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Ancylostomatidae

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Uma das mais importantes famílias de Nematoda 
Mais de 100 espécies, mas apenas 3 são capazes de s desenvolver no corpo humano 
Posição taxonômica 
Espécies de interesse médico (parasitos humanos – ancilostomose, necatorose ou “amarelão) 
 Necator americanus 
 ANcylostoma duodenale 
Outras espécies: 
 Ancylostoma ceylanicum 
 HD: cães e gatos 
 Pode ocorrer em humanos, mas os hospedeiros definitivos são os cães e gatos 
 Ancylostoma cainum 
 Ancylostoma braziliense 
 O caninum e o braziliense são parasitos de cães e gatos e causam no ser humano a Larva mIgrnas Cutânea (LMC) conhecida 
como bicho geográfico 
Divididos em subfamílias 
Subfamília Ancylostominae: 
 VA possuem dentes na margem da boca 
 Provoca laceração da mucosa intestinal, gerando necrose 
 Verme se alimenta do tecido necrosado 
 Gera espoliação e má absorção (anemia) 
 Ex: A. duodenale 
 Possui dois pares de dentes e um par de dentículos (verificar se está certo) 
 Extremidade anterior é curvada dorssalmente para facilitar a fixação 
 O macho tem bolsa copuladora onde a fêmea se fixa para que ocorra a cópula (reprodução sexuada por fecundação) 
 Fêmea é maior e mais robusta que o macho 
 Ex: ceylanicum 
 Possui um par de dentes longos e um par de dentículos 
 Extremidade anterior é curvada dorsalmente 
Subfamília Bunostominae: 
 VA possuem lâminas cortantes 
Morfologia 
Os ovos dos ancilostomideos são morfologicamente idênticos 
Vermes adultos 
 Bolsa copuladora posteriormente no macho 
 Onde se aloja a fêmea 
 Reprodução sexuada por fecundação 
 Fêmea é maior e mais robusta que o macho 
 Possui dentes e dentículos ou lâminas cortantes 
Ovos 
 Necesseita de uma boa oxigenação e umidade alta (>90%) 
 Necessita de temperatura de 21 a 27º 
 A. duodenale é de 21 a 27 
 N americanus é de 27 a 32 
 Possui uma casca fina e bem delimitada 
 Dentro se encontra o embrião ou larva 
 Ovos morfologicamente idênticos 
 Fêmea produz os ovos, mas o desenvolvimento larvário ocorre fora do hospedeiro 
 Ovo larvado é semelhante ao ovo larvado do Strangyloides stercoralis 
Pietra Rosa TIX 
Subfamília Ancylostominae 
Subfamília bunostominae 
Verme adulto 
ovos 
 Ovo eclode no ambiente e forma L1 que se desenvolve em L2 e depois em L3 no ambiente 
Larva rabditoide 
 Vestíbulo bocal longo 
 Strecoralis tem vestíbulo bocal curto 
Larva filarióide 
 Bainha de proteção e cauda pontiaguda 
 Bainha: possibilita a infecção por ingestão 
 Strecoralis não tem bainha (infecção por penetração) 
 Cauda bifurcada na pota do stercoralis 
Ciclo biológico 
Ciclo monoxêmico (LOOS) 
 Quando por meio da penetração ocorre ciclo de LOOS 
 Quando ingerido o desenvolvimento em VA ocorre diretamente no intestino 
Penetração ativa na pele, conjuntiva e mucosas, ou passiva, via oral, das larvas L3 filarióide 
L3 filarióide (infectante) 
 Penetra na pele ou é ingerida 
 Vai para o intestino 
Ovos necessitam de oxigenação, alta umidade e temperatura adequada: eclode no ambiente e libera L1 
L1 se desenvolve em L2 (L1 e L2 são larvas rabditoides) 
L2 se desenvolve em L3 no ambiente (L3 é forma infectante) 
Penetração da pele, conjuntiva ou mucosa 
A larva L3 (filarióide) penetra ativamente na pele e vai para a circulação sanguínea e/ou linfática e utiliza esses meios para chegar ao coração 
e posteriormente para os alvéolos pulmonares. No pulmão a larva L3 se desenvolve em L4, a qual sobe pela árvore brônquica, chega à 
traqueia, faringe e laringe onde pode ser deglutida ou expelida. Se deglutida a L4 vai para o intestino delgado. No intestino L4 no intestino 
pode gerar espoliação pois é um parasita hematófago e necessita de nutrientes para se desenvolver em L5. L5 se desenvolve e forma os 
vermes adultos que realizam a cópula no intestino delgado, produzindo e eliminando ovos nas fezes. 
Ingestão da larva filarióide (L3) 
A larva L3 é ingerida passivamente e vai para o estômago seguindo para o intestino delgado. No intestino a L3 se adere e penetra na mucosa 
e células de Liberkuhn (fica dentro das células do epitélio intestinal), onde se desenvolve em L4. L4 deixa o enterócito e volta para a luz 
intestinal onde gera espoliação e se desenvolve em L5. O L5 também se fixa e gera espoliação se desenvolvendo em vermes adultos na luz 
intestinal. Os vermes adultos copulam no intestino e geram ovos que são eliminados nas fezes. 
 Todo o ciclo ocorre no intestino 
Patogenicidade 
Depende da carga parasitária e do estado imunológico 
Despende do ciclo 
 Fase aguda 
 Ocorre nas fases cutânea, pulmonar e intestinal 
 Ações: 
 Mecânica (traumática/irritativa): penetração ativa na pele por movimentos serpendiosos 
 Enzimática: enzimas que auxiliam na penetração 
 Tóxica: produção de toxinas devido ao metabolismo 
Fase crônica 
 Dano causado pela fase aguda 
 Vermes adultos + hematofagismo + deficiência nutricional = FASE DE ANEMIA E HIPOPROTEINEMIA 
 Dilaceração da mucosa pela cápsula bucal (hematofagismo do VA): deficiência nutricional e anemia 
Larva rabditoide 
Larva filarióide 
Penetração da pele, conjuntiva ou mucosa 
Ingestão da larva filarióide ((L 3)3 
Fase aguda 
3 
Fase crônica3 
 Material necrosado + sangue é ingerido pelo parasito: lesão ao id diminui a absorção de nutrientes gerando deficiência 
nutricional 
 Parasito muda de local o que gera aumento da área lesada: aumenta a deficiência nutricional 
 Substâncias anticoagulantes nas secreções dos parasitos gera perda de sangue: anemia 
Fase cutânea 
 Dermatite urticariforme no 
 Sensação de “picada” 
 Hiperemia 
 Prurido e edema 
Fase pulmonar 
 Lesões micro-hemorrágicas: Síndrome de Loeffler 
Fase intestinal 
 Dor epigástrica 
 Diminuição do apetite 
 Cólicas, vômitos, náuseas, flatulência 
 Diarreia sanguinolenta ou não 
 Produz saliva com anticoagulantes que impedem a coagulação quando o verme gera a lesão no epitélio intestinal, podendo 
levar a diarreia sanguinolenta 
 Constipação menos frequente 
Anemia ancilostomótica 
 Ferropriva (deficiência de ferro) 
 Relação entre o número de vermes, quantidade de sangue e ferro perdidos, reabsorção do organismo e ingestão de ferro 
 Obs: N. americanus: 0,01 a 0,04ml sangue/dia 
 A. duodenale: 0,05 a 0,3 ml de sangue/dia 
 Reservas e dieta alimentar de ferro são insuficientes para suprir as perdas causadas pelo hematofagismo 
 Geofagia (ingestão de terra) é um fenômeno frequente 
Mudanças fisiológicas e bioquímicas: 
 Anemia (microcítica e hipocrômica) 
 Leucocitose 
 Eosinofilia 
 Baixa taxa de hemoglobina 
Hipoproteinemia 
 0,1g de albumina ou 0,3ml de plasma/100 N.americanus/ dia 
 Ingestão insuficiente de proteínas 
 Perda de plasma no local da fixação 
 Capacidade de síntese hepática comprometida devido à hipóxia 
 Fígado é o primeiro afetado pela hipóxia causada pela perda anemia 
É chamado de amarelão pois tem uma maior concentração de hemácias gerada pela degradação de hemácias (estão menores e deu tempo 
de vida se torna menor pois estão menos funcionais) 
 Essa bilirrubina não é conjugada 
 Como os hepatócitos estão danificados pela hipóxia a bilirrubina não é transportada pela albumina (hipoproteinemia) e não se 
torna conjugada 
 Não é eliminada 
 Bilirrubina não conjugada é depositada na pele gerando a coloração amarelada da pele 
Diagnóstico 
Clínico individual: baseia-se na anamnese e na associação de sintomas cutâneos, pulmonares e intestinais + anemia 
Laboratorial 
 Pesquisa de ovos nas fezes (sem diferenciação de espécies) 
 Coprocultira (pouco utilizada) 
 Cultivo da forma parasitária para análise através dos ovos 
 Imunológicos (anticorpos) 
Fase cutânea 
Fase pulmonar 
Fase intestinal 
3 
Anemia ancilostomótica 
Mudanças fisiológicas e bioquímicas 
hipoproteinemia 
Profilaxia 
 Uso de luvas e botas para jardinagem (mexer com a terra) 
 Saneamento básico 
 Lavagem adequada dos alimentos (para impedira ingestão da L3) 
 Diagnóstico e tratamento adequado 
 Suplementação para a anemia e hipoproteinemia 
Tratamento 
Pamoato de pirantel: bloqueio neuromuscular do verme adulto, provocando paralisia 
Mebendazol e albendazol: interferem na síntese de tubulina 
 Destruição na estrutura microtubular e diferentes células do parasito 
 Não age nas larvas 
Tratamento para a anemia:administração de ferro (sulfato ferroso) e alimentação (fígado, gemas de ovo, frutas e legumes)

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