Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Profa. Dra. Giselle Paiva 04/03/2020 CEFAPP Módulo: Fisioterapia em Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica Intervenção fisioterapêutica respiratória em neonatologia e pediatria Giselle Souza de Paiva Doutora em Saúde da Criança e do Adolescente- UFPE giselle.spaiva@yahoo.com.br @giselle.spaiva Objetivos da Fisioterapia Respiratória Remover secreções das vias aéreas Melhorar V/Q e ventilação alveolar Melhorar a mecânica respiratória Reduzir o trabalho respiratório Facilitar o desmame da ventilação mecânica e da oxigenoterapia Prevenir e tratar complicações obstrutivas de vvaa *atelectasias Reduzir as lesões associadas à ventilação mecânica Contribuir para o desenvolvimento global (prevenir sequelas motoras) Antunes & Rugolo. Abordagem da Fisioterapia Respiratória em UTIN. In: Lanza et al., 2019 ✓ Terapia de Remoção de Secreções (TRS) ✓ Terapia de Expansão Pulmonar (TEP) ✓ Ajustes de Suporte Ventilatório ✓ Ajustes posturais e Posicionamento Abordagem Fisioterapêutica: ✓ Uso de prótese ventilatória / via aérea artificial ✓ Patologias hipersecretivas associadas Hipersecretividade de vias aéreas Terapia de Remoção de Secreção (TRS) 1 2 3 4 Profa. Dra. Giselle Paiva 04/03/2020 CEFAPP Módulo: Fisioterapia em Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica Os princípios básicos para terapia de higiene brônquica em crianças seguem os mesmos utilizados para os adultos. Porém o sistema respiratório da criança não é um modelo reduzido do sistema adulto. Postiaux, Guy. 2004 Eur Respir J 2000; 15: 196-204 Respiratory Care 2007; 52 (10) ? ?? ? ? ? O que devemos saber? ? Recursos utilizados na TRS ➢ Técnicas auxiliadas pelo fluxo aéreo ➢ Pressão positiva (PEEP) ➢ Oscilação oral de alta frequência ➢ “Fisioterapia convencional” ➢ (drenagem postural, vibração,percussão manual) Expiração lenta Expiração forçada - Pressão manual tóraco-abdominal lenta, ao final de uma expiração espontânea e prossegue até o VR - Passiva - Lactentes (até 02 anos) TÉCNICA DE EXPIRAÇÃO LENTA PROLONGADA (ELPr) Volume expirado RNPT: “Desinsuflação pulmonar” ??? Mishra R, Samuel AJ. 2018; 7:282-3. 5 6 7 8 Profa. Dra. Giselle Paiva 04/03/2020 CEFAPP Módulo: Fisioterapia em Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica Técnica ativa, posição sentada (5 a 6 anos) Inspirações e expirações lentas controladas Começa no VRE VRI DRENAGEM AUTOGÊNICA (DA) OBJETIV0: Variação dos volumes pulmonares e do fluxo aéreo expiratório em três fases distintas Auto-cuidado DRENAGEM AUTOGÊNICA (DA) DRENAGEM AUTÓGENA ASSISTIDA MODIFICADA (DAA) Stopiglia & Coppo,. In: Sarmento, 2009. Stopiglia, Coppo & Pires. Profisio. 2018. - Adaptação da técnica de drenagem autógena (DAA) para lactentes incapazes de cooperar - Utiliza o fluxo expiratório para mobilizar o muco - Prolonga-se a expiração até o VR, mantendo a aplicação da pressão durante um número individualizado de incursões respiratórias. DRENAGEM AUTÓGENA ASSISTIDA MODIFICADA (DAA) Stopiglia & Coppo,. In: Sarmento, 2009. Stopiglia, Coppo & Pires. Profisio. 2018. - Necessidade de incubadoras dificulta posicionamento das mãos - Apoio abdominal da cinta (aumentaria FSC) substituído por fralda - Mão torácica entre fúrcula esternal e linha intermamária 9 10 11 12 Profa. Dra. Giselle Paiva 04/03/2020 CEFAPP Módulo: Fisioterapia em Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica TRS - Aumento do Fluxo Expiratório (AFE) Objetivo: Mobilizar secreções da periferia para as regiões mais centrais. Tipos: Altos, médios e baixos volumes ✓ AFE ✓ AFE modificada Aumento ativo, ativo-assistido ou passivo do fluxo expiratório TRS - Aumento do Fluxo Expiratório (AFE) Aumento do Fluxo Expiratório - AFE 13 14 15 16 Profa. Dra. Giselle Paiva 04/03/2020 CEFAPP Módulo: Fisioterapia em Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica Aumento do Fluxo Expiratório LENTO (AFEL) Algumas evidências • Não alterou fluxo sanguíneo cerebral em RNPT Bassani et al. Rev Paul. Pediatr., 2016. Não causou dor (avaliada pela NIPS) Sousa et al. ConScientiae Saúde, 2013. • Técnica menos estressante que FRC em RNPT pós extubação. Antunes et al., Rev Bras Fisioter. 2006 • Idade: crianças acima de 5 meses • RNs e lactentes: aprisionamento de ar colapso dinâmico das Vas redução dos fluxos e volumes • Crianças em VPM: • estabilidade das estruturas alveolares estabilidade das Vas Considerações AFE rápida TOSSE ➢ Tosse dirigida: voluntária ➢ Tosse provocada: tic traqueal ➢ Tosse assistida: tosse manualmente assistida (TMA) TOSSE EFICÁCIA CAPACIDADE DE INSPIRAÇÃO PROFUNDA CAPACIDADE DE RETRAÇÃO ELÁSTICA FORÇA DOS MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS NÍVEL DE RESISTÊNCIA DE VIAS AÉREAS Ao final da inspiração, deve- se exercer com o polegar uma breve pressão na porção extratorácica da traquéia (fúrcula esternal). Contra-indicações: - baixos volumes pulmonares (sufocação); - estridor laríngeo; - RNPT ( colabamento traquéia e HPIV) Em RNs: menos de 50% apresentam tosse espontanea ou provocada por estimulação laríngea •Balachandran A, Shivbalan S, Thangavelu S. Chest Physiotherapy in Pediatric Practice. Indian Pediatrics 2005; 45: 559-68. Tosse Provocada 17 18 19 20 Profa. Dra. Giselle Paiva 04/03/2020 CEFAPP Módulo: Fisioterapia em Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica Huffing Combinação de uma ou duas expirações forçadas (huffs) -Períodos de respiração controlada, diafragmática. - Glote permanecerá aberta durante a expiração Huff a médios a baixos volumes Vias aéreas distais Huff a altos volumes Vias aéreas proximais •Wagener JS, Headley AA. . Respiratory Care 2003; 48 (3):234-47. TOSSE MANUALMENTE ASSISTIDA - TMA ➢ Pressão manual na parede torácica ➢ Objetivo: ampliar o movimento tóraco- abdominal da tosse, tornado-a mais eficaz A tosse é pouco eficaz nas doenças neuromusculares por uma debilidade do efetivador muscular respiratório 21 22 23 24 Profa. Dra. Giselle Paiva 04/03/2020 CEFAPP Módulo: Fisioterapia em Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica ARTIGO ORIGINAL Pico de fluxo expiratório e resistência do sistema respiratório de pacientes sob ventilação mecânica submetidos a duas formas de tosse manualmente assistida Revista Brasileira de Terapia Intensiva, abril, 2012 Figura 1- Média ± desvio padrão do pico de fluxo expiratório (PFE) durante a realização das manobras. TMA - tosse manualmente assistida; TMAO - tosse manualmente assistida otimizada; * p < 0,001 quando comparado ao grupo controle; §p < 0,05 quando comparado ao grupo TMA; Teste one-wayANOVAepós-teste de Tukey. 35 pacientes - adultos Seguidos de aspiração Resistência reduziu Barros Silva et al PEEP 15 PEEP PEEP PRESSÃO POSITIVA NA TRS 25 26 27 28 Profa. Dra. Giselle Paiva 04/03/2020 CEFAPP Módulo: Fisioterapia em Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica “TÉCNICA COM BASTANTE TRADIÇÃO, PORÉM SEM BASE CIENTÍFICA” Drenagem Postural PRINCÍPIO FÍSICO: ação da gravidade COMPLICAÇÕES ASSOCIADAS: HIPOXEMIA HIPERTENSÃO INTRACRANIANA HIPOTENSÃO HEMORRAGIA PULMONAR BRONCOASPIRAÇÃO HEMOPTISE ✓ “Fisioterapia convencional” Percussão/Tapotagem • Princípio Físico:Ondas de Energia Mecânica Frequência ideal para o transporte do muco de 25-35 Hz Capacidade manual de 1 a 8 Hz Percussão/Tapotagem CONTRA-INDICADA!!! RNs de muito baixo peso; HIC e HIPV Hidrocefalia sem derivação; Hemorragia pulmonar; Osteopenia da prematuridade; A eficácia da tapotagem em RN é questionada por diversos autores11,20,24,25. Isso porque nessa idade o tórax é muito maleável, tem dimensões reduzidas e, sendo assim, o efeito mecânico da tapotagem é consideravelmente menor do que em outras faixas etárias. Seria necessário, portanto, aplicar uma energia mais intensa do que a aplicada em adultos para ocorrer o desprendimento das secreções brônquicas, o que ofereceria o risco, por vezes observado, de causar dor e até fraturas de costelas11,20,24,25. Nicolau, Lahóz,2007 Técnica: Movimento oscilatório aplicado manualmente sobre o tórax (fase exp) com a finalidade de transmitir energia mecânica através da parede torácica até os pulmões e modificar a reologia do muco. Frequência IDEAL = 3 a 75 Hz Frequência da VIBRAÇÃO CILIAR = 13 Hz Kopelman, 1998 Lyon, 1994 29 30 31 32 Profa. Dra. Giselle Paiva 04/03/2020 CEFAPP Módulo: Fisioterapia em Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica TRS - HIGIENE DE VIAS AÉREAS SUPERIORES (Aspiração) ❖ Procedimento de rotina (necessidade X horário) ❖ Técnica correta ❖ Monitorização contínua ❖ Evitar logo após administração de surfactante ❖ Considerar pré-oxigenação ❖ Deve ser breve Riscos: lesão de mucosa, atelectasia, hipoxemia, bradicardia vago-induzida, aumento do fluxo sanguíneo cerebral e da PIC. 33 34 35 36 Profa. Dra. Giselle Paiva 04/03/2020 CEFAPP Módulo: Fisioterapia em Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica Oscilação Oral de Alta Frequência (OOAF) Movimento vibratório rápido de pequenos volumes de ar para frente e para trás no trato respiratório OOAF + PEP oscilante REDUZ A VISCOELASTICIDADE E MELHORA A REOLOGIA DO MUCO PEEP = 10 a 25 cmH2O FREQUÊNCIA: 15 Hz Shaker ® BRASIL Acapella ® USA Flutter ® SUIÇA Técnicas Inspiratórias Coadjuvantes da TRS 37 38 39 40 Profa. Dra. Giselle Paiva 04/03/2020 CEFAPP Módulo: Fisioterapia em Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica Barcellos PG. Hiperinsuflação manual em Pediatria. In: ASSOBRAFIR. Martins JA et al. PROFISIO. Ciclo 3. Vol 1. 2014. Aplicada a partir de um balão autoinfável - descrita pela 1ª vez em 1970 VC maior que o basal Pacientes que utilizam prótese ventilatória -Volume igual ou > 50% do VC utilizado na AVM -Pausa inspiratória – 2s -Liberação rápida da compressão - Técnica também reexpansiva Johnston C et al. I Recomendação Brasileira de Fisioterapia Respiratória em UTI pediátrica e neonatal. Rev Bras Ter Intensiva. 24(4), 2012. Barcellos PG. Hiperinsuflação manual em Pediatria. In: ASSOBRAFIR. Martins JA et al. PROFISIO. Ciclo 3. Vol 1. 2014. “tosse artificial” Recomendação A Fisioterapia AMIB 2012 Johnston C et al. I Recomendação Brasileira de Fisioterapia Respiratória em UTI pediátrica e neonatal. Rev Bras Ter Intensiva. 24(4), 2012. Johnston C et al. I Recomendação Brasileira de Fisioterapia Respiratória em UTI pediátrica e neonatal. Rev Bras Ter Intensiva. 24(4), 2012. A desconexão do ventilador mecânico e, consequentemente, a retirada da PEEP podem acarretar principalmente lesão por cisalhamento relacionado com a abertura e o fechamento cíclicos de unidades pulmonares instáveis. Ortiz et al., 2013. Viana et al., 2016 41 42 43 44 Profa. Dra. Giselle Paiva 04/03/2020 CEFAPP Módulo: Fisioterapia em Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica Desobstrução Rinofaríngea Retrógrada - DRR OBJETIVO: desobstrução das vias aéreas superiores, acompanhada ou não de uma substância terapêutica. ➢Manobra de inspiração rápida e forçada aproveitando o reflexo inspiratório como recurso para desobstrução da rinofaringe. ➢Final do tempo expiratório ➢Oclusão da boca rapidamente ➢Mandíbula inferior é elevada ➢Inspiração forçada ➢Instilação nasal Postiaux, 2004 45 46 47 48 Profa. Dra. Giselle Paiva 04/03/2020 CEFAPP Módulo: Fisioterapia em Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica Stopiglia, Coppo & Pires. Profisio. 2018. DESOBSTRUÇÃO RINOFARÍNGEA RETRÓGRADA - DRR Stopiglia, Coppo & Pires. Profisio. 2018. Postiaux, 2004. Auxilia avaliação do paciente, quando há obstrução de VAS por obstrução dificultando ausculta pulmonar Desobstrução rinofaríngea retrógrada - DRR Ciclo de controle da respiração Exercícios de expansão torácica Técnica de expiração forçada (HUFF) Prevenção de broncoespasmo Auxilia o deslocamento de secreções Move as secreções para vvaa centrais “MOTIVAÇÃO, CONCENTRAÇÃO, COMPETÊNCIA MENTAL, AUSÊNCIA DE DISTÚRBIO RESPIRATÓRIO AGUDO E CAPACIDADE DE CONTROLE DA VENTILAÇÃO” LANGENDERFER, J CARDIOPULM REHAB, 1998; 18(4): 283-89 •Paciente sentado • Dispositivo auxiliar: Boquilha 49 50 51 52 Profa. Dra. Giselle Paiva 04/03/2020 CEFAPP Módulo: Fisioterapia em Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica “Ausência de evidência não é evidência de ausência” giselle.spaiva@yahoo.com.br @giselle.spaiva Obrigada! 53 54 mailto:giselle.spaiva@yahoo.com.br
Compartilhar