversário da cidade de São Paulo no SPTV. Rumores, v. 10, n. 20, 
p. 288-309, 17 dez. 2016. 
https://bit.ly/2JT5hsP
Telejornalismo e Tecnologia: Uma Ánalise das Tendências no Jornal Nacional
LORDÊLO, T.; VIZEU, A. Telejornalismo e tecnologia: uma análise das tendências 
no Jornal Nacional. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da 
Comunicação. XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, Recife 
- PE, 2 a 6 de setembro de 2011.
https://bit.ly/2HLxteQ
Telejornalismo e mito: da vitória antecipada ao fracasso dos “heróis” brasileiros na Copa do Mundo pela narrativa 
do Jornal Nacional
PORCELLO, F.; IHITZ, G. F. (2018). Telejornalismo e mito: da vitória antecipada ao 
fracasso dos “heróis” brasileiros na Copa do Mundo pela narrativa do Jornal Nacional. 
Comunicação & Informação, 21(1), 89-108.
https://bit.ly/2JLETAV
15
UNIDADE Edição de Telejornal I: Textos
Referências
BISTANE, L.; BACELLAR, L. Jornalismo de TV. São Paulo: Contexto, 2005 (e-book).
CARVALHO, A. et al. Reportagem na TV: como fazer, como produzir, como 
editar. São Paulo: Contexto, 2010 (e-book).
CASCAIS, Fernando. Dicionário de Jornalismo: as palavras dos media. Lisboa: 
Verbo, 2001.
DINES, Alberto. O papel do jornal: uma releitura. São Paulo: Summus, 1986.
LAGE, Nilson. Ideologia e técnica da notícia. Rio de Janeiro: Vozes. 1982.
____________. Teoria e técnica do texto jornalístico. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
PATERNOSTRO, V. I. O texto na TV: manual de telejornalismo. 2ª ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2006.
RABAÇA, Carlos Alberto; BARBOSA, Gustavo Guimarães. Dicionário de Comu-
nicação. 2ª ed. Rio de Janeiro. Elsevier, 2001.
16

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