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Prova Direito do Consumidor

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01. Uma indústria automobilística emprega cerca de 450 empregados, é uma grande consumidora de energia elétrica, gastando milhares de reais mensais com ela. Certo dia, fruto da necessidade, a empresa adquiriu um aparelho sofisticado que se mostrou capaz de produzir com economia de escala, permitindo até a demissão de 100 funcionários. A partir da utilização desse novo maquinário, passou a existir uma sobrecarga de energia, o que obrigou a empresa a solicitar que a Distribuidora de Energia Elétrica trocasse a fiação, o que foi feito. Alguns dias após essa operação ocorreu uma sobrecarga de energia que acabou queimando o equipamento, causando grave prejuízo à empresa. Existe relação de consumo no caso apresentado? Pode a empresa, alegando ser consumidora, pleitear direitos diante da Distribuidora, com base no CDC? É a Distribuidora responsável? Explique. *
Existe. Sim pode pleitear direitos, pois a luz do artigo 14 do CDC, o fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos a prestação de serviços. 
02. Determinada consumidora adquiriu um fogão da marca NST, na loja Galvão. Tal fogão foi montado com materiais da fábrica Eldorado (lâminas de alumínio) e fábrica Ribeirão (plástico em geral). O fogão foi entregue pela transportadora Rapidão. A consumidora passou a utilizar o produto. O forno (compartimento separado) não funciona. Pergunta-se: O que a consumidora pode fazer? De quem e onde pode reclamar? Levante todas as possibilidades fundamentadas de acordo com o CDC. *
Segundo o artigo 18 do CDC, a consumidora pode exigir o saneamento do vício no prazo de 30 dias, após o prazo, pode exigir a substituição do produto por outro da mesma espécie em perfeitas condições de uso; a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; o abatimento proporcional do preço.
A responsabilidade é solidária ao comerciante e ao fabricante, mas o comerciante nem sempre é obrigado, se o produto estiver lacrado não terá a responsabilidade. A conservação do produto é responsabilidade solidária, pois o consumidor não consegue identificar de quem errou.
03. Acerca da responsabilidade no Código de Defesa do Consumidor, assinale a opção correta. *
( )No caso de fornecimento de produtos in natura, será responsável perante o consumidor o fornecedor imediato, mesmo se identificado claramente o produtor.
(x)Caso o vício do produto ou do serviço não seja sanado no prazo legal, pode o consumidor exigir o abatimento proporcional do preço.
( )É permitida a estipulação contratual de cláusula que impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de indenizar.
( )A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação dos produtos e serviços o exime de responsabilidade.
JUSTIFIQUE A ESCOLHA DA ALTERNATIVA NA QUESTÃO ANTERIOR. *
A luz do art. 18, § 1°, III do CDC, que preceitua que não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir o abatimento do valor.
04. Acerca da responsabilidade por vícios do produto e do serviço nas relações de consumo, assinale a opção correta. *
(x)A explosão de loja que comercializa, entre outros produtos, fogos de artifício e pólvora, causando lesão corporal e morte a diversas pessoas, acarreta a responsabilidade civil do comerciante decorrente de fato do produto, se ficar demonstrada a exclusividade de sua culpa pelo evento danoso. Nesse caso, aos consumidores equiparam-se todas as pessoas que, embora não tendo participado diretamente da relação de consumo, venham a sofrer as consequências do evento danoso.
( )A reparação por danos materiais decorrentes de vício do produto ou do serviço afasta a possibilidade de reparação por danos morais, ainda que comprovado o fato e demonstrada a ocorrência de efetivo constrangimento à esfera moral do consumidor.
( )O fornecedor pode eximir-se da responsabilidade pelos vícios do produto ou do serviço e do dever de indenizar os danos por eles causados se provar que o acidente de consumo ocorreu por caso fortuito ou força maior ou que a colocação do produto no mercado se deu por ato de um representante autônomo do fornecedor.
( )Quando forem fornecidos produtos potencialmente perigosos ao consumo, mesmo sem haver dano, incide cumulativamente a responsabilidade pelo fato do produto e a responsabilidade e a responsabilidade por perdas e danos, além das sanções administrativas e penais
JUSTIFIQUE A ESCOLHA DA ALTERNATIVA NA QUESTÃO ANTERIOR. *
De acordo com o art. 17 do CDC equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento.
06. Dagoberto adquiriu um liquidificador da marca Araxá, na loja Eletro Espirito Santo. O copo do liquidificador trincou após um ano de uso, e o consumidor, passando na mesma loja, viu vários copos para liquidificadores com o anuncio em destaque “para os liquidificadores Araxá”. Dagoberto comprou um copo e instalou, em seu primeiro uso o mesmo começou a trepidar. A mulher de Dagoberto, Thaís, tentou segurar o copo, todavia ele desprendeu-se, espatifando-se no chão, isso porque a borracha não era compatível, ou seja, as medidas e especificações desse copo não eram compatíveis com o original. Acontece que Thaís, na ânsia de segurar o copo que trepidava, acabou segurando as lâminas da hélice em movimento, que ficaram expostas com a expulsão do copo, e isso a lesionou gravemente nas mãos. Quem pode pleitear indenizações com base no CDC? Trata-se de vicio ou defeito? A quem cabe a responsabilidade pelos danos? *
Thais pode pleitear indenização, à luz do art 12 CDC. Trata-se de defeito, por causar um dano, e não apenas mau funcionamento. O defeito vai além do produto e atinge o consumidor na esfera pessoal. A Loja Eletro Espirito Santo, visto que quando há defeito, todos os fornecedores: fabricante, produtor, construtor, importador, prestador do serviço, comerciante. Ainda, cumpre ressaltar que por se tratar de um serviço de reparação, a loja deveria ter se utilizado de componentes originais e adequados ao produto, o que não foi o caso, uma vez que a borracha do liquidificador não era compatível com o mesmo, conforme art. 21, CDC.
07. Borges e mais quinze amigos e nove parentes foram comemorar a sua despedida de solteiro em uma casa noturna. Como cortesia, o estabelecimento ofereceu uma porção de bolinho de bacalhau, especialidade da casa. No dia seguinte, todos eles passaram mal e foram internados com intoxicação alimentar. A vigilância sanitária compareceu ao local, recolheu algumas unidades da porção para exame e constatou que os mesmos estavam impróprios para consumo (deteriorados). Defendendo-se, a casa noturna diz que adquiriu os bolinhos de bacalhau da empresa Manoel & Joaquim Cia Ltda, porém, não existia nenhuma indicação na embalagem da referida empresa. Além disso, alegou não haver relação de consumo, uma vez que a porção tratava-se de uma cortesia da casa. Há relação de consumo, ainda que gratuita a porção? Trata-se de defeito ou vicio? De quem é a responsabilidade: fabricante ou comerciante? Explique-se. Há como eximir-se dessa responsabilidade? *
O fato de haver cortesia, não descaracteriza a relação de consumo, nem exime a responsabilidade. Trata-se de defeito à luz do Art. 12 § 1° CDC, que preceitua que o produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele legitimamente se espera. Ainda, a responsabilidade será solidária a luz do art. 18, § 6°, II CDC. E por fim, a luz do art. 13, II CDC a empresa Manoel e Joaquim pode se eximir pela ausência de identificação da empresa no rótulo.
08. Um hospital recebe um paciente até a sala de hemodiálise onde se encontra o equipamento especializado. O médico leva o paciente até a sala adequada e o coloca no aparelho. Sai da sala e no corredor encontra um amigo antigo, que o convida para tomar café. Passando certo tempo, o médico lembra-se do paciente que está no aparelho. Corre até a sala. Por azar o aparelho havia apresentado defeito; como não havia ninguém na sala na hora, o problema com o aparelhoacabou ocasionando a morte do paciente. Pergunta-se: A família da vítima pode acionar o hospital por danos morais e materiais? A responsabilidade do hospital é objetiva ou subjetiva? A família pode acionar o médico? O defeito no aparelho tem alguma implicação na apuração da responsabilidade? Qual e de que forma? 
Sim, a família da vítima poderá acionar o hospital por danos morais e materiais, conforme art. 6º, incisos I e VI, do CDC e arts. 932, inciso III, e 948, inciso I, do CC, devido ao fato de que o hospital é responsável pelos seus empregados. Caso o médico seja funcionário do hospital, a responsabilidade é subsidiária, devendo o hospital responder de forma objetiva e após entrar com ação de regresso contra o médico. Se o médico somente atendeu no hospital como profissional liberal, a responsabilidade é subjetiva dele, a qual decorre da negligência (abandono do paciente em tratamento).
A responsabilidade do hospital é objetiva.
A família pode acionar o médico, pois a responsabilidade do mesmo é subjetiva.
O defeito do aparelho tem implicação na apuração da responsabilidade do hospital, pois é o nexo causal para comprovar a responsabilidade do mesmo, tendo em vista que, se não existisse o defeito no aparelho, o dano deixaria de existir, razão pela qual o defeito do aparelho terá implicações na responsabilização.

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