Casos concreto direito constituicional

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Trabalho constitucional avançado
CASO CONCRETO 3
Questão Objetiva
D) Está incorreto, posto que violou a cláusula de reserva de plenário, ainda que não tenha declarado expressamente a inconstitucionalidade do ato normativo.
Questão discursiva
R. Ministério Público é legitimado para propor a Ação Civil Pública, para a defesa de direitos difusos /coletivos. Nesse sentido, a Ação Civil Pública, que tem feito erga omnes, pode ser utilizada como meio eficaz para a defesa dos direitos coletivos, desde que não seja um manejo com vistas a substituir o controle direito de constitucionalidade.
JURISPRUDÊNCIA
TRF-4 - RECURSO CÍVEL: 50016913620164047119/RS 5001691-36.2016.404.7119.
Relator: GUSTAVO SCHNEIDER ALVES
Data de Julgamento: 18/10/2017
TERCEIRA TURMA RECURSAL DO RS
EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DOS NOVOS TETOS ESTABELECIDOS PELAS EMENDAS CONSTITUCIONAIS 20/1998 E 41/2003. INTERRUPÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL A PARTIR DA CITAÇÃO VÁLIDA EM AÇÃO CIVIL PÚBLICA. RECURSO DO INSS AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A propositura da Ação Civil Pública n. 0004911-28.2011.4.03.6183, em 05/05/2011, na Subseção Judiciária de São Paulo, interrompeu o curso do prazo prescricional da pretensão revisional (art. 219, § 1º, do CPC), inclusive para os autores de ações individuais. Uma vez interrompido, o prazo prescricional somente volta a correr após o último ato do processo que deu causa à interrupção, via de regra, o trânsito em julgado da respectiva decisão (art. 202, parágrafo único, do CC; art. 9º do Decreto n. 20.910/32). 2. Considerando que a prescrição interrompida pela referida ACP não recomeçou a correr antes do ajuizamento desta ação, forçoso é reconhecer que a parte autora tem direito ao recebimento de todas as diferenças verificadas dentro dos últimos 5 (cinco) anos do ajuizamento da ACP, isto é, das parcelas anteriores a 05/05/2006. 3. Sentença de procedência mantida.
DOUTRINA
Livro: O controle de constitucionalidade no direito brasileiro
Autor: Luís Roberto
Editora: Saraiva
Página: 33 
"Controle de Constitucionalidade como a verificação da compatibilidade de uma lei ou de um ato normativo com a Constituição, bem como a busca pela eficácia plena aos dispositivos constitucionais, tem do em vista a inconstitucionalidade por omissão,Para que um sistema jurídico funcione, pressupõe-se sua ordem e unidade, devendo as partes agir de maneira harmoniosa. O mecanismo de controle de constitucionalidade procura restabelecer a unidade ameaçada, considerando a supremacia e a rigidez das disposições constitucionais. Conforme ensina o jurista Calil Simão, o sistema de controle de constitucionalidade destina-se a analisar a lesão dos direitos e garantias previstos na Constituição de um país, objetivando assegurar a observância das normas constitucionais e, consequentemente, a sua estabilidade e preservação.."
CASO CONCRETO 5
Discursiva 1 
A)Sim. A norma é formalmente inconstitucional, pois deveria ter sido iniciada pela Câmara Municipal, conforme determina o A rt. 29, inciso V, da CF/88.
B)Não. A norma municipal não pode ser objeto de ADI perante o STF, conforme estabelece o Art. 102, inciso I, alínea ´a ´, da CF/88.
Discursiva 2 
A) A ação estadual fica suspensa esperando decisão do STF.
B)O presidente da República pode impetrar uma ação porque é legítimado universal.
Questão Objetiva
d) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto de lei, no modelo brasileiro, possui caráter retroativo.
JURISPRUDÊNCIA(discursiva 1)
TJ-MG - Ação Direta Inconst: 10000140166232000/MG
Relator: Adilson Lamounier
Data de Julgamento: 25/02/0015
Órgão Especial / ÓRGÃO ESPECIAL
Data de Publicação: 13/03/2015
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - MUNICÍPIO DE BONITO DE MINAS - LEIS MUNICIPAIS - CRIAÇÃO DE CARGOS COMISSIONADOS - AUSÊNCIA DE ATRIBUIÇÃO DAS FUNÇÕES DOS RESPECTIVOS - ATRIBUIÇÕES DE DIREÇÃO, CHEFIA E ASSESSORAMENTO DE CARGO DE COORDENADOR - RELAÇÃO DE CONFIANÇA - INEXISTÊNCIA - INCONSTITUCIONALIDADE DECLARADA - AÇÃO JULGADA PROCEDENTE. 1 - Para a criação de cargos comissionados, apresenta-se necessário que o legislador especifique as respectivas atribuições, tendo em vista a necessidade de demonstrar que se destinam às funções de assessoramento, chefia ou direção, além de demandarem relação de confiança entre o servidor nomeado e seu superior hierárquico. 2- Padecem de vício de inconstitucionalidade as normas municipais do Município de Bonito de Minas, que preveem a criação de cargos comissionados que encerram funções eminentemente burocráticas, de supervisão e fiscalização, não caracterizando o exercício de atribuições de direção, chefia ou assessoramento, além de não exigirem a configuração do vínculo de confiança entre o servidor e a autoridade nomeante. V.V. EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - ART. 2º DA LEI COMPLEMENTAR N.º 19/2009, DO MUNICÍPIO DE BONITO DE MINAS - CARGO DE COORDENADOR - ATRIBUIÇÕES DE CHEFIA - CONSTITUCIONALIDADE. As funções de articulação, acompanhamento e avaliação não se resumem apenas a tarefas técnicas e, por isto, são inerentes à atribuição de chefia, a permitir que a lei lhe confira o pressuposto de confiança necessário à definição do cargo como de provimento em comissão, consoante feito pelo art. 2º da Lei Complementar n.º 19/2009, do Município de Bonito de Minas, ao criar o cargo de coordenador.
JURISPRUDÊNCIA(discursiva 2)
STF - ADI: 2483 PR - PARANÁ 0002468-14.2001.1.00.0000
Relator: Min. GILMAR MENDES
Data de Julgamento: 13/09/2019
Tribunal Pleno
Data de Publicação: DJe-212 30-09-2019
Ação Direta de Inconstitucionalidade. 2. Art. 77, § 2º, da Constituição do Estado do Parana. 3. Escolha de conselheiros do Tribunal de Contas do Estado. 4. Violação ao art. 73, § 2º, c/c art. 75 da Constituição Federal. 5. Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente, nos termos da medida cautelar deferida pelo Plenário. (ADI 2483, Relator (a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado 13/09/2019, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-212 DIVULG 27-09-2019 PUBLIC 30-09-2019)
DOUTRINA
Livro: Direito Constituicional
Autor: Luiza Braga
Editora: Saraiva
Página: 102 
"Os legitimados para a propositura da Ação Direta de Inconstitucionalidade genérica visando o questionamento da constitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual contestados em face da própria Constituição Federal são aqueles definidos no artigo 103, incisos I a IX da Constituição Federal. O poder de ajuizar essa ação, chamado de legitimação, é dado pelos incisos I a IX do artigo 103 da Constituição Federal, constituindo-se em uma legitimação restrita àqueles enumerados nos dispositivos retromencionados. São eles: o presidente da República; o Procurador Geral da República; os Governadores dos Estados e o Governador do Distrito Federal; as mesas (órgãos administrativos) da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, da Câmara Legislativa do Distrito Federal; a Mesa de Assembleia Legislativa; Partidos Políticos com representação no Congresso Nacional; Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); Entidades de Classe de Âmbito Nacional e Confederações Sindicais."