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Assistência de Enfermagem em Anestesia

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Assistência de Enfermagem em Anestesia
Objetivos do Capítulo:
a) Realizar um breve histórico da anestesia;
b) Estabelecer os conceitos e o exercício da anestesia;
c) Descrever os critérios de escolha e objetivos da anestesia;
d) Descrever o risco anestésico e classificação do ASA
e) Apontar os tipos de anestesia
f) 
História, conceito e exercício da anestesia
	
História
	Desde a antiguidade, a humanidade busca o alívio para suas dores. A história da anestesia é um reflexo do ser humano buscando uma vida melhor, sou seja, a felicidade de viver sem a presença da dor. Na linha do tempo, alguns nomes saíram do anonimato e traçaram um longo caminho na tentativa de buscar o controle da dor. No quadro 1.1 apresenta breve histórico desse episódio(1), a saber;
Quadro 1.1 - Nomes e fatos ligados a história da Anestesia
	360-477 a.c.
	Hipócates “Pai da Medicina”, utilizava em seus procedimentos a “esponja Sonífera” mistura de uma planta chamada mandrágora, ópio e outras substâncias para o alívio da dor.
	50 d.c.
	Discóides - médico grego, empregou a palavra anestesia com seu significado nos tempos modernos. Ao descrever as ações da mandrágora, usou a palavra exatamente como se usa hoje.
	1275
	Raymundus Lilleos descobre o éter o o chama de vitrtíolo doce.
	1540
	Valerio Cordus descreve a síntese do éter.
	1771 - 1772
	Joseph Priestley descobre o oxigênio e mais tarde sintetisa o óxido nitroso
	1842 - Janeiro
	William Clarck, medico americano, administra éter em uma toalha para extração de um dente de Miss Hobbie.
	1842 – Março
	Crawfor Long, médico da Georgia Rural, administra éter para extraçãp de um tumor de no pescoço de um paciente. Fo a primeira administração conhecida de uma substância para alivio de uma dor cirúrgica.
	1844
	Em certa circunstância no Eua, o dentista Horace Wells durante uma demonstração dos efeitos do óxido nitroso como gás hilariante pelo dentista Dr. Colton, observou que um dos que inalaram o gás bateu e machucou a perna sem sentir dor. No dia seguinte Horace pediu ao Dr. Colton que fizesse o gás para seu dentista extraísse seu dente.
	1853
	O médico Jhon Snow administrou clorofórmio à rainha vitória para o nascimento de seu filho, o príncipe Leopoldo, que popularizando a anestesia obstétrica.
	1898 - abril
	 O Dr. Augusto Bier, realiza o primeiro bloqueio subaracnóideo.
	1898 - agosto
	Henry Hillard descreve a indução e manutenção da anestesia com uso de máscara.
Fonte: Adaptação do quadro proposto por Manica(1)
	
	Contudo, ressalta-se que foi no início do século XX que a anestesia pode se desenvolver como especialidade dentro da medicina, como área de importância crucial para as atividades que envolvam sedação para o paciente. 
Cabe lembrar, que a partir do percurso histórico da anestesia, que houve a possibilidade da implementação de técnicas cirúrgicas prolongadas, novos fármacos que interagem diferentemente durante os procedimentos, da criação e sofisticação de equipamentos até os dias de hoje. Além disso, é graças a anestesia que houveram a modernização dos centros cirúrgicos, dos centros de diagnósticos de imagem modernizando os serviços a comunidade em geral.
Conceito e exercício da Anestesia
	O termo Anestesia deriva-se das palavras gregas an (privação) + ainsthesia (sensação) que literalmente significa perda parcial ou total da sensibilidade principalmente da tátil, entretanto, o termo anestesia pode ser aplicado a qualquer tipo de perda de sensibilidade(2). Relaciona-se a ausência da dor ou outras sensações durante a realização de procedimentos cirúrgicos, terapêuticos e diagnósticos(3).
A anestesiologia é uma área médica que tem ampliado muito a sua atuação, pois permite que o anestesista acompanhe o paciente não somente no intraoperatório, mas em e todo período perioperatório (pré, intra e pós), estendendo-se à Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA), Unidade de Terapia Intensiva (UTI) até retorno à enfermaria e alta hospitalar(3).
Desta forma, é possível destacar que o ato anestésico engloba a avaliação pré anestésica; a anestesia propriamente dita; a recuperação pós-anestésica, e também, analgesia pós-operatória(4). O transcorrer dessa assistência permite que o anestesista consiga acompanhar integralmente o paciente, detectando problemas advindos de disfunções não esperadas, garantindo a segurança e otimização do procedimento anestésico-cirúrgico para o paciente.
No Brasil, a anestesia é um procedimento exclusivo do médico anestesiologista e seu exercício, bem como a discriminação das condições mínimas para a segurança do paciente e a divisão da responsabilidade de quem a exerce, esta regulamentada na Resolução nº1802/2006 do Conselho Federal de Medicina(5).
Em relação a enfermagem, a prática a serem desenvolvidas para anestesia, devem estar restritas a lei nº1802/86 regulamentada pelo Decreto-Lei Nº 94406/87, sob supervisão do enfermeiro responsável pelo centro cirúrgico(6).
Alguns países da Europa e da América do Norte, proporciona ao profissional enfermeiro oportunidade de executar a anestesia por meio de cursos de especialização em anestesiologia, podendo este ser um profissional independente ou supervisionado por um médico anestesiologista(7).
Os enfermeiros dos Estados Unidos, foi o primeiro grupo profissional a executar atividades de anestesia, considerada primeira especialidade na enfermagem clínica. A disciplina a anestesia para enfermeiras se desenvolveu em resposta aos cirurgiões que procuravam um recurso para a alta morbidade e mortalidade atribuída a anestesia(8). 
Os cirurgiões observavam os enfermeiros como uma equipe profissional que prestavam um atendimento integral aos pacientes durante procedimentos cirúrgicos, diferentemente dos médicos residentes que muitas vezes estavam interessados a respeito da cirurgia(8).
X.1.3. Objetivos Critérios de escolha para anestesia
	Dentre os principais objetivos da anestesia é possível destacar; eliminação a sensibilidade dolorosa durante o ato cirúrgico, podendo manter ou não estado de consciência; proporcionar relaxamento muscular; promover condições ideais para ação da equipe anestésico cirúrgico(2).
Quanto aos critérios de escolha do tipo de anestesia é de responsabilidade do anestesista, e em certas circunstâncias pode ter a participação do paciente, que tornou-se ativo no processo de cuidado com sua saúde. No entanto, essa escolha pode ser determinada por vários fatores intrínsecos ao paciente, equipe cirúrgica e instituição(3).
Dos critérios de escolha para determinar o tipo de anestesia vai variar de acordo com: as condições clínicas do paciente; as doenças preexistentes; o estado psicológico e mental do paciente; o tempo de recuperação pós- operatória, a presença de dor pós-operatória; o tipo e a duração do procedimento cirúrgico; o posicionamento do paciente durante a cirurgia; exigências particulares do cirurgião(3,9,10,11);
Risco Anestésico e classificação de ASA
	
	A Sociedade Americana de Anestesiologistas (ASA) desenvolveu uma classificação de risco anestésico, dividindo-os em 7 classes de acordo com as gravidades das enfermidades que acometem o paciente. O ASA teve origem em 1941 e sofreu várias alterações. A versão mais recente do sistema de classificação de status físico da Sociedade Americana de Anestesiologistas (ASA), aprovada pela Casa de Delegados da ASA em 15 de outubro de 2014(11,12, 13), conforme apresentada;
 
· ASA I - Paciente saudável. Exemplo: apto para atividades físicas, não obeso, não fumante.
· ASA 2 - Paciente com doença sistêmica leve. Exemplo: paciente sem limitações funcionais e doença sistêmica leve (por exemplo, hipertensão tratada, obesidade com IMC abaixo de 35 anos, bebedor social frequente ou é fumante).
· ASA 3: Paciente com doença sistêmica grave que não apresenta risco de vida. Exemplo: Paciente com alguma limitação funcional decorrente da doença (por exemplo, hipertensão ou diabetes descompensada, obesidade mórbida, insuficiência renal crônica, doença broncoespástica, angina estável, marcapasso implantado).
· ASA 4: Pacientecom doença sistêmica impactante. Exemplo: Paciente com limitação funcional de doença grave e com risco de vida (por exemplo, angina instável, DPOC mal controlada, ICC sintomática, infarto do miocárdio recente (menos de três meses atrás) ou acidente vascular cerebral.
· ASA 5: Paciente moribundo que não deve sobreviver sem a cirurgia. Pouca probabilidade de vida nas próximas 24 horas com ou sem cirurgia. Exemplos: aneurisma da aorta abdominal rompido, trauma maciço e hemorragia intracraniana extensa com efeito de massa.
· ASA 6: Paciente com morte cerebral cujos órgãos estão sendo removidos com a intenção de transplantes.
· ASA E: paciente requer cirurgia emergencial.
Medicação Pré Anestésica
 		É administração de drogas anterior ato anestésico com a finalidade de tornar o ato anestésico agradável e seguro para o paciente; tais drogas induzem sedação físicas e psíquicas(2,11)
		As finalidades das medicações pré-anestésica consistem em; reduzir a ansiedade pré-operatória, produzir sedação e amnésia temporária; diminuir do consumo de oxigênio, reduzir secreções das vias aéreas e o metabolismo basal; potencializar ação das drogas anestésicas diminuindo a quantidade de anestésico, promover analgesia; bloquear o nervo vago e produzir a ação anti-emética(11,15).
		As medicações pré-anestésicas são prescritas pelo médico anestesiologista e seguindo os parâmetros fisiológicos individuais de cada paciente(2). Essa classe de medicamentos é dividida em três grupos demonstrado no Quadro - 2.
Quadro - 2 - Medicações Pré-Anestésicas e seus respectivos grupos:
	Classificação
	Fármaco
	Mecanismo de Ação
	Efeito Colateral
	
Hipnoanalgésicos
	- Morfina
	- Hipnose e analgesia
	- Confusão mental, euforia, náuseas e vômitos, hipotensão arterial, bradicardia, hipoventilação pulmonar, espirro, em altas doses provoca rigidez e convulsões, hiperglicemia, miose, constipação intestinal, prurido, retenção urinária;
	
	- Meperidina
	- Analgesia - 10 minutos após adm. Intramuscular
	- disforia, náuseas e vômitos, hipotensão postural, depressão respiratória e aumento da pressão intracraniana;
	
	- Fentanil
	- Analgésico narcótico
Rápida ação curta, duração, possui maior potência que a Morfina
	- náuseas e vômitos, sudorese, espasmos muscular bronquiolar, depressão respiratória, hipotensão arterial, bradicardia, aumento do tônus da musculatura esquelética e toxicomania;
 
	
	- Alfentanil
	- Rápida ação 
	- depressão respiratória de curta duração, sendo raramente necessário o emprego de um antagonista hipnoanalgésico ao fim da cirurgia.
	
Tranquilizantes Menores
	- Dizepan
- Lorazepan
- funitrazepan
- Midazolan*
	- Amnéstico, ansiolítico, sedação, anticonvulsivante e relaxante muscular. Pode ser adm via intramuscular ou oral (melhor absorção mucosa gástrica) 
* amnésia anterógrada e potencializa ação dos anestésicas gerais
	- depressão respiratória discreta - mais severa em idosos, sonolência pode se extender no pós operatório - prejudicando a alta da SRPA;
* depressão respiratória.
	
Anticolinérgicos
	- Atropina
	- Antagonista competitivo da acetilcolina - diminui secreção a salivar e bloqueio dos reflexos vagais do coração
	- agitação psicomotora, sialosquese, taquicardia por bloqueio vagal, hipertermia, aumento da pressão intraocular em glaucomatosos, midríase e contração dos esfíncteres renais e relaxamento da bexiga.
	
	
	
	
Tipos de Anestesia
 
	
Introdução sobre a temática, Introdução sobre a temática, destacando conceito e objetivo(s) do capítulo, desenvolvimento, posteriormente poderá conter subtítulos de acordo com a necessidade e por fim as considerações finais.
destacando conceito 
objetivo(s) do capítulo, 
desenvolvimento, 
posteriormente poderá conter subtítulos de acordo com a necessidade e por fim as considerações finais.
Referencias
1. Manica, J. A História da Anestesia. In: Manica J, Evangelista PE. Anestesiologia: princípios e técnicas [recurso eletrônico]. 4 ed. Porto Alegre: Artmed; 2018. 2-15p.
2. Possari JF. Centro Cirúrgico: Planejamento, Organização e Gestão. 5 ed. São Paulo: Iátria; 2011. 258 p.
3. Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização – SOBECC. Práticas recomendadas. 7ª ed. São Paulo; 2017.
4. Bossolloli RM, Giroud EH, Tipos de Anestesia. In: Malaguitti W, Bonfim IM, organizadores. Enfermagem em centro cirúrgico: atualidade e perspectivas no ambiente cirúrgico. São Paulo: Martinari; 2008. p115-34. Capitulo 7.
5. Conselho Federal de Medicina (CFM). Resolução Nº 1802 de 1º de novembro de 2006. Dispõe sobre prática do Ato Anestésico. [Acesso em 05 de mai 2020]. Disponível em: 
http: //portalmedico.org.br/resoluções/cfm/2006/1802_2006.htm
6. Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). Resolução Nº 7498 de 245 jun de 1986. Dispõe regulamentação do exercício da enfermagem. [Acesso em 05 de mai 2020]. Disponível em: 
http://www.cofen.gov.br/lei-n-749886-de-25-de-junho-de-1986_4161.html
7. Canet J, Gomar C, Castro A, Montero A. Survey of nursing roles in anesthesiology, postoperative recovery, care and pain management in Catalonia, Spain: Analysis of the current situation. Rev. Esp. Anestesiol. Reanim. 2006 Jun-Jul; 53 (6): 337-45. 
8. History of Nurse Anesthesia Practice. [acesso em 13/05/2020]. Disponível em: http://www.aana.com/aboutus/Pages/Resources,-About-AANA.aspx. 
9. Junior JOCA, Carmona MJC, Torres MLA, Ramalho AS. Anestesiologia Básica. São Paulo: Manole; 2011.p. 437-440.
10. Manica J. et.al. Anestesiologia: princípios e técnicas.3. ed. Porto Alegre: Artmed; 2004.p. 490-491.
11. Hoffer JL, Anestesia. In:Meeker, MH, Rothrock, JC. Alexander cuidados de enfermagem ao paciente cirúrgico. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2007.
12. Santos, N. C. M. (2003). Centro cirúrgico e os cuidados de enfermagem. In Centro cirúrgico e os cuidados de enfermagem. 6. ed. São Paulo. 2003; 180p.
13. Doyle DJ, Garmon EH. American Society of Anesthesiologists classification (ASA class). In StatPearls [Internet]. Stat Pearls Publishing. 2019.
14. Dunn, PF. eds. Procedimentos de Anestesia Clínica do Hospital Geral de Massachusetts . 7ª Edição. 530 Walnut Street, Filadélfia, PA 19106 EUA, http://www.LWW.com: Lippincott Williams & Wilkins, 2007. Books @ Ovid. Rede. 07 de maio de 2020.
15. 
10. Strauss A, Corbin J. Basics of qualitative research: techniques and procedures for developing grounded theory. 4rd ed. Thousand Oaks: Sage; 2015. 456 p.

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