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ATIVIDADE INDIVIDUAL Matriz de atividade individual Disciplina: Direito Societário Módulo: Aluno: Danilo Alvarenga Freitas Turma: Tarefa: Parecer e comentários críticos sobre a elaboração do contrato social de uma sociedade limitada Parecer Atendendo à solicitação, realizo o presente parecer referente as informações, bem como conveniência e legalidade na formatação de uma empresa com natureza jurídica limitada, contendo, um sócio pessoa jurídica, um menor e outros sete pessoas naturais. INFORMAÇÕES: Denominação: XPTO-05 LTDA.; Objeto da sociedade: prestação de serviços de redação de textos; Composição: um sócio pessoa jurídica e oito sócios pessoas naturais, sendo um deles menor de idade; Prazo de duração da sociedade: indeterminado; Capital: R$ 10.000,00 (dez mil reais); Integralização do capital social: 12 parcelas, em um prazo de um ano – o sócio pessoa jurídica e o sócio menor desejam integralizar o capital social com bens; Lucros: distribuição de forma desigual e Administração: feita por uma pessoa jurídica. Informações adicionais; Os sócios não mencionaram nada a respeito da solução em caso de falecimento de sócio e da adoção de conselho fiscal ou de administração na sociedade. Eles também não abordaram a questão de inclusão de quotas preferenciais, a regra de fonte supletiva e as formas de cessão das quotas e exclusão de sócio minoritário. Além disso, demonstraram não saber nada a respeito do acordo de sócios nas sociedades limitadas. 2 1 - INTRODUÇÃO Inicialmente o registro de uma empresa de “prestação de serviço” deve ser registrada na junta comercial do Estado, não podendo haver o registro do contrato social em cartório de registro de pessoa jurídica. Neste sentido o contrato social deverá conter todas as qualificações, tanto das pessoas jurídicas quanto das pessoas físicas do menor e do representante legal do menor. Outro ponto importante é que a empresa tenha uma sede definida e também sua denominação, para verificar a abrangência de serviços a serem prestados. Após a fase introdutória, passamos apara as peculiaridades. 2 - MENOR NA SOCIEDADE Ressaltar que não há objeção quanto ao ingresso de menor ou formação de sociedades limitadas, desde que seja respeitado as questões abaixo; A) O menor de idade deverá ser emancipado tendo idade entre 16 a 18 anos. B) O capital social deverá ser integralizado, ou seja, conforme o artigo 17 da IN 29/1991, o capital social deverá estar totalmente integralizado, tanto na constituição quanto na alteração de contrato. C) Apenas poderá fazer parte da administração e/ou diretoria, caso seja emancipado. “Art. 17 – O arquivamento de atos de sociedades por quotas de responsabilidade limitada, da qual participam menores, será procedido pelo órgão de registro, desde que: I- o capital da sociedade esteja totalmente integralizado, tanto na constituição, como nas alterações contratuais; II- não seja atribuído ao menor quaisquer poderes de gerência ou administração; III- o sócio menor seja representado ou assistido, conforme o caso”. Deste modo, podemos verificar a impossibilidade da empresa XPTO-05 LTDA, não ter o capital totalmente integralizado, necessitando assim desta correção para que seja válido o registro do contrato social. 3 – QUANTO O ADMINISTRADOR – PESSOA JURÍDICA No caso de sociedade Limitada não pode ser realizada por Pessoa Jurídica, outro ponto a ser abordado e consequentemente modificado, este tema é muito debatido, pois não há vedação legal. “Contudo, Gladston Mamede afirma que o administrador da sociedade limitada deve obrigatoriamente ser pessoa natural, pois administrar, “no caso, interpreta-se em sentido estrito, a implicar a prática de atos humanos entre os quais se pode destacar, por óbvio, o ato de firmar, isto é o ato de assinar em nome da sociedade” Porém, o enunciado 66 das jornadas de direito civil do Conselho de Justiça Federal, entende que somente pode haver a administração por pessoa natural, pois as responsabilizações futuras ou a desconsideração em caso de fraude ou qualquer outro fator que possibilita a responsabilização da pessoa natural, haverá dificuldade. “Número 66 Enunciado A teor do § 2º do art. 1.062 do Código Civil, o administrador só pode ser pessoa natural. Referência Legislativa Norma: Código Civil 2002 - Lei n. 10.406/2002” Assim, há um entendimento majoritário da impossibilidade de uma pessoa jurídica compor o quadro societário na administração. 4 – Distribuição de lucro de forma desigual A distribuição de lucro deverá obedecer a forma expressa em contrário ou respeitar a proporcionalidade da distribuição do lucro conforme a distribuição de cotas. Neste contexto poderá haver a distribuição de lucro de forma desigual e também no formado de pró-labore, conforme expresso no referido contrato social. Deste modo o contrato social deverá apresentar as cláusulas de distribuição de lucro e das perdas, para assim, não ocorrer desentendimentos, mas quanto a legalidade, não há obste. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10406.htm 4 5 – Conclusão Por fim, entendemos que são questões necessários as seguintes inclusões no referido contrato social; Destacar de forma clara a distribuição das cotas em caso de falecimento, sendo que as mesmas podem ser distribuídas entre os sócios, regra geral ou haver a previsão em contrato social, conforme artigo abaixo; Art. 1.028. No caso de morte de sócio, liquidar-se-á sua quota, salvo: I – se o contrato dispuser diferentemente; II – se os sócios remanescentes optarem pela dissolução da sociedade; III – se, por acordo com os herdeiros, regular-se a substituição do sócio falecido. Assim, deverá verificar a vontade dos sócios no caso de falecimento, não deixado de apresentar o caso de saída por vontade própria ou por exclusão, que nestes casos servem para evitar litígios. Outro ponto relevante é que apesar de have administrador deverá compor um conselho deliberativo, podendo ser de forma majoritária ou deliberativo, nos termos do artigo 1076 do CC/02 que apresenta a forma de deliberação das matérias passíveis de ser apresentada em Assembleia. Por fim a forma mais coerente e necessária par dirimir furos conflitos é a Camara de arbitragem, no qual deverá constar essa prerrogativa no referido contrato. 7 – BIBLIOGRAFIA MAMEDE, Glaston. Direito empresarial brasileiro. Direito societário: sociedade simples e empresárias”, v. 1º. São Paulo: Atlas, 2004, p. 342. https://www.cjf.jus.br/enunciados/enunciado/686 (acessado em 17/03/2020) GUIMARAES, Marcio Souza, Vazques Juan, Direito Societário; Sociedade Limitada, FGV Educação Executiva. https://www.juridoc.com.br/blog/abrir-uma-empresa/o-processo-para-comecar-um-negocio/9778-passo- passo-elaborar-contrato-social-contrato-social-ltda/ (acessado em 30/03/2020) https://phmp.com.br/artigos/falecimento-e-partilha-de-quotas-de-socio/ (acessado em 30/03/2020) https://www.cjf.jus.br/enunciados/enunciado/686 https://www.juridoc.com.br/blog/abrir-uma-empresa/o-processo-para-comecar-um-negocio/9778-passo-passo-elaborar-contrato-social-contrato-social-ltda/ https://www.juridoc.com.br/blog/abrir-uma-empresa/o-processo-para-comecar-um-negocio/9778-passo-passo-elaborar-contrato-social-contrato-social-ltda/ https://phmp.com.br/artigos/falecimento-e-partilha-de-quotas-de-socio/
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