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Anticoncepcional Perspectivas e Efetividade

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
ANTICONCEPCIONAIS: PERSPECTIVAS E EFETIVIDADE
JUIZ DE FORA 
2020
ANTICONCEPCIONAIS: PERSPECTIVAS E EFETIVIDADE
Resumo
O presente artigo relata sobre os métodos anticoncepcionais considerando suas perspectivas históricas e as mudanças que provocou no comportamento e nas relações das sociedades humanas. O autocuidado diante do controle da natalidade através de anticoncepcionais é muito utilizado nos dias atuais e se mostram com uma percentagem alta em relação a sua eficácia, sendo que não há método contraceptivo com 100% de segurança. Deste modo, o trabalho buscou por meio de uma revisão bibliográfica, descrever de forma sucinta a história dos anticoncepcionais e descrever os principais métodos anticoncepcionais e sua taxa de efetividade.Isso aponta uma compreensão dos aspectos relativos à vida sexual e reprodutiva dos usuários e, consequentemente, desperta interesse pela temática em pesquisar e dissertar o uso dos conceptivos e sua forma correta de administração.
Palavras-Chave: Anticoncepcionais; História; Conceptivos.
1. Introdução
Os anticoncepcionais são produtos ou métodos que estão disponíveis para quem deseja evitar uma gravidez ou evitar que se transmita uma doença sexualmente transmissíveis. O uso deles é crescente no Brasil e no mundo devido a constantes lutas feministas pelo reconhecimento de seus direitos e movimentos sociais, bem como os ideais políticos e cuidados com o bem estar corporal.
O anticoncepcional não está ligado somente ao controle da natalidade, pois além de inibir uma concepção, esses medicamentos também são usados para tratar várias síndromes e doenças no sistema reprodutor feminino, como a endometriose, síndrome do ovário policístico,sangramentos irregulares, cólicas menstruais, TPM e diminuição do fluxo menstrual.
A utilização de anticoncepcionais pode ocasionar vários sintomas de acordo com cada organismo. Nesta perspectiva, os métodos contraceptivos passam a se configurar como instrumento de exercício dos direitos sexuais e reprodutivos e importante mecanismo de planejamento familiar.
Desta forma, o presente trabalho tem por finalidade descrever um breve histórico sobre os anticoncepcionais, e elencar os principais métodos e suas eficácias que são amplamente utilizados no Brasil e no mundo.
2. Desenvolvimento 
Desde os primórdios os seres humanos buscam métodos para evitar gravidez e doenças que são capazes de serem transmitidas através do sexo, como o uso de plantas naturais propagadas na região do Mediterrâneo, ainda nos anos anteriores à Cristo. Também há relatos que que os egípcios colocavam tampões vaginais com o objetivo de evitar a gravidez não desejada. Os anticoncepcionais masculinos também eram utilizados na antiguidade,com a utilização de extratos de plantas. 	
Pressupõe-se que o primeiro anticoncepcional foi utilizado na Roma Antiga, quando se empregava bexigas de animais para se protegerem de doenças sexualmente transmissíveis. Esses preservativos foram descritos em 1564 por Falópio, um italiano anatomista. Falópio descreve que pedaços de vísceras de animais eram utilizados para evitar a transmissão de doenças.
Em 1844 foi inventada a borracha vulcanizada por Charles Goodyear, o que possibilitou a fabricação em massa de camisinhas posteriormente.A ideia do diafragma foi inventado por Friedrich Adolf Wilde, quando sugeriu que se fizesse a “Impressão em cera da cérvice de cada mulher”, e assim seria produzido uma barreira de borracha que serviria como anticoncepcional. Apenas em 1870, foi desenvolvido o diafragma de borracha por Mesinga.
 A primeira pílula anticoncepcional foi produzida em 1960, quando as mulheres passam a ter um maior controle sobre sua fertilidade. Posteriormente vão surgindo alguns modelos modernos de DIU (Dispositivo Intra-Uterino) o que dá ainda mais liberdade a mulher sobre o seu corpo.
Os métodos anticoncepcionais, no final do século XX, vão se tornando cada vez mais variados e seguros para quem deseja evitar a gravidez não desejada e também as doenças sexualmente transmissíveis. Atualmente, esses métodos estão se tornando ainda mais eficazes, e mais difundidos em sua utilização. 
A ampliação da utilização dos diferentes tipos de anticoncepcionais, teve impacto na demografia dos países, tanto nos pensamentos dos indivíduos, quanto nas políticas públicas dos Governos. Houve transformações demográficas dos países por influencias desses métodos, pois a partir deles são possíveis controlar as taxas de natalidade de determinado local. Mas, não somente isso, outros fatores contribuíram para a diminuição da taxa de crescimento dos países, principalmente dos países mais industrializados do mundo. Entre os fatores estão o aumento da mulher no mercado de trabalho, a melhoria da saúde ofertada a poulação, o aumento da urbanização, maior infraestrutura nas cidades, entre outros fatores.
Segue abaixo alguns dos mais difundidos métodos contraceptivos disponíveis no mercado:
2.1 Anticoncepcionais Orais 
Os anticoncepcionais orais chegaram ao mercado na década de 1960 e revolucionou tanto a saúde quanto ao comportamento social. Após a chegada dos anticoncepcionais, ele se mostrou um método muito mais eficaz para evitar a gravidez e assim mexeu com a autonomia das mulheres sobre seu corpo, de escolher quantos filhos querem ter, ou mesmo não terem filhos. 
	A mudança que houve no comportamento social é muito associada com as mulheres terem mais autonomia sobre seu corpo, é assim relacionada à Revolução Sexual. A Revolução Sexual foi um movimento iniciado na década de 1960, quando houve um movimento pela liberdade sexual, impulsionado pelo anticoncepcionais orais, as pílulas, que se separava o prazer sexual da reprodução, prazer sexual este que agora poderia ser vivido. 
Os anticoncepcionais orais são utilizados por grande parte das mulheres, não só para prevenir a gravidez, mas também para diminuir as dores da TPM, acne, endometriose, cólica e síndrome dos ovários policísticos.
Os anticoncepcionais em forma de pílula, geralmente possuem derivado sintético de hormônio que impedem a adoção do LH e FSH, evitando o amadurecimento dos óvulos e, consequentemente, a ovulação. Uma cartela costuma ter 21, 24 ou 28 pílulas. No caso de 21 ou 24 pílulas, a mulher deve ingerir a primeira no início da menstruação, e continuar seu uso, sempre no mesmo horário, até o fim da cartela. Após este mesmo período, deve haver uma pausa de uma semana ou quatro dias. A menstruação ocorre no intervalo entre uma cartela é outra. Quando se trata da de 28 pílulas, devem ser ingeridas sem intervalo entre as cartelas, sendo que o final de cada uma a menstruação ocorre.
Se ocorrer de esquecer a ingestão de uma das pílulas, em um intervalo menor que 12 horas, o ideal é tomá-la assim que lembrar. Caso este horário tenha sido ultrapassado, o ideal é que utilize outro método para se prevenir. 
A pílula do dia seguinte também é um método de prevenção a gravidez, porém ela é vista como um método contraceptivo de emergência, em formato de comprimido e que deve ser tomado após a relação sexual. A pílula do dia seguinte não deve ser usada frequentemente, como substituta dos métodos tradicionais de controle de natalidade, pois é menos eficaz e não há estudos sobre forma de uso e segurança para o bem estar da mulher.
Atualmente os anticoncepcionais orais, são os métodos contraceptivos mais utilizados no mundo, mesmo sendo questionado algumas vezes pelos seus efeitos colaterais devido a sua carga hormonal. Mas com os avanços da ciência já está disponível no mercado anticoncepcionais que associam hormônios sintéticos muito parecidos com os hormônios fornecidos pelo ovário, progesterona e estrogênio. 
2.2 Implante Anticoncepcional
O Implante anticoncepcional tem ganhado destaque nos meios de prevenção da gravidez devido a sua prática, eficácia e discreta, sendo desnecessário que tenha que se lembrar diariamente de tomar pílulas, promovendo o controle contra a ovulação. Quase do tamanho de um palito, o mesmo é colocado logo abaixoda pele na parte superior do braço, onde, a partir de um reservatório, libera de maneira contínua na corrente sanguínea o hormônio progesterona em pequenas doses. Os efeitos colaterais do implante anticoncepcional são reduzidos em relação aos anticoncepcionais orais.
Para adquirir esse método, é necessário um profissional da área da saúde, para anestesiar uma pequena área na parte superior interna do braço e inserir o implante logo abaixo da superfície da pele com uma agulha especial. Depois de ser introduzida, há pouco ou quase nada a se fazer, pois o implante libera quantidades pequenas de hormônio no sangue por até 3 anos. É adequado para mulheres que desejam um meio de contraceptivo bastante eficaz e de longa duração, e que querem evitar um esquema de controle diário, semanal ou mensal. O mesmo pode ser removido a qualquer momento por um profissional da área da saúde. Depois de retirado o implante, o efeito passa em algumas horas, e já é possível engravidar novamente.
2.3 Dispositivo Intrauterino (DIU)
O DIU (Dispositivo Intrauterino) é outro método muito eficaz para mulheres que não querem engravidar, é formado por uma pequena haste, normalmente no formato de T ou Y, que é colocado dentro do útero. Este haste fica dentro do corpo da mulher por 5 a 10 anos e libera algumas substancias que tornam o útero um ambiente inadequado para o espermatozóide, impedindo que o óvulo seja fecundado e impedindo a gravidez indesejada, o risco de se engravidar com o DIU é de 0,2% a 0,7%.
Hoje em dia, é possível encontrar três tipos de DIU, o de cobre, o de prata e o hormonal, cada um possui um funcionamento distinto, que se adapta ao perfil de cada mulher.
O DIU de cobre é mais maleável e é revestido com metal. Ele libera pequenas quantidades de cobre no útero, causando uma reação inflamatória que não faz mal ao organismo, mas que torna hostil para o espermatozóide.O DIU de prata é menos conhecido, porém é o mais moderno. O mesmo tem formato de “Y” e é feito de Prata e cobre, e produz o mesmo efeito no útero impossibilitando a fecundação dos óvulos pelos espermatozóides. A diferença é que a prata faz com que a ocorrência de cólicas e o fluxo menstrual sejam menores em comparação a DIU de cobre, e também diminui os riscos de oxidação da estrutura do cobre dento do organismo, podendo durar até cinco anos.
O DIU hormonal, também conhecido por DIU de Mirena, além de produzir reações inflamatórias no útero, tem em sua composição hormônio de progesterona, esta substancia é liberada aos poucos durante seu uso e apenas uma pequena quantidade pode ser absorvida pela corrente sanguínea. Porém, este não é o mais utilizado, pois de acordo com a própria bula da medicação, dois terços das mulheres que usam o dispositivo apresentam um bloqueio da menstruação, considerando um efeito colateral do dispositivo. 
2.4 Anel Vaginal
O anel vaginal é um tipo de método contraceptivo bastante confortável, é semelhante a um anel transparente flexível de polietileno vinil que se adapta aos contornos da região da vagina liberando hormônios progesterona e estrogênio evitando que os ovários liberem óvulos, além disso, ele faz com que o muco cervical fique mais espesso, de forma a impedir que o esperma chegue até o óvulo.
O anel deve ser colocado da mesma forma que se coloca um absorvente interno, mas devido a sua forma pareça ser um pouco complicado. As instruções para colocá-lo é que verifique o prazo de validade que se encontra na embalagem, lave as mãos antes de abrir a embalagem e segurar o anel, escolher uma posição confortável, segurar o anel entre o indicador e o polegar, apertando-o até ficar com uma forma semelhante a um "8"; e logo em seguida apertar o anel entre o polegar e o dedo indicador e insira-o na vagina, empurrando-o mais para cima até encostar na parede vaginal. Depois que já estiver inserido, deve-se verificar se a posição do anel não está incomodando. Se caso o anel sair da vagina ou quando for trocar o anel por um novo, esse tempo não pode ultrapassar mais de 3 horas, mas se caso passar é recomendado utilizar outro método contraceptivo, como preservativo, até ele permanecer no lugar por 7 dias seguidos, pois o efeito do anel pode ser perder.
O anel é utilizado continuamente durante três semanas, após isso deve ser retirado, fazendo uma pausa de uma semana, permitindo o surgimento da menstruação, antes de colocar o novo anel. Dessa forma, este método precisa ser colocado a cada quatro semanas.
Esse método anticoncepcional quando utilizado corretamente, tem uma eficácia superior a 99%, sendo semelhante ao preservativo, ao evitar uma gravidez indesejada.
Como qualquer método anticoncepcional, tem suas vantagens e desvantagens que deve ser avaliado por cada mulher na escolha do contraceptivo. Vantagens do Anel Vaginal: Não é desconfortável e não interfere na relação sexual, podendo ser usado durante a relação; Só precisa ser colocado uma vez por mês; Permite um tempo máximo de até 3 horas, para substituir o anel, ou em caso de esquecimento; e ajuda a regular os períodos e a reduzir as dores menstruais.
As desvantagens: Possui efeitos colaterais como, por exemplo, aumento do peso, náuseas, dor de cabeça ou acne; não possui nenhuma proteção contra doenças sexualmente transmissíveis, como o preservativo; É necessário introduzir o anel no mesmo horário para não prejudicar o efeito; Não pode ser usado em vários casos, como problemas no fígado ou pressão alta.
Esse método anticoncepcional pode ser comprado nas farmácias convencionais, sem necessidade de receita médica. 
2.5 Camisinha Masculina e Feminina 
A camisinha masculina e feminina, por mais que sejam métodos contraceptivos de barreira, possuem algumas diferenças no formato e forma de uso. Os dois tipos são métodos para prevenir a gravidez e prevenir a contaminação por doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). É um método indicado para pessoas em qualquer faixa etária e apresentam uma taxa de 90 a 95% de eficácia na prevenção da gravidez e DSTs como a sífilis e a imunodeficiência humana (HIV).
Nos últimos anos, o índice de pessoas infectada com o vírus HIV tem crescido, isso porque existe o mito de que a camisinha deve ser usada somente para evitar a gravidez, o que não é o caso.
A camisinha masculina é o preservativo mais conhecido. Seu mecanismo consiste em manter o esperma liberado na ejaculação dentro da camisinha, impedindo que entre na vagina causando uma gravidez. Após a liberação do sêmen, ainda com o pênis ereto, o homem deve remover a camisinha com cuidado para não vazar, dar um nó na ponta e jogar no lixo.
A camisinha feminina ainda é pouco conhecida pelas mulheres, porém, ela oferece proteção e lubrificação como a masculina. O preservativo feminino tem o formato de uma pequena bolsa cilíndrica feita de poliuretano (um plástico fino) transparente e suave, com o mesmo comprimento do preservativo masculino. Nas extremidades da camisinha feminina ficam dois anéis flexíveis, um em cada ponta, sendo que uma delas é fechada por uma película fina, e o outro dentro da vagina.
2.6 Diafragma Vaginal
O diafragma vaginal é um recurso simples. É um método de barreira mecânica impedindo que o esperma se aproxime do útero. Ele é um grande anel flexível em forma de abóbada tem um aro flexível e é feito de látex ou silicone, o seu tamanho varia entre 6 e 8,5cm de diâmetro que vai de acordo com uma medicação prévia efetuado por um médico ou profissional da saúde. Ele é inserido na vagina para criar uma barreira entre o esperma e a entrada do útero da mulher. É recomendado combinar o seu uso com espermicida pra obter maior eficácia, pois fazem uma barreira química contra os espermatozoides.
Para inserir o diafragma, é importante a mulher encontrar uma posição confortável para coloca-lo, ou enquanto você está deitada de cócoras, ou com um pé em uma cadeira. Suas pernas precisam estar bastante abertas, se dobrar os joelhos pode ajudar. Depois que achar a posição correta, devem-se seguir os seguintes passos: Use uma mão de dobrar o diafragma ao meio com a cúpula apontandopara baixo, e com a outra mão segure sua vagina aberta. Coloque o diafragma em sua vagina, apontando para o cóccix. Depois empurre o diafragma para trás na vagina o máximo que puder. Use um dedo para empurrar a borda frontal do diafragma atrás de seu osso púbico, apontando para o seu umbigo. Para verificar se foi inserida corretamente, a mulher tem que um dedo profundamente na vagina para sentir o colo do útero atrás da película do diafragma, se o colo do útero estiver descoberto é por que o diafragma não está bem inserido. Então será necessário que você remova o diafragma, colocando mais gel espermicida sobre ele, e inseri-lo novamente. Deixar o mesmo, no mínimo, seis horas após a relação. No caso de outra relação sexual, deve ser colocada outra dose da geleia ou lubrificante, sem retirar o diafragma. Antes de colocar o diafragma é muito importante verificar se ele não apresenta furos/rachaduras, para isso você pode colocá-lo contra a luz ou encher de água.
O diafragma enquanto contraceptivo é recomendado para mulheres que apresentam qualquer contraindicação a uso de hormônios e/ou desejam métodos que não sejam descartáveis, mas de uso pessoal e prolongado, por isso as mulheres que querem iniciar o uso do Diafragma precisa antes procurar um serviço de saúde, para verificar qual o tamanho do Diafragma a ser utilizado (o tamanho pode entre 6 e 8,5 cm de diâmetro), além de receber as orientações necessárias sobre como usar o Diafragma corretamente.
O Diafragma pode ser inserido a qualquer momento antes da relação sexual, ou pode ser usado o tempo todo (mesmo fora das relações sexuais), mas tem que ser retirado pelo menos uma vez ao dia para lavá-lo. Após a relação sexual, deve se esperar pelo menos seis horas para retirá-lo da vagina, tempo necessário para que os espermatozoides que ficam no diafragma e vagina estejam mortos. Se caso houver outra relação sexual, deve ser colocada outra dose da geleia ou lubrificante, sem retirar o diafragma. Após cada uso deve ser lavado com água e sabão neutro. Como todos os métodos contraceptivos ele possui vantagens e desvantagens. 
As vantagens do diafragma são:Permite à própria mulher o controle da sua fertilidade;Diminui, parcialmente, o contágio de algumas doenças sexualmente transmissíveis;Não possui efeitos hormonais;O diafragma vaginal pode ter durabilidade de 2 – 3 anos;Pode ser usado durante amamentação.
As desvantagens do Diafragma são:Eficácia vai variar, dependendo do uso correto por parte da usuária;Exige instruções adequadas por parte do profissional de saúde e a capacidade de entendimento por parte da mulher;Aumenta a incidência de infecções do trato urinário; O espermicida pode causar irritação na mulher e seu parceiro, especialmente se usado várias vezes ao dia;As infecções do trato urinário podemsermaisfrequentes 
Apesar de não poder ser retirado antes de 6h após a relação sexual, se o diafragma se mantiver o diafragma no lugar por mais de 24 horas, há risco de síndrome do choque tóxico. Choque tóxico é uma infecção rara, mas grave.
As contras-indicações do contraceptivo são:  não pode ser utilizado durante a menstruação, para mulheres que não apresentam infecção no colo do útero, da vagina e urinária, mulheres virgens, com alergia a látex ou que tenham problema no colo do útero não podem usar o diafragma vaginal.
Sua eficácia apresenta taxa de falha de 06 a 20%, ou seja, de cada 100 mulheres que usam o diafragma em suas relações sexuais durante o período de um ano, de 06 a 20 mulheres, podem vir a engravidar. A eficácia vai depender da usuária, o risco de gravidez é maior quando o diafragma com espermicida não é utilizado em cada relação sexual.
Para comprar o diafragma a mulher só é autorizada apresentando uma prescrição médica. O produto pode ser comprado em lojas físicas e online, ou pelo fabricante. Seu custo varia entre R$ 150 e R$ 250 dependendo da marca.O SUS também fornece diafragmas gratuitamente para casos excepcionais. 
2.7 Anticoncepcional Injetável
O anticoncepcional injetável é outro método contraceptivo que evita a gravidez através dos hormônios que são aplicados no paciente por período mensal ou trimestral, a depender da indicação do ginecologista.É composto à base de progesterona ou estrogênio, hormônios que também compõem a pílula anticoncepcional.
Anticoncepcional Injetável mensal, composta por progesterona e estrogênio, como o próprio nome já diz, consiste em uma aplicação a cada 30 dias (uma vez por mês), e o ciclo menstrual é continuado, ou seja, a mulher menstrua normalmente, porém a diferença é que a liberação de óvulos é interrompida.
A injeção anticoncepcional trimestral é composta somente por progesterona e costuma ser recomendada para mulheres com doenças relacionadas à coagulação, cardiovasculares ou trombose, o que não permite receber estrogênio. É injetado na região das nádegas da mulher, liberando uma pequena quantidade de hormônio na corrente sanguínea, assim como o implante anticoncepcional.
Este anticoncepcional é recomendado para mulheres que se esquecem de tomar a pílula periodicamente, o que tona a pílula ineficaz. Também é recomendado que não deixe de fazer a utilização da camisinha, pois a injeção anticoncepcional não protege contra os DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis).
2.8 Laqueadura e Vasectomia
A esterilização (vasectomia e laqueadura tubária) é um método contraceptivo cirúrgico e definitivo, adequado para pessoas que tem absoluta certeza de que nunca vão querer ou para aqueles que já têm, não querem ter mais filhos.  Com o passar dos anos houve uma grande necessidade de controlar a taxa de natalidade, e com isso foram desenvolvidos diversos métodos contraceptivos, oferecendo as mulheres varias opções para evitar a gravidez. E um deles é o mais tradicional cirúrgico laqueadura nas mulheres e vasectomia nos homens. Nas mulheres, realizado através da ligadura ou corte das trompas, impedindo o encontro dos gametas masculino e feminino (laqueadura tubária). No homem, é realizado pela ligadura ou corte dos canais deferentes (vasectomia), o que impede a presença dos espermatozóides no líquido ejaculado. O procedimento cirúrgico é regulamentado por lei, que só podendo ser realizada seguindo algumas determinações, como por exemplo, só podem ser aplicados em pessoas com capacidade civil plena e com mais de 25 anos ou, pelo menos, com dois filhos vivos, tem um prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico desde que observado, com o objetivo de desencorajar a esterilização precoce. Pela lei você não precisa de permissão do seu parceiro, mas alguns médicos preferem que ambos os parceiros concordem com uma esterilização após informação e aconselhamento.
 
2.8.1Esterilização feminina (Laqueadura)
O método consiste no corte ou ligamento cirúrgico, onde o médico fecha trompas uterinas, que fazem o caminho dos ovários até o útero, impedindo o encontro com os espermatozoides. É um procedimento seguro que pode ser feito de várias maneiras, pode ser que ele corte as trompas, amarre-as ou corte-as em locais diferentes, pode ser feita via vaginal também, as técnicas são diferentes e vão variar de acordo com o treinamento do médico, sendo necessária internação ou anestesia geral ou local. O percentual de falha nas laqueaduras é de um a cinco para cada mil.	A esterilização feminina pode ser realizada de varias maneiras, bloqueando as trompas de Falópio: amarrar, cortar e remover um pequeno pedaço de tubo, por selagem, ou aplicação de grampos ou anéis. As duas maneiras principais de se chegar às trompas de Falópio, por laparoscopia ou por mini laparotomia.	
O tempo que vai precisar ficar no hospital depois da esterilização, vai depender da anestesia e do método utilizado. Podendo ser feito anestesia geral, local ou regional.
Para uma laparoscopia, um médico irá fazer um pequeno corte e inserir um laparoscópico, que permite ao médico ver claramente seus órgãos reprodutivos. O médico irá selar ou bloquear suas trompas de Falópio, normalmente com clipes ou ocasionalmente com anéis.
Parauma mini laparotomia, o corte será feito no abdome, geralmente logo abaixo da linha do biquíni, para alcançar suas trompas de Falópio. Fará anestesia geral e passará uns dias no hospital.
Os ovários, útero e colo do útero são deixados no lugar e os hormônios não são afetados, portanto a ovulação vai ocorrer normalmente (liberar um óvulo a cada mês), mas ele será absorvido naturalmente pelo seu corpo. A menstruação vai continuar a ser tão regular quanto estava antes da esterilização. Se ocorrer alguma falha na esterilização feminina e a mulher vir a engravidar terá um pequeno aumento do risco de ter uma gravidez ectópica, que é uma gravidez que se desenvolve fora de seu útero, geralmente no Falópio. Se a mulher achar que pode estar grávida ou se tiver menstruação leve ou atrasada, sangramento vaginal incomum ou se tiver dor súbita ou incomum em seu abdômen inferior, ela deve procurar um médico imediatamente.
Para aumentar a eficácia da laqueadura, a mulher precisa usar contracepção até sua operação e pelo menos sete dias depois, e após a esterilização histeroscópica você precisará usar contracepção durante pelo menos três meses.
Vantagens de realizar a laqueadura tubária:Entre todos os métodos anticoncepcionais a laqueadura tubária é aquela que apresenta o menor risco de gravidez;Economia relacionada aos possíveis gastos com outros anticoncepcionais;Não interfere na libido;Não interfere no processo de amamentação;Raríssimas complicações para realização cirúrgica desse procedimento;Benéfico para mulheres que são portadoras de doenças que oferecem risco à saúde.
Desvantagens de realizar a laqueadura tubária:Não evita a transmissão de DSTs;Muitas mulheres se arrependem e o procedimento, em alguns casos, é de difícil reversão;Risco de desenvolvimento da síndrome pós laqueadura: alteração do fluxo menstrual e dor na região pélvica (as evidências atuais não comprovam a existência dessa síndrome, porém observamos que algumas pacientes apresentam esse quadro após a realização da laqueadura);Difícil acesso nos serviços públicos, mesmo que seja um procedimento que é coberto pelo SUS.
Hoje em dia já existe a possibilidade de reversão da laqueadura, mas é método que demanda uma mão de obra extremamente especializada e de aparelhagem de ponta (cirurgia realizada por meio de microscópio não existe em muitos centros disponíveis no Brasil). A cirurgia para reversão dura em média cerca de 4-5 horas e é pouco invasiva, e nem todas as laqueaduras são revertidas com sucesso, pois há casos em que uma porção significativa da tuba uterina foi retirada, prejudicando a junção das duas partes desconectadas. Os riscos para reverter são os mesmos da laqueadura ou qualquer outro tipo de cirurgia abdominal, como por exemplo: infecção ou sangramento. Tanto a laqueadura tubária quanto a reversão da laqueadura podem ser realizadas por um ginecologista especializado no assunto.
O valor da laqueadura pode variar de valor dependendo da região do país, do médico escolhido e do hospital, sendo esse valor entre R$ 1,5 mil a R$ 5 mil, Porém, a paciente pode realizar o procedimento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e de alguns planos de saúde, de acordo com a cobertura. Para isso, deve haver indicação médica, além do cumprimento das exigências da lei.
2.8.2 Esterilização Masculina (Vasectomia)
A Vasectomia é um procedimento cirúrgico que interrompe a circulação dos espermatozoides conduzindo-os para os canais da uretra. É o mais seguro, mas muitos homens se recusam a fazer porque acreditam que possa provocar distúrbios da ereção. A vasectomia torna o homem estéril, mas não interfere na produção de hormônios masculinos nem em seu desempenho sexual.
É importante lembrar que boa parte dos homens não se incomoda que as mulheres façam laqueadura, que é uma cirurgia muito mais invasiva, mas não aceitam fazer o uso da vasectomia.
A vasectomia é um procedimento cirúrgico simples, seguro e rápido. Consiste em cortar e obstruir os canais deferentes que se encontram dentro da bolsa escrotal, com o objetivo de impedir a presença de espermatozoides no líquido ejaculado pelo homem. A cirurgia demora cerca de 20 a 30 minutos, a anestesia é local e o homem não precisa ficar internado. 
A cirurgia não tem efeito imediato nas primeiras ejaculações após o procedimento, pois ainda existem espermatozoides no líquido ejaculado, ou seja, existe o risco do homem engravidar uma mulher até 30 ejaculações após a cirurgia.
Raramente, alguns homens têm uma infecção, um grande inchaço ou sangramento. Neste caso, o urologista deve ser consultado assim que possível. Às vezes o esperma pode vazar para fora do tubo e se acumular no tecido circundante. Isso pode causar inflamação e dor.
Alguns homens apresentam dores contínuas em seus testículos, escroto, pênis ou abdômen inferior. Isso é conhecido como dor crônica pós-vasectomia ou CPVP. Tratamentos medicamentosos podem ser eficazes em aliviar a dor e alguns homens a mais requerem cirurgia. Alívio permanente nem sempre é alcançado.
São desvantagens da esterilização: Os tubos podem reanastomosar (voltar) e pode se tornar fértil novamente, mas isto não é comum; A esterilização não pode ser facilmente revertida; A esterilização não protege você contra doenças sexualmente transmissíveis; Demora entre quatro semanas até pelo menos três meses para a esterilização ser eficaz, dependendo do método usado.
Pesquisas mostram que mais mulheres e homens se arrependem da esterilização se eles foram esterilizados quando estavam abaixo dos 30 anos, não tiveram filhos ou não estavam em um relacionamento. Por causa disto, pessoas jovens ou solteiras devem receber aconselhamento extra.
A operação, em clínicas particulares, pode custar em torno de R$ 3000,00. Entretanto, é um procedimento disponibilizado pelo SUS de graça.
3. Considerações finais 
	Os anticoncepcionais, desde sua criação e expansão na sua utilização, tem transformado de maneira significativa o comportamento humano, principalmente das mulheres, e o comportamento das sociedades. Eles contribuíram para a modificação das estruturas demográficas de muitos países, para entrada em massa das mulheres no mercado de trabalho, para a redução da taxa de fecundidade, e para a diminuição das transmissões de doenças sexualmente transmissíveis que ainda hoje é um grave problema de saúde pública. 
	Em suma, os anticoncepcionais estão amplamente difundidos na maior parte do mundo, com uma grande variedade de métodos e alta taxa de eficácia em sua grande maioria. E a partir da década de 1960, principalmente, revolucionou a forma com que as pessoas lidavam com o comportamento sexo.
4.Referências Bibliográficas 
DE MATTOS, Juliana Mukai. Pílulas anticoncepcionais. Universidade Estadual de Campinas. PIBID-IQ-UNICAMP. 2012.
Fertilidade. Org. Esterilização masculina e feminina (Laqueadura/ vasectomia). Disponível em: <https://fertilidade.org/content/esterilizacao-masculina-e-feminina-laqueaduravasectomia>. Acesso em 06 de Abril 2020.
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