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ESTUDO DE CASO HÉRNIA DE DISCO CERVICAL

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2
ENFERMAGEM
TALITA FERREIRA GOMES
ESTUDO DE CASO – CENTRO CIRÚRGICO DO HOSPITAL REGIONAL DO PARANOÁ – (HRPa)
Hérnia Cervical
BRASÍLIA- DF
2019
ESTUDO DE CASO – CENTRO CIRÚRGICO DO HOSPITAL REGIONAL DO PARANOÁ – (HRPa)
Hérnia Cervical
Este caso apresentado, como requisito de aprovação no Estágio Supervisionado do Centro Universitário do Distrito Federal, no curso de Enfermagem.
BRASÍLIA-DF 2019
Sumário
1.	INTRODUÇÃO	5
2.	ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA	5
3.	HISTÓRICO DE ENFERMAGEM (IDENTIFICAÇÃO, ANAMNESE, EXAME FÍSICO)	6
3.1.	Identificação	6
3.2.	Anamnese:	6
3.3.	EXAME FÍSICO	7
3.4.	EVOLUÇÃO PERIOPERATÓRIA DE ENFERMAGEM	9
3.4.1.	Pré-operatória	9
3.4.2.	Trans- operatória	9
3.4.3.	Pós- operatório	9
4.	PATOLOGIA	10
5.	FISIOPATOLOGIA	11
6.	MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS	12
7.	DIAGNÓSTICO	12
7.1.	Clínico	12
7.2.	Raio – x	13
7.3.	Ressonância magnética	13
8.	TRATAMENTOS	13
8.1.	Tratamento clínico	14
8.2.	Tratamento Cirúrgico	14
8.2.1.	Discectomia e artrodese cervical anterior instrumentada	14
9.	EQUIPE CIRÚRGICA	16
10.	EXAME DE IMGEM PÓS- OPERATÓRIO	16
11.	EXAMES PRÉ- OPERATÓRIO	17
11.1.	Risco cirúrgico	17
11.1.1.	Resultado risco cirúrgico paciente M.N.L	18
11.2.	Exame laboratorial	19
12.	ANESTESIA	19
13.	DISPOSITIVOS	21
13.1.	Dreno Hemovac	21
13.2.	Pressão arterial invasiva (PAI)	22
13.3.	Sonda vesical de demora (SVD)	23
14.	ÍNDICE DE ALDRETE E KROULK	24
15.	SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA	25
15.1.	Cuidados de Enfermagem SRPA	25
16.	MEDICAMENTOS PRESCRITOS	26
16.1.	Tramadol	26
16.2.	Dipirona	26
16.3.	Ondasetrona	27
16.4.	Omeprazol	27
16.5.	Cefazolina	27
17.	SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTENCIA EM ENFERMAGEM	28
18.	ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA NO CENTRO CIRÚRGICO	31
18.1.	PRÉ- OPERATÓRIO (ADMISSÃO NO CENTRO CIRÚRGICO)	31
18.2.	TRANS- OPERTÓRIO OU INTRAOPERAÓRIO	32
18.3.	PÓS- OPERATÓRIO (SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS ANESTESICA)	33
19.	APRESENTAÇÃO CENTRO CIRÚRGICO HRPa	34
20.	CONCLUSÃO	34
21.	REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS	35
INTRODUÇÃO
O presente documento trata-se de um estudo de caso realizado em dupla, com o objetivo de obter conhecimento quanto à atuação da Enfermagem no Centro Cirúrgico correlacionando a teoria estudada em sala de aula e a prática realizada no hospital. Bem como exercitar o raciocínio científico das ações e cuidados que devem ser desempenhadas pelo enfermeiro no pré-operatório, trans-operatório e pós-operatórios.
O estudo de caso em questão foi realizado no Centro Cirúrgico do Hospital Regional do Paranoá no período de 27 de Maio a 06 de Junho de 2019, a partir do acompanhamento em SO e coleta de dados provenientes do prontuário eletrônico, check- list cirúrgico, exames laboratoriais e exame físico do paciente quando já transferido para a enfermaria da coluna na Unidade de Clínica Cirúrgica do hospital, o qual se encontrava acompanhado pela filha. Paciente estava consciente, orientado, colaborativo e sem previsão de alta hospitalar. 
O paciente M.N.L. foi admitido na Internação da Coluna do HRPa no dia 21 de maio, com quadro de cervicalgia e parestesia em membros a longa data, tendo piora do quadro no último mês e apresentando dificuldade para deambular. Sendo admitido no Centro Cirúrgico no dia 28 de Maio, pela equipe de enfermagem onde realizaram medidas para cirurgia segura e cuidados adequados do Pré- Operatório Imediato, Trans- operatório e Pós- Operatório Imediato.
ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA
O campo da enfermagem perioperatória e perianestésica inclui uma ampla variedade de funções de enfermagem. O período perioperatório consiste em três fases que começam e terminam em um ponto específico na sequência de eventos na experiência cirúrgica. (Smeltzer SC, Bare BG, 2014).
· Pré-Operatório: A fase pré-operatória começa quando a decisão para proceder à intervenção cirúrgica é tomada e termina com a transferência do paciente para a mesa da sala de cirurgia.
· Trans-Operatório: A fase intraoperatória ou trans-operatória começa quando o paciente é transferido para a mesa da sala de cirurgia e termina com a admissão na SRPA (Sala de Recuperação pós anestésicos). 
· Pós-Operatória: A fase pós-operatória começa com a admissão do paciente à SRPA e termina com uma avaliação de acompanhamento no ambiente clínico ou domiciliar.
HISTÓRICO DE ENFERMAGEM (IDENTIFICAÇÃO, ANAMNESE, EXAME FÍSICO)
Identificação
Nome: M.N.L
Idade: 61 anos
DN: 11/01/1958
Religião: Católico Não praticante
Estado Civil: Casado
Profissão: Aposentado
Natural: Formosa- Go
Anamnese:
Foi realizado no dia 30 de maio de 2019 uma entrevista, a fim de coletar dados para o histórico de enfermagem do paciente M.N. L, admitido no dia 21 de Maio, no Hospital Regional do Paranoá (HPA), na unidade de Internação da Coluna. O motivo da internação foi por quadro de Cervicalgia e parestesia em membros, apresentando dificuldade para deambular 
O paciente M.N.L do sexo masculino, com 61 anos, católico não praticante, casado, possui 3 filhos, reside em Formosa- GO, em área urbana com saneamento básico. Aposentado, trabalhava em área administrativa no Ministério da educação, mas relata ter trabalhado posteriormente como estoquista em mercados e como vigilante onde passava horas em pé (SIC).
Paciente míope, sedentário, ex-etilista e ex- tabagista nega uso de drogas ilícitas, possui histórico de obesidade, mas possui o IMC estável atualmente. Nega alergias a medicamentos ou a alimentos, relata ter feito automedicação para alívio da cervicalgia.
Paciente relata apresentar quadro de Cervicalgia a longa data, tendo piora dos sintomas no último mês onde procurou no início do mês de maio um hospital em Formosa-Go onde mora, onde foi solicitados e realizados exames de imagem (RX e RM), onde foi achado volumosa extrusão discal central C6-C7 com migração caudal, comprimindo a medula espinhal, associado a sinais de mielopatia compressiva. Paciente foi admitido no Hospital Regional do Paranoá no dia 21 de maio, na Internação da Coluna, com quadro de Cervicalgia e parestesias em MMSS e MMII, papaparesia em MMII e Marcha atáxica. Paciente apresentou manobra de Spurling e teste de distração cervical presentes, sendo levantado então HD de Hérnia de Disco Cervical (C6 -C7). Foi solicitado exames laboratoriais (hemograma completo com plaquetas), risco cirúrgico para o tratamento cirúrgico (Dissectomia), paciente seguiu aos cuidados da equipe multidisciplinar da Int. Coluna até a transferência para o Centro Cirúrgico (CC), no dia 28 de maio para o tratamento Cirúrgico, onde foi admitido pela equipe de Enfermagem, realizado Check- List, medidas para cirurgia segura e cuidados adequados do Pré- Operatório Imediato, Trans- operatório e Pós- Operatório Imediato. Medicamentos Prescritos: cloreto de sodio 0,9 % soluçao injetavel bolsa ou frasco 500 ml; Dipirona solucao injetavel 500 mg/ml 2 ml;Tramadol (cloridrato) solucao injetavel 50 mg/ml ampola 2 ml; Omeprazol po liofilizado para solucao injetavel 40 mg frasco; Ampola + solucao diluente (ampola 10 ml); Ondansetrona soluçao injetavel 2 mg/ml ampola 4 ml; Cefazolina sodica po para solucao injetavel 1 g frasco ampola.
EXAME FÍSICO
O exame físico foi realizado por nós alunas no dia 30 de novembro de 2019 às 07 horas e 40 minutos, no Pós-Operatório, na Enfermaria de internação da coluna. No decorrer do exame físico foi possível observar as seguintes características, utilizando das técnicas de inspeção, palpação, percussão e ausculta:
Avaliação Neurológica: Consciente, orientado em tempo e espaço, ativo, responsivo, colaborativo.
Cabeça: Crânio simétrico, normocefálico, sem depressão ou abaulamentos, face simétrica e pele integra; couro cabeludo íntegro, higienizado, apresentando calvície, cabelos hidratados e grisalhos.
Olhos: Olhos simétricos, pupilas isocóricas, fotorreagentes, mucosa ocular normocorada, esclerótica anictérica.
Nariz/narina: Simétrica sem desvio de septo, sem presença de secreção e sujidade. Seios paranasais indolores a palpação (seios frontais, maxilares, etmoidais e esfenomoidais) 
Ouvido: Pavilhão auricular simétrico, íntegro, com presença de cerume. 
Cavidade oral:Lábios hidratados, mucosa oral corada e hidratada, língua com mobilidade preservada e presença de saburra em pouca quantidade, arcada dentária incompleta, molares e pré-molares extraídos. 
Pescoço: linfonodos não palpáveis, traqueia com mobilidade preservada, sem retração de fúrcula. Apresenta duas incisões cirúrgicas (Dreno de Sucção e Tratamento Cirúrgico), FO com pontos bem aderidos e sem sinais flogísticos.
Tórax: simétrico, tipo plano, com boa expansibilidade, sem esforço respiratório, frêmito toracovocal uniforme palpável bilateral.
Ausculta cardíaca: Bulhas Normofonéticas em 2T, sem sopros, rítmicas e regulares.
Ausculta e Percussão pulmonar: Murmúrios vesiculares fisiológicos preservados e sem ruídos adventícios. À percussão som claro pulmonar.
Abdômen: globoso flácido, apresentando FO em Inguinal direita, com pontos bem aderidos sem sinais flogísticos, Ruídos hidroaéreos presentes hipoativos, som timpânico à percussão em quadrantes inferiores e superiores direitos e esquerdos, indolor á palpação superficial e profunda. 
Aparelho geniturinário: Higienizado e preservado (SIC) 
Membros Superiores: Pele Integra, sem presença de edemas, AVP em MSE com hidratação Venosa (SF 0,9%). Força motora e coordenação preservadas. Perfusão <2 segundos.
Membros Inferiores: Pele íntegra, sem presença de edemas, força motora e marcha preservadas. TVP negativo e Perfusão <2 segundos.
Avaliações de sinais vitais: Tax: 35.5ºC; FC: 61bpm; FR: 17irpm; PA: 120X70 mmHg; Sat O2: 98%; Dor: 0.
EVOLUÇÃO PERIOPERATÓRIA DE ENFERMAGEM
 Pré-operatória
28.05.2019 Às 07:40 Paciente admitido no Centro Cirúrgico consciente, orientado, em maca provido do andar clínica cirúrgica, para procedimento de Discectomia e Artrodese Cervical anterior instrumentada C6-7. Paciente com AVP em MSE, nega alergias e Comorbidades, admitido no setor portando exames de RM, não portando próteses ou adornos. Jejum realizado a partir das 00:00. Até o momento não realizado reserva de sangue.
 Trans- operatória 
28.05.2019 08:00 Paciente chega a SO consciente, orientado, em maca, realizada confirmação de identificação e comorbidades do paciente juntamente com anestesista, realizado confirmação de todos os membros da equipe cirúrgica e suas funções. Paciente monitorizado, com AVP em MSE. SSVV: PA: 116X66 mmHG; FC 97 bpm; SAT 99%.
10:00 Realizado sondagem vesical de demora, solicitado pelo cirurgião, para obter controle hídrico durante procedimento cirúrgico. Utilizada sonda Folley nº 14 (testado o Balonete). Balonete insuflado com 7ml de água destilada. Procedimento sem intercorrências.
 Pós- operatório 
28.05.2019 Às 15:18. Paciente de POI de Artrodese, recebe alta pela equipe de anestesiologia, segue em maca para a internação clínica cirúrgica, consciente, orientado, verbalizando, com AVP em MSE com HV, Retirado AVC em veia Jugular direita e PAI em artéria radial direita. Segue com exames e antimicrobiano.
28.05.2019 Às 18:33 Paciente retorna do Centro Cirúrgico após ter sido submetido a Discectomia e artrodese cervical anterior instrumentada de C6-7. Chegou consciente, lúcido e orientado, respondendo bem, hipocorado +/4+, no momento sem queixas álgicas, hidratado, acianótico, bom padrão respiratório espontâneo em ar ambiente, anictérico, veio com dreno de hemovac em região cervical a direita, diurese clara e em bom volume por SVD. FO limpa e seca externamente.
PATOLOGIA
O disco intervertebral situa-se entre dois corpos vertebrais, sendo uma parte essencial da coluna vertebral. Anatomicamente é composto pelo anel fibroso de tecido fibrocartilaginoso, uma estrutura flexível que permite a mobilidade da coluna vertebral em suas várias direções, e pelo núcleo pulposo, uma estrutura gelatinosa circundada pelo anel fibroso, que tem como principal função amortecer e absorver os impactos mecânicos gerados sobre a coluna vertebral.
A coluna cervical está sujeita a estresses que resultam de degeneração dos discos (devido ao envelhecimento, estresses ocupacionais) e espondilose (alterações degenerativas que ocorrem em um disco e nos corpos vertebrais adjacentes). A degeneração de discos cervicais pode levar a lesões passíveis causar dano para a medula espinal e suas raízes (Smeltzer SC, Bare BG, 2014).
Um disco herniado pode ser definido como uma protrusão do núcleo pulposo através de soluções de continuidade das fibras do ânulo fibroso. A maioria das hérnias ocorrem em situação pósterolateral, com uma maior incidência na quarta década de vida, quando o núcleo pulposo ainda é gelatinoso. As hérnias mais freqüentes estão localizadas em C6-C7 e C5-C6.
Ao contrário das hérnias lombares, o disco herniado cervical pode causar mielopatia. Nem toda hérnia discal é sintomática. A presença e magnitude dos sintomas depende da capacidade de reserva do canal medular, do grau de inflamação peri-radicular, do tamanho da hérnia, bem como da presença de doenças concomitantes, como p.ex. espondiloartrose. 
As hérnias discais cervicais são divididas em duas categorias, de acordo com a consistência do disco intervertebral. Indivíduos abaixo dos 45 anos apresentam hérnias chamadas “moles”, associadas com extrusão do núcleo pulposo, resultando em compressão radicular ou medular no curso da enfermidade. Pacientes mais idosos apresentam as chamadas hérnias “duras” produzidas por calcificações discais e reações osteofitárias (complexo disco-osteofitário). As primeiras se resolvem mais facilmente, sendo que as últimas podem estar associadas a compressões medulares progressivas (NATOUR, jamil (org),2004).
 Essa patologia tem caráter multifatorial e dentre os fatores que aceleram e contribuem para o seu processo de formação podemos destacar: a herança genética, o envelhecimento natural dos discos vertebrais e o sedentarismo. Outros fatores que agregam um risco adicional ao seu desenvolvimento são tabagismo, excesso de peso, má postura ao transportar cargas e a prática de movimentos incorretos (SUSSELA, Alex Oliboni. Hérnia de disco: epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento. 2017. 7 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina) - PUCRS, Rio Grande do Sul,2017. Disponível em: site. Acesso em: 8 de Jun de 2019)
FISIOPATOLOGIA
O disco intervertebral é uma placa cartilaginosa que forma um coxim entre os corpos vertebrais. Esse material fibroso e resistente é incorporado em uma cápsula. Um coxim em forma de bola no centro do disco é denominado núcleo pulposo. Na herniação do disco intervertebral (ruptura do disco), o núcleo do disco faz protrusão pelo anel (o anel fibroso ao redor do disco), com compressão nervosa subsequente. A protrusão ou ruptura do núcleo pulposo é habitualmente precedida de alterações degenerativas que ocorrem com o processo do envelhecimento. A perda de polissacarídios proteicos no disco diminui o conteúdo de água do núcleo pulposo. O desenvolvimento de rachaduras que se irradiam no anel enfraquece a resistência à herniação do núcleo. Após traumatismo (quedas e estresses menores repetidos, como levantar pesos de maneira incorreta), pode ocorrer lesão da cartilagem (Smeltzer SC, Bare BG, 2014).
A formação da hérnia inicia-se com o surgimento de fissuras no anel fibroso, por onde o conteúdo gelatinoso nuclear pulposo infiltra, acometendo as raízes nervosas espinhais de diferentes formas e graus. Nesse processo, pode haver desde o abaulamento do disco, até o rompimento da parede discal com extravasamento do conteúdo nuclear para o canal medular, o que chamamos respectivamente de protrusão e extrusão com sequestro. Estes eventos podem ocorrer em quatro zonas do disco - central, póstero lateral, foraminal ou extraforaminal - e, dessa forma, provocar apresentações clínicas distintas. Os danos às raízes nervosas podem ocorrer de duas formas principais, seja através da compressão mecânica direta, seja através da irritação nervosa pela ação de mediadores inflamatórios liberados durante este processo (SUSSELA, Alex Oliboni. Hérnia de disco: epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento. 2017. 7 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação emMedicina) - PUCRS, Rio Grande do Sul,2017. Disponível em: site. Acesso em: 8 de Jun de 2019).
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Clinicamente, a principal queixa do paciente é de dor no braço, às vezes sem cervicalgia associada. A dor geralmente é descrita como se iniciando no pescoço e posteriormente irradiando-se para o ombro, braço, antebraço até os dedos, com distribuição na dependência da raiz acometida. O início dos sintomas geralmente é gradual, porém quadros de início abrupto associados com sensação de laceração ou estalido são observados. Com a evolução do processo, a dor no braço ultrapassa a do pescoço e do ombro, podendo ser variável na intensidade, às vezes severa o bastante para despertar o paciente durante a noite. Sintomatologia associada de dor lombar, parestesias ou fraqueza nas pernas, distúrbios da marcha e incontinência vesical ou anal sugere compressão medular importante (NATOUR, jamil (org),2004).
DIAGNÓSTICO
Clínico
A clínica é soberana, por isso, uma boa anamnese é essencial, onde deve compreender a história clínica, queixa principal, história de doenças pregressas. Dados como início da dor, duração, fatores atenuantes e agravantes devem ser ressaltados. Atividades físicas e esportivas devem ser questionadas. Após uma boa coleta de dados, o próximo passo que auxilia no diagnóstico é o exame físico e neurológico que deve constar testes de esforço muscular, tônus, sensibilidade, reflexos de membros superiores. (ALMEIDA, Ana Meire Paes de. O uso da redução postural global (RPG) no tratamento da hérnia da Coluna Cervical. 2013. 12 f. Monografia (Especialização em ortopedia e traumatologia) - faculdade Ávila, GO,2013.).
O teste mais importante deste segmento é a Manobra de Spurling, realizada com a flexão lateral da cabeça do paciente, onde o examinador força uma pressão sobre o topo da cabeça, sendo considerado positivo quando provoca aumento dos sintomas radiculares (SUSSELA, Alex Oliboni. Hérnia de disco: epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento. 2017. 7 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina) - PUCRS, Rio Grande do Sul,2017. Disponível em: site. Acesso em: 8 de Jun de 2019).
Raio – x
No Raio-X, neste método podem ser excluídos doenças sistêmicas, bem como deformidades e fraturas. Visualiza o espaço intervertebral, calcificações marginais, forame neural, calcificação nas articulações interfacetárias.
Ressonância magnética
A ressonância magnética (RM) é o exame de eleição na abordagem das hérnias cervicais. Permite uma excelente visualização dos tecidos paravertebrais, estruturas ligamentares e do grau de degeneração discal, sendo um procedimento não-invasivo (NATOUR, jamil (org),2004).
Figura1- Ressonância Magnética de Coluna Cervical, mostrando protusão em C6-C7
Fonte: Exame de imagem fornecido pelo paciente M.N.L
TRATAMENTOS
O tratamento da hérnia discal cervical, na ausência de compressão medular, é clínico, sendo indicada a intervenção cirúrgica para pacientes que falharam ao tratamento clínico adequado por 2 a 3 meses ou que apresentam dor refratária e/ou disfunção neurológica progressiva (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEUROCIRURGIA, 2011)
Tratamento clínico
As metas do tratamento consistem em repouso e imobilização da coluna cervical, para dar aos tecidos moles tempo para cicatrizar e reduzir a inflamação nos tecidos de sustentação e raízes nervosas afetadas da coluna cervical. O repouso no leito (habitualmente 1 a 2 dias) é importante, pois elimina o estresse da gravidade e alivia a coluna cervical da necessidade de sustentar a cabeça. Isso também reduz a inflamação e o edema nos tecidos moles ao redor do disco, aliviando a pressão sobre as raízes nervosas. O posicionamento correto sobre um colchão firme pode produzir considerável alívio da dor.
A coluna cervical pode ficar em repouso e imobilizada por um colar cervical, por tração cervical ou por uma órtese. O colar possibilita a abertura máxima dos forames intervertebrais e mantém a cabeça em uma posição neutra ou ligeiramente flexionada. Pode ser necessário que o paciente use o colar 24 h por dia durante a fase aguda. A pele sob o colar é inspecionada quanto a sinais de irritação. Após o paciente estar livre da dor, são iniciados exercícios isométricos cervicais para fortalecer os músculos do pescoço (Smeltzer SC, Bare BG, 2014).
Tratamento Cirúrgico
A excisão cirúrgica do disco herniado pode ser necessária se houver déficit neurológico significativo, progressão do déficit, evidências de compressão da medula espinal ou dor que se agrava ou que não melhora. Pode-se realizar uma discectomia cervical, com ou sem fusão, para aliviar os sintomas (Fowler,Anthony-Phillips, Mehta, et al., 2005) (Smeltzer SC, Bare BG, 2014).
Na indicação de descompressão cirúrgica, recomenda-se a discectomia anterior, que pode ser associada à artrodese intersomática e ao uso de espaçador intersomático, porém ainda não se pode afirmar que os resultados com a instrumentação sejam superiores, porque a opção do espaçador intersomático pode ser do enxerto autólogo do osso ilíaco sem implantes (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEUROCIRURGIA, 2011).
Discectomia e artrodese cervical anterior instrumentada
Os objetivos do tratamento cirúrgico podem ser resumidos em: obtenção da descompressão (envolve a remoção do disco intervertebral ou estruturas osteolíticas dos elementos neurais comprimidos), restauração do alinhamento (reparo da altura do espaço discal e altura do forame neural), e estabilidade da coluna cervical (eliminação de movimento) (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEUROCIRURGIA, 2011).
Descrição cirúrgica: Discectomia e Artrodese cervical anterior instrumentada C6-7.
1 - PACIENTE EM DECÚBITO DORSAL, SOB ANESTESIA GERAL.
2 - ASSEPSIA + ANTISSEPSIA + COLOCAÇÃO DOS CAMPOS ESTÉREIS.
3 - INCISÃO TRANSVERSAL PARA-MEDIANA DIREITA, DETERMINADA POR
REFERÊNCIAS ANATÔMICAS.
4 - DISSECÇÃO POR PLANOS COM IDENTIFICAÇÃO DO NÍVEL C6-7,
CONFIRMADO POR RADIOSCOPIA.
5 - DISCECTOMIA TOTAL COM O FRAGMENTO EXTRUSO, COM A UTILIZAÇÃO DO AFASTADOR INTRA-SOMÁTICO DE CASPAR.
6 - RASPAGEM DOS PLATÔS VERTEBRAIS.
7 - RETIRADA DE ENXERTO ÓSSEO ESPONJOSO DO QUADRIL DIREITO.
8 - COLOCAÇÃO DO CAGE COM ENXERTO ÓSSEO AUTÓLOGO NO ESPAÇO C6-7, SOB VISUALIZAÇÃO POR RADIOSCOPIA.
9 - ESTABILIZAÇÃO COM PLACA CERVICAL E PARAFUSOS NOS CORPOS VERTEBRAIS DE C6 E C7, SOB VISUALIZAÇÃO POR RADIOSCOPIA.
10 - HIDRATAÇÃO COM SF 0,9 % E HEMOSTASIA CRITERIOSA DA FERIDA CIRÚRGICA DURANTE TODO O PROCEDIMENTO.
11 - COLOCAÇÃO DO DRENO DE HEMO-SUCÇÃO.
12 - SUTURA POR PLANOS.
13 - CURATIVO.
(Evolução Realizada por Médico Residente)
EQUIPE CIRÚRGICA
A equipe cirúrgica consiste no paciente, anestesiologista ou anestesista, cirurgião e assistentes,enfermeira circulante e técnica de Enfermagem e de instrumentação. A anestesiologista ou anestesista administra o agente anestésico e monitora o estado físico do paciente durante toda a cirurgia. O cirurgião, enfermeiras, técnicas de enfermagem e de instrumentação realizam sua própria assepsia e a do paciente, enquanto o cirurgião procede à cirurgia (Smeltzer SC, Bare BG, 2014).
· Cirurgião: O cirurgião realiza o procedimento cirúrgico, comanda a equipe cirúrgica.
· Auxiliares: Os auxiliares, auxiliam no procedimento cirúrgico, geralmente são residentes, ou outros cirurgiões.
· Anestesiologista: médico capacitado para administrar a anestesia e para monitorar as condições do paciente durante a cirurgia
· Instrumentador: Enfermeiro técnica de instrumentação cirúrgica com título de bacharel em Enfermagem ou diploma de técnico de Enfermagem que se paramenta, prepara os instrumentos e suprimentos e manuseia os instrumentos para o cirurgião durante o procedimento.
· Circulante: Enfermeira de sala de cirurgia que coordena e registra os cuidados ao paciente na sala de cirurgia. 
· Radioscopista: Profissional de radiologia, necessário quando o tratamento cirúrgico necessita de exame de imagem durante o intraoperatório.
EXAME DE IMGEM PÓS- OPERATÓRIO
Figura 2: Raio-x após discectomia e artrodese anterior instrumentada
Fonte: Imagem fornecida pelo paciente M.N.LEXAMES PRÉ- OPERATÓRIO
Risco cirúrgico
A avaliação pré-operatória deve ser capaz de estimar possíveis riscos decorrentes do procedimento cirúrgico em cada paciente e, se possível, orientar condutas que possam minimizá-los. Esta estimativa de risco é importante para oferecer ao cirurgião/ equipe e paciente/família informações que devem ser levadas em conta na comparação entre possíveis benefícios e malefícios do procedimento em cada caso. Grande parte desta avaliação é centrada nos riscos de eventos cardiovasculares, que são os eventos que mais contribuem para a mortalidade perioperatória durante cirurgias não-cardíacas (Coelho, Melo Bruna, Filho Feitosa- Soares, Gilson. Escore de risco perioperatório para cirurgias não- cardíacas: descrições e comparações. Revista Sociedade Brasileira de Clínica Médica, 2014, p7.).
O escore usado para o paciente M.N.L foi o Índice de Risco Cardíaco Revisado. No IRCR, os pacientes são divididos em quatro classes de risco, compostas a partir de seis variáveis: cirurgia de alto risco, histórico de doença isquêmica cardíaca, histórico de insuficiência cardíaca congestiva, histórico de doença cerebrovascular, diabetes insulino-dependente e creatinina sérica >2,0mg/dL. As classes I, II, III e IV são divididas a partir da somatória dessas variáveis apresentadas pelo paciente, totalizando 0, 1, 2 ou ≥ 3 respectivamente
Figura 3: Índice de Risco Cardíaco Revisado (Lee)
Fonte: Coelho, Melo Bruna, Filho Feitosa- Soares, Gilson. Escore de risco perioperatório para cirurgias não- cardíacas: descrições e comparações. Revista Sociedade Brasileira de Clínica Médica, 2014, p7.
Resultado risco cirúrgico paciente M.N.L
CARDIOLOGIA/RISCO CIRURGICO (24/05/19):
PACIENTE DE 61 ANOS, SEM QUEIXAS CARDIOLOGICAS OU ALERGIAS MEDICAMENTOSA. EX FUMANTE E EX ETILISTA.
EXAME CARDIOVASCULAR NORMAL.
ECG E LABORATORIO DE 22/5/2019: NORMAIS
RX TORAX NORMAL
PARECER: RISCO BAIXO DE COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES (LEE I).
(Parecer dado por Médico Cardiologista)
Exame laboratorial
FIGURA 4: HEMOGRAMA COMPLETO PACIENTE M.N.L
ANESTESIA
A anestesia é um estado de narcose (depressão intensa do sistema nervoso central produzida por agentes farmacológicos), analgesia, relaxamento e perda de reflexo. Os pacientes sob anestesia geral não despertam, nem mesmo com estímulos dolorosos. Eles perdem a capacidade de manter a função ventilatória, necessitando de assistência na manutenção de uma via respiratória permeável.
Os agentes anestésicos utilizados na anestesia geral são inalados ou administrados por via IV. Os medicamentos anestésicos produzem anestesia porque são fornecidos para o cérebro em uma pressão parcial alta que os capacita a atravessar a barreira hematencefálica. Quantidades relativamente grandes de anestésico devem ser administradas durante a indução e as fases de manutenção iniciais porque o anestésico recircula e é depositado nos tecidos orgânicos. À medida que esses locais se tornam saturados, quantidades menores de agentes anestésicos são necessárias para manter a anestesia porque o equilíbrio ou quase equilíbrio foi alcançado pelo cérebro, sangue e outros tecidos. Quando possível, a indução da anestesia (início) começa com a anestesia IV e, em seguida, é mantida no estágio desejado por métodos inalatórios, alcançando uma transição suave e eliminando os estágios óbvios de anestesia.
Os gases anestésicos são administrados por inalação e sempre combinados com oxigênio. O óxido nitroso é o agente anestésico mais comumente empregado. Quando inalado, o anestésico penetra no sangue através dos capilares pulmonares e age sobre os centros cerebrais para produzir as perdas da consciência e sensorial. Quando a administração do anestésico é interrompida, o vapor do gás é eliminado pelos pulmões. O vapor dos anestésicos inalados pode ser administrado para o paciente por vários métodos. O anestésico inalatório pode ser administrado por via respiratória com máscara laríngea, um tubo flexível com um anel e balão de silicone insuflável que pode ser inserido dentro da laringe.
A anestesia geral consiste em quatro estágios, cada um deles associado a manifestações clínicas específicas:
Estágio I: o início da anestesia. À medida que o paciente respira a mistura anestésica, ele pode sentir calor, tonturas e uma sensação de desprendimento. O paciente pode perceber uma sensação de zumbido, ruído de campainha ou rugido nos ouvidos e, embora ainda consciente, pode sentir uma incapacidade de mover os membros com facilidade. Durante esse estágio, os ruídos são intensificados; mesmo as vozes baixas ou sons menores parecem altos e irreais. Por esse motivo, os ruídos e movimentos desnecessários são evitados quando começa a anestesia.
Estágio II: excitação. O estágio de excitação, caracterizado variadamente pelo agitar-se, gritar, conversar, cantar, rir ou chorar, é frequentemente evitado quando o anestésico é administrado de maneira calma e rápida. As pupilas dilatam-se, porém se contraem quando expostas à luz; a frequência de pulso é rápida e as respirações podem ser irregulares. Por causa da possibilidade de movimentos descontrolados do paciente durante esse estágio, o anestesiologista ou anestesista sempre deve ser assistido por alguém pronto a ajudar o paciente. A manipulação aumenta a circulação no local cirúrgico e, com isso, aumenta o potencial de sangramento.
Estágio III: anestesia cirúrgica. A anestesia cirúrgica é alcançada através da administração contínua de vapor ou gás anestésico. O paciente está inconsciente e deitado tranquilamente sobre a mesa. As pupilas estão pequenas, mas se contraem quando expostas à luz. As respirações são regulares, a frequência e o volume do pulso são normais, e a pele mostra-se rosada ou ligeiramente ruborizada. Com a administração adequada do anestésico, esse estágio pode ser mantido durante horas em um dos vários planos, variando desde o leve (1) até o profundo (4), dependendo da profundidade da anestesia necessária.
Estágio IV: depressão medular. Esse estágio é alcançado quando se administra anestesia em excesso. As respirações tornam-se superficiais, o pulso mostra-se fraco e filiforme, e as pupilas tornam-se altamente dilatadas e não se contraem mais à exposição à luz. A cianose desenvolve-se, e, sem intervenção imediata, o paciente evolui rapidamente até a morte. Quando esse estágio se desenvolve, o agente anestésico é descontinuado imediatamente e os suportes respiratórios circulatórios são iniciados para evitar a morte. Os estimulantes, embora raramente utilizados, podem ser administrados; os antagonistas dos narcóticos podem ser empregados quando a dosagem excessiva decorre de opioides.
(Smeltzer SC, Bare BG, 2014)
DISPOSITIVOS
Dreno Hemovac
O princípio envolvido consiste em permitir a saída do sangue e dos líquidos serosos que poderiam, de outra forma, servir como meio de cultura para as bactérias. Na aspiração portátil de feridas, o uso da sucção baixa e constante estimula a drenagem desses líquidos e colaba os retalhos cutâneos contra o tecido subjacente, removendo, assim, o “espaço morto” 
Cabe a Enfermagem:
· Esvaziar o Dreno: Manter a assepsia ao abrir o orifício indicado para esvaziamento do reservatório do dreno. Inclinar o cálice graduado na direção da tampa do orifício indicado para o esvaziamento. Apertar lentamente o dreno, inclinando-o na direção do cálice graduado. Apertar e esvaziar o reservatório do dreno. Drenar o conteúdo do dreno dentro do cálice graduado. O conteúdo drenado é medido como drenagem. Segurar a gaze umedecida com álcool na mão dominante; colocar o dreno em uma superfície plana e pressionar para baixo até que a parte inferior e a superior entrem em contato. Manter as superfícies juntas com uma mão e usar a outra mão para limpar o orifício e a sua tampa com uma gaze umedecida com álcool; reposicionar imediatamente a tampa. Verificar o dreno quanto ao restabelecimento do vácuo, permeabilidade da extensão de drenagem e ausência de tensão na extensão. (POTTER, Patricia. PERRY, Anne, 2005)
· Evoluir Características da drenagem, aspecto e volume.· Realizar Curativo, e estar alerta à sinais flogísticos. Fazer inspeção e avaliação da pele, da incisão cirúrgica onde está inserido o dreno.
· Orientar Paciente a deixar o drena abaixo do local de inserção.
Pressão arterial invasiva (PAI)
A PAI é a mensuração da pressão arterial realizada através da punção de artérias periféricas ou centrais e ligação a sistemas que possibilitem a leitura da pressão arterial média (PAM). Esse método é empregado para obter mensurações diretas e contínuas da (PA) em pacientes criticamente enfermos.
As principais indicações da mensuração da pressão arterial pelo método invasivo são a instabilidade hemodinâmica, hemorragias, pós reanimação cardiopulmonar, choques diversos, infusão de medicamentos vasoativos, medidas frequentes dos gases arteriais, uso de balão intra-aórtico, lesões neurológicas, procedimentos com intervenção coronária, grandes cirurgias, politrauma, instabilidades respiratórias graves, sepse e emergências obstétricas (Uenishi, 2011). 
A monitorização da pressão arterial invasiva (PAI) tem por objetivo avaliar as possíveis alterações hemodinâmicas, em tempo hábil, permitindo o estabelecimento de uma terapia adequada imediata. É de suma importância que o enfermeiro possua conhecimento técnico, científico e especializado para execução do procedimento e ter ciência de seus possíveis riscos eminentes.
Conforme Resolução 390/11 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) que normatiza a execução, pelo enfermeiro, da punção arterial, para fins de gasometria ou para monitorização da pressão arterial invasiva, a PAI consiste em um procedimento privativo do enfermeiro. 
A medida da pressão arterial é obtida através de um transdutor de pressão, um sensor eletrônico que permite a conversão da pressão mecânica em sinal elétrico, que é captado pelo monitor multiparametrico e disponibilizado na tela em formato de onda de pressão. Para Manter a via pérvia e impedir o refluxo sanguíneo, deve-se colocar um frasco de 500ml de soro fisiológico a 0,9%, com heparina sódica na proporção de 1 unidade/ml adicionada dentro do soro fisiológico a 0,9%. Os frascos devem ser submetidos a uma pressão de 300mmHg, por meio de uma bolsa pressurizadora, o que permite um fluxo contínuo de 2 a 4 ml/h. (LUCAS, Rosinéia Martins. Canulação arterial percutânea como competência do Enfermeiro. 2014. 26 f. Tese (Mestrado em Terapia Intensiva) - Sociedade Brasileira de Terapia intensiva, São Paulo,2014.).
Sonda vesical de demora (SVD)
Cateterização vesical é a inserção de uma sonda (um cateter) na bexiga para remover a urina. Um procedimento invasivo que requer solicitação médica e técnica asséptica em ambiente hospitalar (Lo et al., 2008; Nazarko, 2008). A cateterização vesical pode permanecer por curto prazo (duas semanas ou menos) ou prolongada (mais de um mês) (Parker et al, 2009). As condições que demandam o uso de sondas vesicais incluem a necessidade de monitorar o débito urinário, alívio de obstrução urinária, cuidados pós-operatórios ou uma bexiga com esvaziamento inadequado em consequência de uma lesão neurológica. O acúmulo excessivo de urina na bexiga aumenta o risco de ITU e pode causar refluxo de urina para os ureteres e os rins e a evolução para disfunção renal. A incontinência urinária e a perda involuntária de urina podem demandar cateterização vesical de demora quando a perda de urina prejudicar a cicatrização de feridas (POTTER, Patricia. PERRY, Anne, 2005).
O Enfermeiro realiza a sondagem vesical a partir da solicitação médica, realiza o esvaziamento da bolsa coletora, evolui o aspecto e o volume da diurese, é importante orientar o paciente e acompanhante sobre a forma adequada de higienização do local de inserção da sonda.
ÍNDICE DE ALDRETE E KROULK
O Índice de Aldrete e Kroulik foi criado e validado em 1970. Em 1995 foi submetido a uma revisão pelos próprios autores. É utilizado, desde sua criação, na avaliação e evolução dos pacientes no período pós-anestésico pela análise da atividade muscular, da respiração, da circulação, da consciência e da saturação de oxigênio. A pontuação varia de 0 a 2 pontos para cada parâmetro, na qual o zero (0) indica condições de maior gravidade, a pontuação um (1) corresponde a um nível intermediário e, a dois (2) representa as funções restabelecidas.
O índice de Aldrete e Kroulik, é realizado no pós-operatório imediato na Sala de Recuperação pós anestésica. Quando o paciente todas as suas funções restabelecidas ele é encaminhado para a Clínina Cirúrgica.
Figura 5: Escala de Aldrete e Kroulik
Fonte: SILVA, Jéssica Freitas Rodrigues da. Implementação de um plano assistencial como procedimento operacional de enfermagem para puerpério imediato cirúrgico. 2016. 31 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) - UNB, Brasília,2016
SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA
A Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA) é o local destinado a receber o paciente em pós-operatório imediato até que recupere a consciência e tenha seus sinais vitais estáveis.
No Brasil, a existência obrigatória de SRPA em hospitais foi determinada pela Portaria 400 do Ministério da Saúde, em 1977. A RESOLUÇÃO CFM No. 1802/2006 e a RESOLUÇÃO CREMEC Nº 44/2012 regulamentam o funcionamento e atribuições da SRPA (Sala de Recuperação Pós-Anestésica).
Cuidados de Enfermagem SRPA
· Conferir a identificação da paciente;
· Fazer exame físico;
· Monitorar Frequência Cardíaca (FC), PA, saturação de oxigênio, temperatura, nível de consciência e dor;
· Manter vias aéreas permeáveis;
· Instalar nebulização de oxigênio para manter a oximetria periférica > 92%;
· Promover conforto e aquecimento;
· Verificar condições do curativo (sangramentos), fixação de sondas e drenos;
· notar débitos de drenos e sondas;
· Fazer balanço hídrico caso necessário;
· Observar dor, náusea e vômito e comunicar anestesiologista;
· Administrar analgésicos, antieméticos e antibióticos conforme prescrição médica
· Manter infusões venosas e atentar para infiltrações e irritações cutâneas;
· Observar queixas de retenção urinária;
· Minimizar fatores de estresse;
· Orientar a paciente sobre o término da cirurgia, garantir sua privacidade e zelar por sua segurança;
· Comunicar o anestesiologista de plantão intercorrências relacionadas às pacientes assistidas;
· Aplicar o índice de Aldrete e Kroulik para estabelecer os critérios de alta da SRPA;
· Estabelecer os critérios de alta da SRPA somado os critérios da Escala de Aldrete e Kroulik;
· Providenciar ao destino as pacientes de alta médica
MEDICAMENTOS PRESCRITOS
Tramadol
O tramadol é um analgésico de ação central que se liga ao receptor opioíde μ. O fármaco sofre extensa biotransformação via CIP450 206, resultando em um metabólito ativo com afinidade muito maior pelo receptor μ. do que o composto original. Além disso, ele inibe fracamente a captação de norepinefrina e serotonina. Esse fármaco é utilizado no manejo da dor moderada a moderadamente intensa. Sua atividade depressora do sistema respiratório é menor do que a da morfina. A naloxona só reverte parcialmente a analgesia provocada pelo tramadol ou seu metabólito ativo. Foram relatadas reações anafilactoides. Podem ocorrer interações entre fármacos, como com os inibidores seletivos da captação de serotonina e os antidepressivos tricíclicos ou dosagem excessiva, resultando em excitação e convulsões. O tramadol deve ser evitado em pacientes que utilizam inibidores da monoamina oxidase (CLARK, Michele a., FINKEL, Richard, 2013).
Dipirona
 A Dipirona é indicada como medicamento analgésico e antitérmico. É uma pró-droga cuja metabolização gera a formação de vários metabólitos entre os quais há 2 com propriedades analgésicas: 4-metil-aminoantipirna (4-MAA) e o 4-amino-antipirina (4-AA). Como a inibição da ciclo-oxigenase (COX-1, COX-2 ou ambas) não é suficiente para explicar este efeito antinociceptivo, outros mecanismos alternativos foram propostos, tais como: inibição de síntese de prostaglandinas preferencialmente no sistema nervoso central, dessensibilizacão dos nociceptores periféricos envolvendo atividadevia óxido nítrico-GMPc no nociceptor, uma possível variante de COX-1 do sistema nervoso central seria o alvo específico e, mais recentemente, a proposta de que a dipirona inibiria uma outra isoforma da ciclo-oxigenase, a COX-3 (ANVISA).
Ondasetrona
A Ondasetrona é um antiemético, agente antissernotonérgico, que age ligando-se aos receptores 5H-T3. Muito Usado com agentes quimioterápicos e indicada no pós-operatório para tratamento da êmese. A ondasetrona é eficaz em qualquer tratamento emetogênicos. A Ondasetrona bloqueia o início do reflexo da náusea.
No pós-operatório é indicado a administração em bolus, pode-se diluir a ondasetrona em SF 0,9% E SG 0,5%.
Pode Causar cefaleia, fadiga e constipação apresentam uma incidência maior. Reações menos comuns incluem febre, tontura, ansiedade, parestesia, sensação de frio, diarreia, elevação das enzimas hepáticas, retenção urinária, prurido, hipoxia. Raramente ocorrem angina, arritmia, bradicardia, alterações no ECG, palpitação, taquicardia supraventricular, hipotensão, choque, síncope, anafilaxia, angioedema, urticária, visão borrada, broncospasmo, dispneia, sintomas extrapiramidais, convulsões, hipocalemia.
Omeprazol
O omeprazol é o primeiro de uma classe de fármacos que se liga ao sistema enzimático H+/K+ATPase (bomba de prótons) das células parietais e suprime a secreção de íons hidrogênio no lúmen gástrico. A bomba de prótons ligada à membrana é a etapa final da secreção de ácido gástrico (CLARK, Michele a., FINKEL, Richard, 2013).
A administração em bolos não nesessita de diluição, quando via IV intermitente, diluir a dose em 100 mL de SF 0,9% ou SG 5% e administrar em 30 min.
Cefazolina
A Cefazolina é uma Cefalosporina de 1º geração, é um Inibidor da parede celular B-lactâmico.
As cefalosporinas de primeira geração (cefazolina e cefalexina) mostram-se ativas contra espécies Gram-positivas bem como contra os bacilos Gram-negativos Proteus mirabilis e E. coli, que causam infecções do trato urinário, e Klebsiella pneumoniae, que provoca pneumonia além de infecções do trato urinário. Esses agentes mostram-se sensíveis a muitas B-lactamases, porém são resistentes à B-lactamase de K. pneumoniae codificada por cromossomo e à B-lactamase estafilocócica comum. Tanto a cefalexina quanto a cefazolina são utilizadas no tratamento de infecções da pele dos tecidos moles; a cefazolina também é utilizada para profilaxia cirúrgica (CLARK, Michele a., FINKEL, Richard, 2013).
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTENCIA EM ENFERMAGEM
	DIAGNÓSTICO
	RESULTADOS ESPERADOS
	INTERVENÇÃO
	FUNDAMENTAÇÃO
	Risco de queda relacionado por dificuldade na macha e redução de força e sensibilidade em membros inferiores
	Espera-se que não haja episódio de queda durante o período perioperatório.
	1- Manter cama baixa, rodas travadas e grades elevadas
2- Deambular com auxílio.
3- Colocar Pulseira de risco de queda.
4- Orientar Paciente e acompanhante
	O Plano de cuidados, como forma preventiva, diminui de forma significativa o risco de queda.
	Mobilidade física prejudicada relacionada a dificuldade na marcha e evidenciado por fraqueza muscular em MMII E MMSS.
	Espera-se melhora da mobilidade e na marcha em 2 dias após cirurgia
	1- Orientar o paciente a repousar até o momento da cirurgia. (Esclarecer o porquê)
2- Orientar acompanhante a prestar auxílio
	O repouso no leito é importante, pois previne estresses na coluna cervical causada pela gravidade e evita que a coluna cervical tenha que sustentar a cabeça.
	Medo relacionado a déficit sensorial, cenário pouco conhecido e separação do sistema de apoio, evidenciado por apreensão, aumento da pressão arterial, sensação de medo e dispinéia
	Espera-se que o paciente apresente uma melhora no seu estado de humor e diminua o medo imediatamente após assistência prestada. E esclarecimento de suas dúvidas
	1- Promover ambiente calmo para o paciente.
2- Explicar detalhadamente todo o processo cirurgico (pré, intra e pós) que vai acontecer.
3- Dialogar com palavras positivas e de esperança.
4-Promover apoio emocional para o paciente.
	O diálogo e o esclarecimento dos procedimentos que vão ser realizados com o paciente, mantendo o mesmo informado de todo o processo é o método eficaz para promoção de tranquilidade e diminuição do estresse e do medo.
Estabilizando o paciente psicológicamente.
	Conforto Prejudicado relacionado a regime de tratamento, evidenciado por medo
	Espera-se que haja maior conforto no perioperatório
	1- Promover medidas de conforto.
2- Manter ambiente calmo.
3- Orientar sobre todas as medidas de tratamento
	As medidas de conforto ajudam e miniminizar a dor e a piora do quadro
	Risco de Infecção relacionado a procedimento invasivo
	Espera-se que o paciente não adquira infecção durante o trans- operatório
	1-Realizar higienização das mãos.
2- Manter ambiente estéril.
3- Abrir Materiais com cuidado e de forma estéril.
	O plano de intervenção previne a contaminação por microrganismos e sua disseminação.
	Risco de sangramento evidenciado por coagulação intravascular disseminada
	Espera-se que o paciente não tenho sangramentos excessivos durante todo seu período Intra e pós operatório.
	1-Avaliar débito cardíaco.
2-Confirmar reserva de sangue.
3- Observar sinais de hemorragia.
4-Verificar ferida operatória.
5- Realizar exames para Contagem de plaquetas se necessário.
	A avaliação pós cirúrgica é primordial para prevenção de hemorragias e sangramentos
	Risco de aspiração evidenciado por cirurgia do pescoço e nível de consciência diminuída
	Espera se que o paciente não aspire durante todo o período intra operatório e pôs operário
	1-Atentar a cianose
2-Observar sinais de broncoaspiraçao
3-Realizar aspiração das vias aéreas se necessário
4- Acionar Anestesista
	O alerta aos sinais de aspiração evita que o paciente tenha complicações durante o período intra e pós operatório
	Risco de hipotermia perioperatoria evidenciado por baixa temperatura ambiental, baixa temperatura no pré-operatório, anestesia geral e procedimento cirúrgico
	Que o paciente não apresente hipotermia durante o Intra operatório e pôs operatório, mantendo sua temperatura corporal acima de 35.7°C
	1- Verificar temperatura corporal de 1x1h durante o pós-operatório. 
2-Colocar manta térmica imediatamente no pós-operatório. 
Aquecer o paciente durante o Intra operatório e na SRPA.
Aferir SSVV.
	As medidas preventivas e o aquecedor na SRPA, são medidas que previne a hipotermia e o risco de PCR .
Tabela 1: Diagnósticos prioritários de enfermagem no perioperatório.
ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA NO CENTRO CIRÚRGICO
PRÉ- OPERATÓRIO (ADMISSÃO NO CENTRO CIRÚRGICO)
· Preencher a avaliação pré-operatória
· Avaliar o risco de complicações pós-operatórias
· Relatar os achados inesperados ou quaisquer desvios da normalidade
· Verificar se o consentimento informado ou autorização foi assinado
· Coordenar o ensino do paciente e planejar os cuidados com a equipe de enfermagem e outros membros da equipe de saúde
· Reforçar o ensino prévio
· Explicar as fases no período perioperatório e expectativas
· Responder as perguntas do paciente e sua família
· Avaliar o estado do paciente, estados de dor e nutricional basais
· Rever o prontuário
· Identificar o paciente
· Verificar o sítio cirúrgico e os locais das marcas de acordo com a política da instituição
· Administrar medicamentos, líquidos e terapia com hemoderivados, quando prescritos
· Administrar medicamentos, quando prescritos
· Empreender as medidas para assegurar o conforto do paciente
· Fornecer apoio psicológico
· Comunicar estado emocional do paciente para outros membros apropriados da equipe de saúde
TRANS- OPERTÓRIO OU INTRAOPERAÓRIO
· Manter o ambiente estéril e controlado
· Gerenciar efetivamente os recursos humanos, equipamento e suprimentos para o cuidado individualizado do paciente
· Transferir o paciente para a mesa ou leito de cirurgia
· Posicionar o paciente com base no alinhamento funcional e exposição do sítio cirúrgico
· Aplicar o dispositivo de aterramento do paciente
· Verificar se as contagens de compressas, agulhase instrumentos estão corretas
· Preencher os registros intraoperatórios
· Monitoramento Fisiológico
· Calcular os efeitos do ganho ou perda excessiva de líquidos sobre o paciente
· Diferenciar os dados cardiopulmonares normais dos anormais
· Relatar as alterações dos sinais vitais do paciente
· Instituir as medidas para promover a normotermia
· Apoio Psicológico (Antes da Indução e Quando o Paciente está consciente)
PÓS- OPERATÓRIO (SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS ANESTESICA)
· Comunicar as informações intraoperatórias
· Identificar o paciente pelo nome
· Dizer o tipo de cirurgia realizado
· Identificar o tipo e a quantidade de anestésico e analgésico utilizados
· Relatar os sinais vitais e a resposta do paciente ao procedimento cirúrgico e à anestesia
· Descrever os fatores intraoperatórios (p. ex., inserção de drenos ou cateteres, administração de sangue, medicamentos durante a cirurgia ou ocorrência de eventos inesperados)
· Descrever as limitações físicas
· Registrar o nível de consciência pré-operatório do paciente
· Comunicar as necessidades de equipamentos exigidos
· Comunicar a presença da família e/ou de outros entes queridos
· Determinar a resposta imediata do paciente à intervenção cirúrgica
· Monitorar os sinais vitais e o estado fisiológico do paciente
· Avaliar o nível de dor do paciente e administrar as medidas apropriadas de alívio da dor
· Manter a segurança do paciente (vias respiratórias, circulação, prevenção de lesão)
· Estabelecer o acesso venoso
· Fornecer os líquidos orais quando prescritos para o paciente cirúrgico ambulatorial
· Avaliar a prontidão do paciente para ser transferido para a unidade de internação ou para a alta hospitalar com base na política da instituição (escore de Aldrete).
APRESENTAÇÃO CENTRO CIRÚRGICO HRPa
O Centro Cirúrgico do Hospital Regional do Paranoá é composto por 2 vestiários (feminino e masculino), 1 copa, sala de admissão pré-operatório, 1 sala de Recuperação pós- anestésica , 1 posto de enfermagem, 1 sala de materiais cirúrgicos com ligação direta com CME, 2 sala de materiais de prepara cirúrgico e anestésico, 1 repouso de anestesiologistas, 4 salas operatórias, 1 expurgo.
Os Plantões são formados por 1 Enfermeiro, 2 residentes de enfermagem, 5 técnicas, 2 anestesiologistas, e a quantidade cirurgiões e auxiliares depende de cada procedimento.
CONCLUSÃO
O presente estudo de caso nos proporcionou a aquisição de novos conhecimentos para nossa vida acadêmica, e para nossa futura vida profissional. Adquirimos conhecimentos teóricos como também práticos e técnicos durante a nossa atuação no Centro Cirúrgico. A partir deste estudo tivemos que pesquisar e descobrimos novos conceitos, procedimentos e abordagens referente ao Centro Cirúrgico.
 Durante o nosso estágio e desenvolvimento deste estudo de caso foi possível visualizar a importância da enfermagem no Centro Cirúrgico e como o conhecimento técnico e científico é de extrema importância para o processo de enfermagem nesse setor. Foi possível observar a relevância do histórico, anamnese e evolução de enfermagem, como instrumento de assistência ao paciente.
Ao final, concluímos o quanto é importante estar atento aos sinais e sintomas fisiológicos e patológico do paciente, e saber discerni-los, fazer uma coleta de dados qualificada, como conhecer o histórico e comorbidades do paciente. Observamos também que possuir conhecimentos específicos sobre o setor e os procedimentos realizados, colabora para uma assistência e cuidados com maior eficiência. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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RECUPERAÇÃO PÓS- ANESTÉSICA, Fortaleza- CE: EBSERH, n. 007, mar. 2015
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TORTORA, Gerard J.. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14. ed. RJ: Guanabara Koogan, 2016. 1600 p.

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