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POP-Unidade de Reabilitação-007-2016 Fisioterapia no Pré e Pós-Operatório de Cirurgia Torácica no Adulto versão final

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Procedimento 
Operacional Padrão
POP/UNIDADE DE 
REABILITAÇÃO/07/2016
Fisioterapia no Pré e Pós-Operatório de 
Cirurgia Torácica no Adulto 
Versão 1.0
UNIDADE DE 
REABILITAÇÃO 
 
 
 
 
 
Procedimento Operacional 
Padrão 
 
 
POP/UNIDADE DE REABILITAÇÃO/07/2016 
Fisioterapia no Pré e Pós-Operatório de Cirurgia 
Torácica no Adulto 
 
 
 
 
 
 
Versão 1.0 
 
 
 
 
 
 
® 2015, Ebserh. Todos os direitos reservados 
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh 
www.Ebserh.gov.br 
 
 
 
Material produzido pela Unidade de Reabilitação do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade 
Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)/Ebserh 
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins comerciais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-
UFTM), administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares 
(EBserh) – Ministério da Educação 
 
POP: Fisioterapia no Pré e Pós-Operatório de Cirurgia Torácica no Adulto 
– Unidade de Reabilitação do HC-UFTM – Uberaba, MG, 2016. 16p. 
Palavras-chaves: 1 – POP; 2 – Fisioterapia; 3 – Pré e pós-operatório; 4 - 
Cirurgia torácica 
 
 
HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO 
ADMINISTRADO PELA EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES 
(EBSERH) 
Avenida Getúlio Guaritá, nº 130 
Bairro Abadia | CEP: 38025-440 | Uberaba-MG 
Telefone: (034) 3318-5200 | Sítio: www.ebserh.gov.br/web/hc-uftm 
 
 
ALOIZIO MERCADANTE OLIVA 
Ministro de Estado da Educação 
 
 
NEWTON LIMA NETO 
Presidente da Ebserh 
 
 
LUIZ ANTÔNIO PERTILI RODRIGUES DE RESENDE 
Superintendente do HC-UFTM 
 
 
AUGUSTO CÉSAR HOYLER 
Gerente Administrativo do HC-UFTM 
 
 
DALMO CORREIA FILHO 
Gerente de Ensino e Pesquisa do HC-UFTM 
 
 
MURILO ANTÔNIO ROCHA 
Gerente de Atenção à Saúde do HC-UFTM/ 
 
 
ADRIANO JANDER FERREIRA 
Responsável pela Divisão de Apoio Diagnóstico e Terapêutico do HC-UFTM 
 
 
RENATA DE MELO BATISTA 
Chefe da Unidade de Reabilitação do HC-UFTM 
 
 
EXPEDIENTE 
 
 
Unidade de Reabilitação do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo 
Mineiro 
 
Produção 
 
 
 
 
HISTÓRICO DE REVISÕES 
 
Data Versã
o 
Descrição Gestor do POP Autor/responsável por alterações 
27/10/2015 1.0 
Trata da padronização da 
assistência fisioterapêutica 
ao paciente adulto no pré e 
pós-operatório de Cirurgia 
Torácica 
Renata de Melo 
Batista 
Izabella Barberato 
Silva Antonelli 
 
 
 
 
POP/Unidade de Reabilitação/007/2016 Fisioterapia no Pré e Pós-Operatório de 
Cirurgia Torácica no Adulto 
Versão 1.0 Página 5 de 16 
 
 
 
SUMÁRIO 
OBJETIVO ............................................................................................................................................ 6 
GLOSSÁRIO ......................................................................................................................................... 6 
LISTA DE QUADROS .......................................................................................................................... 7 
APLICAÇÃO ......................................................................................................................................... 7 
I INFORMAÇÕES GERAIS ................................................................................................................. 7 
I.I Introdução ...................................................................................................................................... 7 
I.II Objetivos ...................................................................................................................................... 7 
I.II.I Objetivos gerais: ................................................................................................................... 7 
I.II.II Objetivos específicos ........................................................................................................... 8 
II VIAS DE ACESSO ............................................................................................................................ 8 
II. I Tipos De Cirurgias ...................................................................................................................... 9 
 
III. FATORES DE RISCO PARA COMPLICAÇÕES ....................................................................... 10 
III.I Fatores de risco ......................................................................................................................... 10 
IV- Descrição das tarefas ..................................................................................................................... 11 
IV.I Conduta fisioterapêutica respiratória no pré- operatório: ......................................................... 11 
IV.II Conduta Fisioterapêutica respiratória no pós- operatório: ...................................................... 14 
IV.III Conduta Fisioterapêutica motora no pré e pós-operatório ..................................................... 14 
FLUXOGRAMA DA FISIOTERAPIA EM PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA 
TORÁCICA ......................................................................................................................................... 15 
REFERENCIAIS TEÓRICOS ............................................................................................................. 16 
 
 
 
 
POP/Unidade de Reabilitação/007/2016 Fisioterapia no Pré e Pós-Operatório de 
Cirurgia Torácica no Adulto 
Versão 1.0 Página 6 de 16 
 
 
OBJETIVO 
 
 Padronizar entre a equipe de fisioterapia a assistência ao paciente adulto no pré e pós-
operatório de cirurgia torácica. 
 
GLOSSÁRIO 
 
Bilevel: Dois níveis de pressão nas vias aéreas 
CNT: Cinesioterapia 
CPAP: Pressão positiva contínua nas vias aéreas 
CRF: Capacidade residual funcional 
DPOC: Doença pulmonar obstrutiva crônica 
Ebserh:E mpresa Brasileira de Serviços Hospitalares 
EPAP- Expiratory positive airway pressure 
HC- UFTM: Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro 
p. : Página 
Pe máx: Pressão expiratória máxima 
PEEP: Pressão positiva nas vias aéreas 
Pimáx: Pressão inspiratória máxima 
POP: Potocolo Operacional Padrão 
SDRA:Síndrome do desconforto respiratório agudo 
SMI: Sustentação máxima inspiratória 
TMR: Treinamento muscular respiratório 
VAA : Via aérea artificial 
VM: Ventilação mecânica 
VMNI: Ventilação mecânica não-invasiva 
 
POP/Unidade de Reabilitação/007/2016 Fisioterapia no Pré e Pós-Operatório de 
Cirurgia Torácica no Adulto 
Versão 1.0 Página 7 de 16 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1- Vias de acesso às cirurgias torácicas 
Quadro 2- Tipos de cirurgias torácicas 
 
 
APLICAÇÃO 
 
 Em todos os pacientes com prescrição de Fisioterapia motora e respiratória, com idade igual 
ou superior a dezoito anos, submetidos ao pré e pós-operatório de cirurgia torácica, internados no 
Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM). 
 
 
I INFORMAÇÕES GERAIS 
 
I.I Introdução 
 A cirurgia torácica não-cardíaca abrange o tratamento das doenças que afetam os órgãos da 
cavidade torácica e pode ser utilizada, também, como via de acesso ao abdome. 
 A fisioterapia deve começar no pré-operatório através do conhecimento da história clínica e 
exame físico, identificando os fatores de risco e o planejamento do pós-operatório, o que reduz 
significativamente a evolução desfavorável, devido às complicações pulmonares. 
 A reabilitação é um componenteessencial antes do transplante pulmonar, cirurgia redutora de 
volume, ressecção pulmonar e qualquer outra cirurgia torácica eletiva. 
 
I.II Objetivos 
I.II.I Objetivos gerais: 
• Garantir o acolhimento, acessibilidade e humanização do cuidado ao paciente; 
 
POP/Unidade de Reabilitação/007/2016 Fisioterapia no Pré e Pós-Operatório de 
Cirurgia Torácica no Adulto 
Versão 1.0 Página 8 de 16 
 
 
• Reabilitar o paciente, de forma parcial ou total, e possibilitar a continuidade do cuidado com 
intervenções terapêuticas que permitam o reestabelecimento de suas funções e atividades, 
promovendo autonomia e independência funcional, bem como a recuperação de suas sequelas; 
• Avaliar, de forma global, por meio de atuação interdisciplinar, as necessidades do paciente, 
considerando sua situação de dependência e os seus objetivos de funcionalidade e autonomia 
definidos periodicamente. 
 
 I.II.II Objetivos específicos 
• Manter as vias aéreas pérvias e a ventilação pulmonar, favorecendo a eliminação de secreções; 
• Reexpandir áreas atelectasiadas, reduzir o shunt e melhorar a complacência pulmonar 
• Melhorar endurance e força dos músculos respiratórios no pré operatório; 
• Monitorizar e otimizar a ventilação mecânica e a administração de oxigênio; 
• Evitar complicações da ventilação mecânica e diminuir o tempo de intubação; 
• Evitar deformidades e contraturas; 
• Melhorar e/ou manter a função motora; 
• Posicionar o paciente adequadamente no leito. 
 
II VIAS DE ACESSO 
 O quadro 1 apresenta os principais locais de incisão e as intervenções correspondentes: 
 
Quadro 1: Vias de Acesso às Cirurgias Torácicas 
Incisão cirúrgica Local da incisão Procedimento 
Toracotomia anterior Entre o esterno e a linha axilar 
anterior (entre o quarto e o 
quinto espaços intercostais) 
Biópsia pulmonar 
Abordagem simultânea de 
pericárdio e pleura 
Ressecção de tumores do 
mediastino de localização 
lateral ao pericárdio 
Toracotomia Lateral Entre as linhas axilar anterior Pulmões, pleura, esôfago, 
 
POP/Unidade de Reabilitação/007/2016 Fisioterapia no Pré e Pós-Operatório de 
Cirurgia Torácica no Adulto 
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e posterior, direcionando-se 
para o sulco inframamário 
mediastino posterior, 
diafragma e parede do tórax. 
Esternotomia mediana Estende-se a 4 cm da fúrcula 
esternal até abaixo do 
apêndice xifóideo 
Diagnóstico e tratamento de 
lesões mediastinais anteriores 
Ressecções pulmonares 
Mediastinotomia anterior Incisão paraesternal sobre a 
segunda ou terceira cartilagem 
costal 
Biópsia de massa e linfonodos 
localizados em regiões 
periaórticas 
Minitoracotomia Toracotomias pequenas (10 
cm) 
Remoção de coágulos e 
tratamento do empiema 
complicado multissseptado 
Toracotomia mínima Incisões de 2 a 5 cm Ressecção ou não de 
segmentos de costela, para 
colocação de drenos 
torácicos, biópsias pleurais a 
céu aberto, etc. 
Acesso subxifóideo ao 
pericárdio 
Incisão abaixo do apêndice 
xifóideo 
Diagnóstico e tratamento das 
pericardites que cursam com 
derrame e que podem produzir 
restrição diastólica 
Fonte: MACHADO, 2008. 
 
II. I Tipos de Cirurgias 
 O quadro 2 mostra os tipos de cirurgias torácicas que podem ser realizadas na parede torácica, 
pleura e pulmões: 
Quadro 2: Tipos de Cirurgias Torácicas 
Parede torácica Pleura Pulmão Diafragma 
Costectomia Drenagem Torácica Punção transtorácica Frenorrafia 
Condrectomia Toracostomia com 
drenagem tubular 
aberta 
Segmentectomia Frenectomia 
 
POP/Unidade de Reabilitação/007/2016 Fisioterapia no Pré e Pós-Operatório de 
Cirurgia Torácica no Adulto 
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Toracectomia Pleurostomia Lobectomia Plicatura 
diafragmática 
Retalho Miocutâneo Biópsia Pleural Pneumectomia Marca-passo 
diafragmático 
Toracoplastia Pleurodese e 
pleurectomia 
Descorticação 
pulmonar e 
empiemectomia 
Ressecção 
diafragmática 
 Pleuroscopia Cirurgia redutora de 
volume pulmonar 
 
 Bulectomia 
 Transplante Pulmonar 
Fonte: MACHADO, 2008. 
 
 
III. FATORES DE RISCO PARA COMPLICAÇÕES 
III.I Fatores de risco 
- Pré-operatório: idade, a obesidade, o estado nutricional, o tabagismo, a função pulmonar alterada, a 
doença pulmonar preexistente, a aspiração e comorbidades. 
 
- Peri-operatório: Local e o tipo de cirurgia, a duração da anestesia e a associação dos anestésicos 
com bloqueadores neuromusculares. 
 
- Pós-operatório: 
• A imobilização, a posição supina e a depressão do nível de consciência comprometem a 
relação ventilação-perfusão, diminuem o volume pulmonar favorecendo a atelectasia e o 
risco de pneumonia; 
• O tratamento inadequado da dor pode resultar em respiração rápida e superficial, 
dificuldade de realizar inspiração profunda e mudança de decúbito; 
• A presença da sonda nasogástrica causa desconforto, principalmente com o movimento, 
comprometendo a motivação do paciente para a deambulação precoce . Além disso, a 
sonda aumenta o refluxo, a colonização da orofaringe e reduz a efetividade da tosse; 
 
POP/Unidade de Reabilitação/007/2016 Fisioterapia no Pré e Pós-Operatório de 
Cirurgia Torácica no Adulto 
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• A intubação e a ventilação mecânica prolongada aumentam os fatores de risco, 
principalmente para a pneumonia; 
• É importante orientar bem o paciente sobre a recuperação pós-operatória, para que haja 
cooperação do mesmo visando recuperação efetiva. 
 
IV- DESCRIÇÃO DAS TAREFAS 
 
IV.I Conduta fisioterapêutica respiratória no pré-operatório: 
No pré-operatório o paciente é submetido a uma avaliação fisioterapêutica cujo objetivo é 
identificar os seus limites e as suas necessidades. 
 O foco de atuação do fisioterapeuta será eleito de acordo com o resultado dessa avaliação. 
Sendo assim, o tratamento proposto será individualizado e poderá conter os seguintes exercícios: 
 
• Treinamento muscular respiratório (TMR): É de extrema importância, para 
condicionamento muscular respiratório, o que previne complicações pós-operatórias. O 
paciente deve estar consciente e orientado para sua realização. Pode ser realizado através 
de um sistema de molas (threshold) ou, orifícios ofertado por dispositivos que impõe uma 
carga resistiva contra a inspiração. Em relação ao Threshold IMT (inspiratório), o treino 
pode ser iniciado com carga de 15 a 30% da PI máx e evoluir para 60 a 70% de acordo 
com o objetivo de treinamento. A duração pode variar entre 15 e 30 minutos ou realizar 
séries de 20-30 respirações, com uma frequência de duas vezes ao dia, durante 5 a 7 dias 
por semana. Deve ser preconizado um período de treinamento entre 8 a 12 semanas. 
 
• Técnicas desobstrutivas: 
 Se o paciente apresentar sinais de secreção pulmonar como tosse produtiva e ausculta 
pulmonar alterada, será necessário realizar as técnicas desobstrutivas, conforme citado abaixo: 
Compressão torácica: consiste na compressão dos arcos costais durante a fase 
expiratória. Realizado na maioria das vezes quando o paciente não colabora. 
Tosse assistida: consiste na realização do ato tussígeno, com assistência manual do 
fisioterapeuta no esterno ou abdome, na tentativa de aumentar a pressão e tornar a tosse 
mais eficaz; 
 
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Cirurgia Torácica no Adulto 
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Técnica de expiração forçada (huffing): o paciente deve estar consciente e orientado 
para realizar esta técnica. Faz-se expirações forçadas a partir de médio volume 
inspiratório e com a glote aberta, aumentando assim o fluxo expiratório e favorecendo a 
tosse; 
Oscilação oral de alta frequência: Flutter, shaker ( dispositivos em forma de cachimbo 
que durantea expiração geram oscilações pela presença de uma esfera de aço em seu 
interior e que combinam a ação da pressão positiva nas vias aéreas- PEEP, facilitando a 
eliminação de secreção), Acapella (deve-se ajustar a resistência girando no sentido anti-
horário (mínima) até o sentido horário (máxima) conforme tolerância do paciente. O 
paciente, consciente e orientado, é instruído a inspirar lenta e profundamente, com 
volumes pulmonares entre a capacidade residual funcional e a capacidade pulmonar total, 
e a expiração realizada à capacidade residual funcional. 
EPAP (Expiratory positive airway pressure): A EPAP é uma técnica que consiste na 
aplicação de pressão positiva somente durante a fase expiratória do ciclo respiratório. Esta 
pressão positiva é produzida por dispositivos que geram resistência ao fluxo expiratório, 
como válvulas spring-loaded, com pressões de 5, 10, 15 ou 20 cmH2O, que podem estar 
conectados a máscaras, bocais ou diretamente à via aérea artificial (VAA) dos pacientes. 
A pressão positiva expiratória final (positive expiratory end pressure-PEEP) produzida 
promove aumento dos volumes pulmonares e recrutamento alveolar (podendo também ser 
considerada como técnica reexpansiva), além de ser uma alternativa efetiva de higiene 
brônquica. 
Aspiração traqueal : é um componente complementar da terapia de higiene brônquica, 
em pacientes que apresentam tosse ineficaz e produtiva, sendo realizada via nasotraqueal, 
no caso de pacientes sem via aérea artificial; ou endotraqueal, no caso de pacientes 
intubados ou traqueostomizados. 
 
• Técnicas expansivas: 
 Após a realização da terapia de higiene brônquica, é necessário realizar a terapia de expansão 
pulmonar, conforme avaliação individual de cada paciente. São elas: 
Espirômetro de incentivo: a fluxo (Respiron ou Triflo) ou a volume (Voldyne 5000 ou 
Spiro-ball) que utilizam a sustentação máxima inspiratória (SMI) para atingir altos 
 
POP/Unidade de Reabilitação/007/2016 Fisioterapia no Pré e Pós-Operatório de 
Cirurgia Torácica no Adulto 
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volumes pulmonares. Através de um feedback visual, estimulam os pacientes a atingirem 
os fluxos ou volumes determinados. Instrui-se nos espirômetros de incentivo à fluxo, 
acoplar o bocal à boca para que não haja vazamento, inspirar lenta e profundamente e 
sustentar a mesma em torno de 3 segundos. Fazer em séries. Realizar com o paciente 
sentado à beira do leito ou em decúbito dorsal com a cabeceira a 30°. É necessário 
cooperação do paciente. 
Exercícios respiratórios: A inspiração fracionada consiste em realizar inspirações nasais 
sucessivas e curtas, com uma pausa (apneia) após cada inspiração curta, até atingir a 
capacidade pulmonar total, e a seguir, uma expiração bucal. Tem-se também a Inspiração 
Sustentada Máxima, em que o paciente é orientado a realizar uma inspiração profunda até 
a capacidade inspiratória máxima, seguida de uma pausa inspiratória, e em seguida, a 
expiração bucal. Estes exercícios podem ser associados à elevação dos membros 
superiores. É muito utilizada no âmbito hospitalar. 
Ventilação mecânica não-invasiva: A CPAP (pressão positiva contínua nas vias aéreas) 
é obtida com gerador de fluxo podendo ser utilizada em pacientes em ventilação 
espontânea com e sem vias aéreas artificiais e consiste na aplicação de um nível de PEEP 
associada a um fluxo inspiratório nas vias aéreas. Os benefícios do uso da CPAP estão 
largamente descritos na literatura e estão diretamente relacionados ao aumento da pressão 
alveolar e da CRF. Estes benefícios, consequentemente, determinam recrutamento de 
alvéolos previamente colapsados. 
O Bilevel é um modo de ventilação não-invasiva que tem como característica a utilização 
de dois níveis de pressão positiva, que são aplicadas na fase inspiratória e expiratória, 
gerando aumento do volume pulmonar. A pressão aplicada durante a fase inspiratória é 
sempre maior que a expiratória, permitindo que mesmo com mínima ou nenhuma 
colaboração do paciente, ocorra aumento da pressão transpulmonar. Na atualidade, o 
Bilevel e a CPAP são recursos utilizados para expansão pulmonar, contudo o Bilevel deve 
ser o recurso de primeira escolha, devido à vantagem de fornecer dois níveis de pressão 
separadamente. A CPAP não é capaz de aumentar a ventilação alveolar, motivo pelo qual, 
na presença de hipercapnia, é dada preferência ao uso da ventilação não-invasiva com 
dois níveis de pressão. O ideal é manter o Bilevel, com pressões mais baixas (EPAP < 8 e 
IPAP < 15). 
 
POP/Unidade de Reabilitação/007/2016 Fisioterapia no Pré e Pós-Operatório de 
Cirurgia Torácica no Adulto 
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Se o paciente evoluir para intubação orotraqueal e ventilação mecânica, o fisioterapeuta 
deve monitorizar os parâmetros de ventilação mecânica, a pressão do balonete, progredir 
o desmame e a extubação. O auxílio à equipe é indispensável em situações de emergência. 
 
IV.II Conduta Fisioterapêutica respiratória no pós-operatório: 
 
 No pós-operatório, será realizada nova avaliação geral do paciente e, a partir dela, 
traçado nova conduta fisioterapêutica. 
 As técnicas a serem utilizadas nessa fase são as mesmas descritas anteriormente, e 
englobam: 
- técnicas desobstrutivas: serão utilizadas quando houver alteração do processo de depuração 
de vias aéreas, o que ocorre na maioria dos pacientes de pós-operatório. Poderá ser 
empregada compressão torácica (não deve ser realizada sobre o dreno torácico, quando o 
mesmo estiver presente), tosse assistida, técnica de expiração forçada (huffing), Oscilação 
Oral de Alta Frequência, EPAP e aspiração traqueal ( conforme necessidade). 
- técnicas expansivas: devem ser enfatizadas pois são indispensáveis na restauração do 
processo de ventilação. São elas: espirometria de incentivo, exercícios respiratórios, 
ventilação mecânica não-invasiva. 
 
IV.III Conduta Fisioterapêutica motora no pré e pós-operatório 
 
 A fisioterapia motora é essencial durante a internação hospitalar, tanto no pré-
operatório, quanto no pós-operatório, para condicionamento físico global. 
 Em ambas as fases devem ser realizadas mobilização articular passiva, ativo-assistida, 
ativa e/ou resistida, dependendo da condição física de cada paciente, e também alongamento 
muscular, prevenindo assim processos tromboembólicos. 
 São realizadas também mudanças de decúbito, transferências, treinos funcionais, 
incentivo ao decúbito sentado e à deambulação precoce, visando prevenir os efeitos da 
imobilidade no leito e otimizar a capacidade de trabalho e a independência funcional do 
paciente. 
 
POP/Unidade de Reabilitação/007/2016 Fisioterapia no Pré e Pós-Operatório de 
Cirurgia Torácica no Adulto 
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 Quando os familiares e/ou os cuidadores estão presentes são realizados treinamentos e 
passadas orientações complementares ao tratamento do paciente, para que estímulos 
adequados sejam dados ao longo do dia e não somente durante as sessões de fisioterapia. 
 
 
FLUXOGRAMA DA FISIOTERAPIA EM PACIENTES SUBMETIDOS À 
CIRURGIA TORÁCICA 
 
 
 
 Fonte: Autoria própria, 2015. 
 
POP/Unidade de Reabilitação/007/2016 Fisioterapia no Pré e Pós-Operatório de 
Cirurgia Torácica no Adulto 
Versão 1.0 Página 16 de 16 
 
 
 
REFERENCIAIS TEÓRICOS 
 
AGOSTINI. P. et al. Comparison of recognition tools for postoperative pulmonary complications 
following thoracotomy. Physiotherapy, 97 (2011) 278–283. 
AGOSTINI P.; SINGH.S. Incentive spirometry following thoracic surgery:what should we be doing? 
Physiotherapy 95 (2009) 76–82. 
 
CASALI C.C.C.; MATOS C.M.P. Técnicas de fisioterapia respiratória em terapia intensiva. In: 
Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva.PROFISIO Programa de atualização em Fisioterapia Cardiovascular e Respiratória: Ciclo 1. Porto 
Alegre: Artmed Panamericana; 2010. p. 75-124 (Sistema de Educação Continuada à Distância, v.2). 
 
III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica. J Bras Pneumol. 2007;33(Supl 2):S 54-S 70 
 
FRANÇA, E.E.T. et al.. Fisioterapia em pacientes críticos adultos: recomendações do Departamento 
de Fisioterapia da Associação de Medicina Intensiva Brasileira. Rev Bras Ter Intensiva. 2012; 
24(1):6-22 
 
GAMBAROTO, G. Fisioterapia Respiratória em Unidade de Terapia Intensiva. São 
Paulo:Atheneu,2006. p.79-88. 
MACHADO, M.G.R. Bases da fisioterapia respiratória- Terapia Intensiva e Reabilitação. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. p.363-376. 
ORMAN, J.; ESTERDAHL, E.W. Chest physiotherapy with positive expiratory pressure breathing 
after abdominal and thoracic surgery:a systematic review. Acta Anaesthesiol Scand2010;54: 261–
267. 
 
SALES, A.T.; LIMA I.N.; FREGONEZI G.A.F. Treinamento Muscular respiratório em doenças 
pulmonares. In: associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia 
Intensiva. PROFISIO Programa de atualização em Fisioterapia Cardiovascular e Respiratória: Ciclo 
1. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2015. p. 121-49 (Sistema de Educação Continuada à 
Distância, v.3). 
 
SARMENTO, J.V.S. Fisioterapia Respiratória no paciente crítico- Rotinas Clínicas.São Paulo: 
Manole, 2005. p.7-21. 
 
 
 
 
 
 
 
 
HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO 
MINEIRO 
Avenida Getúlio Guaritá, 130 
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