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Larva migrans Larva migrans cutâânea Penetração Infecção autolimitante pois não consegue se desenvolver Possui hidrotermotropismo Ambiente úmido com oxigenação e radiação solar permite o desenvolvimento ideal da L1 Larva migrans que penetram em hospedeiro não habituais São parasitas de cães e gatos Não consegue evoluir não atingindo a maturidade sexual Migrações através do tecido subcutâneo ou visceral Morrem depois de algum tempo sem chegar à fase adulta Conhecida também como bicho geográfico Causam dermatite serpiginosa (por causa dos movimentos) ou dermatite pruriginosa (coceira) Larvas de Ancylostoma braziliense e caninum São parasitos do ID de cães e gatos A síndrome pode ser causada por outros agentes etiológicos como o Strangyloides stercoralis Morfologia da larva migrans Verme adulto Possuem dentes na margem da boca Características morfológicas semelhantes às de ancilostomídio humano Fêmea com extremidade afilada Macho com órgão copulador Fêmea é maior e mais robusta que o macho Ovos Morfologicamente idênticos ao de ancilostomídio Possui uma casca fina e bem delimitada Dentro se encontra o embrião ou larva Larva rabditoide Tem vestíbulo bocal curto L1 e L2 Larva filarióide Não tem bainha (infecção por penetração) Cauda bifurcada na ponta L3, L4 e L5 Ciclo biológico da larva migrans Os ovos no ambiente se desenvolvem em L1 a partir da massa embriológica. O desenvolvimento da L1, L2 e L3 se faz no ambiente, sendo L1 e L2 as larvas rabditoides e L3 filarióides. A L3 então através da via oral, cutânea ou transplacentária de cães e gatos atinge o ID onde se desenvolve em L4 e depois em L5 (são filarióides). A L5 dá origem aos vermes adultos. Os VA produzem os ovos que são eliminados nas fezes Caso a transmissão seja por penetração nos animais, ocorre a fase pulmonar Caso a transmissão seja por via oral o ciclo ocorre somente no intestino Caso a L3 penetre a pele do ser humano ocorre a SÍNDROME DA LARVA MIGRANS CUTÂNEA Vermes adultos Ovos Larva rabditoide Pietra Rosa TXIX Larva filarióide L3 migra pelo tecido subcutâneo durante semanas ou meses e então morrem Entretanto se a L3 penetrar na pele e atingir a corrente sanguínea ela pode se desenvolver em vermes adultos deixando de ser a LMC A ingestão da L3 gera a SÍNDROME DA LARVA MIGRANS VISCERAL L3 atinge o intestino onde pode atingir a corrente sanguínea e migra através das vísceras Patogenia da LMC Áreas mais atingidas Pés, pernas, nádegas, mãos e antebraço Mais raramente atingem boca, lábios e palato Local de penetração Pode ser assintomática ou pode formar uma lesão eritemopapulosa e prurido Aspecto vesicular devido a ação mecânica e enzimática Migração Rastro saliente e pruriginoso Coceira pode gerar porta de entrada para infecções secundárias Escoriações na pele devido a coceira Lesões mais antigas formam crostas e depois desaparecem Permanece uma faixa hiper pigmentada e que depois desaparece Síndrome de Loeffler Ocorre se a larva atingir os pulmões Sintomas pulmonares Diagnóstico da LMC Clínico: anamnese Aspecto dermatológico da lesão (erupção linear e tortuosa na pele) Tratamento LMC Ivermetina Albendazol Droga de escolha: tiabendazol (uso tópico) Cloretila ou neve carbônica/ gelo seco (mata pelo frio) Larva migrans visceral Larva migrans visceral: ingestão Migram pelas vísceras Migração de larvas de nematóides nas vísceras Principais agentes etiológicos Toxocara sp (ascarídideo) Parasitas intestinais de cães e gatos Gnatostoma spinigerum, Toxocara cati e Ancylostoma caninum: parasitas de cães e gatos Outros são parasitas de suínos e roedores Larva migrans ocular Migração pelo globo ocular Morfologia da Toxicara Vermes adultos Boca com 3 lábios na extremidade anterior A extremidade posterior da fêmea é afilada Ciclo biológico da Toxicara Hospedeiro definitivo: cães Os ovos eliminados nas fezes atingem o ambiente, onde ocorre o desenvolvimento da L1, L2 e L3 dentro do ovo. A ingestão dos ovos contendo L3 é que causa a doença. Dentro do intestino delgado ocorre a eclosão dos ovos liberando a L3 que penetra na mucosa intestinal e atinge a circulação sanguínea. Através da circulação a L3 chega ao fígado, coração e posteriormente ao pulmão, onde ocorre o ciclo de Loss. Nos pulmões a larva migra para os alvéolos onde se desenvolve em L4 chegando posteriormente para os brônquios e traqueia, onde é deglutida e atinge o intestino. No intestino crescem e atingem a maturidade sexual realizando a ovoposição, liberando os ovos nas fezes. Os ovos no solo se tornam infectantes em 15 dias a temperatura de 25° a 30°C e umidade mínima de 70% com oxigenação Nos animais a hepatomigração pode diminuir pois a larva pode entrar em quiescência (não forma o VA) As larvas se distribuem nos tecidos e entam em estado de quiescência e por fatores hormonais e outros fatores pode ocorrer a ativação da larva presente no tecido e ocasiona a transmissão transpancentária e transmamária Vai para o fígado do filhote No ser humano Os ovos eliminados por cães e gatos vão para o ambiente onde se desenvolve a L1, L2 e L3 dentro do ovo. A infecção se dá pela ingestão dos ovos larvados com L3 ou carnes e vísceras de hospedeiro paratênico(HI) que desenvolve a LMV. Os ovos então eclodem no ID e as L3 penetram na mucosa intestinal atingindo a circulação. A partir daí pode se distribuir por todo o organismo podendo atingir fígado, rins, pulmões, coração, medula óssea, músculo estriado e olhos. Em suas migrações pode ocorrer morte do parasita, gerando granulomas alérgicos (infiltrados ricos em eosinófilos e monócitos) ou as larvas podem permanecer encistadas viáveis por vários anos Patogenicidade da LMV A gravidade depende da quantidade de larvas, dos órgãos invadidos e da RI O quadro clínico clássico é caracterizado por Leucocitose Hipereosinofilia Hepatomegalia (se atingir a corrente circulatória) Linfadenite (akterações nos linfonodos) Infiltrados pulmonares (se atingir pulmões) Tosse, dispneia e anorexia Desconforto abdominal Envolvimento do SN: gera manifestações neurológicas Meningite, encefalite e ataques epiléticos Patogenicidade da LM ocular (( (LMO) ) Unilateral (onde ocorre a penetração) Endoftalmia crônica: gera perda de visão Granuloma Hemorragia retiniana (devido a migração) Catarata e outras manifestações oculares Diagnóóstico da LMV Biópsia Imunodiagnóstico (ex: Elisa) LMO (exame oftalmológico) Tratamento da LMV Infecção é usualmente autolimitante (6-18 meses): dispensa tratamento Hospedeiro definitivo: cães No ser humano Albendazol/ ivermectina e tiabendazol (uso sistêmico) Tratamento da LMO Medidas que evitam a RI para perda da visão devido ao dano tecidual Fases iniciais das lesões retinianas: corticoides Lesões na periferia: corticoide periocular Granuloma do polo superior: fotocoagulação Granuloma periférico: vitrectomia (retirada da larva) Anti-helmínticos normalmente não tem capacidade de penetrar no globo ocular (pouca eficiência), porém são utilizados para LMO pois podem ter larvas em outras regiões Profilaxia da LMV Conscientização da população Exame de fezes periódicos dos cães e gatos e tratamento destes com anti-helmínticos de largo espectro Evitar acesso desses animais a locais públicos (praças, praias e parques infantis)
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