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25 DOI: 10.5935/2359-4802.20150005 Internacional Journal of Cardiovascular Sciences. 2015;28(1):25-34 Correspondência: João Paulo Cardoso dos Reis Passagem Jarbas Passarinho, 636 - Atalaia - 67010460 – Ananindeua, PA - Brasil E-mail: reis_jpc@yahoo.com.br Efeito do Treinamento Resistido com Diferentes Intensidades na Pressão Arterial em Hipertensos Effect of Resistance Training with Different Intensities on Blood Pressure in Hypertensive Patients João Paulo Cardoso dos Reis1, Klebson da Silva Almeida2, Rosilene Amaral da Silva Souza2, Moisés Simão Santa Rosa de Sousa3 1Escola Superior Madre Celeste - Setor de Educação Física – Ananindeua, PA – Brasil 2Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – Departamento de Educação Física - Vila Real - Portugal 3Universidade do Estado do Pará - Setor de Educação Física – Belém, PA - Brasil Fundamentos: O efeito do treinamento resistido (TR) no comportamento da pressão arterial (PA), da frequência cardíaca (FC) e do duplo-produto (DP) está fortemente relacionado às características do exercício e apresenta-se inconsistente ao público hipertenso. Objetivos: Comparar a resposta cardiovascular aguda e tardia em sessões de 50% e 75% de uma repetição máxima estimada em hipertensos grau 1. Métodos: Analisou-se no período de 24 horas a pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) em 14 homens hipertensos leves, treinados (GT) e não treinados (GNT), submetidos a protocolos de 75% e 50% de uma repetição máxima estimada. Concomitantemente, verificou-se o nível de estresse cardiovascular em oito exercícios nas duas intensidades citadas. Resultados: No GT a variável PAS apresentou diferença entre o protocolo de menor intensidade em relação aos demais, 50% com controle (p=0,028) e 50% com 75% (p=0,022); a PAD diferenciou-se apenas nos protocolos de 50% com controle (p=0,024). No GNT a diferença ocorreu em todos os protocolos, tanto na PAS [50% e controle (p=<0,0001); 75% e controle (p=0,039); e 50% e 75% (p=0,001)] quanto na PAD [50% e controle (p=0,002); 75% e controle (p=0,002); e 50% e 75% (p=0,002)]. No estresse cardiovascular, os exercícios seated row e leg press no GT e os exercícios high row, leg curl e abdominal crunch no GNT mostraram diferenças em ambos os protocolos. Conclusão: Percebe-se segurança no TR em hipertensos leves. Ficou evidente que o protocolo de menor intensidade foi mais eficiente na promoção da hipotensão pós-exercício. Palavras-chave: Hipertensão; Monitorização ambulatorial; Treinamento de resistência; Exercício Resumo Background: The effect of resistance training (RT) on the behavior of blood pressure (BP), heart rate (HR) and double product (DP) is strongly related to the characteristics of exercise and is inconsistent with hypertensive individuals. Objectives: To compare the acute and late cardiovascular response in sessions of 50% and 75% of maximum estimated repetition in grade-1 hypertensive individuals. Methods: For 24 hours, the study analyzed systolic blood pressure (SBP) and diastolic blood pressure (DBP) in 14 mild hypertensive men, trained (TG) and untrained (UG), under protocols of 75% and 50% on maximum estimated repetition. The level of cardiovascular stress in eight exercises for the two intensities mentioned was concomitantly observed. Results: In the TG, the variable SBP showed differences between the protocol of lower intensity compared to the other, 50% with control (p=0.028) and 50% to 75% (p=0.022), and DBP differed only in the protocols of 50% with control (p=0.024). In the UG, the difference occurred in all protocols, as well in SBP [50% and control (p=<0.0001); 75% and control (p=0.039); and 50% and 75% (p=0.001)] as in DBP [50% and control (p=0.002); 75% and control (p=0.002); and 50% and 75% (p=0.002)]. On cardiovascular stress, the exercises seated row, leg press in the TG and high row, leg curl and abdominal crunch in the UG differed in both protocols. Conclusion: The results indicate safety in RT in mild hypertension men. It became evident that the lower intensity protocol showed higher efficiency in promoting post-exercise hypotension. Keywords: Hypertension; Monitoring ambulatory; Resistance training; Exercise Abstract (Full texts in English - www.onlineijcs.org) Artigo recebido em 13/07/2014, aceito em 11/09/2014, revisado em 20/11/2014. ARTIGO ORIGINAL 26 Introdução O treinamento resistido (TR) possibilita a redução da pressão arterial pós-treino, hipotensão pós-exercício (HPE) em indivíduos normotensos e principalmente em hipertensos1,2; no entanto existem divergências quando se especificam as conclusões da influência da intensidade nessa resposta em indivíduos hipertensos. Durante o TR a resposta das variáveis hemodinâmicas, frequência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) são dependentes das variáveis dessa modalidade de treino: carga, volume do treino, tempo de tensão, massa muscular mobilizada, intervalo entre séries e intervalo entre exercícios3-5. Assim, o estresse cardiovascular pode ser mediado por essas variáveis, e a exposição demasiada a esse estresse em indivíduos com restrições cardiovasculares eleva de f o r m a s i s t e m á t i c a o s r i s c o s d e complicações agudas. Alguns estudos comprovam a HPE no TR em hipertensos6-10, porém foi encontrado um estudo que reportou não haver HPE nesse grupo de indivíduos11. Desta forma, em decorrência da limitação quantitativa de investigações nesse contexto, não se pode inferir conclusões consistentes. O objetivo deste estudo foi verificar e comparar o efeito da HPE de uma sessão TR com diferentes intensidades: 75% de uma repetição máxima estimada (1RME) e 50% de 1RME, em hipertensos leves, e verificar o estresse cardiovascular promovido em diferentes exercícios. Métodos Realizado estudo transversal descritivo, com 14 indivíduos do sexo masculino, hipertensos leves, não medicados e sem lesão de órgãos-a lvo e/ou l imitações osteomioarticulares. Estratificados em dois grupos: GT - praticantes de TR regular há no mínimo seis meses e GNT - sem praticar TR há no mínimo seis meses (Tabela 1). Foram excluídos do experimento indivíduos que fizessem uso de ergogênicos nutricionais e/ou hormonais seis meses antes e/ou durante a coleta de dados, bem como os que não cumprissem as seis sessões de familiarização num período máximo de 15 dias, em sessões não consecutivas. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Pará sob o número 33/2011. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, conforme a Resolução CNS 466/12 e foram avaliados por cardiologista, para posterior classificação do nível hipertensivo ou não, fato determinante na inclusão dos indivíduos no estudo. Todos os participantes foram orientados a não ingerir bebidas e/ou alimentos com altas concentrações de cafeína e/ou bebidas alcoólicas nos dias da coleta de dados e fizeram o registro da ingestão alimentar, juntamente com uma ingestão hídrica mínima de 33 mL/kg/dia. Posteriormente a amostra foi submetida a um período de familiarização ao TR, com o objetivo de analisar e corrigir o processo motor em cada exercício, que se constituiu de seis sessões não consecutivas: as três primeiras com duas séries de 10 repetições com carga a 60% da carga máxima percebida para 10 repetições máximas (RM); e as três últimas sessões com três séries de 10 repetições com 80% da carga máxima percebida para 10RM, e intervalos de 60 s entre as séries e exercícios nas duas diferentes etapas. Foram executados os seguintes exercícios: lat pulldown – LT; seated row – SR; bench press – BP; high row – HR; leg press – LP; leg extension - LE, leg curl – LC; e abdominal crunch – AC, nesta sequência, durante duas semanas. Em seguida, os participantes foram submetidos a exame de MAPA, para a verificação dosvalores pressóricos pré-treino, o que instituiu o protocolo controle (repouso). A terceira e última etapa foi composta por quatro dias não consecutivos. Os dois primeiros dias, destinados à aplicação do teste e reteste de predição de carga, similar aos estudos de Dias et al.12 Adotada a equação de O’Connor et al.13 para o cálculo da carga de 1RME e, a partir dessa estimativa, foram extraídos os valores percentuais referentes aos dois protocolos. Em seguida a amostra foi submetida aos protocolos (50% e 75% de 1RME), realizados em sequência aleatória (sorteio) pelos indivíduos dos diferentes grupos, para eliminar qualquer efeito da ordem14, com intervalo entre os protocolos de 72 horas. Protocolos de treinamento resistido - Treinamento resistido a 50% de 1RME (TR50) O protocolo consistiu de três séries consecutivas de 12 repetições, com carga equivalente a 50% de 1RME, e Reis et al. Efeito do Treinamento Resistido em Hipertensos Int J Cardiovasc Sci. 2015;28(1):25-34 Artigo Original ABREVIATURAS E ACRÔNIMOS • 1RME – uma repetição máxima estimada • AC – abdominal crunch • BP – bench press • DC – débito cardíaco • DP – duplo-produto • FC – frequência cardíaca • GNT – grupo não treinado • GT – grupo treinado • HPE – hipotensão pós- exercício • HR – high row • LC – leg curl • LE – leg extension • LP – leg press • LT – lat pulldown • PAD – pressão arterial diastólica • PAS – pressão arterial sistólica • RVP – resistência vascular periférica • SR – seated row • TR – treinamento resistido • VS – volume sistólico 27 ritmicidade de 2,6 s para cada ciclo de movimento, devidamente controlado por metrônomo. O intervalo entre as séries e exercícios foi de 90 s e 120 s, respectivamente, controlados por cronômetro. - Treinamento resistido a 75% de 1RME (TR75) O protocolo consistiu de três séries consecutivas de 8 repetições, com carga equivalente a 75% de 1RME, e ritmicidade de 4,0 s para cada ciclo de movimento, controlado por metrônomo. O intervalo entre as séries e exercícios foi de 90 s e 120 s, respectivamente, controlados por cronômetro. Coleta de dados Para a coleta de dados, ao chegar ao local de análise, o investigado permaneceu sentado por 15 min; em seguida foi colocado no braço não dominante o aparelho de MAPA para aferição da PA de repouso e aos 20 min, 25 min e 30 min. Após esse período foi retirado, e colocado o transmissor do cardiofrequencímetro no tórax à altura do processo xifoide; o relógio receptor ficou com o avaliador auxiliar, a fim de registrar a FC do avaliado. Em seguida o avaliado realizou aquecimento (uma série de 12 repetições, com 30% de 1RME), no aparelho de LP e no aparelho de HR. Após, o participante encaminhou- se ao aparelho de LP, para dar início ao protocolo do experimento. Dessa forma ao final da última série de cada exercício, exatamente entre a penúltima repetição e o final da execução, foi registrada a PA pelo método auscultatório. Simultaneamente a essa aferição foi registrada a FC pelo avaliador auxiliar; esse procedimento foi repetido ao final de cada um dos oito exercícios. Por fim, foi novamente colocado no investigado o aparelho de MAPA, para a devida monitorização da PA, retirado para análise 24 horas após sua instalação. Para análise do comportamento da PA, foi utilizado o aparelho de monitorização da PA, Dyna - MAPA da Cardios (USA), devidamente calibrado, e adotados os procedimentos recomendados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia. Para a verificação aguda da PA durante os dois protocolos de treino, foi utilizado esfigmomanômetro aneroide da marca Tycos (USA), previamente calibrado, concomitantemente com estetoscópio para ausculta dos ruídos de Korotkoff, sendo utilizadas a primeira e a quarta fases para registro dos valores sistólico e diastólico, respectivamente. Para controle da FC foi utilizado frequencímetro Polar, modelo S510 (Finlândia). Essa variável foi minutada juntamente com o registro da PA ao final da terceira série em cada exercício, e adotada como referência o momento exato do primeiro ruído de Korotkoff para possibilitar o posterior cálculo do DP. O tempo de tensão em cada série durante o protocolo de treino foi controlado por metrônomo, Afinador MT-1000 – Fender (USA), que ficou conectado a um fone de ouvido utilizado pelo avaliado, e supervisionada pelo avaliador auxiliar através do cursor no visor do aparelho. Já o intervalo entre as séries e exercícios foi monitorada por cronômetro, modelo LifeStyle WA 40041C - Adidas (USA). Análise Estatística A avaliação exploratória dos dados foi feita através do teste de normalidade de Shapiro-Wilk para verificar se as amostras apresentavam distribuições gaussianas, e para a identificação e expurgo de outliers utilizou-se o teste caixa de bigodes. Para garantir a igualdade de condições das características gerais e de base, no momento anterior à aplicação dos protocolos de exercício, foi utilizado o teste t de Student para amostras independentes. A avaliação das variáveis dependentes foi analisada pelo teste t de Student para amostras pareadas, o qual avaliou o efeito intragrupo dos protocolos 50% 1RME e 75% 1RME sobre a PAS (mmHg), PAD (mmHg), FC (bpm) e DP (mmHg x bpm). Já a ANOVA simples para medidas repetidas foi utilizada com o objetivo de comparar as diferenças de médias das variáveis PAS e PAD nos três momentos (controle, 50% e 75% de 1RME) para a qual foram cumpridos todos os pressupostos necessários para a sua realização: normalidade e esfericidade com o teste de Mauchly. O nível de significância foi previamente fixado em p=0,05. Todas as análises foram realizadas no Statistical Package for the Social Sciences versão 20.0 (SPSS Inc, Chicago, Illinois, USA). Resultados A análise das características de nivelamento entre os grupos mostrou que as variáveis não apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos, nos diferentes protocolos (Tabela 1). Os exercícios SR, BP, HR, LP e AC apresentaram diferenças significativas na variável FC, e os exercícios SR e LP na variável DP no GT durante a execução dos exercícios nesse protocolo (Tabela 2). Apenas o exercício AC apresentou diferenças significativas na variável PAS; os exercícios LT, HR e AC na variável FC; e os exercícios HR, LC e AC na variável DP no GNT durante a execução dos exercícios nos diferentes protocolos (Tabela 3). Reis et al. Efeito do Treinamento Resistido em Hipertensos Int J Cardiovasc Sci. 2015;28(1):25-34 Artigo Original 28 Tabela 1 Características dos grupos estudados GNT GT GNT x GT min-max média±DP min-max média±DP p-valor Peso (kg) 76,0-103,0 87,1±9,5 72,0-92,0 80,0±7,7 0,15 Altura (cm) 170,0-189,0 178,7±6,4 167,0-184,0 175,9±6,7 0,43 IMC kg/cm2 25,7-28,8 27,2±1,3 23,6-27,5 25,8±1,4 0,08 Idade (anos) 28,0-35,0 31,4±2,6 25,0-34,0 29,3±3,0 0,18 IMC - índice de massa corpórea; GNT - grupo não treinado; GT - grupo treinado; DP - desvio-padrão; Min - mínimo; Max - máximo Tabela 2 Valores médios da PAS (mmHg), PAD (mmHg), FC (bpm) e DP (mmHgxbpm) realizados no programa de 75% de 1RME e 50% de 1RME, no GT Exercícios Carga PAS (média±DP) PAD (média±DP) FC (média±DP) Duplo-produto (média±DP) LT 75% 182,86±7,56 92,86±4,88 127,86±15,85 23364,29±2868,38 50% 178,57±9,0 91,43±3,78 120,43 ±7,32 21530,0±2022,16 SR 75% 172,86±7,56 92,86±4,88 129,0±15,44* 22310,0±2856,44* 50% 172,86±7,56 91,43±3,78 121,14±9,19* 20970,0±2210,60* BP 75% 171,43±14,64 92,864,88 127,57±14,71* 21977,14±4056,38 50% 170,0±11,55 90,0±0,0 120,14±5,52* 20448,57±1987,68 HR 75% 170,0±17,32 90,0±0,0 132,14±11,23* 22567,14±3802,58 50% 161,43±6,90 88,57±3,78 127,57±11,29* 20635,71±2503,65 LP 75% 157,14±7,56 82,86±4,88 147,86±6,61* 23225,71±1343,87* 50% 158,57±9,00 82,86±4,88 136,71±5,15* 21654,29±959,34* LE 75% 175,71±11,34 84,29 7,86 141,43±7,95 24902,86±2795,61 50% 165,71±7,87 85,71±5,34 140,71±5,61 23344,29±1873,87 LC 75% 151,43±17,73 82,86±4,88 129,86±7,71 19665,71±2554,02 50% 150,0±5,77 92,86±4,88 125,71±5,73 18855,71±1090,01 AC 75% 152,86±9,51 91,43±3,78 129,43±4,72* 19802,86±1675,81 50% 152,86±7,56 92,86±4,88 123,71±5,49* 18932,86±1616,22 * Diferenças significativas, p<0,05 GT - Grupo treinado; PAS - pressão arterial sistólica; PAD - pressão arterial diastólica; FC - frequência cardíaca; DP - duplo-produto; LT - lat pulldown; SR - seated row; BP - bench press; HR - high row; LP - leg press; LE - leg extension; LC - leg curl; AC - abdominal crunch; DP - desvio-padrão Reis et al. Efeito do Treinamento Resistido em Hipertensos Int J Cardiovasc Sci. 2015;28(1):25-34 Artigo Original 29 Na Figura 1 pode-se observar que no GNT a resposta da PAS durante as 24 horas seguintes à realização dos três protocolos foi diferente (F=53,172; p=<0,0001; ɳ2=0,899, sendo ɳ2 o eta-square: protocolo de 50% e controle (p=<0,0001), 75% e controle (p=0,039) e também entre o programa a 50% e 75% (p=0,001). A Figura 2 mostra que no GT a resposta da PAS durante as 24 horas seguintes à realização do protocolo 50% foi diferente quando comparado aos demais (F=8,656; p=0,005; ɳ2=0,591), sendo ɳ2 o eta-square: protocolo de de 50% e controle (p=0,028) e também entre a 50% e 75% (p=0,022). Verificou-se que no GNT a resposta da PAD durante as 24 horas seguintes à realização dos três protocolos foi diferente (F=24,723; p=<0,0001; ɳ2=0,805, sendo ɳ2 o eta-square. Protocolos 50% e controle (p=0,002), 75% e controle (p=0,002) e 50% e 75% (p=0,002) (Figura 3). Já para o GT, a resposta da PAD durante as 24 horas seguintes à realização do protocolo de 50% com controle (F=177,981; p=0,012; ɳ2=0,522, sendo ɳ2 o eta-square: protocolo de 50% e controle (p=0,024) (Figura 4). Tabela 3 Valores médios da PAS (mmHg), PAD (mmHg), FC (bpm) e DP (mmHg x bpm) realizados no programa de 75% de 1RME e 50% de 1RME, no GNT Exercícios Carga PAS (média±DP) PAD (média±DP) FC (média±DP) Duplo-produto (média±DP) LT 75% 187,14±9,51 91,43±3,78 144,00±15,97* 26990,0±3669,63 50% 185,71±7,87 91,43±3,78 139,43±15,27* 25948,57±3539,51 SR 75% 177,14±7,56 91,43±3,78 137,86±11,95 24454,29±2704,0 50% 175,71±5,35 91,43±3,78 135,43±8,81 23797,14±1719,29 BP 75% 184,29±7,87 91,43±3,78 137,14±14,24 25245,71±2605,86 50% 182,86±4,88 87,14±4,88 136,57±11,24 24954,29±1935,56 HR 75% 170,0±10,0 90,0±0,0 138,43±7,72* 23550,0±2112,66* 50% 168,57±10,69 87,14±4,88 134,71±5,53* 22730,0±2031,35* LP 75% 167,14±7,56 82,86±4,88 146,14±5,49 24427,14±1434,06 50% 172,86±11,13 84,29±5,35 141,71±5,31 24494,29±1813,43 LE 75% 182,86±7,56 87,14±7,56 143,14±5,01 26185,71±1620,66 50% 182,86±7,56 84,29±5,35 141,29±3,30 25845,71±1457,78 LC 75% 164,29±5,35 81,43±3,78 133,57±4,43 21948,57±1121,05* 50% 157,14±9,51 81,43±3,78 131,43±4,93 20631,43±1076,05* AC 75% 160,0±5,77* 81,43±3,78 125,0±7,02* 20014,29±1541,29* 50% 152,86±4,88* 81,43±3,78 121,43±5,68* 18560,0±1019,66* * Diferenças significativas, p<0,05 GNT - grupo não treinado; PAS - pressão arterial sistólica; PAD - pressão arterial diastólica; FC - frequência cardíaca; DP - duplo-produto; LT - lat pulldown; SR - seated row; BP - bench press; HR - high row; LP - leg press; LE - leg extension; LC - leg curl; AC - abdominal crunch; DP - desvio- padrão; Reis et al. Efeito do Treinamento Resistido em Hipertensos Int J Cardiovasc Sci. 2015;28(1):25-34 Artigo Original 30 Figura 1 Comportamento da pressão arterial sistólica no período de 24 horas no GNT GNT – grupo não treinado; PAS – pressão arterial sistólica; 1RME – uma repetição máxima estimada Figura 2 Comportamento da pressão arterial sistólica no período de 24 horas no GT GT – grupo treinado; PAS – pressão arterial sistólica; 1RME – uma repetição máxima estimada Figura 3 Comportamento da pressão arterial diastólica no período de 24 horas no GNT GNT – grupo não treinado; PAD – pressão arterial diastólica; 1RME – uma repetição máxima estimada Reis et al. Efeito do Treinamento Resistido em Hipertensos Int J Cardiovasc Sci. 2015;28(1):25-34 Artigo Original 31 Discussão Na análise aguda das variáveis cardiovasculares observa- se que apenas alguns exercícios apresentaram diferença significativa, com maior magnitude no protocolo de maior intensidade. No GT os exercícios SR, BP, HR, LP e AC na variável FC e os exercícios de SR e LP na variável DP apresentaram diferenças entre as intensidades. Já no GNT o exercício de AC na variável PAS; os exercícios de LT, HR e AC na variável FC e os exercícios de HR, LC e AC na variável DP apresentaram diferenças significativas entre as intensidades de 75% e 50% de 1RME. Os resultados da PAS e PAD no presente estudo não foram diferentes em função da intensidade de treino, com exceção do exercício de AC no GNT, que apresentou diferença significativa na PAS. Este resultado é corroborado com o estudo de Castinheiras-Neto et al.15, no qual se verificou que a variável intensidade não teve efeito independente na PAS e PAD, apesar da tendência do protocolo de maior intensidade em desencadear valores superiores dessas variáveis (Tabelas 2 e 3). Possivelmente, pode-se atribuir esse comportamento de equiparação dos níveis da PAS ao comportamento interdependente das variáveis FC, volume sistólico (VS) e resistência vascular periférica (RVP), pois o débito cardíaco (DC) é o produto da FC pelo VS, e a PAS é o produto do DC pela RVP. Ao compreender a dinâmica dessas variáveis, pode-se justificar tal achado por essas relações, uma vez que o número de repetições, a contração muscular, a respiração e outras variáveis do TR afetam o VS, a RVP e a resposta adrenérgica que, consequentemente, refletem-se nas variáveis DC e PA. Pode-se supor que o motivo da similaridade entre as intensidades de treino tenha sido desencadeado pela diminuição do volume diastólico final, decorrente da vaso-oclusão, o que atenua o DC e, consequentemente, a PAS no protocolo de maior intensidade, trazendo essa variável a valores próximos aos encontrados no protocolo de menor intensidade, que dinamicamente proporciona valores inferiores na RVP16. Mais importante que qualquer análise de uma variável fisiológica isolada, a análise do DP destaca-se por mensurar de forma indireta, porém com boa correlação, o consumo de oxigênio do miocárdio, estratificando o nível de estresse cardiovascular desencadeado. Nas tabelas 2 e 3 observa-se que apenas os exercícios de SR e LP nos indivíduos do GT e HR, LC e AC no GNT, respectivamente, apresentaram diferenças significativas entre as intensidades. Dessa forma, se forem analisados os resultados apresentados no GT, observar-se-á maior valor da FC. No exercício de LP essa ocorrência pode ser justificada pela posição no aparelho, pois o exercício de LP concretiza-se com a elevação dos membros inferiores acima do nível do coração; já no exercício de SR, tal fato pode ser atribuído à vaso-oclusão da musculatura acessória, uma vez que esse exercício exige forte contração isométrica da grande cadeia muscular posterior. Essas duas situações possivelmente Figura 4 Comportamento da pressão arterial diastólica no período de 24 horas no GT GT – grupo treinado; PAD – pressão arterial diastólica; 1RME – uma repetição máxima estimada Reis et al. Efeito do Treinamento Resistido em Hipertensos Int J Cardiovasc Sci. 2015;28(1):25-34 Artigo Original 32 desencadeiam maior esforço cronotrópico, decorrente das exigências hemodinâmicas da musculatura ativa. Já no GNT pode-se atribuir tais achados à menor tolerância ao efeito cumulativo da fadiga nesses indivíduos, pois os exercícios que apresentaram maior estresse cardiovascular dispuseram-se ao final do protocolo de treino17. Outro fato que se faz de relevante citação, é o comportamento díspar da PA em indivíduos com características similares18. No presente estudo controlou-s o tempo de tensão, pois algumas investigações constataram queessa variável foi determinante na magnitude do estresse cardiovascular durante o TR17-19. A corroboração dos resultados aqui encontrados com os estudos15,20,21 que detectaram maior resposta hemodinâmica nos protocolos de maior intensidade se comparados ao de menor intensidade é verdadeira. Essa elevação do estresse cardiovascular foi desencadeada principalmente pela elevação da FC que, provavelmente, emerge da maior demanda metabólica, ou seja, maior volume muscular ativo, pois é fato que quanto maior a carga mobilizada maior a quantidade de fibras musculares ativas. Apesar de terem sido encontradas maiores resposta agudas do TR no protocolo de maior intensidade, em indivíduos hipertensos leves, pode-se constatar que os dois programas de treino mostraram-se seguros, já que nenhum exercício ultrapassou os valores do limiar de isquemia do miocárdio. O comportamento de HPE se apresenta como um evento benéfico, principalmente em indivíduos hipertensos. Nos resultados do presente estudo (Figuras 2 e 4) referentes aos indivíduos treinados, observa-se que o protocolo de maior intensidade não ocasionou diferenças significativas na PAS (p=0,202) e na PAD (p=0,411) quando comparado ao controle. No entanto, observa-se que o protocolo de 50% de 1RME, se comparado ao controle, mostrou-se eficiente no abrandamento dessas variáveis: PAS (p=0,028) e PAD (p=0,024). As Figuras 1 e 2, relativas à PAS e PAD do GNT, respectivamente, nos protocolos, 50% e 75% de 1RME comparados ao controle, desencadearam reduções significativas, o que possibilita afirmar que as duas intensidades promovem diminuição da PA em hipertensos não treinados. Contudo, apesar dos protocolos apresentarem HPE, pode-se observar que a magnitude e a duração foram diferentes, quando comparados ao repouso, pois o protocolo de menor intensidade desencadeou um efeito de maior duração e curvas de maior magnitude. O presente estudo diverge das investigações de Canuto et al.11, que reportaram não haver influência das duas diferentes intensidades na PA após o TR; de Duncan et al.21 que reportaram HPE apenas no protocolo de maior intensidade; e de Gonçalves et al.22 que relataram ineficiência do treinamento resistido em melhorar as respostas hemodinâmicas de idosos hipertensos. No entanto concorda com a maioria das investigações encontradas8-10,23-30, que evidenciaram redução após o TR em hipertensos. Fisher24 constatou que hipertensos sofrem reduções de maior magnitude na HPE se comparado a indivíduos normotensos, fato que não se pode verificar no presente estudo, pois a amostra foi exclusiva de indivíduos hipertensos. Concorda-se, porém, com Costa et al.25, que evidenciaram resultados mais consistentes em hipertensos não treinados comparados a um grupo fenotipicamente análogo treinado, bem como com os resultados de Oliveira et al.30 que apresentaram resultados similares aos do presente estudo no que se refere à intensidade de treino, mostrando que intensidades menores acarretam resultados mais promissores em hipertensos. Segundo a literatura, algumas variáveis do TR apresentam-se potencialmente intervenientes nesse comportamento pós-exercício. Jannig et al.27 relataram que a disposição da ordem dos exercícios influencia na duração da HPE em homens e mulheres hipertensas; e Mediano et al.28 relataram que treinos com volumes superiores apresentaram maior influência na magnitude dessa resposta depressora em um grupo de hipertensos destreinados, o que corrobora com Moraes9 que relataram relação sistemática da HPE com os níveis pressóricos pré-treinamento. Esses achados divergem dos encontrados por Bentes et al.31 que apesar de reportarem a HPE não encontraram diferenças significativas entre a intensidade e a ordem dos exercícios, porém em amostra de mulheres saudáveis. As características do treino parecem também influenciar a HPE. Exercícios para membros superiores apresentaram discreta redução da PA após um protocolo de TR se comparado com exercícios para membros inferiores, assim como intervalos ativos promovem maior HPE em mulheres hipertensas8. Assim, percebe-se a complexidade da prescrição do TR no deslumbre do efeito hipotensor pós-exercício dessa modalidade de treino. Os estudos que utilizaram o método de MAPA para análise do comportamento da PA após o treino em hipertensos9,26,30 evidenciaram a HPE. Destaque e mérito a investigação de Moraes et al.9 que, após controle Reis et al. Efeito do Treinamento Resistido em Hipertensos Int J Cardiovasc Sci. 2015;28(1):25-34 Artigo Original 33 endógeno, atribuiu tal comportamento da PA à ação da calicreína, um polipeptídio de ação proteolítica que possui grande influência vasodilatadora direta e indireta por clivagem proteica sobre o bradicinogênio, um substrato proteico plasmático, originando assim plamacininas, principalmente bradicinina e calidina, potentes vasodilatadores que agem diretamente no endotélio. Nenhum outro estudo que se propôs investigar a influência do TR na HPE em hipertensos dispôs da análise de algum fator intrínseco. Porém esse comportamento também pode ser justificado pelo controle neural da circulação, pois apesar de existirem poucos estudos que comprovem essa resposta após o TR, podem-se supor adaptações a essa modalidade de treino, similares às do treinamento aeróbio32, uma vez que protocolos de menor intensidade desencadeiam aumento da atividade vagal e redução da hipertonia simpática após a realização do exercício físico30-32. Apesar dos protocolos de baixa intensidade não serem os mais recomendados para a promoção potencial da força muscular, essas intensidades se mostram promissoras em relação aos efeitos cardiovasculares do TR, pois desencadeiam com eficácia a HPE. Assim como Bentes et al.31, este estudo sugere efeitos positivos dessa modalidade de treino ao sistema cardiovascular. Tal comportamento deve ser observado com cuidado, pois qualquer intervenção sem efeitos indesejados, capaz de favorecer mínimas reduções nos valores tensionais da PA é benéfica, principalmente em hipertensos. Conclusões Conclui-se que o TR é seguro do ponto de vista cardiovascular para indivíduos hipertensos leves. No que se refere ao comportamento da PA após o TR, o protocolo de menor intensidade mostrou-se mais eficiente na promoção da HPE em ambos os grupos, com resultados de maior magnitude no GNT. Potencial Conflito de Interesses Declaro não haver conflitos de interesses pertinentes. Fontes de Financiamento O presente estudo não teve fontes de financiamento externas. Vinculação Acadêmica Este artigo faz parte da dissertação de Mestrado em Ciências do Desporto de João Paulo Cardoso dos Reis pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro - Portugal. Referências 1. Dutra MT, Lima RM, Mota MR, Oliveira PFA, Veloso JHCL. Hipotensão pós-exercício resistido: uma revisão da literatura. Rev Educ Fis. 2013;24(1):145-57. 2. Anunciação PG, Polito MD. Hipotensão pós-exercício em indivíduos hipertensos: uma revisão. Arq Bras Cardiol. 2011;96(5):425-6. 3. 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