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Delvacyr Bastos Costa Apresenta: Delvacyr Bastos Costa – prdelvacyr@hotmail.com INTRODUÇÃO O objetivo desta matéria é fornecer ao aluno as ferramentas necessárias para que ele mesmo descubra por si mesmo de primeira mão, as verdades na Palavra de Deus. O estudante deve compreender que todo e qualquer estudo bíblico tem como premissa levar o leitor para um contato direto com as Escrituras, de tal maneira que sua vida seja moldada pela Palavra de Deus. IMPORTÂNCIA DO ESTUDO BÍBLICO Eis algumas razões para que se estude a Bíblia: Para o nascimento espiritual – 1 Pe 1.23; Para o crescimento espiritual – 1 Pe 2.1-3; Hb. 5.12-14; Para o alimento cotidiano – Mt 4.4; Para sabermos o “andar” – Mq 6.8; Para ganharmos almas A Bíblia fala sobre o estudo bíblico: Deuteronômio 6.6-9; 11.18-20; Josué 1.3,7-8; Neemias 8.3,7-8; Salmos 1.2; 2 Timóteo 2.15; Colossenses 3.16; 1 Pedro 4.11. Atitude Errônea. Negativa: eu não serei capaz de entender; Preguiça: eu não tenho tempo. ATITUDES PARA COM O ESTUDO BÍBLICO B. Atitude Correta. Positiva: com a ajuda de Deus irei entender – Sl 119.18; 2. Receptiva: eu vou receber o que Deus para mim na Sua Palavra – 1 Sm 3.10 CONHECIMENTOS ÚTEIS A Bíblia continua a ser o Best-Seller mais vendido e lido no mundo. O Alcorão já foi traduzido para 128 línguas, enquanto que a Bíblia toda já foi traduzida para 275 línguas, o NT para 495, e pelo menos um livro da Bíblia para mais 940. A Bíblia foi escrita em 1.600 anos, por uns 40 autores, e contém 66 livros. Originalmente a Bíblia não se subdividia em capítulos. A primeira divisão em capítulos foi feita pelo Cardeal Hugo de Saint Cher, Abade dominicano em 1250. A divisão em versos foi feita em duas etapas: O VT em 1445 pelo Rabi Nathan; o NT em 1551 por Robert Stevens, um impressor parisiense que publicou a primeira Bíblia dividida em capítulos e versículos. A Bíblia protestante possui 1.189 capítulos e 31.101 versos. O maior livro é o de Salmos com 150 capítulos e o menor é a segunda epístola de João com apenas 13 versículos. O maior capítulo é o Salmo 119 com 176 versos e o menor é o Salmo 117 com 2 versos. O maior verso é de Ester 8.9 e o menor Êxodo 20.13. O verso central é Salmo 118.8. Os livros de Ester e Cantares não fazem menção ao nome de Deus. A expressão "Assim diz o Senhor" aparece cerca de 3.800 vezes. A expressão "Não temas" aparece 366 vezes. A Bíblia foi o primeiro livro impresso no mundo após a invenção do prelo, em 1452 em Mainz na Alemanha. O VT possui 39 livros com um total de 929 capítulos, 23.144 versos e teve pelo menos uns 30 autores. Sua mensagem central é a vinda do Messias Jesus Cristo. O NT possui 27 livros com 260 capítulos e 7.957 versos. Foi escrito por uns 8 ou 9 autores e sua mensagem central é o cumprimento da promessa de Deus ao enviar o seu Filho Jesus. Jesus é o assunto central das Escrituras. O livro de Salmos é um agrupamento de cinco livros, sendo assim divididos: Livro I - de 1 a 41 Livro II - de 42 a 72 Livro III - de 73 a 89 Livro IV - de 90 a 106 Livro V - de 107 a 150 Os dois primeiros livros são atribuídos à autoria davídica. Os demais foram escritos por Salomão, um por Moisés - o 90 - e outros pelos levitas e sábios da época do rei Ezequias. O Salmo 119 possui 176 versos divididos em 22 seções de 8 versos cada. Em cada seção os versos são iniciados com uma determinada letra do alfabeto hebraico, formando assim um dos mais belos acrósticos que se conhece. O livro de Lamentações de Jeremias nos capítulos 1,2,4 e 5 há 22 versos, cada um deles iniciando com um letra do alfabeto hebraico. Já o capítulo 3 possui 66 versos onde cada grupo de 3 versos é iniciado com a mesma letra do alfabeto hebraico. O acróstico do livro é perfeito e devidamente ordenado. Os textos que estão entre parêntese (na ARA) ou em itálico (na ARC) não constam nos melhores manuscritos, sendo na verdade alguns acréscimos encontrados em outros manuscritos e ali colocados pelo tradutor para auxiliarem a compreensão do texto. As expressões encontradas no cabeçalho dos salmos são orientações dadas pelos músicos sobre a nota em que deve ser tocada a canção, ou ainda para que tipo de voz ou instrumento de música foi composta a canção. O salmo 136 possui 26 versos que terminam com a mesma expressão "...porque a sua misericórdia dura para sempre". A expressão "Selah" significa "elevação" e provavelmente, indica o lugar onde deveria haver uma interrupção das vozes para um interlúdio instrumental. INSPIRAÇÃO E UNIDADE DAS ESCRITURAS SAGRADAS A Bíblia Sagrada é o registro inspirado da Palavra de Deus. O que nela se encontra é o que o Senhor Deus, mediante a inspiração do Espírito Santo, determinou que fosse escrito para nosso conhecimento (Veja II Pe 1.21; 2 Tm 3.16). A necessidade de uma revelação escrita Para que o conhecêssemos, era absolutamente necessária uma REVELAÇÃO que o tornasse conhecido e acessível a nós. Essa revelação deveria ter uma forma permanente, que não sofresse alterações à medida que fosse transmitida de geração em geração e de um povo para outro povo. Daí o Senhor determinar que fosse escrita. 2. Evidências da inspiração das Escrituras As provas evidenciais de que as Escrituras são inspiradas por Deus, revelando Sua Palavra eterna, são incontáveis e as encontramos ao longo da vida e ao largo da leitura e do estudo da mesma Bíblia. Consideremos as que se seguem: a. A Bíblia se declara Palavra de Deus. b. Seus escritores são fidedignos. c. Unidade humanamente impossível. d. Objetivo único. e. Seu cumprimento é incontestável Finalmente – entre tanto que se teria a dizer – cremos que a Bíblia é a inspirada Palavra de Deus, pela poderosa transformação que exerce na vida dos que, de coração, aceitam sua mensagem. OS LÍVROS APÓCRIFOS APÓCRIFOS - Lit. Ocultos, de Origem duvidosa, de Autoria suspeita. Existiam diversos livros apócrifos, conforme somos informados por Josefo. Todavia, o Cânon Católico Romano adotou apenas os sete incluídos por Jerônimo em sua versão latina. TOBIAS - Com 13 capítulos - Conta a história de um jovem israelita, filho de Tobias, que vivia cativo em Nínive e que foi guiado pelo anjo Rafael e contraiu núpcias com uma viúva virgem que perdera seus 7 maridos por causa de uma perseguição de um demônio chamado Asmodeu. Na verdade, o texto todo fala mesmo é de uma dívida que um tal Gabelo tinha com Tobias, o pai, e que este dera incumbência a seu filho Tobias de receber. No caminho é que o anjo muda a história e faz com que Tobias e a viúva se encontrem e se casem. JUDITE - Com 16 capítulos - Conta a história de uma viúva israelita, rica, bela e devota, que nos dias da invasão babilônica, jeitosamente, penetrou na tenda do general babilônico Holofernes e, fingindo entregar-se a ele, decepou-lhe a cabeça e deste modo salvou a cidade de Jerusalém. SABEDORIA DE SALOMÃO - Com 19 capítulos - É muito semelhante ao livro de Jó, Provérbios e Eclesiastes, uma espécie de mistura de pensamento hebreu e filosofia grega. Foi escrito por um judeu que dizia viver em Alexandria. SABEDORIA DE JESUS BEN SIRAC OU ECLESIÁSTICO - Com 51 capítulos - Muito semelhante a Provérbios. Apresenta regras de conduta para todos os particulares da vida civil, religiosa e doméstica, e ainda enaltece os heróis do VT. BARUC - Com 6 capítulos - foi endereçado aos exilados. Parafraseia Jeremias, Daniel e outros profetas. I MACABEUS - Com 16 capítulos - Narra a luta histórica dos judeus sob o comando dos irmãos Macabeus entre 175 a 135 AC. Escrito em 100 AC por judeus palestinianos. Tem grande valor histórico. II MACABEUS - Com 15 capítulos - Resumo da obra de Jason de Cirene. Serve de suplemento a I Macabeus e é muito inferior a este por conter muitos erros históricos e contradições. OS ACRÉSCIMOS Além dos Apócrifos, na versão latina foram incluídos alguns acréscimos aos livros de Ester e Daniel. Ei-los: ESTER 10.4 A 16.24 - Narra um sonho de Mardoqueu, sua oração, sua apresentação ao rei Assueroe a cópia do Edito de Assuero em favor dos judeus. CÂNTICO DOS TRÊS VARÕES - Daniel 3.23 a 90 - Narra a oração dos três amigos de Daniel na fornalha de fogo ardente e o cântico triunfal pelo livramento. O verso 91 corresponde a Daniel 3.24 em nosso Cânon. A HISTÓRIA DE SUZANA - Daniel 13 - Suzana, esposa piedosa de um judeu rico em Babilônia é acusada falsamente de adultério por alguns líderes religiosos que a desejavam sexualmente. Ela foi inocentada pela intervenção sábia do jovem Daniel que não somente a inocentou como condenou os velhos caluniadores. BEL E O DRAGÃO - Daniel, com sua imensa sabedoria, prova aos sábios babilônicos que Bel - ou Baal - e o Dragão que eles adoravam, e a quem ofereciam comida não eram deuses e que na verdade não eram eles quem comiam os manjares oferecido a eles pelos sábios. PORQUE OS APÓCRIFOS FORAM REJEITADOS ? Os reformadores rejeitaram os livros apócrifos por algumas razões: 1 - Foram escritos após a cessação do ministério profético, conforme Josefo afirmou em seu livro. 2 - Os judeus não os reconheciam como canônicos. Para os rabinos a leitura deles era apenas recomendada e não obrigatória. 3 - Embora tenham sido agrupados na Septuaginta, os setenta fizeram distinção entre eles e os demais da lista de Josefo. 4 - Jerônimo foi obrigado a incluí-los na sua versão latina e fê-lo, todavia, o próprio Jerônimo fez algumas ressalvas quanto ao caráter diferenciado deles em relação aos 22 da lista de Josefo. 5 - Eles somente foram aceitos pela Igreja a partir de 18 de Abril de 1546, no Concílio de Trento, quando se lançada a Contra-reforma. Ademais, eles foram aceitos porque contêm certos ensinamentos que a Igreja Romana já havia incorporado a seus dogmas, como é o caso da intercessão pelos mortos. 6 - A própria Igreja Romana fez distinção entre eles e os demais, chamando-os de Deuterocanônicos. 7 - Nenhum deles foi citado por Jesus. 8 - A Igreja Primitiva e os Pais da Igreja, em sua maioria, não os citava, e os que ousavam citá-los, faziam distinção entre eles e os da lista de Josefo. 9 - Eles possuem muitos erros históricos, contradições e exageros. 10 - Nenhum deles alega possuir caráter inspirado. PALAVRAS CHAVES NO ESTUDO BÍBLICO OBSERVAÇÃO Exame completo e cuidadoso; dar atenção completa ao que se está vendo; estar mentalmente alerta e concentrado naquilo que está vendo. Ler o texto Reler o texto Tornar a ler o texto Ler o texto em diferentes versões da Bíblia Ler, se possível, o texto em outros idiomas Anotar todos os detalhes que lhe despertarem a atenção. Seis perguntas básicas: 1ª Quem? Quem são as pessoas do texto 2ª O que? O que está acontecendo? Quais são as idéias? Quais são os resultados? 3ª Onde? Cidade ou lugar onde aconteceu? Qual a localização geográfica? 4ª Quando? Qual a época? Qual o pano de fundo histórico? 5ª Por quê? Qual o propósito? Quais as conseqüências? 6ª Como? Como as coisas se realizaram? Com qual rapidez? Com que métodos? Descubra a forma literária usada pelo escritor Preste bem atenção: Faz perguntas e responde? Relaciona coisas que devemos evitar? Poesia Narrativa Discurso Conselho Parábola Provérbios Etc. Descubra as palavras chaves: Palavras que resumam o texto ou mostrem claramente o assunto abordado. Considere comparações e contrastes: Comparação – Mostra com que as coisas se parecem Assim também Assim como Semelhantemente Como também Contrastes – mostra em que as coisas diferem Mas Nem Porém Não Esteja atento para as proporções no sentido de tempo: Livro Atos dos Apóstolos Capítulo 1 2 3-8 9-12 13-14 15 16-18.22 18.23-21.15 21.16-28 Tempo 50 dias 1 dia 2 anos 9 anos 1 ano e meio Alguns dias 2 anos e meio 4 anos 5 anos Repetições: Anotar todo o tipo de repetições que houver Palavra ou frase Número de repetições Versículos onde se repetem Visualize os verbos: Caminhar Viajar Falar Amar Escrever Orar Etc. INTERPRETAÇÃO Trata-se de interpretar, traduzir, entender o que o texto quer dizer. O que significa? Qual é a mensagem contida no texto? Qual a idéia dominante (pensamento chave)? Qual o propósito do autor? Como o autor desenvolveu o texto (fluxo)? Quais são os princípios aplicáveis à nossa época? CORRELAÇÃO Trata-se de estabelecer relação com outros textos. Referências paralelas – passagens idênticas. Referências correspondentes – Escritor do Novo Testamento citando escritor do Velho Testamento Referências de idéias – Escritos que mostra o mesmo pensamento sobre o assunto (Jo 3.1-8 – I Pe 1.23) APLICAÇÃO O objetivo da aplicação é trazer o texto para mim mesmo e provocar a transformação, a mudança, o aperfeiçoamento. Na aplicação: Ouça a voz do Espírito Santo Seja pessoal – eu, me, mim, comigo, etc. Não use desculpas para fugir a uma aplicação pessoal. Coloque a aplicação em prática Quais aplicações sugeridas pelo próprio texto? Exemplos a serem seguidos Ordens a obedecer Erros a evitar Pecados a abandonar Promessas a esperar Conceitos novos a respeito da pessoa de Deus Etc. Observação – Papel do investigador Interpretação – Papel do promotor Correlação – Papel do coordenador Aplicação – Papel do executor MÉTODOS DE ESTUDO BÍBLICO Como se nota, iremos estudar vários métodos, mas a base de todos é o método “INDUTIVO”, isto é, a nossa grande ênfase será no processo de raciocínio que leva o aluno a formular conclusões gerais partindo de fatos particulares. É impossível evitar a repetição, pois, no desenvolvimento de um método estaremos utilizando partes de outro método, isto é, muitas vezes eles se sobrepõem. Em todos eles, a chave é a observação. É necessário que o aluno aprenda muito bem a observar o texto que se está estudando. O Método Indutivo é aquele que leva o aluno a estudar o texto cuidadosamente, observando todos os particulares e pormenores, para então tirar uma conclusão Distinção entre dedução e indução: Dedução: “A dedução conclui do geral para o particular”. Indução: “Método de raciocinar que consiste em tirar dos fatos particulares uma conclusão”. Em poucas palavras, na indução a gente observa primeiro e depois conclui. Na dedução concluímos primeiro, pois observamos. A indução vai das partes para o todo, enquanto que a dedução vai do todo para as partes. Indução é o método científico. Determina-se o alvo; Coleta-se informações; Classifica-se as informações; Chega-se à teoria ou hipótese; Faz-se inúmeras experiências; Declare-se lei ou fato. MÉTODO SINTÉTICO DE ESTUDO BÍBLICO I. DEFINIÇÃO. É o método que estuda um livro como uma unidade, procurando entender a mensagem do livro como um todo. II. IMPORTÂNCIA DO MÉTODO SINTÉTICO. Ele é a base e o alvo de toda a análise (observação). Assim, é o método inicial e também o método final, quando estudamos as Escrituras. Síntese é uma ajuda indispensável para o ensino e a pregação. Síntese é o melhor meio de se aprender a mensagem de um livro. III. COMO USAR ESTE MÉTODO? Exame Cuidadoso do Livro Ler o livro todo de uma sentada. Ler o livro três vezes. Para descobrir o tema principal. Para ver como o tema foi desenvolvido. Para fazer um esboço do livro (os parágrafos da sua Bíblia podem lhe ajudar nisto). Analisar a estrutura do livro e procurar descobrir o princípio organizador, o qual dá unidade ao livro. Fazer as perguntas: O que estava na mente do autor quando ele escrevia este livro? Qual a mensagem que ele queria transmitir? O que queimava no seu coração? Verificar de que maneira o autor desenvolveu o tema. Polêmico? – Como Gálatas. Usa Perguntas? – Como Malaquias. Lógico? – Como Romanos. Tópico? – Como Mateus. C. Relacionar o livro que está se estudando com outros livros ou porções das Escrituras que lhe são semelhantes. Exemplos: Apocalipse – tem que ser estudado com Daniel. Marcos – tem que ser estudado com 1 e 2 Pedro. Reis – tem que ser estudado com Crônicas. ProfetasMenores – tem que ser estudado com Reis e Crônicas. CONCLUSÃO Ficamos satisfeitos, tão facilmente com a mensagem de textos isolados. Exemplo: Malaquias 3.10. não há dúvida, no valor de um único versículo, mas um livro inteiro da Bíblia nos causará um impacto maior ainda, se o lermos do princípio ao fim tentando apreender sua mensagem como um todo. OBSERVAÇÃO DO LIVRO DE MALAQUIAS Malaquias profeta que atuou no período final do Antigo Testamento. Ele é o último, tanto na história, como no lugar que ocupa na disposição dos livros do Antigo Testamento. O povo vivia em pobreza e dominação. Zorobabel e Josué tinham morrido e o templo havia sido concluído. No dia-a-dia, o povo não experimentava nada de extraordinário, assim como nos tempos de Elias. O culto no templo seguia sua rotina de sacrifícios. Será que Deus vai mesmo cumprir suas promessas? Wilkinson revela-nos alguns problemas existentes no período do profeta Malaquias. “Havendo aprendido pouco de seu cativeiro, o povo logo transgrediu em muitos dos mesmos pecados que resultaram em seu exílio na primeira instância: cobiça, idolatria, casamento misto com pagãos, abuso dos pobres, coração empedernido. Em forma de pergunta e resposta, Malaquias põe em realce a desumanidade de Judá e pronuncia a maldição divina sobre todos quantos praticam tais coisas”. Observe o exemplo a seguir, e procure fazer o gráfico do livro de Filipenses. MÉTODO BIOGRÁFICO DE ESTUDO BÍBLICO DEFINIÇÃO. É a aproximação de um livro, para retratar as suas personalidades e deduzir os princípios que regulam e governam as suas vidas. Objetivamente: Colocar em ordem os eventos da vida de um homem, como uma biografia. Subjetivamente: Tomar os eventos da vida de um homem e deduzir dele o seu caráter interior Que tipo de homem foi, ou é, este? O que aconteceu para que ele chegasse a ser o que é? Quais foram os resultados de sua vida, sendo este tipo de homem? Qual a marca que deixou sobre a sociedade? II. IMPORTÂNCIA DO MÉTODO BIOGRÁFICO Revela a fascinação dos caracteres bíblicos – Abraão, positivo e negativo. Traduz a verdade em termos de vida – Perdão – Manasses. O estudo da vida dos homens bíblicos nos deixa: admirados e maravilhados; sem desculpas – não... com esperança - (Tg 5.17); III. COMO USAR ESTE MÉTODO Coletar todo o material concernente ao homem a ser estudado. Cuidado! Muitos homens tem mais de um nome – Silas e Silvano, Mateus e Levi Mais de uma pessoa com o mesmo nome. – Judas. Zacarias, mais de 30 Tente organizar a vida da pessoa, claramente, definindo as unidades. Cronologicamente. – A vida de Moisés. Estudo da crise – antes e depois. – Pedro. Determine as lições e princípios a serem derivados da vida daquela pessoa e do trabalho dela. – Jacó – Não adianta enganar. IV. SUGESTÃO PARA PREGAÇÃO EM SÉRIE Novo Testamento – Pedro, Judas, João, André, etc. Homens comuns – José de Arimatéia. Hebreus 11 – Na Galeria da Fama. Reis de Israel. Os filhos de Jacó. Os Juízes. O POR QUE E COMO DE UM GRÁFICO I. VALOR DE UM GRÁFICO É um dos melhores métodos para registrar, resumir, e preservar as descobertas e os pensamentos. Segue-se assim no seguinte caminho: É uma ajuda visual, ajudando-nos a gravar. É um meio para registrar descobertas a qualquer tempo. Ajuda na perspectiva – torna-se fácil ver o esqueleto e as idéias como um todo. Cria originalidade e maneiras novas no estudo. II. O CONTEÚDO DE UM GRÁFICO Na esquematização de um gráfico observe: 1. Principais divisões do livro, do parágrafo, do verso, etc.. 2. Tema e propósito – porque? 3. Pessoas, eventos, e versos chaves. a. Pessoas: Quem? b. Eventos: Onde? O quê? c. Localização: Onde? d. Tempo: Quando? e. Quantidade: Quantos? 4. Lições principais. (aplicação). 5. Comparações: começo e fim. 6. Títulos dos capítulos e o Tema do livro. 7. Resumo da lista de observações. 8. Cite as fontes. Coloque seu nome e data no canto direito do papel. III. COMO DESENVOLVER UM GRÁFICO MÉTODO HISTÓRICO O Método Histórico é o método usado para se aproximar do livro que se quer estudar, para reconstruir a situação histórica na qual o livro foi produzido, e para determinar as implicações que tem para a nossa época. ORIGEM 2009 OBSERVAÇÃO APLICAÇÃO INTERPRETAÇÃO IMPORTÂNCIA DO MÉTODO HISTÓRICO 1. É de grande valor na interpretação. Para se entender um livro, é necessário conhecer o seu “background”. Exemplos: a. Salmos 51 e 52. b. Os profetas Menores. c. As cartas de Paulo em relação com Atos – (1 Co 5). Nenhum deles nasceu sem um fundo histórico. 2. Fornece ilustrações. A Bíblia é rica em ilustrações. 3. Fornece Material para Uso da Imaginação. COMO USAR ESTE MÉTODO Desenvolver uma história bíblica de forma cronológica MÉTODO TÓPICO DE ESTUDO BÍBLICO No Método Tópico de Estudo Bíblico você “caça” um tópico (tema, assunto) escolhido através da Bíblia. A amplitude do estudo vai depender de seu tempo e propósito. Dependendo do Tópico escolhido você pode abordar apenas parte do ensino bíblico sobre ele. Exemplo: Pecado – Para estudarmos este tópico, usando a Bíblia toda, precisaríamos realizar um trabalho colossal, despendendo muito tempo e esforço. A solução é analisarmos apenas parte do assunto. “O ensino de Jesus a respeito do Pecado”, ou, “O pecado nas epístolas de João”. Uma ótima ajuda neste método é uma boa Concordância Bíblica. Às vezes, entretanto, o tópico tem sinônimos: leis, estatutos, mandamentos, preceitos, etc. Por esta razão, muitas vezes um índice tópico enciclopédico pode ser mais útil do que uma concordância. Passos: Defina o tópico a ser estudado Defina o propósito do estudo Defina os limites a serem observados dentro do assunto. Estes limites podem ser a Bíblia toda, um dos testamentos, uma parte da Bíblia (Pentateuco, Profetas, Maiores, Profetas Menores, Livros Poéticos, Epístolas), um livro ou mesmo um capítulo. Busque e examine o maior número de referências possível. Escreva numa folha as principais ou aquelas que melhor se adaptarem a seu estudo. Selecione as referências e prepare seu esboço. Para cada ponto principal uma referência Para cada ponto principal uma aplicação específica. Anote inicialmente todas as aplicações possíveis dentro do tópico estudado, depois selecione aquela(s) que melhor servir ao seu propósito. MÉTODO ANALÍTICO DE ESTUDO BÍBLICO Analisar algo é estudar o objeto em seus pormenores, tendo o cuidado de notar até os mais diminutos aspectos. É este o objetivo do estudo analítico da Bíblia. Com ele procuramos examinar cuidadosa e completamente uma passagem. O propósito é compreender o que o escritor tinha em mente quando escreveu àqueles a quem se dirigia. De muitos modos se pode contrastar o método analítico de estudo bíblico com o método sintético. No estudo sintético você olha para um quadro maior, como por um telescópio. Aqui no método analítico você estuda as partes como por um microscópio. Usando a ilustração de uma biblioteca, na abordagem sintética você olha a biblioteca em conjunto, enquanto que na abordagem analítica você estuda o conteúdo de cada livro. O estudo analítico da Bíblia é o “feijão com arroz” do seu estudo da escritura. Conforme avançam os anos, com toda a possibilidade você se apoiará nele como sustentáculo do seu programa de estudo da Bíblia. É básico para o completo conhecimento da Palavra, permitindo ao estudante deparar-se com o porque o escritor disse o que disse do modo como o disse. Outra vez, o objetivo é reconstruir tão claramente quanto possível o pensamento original do escritor. Passos para o Estudo Analítico: Passo 1 Leia a passagem cuidadosamente Repita a leitura em versões diferentes Anote todo e qualquer detalhe que achar interessante e relevante Observe as referências correlatas Consulte um comentário sobre o assunto ou passagem.Passo 2 Bombardeie o texto com perguntas (Quem? Como? Onde? Quando? Por quê? O que?) Anote substantivos, verbos e outras palavras chaves. Escreva o texto na íntegra e procure memorizá-lo. É um trabalho duro, mas lhe ajudará a ter o todo em mente enquanto estiver analisando as partes. Faça uma paráfrase do texto e escreva-a na íntegra. Isso será um recurso muito útil para melhor compreender o texto e depois para explicá-lo. Passo 3 Selecione suas anotações e prepare seu esboço. Semelhantemente ao sermão textual, o estudo analítico seguirá as divisões (em seus tópicos) apresentadas pelo próprio texto. ESTUDO POR LIVROS DA BÍBLIA Não é propriamente um método de estudo, mas um roteiro estabelecido para se estudar os livros da Bíblia. ESTUDO BÍBLICO DEVOCIONAL - MANÁ PELA MANHÃ Como anda a sua hora devocional? Por “maná pela manhã”, ou “hora devocional” queremos dizer daquele momento – de 15 a 30 minutos diários – quando você ora, lê, e medita sobre a Palavra de Deus. Alguns alegarão que não tem tempo. Mas tudo realmente depende daquilo que você julga Ter prioridade, você sempre encontrará tempo para aquilo que queria mesmo fazer. Bob Foster diz: “Os grandes homens de Deus na Bíblia tinham uma coisa em comum. Cada um deles gastava bastante tempo, regularmente, em comunhão com Deus, procurando conhecê-lo melhor. Daniel: primeiro ministro de um império foi, sem dúvida, um homem muito mais ocupado do que você e eu. Se alguém pudesse dizer, “eu não tenho tempo para encontrar-me com Deus”, Daniel seria esta pessoa. No entanto, Daniel encontrava-se com Deus três vezes por dia. (Dn 6.10). Davi: O grande rei de Israel, foi outro dos poucos homens que chegaram a conhecer Deus tão intimamente como ele. Mas ele gastava muito tempo na presença do Senhor. O livro de Salmos é quase um diário de Davi, contando dos momentos que ele passava com Deus. “Pela manhã ouviste a minha voz, ó Senhor, pela manhã me apresentarei a ti e vigiarei” (Sl 5.3). ALGUMAS RAZÕES PORQUE O ALUNO DEVE TER A SUA HORA DEVOCIONAL Porque Jesus, o professor dos professores, deixou-nos o exemplo. “E, levantando-se pela manhã muito cedo, fazendo ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava ”. (Mc 1.35). Jesus não somente tinha à sua hora quieta com Deus, mas aconselhou os seus discípulos a fazerem o mesmo (Mt 6.6). Porque sua vida tem um efeito direto sobre tudo o que você faz. Se você vive de pão, e tão somente para o pão, a sua vida é fraca, o seu exemplo negativo. Sua vida não terá aquela autoridade que deve caracterizar o homem de Deus. Porque você mesmo sabe que a sua vida espiritual depende da leitura bíblica, comunhão com o Senhor, e oração. E nada melhor do que a “hora devocional” para aquietar o seu coração diante do Senhor. “Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus”. (Sl 46.10). ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS DE “COMO FAZER A SUA HORA DEVOCIONAL” 1. Decida agora onde e quando, isto é, resolva onde será o seu encontro diário com Deus, e que hora será. Talvez seja preciso levantar-se meia hora mais cedo, mas vale a pena pagar o preço. 2. Comece com oração. Peça ao Senhor para abrir os olhos do seu coração, o seu entendimento espiritual, para que você possa aprender a aprender as verdades espirituais. Davi orou: “desvenda os meus olhos, para que veja as maravilhas da tua lei”. 3. Depois de orar tome a Bíblia, escolha o texto (+/- 10 versículos) e leia várias vezes a passagem escolhida, se possível, em voz alta. 4. Procure as seguintes coisas no texto e as anote: a. A divisão natural da passagem. b. Dê um título para cada divisão que expresse o conteúdo. c. Encontre a verdade central do texto. d. Marque e memorize o verso chave ou o que você achar melhor. 5. Aplicação: há de ser muito mais prático. É necessário então que você faça as seguintes perguntas ao texto: a. Quais são os ensinos deste texto para eu crer e como isto mudará minha vida? b. Qual o pecado indicado aqui que eu devo evitar? c. Que ordem há neste texto que devo obedecer? d. Está aqui uma promessa que Deus o faz? Que diferença ela fará em minha vida? A “hora devocional” é vital no seu desenvolvimento. Você não pode dar-se ao luxo de viver sem ela. Peça força e orientação do alto para que este salutar hábito seja formado na sua vida. E, lembre-se, que todo estudo bíblico deve levar o leitor para um contato direto com as Escrituras, de tal maneira que sua vida seja moldada pela Palavra de Deus. (2 Tm 3.16-17). Conclusão: Procure usar os recursos apresentadas nessa disciplina para enriquecer seus estudos e aumentar seu aproveitamento, também para transmitir a outros um estudo verdadeiramente bíblico, relevante e profundo. Todavia, não permita que a metodologia o domine. Não há nada de sagrado na metodologia. Seu valor jaz no seu poder de ajudá-lo a ser mais hábil estudante da Palavra de Deus. Seja criativo, estude regular e sistematicamente a Palavra e procure fugir da superficialidade e do “comum” na ministração da Palavra.
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