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Gestão Aplicada à Saúde e Segurança no Trabalho Audennille Marinho de Almeida Eraldo de Jesus Argôlo Curso Técnico em Segurança do Trabalho Educação a Distância 2019 Gestão Aplicada à Saúde e Segurança no Trabalho Audennille Marinho de Almeida Eraldo de Jesus Argôlo Curso Técnico em Segurança do Trabalho Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa Educação a Distância Recife 1.ed. | dez. 2019 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISDB A447g Almeida, Audennille Marinho de. Gestão Aplicada à Saúde e Segurança no Trabalho: Curso Técnico em Segurança do Trabalho: Educação a distância / Audennille Marinho de Almeida, Eraldo de Jesus Argôlo. – Recife: Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa, 2019. 55 p.: il. Inclui referências bibliográficas. Caderno eletrônico produzido em dezembro de 2019 pela Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa. 1 Gestão de segurança e saúde no trabalho. 2. Organização da segurança e saúde. I. Título. CDU – 331:316.776 Elaborado por Hugo Carlos Cavalcanti | CRB-4 2129 Catalogação e Normalização Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129) Diagramação Jailson Miranda Coordenação Executiva George Bento Catunda Renata Marques de Otero Manoel Vanderley dos Santos Neto Coordenação Geral Maria de Araújo Medeiros Souza Maria de Lourdes Cordeiro Marques Secretaria Executiva de Educação Integral e Profissional Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa Gerência de Educação a distância Dezembro, 2019 Professor(es) Autor(es) Audennille Marinho de Almeida Eraldo de Jesus Argôlo Revisão Audennille Marinho de Almeida Eraldo de Jesus Argôlo Raísa Rení Lima Andrade Coordenação de Curso Raísa Rení Lima Andrade Coordenação Design Educacional Deisiane Gomes Bazante Design Educacional Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger Helisangela Maria Andrade Ferreira Izabela Pereira Cavalcanti Jailson Miranda Roberto de Freitas Morais Sobrinho Descrição de imagens Sunnye Rose Carlos Gomes Sumário Introdução .............................................................................................................................................. 5 1.Competência 01 | Conhecer as Técnicas para Trabalhar em Equipe de Forma Organizada, Metódica e Sistemática, Mantendo a Ética Profissional e Facilitando as Relações Interpessoais ........ 8 1.1 Gestão de segurança e ergonomia ............................................................................................. 12 1.2 O ciclo do PDCA .......................................................................................................................... 13 1.3 Comunicação no trabalho ........................................................................................................... 16 2.Competência 02 | Desenvolver o Perfil de Liderança Visando à Produtividade da Equipe Liderada e o Autodesenvolvimento Profissional ................................................................................................... 20 2.1 Inteligência emocional ................................................................................................................ 21 2.1.1 Autoconsciência ...................................................................................................................... 21 2.1.2 Autocontrole ........................................................................................................................... 23 2.1.3 Motivação ............................................................................................................................... 23 2.1.4 Empatia ................................................................................................................................... 26 2.1.5 Habilidades sociais .................................................................................................................. 27 2.2 Gestão da Saúde e Segurança no Trabalho (SST) ...................................................................... 28 3.Competência 03 | Conhecer as Técnicas para Cálculo de Custos Decorrentes de Acidentes de Trabalho e Óbitos ................................................................................................................................. 31 3.1 Acidente de trabalho ................................................................................................................. 33 3.2 Comunicação dos acidentes de trabalho (CAT) ......................................................................... 34 3.3 Causas dos acidentes de trabalho ............................................................................................. 36 3.3.1 Condição insegura................................................................................................................... 37 3.3.2 Fator pessoal de insegurança ................................................................................................. 38 3.4 Tipos de acidente de trabalho ................................................................................................... 40 3.5 Consequências dos acidentes de trabalho ................................................................................ 41 3.5.1 Incapacidades laborais ............................................................................................................ 42 3.6 Investigação dos acidentes de trabalho .................................................................................... 44 3.7 Cálculos estatísticos ................................................................................................................... 45 Conclusão ............................................................................................................................................. 52 Referências ........................................................................................................................................... 53 Minicurrículo do Professor ................................................................................................................... 55 5 Introdução Estimado aluno (a), Bem-vindo à disciplina de Legislação Aplicada à Área de Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho! Neste material, iremos estudar como poderão ser empregados modelos/sistemas de Gestão Aplicada à Saúde e Segurança no Trabalho nas organizações, assim como alguns requisitos e exemplos de indicadores, que servirão para identificar os principais motivos que devem ser considerados pelas organizações para investir em Segurança e Saúde do Trabalho, bem como apresentar algumas boas práticas relacionadas a este tema que justifiquem investimentos nesta área. Desta forma, é de suma importância que você como futuro Técnico em Segurança do Trabalho conheça suas atribuições legais listadas através da Portaria MTb nº 3.275 de 21/09/1989. A grande concorrência entre as organizações tem feito com que muitos gestores não detenham suas atenções quanto ao ambiente de trabalho oferecido a seus colaboradores e, consequentemente, deixando estes de terem a percepção dos possíveis danos a que possam estar expostos seus funcionários em seu meio de trabalho, ao meio ambiente e às comunidades. Neste sentido, para ser um profissional competitivo e qualificado no mercado de trabalho, teremos que saber, além das aplicações das normas regulamentadoras (NR’s), legislações e decretos da área de segurança do trabalho; saber também como trabalhar em equipe e a importância de se ter uma boa comunicação no local de trabalho,estas últimas trarão certamente um ambiente laboral mais atrativo e agradável. Acesse o link a seguir e veja suas futuras atribuições: https://www.normasbrasil.com.br/norma/portaria-3275-1989_180582.html https://www.normasbrasil.com.br/norma/portaria-3275-1989_180582.html 6 Esta disciplina contempla três competências, onde, na 1ª semana (Competência 1), estudaremos as técnicas para trabalhar em equipe de forma organizada, metódica e sistemática, mantendo a ética profissional e facilitando as relações interpessoais. Na 2ª semana (Competência 2), apresentaremos a você como desenvolver o perfil de liderança visando à produtividade da equipe liderada e ao autodesenvolvimento profissional. Por fim, na 3ª semana (Competência 3) conhecerá as técnicas para cálculo de custos decorrentes de acidentes de trabalho e óbitos. Lembre-se, você enquanto estudante tem algumas atribuições e demandas, entre elas podemos destacar, realização das atividades semanais, realização da avaliação da disciplina, participação nos fóruns de dúvidas e discussões, participação nos debates dos destaques, participação no chat, etc. Para o sucesso do seu curso, uma ferramenta importantíssima é conhecer como funciona na íntegra todo o curso. Um aspecto muito importante no sucesso de um curso a distância é de como gerenciar seu tempo com relação aos estudos. Para isto te dou excelentes dicas: a primeira é a “Técnica Pomodoro”, a segunda é o vídeo “O Aluno em Educação a Distância” e a terceira também é um vídeo “Internet como ferramenta para educação”. Através delas você pode fazer a gestão do seu tempo de estudo e desta forma atingir as metas desejadas. Para isto, acesse os links disponibilizados abaixo. Acesse a sala do estudante e baixe o Guia do Estudante, assim como o calendário escolar, eles te darão um apoio nessas demandas. Técnica Pomodoro O Aluno em Educação a Distância: https://www.youtube.com/watch?v=zkR0XK5YAAQ Internet como ferramenta para educação: https://www.youtube.com/watch?v=yHFJ-d4GAxk 7 Figura 01 – Diferença entre líder e chefe Fonte: https://gabaritarconcursos.com/wp-content/uploads/2018/12/infografico_pomodoro.jpg Descrição da imagem: A imagem tem como título “Ser mais produtivo é possível. Conheça a técnica pomodoro.” Seu subtítulo é “Mãos à obra. A técnica mais simples. Veja como funciona.” Logo abaixo do subtítulo estão descritos seis passos em forma de círculo. No primeiro passo está descrito “liste as tarefas do dia”, seguindo o sentido horário, temos o segundo passo que diz “ajuste o cronômetro ou aplicativo para 25 minutos”, continuando seguindo o sentido horário, temos o terceiro passo que diz “concentre-se na tarefa até o alarme tocar”, o quarto passo fala “faça uma pausa de cinco minutos”, o quinto passo é “recomece”, e por fim o sexto passo que fala “a cada quatro pomodoros, faça uma pausa de 15 minutos”. https://gabaritarconcursos.com/wp-content/uploads/2018/12/infografico_pomodoro.jpg Competência 01 8 1.Competência 01 | Conhecer as Técnicas para Trabalhar em Equipe de Forma Organizada, Metódica e Sistemática, Mantendo a Ética Profissional e Facilitando as Relações Interpessoais Um dos principais papéis das organizações é assegurar que suas operações e atividades sejam realizadas de maneira segura e saudável para os seus colaboradores, de forma que sejam atendidas as exigências legais de saúde e segurança, atendendo assim os preceitos da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e Normas Regulamentadoras que tratam de Segurança e Saúde ocupacional. Neste sentido, um sistema de gestão eficaz traz inúmeros benefícios tanto do ponto de vista financeiro quanto do ponto de vista motivacional. Os principais objetivos de um Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional são: • Identificar os riscos e perigos das atividades da organização, de forma a atuar preventivamente na saúde e segurança do colaborador, por meio da promoção de um ambiente de trabalho seguro com aplicação de medidas e procedimentos preventivos; • Elaborar mecanismo que possa despertar o processo de conscientização nos colaboradores e todos aqueles que possam exercer atividades ciente das consequências de suas ações para com a saúde e integridade física de todos. Existem algumas normas que ajudam as organizações a implementarem um sistema de gestão em segurança e saúde ocupacional, sendo uma delas a norma internacional ISO 45001, a qual veio substituir a OHSAS 18001 que durante muito tempo, foi a norma utilizada para compor os sistemas de gestão das empresas por não ter uma norma ISO com esse escopo. Porém, em 2018 foi publicada a ISO 45001 com esse tema e a partir de agora, a tendência é de que as empresas que eram certificadas na OHSAS 18001 façam a transição para a ISO 45001. As empresas terão um prazo de três anos, a partir da data de publicação da ISO 45001 (março de 2018) para fazer essa transição. https://certificacaoiso.com.br/perigos-e-riscos-na-ohsas-18001/ https://certificacaoiso.com.br/iso-45001/ https://certificacaoiso.com.br/iso-45001-o-que-tem-de-novo/ Competência 01 9 Caro Aluno(A), agora que você assistiu aos vídeos sobre a ISO 45001 e os sistemas de gestão em SST (Saúde e Segurança do Trabalho), pode verificar os benefícios de se implementar esta norma, aos quais podemos destacar que com a sistematização das atividades você acaba reduzindo o número de acidentes; outra vantagem é que conhecendo melhor a legislação e tendo mais acesso a mesma, você consegue evitar possíveis riscos de passivos no trabalho; mais visibilidade para a empresa já que esta mostra-se comprometida com a saúde e segurança dos seus funcionários e também aumentando a motivação dos mesmos já que passam também a fazer parte deste sistema de gestão. Outra vertente que contribui para que as organizações tenham sucesso num sistema de gestão, são profissionais que tenham e entendam o conceito de liderança. Sendo assim, para a elaboração de um processo operacional eficaz, torna-se fundamental termos uma equipe bem entrosada, democrática, construtiva e comprometida com o principal objetivo da empresa, que é produzir e atender o cliente com qualidade de serviço. Neste sentido, alguns parâmetros podem contribuir de forma fundamental, como por exemplo, a escolha de uma equipe bem definida entre aquele que coordena a equipe e os coordenados, lembrando que muitas vezes isso não ocorre com frequência no dia a dia de uma rotina de trabalho. No ambiente de trabalho, todos os colaboradores têm que estar pensando e atuando de forma conjunta, isto é coletivamente, com respeito e união. ISO significa International Organization for Standardization (Organização Internacional de Normalização), seu objetivo é promover o desenvolvimento de normas, testes e certificação, com o intuito de encorajar o comércio de bens e serviços. Esta organização é formada por representantes de 91 países, cada um representado por um organismo de normas, testes e certificação. Aqui no Brasil, a representante da ISO é a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), nela você pode ter acesso as Normas ISO comprando-as. Como forma de maior aprendizado e fixação sobre os sistemas de gestão em saúde e segurança do trabalho, acesse os links indicados. Gestão de Saúde e Segurança 001: https://www.youtube.com/watch?v=A7zM8SSfhz0 Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho: https://www.youtube.com/watch?v=2_UxxXeWZJA GESTAO SST: https://www.youtube.com/watch?v=Tx9ago3nb08 Competência 01 10 Porém, é importante lembrar que em tempos remotos, era o chefe que tinha todas as responsabilidades e a missão de concentrar todas as decisões, e só cabiam aos colaboradores executá-las. Para compreender melhor os papéis do líder e do chefe diantede sua equipe de trabalho, observe a figura a seguir. Figura 02 – Diferença entre líder e chefe Fonte: https://gestaodesegurancaprivada.com.br/wp-content/uploads/Diferen%C3%A7as-Chefe-e-L%C3%ADder.jpg Descrição da imagem: A imagem possui uma pirâmide onde no topo estão dois personagens e uma bandeira em vermelho escrita a palavra sucesso. O personagem do lado esquerdo, representa a figura do líder e ele está puxando uma corda presa a um carrinho com nome de tarefa. Este carrinho do lado esquerdo também está sendo empurrado para o topo da pirâmide onde se encontra o líder por dois funcionários. Do lado direito do topo da pirâmide, encontra- se o personagem do chefe que está de braços cruzados enquanto que os outros dois funcionários empurram o carrinho da tarefa até o topo da pirâmide. Através da imagem acima, podemos perceber que a liderança tem relação com o modo eficiente de lidar com as outras pessoas, ou seja, um líder pode contribuir também com os colaboradores para que determinada atividade seja realizada de maneira a incentivá-los a realizar um bom trabalho e dar o seu melhor não utilizando assim de prestígio algum por exercer um cargo ou posição superior aos seus colaboradores. O líder sempre caminha junto com seus colaboradores, identificando seus anseios profissionais e desta forma ajudando-os no crescimento tanto pessoal quanto da empresa em si. Competência 01 11 De acordo com Chiavenato (2005), ser líder requer habilidades, paciência, dedicação, determinação, respeito, compromisso e outras características primordiais. Neste contexto, caro aluno (a), o líder aparece como um meio para o alcance dos objetivos desejados e o comportamento de liderança ajuda na realização dos objetivos e na satisfação das necessidades. Existem pessoas que serão melhores líderes que outras, porém qualquer pessoa que age em uma posição de liderança pode tornar-se mais dominante e eficiente. Ou seja, os lideres trabalham como um facilitador para orientar o grupo, auxiliando na definição dos problemas e soluções e também coordenando as atividades e apresentando ideias (CHIAVENATO, 2005). Chiavenato (2005), defende o líder usando três estilos de liderança em determinadas situações, com as pessoas e com cada tarefa a ser executada: 1. liderança autocrática - relata a imposição de ideias pelo líder e suas decisões sobre o grupo, sem a participação do mesmo, ou seja, a ênfase está nele; 2. liderança liberal - o líder atribui as decisões a serem tomadas totalmente ao grupo e sua participação é mínima e o grupo é destacado, ou seja, o líder não se impõe aos seus subordinados e oferece total liberdade para o grupo tomar as decisões; 3. liderança democrática - o líder instrui o grupo e os incentiva a participar, assim a troca de ideias entre eles melhoram a satisfação dos liderados, ou seja, o líder democrático busca distribuir as tarefas para que as decisões sejam tomadas em grupo com ênfase em ambos. Ser um bom líder, pode apresentar uma série de vantagens como por exemplo, ter a participação e colaboração espontânea dos colaboradores nas elaborações e cumprimentos das metas estabelecidas pelas empresas, como também nas atividades que extrapolam as suas Depois de ter apresentado alguns estilos de liderança, você deve estar se perguntando: “Qual o melhor estilo de liderança?”. Segundo alguns autores o melhor estilo é o de Liderança Situacional. Acesse o link abaixo e conheça melhor como funciona esse estilo. https://www.youtube.com/watch?v=R0wTG9T0_5M https://www.youtube.com/watch?v=R0wTG9T0_5M Competência 01 12 atribuições. Além do mais, ter maior harmonia no ambiente laboral, impactando de forma positiva na eficiência e qualidade de produção da empresa. Então, você como futuro Técnico em Segurança do Trabalho, visando melhorar o ambiente laboral, pode implementar durante sua gestão, ações ligadas a Psicologia do Trabalho, que venham satisfazer e incentivar os colaboradores no local de trabalho. 1.1 Gestão de segurança e ergonomia Neste momento, você pode estar se questionando, qual é a relação de uma boa gestão de saúde e segurança do trabalho e os riscos ergonômicos, presente no campo e nas execuções das atividades laborais? Então vamos lá: a ergonomia é uma importante ferramenta que influência diretamente na capacidade produtiva e na saúde do trabalhador. Valorizar seus funcionários é essencial e indispensável, deixar de lado o bem-estar e a saúde destes, certamente é colocar em risco investimentos e resultados. São exemplos de riscos ergonômicos: levantamento e manuseio de cargas, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura inadequada. No caso de repetitividade dos movimentos e das atividades laborais pode provocar fadiga e desgaste, tanto físico quanto psicológico, dos colaboradores. Já uma postura incorreta pode ocasionar lesões, fadiga e enfraquecimento de certas regiões do corpo como pulso, ombros, coluna e lombar. Assim, há um comprometimento do sistema osteomuscular, que pode desencadear o surgimento de distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Para melhor entendimento entre a diferença de liderar e chefiar assista o seguinte vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=Jp-0r2MJ7AY https://www.youtube.com/watch?v=Jp-0r2MJ7AY Competência 01 13 Neste sentido caro aluno (a), evitar e prevenir os riscos ergonômicos não é só uma necessidade, mas também uma exigência da legislação trabalhista brasileira. Para isso, foi criada uma norma regulamentadora específica para a ergonomia: a NR-17, a qual estabelece alguns parâmetros que garantam condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. Para que isso aconteça, a legislação exige que seja feita a Análise Ergonômica do Trabalho (AET). Então, além dos parâmetros exigidos por lei, um técnico em segurança do trabalho tendo como objetivo proporcionar um ambiente salutar, é fundamental também que ele esteja disposto a proporcionar para os seus colaboradores um ambiente harmônico, com muita paz e realizações das metas propostas, pela equipe em conjunto com a empresa. 1.2 O ciclo do PDCA Visto que nós estudamos e analisamos a respeito das diferenças entre os modelos de gestão centralizadora e o de liderança, vamos conhecer agora uma ferramenta, que pode auxiliá-lo na implementação e no gerenciamento da saúde e segurança do trabalho no campo laboral, o PDCA. O PDCA é uma das ferramentas de gestão da Segurança e Saúde Ocupacional mais utilizadas pelas as empresas, visando sempre a busca da melhoria continuada, da eficiência e da Caro Estudante, vamos conhecer um pouco dos distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho assistindo o filme no link que segue. Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho: principais acometimentos: https://www.youtube.com/watch?v=Fdw6qbVkJL4 PDCA – Plan (Planejar, Do (Fazer), Check (Verificar), Action (Agir). O ciclo PDCA é um método de gerenciamento com foco na melhoria que tem como objetivo controlar e melhorar os processos e produtos de uma forma contínua. Também é conhecido como Ciclo de Shewhart ou roda de Deming. É utilizado na resolução de problemas crônicos com causas variadas onde não se sabe bem o que fazer. https://beecorp.com.br/blog/nr-17-pode-reduzir-absenteismo/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost https://www.youtube.com/watch?v=Fdw6qbVkJL4 Competência 01 14 qualidade dos serviços prestados pela equipe, por meio de um planejamento, de uma boa execução, da análise do trabalho e da ação da equipe. Esse método tem a função de garantir que a empresa organize seus processos, não importando a sua natureza. Figura 03 – Ciclo do PDCA Fonte: https://viridis.energy/pt/blog/o-ciclo-pdca-na-gestao-de-energia-e-utilidadesDescrição da imagem: A imagem trata-se do ciclo do PDCA. Ele está representado por um círculo dividido em quatro partes iguais, sendo cada área em cor diferente. O primeiro quadrante do círculo está na cor roxa com a letra P escrita no centro e representa quatro etapas: a primeira é a “identificação do problema”, a segunda é “análise de fenômeno”, a terceira “análise de processo” e a quarta “plano de ação”. O segundo quadrante está na cor azul claro e ao meio tem a letra D e representa a quinta etapa chamada de execução. O terceiro quadrante está na cor laranja e ao meio tem a letra C, esta etapa contempla o sexto passo que é o de “verificação”. No quarto e último quadrante está na cor vermelha e ao centro tem a letra A, representa duas etapas, a sétima que é a “padronização” e oitava a “conclusão”. Para que os objetivos do PDCA sejam alcançados, devemos seguir algumas etapas. A primeira, consiste na análise do planejamento, da execução e validação, de como atividade será executada e os recursos necessários. A segunda, iremos implantar/realizar a atividade. Já a terceira etapa, será a da validação, ou seja, da conclusão do sucesso do trabalho em equipe. Lembrando que no ciclo do PDCA se faz necessário, agir sempre de forma corretiva. https://viridis.energy/pt/blog/o-ciclo-pdca-na-gestao-de-energia-e-utilidades Competência 01 15 Um dos pilares da segurança do trabalho é a medida de prevenção, que tem por objetivo evitar acidentes graves ou fatais no ambiente de trabalho. Neste sentido, as consequências destes acidentes abrangem não só a gerência da empresa, que além de perder em força de mão de obra, pode sofrer processos judiciais, devido a possíveis negligências por parte da instituição. Sendo assim caro aluno (a), o PDCA tem uma grande importância na segurança do trabalho, pois além de preservar a integridade física de funcionários, evita futuros prejuízos financeiros. Na etapa do planejar, podemos adotar programas e medidas de prevenção de acidentes e realizar a divulgação na empresa para que os colaboradores tomem conhecimento dos riscos a que estão expostos. Na etapa de execução, a adoção de placas de sinalização, a distribuição de folhetos servindo como lembretes também ajudam. Assim como, a implantação de equipamentos, procedimentos e programas que contribuam para evitar acidentes. Ainda nesta fase, quando necessário, pode-se estabelecer advertências e punições para aqueles que descumprirem as regras de segurança do trabalho. Após as fases de planejamento e execução, vem a hora de conferir os resultados (checar), identificar se a taxa de acidentes diminuiu ou se ocorreu à ausência deles. Analisar se os objetivos e as metas foram alcançadas e caso necessário, fazer as devidas correções no processo. O ciclo PDCA na segurança do trabalho vem a ser o guia para a preservação da vida. A padronização de processos e a busca contínua pela melhoria resulta em excelentes resultados na empresa, por isso que a importância do PDCA na segurança do trabalho deve ser valorizada. Por fim, num sistema de Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho, ao utilizar o ciclo do PDCA cada processo realizado origina-se em um novo processo até que o produto ou serviço chegue ao cliente, sendo assim, como cada etapa é analisada, este ciclo está sempre se renovando e melhorando. Que tal assistirmos o vídeo com um exemplo simples sobre o ciclo do PDCA. https://www.youtube.com/watch?v=vWtyagTSmqM https://www.blogsegurancadotrabalho.com.br/2013/08/o-que-e-seguranca-do-trabalho.html https://www.blogsegurancadotrabalho.com.br/2013/08/o-que-e-seguranca-do-trabalho.html https://www.blogsegurancadotrabalho.com.br/2014/11/o-que-e-pdca.html https://www.youtube.com/watch?v=vWtyagTSmqM Competência 01 16 1.3 Comunicação no trabalho Visando a saúde de toda equipe de trabalho e um ambiente ergonomicamente saudável, torna-se necessário respeito e uma boa comunicação, entre todos os colaboradores da empresa. É de responsabilidade não só da empresa, mais também de todos colaboradores, divulgar, comunicar e promover a ideia de que a saúde e segurança do trabalhador é responsabilidade de todos na empresa, e não somente dos participantes diretos do Sistema de Gestão (gerentes, engenheiros, técnicos e supervisores). Isto é, a união faz a força. Normalmente as empresas têm uma comissão permanente ou um departamento exclusivo dedicado a garantir que todas as normas de segurança sejam cumpridas. Porém, existem algumas formas de comunicação num ambiente de trabalho que um profissional de saúde e segurança do trabalho deve manter na excursão das suas atividades laborais, pode ser, por exemplo, durante os treinamentos, palestras de saúde e segurança do trabalho, ou mesmo por meio de cartazes ou vídeos aulas, entre outras. Agora vamos a mais uma das formas de comunicação visual que podem ser utilizadas numa empresa através da imagem a seguir. “Então, outra sugestão é após ter assistido ao vídeo acima, reflita um pouco e veja como você poderá aplicar a ferramenta do PDCA no seu dia a dia”. Competência 01 17 Figura 04 - Comunicação visual na segurança no trabalho Fonte: http://www.totemhouseprint.com.br/placas-de-sinalizacao-de-seguranca/ Descrição da imagem: A imagem mostra diversas placas de sinalização que são utilizadas no ambiente laboral como forma de prevenção de acidentes de trabalho ou mesmo de como se deve realizar determinada atividade naquele local. Por outro lado, é frequente encontrarmos gestores que negligenciam o tema comunicação. Assumem que já se comunicam bem o suficiente e que fazem isso o tempo todo. Porém, este é um grave erro que pode levar a um custo de uma falha ou da falta de comunicação, um grave acidente ou até mesmo a morte de uma pessoa. Lembre-se sempre, como já foi citado, ter uma boa comunicação é sempre necessário, pois saber usar bem em todo o momento, esta ferramenta é fundamental para que o profissional de saúde e segurança do trabalho consiga atingir os resultados desejados. Como por exemplo no uso das redes multimídias de mensagens como, respostas dos e-mails e WhatsApp; nas reuniões da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho); nos treinamentos de segurança do trabalho; na solicitação de documentos à equipe de trabalho, nas liberações das ordens de serviços - APR, etc. A comunicação por uso das redes multimídias de mensagens como, respostas dos e-mails e WhatsApp, hoje em dia são as formas mais utilizadas nos locais de trabalho, sendo que ainda é mais http://www.totemhouseprint.com.br/placas-de-sinalizacao-de-seguranca/ Competência 01 18 aconselhado, não substituir a comunicação por via oral, verbal e não verbal. O fato de que as redes multimídias de mensagens sejam bastante utilizadas, nunca devemos deixar de nos expressar da forma mais direta, mostrando todos os nossos sentimentos, pois através deles podemos evitar até situações constrangedoras ou mal interpretadas. Além disso, devemos sempre ter o cuidado, quando o assunto for delicado ou de natureza privada, como por exemplo, um colaborador que se recusa a seguir normas de segurança, a recusa da assinatura ou liberações das ordens de serviços – APR, tanto por parte do colaborador ou do seu supervisor, na realização de atividades de alto grau de risco. Lembro que é um direito de todo trabalhador se recusar a participar de alguma atividade de alto grau de risco de acidente, por falta de condições de segurança ou por falta de treinamento adequado, para a realização da atividade solicitada ou por não apresentar boas condições ergonômicas, como por exemplo: falta de condições físicas ou psíquicas. Caso o mesmo seja obrigado ou coagido a realizar a atividade, por medo da perda do vínculo empregatício, e venha a ocorrer um acidente, o empregador e o profissional de saúde e segurança dotrabalho, pode ser responsabilizado de forma civil ou até criminal, caso o sinistro leve a uma lesão permanente ou a morte do trabalhador. Lembrando que a empresa também poderá ser punida, pelo delegado ou fiscal do trabalho, com a interdição temporária ou permanente de suas atividades. Ao se utilizar as multimídias de mensagens como e-mails e WhatsApp, o usuário deve lembrar que estes meios de comunicação possuem arquivos de registros, que podem conter conteúdos de ordem comprometedoras, quanto para a empresa ou para o trabalhador, que pode comprometer o sucesso de toda a equipe. Então, definir a política das medidas de saúde e segurança da sua empresa, assim como sua missão, ajuda na hora de delimitar e comunicar a direção dos processos nessa área, e pode até se tornar uma referência nas tomadas de decisão. Tendo em vista a importância sobre os meios de comunicação utilizados como forma de trabalho num ambiente laboral, acesse a página indicada abaixo e veja algumas dicas. https://canalcienciascriminais.jusbrasil.com.br/artigos/602064981/meu- whatsapp-web-pode-ser-monitorado-pela-empresa-que-eu-trabalho https://canalcienciascriminais.jusbrasil.com.br/artigos/602064981/meu-whatsapp-web-pode-ser-monitorado-pela-empresa-que-eu-trabalho https://canalcienciascriminais.jusbrasil.com.br/artigos/602064981/meu-whatsapp-web-pode-ser-monitorado-pela-empresa-que-eu-trabalho Competência 01 19 É isso estimado aluno (a), nesta competência tivemos a oportunidade de estudar alguns modelos de gestão como ferramentas fundamentais no ambiente profissional. Aprendemos como é importante ter um bom planejamento, comunicação e ética, com a finalidade de obter o sucesso no trabalho em equipe dentro da empresa. Tivemos ainda a oportunidade de, dentro de um determinado processo, utilizar ferramentas como o ciclo do PDCA que estabelece etapas a serem estudadas de acordo com a necessidade e prioridade do problema. Acesse aos vídeos indicados a seguir sobre a importância da comunicação no ambiente de trabalho. A Importância da Comunicação no Ambiente de Trabalho: https://www.youtube.com/watch?v=sSQL5BCaCzE Comunicação no ambiente de trabalho: https://www.youtube.com/watch?v=VhFTlEBePb0 Agora que você já estudou a competência 1, assista a vídeo aula desta competência, para aprofundar seus conhecimentos neste assunto. Tendo em vista que você já leu e assistiu a vídeo aula da competência 1, vá ao fórum desta competência e responda a atividade roteirizada. https://www.youtube.com/watch?v=sSQL5BCaCzE https://www.youtube.com/watch?v=VhFTlEBePb0 Competência 02 20 2.Competência 02 | Desenvolver o Perfil de Liderança Visando à Produtividade da Equipe Liderada e o Autodesenvolvimento Profissional Sabe-se que para um bom desempenho de uma empresa, seja qual for o ramo de sua atividade, a liderança torna-se um fator essencial para tal acontecimento. Neste sentido, o papel desempenhado pelo líder “pode influenciar no estabelecimento da motivação de diversas maneiras, de acordo com a necessidade ou tipo de pessoa componente do seu grupo, sendo que, este necessita antes de liderar os outros, ser o exemplo maior e ser capaz de se autoliderar” (FLORENTINO, 2005, p.06). Fazendo uma alusão aos conceitos vistos na competência 1, o líder deve levar em consideração também o trabalho em equipe, sendo este, de suma importância para gestão da saúde e segurança do trabalho. Para esta competência 2, iremos aprimorar esse perfil de liderança, partindo do principal objetivo que é formar uma boa equipe de trabalho, visando um ambiente salutar, produtivo e eficiente, com maior participação e envolvimento de todos colaboradores no processo de produção e administração da empresa. É muito importante que haja interação entre a liderança e os liderados tendo em vista que o não comprometimento entre as partes com o desenvolvimento e o processo de transformação pelo qual passamos de nada adiantam investimentos maciços, máquinas e equipamentos, tecnologia, processos e ferramentas administrativas revolucionárias. Um aspecto bem relevante no papel de liderança num ambiente de trabalho, é a administração das emoções. Pois, devemos sempre lembrar de que pessoas são os recursos mais importantes dentro de um sistema produtivo, já que elas pensam, agem e monitoram suas atitudes de acordo com o ambiente em que estão inseridas. Assim como numa família existe o líder, numa organização a atuação do líder não é diferente. Ele deve lembrar que suas decisões atingirão a todos. Sendo assim, ele também deve gerir as emoções de sua equipe no sentido de que deve ajudar a resolver seus problemas com bom senso, administrando suas reações em cada situação. A capacidade emocional do líder assim como sua capacidade de administrar conflitos, é determinada por suas habilidades individuais e capacidade de influenciar os membros de sua equipe de trabalho. A liderança requer prática. Para isso, o líder deve ter a capacidade de gerir as suas Competência 02 21 próprias emoções e também gerir as emoções da equipe. Neste sentido, existe um novo conceito de gestão emocional que ajuda o indivíduo a desempenhar um bom papel de liderança os quais veremos nos subtópicos a seguir: 2.1 Inteligência emocional Você agora deve estar se perguntando “o que é inteligência emocional e o que ela tem a ver com o papel de um líder”, então vamos lá fazer essa conexão. Pela definição, inteligência envolve dois aspectos que são intimamente relacionados a capacidade de liderar uma equipe, que é o equilíbrio e conhecimento de causa (GOLEMAN, 2001). De forma mais clara, ainda segundo Goleman (2001), a inteligência emocional é a capacidade de reconhecer seus sentimentos e dos demais, sabendo lidar com eles ao trabalhar com o outro. Para Goleman (2001), a inteligência emocional sendo bem utilizada, leva o líder a ter uma melhor habilidade para o trabalho em equipe, exercitando assim o diálogo e a autoanálise entre todos, permitindo ao sujeito manter-se em equilíbrio consigo mesmo e com os outros. Desta forma, o líder que fizer um bom uso da inteligência emocional, terá uma série de vantagens como: interação com os demais; trabalho em grupo; tolerância em situações difíceis e de conflito; fortalecimento de vínculos afetivos; estabelecimento da empatia; controle dos impulsos; e por fim, manter níveis adequados de humor. Veremos agora alguns domínios sobre a inteligência emocional: 2.1.1 Autoconsciência Podemos dizer que a autoconsciência é a base da inteligência emocional. Vejamos alguns conceitos: • Autoconsciência emocional: é você ser capaz de fazer uma análise de suas próprias emoções e de identificar os seus efeitos; usar o “instinto” para guiar suas as decisões; • Auto avaliação: conhecer as suas próprias forças e os seus próprios limites; • Autoconfiança: conhecer seu próprio valor e das suas próprias habilidades. Competência 02 22 Neste sentido, um bom líder será aquele que consegue conhecer a si próprio, enquanto ser emocional, o que facilita o conhecimento dos outros e as suas emoções. Também aquele que consegue fazer uma conexão entre a autoconsciência e os projetos traçados para ele e para sua equipe, que acredita em si e nas suas capacidades, enfrentando as dificuldades com otimismo. Veja abaixo uma imagem que retrata a autoconsciência, ou seja, conheça você mesmo. Como podemos reconhecer a autoconsciência? A princípio, isso pode ser entendido por algumas pessoas como uma franqueza e uma capacidade de se auto avaliar de verdade. Porém, o indivíduo que possui uma autoconsciência elevada é capaz de falar de si e de suas atitudes com relação ao trabalho com mais precisão e abertamente, sem que para isto fique confusa ou temerosa. Pessoas autoconscientes são: Capazesde reconhecerem suas limitações e forças se sentido à vontade para conversar sobre elas e tendo uma melhor aceitação a críticas construtivas; Não vêm como ameaça ou fracasso as críticas; São autoconfiantes. Ei, sou eu! Competência 02 23 Figura 05 – Autoconsciência Fonte: Adaptada de http://estrategiasdedecisao.com/importancia-autoconsciencia/ Descrição da imagem: A imagem mostra um pássaro em frente a um espelho, onde o mesmo consegue ver sua imagem refletida e acima do pássaro há um balão com a seguinte frase: Ei, sou eu! Esta frase é utilizada para demonstrar o pensamento do pássaro ao ver sua imagem no espelho. 2.1.2 Autocontrole Um outro pilar da inteligência emocional é o autocontrole que faz com que uma pessoa não se torne "refém" dos próprios sentimentos. Para um líder, este aspecto é de suma importância, pois um indivíduo que está no controle de seus sentimentos e impulsos torna-se mais capaz de produzir um ambiente mais seguro e equilibrado, e de acompanhar as mudanças diárias. Sendo assim, o autocontrole aumenta a forma correta de como lidar com as situações e faz com que isso seja replicado à toda equipe. 2.1.3 Motivação Com relação ainda da inteligência emocional, a motivação está ligada às nossas preferências, ou seja, para atingir um objetivo na empresa podemos utilizar a nossa preferência mais profunda. Veja agora alguns conceitos para descrever motivação: “A motivação é uma situação indispensável para o alcance de objetivos e metas pessoais, do trabalho, das organizações e dos países.” (GIL, 2001). Como saber se uma pessoa possui o autocontrole? Normalmente as pessoas que tem autocontrole apresentam algumas destas características: Transparência – integridade, honestidade, ser uma pessoa de confiança; Adaptação à mais de uma situação e mudanças; Autodomínio emocional - uma capacidade de dizer não aos impulsos. http://estrategiasdedecisao.com/importancia-autoconsciencia/ Competência 02 24 “A palavra motivação é derivada do latim motivus, movere, que significa mover, a qual engloba um conjunto de ações, onde o indivíduo é estimulado, incentivado, através do comportamento humano, a alcançar um objetivo, ou seja, é um processo essencial na vida de qualquer ser humano.” (MAXIMIANO, 2002). É difícil definir exatamente o conceito de motivação, uma vez que tem sido utilizado com diferentes sentidos. De modo geral, motivo é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de determinada forma, ou pelo menos, que dá origem a uma propensão a um comportamento específico.” (CHIAVENATO, 2005) Processo responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de uma determinada meta.” (ROBBINS, 2008). Um aspecto importante quando falamos em motivação é que ela pode acontecer de forma diferente em cada pessoa, considerando seu contexto e suas experiências. A ideia de que a motivação se relaciona com os desejos, aspirações e necessidades que influenciam a escolha de alternativas de cada pessoa, vem do fato de que ao motivar, estimular e incentivar um indivíduo ajuda o mesmo a obter melhores resultados no trabalho e, um expressivo crescimento no mercado globalizado que se mostra cada vez mais competitivo (De Lima e Gouveia, 2013). Normalmente, a responsabilidade pelo desenvolvimento das pessoas fica sobre a pessoa do líder e isso significa mais do que apenas ajudá-las a adquirir habilidades profissionais. Os melhores líderes ajudam os liderados não só em relação à carreira, mas também em relação à vida pessoal, ajudam a se tornar pessoas melhores e, não apenas bons profissionais. A liderança potencializa o resultado dos liderados (MAXWELL, 2008). Competência 02 25 De acordo com Chiavenato (2006), no início da década de 1940, Abraham Maslow (1970) desenvolveu sua teoria sobre a hierarquia das necessidades, a partir dela é possível definir quais são os principais pontos da motivação de um homem. Para Maslow (1970), as necessidades satisfeitas são o que motivam as pessoas, são essas necessidades que criam fatores de esforços para que elas possam se sentir realizadas. Para representar essa teoria, Maslow (1970) criou uma pirâmide para apresentar a posição das necessidades humanas em uma hierarquia. A Pirâmide de Maslow (1970), no entanto, tornou-se um importante modelo explicativo de psicologia organizacional. Algumas empresas preocupadas em preservar seus executivos de maior sucesso procuram, além de recompensá-los financeiramente, oferecer a eles condições que atendam suas necessidades de expressar sua criatividade e ideias, como oportunidade de organizar diferentes programas que agregam uma importante imagem para a organização. Veja abaixo como funciona a pirâmide de Maslow. Figura 06 – Hierarquia de necessidades Fonte: https://jovemadministrador.com.br/consumismo-x-piramide-de-maslow-uma-outra-visao-da-teoria/ https://jovemadministrador.com.br/consumismo-x-piramide-de-maslow-uma-outra-visao-da-teoria/ Competência 02 26 Descrição da imagem: A imagem tem como título “Pirâmide das Necessidades de Maslow”. Abaixo do título e ao centro da imagem tem uma pirâmide dividida em cinco partes, onde a base tem escrito “fisiológicas” e tem a cor laranja. Em cima da base da pirâmide tem outra divisão na cor azul e escrito a palavra “segurança”, em cima desta divisão tem outra na cor roxa e escrita “sociais”, em cima de sociais, tem a divisão na cor verde e escrito “estima” e por fim no topo da pirâmide na cor vermelha está escrito “auto realização”. Do lado esquerdo da pirâmide estão listados tópicos representando satisfação fora do trabalho e tem também uma seta vermelha apontada para cima. Já do lado direito da pirâmide, estão listados os tópicos da satisfação no trabalho. Podemos ver através da imagem da pirâmide, que sua base é a necessidade fisiológica, depois as necessidades de segurança, sociais, estima e por fim a autorrealização. Nela, à medida que um nível é satisfeito, as necessidades do nível seguinte se manifestam. Ainda de acordo com Maslow (1970), “quanto mais saudáveis somos emocionalmente, mais importantes se tornam nossas necessidades de preenchimento criativo no trabalho. Ao mesmo tempo, menos tolerável a violação de nossas necessidades para tal preenchimento.” 2.1.4 Empatia Sendo mais um dos pilares da inteligência emocional, a empatia no processo de liderança se enquadra na forma de compreender o lado emocional dos outros, tratando as pessoas de acordo com as reações emocionais esperadas, formando assim profissionais talentosos dentro de um ambiente de trabalho com vários pensamentos diferentes, mas que eles conseguem lidar com facilidade, utilizando as diferenças para unir ao invés de separar. Entenda um pouco mais sobre motivação através do seguinte vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=CQrReSazH6w Agora acesse este outro vídeo sobre motivação também e reflita sobre os desafios a serem enfrentados por um TST (Técnico em Segurança do Trabalho). Gladiador Motivacional: https://www.youtube.com/watch?v=Eaz9eYml8q0 https://www.youtube.com/watch?v=CQrReSazH6w https://www.youtube.com/watch?v=Eaz9eYml8q0 Competência 02 27 A prática da empatia faz com que o líder possa se colocar no lugar do outro antes de cobrar ou solicitar algo. Veja através da figura 06 como treinar a empatia no trabalho. Figura 07 – Empatia e Inteligência Emocional Fonte: https://wiki.redejuntos.org.br/sites/default/files/inline-images/empatia-e-inteligencia-emocional-checklist-1.png Descrição da imagem: A figura tem como título principal empatia e inteligência emocional e subtítulo checklist. Abaixo do subtítulo estão listados 15 tópicos utilizados para você treinar a empatia no trabalho, sendo eles: Não fique na defensivaquando criticado; eu mantive um senso de humor frente à adversidade; eu tentei ver as coisas sob a perspectiva do meu colega de trabalho; etc. 2.1.5 Habilidades sociais Para finalizarmos os pilares da inteligência emocional, vamos ao último deles, as habilidades sociais. Ela vem fortalecer o fato de como podemos lidar bem com as emoções nos relacionamentos e ler com precisão situações sociais e redes de contatos ou relacionamentos; de como podemos interagir com facilidade. A habilidade social está diretamente ligada aos outros pilares da inteligência emocional. Neste sentido, por exemplo, uma pessoa tende a ser muito eficaz na gestão de relacionamentos quando consegue entender e controlar suas próprias emoções e demonstrar empatia pelos sentimentos dos outros. Competência 02 28 Por fim, as características abordadas na inteligência emocional, tornam-se ferramentas muito importantes para uma boa gestão e as práticas de liderança nos mais diversos ambientes de trabalho. 2.2 Gestão da Saúde e Segurança no Trabalho (SST) Torna-se imprescindível o desenvolvimento da gestão aplicada à saúde e segurança do trabalho, bem como sua importância, pois fornece a base para minimizar os riscos que podem causar doenças prejudiciais à saúde e aos acidentes; melhorar também as condições de segurança e higiene dos empregos. Essa gestão proporciona um melhor desempenho das atividades e processos, alcançando excelentes resultados em termos de qualidade do produto ou serviço prestado pela entidade, o que favorece a imagem do mesmo perante a comunidade e o mercado, além da redução de custos devido a acidentes ou perdas do produto ou serviço, o que gera benefícios. A gestão da saúde e segurança no trabalho é a atividade que permite melhorar as condições de trabalho, bem como reduzir os riscos ocupacionais máximos, a fim de reduzir acidentes de trabalho. Possui uma série de ferramentas que permitem a eficiência da atividade executando um conjunto de ações, melhorando o processo. Desta forma, vários são os campos de atuação da gestão da saúde e segurança do trabalho. Abaixo, seguem algumas sugestões para a implementação de tal gestão: • A promoção e manutenção do mais alto nível possível de bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores, qualquer que seja sua ocupação; • A prevenção entre os trabalhadores das consequências negativas que suas condições de trabalho podem ter sobre a saúde; Agora, alinhado aos conhecimentos adquiridos sobre liderança, veremos um pouco das ações que você como um futuro Técnico em Segurança do Trabalho pode implementar, no sentido de não só está cumprindo com as obrigações legais, mas investindo na saúde e no bem-estar dos profissionais e com isso auxiliar na redução de custos operacionais e aumento na produtividade na empresa. Você deve estar se perguntando como isso pode acontecer? Veja: através da redução do absenteísmo, das doenças ocupacionais e acidentes, as empresas verificam que seus custos diminuem e passam a ver que estas ações se tratam de um investimento que deve ser gerido da forma mais eficiente possível. Competência 02 29 • A proteção dos trabalhadores em seu local de trabalho contra os riscos que podem ser causados por fatores negativos de saúde; • A colocação e manutenção de trabalhadores em um ambiente de trabalho adaptado às suas necessidades físicas ou mentais; • A adaptação da atividade laboral aos seres humanos. Como mencionado anteriormente, acidentes e doenças aumentam as despesas de custos médicos e indenizações, passando por perda de produtividade e desgaste da imagem da organização na sociedade. Neste sentido, seguem mais algumas ações podem ser tomadas pela empresa como, por exemplo, realizar um mapeamento das necessidades dos empregados para combater os problemas de saúde mais recorrentes entre a força de trabalho. E, depois disso, deve investir em programas de promoção da saúde dos seus profissionais. Um caso prático que pode ser implementado na empresa, é se identificado um número significativo de pessoas obesas, pode-se implementar um programa de reeducação alimentar e prática de esportes. Essas iniciativas, além de melhorarem a saúde dos trabalhadores, contribuem para o bem-estar e a melhoria da saúde dos profissionais. Você deve estar também sempre atento aos riscos inerentes a cada atividade desenvolvida pelos colaboradores e adotando medidas de prevenção como, por exemplo, o uso de EPI (Equipamento de proteção individual) para tal atividade. Quando o assunto é a defesa da vida e da saúde do trabalhador, estes dispositivos são essenciais. Algumas medidas como a organização e ritmo de trabalho, pausas para recuperação e descanso, redução do tempo de exposição, bem como adequação do mobiliário, do ambiente e das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores também são formas que contribuem para uma boa gestão. Por fim, deve estabelecer os requisitos mínimos de avaliação, controle e monitoramento dos riscos para a saúde e a segurança do trabalhador. Lembre-se que os colaboradores devem ser treinados e encorajados a agir sempre de forma segura. Veja, através da figura 07 você tem três passos que poderão te auxiliar na gestão da SST. Competência 02 30 Figura 08 – Como fazer gestão em segurança e saúde do trabalho Fonte: http://sesisc.org.br/pt-br/seguranca-saude-trabalho Descrição da imagem: A imagem trata-se de uma mandala com três setas em sentido horário, sendo a 1ª na cor azul com as palavras diagnóstico e planejamento que é o 1º passo para a gestão da SST; a 2ª seta na cor laranja escrita com as palavras melhoria e capacitação que representa o 2º passo e a 3ª seta na cor verde escrita com as palavras controle e acompanhamento. No centro da mandala está escrito a frase “Gestão em Segurança e Saúde do Trabalho”. Agora que você estudou os conteúdos abordados nesta segunda competência, vá até o fórum da mesma e responda a atividade proposta como forma de fixar melhor o assunto. http://sesisc.org.br/pt-br/seguranca-saude-trabalho Competência 03 31 3.Competência 03 | Conhecer as Técnicas para Cálculo de Custos Decorrentes de Acidentes de Trabalho e Óbitos Prezado aluno(a), damos início neste momento a nossa terceira competência. Nela iremos abordar os conceitos e técnicas inerentes ao acidente de trabalho. Todavia, você teve a oportunidade nas competências anteriores, de conhecer como deve ser feita uma boa gestão a partir do que foi exposto sobre a diferença do perfil de uma gestão liderada por uma chefia e por um líder. Teve a oportunidade de verificar as vantagens de ser bom líder e obter melhores resultados com esse tipo de perfil de liderança, sem contar de como você pode fazer para chegar nesse tipo de gestão através dos pilares da inteligência emocional. Pois bem, vamos agora estudar como pode ser feita a gestão da saúde e segurança do trabalho com relação à investigação e controle dos acidentes e doenças ocupacionais. Os acidentes relacionados ao trabalho podem lesionar fisicamente os trabalhadores, causar sofrimento para seus familiares, como também gerar um custo elevado para as empresas e para a sociedade. Por isso é importante que você tenha acesso a alguns assuntos e conceitos que estão intimamente ligados quando tratamos de acidente de trabalho como, por exemplo, comunicação dos acidentes de trabalho, causas dos acidentes de trabalho, condição insegura, acidente de trabalho, doenças ocupacionais, cálculos estatísticos, etc. Aprender sobre o que pode ocorrer num ambiente de trabalho é essencial para a prevenção de acidentes e efetuar boas análises que possibilitem compreender os riscos, solucionar problemas e proteger pessoas. Os acidentes de trabalho precisam ser devidamente registrados, para tal, o profissionalda área de saúde e segurança do trabalho deve ter como base a Norma Brasileira NBR 14.280 que trata de Cadastro de Acidente do Trabalho – Procedimento e Classificação. Seu principal objetivo é adotar critérios para o registro, comunicação, estatística e análise de acidentes do trabalho, suas causas e consequências, aplicando-se a quaisquer atividades laborais. Competência 03 32 É importante saber que nos locais de trabalho existem riscos e medidas de controle, os quais devem ser adotadas para eliminá-los ou reduzi-los a fim de prevenir acidentes e doenças. A ocorrência de um evento adverso indica que as medidas de controle de risco foram inadequadas ou insuficientes. As informações sobre acidentes e incidentes de trabalho permitem que se aperfeiçoem: • Normas de segurança e saúde no trabalho; • Concepções e projetos de máquinas, equipamentos e produtos; • Sistemas de gestão das empresas; • Desenvolvimento tecnológico; • Condições de trabalho; • Confiabilidade dos sistemas. Estudante, para ter acesso na íntegra sobre todos os critérios adotados pela NBR 14.280 com relação ao registro de acidentes de trabalho e novas diretrizes sobre tal, acesse o link: http://www.alternativorg.com.br/wdframe/index.php?&type=arq&id=MTE2Nw Veja também este vídeo a seguir sobre a NBR 14.280. https://www.youtube.com/watch?v=6vBfODNT9gI Evento adverso: qualquer ocorrência de natureza indesejável relacionada direta ou indiretamente ao trabalho. Acidente: ocorrência que resulta em danos à saúde ou integridade física de trabalhadores ou de indivíduos em geral. Exemplo: andaime cai sobre a perna de um trabalhador que sofre fratura da tíbia. Incidente: ocorrência que sem ter resultado em danos à saúde ou integridade física de pessoas tinha potencial para causar tais agravos. Exemplo: andaime cai próximo a um trabalhador que consegue sair a tempo e não sofre lesão. http://www.alternativorg.com.br/wdframe/index.php?&type=arq&id=MTE2Nw https://www.youtube.com/watch?v=6vBfODNT9gI Competência 03 33 3.1 Acidente de trabalho De acordo com a origem da palavra acidente, podemos dizer que significa qualquer evento não planejado, fortuito, imprevisto e fruto do acaso. Na linguagem de entendimento comum, um acidente algo maléfico e aleatório que provoca danos ou prejuízos. Já de acordo com a NBR 14.280, entende-se por acidente: “Ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho, de que resulte ou possa resultar lesão pessoal.” Um outro aspecto abordado na NBR 14.280 e muito importante é: NOTA 1 - O acidente inclui tanto ocorrências que podem ser identificadas em relação a um momento determinado, quanto ocorrências ou exposições contínuas ou intermitentes, que só podem ser identificadas em termos de período de tempo provável. A lesão pessoal inclui tanto lesões traumáticas e doenças, quanto efeitos prejudiciais mentais, neurológicos ou sistêmicos, resultantes de exposições ou circunstâncias verificadas na vigência do exercício do trabalho. 2 - No período destinado a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local de trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho. Como visto acima na NOTA 1 da NBR 14.280, os acidentes podem trazer sérias consequências como, por exemplo mutilações, invalidez permanente, entre outros danos, que não se limitam ao corpo físico do trabalhador, afetando também sua integridade psicológica, chegando até a causar a morte do trabalhador o que levará a repercussões também para seus familiares, inclusive para a sociedade de modo geral bem como para os cofres públicos. Em regra todos perdem com os acidentes do trabalho, e se todos amargam prejuízos visíveis é possível concluir pela lógica que investir em prevenção de acidentes proporciona diversos benefícios, como retorno financeiro para o empregador, decorrente da diminuição do seu passivo no tocante a gastos com verbas indenizatórias concedidas pela via judicial a trabalhadores acidentados Competência 03 34 no desempenho de seu trabalho, no reconhecimento dos trabalhadores pelo padrão ético das empresas, sobretudo melhoria das contas da Previdência Social. O que nem sempre é facilmente perceptível aos olhos de alguns empresários. É importante entender que os acidentes sempre fizeram e sempre farão parte dos eventos ocorridos em sociedade e isto pode explicar, em parte, o porquê de eles poderem ser considerados também como um problema social. Apesar de alguns acidentes serem dramáticos nas consequências que produzem, eles por definição são eventos relativamente raros, visto que representam desvios à normalidade. Via de regra, as lesões quando são caracterizadas pela atividade de trabalho, devem ser obrigatoriamente informadas através da emissão da CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho. 3.2 Comunicação dos acidentes de trabalho (CAT) A CAT é um documento emitido para reconhecer tanto um acidente de trabalho ou de trajeto bem como uma doença ocupacional. Veja os conceitos de acidente de trabalho ou trajeto e doença ocupacional de acordo com o Ministério da Economia – INSS – Instituto Nacional do Seguro Social. Acidente de trabalho ou de trajeto: é o acidente ocorrido no exercício da atividade profissional a serviço da empresa ou no deslocamento residência / trabalho / residência, e que provoque lesão corporal ou perturbação funcional que cause a perda ou redução – permanente ou temporária – da capacidade para o trabalho ou, em último caso, a morte; Doença ocupacional: é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social. Competência 03 35 A empresa é obrigada a informar ao INSS – Instituto Nacional de Seguro Social, todos os acidentes de trabalho ocorridos com seus empregados, mesmo que não haja afastamento das atividades, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência. Em caso de morte, a comunicação deverá ser imediata. A empresa que não informar o acidente de trabalho dentro do prazo legal estará sujeita à aplicação de multa, conforme disposto nos artigos 286 e 336 do Decreto nº 3.048/1999. Não necessariamente só a empresa pode fazer o registro da CAT, mas o próprio trabalhador, seu dependente, o sindicato, o médico ou até mesmo a autoridade pública (magistrados, membros do Ministério Público e dos serviços jurídicos da União e dos Estados ou do Distrito Federal e comandantes de unidades do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar) poderão efetivar a qualquer tempo o registro deste instrumento junto à Previdência Social, o que não exclui a possibilidade da aplicação da multa à empresa. Registro da CAT on-line A emissão da CAT já pode ser realizada via internet. O Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), disponibiliza um aplicativo que permite o Registro da CAT de forma online, desde que preenchidos todos os campos obrigatórios. Através do aplicativo, também será possível gerar o formulário da CAT em branco para, em último caso, ser preenchido de forma manual. Pois, nos casos em que não for possível o registro de forma online e para que a empresa não esteja sujeita a aplicação da multa por descumprimento de prazo, o registro da CAT poderá ser feito em uma das agências do INSS. ATENÇÃO! De acordo com a Medida Provisória nº 905, de 11 de novembro de 2019, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota, com força de lei o seguinte em relação ao Acidente de Trabalho: Acidente de Trajeto não é mais equiparado a Acidente de Trabalho devido ter sido revogada a alínea “d” doinciso IV do caput do art. 21 da Lei 8.213. https://www2.camara.leg.br/comunicacao/assessoria-de-imprensa/medida- provisoria http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm https://www2.camara.leg.br/comunicacao/assessoria-de-imprensa/medida-provisoria https://www2.camara.leg.br/comunicacao/assessoria-de-imprensa/medida-provisoria Competência 03 36 Logo, é necessário que o formulário da CAT deve estar preenchido e assinado corretamente, principalmente os dados referentes ao atendimento médico. Veja agora as prováveis causas dos acidentes. 3.3 Causas dos acidentes de trabalho Compreender bem quais as principais causas de acidentes de trabalho são primordiais para que possamos preveni-los e, assim, promover mais segurança, saúde e qualidade de vida aos trabalhadores. O acontecimento dos acidentes está ligado a uma série de causas, muito dificilmente a uma única, por isso, normalmente, a pessoa que irá investigar as causas do acidente, utiliza uma ou mais ferramentas de gestão para fazer a análise de causas como, por exemplo, o método da árvore de causas para avaliar a ocorrência de acidentes do trabalho. De forma geral, as causas dos acidentes podem estar relacionadas ao fator humano, tecnológico e organizacional. Veja alguns exemplos abaixo: Documentos necessários Para ser atendido nas agências do INSS, no mínimo deverá ser apresentado um documento de identificação com foto e o número do CPF. Tanto para registro da CAT online como nas agências do INSS, deverão ser emitidas quatro vias sendo: • 1ª via ao INSS; • 2ª via ao segurado ou dependente; • 3ª via ao sindicato de classe do trabalhador; • 4ª via à empresa. Acesse o link indicado para poder baixar o aplicativo (caso você queira conhecer) e também ter acesso de como funciona na íntegra a emissão da CAT. https://www.inss.gov.br/servicos-do-inss/comunicacao-de-acidente-de-trabalho- cat/ https://www.inss.gov.br/servicos-do-inss/comunicacao-de-acidente-de-trabalho-cat/ https://www.inss.gov.br/servicos-do-inss/comunicacao-de-acidente-de-trabalho-cat/ Competência 03 37 • Não utilização do Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado; • Negligência na instrução ao trabalhador, ou seja, a empresa não repassa as informações necessárias para a atividade a ser realizada pelo trabalhador; • Falta de conhecimento técnico pelo trabalhador; • Atitudes imprudentes; • Ausência ou negligência na fiscalização; • Não-cumprimento de leis trabalhistas; • Negligência aos direitos dos trabalhadores; • Não-manutenção ou não-reposição de maquinários. Podemos destacar também algumas atitudes puramente ligadas ao comportamento do trabalhador no ambiente de trabalho como: • Atender ao celular durante o expediente ou em trânsito; • Discussões sobre futebol; • Fofocas no ambiente de trabalho; • Fase final de uma obra; • Manter encarregados que não se relacionam bem com a equipe; • Mudanças inesperadas de turno. Neste sentido, veja agora alguns conceitos que são muitos utilizados para designar as causas dos acidentes. 3.3.1 Condição insegura De acordo com a NBR 14.280, condição insegura é: “Condição do meio que causou o acidente ou contribuiu para a sua ocorrência.” Competência 03 38 Entende-se como meio ambiente desde a atmosfera do local de trabalho até as instalações, equipamentos, substâncias utilizadas e métodos de trabalho empregados. Fazendo um breve resumo do que é uma condição insegura, podemos dizer que é quando o trabalhador estar executando suas atividades em meio a situações que lhe fornecem risco a sua saúde e a sua integridade física. Sendo assim, é muito importante que as empresas e seus gestores deem especial atenção as condições inseguras de trabalho, pois ao serem eliminadas a chances de uma condição insegura, o risco do trabalhador se acidentar reduz significativamente. Veja abaixo alguns exemplos de condições inseguras mais comumente conhecidas: • Falta de proteção em máquinas e equipamentos; • Deficiência de maquinário e ferramental; • Passagens perigosas; • Instalações elétricas inadequadas ou defeituosas; • Falta de equipamento de proteção individual; • Nível de ruído elevado; • Proteções inadequadas ou defeituosas; • Má arrumação/falta de limpeza; • Defeitos nas edificações; • Iluminação inadequada; • Piso danificado; • Risco de fogo ou explosão. 3.3.2 Fator pessoal de insegurança Está relacionado aos fatores externos que influenciam o comportamento humano e podem levar a ocorrência dos acidentes de trabalho ou incidentes. Competência 03 39 Os fatores externos podem estar relacionados à hereditariedade, o meio social e familiar de cada indivíduo. Podemos destacar alguns como: fobias, nervosismo, utilização de medicamentos, stress, motivação imprópria, temperamento, insônia, depressão, irritabilidade, inaptidão, que chamaremos de fator pessoal inseguro. Veja abaixo alguns exemplos dos comportamentos ou aspectos que explicam o porquê, ou o que pode propiciar o acidente do trabalho: a) Inaptidão para o trabalho devido as dificuldades de aprendizagem, aspectos de conhecimento para o desempenho da atividade ou sem a possibilidade de adequação na execução da tarefa; b) Temperamento: alteração repentina de humor, sentimento de sentir-se mais ou menos seguro na atividade que exerce, de pessoas que não aceitam ordens, pessoas irritadiças entre outros; c) Stress: são as preocupações, os problemas domésticos, financeiros ou expectativas que alteram o estado emocional das pessoas; d) Motivação imprópria: é a percepção da pessoa que desconhece a importância do seu trabalho, ou possui baixo grau de orgulho no desempenho da atividade. Uma outra abordagem quando falamos em comportamento humano, é como as pessoas tendem também a agir quando se deparam frente ao risco. Primeiro elas tendem a agir de forma consciente quando sabem que estão se expondo ao risco; a segunda forma é inconsciente onde elas desconhecem o perigo a que se expõem; e na terceira forma é circunstancial onde as pessoas podem conhecer ou desconhecer o perigo, mas algo mais forte as leva à prática da ação de insegurança (ZOCCHIO, 2002). Incidente: Ocorre de maneira inesperada, mas não gera consequências e não prejudica o trabalhador e nem a empresa. É um evento que poderia causar danos ou lesões, mas não causa. É considerado um quase acidente. Competência 03 40 Na figura abaixo, podemos verificar uma típica situação de stress no trabalho. O trabalhador não consegue se manter calmo diante de determinadas situações e acaba quebrando ao meio o lápis grafite que está em suas mãos. Figura 9 – Fator pessoal de insegurança (Stress) Fonte: https://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI33425,41046-Stress+no+ambiente+de+trabalho Descrição da imagem: A imagem mostra o tronco de um homem que está com seus braços apoiado numa mesa. Abaixo de seus braços tem uma folha de papel em branco e em cada mão ele segura um lápis grafite quebrado ao meio. 3.4 Tipos de acidente de trabalho Os acidentes de trabalho podem ser caracterizados como: • Acidente sem lesão: Acidente que não causa lesão pessoal; • Acidente de trajeto: Acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de trabalho ou do trabalho para casa, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do empregado, desde que não haja interrupção ou alteração de percurso por motivo alheio ao trabalho; • Acidentes típicos: decorrentes da característica da atividade profissional; • Atípicos (ou doença do trabalho): ocasionados por qualquer tipo de doença peculiar a determinado ramo de atividade. Por exemplo: problemas auditivos por trabalhar diariamente com barulhos muito altos; • Acidente impessoal: Acidente cujacaracterização independe de existir acidentado, não podendo ser considerado como causador direto da lesão pessoal; Competência 03 41 • Acidente pessoal: Acidente cuja caracterização depende de existir acidentado; Figura 10 – Acidente de trajeto Fonte: http://dsseguranca.eng.br/o-acidente-de-trajeto-retirado-do-fap/ Descrição da imagem: A imagem mostra a frente de um ônibus e embaixo dele uma motocicleta. No caso do acidente de trajeto os custos não são contabilizados como acidentes do trabalho da empresa. Porém é de extrema importância registrá-lo para que ações de prevenção a acidentes como, por exemplo campanhas inseridas na SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho), ganhem força junto aos colaboradores. 3.5 Consequências dos acidentes de trabalho Como vimos anteriormente, os acidentes de trabalho causam desde lesões físicas, perda de produtividade, até consequências psicológicas. Com relação as lesões físicas ou pessoais: é qualquer dano sofrido pelo organismo humano, como consequência de acidente do trabalho. Alguns fatores devem ser considerados neste tipo de lesão como: natureza da lesão, localização da lesão, se a lesão é imediata ou mediata (lesão tardia). Ainda destacamos como consequências do acidente de trabalho os seguintes casos: http://dsseguranca.eng.br/o-acidente-de-trajeto-retirado-do-fap/ Competência 03 42 • Morte: Cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida, independentemente do tempo decorrido desde a lesão; • Lesão com afastamento (lesão incapacitante ou lesão com perda de tempo): Lesão pessoal que impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte incapacidade permanente; • Lesão sem afastamento (lesão não incapacitante ou lesão sem perda de tempo): Lesão pessoal que não impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente, desde que não haja incapacidade permanente. 3.5.1 Incapacidades laborais Este é um termo utilizado para expressar à perda ou redução da capacidade do indivíduo desempenhar as funções referentes à sua ocupação profissional, seja de maneira parcial ou permanente. Esta é uma condição que pode ser ocasionada por alterações patológicas provocadas por doenças ou acidentes. A incapacidade compreende, para melhor análise, os seguintes parâmetros: o grau, a duração e a abrangência da tarefa desempenhada. Quanto ao grau • Incapacidade laborativa parcial: permite o desempenho das atribuições do cargo, desde que sem risco de vida ou agravamento da situação. No caso, o trabalhador poderá continuar exercendo sua atividade profissional, mas não com o mesmo esforço; • Incapacidade laborativa total: ocasiona impossibilidade de desempenhar as atribuições do cargo, não permitindo atingir a média de rendimento alcançada em condições normais pelos servidores detentores de cargo, função ou emprego. Quanto à duração • Incapacidade laborativa temporária: incapacidade que pode esperar recuperação dentro de prazo previsível. Na incapacidade temporária, tem se o exemplo do benefício de auxílio doença previsto no artigo 59 da Lei nº 8.213/1991; https://www.epi-tuiuti.com.br/blog/entenda-diferenca-entre-incapacidade-parcial-e-permanente/ https://www.epi-tuiuti.com.br/blog/entenda-diferenca-entre-incapacidade-parcial-e-permanente/ Competência 03 43 • Incapacidade laborativa permanente: impossível de recuperação com os recursos da medicina disponíveis. Um exemplo de benefício cedido pelo INSS por esta incapacidade é a aposentadoria por invalidez. Quanto à abrangência da tarefa desempenhada • Incapacidade laborativa uniprofissional: o trabalhador fica impedido de trabalhar em apenas uma atividade específica do cargo, função ou emprego; • Incapacidade laborativa multiprofissional: aquela em que o trabalhador fica impedido de exercer seu labor com relação a diversas atividades do cargo, função ou emprego que ocupa; • Incapacidade laborativa omniprofissional: implica a impossibilidade de trabalhar em toda e qualquer atividade de valor econômico. Acesse o link indicado para verificar no site do INSS como funciona o auxílio- doença https://www.inss.gov.br/beneficios/auxilio-doenca/ Acesse o link indicado para verificar no site do INSS como funciona a aposentadoria por invalidez https://www.inss.gov.br/beneficios/aposentadoria-por-invalidez/ Auxílio-acidente: O Auxílio-Acidente é um outro benefício de natureza indenizatória pago ao segurado do INSS quando, em decorrência de acidente, apresentar sequela permanente que reduza sua capacidade para o trabalho. Essa situação é avaliada pela perícia médica do INSS. https://www.inss.gov.br/beneficios/auxilio-doenca/ https://www.inss.gov.br/beneficios/aposentadoria-por-invalidez/ Competência 03 44 Os benefícios de auxílio-doença, auxílio-acidente e aposentadoria por invalidez são concedidos àqueles que deles necessitam, em razão de não ter condições físicas ou psicológicas para o exercício de atividade remunerada. 3.6 Investigação dos acidentes de trabalho Agora que você estudou os tipos de acidentes, causas e consequências, vamos ver a importância de se investigar os acidentes de trabalho. A investigação do acidente de trabalho não se trata de achar o responsável ou de uma punição. Esta ação serve para evitar que acidentes parecidos, ou até mais graves aconteçam. Veja o que a legislação fala sobre a investigação dos acidentes de trabalho: A NR 4: 4.12. Compete aos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho: h) analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os acidentes ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as características do acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente e as condições do(s) indivíduo(s) portador(es) de doença ocupacional ou acidentado(s); A NR 5: 5.33 O treinamento para a CIPA deverá contemplar, no mínimo, os seguintes itens: Acesse o link indicado para verificar no site do INSS como funciona o auxílio- acidente https://www.inss.gov.br/beneficios/auxilio-acidente/ https://www.inss.gov.br/beneficios/auxilio-acidente/ Competência 03 45 b) metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho; A NBR 14280 traz em seu texto o conceito das Taxas de Frequência e Gravidade. Elas não são relacionadas diretamente a investigação, mas, são importantes porque tem ligação com a quantidade de acidentes ocorridos na empresa. A NBR 14280 traz em seu texto o conceito das Taxas de Frequência e Gravidade. Elas não são relacionadas diretamente a investigação, mas, são importantes porque tem ligação com a quantidade de acidentes ocorridos na empresa. 3.7 Cálculos estatísticos Os cálculos estatísticos dos acidentes têm os seguintes objetivos na Segurança do Trabalho: 1. Nortear a empresa sobre o desempenho de seus programas de Segurança do Trabalho, através de comparações de índices de acidentes ocorridos entre os seus diversos setores ou entre empresas de mesmo ramo de atividades na mesma ou em diferentes regiões do país ou no mundo; 2. Fornecer dados para estudos referentes ao custo de acidentes, verificando assim o quanto custa um acidente de trabalho. E neste sentido, saber o quanto é importante para a empresa investir na prevenção de acidentes; 3. Disponibilizar aos órgãos públicos e particulares dados concretos e atualizados da estatística acidentária – nesse caso os interessados teriam parâmetros para avaliar a necessidade ou não de intervenção nos programas de segurança desenvolvido pelas empresas; Veja alguns conceitos sobre acidente de trabalhoe como proceder uma investigação de acidente através dos seguintes vídeos: https://www.youtube.com/watch?v=CVQhM22UBIg https://www.youtube.com/watch?v=WtuT_i94oak https://www.youtube.com/watch?v=CVQhM22UBIg https://www.youtube.com/watch?v=WtuT_i94oak Competência 03 46 4. Desenvolver programas que visem à redução de acidentes do trabalho e assim permitir que a empresa pague prêmios menores no tocante ao seguro de acidente do trabalho. Veja agora alguns conceitos primordiais para o cálculo do COEFICIENTE DE FREQUÊNCIA ou TAXA DE FREQUÊNCIA DO ACIDENTE (FA) e TAXA DE GRAVIDADE DO ACIDENTE (G). 1. Empregado: todas as pessoas que prestam serviços na área de trabalho da empresa considerada, incluídos de estagiários a dirigentes, inclusive autônomos; 2. Horas-homem de exposição ao risco: somatório das horas durante as quais os empregados ficam à disposição da empresa, em determinado período – dias, semanas, meses, ano, etc. a) As horas de exposição devem ser extraídas das folhas de pagamento ou quaisquer outros registros de ponto, consideradas apenas as horas trabalhadas. b) Quando não se puder determinar o total de horas realmente trabalhadas, elas deverão ser estimadas multiplicando-se o total de dias de trabalho pela média do número de horas trabalhadas por dia. c) Na impossibilidade absoluta de se conseguir o total de homem-hora de exposição ao risco, arbitra-se em 2000 horas-homem anuais a exposição do risco para cada empregado. d) As horas pagas, porém não realmente trabalhadas, sejam reais ou estimadas, tais como as relativas a férias, licença para tratamento de saúde, feriados, dias de folga, gala, luto, convocações oficiais não devem ser incluídas no total de horas trabalhadas, isto é, horas de exposição ao risco. e) Só devem ser computadas as horas durante as quais o empregado estiver realmente a serviço do empregador. Competência 03 47 f) Para dirigente, viajante ou qualquer outro empregado sujeito a horário de trabalho não definido, deve ser considerado no cômputo das horas de exposição, a média diária de 8 horas. g) Para empregados de plantão nas instalações do empregador, devem ser consideradas as horas de plantão. 3. Dias perdidos: dias corridos de afastamento do trabalho em virtude de lesão pessoal, exceto o dia do acidente e o dia de volta ao trabalho. 4. Dias debitados: dias que se debitam, por incapacidade permanente ou morte, para o cálculo do tempo computado. 5. Tempo computado: Tempo contado em “dias perdidos, pelos acidentados, com incapacidade temporária total” mais os “dias debitados pelos acidentados vítimas de morte ou incapacidade permanente, total ou parcial”. 6. Número de acidentes, com e sem perda de tempo ocorrido no mês. Taxa de frequência de acidentes É o número de Acidentes por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em determinado período. Deve ser expressa com aproximação de centésimos e calculada pela seguinte expressão: FA = N × 1.000.000 H Em que: FA → taxa de frequência de acidentes N → número de acidentes H → horas-homem de exposição ao risco A fórmula utilizada para o cálculo da taxa de frequência de acidentes é a mesma para acidentes com afastamento e sem afastamento. Competência 03 48 Taxa de Gravidade É o tempo computado por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em determinado período. Deve ser expressa em números inteiros e calculada pela seguinte expressão: G = T × 1.000.000 H Em que: G → taxa de gravidade T → tempo computado H → horas-homem de exposição ao risco Veja abaixo um quadro com os números médios de dias trabalhados Descrição Números médios Horas trabalhadas por dia 8h/dia Dias trabalhados por mês 25 dias/mês Horas trabalhadas por mês 200 h/ mês (8x25) Dias trabalhados por ano 300 dias /ano (25x12) Horas trabalhadas por ano 2.000 h/ano Quadro 01 – Números médios de dias trabalhados Fonte: TAVARES, 2019. Exemplo: Veja como calcular a taxa de frequência e a taxa de gravidade https://www.youtube.com/watch?v=yEBpHZgKQHE https://www.youtube.com/watch?v=v9cUffUNlD0 https://www.youtube.com/watch?v=yEBpHZgKQHE https://www.youtube.com/watch?v=v9cUffUNlD0 Competência 03 49 Uma fábrica teve 10 trabalhadores acidentados ano passado. Esta fábrica possui 100 funcionários no total que trabalharam 40 horas por semana. Sendo assim, ocorreram 10 acidentes com afastamento no ano passado e foram trabalhadas 200.000 horas-homens durante o ano. F = 10 × 1.000.000 = 50 200.000 Isso significa que, durante o ano, os trabalhadores da fábrica sofreram lesões que provocaram uma perda de tempo à razão de 50, por cada milhão de horas que trabalharam. Cálculo da Taxa de Gravidade As 10 lesões provocaram um total de 200 dias perdidos, assim, com a fórmula da Taxa de gravidade, obteremos o valor de dias perdidos com acidentes para cada 1.000.000 horas trabalhadas: G = 200 × 1.000.000 = 1000 200.000 Isto é, o tempo perdido devido aos acidentes ocorridos na fábrica, no ano passado, foi de 1.000 dias para cada 1.000.000 horas-trabalhadas. Supondo-se que cada empregado trabalhou 2.000 horas por ano, a média de tempo perdido foi de 2 (dois) dias por homem, por ano. Há situações em que o acidentado perde alguma parte de seus membros como, por exemplos, os braços. Para esta situação, é usado a expressão “Dias Debitados”, ou seja, todo acidente do trabalho com perdas de membros resulta em dias debitados que é a indenização referente à perda de parte do corpo. Veja, através da tabela da PORTARIA N° 33, DE 27 DE OUTUBRO DE 1983, (DOU de 31/10/83 – Seção 1 – Págs. 18.338 a 18.349) quantos dias são debitados para cada parte de membro perdido. Apesar de não ter sido citada em sua última atualização, na prática ainda se faz referência ao quadro 1A da Portaria nº 33, de 27 de outubro de 1983. Competência 03 50 Figura 11 – Tabela de Dias Debitados Fonte: https://segurancadotrabalhoacz.com.br/tags/dias-debitados/ Descrição da imagem: A imagem mostra uma tabela representando os dias debitados por acidente de trabalho. Tem uma tabela dividida em três colunas, sendo a primeira várias imagens que são descritas na coluna dois e a coluna três que são os dias. A primeira imagem representa a morte e são 6000 dias debitados; a segunda é uma cadeira de rodas e representa incapacidade permanente sendo 6000 debitados; até chegar a última imagem que é uma orelha e presenta a perda de audição com 3000 dias debitados. Se no nosso exemplo incluirmos uma lesão da qual resultou a perda de 2 dedos da mão, a carga correspondente é de 750 dias, os quais, acrescidos à perda de tempo proveniente das 9 lesões restantes, que equivalem a 180 dias, nos dá um total de 930 dias, e a Taxa de gravidade será: https://segurancadotrabalhoacz.com.br/tags/dias-debitados/ Competência 03 51 G = (180 + 750) × 1.000.000 = 4.650 200.000 O tempo perdido devido aos acidentes foi de 4.650 para cada 1.000.000 de horas-homem trabalhadas, fato esse agravado pelo acréscimo dos dias debitados referentes à perda de dois dedos da mão. Com este exemplo, finalizamos esta competência. Lembre-se, você deve estudar também os materiais complementares e assistir as vídeo-aulas para realizar a atividade semanal e a avaliação da disciplina. Sucesso e bons estudos!!! Agora que você estudou os conteúdos abordados nesta terceira competência sobre os acidentes de trabalho, vá até o fórum da mesma competência e responda a atividade proposta como forma de fixar melhor o assunto. 52 Conclusão Prezado Estudante, Iniciamos esta disciplina abordando as técnicas/ferramentas utilizadas na gestão da saúde e segurança do trabalho, onde foi demostrado o Ciclo do PDCA como ferramenta de melhoriacontínua no ambiente de trabalho. Já na Competência 2, apresentamos a você como desenvolver o perfil de liderança visando à produtividade da equipe liderada e ao autodesenvolvimento profissional. E finalizamos com os conceitos gerais e as técnicas para cálculo de custos decorrentes de acidentes de trabalho. Desta forma, esperamos que você como um futuro Técnico em Segurança do Trabalho (TST) tenha desenvolvido todas as capacidades técnicas inerentes à sua nova profissão com relação a Gestão em Saúde e Segurança do Trabalho. Bons estudos! 53 Referências ZOCCHIO, A. Prática da Prevenção de acidentes. ABC da Segurança do Trabalho. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2002. TAVARES, C. R. G. Estatística de Acidentes. Segurança do Trabalho I. Curso Técnico em Segurança do Trabalho. Governo Federal. Ministério da Educação. Equipe SEDIS - Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, 2019. NAKAI, Z. P. Gestão Aplicada à Saúde e Segurança no Trabalho, 2018. Curso Técnico em Segurança do Trabalho: Educação a distância. – Recife: Secretaria Executiva de Educação Profissional de Pernambuco, 2018. 49 p.: il. GOLEMAN, D. Trabalhando com a inteligência Emocional. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. FLORENTINO, M. S. A influência da motivação na dinâmica das organizações. Rio de Janeiro: Projeto “A vez do mestre” da Universidade Cândido Mendes, 2005. DE LIMA, D. V. P., & GOUVEIA, O. M. W. C. A influência da motivação no desempenho organizacional no contexto contemporâneo, 2013. CAMARGO, W. Gestão da Segurança do Trabalho. Instituto Federal do Paraná. Sistema Escola Técnica Aberta do Brasil – e-Tec Brasil. Curitiba-PR, 2011. MONTEIRO, A. L.; BERTAGNI. R. F. S. Acidentes do trabalho e doenças ocupacionais – 9. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2019. CHIAVENATO, I. Gerenciando com as Pessoas. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2005. GIL, Antônio C. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis profissionais. 1. Ed. São Paulo: Atlas, 2001. MASLOW, Abraham H. Motivation and personality. 2. ed. New York: Harper and Row, 1970. Disponível em: http://www.sobreadministracao.com/a-piramidehierarquia-de necessidades-de- maslow/. Acesso em: 12 de out. 2019. MAXIMIANO, A. C. Administração de Projetos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002. ROBBINS, S. P. Comportamento organizacional. 11. ed. São Paulo: 2008. BUSKI, C. R. B.; KIEPER, M.; BATIZ, E. C.; MARTÍNEZ, R. C. M. Gestão comportamental na Saúde e Segurança no Trabalho. CONEPRO-SUL. 3º Congresso de Engenharia de Produção da Região Sul, Joinville/SC, 2014. Disponível em: <https://www.researchgate.net/profile/Eduardo_Batiz/publication/327142810_Gestao_comporta mental_na_Saude_e_Seguranca_no_Trabalho/links/5b7cab204585151fd12685cc/Gestao- comportamental-na-Saude-e-Seguranca-no-Trabalho.pdf>. Acesso em: 22 de out. 2019. http://www.sobreadministracao.com/a-piramidehierarquia-de%20necessidades-de-maslow/ http://www.sobreadministracao.com/a-piramidehierarquia-de%20necessidades-de-maslow/ https://www.researchgate.net/profile/Eduardo_Batiz/publication/327142810_Gestao_comportamental_na_Saude_e_Seguranca_no_Trabalho/links/5b7cab204585151fd12685cc/Gestao-comportamental-na-Saude-e-Seguranca-no-Trabalho.pdf https://www.researchgate.net/profile/Eduardo_Batiz/publication/327142810_Gestao_comportamental_na_Saude_e_Seguranca_no_Trabalho/links/5b7cab204585151fd12685cc/Gestao-comportamental-na-Saude-e-Seguranca-no-Trabalho.pdf https://www.researchgate.net/profile/Eduardo_Batiz/publication/327142810_Gestao_comportamental_na_Saude_e_Seguranca_no_Trabalho/links/5b7cab204585151fd12685cc/Gestao-comportamental-na-Saude-e-Seguranca-no-Trabalho.pdf 54 BRASIL. Normas Regulamentadoras. NR 17 – Ergonomia. Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978. Disponível em https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca-e-saude-no- trabalho/sst-menu/sst-normatizacao/sst-nr-portugues?view=default. Acesso em: 12 out. 2019. TUIUTI. Disponível em: < https://www.epi-tuiuti.com.br/blog/seguranca-do-trabalho/entenda-o- que-e-constatacao-de-incapacidade-laborativa/>. Acesso em: 22 de out. 2019. SEGURANÇA DO TRABALHO JPS. Disponível em: < segurancadotrabalhojps.blogspot.com/2013/08/fator-pessoal-de-inseguranca.html>. Acesso em: 22 de out. 2019. BRASIL. INSS – Instituto Nacional do Seguro Social. Disponível em: <https://www.inss.gov.br/servicos- do-inss/comunicacao-de-acidente-de-trabalho-cat/>. Acesso em: 22 de out. 2019. DDS ONLINE. Disponível em:< https://www.ddsonline.com.br/dds-temas/seguranca/atos-e- condicoes-inseguras-conceitos-e-exemplos/>. Acesso em: 22 de out. 2019. SGS GROUP. 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Pós- Graduada em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Faculdade Joaquim Nabuco – FJN. Graduada em Engenharia de Minas pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Eraldo de Jesus Argôlo Doutor em Engenharia Química pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Pós- Graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Faculdade Joaquim Nabuco – FJN. Graduado em Engenharia Química pela Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP. Introdução 1.Competência 01 | Conhecer as Técnicas para Trabalhar em Equipe de Forma Organizada, Metódica e Sistemática, Mantendo a Ética Profissional e Facilitando as Relações Interpessoais 1.1 Gestão de segurança e ergonomia 1.2 O ciclo do PDCA 1.3 Comunicação no trabalho 2.Competência 02 | Desenvolver o Perfil de Liderança Visando à Produtividade da Equipe Liderada e o Autodesenvolvimento Profissional 2.1 Inteligência emocional 2.1.1 Autoconsciência 2.1.2 Autocontrole 2.1.3 Motivação 2.1.4 Empatia 2.1.5 Habilidades sociais 2.2 Gestão da Saúde e Segurança no Trabalho (SST) 3.Competência 03 | Conhecer as Técnicas para Cálculo de Custos Decorrentes de Acidentes de Trabalho e Óbitos 3.1 Acidente de trabalho 3.2 Comunicação dos acidentes de trabalho (CAT) 3.3 Causas dos acidentes de trabalho 3.3.1 Condição insegura 3.3.2 Fator pessoal de insegurança 3.4 Tipos de acidente de trabalho 3.5 Consequências dos acidentes de trabalho 3.5.1 Incapacidades laborais 3.6 Investigação dos acidentes de trabalho 3.7 Cálculos estatísticos Conclusão Referências Minicurrículo do Professor