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MÉTODOS CONTRACEPTIVOS - VANTAGENS E DESVANTAGENS

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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
CURSO DE ENFERMAGEM
DISCIPLINA: A MULHER NA REDE DE ATENÇÃO II
TURMA: N1
– VT EM GRUPO –
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS: VANTAGENS E DESVANTAGENS
NITERÓI
2021
CAROLINE OLIVEIRA
ISADORA CHRISTINY
KÉSSIA RADIJA
TATIANE GONZALEZ
WHELIDA DA SILVA
– VT EM GRUPO –
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS: VANTAGENS E DESVANTAGENS
Trabalho apresentado ao Curso de Graduação em
Enfermagem da Universidade Salgado de Oliveira,
como um dos requisitos de avaliação na disciplina
de A Mulher na Rede de Atenção à Saúde II.
NITERÓI
2021
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO, p.
2. MÉTODOS CONTRACEPTIVOS, p.
2.1 Um Breve Histórico dos Métodos Contraceptivos, p.
3. MÉTODOS COMPORTAMENTAIS OU NATURAIS, p.
3.1 Tabelinha (Método de Ogino-Knaus), p.
3.2 Muco Cervical (Método de Billings), p.
3.3 Temperatura Corporal Basal, p.
3.4 Coito Interrompido, p.
3.5 Sintotérmicos, p.
4. MÉTODOS DE BARREIRA, p.
4.1 Espermicidas Vaginais, p.
4.2 Preservativo Masculino, p.
4.3 Preservativo Feminino, p.
4.4 Diafragma, p.
4.5 Capuz Cervical, p.
4.6 Esponja Contraceptiva, p.
5. MÉTODO DE DISPOSITIVO INTRAUTERINO (DIU), p.
5.1 DIU de Cobre/Prata, p.
5.2 DIU Hormonal, p.
6. MÉTODOS HORMONAIS, p.
6.1 Pílulas Anticoncepcionais, p.
6.2 Anel Vaginal, p.
6.3 Adesivo Anticoncepcional, p.
6.4 Implante Contraceptivo, p.
6.5 Contraceptivo Injetável, p.
6.6 Pílula Vaginal, p.
7. MÉTODO DE CONTRACEPÇÃO DE EMERGÊNCIA, p.
7.1 Pílula do Dia Seguinte, p.
8. MÉTODOS CIRÚRGICOS, p.
8.1 Laqueadura
8.2 Vasectomia
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS, p.
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, p.
1. INTRODUÇÃO
A realidade da anticoncepção para a mulher brasileira tem suscitado
discussões diversas nos últimos anos, as quais envolvem desde aspectos sociais –
pois as mulheres estão inseridas em um quadro de desigualdade de direitos, de
oportunidades e de recursos financeiros – até aspectos políticos, uma vez que os
programas de atenção a sua saúde não estão efetivamente implementados.
Desde a chamada revolução sexual, a prática do sexo sem reservas vem
acontecendo cada vez mais cedo entre os jovens, independentemente da classe
social, admitindo-se uma tendência generalizada. Entretanto, a negligência na
prática da contracepção e da prevenção das infecções sexualmente transmissíveis
têm direcionado jovens adultas à exposição ao HIV/AIDS e às demais infecções
sexualmente transmissíveis, bem como à gravidez não planejada.
O conhecimento sobre métodos anticoncepcionais pode contribuir para que
as mulheres escolham o método mais adequado ao seu comportamento sexual e às
suas condições de saúde, bem como, utilizem o método escolhido de forma correta.
Assim, esse conhecimento deve estar relacionado à prevenção da gravidez
indesejada, do aborto provocado, da mortalidade materna e de outros agravos à
saúde relacionados à morbi-mortalidade reprodutiva.
Dentre os vários aspectos da saúde reprodutiva, a anticoncepção adquire
papel inigualável e seu uso de forma inadequada implica vários agravos à saúde da
mulher, como gravidez indesejada, gravidez na adolescência, abortamentos ilegais
e até mesmo aumento na mortalidade materna.
Também não se podem desprezar as consequências geradas por uma
cesariana indicada às vezes exclusivamente para se realizar uma laqueadura, o que
implica potenciais riscos de morbidade (física e psicológica) e até de mortalidade
destas intervenções sobre o processo de nascimento.
Dos 29 até os 35 anos de idade, a possibilidade de uma mulher engravidar é
de aproximadamente 85%, isto leva as mulheres nos casos de gravidez indesejada e
de abortos a procurarem opções contraceptivas de alta eficácia. Nos últimos vinte
anos a prevalência de esterilização feminina cresceu e atualmente é o método
anticoncepcional mais prevalente entre as mulheres em idade fértil.
Os motivos principais para a realização da laqueadura foram o desejo de não
ter mais filhos, falta de condições de criá-los ou já ter o número ideal de filhos.
Estes dados revelam a preocupação feminina com o número de filhos e o ônus que
elas vêm carregando com relação à responsabilidade pela concepção e pelo controle
da fertilidade do casal. A um só tempo, assinala o descaso das autoridades públicas
que oferecem opções limitadas às mulheres, levando-as a procurar a contracepção
definitiva e por meio de intervenção cirúrgica que é invasiva e de difícil reversão.
A compreensão de práticas sexuais e reprodutivas é importante elemento
para atuação junto a esse grupo. Pode-se atuar mais adequadamente na
conscientização dos riscos para adquirir uma IST, direcionando a prática sexual ao
uso de medidas preventivas para infecções sexualmente transmissíveis e para a
gravidez indesejada.
A prevenção da gestação não planejada é fundamental, principalmente para
jovens adultas sexualmente ativas, que devem ser orientadas precocemente, uma
vez que a idade para início das relações sexuais está diminuindo cada vez mais,
enquanto estão aumentando o número de jovens grávidas.
Promover o acesso a tais informações e aos meios para a regulação da
fecundidade é um dos aspectos importantes do planejamento familiar, uma das
ações do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher – PAISM, implantado
em 1986.
O conhecimento do preservativo atualmente chega a 100%, principalmente
entre jovens adultas. Porém, a sua utilização por este público, ainda não é feita em
37% dos casos e, geralmente, entre pessoas com parceria fixa há migração para o
uso da pílula anticoncepcional. Ainda que a informação e o conhecimento dos
métodos contraceptivos sejam fundamentais para orientar sobre seu uso, não são
suficientes para mudar uma conduta para a prática de sexo seguro.
Embora os métodos mais conhecidos sejam o anticoncepcional oral,
preservativo masculino, esterilização feminina, DIU e abstinência periódica, a
contracepção se restringe geralmente ao uso do anticoncepcional oral e da
esterilização feminina. Desse modo, a diversidade de métodos contraceptivos
contrasta com a dificuldade no acesso e limitada informação sobre a ampla
variedade de métodos anticoncepcionais existentes, indicando um descompasso
entre o que é proposto pelo programa de planejamento familiar e aquilo que é
efetivamente implementado.
A oferta de contraceptivos é uma forma importante que permite aos
programas de planejamento familiar e demais programas de saúde reprodutiva
melhorar a qualidade de seus serviços e atender melhor às necessidades da
clientela. A contracepção é necessária embora nenhum método anticoncepcional
seja 100% eficaz e poucas pessoas usam os métodos de maneira perfeita cada vez
que mantêm relação sexual.
Uma pesquisa nacional em 1996 revelou que a utilização de algum método
anticoncepcional entre mulheres em idade fértil foi de 76,7%, sendo que 55,4%
estavam sexualmente ativas e destas 27,3% estavam esterilizadas, 15,8% usavam
anticoncepcional oral, 4,3% usavam preservativo masculino e 8,0% outros
métodos (injetáveis, DIU, vasectomia e métodos naturais).
Já em 2005 a mesma pesquisa revelou que 84,6% das mulheres entre 20 e 44
anos, utilizavam algum método anticoncepcional e em 2008 o padrão de utilização
destes métodos no Brasil como um todo, foi 56,5% de usuárias de anticoncepcional
oral, 22,3% % de esterilizadas, 10,5% de usuárias de preservativo masculino, 7,7%,
DIU, 2,0 de implante e adesivo. O uso combinado de anticoncepcional oral e
preservativo masculino contempla 1,0%.
Tal aumento do uso de preservativo se deve à disseminação da ameaça da
AIDS e da propagação de campanhas e programas preventivos, além da
visualização do preservativo como uma opção contraceptiva possível, como se
observa entre adolescentes.
Alguns estudos identificam os métodos anticoncepcionais que a população
conhece, mas não detalham o conhecimento sobre como utilizá-los e as contra
indicações de cada método. Nesse contexto, a prevalência de conhecimento de
algum método anticoncepcional encontrada no Brasil é elevada, acima de 80,0%.
Neste sentido, o objetivo deste trabalho acadêmico da disciplina A Mulher na
Rede de Atenção à SaúdeII é auxiliar na busca de conhecimento com o intuito de
colaborar na formação das estudantes acadêmicas de Enfermagem, abordando,
sobre os tipos de métodos contraceptivos e o uso correto, indicações, contra
indicações e reversibilidade dos métodos anticoncepcionais mais utilizados pelas
mulheres jovens adultas.
2. MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
Antes de falar de métodos, é preciso entender o que é contracepção. A
contracepção é a prevenção da fecundação de um óvulo pelo espermatozóide
(concepção) ou da aderência do óvulo fecundado ao revestimento interno do útero
(implantação).
Consequentemente, um método contraceptivo se refere à forma ou ao quê se
utiliza para evitar que a gestação ocorra, a época de engravidar ou, ainda, no caso
das mulheres que já possuem filhos, controlar o número de gestações – o chamado
planejamento familiar. Em 1996, um projeto de lei que regulamenta o
planejamento familiar foi aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pela
Presidência da República. O planejamento familiar corresponde ao recurso que
permite ao casal a decisão do número de filhos e intervalo entre as gestações que
desejam, de maneira programada e consciente. Acredita-se que, no Brasil, cerca de
55% das gestações não são planejadas.
É importante falarmos em planejamento familiar porque antigamente era
comum o pensamento de que a mulher que faz uso de métodos contraceptivos não
quer constituir família ou era “da vida” e que por isso seria uma mulher de “moral
questionável”. Porém, isso não é verdade.
O tempo provou que fazer uso de um método contraceptivo é uma
necessidade social e ao mesmo tempo de saúde pública. Afinal, gerar e cuidar de
uma vida envolve inúmeros fatores. Além dos casos em que a gravidez pode colocar
a vida da mulher e da criança em risco, por exemplo.
Por isso, a responsabilidade da prevenção ou controle da concepção não deve
ficar apenas à cargo da mulher.
Atualmente, existem diversos métodos contraceptivos disponíveis para
evitar uma gravidez indesejada e até mesmo infecções sexualmente transmissíveis
(IST), possibilitando ao casal escolher o que mais atende as suas necessidades. A
maioria desses métodos são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS),
difundindo, assim, o emprego do planejamento familiar. Os métodos
contraceptivos se dividem em reversíveis e definitivos.
Entre os métodos reversíveis, pode-se citar os métodos comportamentais ou
naturais, os métodos de barreira, dispositivo intrauterino (DIU), métodos
hormonais e método de contracepção de emergência. Já os definitivos são os
métodos cirúrgicos ou esterelização.
2.1 Um Breve Histórico dos Métodos Contraceptivos
A história da contracepção é muito antiga, é uma história milenar. Há
registros de métodos contraceptivos dos antigos egípcios, há mais de mil anos
antes de Cristo. Há milhares de anos que as mulheres usam os métodos
contraceptivos de que dispõem.
Hipócrates (460-377 a.C.) já sabia que a semente da cenoura selvagem era
capaz de prevenir a gravidez. O uso de anticoncepcionais feitos por plantas naturais
parece ter sido difundido, na região do Mediterrâneo, onde no século II a.C Políbio
escreveu que as famílias gregas estavam limitando-se a ter um ou dois filhos.
Em Atenas (500 a.C.), eram utilizados óvulos vaginais feitos à base de
produtos ácidos e poções mágicas. Na bíblia há referência ao coito interrompido e
nos registros do Egito antigo existem descrições de duchas de mel e de preparados
espermicidas feitos com excrementos de crocodilo.
Entre as primeiras tentativas, encontra-se a descrita num papiro egípcio de
há 3850 anos, onde se explica como evitar a gravidez. A receita era misturar mel
com cinza da barrilheira e excremento de crocodilo, juntar substâncias resinosas,
aplicar uma dose do produto na entrada da vagina, penetrando um pouco nela.
Com o avanço dos conhecimentos sobre o funcionamento do corpo,
especialmente sobre os hormônios, associados às novas tecnologias, surgiram os
anticoncepcionais orais e os métodos de esterilização. Mas as primeiras formas de
prevenir a gravidez e a contaminação por doenças sexualmente transmissíveis
iniciaram com os métodos de barreira, especialmente a camisinha.
A camisinha não tem uma história precisa. Parece ter surgido há muito
tempo, pois há pinturas pré-históricas, com mais de 10 mil anos, que mostram
homens usando algo parecido com a camisinha durante o ato sexual.
Porém historiadores afirmam que o preservativo masculino data do século
XVI e a sua invenção é atribuída ao médico italiano Gabriel Hallopio, professor de
Anatomia da Universidade de Pádua. Não tinha fins anticoncepcionais, mas, sim, o
21 propósito mais moderno de evitar contágios venéreos, como o da sífilis, que, na
altura, causava sérios danos.
Há séculos atrás os egípcios e os chineses também usavam camisinha.
Gregos e romanos parecem ter sido os primeiros a utilizar tripas de animais como
preservativos.
Há uma hipótese de que o inglês Condom, médico pessoal do rei Carlos II de
Inglaterra tenha inventado o preservativo em meados do século XVII. Certa vez, o
monarca expressara a sua preocupação por a cidade de Londres estar a encher-se
de bastardos reais e, ao que parece, foi isso que levou o médico da corte a produzir
aquele dispositivo. Daí o nome – condom – para os atuais preservativos.
Em 1702, outro médico inglês, John Marten, assegurava ter encontrado um
método eficaz, simultaneamente anticoncepcional e profilático: um saco de linho,
impregnado de um produto cuja fórmula se negou sempre a divulgar, graças ao
qual se evitava o contágio venéreo e se impedia o acesso do esperma ao óvulo
feminino.
Mas a idéia da anticoncepção é anterior à idéia da profilaxia. Só se teve
consciência de que o coito podia ser uma via de contágio de doenças já quando o
século XV ia adiantado. Contudo, a necessidade de se evitar a gravidez fez-se sentir
no mundo civilizado quase desde os alvores da civilização.
Foi sempre a mulher quem mais sofreu com o problema da contracepção. E,
desde tempos imemoriais, utilizou-se, para o fim descrito, uma série de produtos
que iam desde o sumo de limão ao vinagre, a salsa, a mostarda e soluções salinas e
saponáceas.
Mas foi na metade do século XIX que Charles Goodyear inventou o processo
de vulcanização da borracha. Isso tornou possível a fabricação de objetos de
borracha de boa qualidade. Com ele nasceu o profilático de borracha e a camisinha
de borracha que foi sendo aperfeiçoada até atingir a qualidade dos preservativos
atuais. O preservativo, tal como hoje o conhecemos, foi popularizado por ele.
Portanto, o primeiro preservativo apareceu em 1842, porém, foi o desenvolvimento
da pílula anticonceptiva, em 1960, que na realidade revolucionou as práticas
contraceptivas.
Os chineses conheceram o diafragma, feito à base de cascas de citrino, que a
mulher tinha de introduzir na vagina e em 1860, foi reinventado nos EUA, era o 22
capuz cervical. Seu inventor, Dr. Foote, viu nele um anticoncepcional eficaz, mas
foi esquecido. A ideia foi retomada pelo austríaco Dr. Kafka, que o popularizou na
Europa Central. Era uma espécie de dedal, fabricado com diversos materiais:
celulóide, ouro, prata e platina.
Com o avanço da ciência os métodos contraceptivos estão mais modernos,
práticos, acessíveis, eficazes e com menores efeitos colaterais. Tais métodos são
classificados em naturais ou comportamentais, hormonais, intra-uterinos, de
barreira e definitivos.
Estes métodos podem ser definidos como o uso de medicamentos ou
recursos que impedem a gravidez, impossibilitando a penetração dos gametas, ou
seja, é a interrupção do ato de gerar seres humanos, como também evitar doenças
sexualmente transmissíveis.
3. MÉTODOS COMPORTAMENTAIS OU NATURAIS
Os métodos comportamentais funcionam com base na abstinência sexual
periódica. Para utilizar esses métodos a mulher precisa aprender a identificar o
início e o fim do período fértil do seu ciclo menstrual, desta forma o casal pode
aprender a evitar a gravidez. Ou seja, tais métodos requerem a cooperação de
ambos os parceiros.3.1 Tabelinha (Método de Ogino-Knaus)
Método conhecido como calendário, tabelinha ou abstinência periódica e
métodos de consciência dos dias férteis que é baseado em cálculos que a mulher
deve fazer de acordo com o seu ciclo menstrual. Consiste em suspender as relações
sexuais no período fértil da mulher, através do controle dos dias do seu ciclo
menstrual.
Para utilização deste método a mulher deve anotar pelo menos os seis
últimos ciclos e a partir daí estimar o início de período fértil subtraindo 18 dias do
comprimento do ciclo mais curto, e estimar o fim do período fértil subtraindo 11
dias do ciclo mais longo (FIG. 1). Esse método só é válido para mulheres com ciclos
regulares e tem chance de falha de 40 por 100 mulheres/ano.
Figura 1. Tabelinha
Geralmente, o período fértil da mulher, ou seja, o período em que ela ovula,
está entre o 8º e o 19º dia após a menstruação. Nesse período, a mulher que utiliza
este método não deve ter relações sexuais. Este não é um método seguro para evitar
a gravidez, pois só funciona para quem tem o ciclo regular, além de não proteger
contra as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
A mulher com um ciclo menstrual regular tem por mês em torno de 9 ou
mais dias férteis, ou dias nos quais ela pode ficar grávida. Abstinência periódica
significa não ter relação sexual nos dias que pode estar fértil. A tabela 1 mostra as
vantagens e desvantagens da utilização deste método.
Dentre suas vantagens, pode-se citar que é livre de hormônios, não tem
efeitos colaterais, não interfere na fertilidade e favorece o conhecimento dos
períodos de menstruação e fertilidade de cada mulher. Dentre suas desvantagens,
este método exige disciplina da mulher nas anotações mensais de seu ciclo
menstrual e necessita de abstinência ou uso de preservativo nos dias férteis.
3.2 Muco Cervical (Método de Billings)
É uma técnica natural que tem como objetivo identificar o período fértil da
mulher a partir da observação das características do muco cervical, que pode ser
percebido logo na entrada na vagina, sendo assim possível prevenir ou tentar uma
gravidez.
Figura 2. Muco Cervical
A presença de muco indica alterações hormonais femininas e, de acordo com
as características, pode informar à mulher se há chances de que ocorra mais
facilmente a fecundação e se o organismo está pronto ou não para receber uma
gravidez.
O método de Billings baseia-se nas características do muco cervical. Para
isso, é importante que antes de ser utilizado de fato, a mulher faça observações
com o objetivo de identificar como é o seu muco no período fértil e no período
infértil, além de anotar diariamente ausência ou presença de muco, consistência e
os dias que teve relação sexual.
No período fértil, a mulher normalmente sente-se mais molhada na região
da vulva, que é a parte mais externa da vagina, além do muco tornar-se mais fino e
claro. Assim, se houver relação sexual durante esse período, é provável que
aconteça fecundação e consequente gravidez. No entanto, se isso não acontecer,
haverá descarga hormonal e menstruação, dando início a outro ciclo.
Algumas mulheres relatam que o muco do período fértil é semelhante à clara
de ovo, enquanto que outras relatam que é mais consistente. Por isso, é importante
que antes de haver aplicação de fato do método, a mulher saiba reconhecer as
consistências do muco durante o ciclo menstrual.
Para evitar que a mulher se confunda, sempre que utilizar o método de
ovulação Billings não deverá tomar medicamentos hormonais, aplicar
espermicidas, introduzir objetos ou fazer exames internos na vagina porque estes
podem provocar alterações no muco cervical, dificultando a interpretação da
mulher.
No entanto, mulheres mais experientes, que utilizam este método por meses
seguidos poderão ter mais facilidade em identificar alterações em seu muco
cervical que podem ser causadas por situações externas como estas ou até mesmo
doenças.
Apesar de muitas mulheres fazerem uso desse método para engravidar, é
também possível utilizá-lo para evitar a gravidez, sendo recomendado para isso:
- Ter relações sexuais em dias alternados durante os dias em que a mulher
sente que sua vulva está seca, o que geralmente acontece nos dias finais da
menstruação e nos primeiros dias após a menstruação;
- Não ter relações sexuais durante a menstruação pois nesse período não é
possível verificar qual a consistência do muco e se este é correspondente à
fertilidade. Apesar da probabilidade de acontecer a gravidez após relações
sexuais durante a menstruação ser baixa, o risco existe e pode comprometer
a eficácia do método de Billings;
- Não ter relações quando se sentir muito molhada e até 4 dias após o início
da sensação molhada.
Não é recomendado ter contato íntimo sem camisinha quando sentir que a
vulva estiver naturalmente molhada ou escorregadia ao longo do dia porque estes
sinais indicam o período fértil e há grandes chances de gravidez. Assim, durante
este período é recomendada a abstinência sexual ou usar camisinha para evitar a
gravidez.
O método de ovulação de Billings é seguro, tem bases científicas e é
recomendado pela Organização Mundial da Saúde, e, quando realizado
corretamente, protege contra a gravidez indesejada em até 99%.
No entanto, adolescentes e mulheres que não estejam atentas ao seu ciclo
menstrual diariamente devem optar por outro método contraceptivo, como
camisinha, DIU ou pílula anticoncepcional, por exemplo para evitar a gravidez
indesejada, já que para que o método Billings seja seguro, deve-se estar atenta ao
muco presente na vulva todos os dias, anotando suas alterações diariamente, o que
pode ser difícil para algumas mulheres devido ao trabalho, estudo ou outras
ocupações.
Dentre suas vantagens, pode-se citar que esse método não tem efeitos
colaterais. Permite um melhor conhecimento do corpo feminino, ciclo menstrual e
período fértil, além de ensinar a mulher a tocar-se. Favorece a participação do
homem no planejamento familiar, fazendo com que ele acompanhe os ciclos de
fertilidade e a menstruação da mulher. Este método é muito utilizado por quem
deseja engravidar, sendo um método auxiliar no tratamento de infertilidade.
Dentre suas desvantagens, pode-se citar que exige disciplina em estar atenta
ao próprio corpo e abstenção de relações ou uso de preservativo nos dias que
indiquem fertilidade. Mulheres com ciclo menstrual irregular não devem utilizar
esse método. Mulheres que apresentam inflamação crônica, com presença
constante de corrimento, não têm como verificar de forma correta os dias em que
ocorre a presença do líquido (Muco). Não previne as ISTs. Não é recomendado para
adolescentes, pois pode ocorrer falhas e gravidez.
3.3 Temperatura Corporal Basal
A observação da temperatura permite à mulher reconhecer com certeza o
período infértil pós-ovulatório. A mulher deve medir a temperatura sempre em
situações semelhantes: de manhã ao acordar, sensivelmente à mesma hora, antes
de se levantar, com o mesmo termómetro e da mesma maneira (anal, vaginal ou
bucal, debaixo da língua), durante 3 minutos, no mínimo, no caso de termómetros
de mercúrio. Se, por algum motivo, algum dia não se mediu então também não se
deve anotar no gráfico nem se une os pontos, deixando em branco esse dia.
Figura 3. Temperatura Basal
A temperatura nos dias entre a ovulação e a menstruação seguinte sobe cerca
de 2 a 5 décimos de grau. Então, só três dias depois desta subida de temperatura ter
acontecido, é que é menor o risco da mulher engravidar. No entanto, há uma
situação importante, que são as variações de temperatura que o seu corpo pode ter,
como por exemplo, no caso de febre ou de alterar a sua hora de dormir.
Dentre suas vantagens, pode ser usado para favorecer a observação do corpo,
evitar ou alcançar uma gravidez, não apresenta efeitos colaterais físicos, gratuito e
há retorno imediato da fertilidade.
Dentre suas desvantagens, há alta incidência de falha, pois exige muita
disciplina, a temperatura precisa ser anotada diariamente pela manhã, ao acordar.
Algumasdoenças que provocam febre podem confundir as anotações da
temperatura e não protege contra AIDS e infecções sexualmente transmissíveis
(ISTs).
3.4 Coito Interrompido
O método inclui a participação do homem na prevenção da gravidez. O
método baseia-se na capacidade do homem pressentir a iminência da ejaculação e
neste momento retirar o pênis da vagina evitando assim a deposição do esperma,
ou seja, antes de ejacular (FIG. 4). Dessa forma tenta evitar que os espermatozóides
entrem no corpo da mulher. O homem deve ter total controle da ejaculação, para
conseguir retirar o pênis da vagina antes que ela aconteça
Figura 4. Coito Interrompido
O líquido pré-ejaculatório pode conter espermatozóides vivos o que
aumenta o índice de falha; não oferece proteção contra DST/AIDS. É comum a
insatisfação sexual de um ou de ambos os parceiros e a eficácia deste método é
difícil de se avaliar, acreditando-se que o índice de gravidez seja acima de 25
gravidezes por 100 mulheres.
Dentre suas vantagens, pode-se citar que inclui a participação do homem na
prevenção da gravidez, não interfere no uso de outros medicamentos e é livre de
hormônios.
Dentre suas desvantagens, é um método que favorece a dor pélvica e tensão
em alguns homens, a eficácia desse método é baixa oferecendo alto risco de
gravidez, pois a lubrificação que o pênis solta, mesmo sem o gozo, já contém
espermatozóides. Exige retenção constante da ejaculação o que, para alguns
homens, pode gerar tensão ou ansiedade. Em muitas vezes, não dá tempo da
mulher atingir o prazer.
3.5 Sintotérmicos
Este método engloba todos os anticoncepcionais naturais e utiliza também a
palpação do útero durante o ciclo, de modo que se consiga detectar com mais rigor
o período fértil da mulher (FIG. 5). É um método fisiológico. Entretanto, como não
é muito eficaz, necessita de grande motivação, rigor nos cálculos e colaboração do
casal.
Figura 5. Sistema Sintotérmico
4. MÉTODOS DE BARREIRA
No período fértil pode-se ter relação sexual, porém usando métodos
anticoncepcionais de barreira, os quais impedem o esperma de alcançar o óvulo.
Esses métodos têm eficiência entre 75-99% na prevenção da gravidez.
Os métodos de barreira evitam a gravidez porque impedem o acesso dos
espermatozóides ao útero, através de obstáculos mecânicos, químicos ou mistos.
Conhecidos há muito tempo, os mais populares são os preservativos masculinos.
Sua utilização vem sendo altamente recomendada, graças ao efeito protetor contra
IST/HIV/AIDS.
4.1 Espermicidas Vaginais
Os espermicidas são substâncias que destroem os espermatozóides e devem
ser colocadas bem no fundo da vagina, perto do colo do útero antes de uma relação
sexual. Também podem ser utilizados nos preservativos e no diafragma. Os
espermicidas são vendidos em forma de geléia, cremes, espumas, comprimidos e
filmes, que são colocados na vagina com objetivo de evitar uma gravidez.
Figura 6. Espermicida Vaginal
Esse método atua rompendo a membrana dos espermatozoides, matando-os
ou reduzindo seu movimento. Isto evita que o espermatozóide entre em contato
com o óvulo, evitando sua fecundação. Os espermicidas devem ser colocados no
fundo da vagina com os dedos ou utilizando o aplicador, antes de cada relação
sexual. A espuma, geléia ou creme podem ser colocados imediatamente antes das
relações sexuais. Outros tipos, como o filme, gel e/ou o comprimido, precisam de
mais tempo, entre 10 minutos e uma hora antes da relação sexual. É um método de
eficácia muito baixa, quando usado sem outro método anticoncepcional. Em uso
comum, de cada 100 mulheres usando o método no período de um ano, 21 poderão
engravidar.
Quando usado corretamente em cada relação sexual, de cada 100 mulheres
usando o método no período de um ano, 16 poderão engravidar. Quando usado com
diafragma e preservativos (masculino ou feminino) apresenta eficácia mais alta.
O espermicida, às vezes, produz irritações nos genitais da mulher ou do
homem. Também pode provocar lesões nos genitais da mulher.
Dentre suas vantagens, pode-se citar que não precisa ser usado todos os
dias, não prejudica a saúde, não interfere no ciclo menstrual e sua utilização é
simples.
Dentre suas desvantagens, um efeito pouco comum, mas que é uma
desvantagem importante a considerar, é que o uso frequente de Nonoxinol-9 (a
substância mais comum nos espermicidas) pode aumentar o risco de infecção pelo
HIV. O tempo de ação dos espermicidas são de 2h e necessita de reaplicação em
relações sexuais prolongadas ou repetidas, pode provocar reações alérgicas, não
protege contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e é pouco eficaz.
4.2 Preservativo Masculino
É um dos métodos anticoncepcionais mais difundidos no mundo, por ter um
papel importante na prevenção, pois além de evitar a gravidez, impede que os
espermatozóides penetrem na vagina. É recomendado pelos órgãos de saúde devido
a sua eficácia na prevenção, é o único método comprovado para prevenir as ISTs,
inclusive o HIV/Aids.
A camisinha é feita de látex, um tipo de borracha, mas há também
camisinhas feitas de poliuretano, indicadas para pessoas que têm alergia ao látex.
(FIG. 7) Alguns cuidados na colocação aumentam a eficácia desse preservativo, a
camisinha deve ser colocada no pênis ereto.
É importante segurar a ponta da camisinha durante a colocação, deixando
uma parte vazia, sem ar, para que o esperma fique depositado ali depois da 33
ejaculação. Caso contrário, a camisinha pode estourar ou o esperma subir para a
base do pênis e entrar em contato com o corpo feminino. Deve ser usada somente
uma vez e é preciso observar também os cuidados com o descarte. Não se deve
utilizar material pontiagudo para abrir a embalagem com risco de inutilizar o látex.
Figura 7. Colocação de preservativo masculino.
Algumas são lubrificadas com silicone ou lubrificante à base de água, outras
são revestidas com espermicidas além do lubrificante. Não podem ser utilizados
com lubrificantes à base de óleo, devido ao risco de degradar a borracha. Apesar de
ser o método mais adotado no mundo, o uso regular da camisinha ainda é
insuficiente.
A camisinha masculina é o método contraceptivo mais simples. Tem baixo
custo, e acesso relativamente fácil para todas as camadas da sociedade, não exige
prescrição médica podendo ser adquirido em supermercados, farmácias e outros
estabelecimentos comerciais, ou distribuído pelo governo.
Sua eficácia depende do uso, mas tecnicamente há 3% de chance de falha
para o uso correto.
Dentre suas vantagens, pode-se citar que não tem efeitos secundários e pode
ser usado sem receita médica, protege contra as infecções sexualmente
transmissíveis (ISTs), fácil acesso, método econômico, é fácil de transportar, a
embalagem permite que seja levado para qualquer lugar, desde que seja preservado
do calor e não seja amassado e tem uma eficácia de 98% quando bem colocado.
Dentre suas desvantagens, pode-se citar que pode ser desconfortável, pode
romper durante a atividade sexual, é descartável e requer cuidados (data de
validade/colocação).
4.3 Preservativo Feminino
A camisinha feminina é feita de um tipo de borracha, plástico ou
poliuretano, com anéis flexíveis nas duas extremidades, um deles fechado e deve
ser colocado no interior da vagina que impede que os espermatozóides possam
chegar às tubas 34 uterinas. O outro é aberto e deve ficar do lado de fora protegendo
os pequenos e grandes lábios (FIG. 8).
Assim como o preservativo masculino, este método é uma proteção da
mulher contra gravidez e as ISTs. A camisinha feminina é fácil de ser usada, pode
ser colocada até 8 horas antes da relação sexual. Ideal para lidar com os parceiros
que se recusam a usar preservativos.
Figura 8. Colocação de preservativo feminino.
Dentre suas vantagens, pode-se citar que não faz mal à saúde e pode ser
utilizado sem receita médica, não tem contra-indicações. É de fácil transporte e
pode ser guardado na bolsa. Quando utilizado corretamente, oferece grande
segurança para evitar gravidez e ISTs. Oferece maior autonomia para a mulher,
garantindo suaproteção independente do parceiro. Algumas mulheres dizem que o
anel externo estimula o clitóris facilitando a obtenção do prazer. Tem eficácia de
97,3%.
Nunca use camisinha feminina junto com a masculina por causa do risco de
aderência e ruptura. A eficácia do produto está diretamente ligada à qualidade do
produto e ao seu uso correto. A camisinha feminina também é lubrificada e deve ser
utilizada uma única vez. Não exige prescrição médica e a possibilidade de falha é de
aproximadamente 5%, podendo chegar a 20%.
4.4 Diafragma
O diafragma é um anel de metal flexível, recoberto por uma membrana de
borracha fina, de forma côncava. Como uma barreira, é introduzido pela mulher na
vagina, sobre o colo do útero antes da relação sexual (FIG. 9). Para aumentar sua
eficiência, devem-se lubrificar as bordas com geléia espermicida.
Sua eficácia é menor que a da pílula do DIU e da camisinha. Ele evita a
gravidez impedindo que os espermatozóides atinjam o útero e cheguem às tubas
uterinas, devendo ser utilizado junto com um espermicida para garantir maior
segurança.
Figura 9. Diafragma.
Há vários tamanhos e para saber o mais adequado, a mulher deve fazer uma
medição com um profissional de saúde capacitado. O papel deste profissional é 36
muito importante, pois existe um tamanho adequado para cada mulher, também
para orientar como colocar e retirar o diafragma.
Deve ser colocado imediatamente antes da relação sexual ou com até 6 horas
de antecedência e só pode ser retirado de 6 a 8 horas depois da última ejaculação. O
espermicida colocado no diafragma só é atuante para uma ejaculação.
Quando na relação sexual houver mais de uma ejaculação, deve-se recolocar
espermicida na vagina, com a ajuda de um aplicador. Isso deve ser feito sem mexer
no diafragma. Recomenda-se a utilização do diafragma juntamente com pomada
espermicida para aumentar a sua eficácia.
Este método tem pouca aceitação no Brasil. Seu uso depende do
conhecimento da genitália feminina e uma série de cuidados na colocação e na
retirada do produto. A possibilidade de falha desse método está entre 2% e 6%,
podendo chegar a 20%.
Dentre suas vantagens, pode-se citar que o diafragma pode ser usado em
todas as fases da vida da mulher, da adolescência à menopausa. Contribui para que
a mulher toque seus órgãos genitais e conheça melhor seu corpo. Não atrapalha a
relação sexual pois, em geral, os homens não sentem sua presença. Não faz mal à
saúde e nem interfere no ciclo menstrual. Pode ser usado com espermicida,
aumentando a proteção. Protege o colo do útero contra eventuais lesões e infecções
durante a relação sexual. Oferece proteção, inclusive, contra algumas ISTs. Pode ser
usado durante a amamentação, pois não interfere no leite. Não é descartável,
possui durabilidade de 2 a 3 anos quando cuidado corretamente. Pode ser usado
junto com o preservativo masculino, aumentando assim, a proteção.
Dentre suas desvantagens, pode-se citar que o diafragma exige disciplina
em seu uso. Não evita todas as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
4.5 Capuz Cervical
O capuz cervical é um dispositivo de borracha caliciforme ou látex em forma
de dedal que se ajusta ao redor do colo uterino. Antes da relação sexual é usado com
espermicida colocando-o dentro da vagina para tampar seu cérvix (colo do útero)
(FIG. 10). O dispositivo tem eficiência entre 80-90% para mulheres que ainda não
tiveram filhos, e entre 60-80% para as que já foram mães.
Figura 10. Capuz Cervical
Antes de usá-lo, levante o capuz contra a luz e olhe atentamente para
quaisquer fissuras, buracos, ou manchas que indicam fragilidade no mesmo (se
achar quaisquer falhas, não o use). Encha um terço do capuz com geléia ou creme
espermicida e empurre-o para cima na vagina de forma que ele cubra a cérvice.
Sempre se deve colocar um espermicida em seu interior, antes de usá-lo.
O capuz cervical pode ser deixado no local por mais tempo que o diafragma,
sendo mais confortável, porém não deixe o capuz na cérvice por períodos mais
longos que 48 horas. Nas mulheres obesas o encaixe do capuz pode ser difícil.
Insira o capuz não mais do que 24 horas antes da relação sexual.
Não remova o capuz por pelo menos 6 a 8 horas após ter mantido relação
sexual. Durante este tempo pode manter relações sexuais mais de uma vez sem
remover o capuz. Para melhor prevenção aplique mais espermicida.
Os vários tipos de capuz são fabricados em tamanhos diferentes e precisa de
assistência profissional para escolher o que melhor se encaixa, devendo ser
ajustados no colo uterino por um médico.
Faça um acompanhamento médico através de exame de Papanicolau após ter
usado o capuz cervical por 3 meses para ter certeza de que a área ao redor da 38 sua
cérvice não sofreu mudança. O dispositivo deve ser usado só por mulheres cujo
resultado do exame foi normal. O capuz cervical é uma escolha imprópria ate a
sexta semana pós-parto e após um aborto.
Uma secreção vaginal com um odor desagradável pode aparecer se o capuz
cervical for retirado tardiamente da cérvice. Limpe o capuz com sabão neutro e
seque-o cada vez que o usar. Armazene-o em um lugar seco, longe do calor e da
luz.
O capuz cervical frequentemente usado pode começar a perder seu formato,
o ideal é utilizar um novo depois de uso prolongado ou se perceber quaisquer
fissuras, buracos, ou manchas que denotam fragilidade. As vantagens e
desvantagens do capuz cervical são as mesmas do diafragma, exceto o tempo o
tempo de permanência dentro do colo do útero.
4.6 Esponjas Contraceptivas
A esponja bloqueia a entrada do colo uterino e libera espermicida, ambos
impedindo juntos a entrada dos espermatozoides no útero e a fertilização do óvulo.
É basicamente um pedaço de espuma em forma de disco pequeno com uma
cavidade e uma alça que começa a funcionar depois de colocada no colo uterino. É
feita de poliuretano e libera espermicida o tempo todo para manter você protegida
por até 24 horas contra gravidez não programada.
Figura 11. Esponja Contraceptiva
Coloque a esponja na vagina antes de fazer sexo. Comece lavando as mãos,
umedecendo e espremendo a esponja. É isso que ativa o espermicida. Se você não
adicionar água ou não apertar a esponja, você não vai ficar tão protegida quanto
poderia, o que não vai ser culpa dela. Em seguida, com a cavidade virada para cima,
dobre-a no meio e empurre-a para cima o máximo que der. A esponja deve cobrir o
colo uterino. Experimente sentir as bordas para verificar se está na posição correta
e também a alça para você conseguir pegá-la novamente mais tarde. Você não
precisa usar mais espermicida toda vez que fizer sexo. Depois do sexo, cuide para
que a esponja permaneça no lugar por pelo menos 6 horas. Você deve retirar a
esponja no prazo de 30 horas depois de tê-la colocado. Para isso, puxe-a
cuidadosamente pela alça para fora. Jogue-a fora depois do uso.
Ela pode não funcionar tão bem em mulheres que já tiveram filhos. O parto
pode causar estiramento da vagina e do colo uterino e a esponja talvez não se
encaixe bem.
Dentre suas vantagens, destaca-se que sua utilização é simples, não
interfere no ciclo menstrual, não prejudica a saúde e não precisa ser utilizada todos
os dias.
Dentre suas desvantagens, pode interferir na espontaneidade da vida sexual,
o uso pode exigir prática, requer que você controle o número de horas que
permanece no lugar, algumas mulheres podem ter dificuldade para retirar a
esponja, nem sempre é um meio contraceptivo adequado para mulheres que já
tiveram filhos, baixa eficácia mesmo quando utilizada conforme indicado, pode
causar irritação ou reações alérgicas, se você a mantiver no lugar por mais de
24-30 horas, há risco de síndrome do choque tóxico. Choque tóxico é uma infecção
rara, mas grave. Não protege contra infecção por HIV (AIDS) e outras infecções
sexualmente transmissíveis (ISTs). Suas vantagens e desvantagens são bem
parecidas com o capuz cervical e o diafragma.
5. MÉTODO DE DISPOSITIVO INTRAUTERINO (DIU)
Os dispositivos intrauterinos são artefatos de polietileno aos quais podem
ser adicionadoscobre, prata ou hormônios que, como o próprio nome sugere, são
inseridos na cavidade uterina, exercem sua função contraceptiva.
Sua atuação como contraceptivo ocorre impedindo a fecundação e
implantação, uma vez que tornam mais difícil a passagem do espermatozóide pelo
aparelho reprodutivo feminino, reduzindo a possibilidade de fertilização do óvulo e
tornando o endométrio hostil à recepção do embrião.
Figura 12. Tipos de DIU
5.1 DIU de Cobre/Prata
É um dispositivo em forma de T que contém cobre/prata e que é colocado
dentro do útero por profissional da área da saúde.
O DIU de Cobre/Prata pode soar um pouco revolucionário, mas significa
apenas dispositivo intrauterino, sendo que intrauterino quer dizer dentro do útero.
Pode parecer estranho, mas é um dispositivo pequeno, em forma de T, bastante
eficaz, com um fio ou cilindros de cobre, que é colocado dentro do útero por um
profissional da área da saúde. O DIU de Cobre/Prata libera íons de cobre que
imobilizam o esperma e dificultam bastante a sua motilidade em torno do útero,
mas não impedem os ovários de liberar um óvulo por mês. Na rara ocasião em que
um espermatozóide consegue ultrapassar essa barreira, o cobre também impede a
implantação do ovo fecundado na parede do útero. O DIU de Cobre, depois de
colocado no útero, pode permanecer no lugar por até 5 ou 10 anos (dependendo do
tipo) ou até você decidir retirá-lo. Nada de revolucionário - apenas bom senso.
Depois que o profissional da área da saúde confirmou que o DIU de
Cobre/Prata é um método adequado para você com base em seu histórico médico e
você decidiu usá-lo, não há muito a fazer.
O DIU de Cobre/Prata é inserido no útero da mulher através da vagina por um
profissional da área da saúde bem treinado e aí permanece por até 5 ou 10 anos,
dependendo do tipo. Claro que você pode mudar de ideia a qualquer momento e
solicitar a um profissional da área da saúde para simplesmente retirá-lo para você.
Depois de o DIU de Cobre/Prata ser removido, o efeito contraceptivo passa logo e
você pode engravidar tão rápido quanto mulheres que não utilizam
anticoncepcional.
O DIU de cobre é bastante eficaz, mas não é um método adequado para todas
as mulheres. É por esta razão que, para ter certeza, você precisa antes conversar
com um profissional da área da saúde para confirmar que se trata do meio
contraceptivo correto para você.
Dentre suas vantagens, destaca-se que pode permanecer no lugar por até 5
ou 10 anos (de acordo com o tipo), mas pode ser retirado a qualquer momento, com
taxa de 99%, é um dos métodos contraceptivos mais eficazes, adequado para
mulheres que desejam um meio contraceptivo reversível de longa duração por até 5
ou 10 anos e querem evitar esquemas de controle diário, semanal ou mensal. Não
interrompe o sexo, não é afetado por outras medicações, pode ser uma alternativa
às mulheres para as quais o uso do hormônio estrógeno é contraindicado, pode ser
usado durante a amamentação e a fertilidade retorna aos níveis anteriores depois
da retirada do DIU de Cobre.
Dentre suas desvantagens, destaca-se que requer a assistência de um
profissional da área da saúde treinado para colocação e remoção, pode causar
cólicas e/ou sangramento irregular, algumas mulheres apresentam cefaléia e
sensibilidade após colocação do DIU de Cobre/Prata, apesar de raro pode ocorrer
infecção na inserção, expulsão ou perfuração uterina, não protege contra infecção
por HIV (AIDS) e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e pode tornar
o fluxo menstrual mais intenso.
5.2 DIU Hormonal
É um pequeno dispositivo em forma de T que libera hormônios, colocado no
útero por profissionais da área da saúde.
Figura 13. Sistema Endoceptivo - Mirena
O DIU Hormonal é um dispositivo pequeno e macio em forma de T, com um
reservatório que contém o hormônio progesterona. Ele é colocado no útero por um
profissional da área da saúde. O DIU Hormonal atua por meio da liberação contínua
de uma dose baixa de progesterona no útero. Ele torna espesso o muco do colo
uterino, o que dificulta a motilidade do esperma para alcançar o óvulo, e também
afina a parede do útero. Com 99% de eficácia, é um dos métodos contraceptivos
mais eficazes. É um método excelente para quem é do tipo super organizada,
esquecida, que viaja muito e para toda mulher que não quer engravidar. Porém, há
alguns fatores de risco individuais que tornam o DIU Hormonal não recomendável
para algumas mulheres. Portanto, consulte um profissional da área da saúde para
saber mais sobre a sua situação específica.
O uso do DIU Hormonal exige apenas uma consulta com um profissional da
área da saúde para verificar se esse método é adequado para você. Depois de o DIU
Hormonal ser colocado por profissional da área da saúde com prática em inserção,
você fica bem protegida contra gravidez por até 5 anos, mas você pode pedir para
retirar quando desejar. Depois de o DIU Hormonal ser retirado, o efeito
contraceptivo passa logo e você pode engravidar tão rápido quanto mulheres que
não utilizam anticoncepcional.
Dentre suas vantagens, destaca-se que pode permanecer no lugar durante 5
anos, mas pode ser retirado a qualquer momento, com taxa de 99%, é um dos
métodos contraceptivos mais eficazes, não interrompe o sexo, períodos menstruais
intensos podem apresentar redução do fluxo e da dor, algumas mulheres podem
apresentar queda na frequência e na duração das menstruações ou no fluxo,
adequado para mulheres que desejam um meio contraceptivo reversível de longa
duração por até 5 anos e querem evitar esquemas de uso diário, semanal ou mensal,
pode ser usado durante amamentação e a fertilidade volta ao nível anterior depois
da remoção do DIU Hormonal.
Dentre suas desvantagens, destaca-se que requer a assistência de um profissional
da área da saúde treinado para colocação e retirada, sangramento irregular e leve
podem ser comuns nos primeiros 6 meses de uso, algumas mulheres apresentam
cefaléia, sensibilidade e acne após colocação do DIU Hormonal, pode causar cólicas
e/ou sangramento irregular, é raro mas pode haver um risco de infecção na
inserção, perfuração e expulsão do sistema e não protege contra infecção por HIV
(AIDS) e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
6. MÉTODOS HORMONAIS
Os métodos hormonais utilizam basicamente o estrogênio e as progestinas
(medicamentos semelhantes ao hormônio progesterona), impedindo,
principalmente, a liberação dos óvulos pelos ovários ou mantendo a densidade do
muco no colo do útero elevada para que os espermatozóides não atravessem do
colo para o útero. É, então, dessa forma que os métodos hormonais evitam que o
óvulo seja fertilizado.
6.1 Pílulas Anticoncepcionais
A pílula anticoncepcional (FIG. 14) é considerada um dos melhores métodos
de prevenção de uma gravidez indesejada. São comprimidos feitos com substâncias
químicas semelhantes aos hormônios estrogênio ou progesterona do corpo da
mulher. Este método evita a gravidez de diferentes maneiras: as pílulas impedem a
ovulação, evitam a nidação e engrossam o muco fértil, atrapalhando assim a
passagem dos espermatozóides.
Figura 14. Pílulas Anticoncepcionais/Mini-pílulas
A margem de segurança da pílula é de 99%, o que a torna o método
anticoncepcional mais seguro de todos. Entretanto sua eficácia está relacionada ao
modo pelo qual a mulher o utiliza, não deixando de tomar nenhum dia durante o
uso da mesma cartela.
Os hormônios presentes na pílula impedem a ovulação e,
consequentemente, a gravidez. Existem diversos tipos de pílulas porque existem
diversos tipos de mulheres. Por isso, é imprescindível a orientação médica para o
uso desse método. Existem diferentes tipos de pílulas e só o ginecologista pode
avaliar corretamente as mulheres que podem, e as que não podem usar este
método, além de escolher o tipo ideal para cada mulher.
Diferente da pílula combinada, a mini-pílula tem somente o hormônio
progesterona (progestágeno sintético), e não estrogênio mais progestina. Tomada
diariamente, a mini-pílula reduz e engrossa o muco cervical para prevenir que oesperma alcance o óvulo. Ela também impede o ovo fertilizado de implantar-se no
útero.
Dentre suas vantagens, destaca-se que é altamente eficaz quando utilizada
conforme indicação, fácil de usar, possibilita a não interrupção da vida sexual,
permitindo desfrutá-la com espontaneidade, algumas pílulas podem reduzir o
fluxo e a dor nas menstruações, algumas pílulas podem ter efeito positivo na acne,
pode ser tomada durante muito tempo, quando o uso da pílula é suspenso e os
ovários voltam a função normal.
Dentre suas desvantagens, destaca-se que pode causar cefaléia e alterações
de humor em algumas mulheres, exige que você controle o número de dias em que
é tomada, pode causar dor nas mamas, náuseas, cefaleia e alterações no peso, pode
causar alterações no ciclo menstrual, não é comum, mas algumas mulheres que
tomam pílula desenvolvem aumento da pressão arterial, é raro, mas algumas
mulheres podem ter coágulos de sangue (trombose), ataques cardíacos e acidentes
vasculares cerebrais e não protege contra infecção por HIV (AIDS) e outras
infecções sexualmente transmissíveis (IST).
6.2 Anel Vaginal
O anel vaginal se parece muito com um misto de pulseira com fita elástica,
simples e funcional, mas é muito mais inteligente do que isso. É um anel
transparente e flexível de polietileno vinil acetato que, depois de inserido na
vagina, vai aos poucos liberando os hormônios progesterona e estrogênio no corpo
para evitar que os ovários liberem óvulos. Ele também torna o muco cervical
espesso, o que impede o esperma de chegar até o óvulo.
Ele é deixado no lugar por 3 semanas e depois você o retira, faz uma pausa de
uma semana e então insere um novo anel.
Figura 15. Anel Vaginal
O anel fica encostado à parede vaginal, de forma que você o coloca da mesma
forma que um absorvente interno, mas por causa de sua forma você talvez ache um
pouco complicado, mas a maioria das usuárias é entusiasta da técnica "dobre e
gire". Lave as mãos, em seguida aperte o anel entre o polegar e o dedo indicador e
insira-o na vagina, empurrando-o mais para cima até encostar na parede vaginal.
Depois de inserido, veja se a posição do anel não está incomodando. Você não
precisa retirá-lo antes de fazer sexo. Deixe-o no lugar por 3 semanas e depois
retire-o. Passada uma semana coloque um novo anel. O seu período menstrual deve
começar durante essa pausa de uma semana sem anel. Se o anel sair da vagina e
ficar fora por mais de 3 horas, recoloque-o, mas utilize outro método
contraceptivo, como preservativo, até ele permanecer no lugar por 7 dias seguidos.
Leia as instruções e fale com um profissional da área de saúde para solicitar
orientações sobre o que fazer.
Dentre suas vantagens, destaca-se que é altamente eficaz, é fácil de inserir e
retirar, não requer controle diário e não interrompe a vida sexual, permitindo
desfrutá-la com espontaneidade.
Dentre suas desvantagens, destaca-se que exige que você controle o número
de semanas que permanece no lugar, pode causar corrimento, desconforto na
vagina e irritação. Em algumas pessoas, pode causar dores de cabeça e alterações de
humor, pode causar alteração do peso. Outros riscos são semelhantes aos dos
contraceptivos orais (pílula combinada). Não protege contra infecção por HIV
(AIDS) e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). É raro, mas algumas
mulheres podem apresentar coágulos (trombose), ataque cardíaco e acidente
vascular cerebral.
6.3 Adesivo Anticoncepcional
O adesivo anticoncepcional é simplesmente um material aderente que parece
um esparadrapo brilhante para ser fixado na pele, sendo bastante eficaz na
prevenção da gravidez, por meio da liberação de hormônios. Os hormônios
estrógeno e progesterona são continuamente liberados, entrando na corrente
sanguínea através da pele, onde impedem a liberação de óvulos pelos ovários e
também tornam o muco cervical espesso, impossibilitando o esperma de atingir o
óvulo. O adesivo não é transparente, de forma que esse método contraceptivo pode
ficar visível dependendo de onde for colocado e do tipo de vestimenta.
Figura 16. Adesivo Anticoncepcional
Descole a parte posterior e aplique o adesivo diretamente na pele na parte
inferior do abdômen ou superior do braço, nas nádegas ou nas costas. Deixe o
adesivo no local da aplicação por uma semana e então o substitua por um novo.
Retire o adesivo aplicado e coloque um novo uma vez por semana durante 3
semanas, por um total de 21 dias. Na 4a semana você faz uma pausa. O período
menstrual deve começar durante essa semana de pausa do uso do adesivo. Depois
você repete o mesmo processo. Se o adesivo se soltar ou cair, consulte o Folheto de
Informações à Paciente que acompanha a embalagem. Em caso de dúvida, pergunte
a um profissional da área da saúde.
Dentre suas vantagens, destaca-se que é altamente eficaz, é fácil de colocar
e retirar, não requer controle diário, possibilita a não interrupção da vida sexual,
permitindo desfrutá-la com espontaneidade e você não tem de se lembrar de tomar
todos os dias.
Dentre suas desvantagens, destaca-se que fica visível e poderá se soltar ou
cair, exige que você controle o número de semanas em que é usado, pode causar um
pouco de prurido e vermelhidão no local da aplicação, em algumas mulheres, pode
causar cefaléia e alterações de humor, pode causar alteração do peso, pode causar
ciclos menstruais irregulares. É raro, mas algumas mulheres podem apresentar
coágulos de sangue (trombose), sofrer ataques cardíacos e acidentes vasculares
cerebrais. Não protege contra infecção por HIV (AIDS) e outras infecções
sexualmente transmissíveis (IST).
6.4 Implante Contraceptivo
O implante contraceptivo pode soar de início um pouco revolucionário, mas
é realmente um meio contraceptivo bastante eficaz e discreto. Quase do mesmo
tamanho que um palito, o implante é colocado logo abaixo da pele na parte superior
do braço, onde, a partir de um reservatório, libera continuamente na corrente
sanguínea o hormônio progesterona em pequenas doses. O hormônio impede os
ovários de liberar óvulos, mas também torna o muco cervical mais espesso,
dificultando a motilidade do esperma ao redor do útero e a fertilização dos óvulos.
No entanto, nem todas as mulheres podem usar esse método, consulte seu médico
caso queira saber mais.
Figura 17. Implante Contraceptivo
Depois que você decidir, após conversar com um profissional da área da
saúde, que o implante é o método contraceptivo ideal para você, esse profissional
confirma que você não está grávida e que o implante pode ser colocado. Com
anestesia local, um profissional da área da saúde bem treinado anestesia uma
pequena área na parte superior interna do braço e insere o implante logo abaixo da
superfície da pele com uma agulha especial. Depois de concluída a colocação, há
pouco ou nada a fazer ou lembrar. É verdade, o implante libera quantidades
pequenas de hormônios no sangue por até 3 anos. É adequado para mulheres que
desejam um meio contraceptivo bastante eficaz e reversível de longa duração e
querem evitar um esquema de controle diário, semanal ou mensal. Pode ser
removido a qualquer momento com um procedimento simples por um profissional
da área da saúde bem treinado. Depois de retirado o implante, o efeito
contraceptivo passa logo e você pode engravidar tão rápido quanto mulheres que
não utilizam anticoncepcional.
Dentre suas vantagens, destaca-se que é um dos métodos mais eficazes que
existem atualmente, adequado para mulheres que desejam um meio contraceptivo
reversível de longa duração por até 3 anos e querem evitar esquemas de controle
diário, semanal ou mensal, não interrompe o sexo, pode ser uma alternativa às
mulheres para as quais o uso do hormônio estrógeno é contraindicado, pode ser
usado durante a amamentação após o parto. Em algumas mulheres, períodos
menstruais intensos podem apresentar redução do fluxo e da dor.
Dentre suas desvantagens, destaca-se que requer a assistência de um
profissional da área da saúde treinado para colocação e remoção, pode inicialmente
causar alteração dos padrões desangramento, pode causar alteração de peso, dor
abdominal e nos seios e não protege contra infecção por HIV (AIDS) e outras
infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
6.5 Contraceptivo Injetável
O anticoncepcional injetável é uma injeção que contém hormônios, seja
apenas progesterona, seja progesterona e estrógeno juntos, que impedem o corpo
de liberar óvulos e tornam espesso o muco no colo uterino. Você precisa tomar uma
injeção por mês ou uma a cada três meses, administrada por profissional da área da
saúde. Porém, depois de aplicada, ela não é reversível, ou seja, em caso de efeitos
colaterais, não pode ser interrompida. A forma como a injeção anticoncepcional
funciona é semelhante à da pílula ou do anel vaginal, exceto pelo fato de você não
precisar se lembrar de tomá-la todo dia ou toda semana, mas pode não ser a
melhor escolha para quem tem medo de agulha.
Primeiro você vai precisar conversar com um profissional da área da saúde.
Como ocorre com a maioria dos contraceptivos, a injeção anticoncepcional não é a
escolha ideal para todas as mulheres, de forma que sempre recomendamos obter
orientação médica. Se você decidir que a injeção anticoncepcional é um método que
lhe interessa, um profissional da área da saúde pode fazer a aplicação em você.
Depois, dependendo do tipo de injeção que for usar, você só precisa voltar uma vez
por mês ou a cada três meses para tomar outra dose, ficando totalmente protegida
nesses intervalos de tempo.
Figura 18. Contraceptivo Injetável
Dentre suas vantagens, destaca-se que dura de 1 a 3 meses, possibilita a não
interrupção da vida sexual, permitindo desfrutá-la com espontaneidade, não
requer controle diário ou semanal. A de 3 meses pode ser uma alternativa para
mulheres em que o uso do hormônio estrógeno é contraindicado, certos tipos
podem ser usados durante a amamentação e, em algumas mulheres, pode reduzir o
fluxo e a dor nas menstruações.
Dentre suas desvantagens, destaca-se que exige que você controle o número
de meses em que é aplicada. Em algumas mulheres, pode causar cefaléia e
alterações de humor, pode causar aumento de peso, incômodo abdominal, a de 3
meses pode levar até um ano para o retorno da menstruação e da fertilidade depois
de parar de aplicar, pode causar ciclos menstruais irregulares, não protege contra
infecção por HIV (AIDS) e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Com
a injeção mensal, é raro mas algumas mulheres, mas podem apresentar coágulos
(trombose), ataque cardíaco e acidente vascular cerebral. Precisa ser aplicada por
um profissional de saúde e pode causar dor e irritação no local de aplicação.
6.6 Pílula Vaginal
A pílula vaginal é um método a base de hormônios artificiais (FIG. ), que não
permite que a mulher ovule, desta forma não há gravidez. Ela é utilizada
diariamente e deve ser introduzida na vagina para ser absorvida pelo organismo e
segue os mesmos princípios das pílulas orais. Essa opção normalmente é utilizada
por pessoas que têm problemas estomacais ou que enjoam demais com a pílula
anticoncepcional oral.
Pode ter dificuldade de colocação. As contra indicações são as mesmas das
pílulas e da camisinha feminina. Sua eficácia é de 99%, a mesma das outras pílulas,
segundo os fabricantes.
Figura 19. Pílula Vaginal
Recomendam-se cuidados higiênicos, devendo sempre lavar bem as mãos
antes de manipular a vagina. É importante estar bem esclarecida, havendo
manipulado anteriormente e reconhecendo a abertura vaginal, para com os dedos
afastar os pequenos lábios e fazer a colocação do comprimido dentro da vagina.
A exemplo dos anticoncepcionais orais deve ser administrado diariamente
no mesmo horário.
Dentre suas vantagens, pode-se destacar que a mulher introduz diariamente
e não precisa utilizar métodos na hora da relação sexual. Como é colocada na
vagina, não causa mal estar estomacal, nem vômitos, nem náuseas. Quando
suspenso o uso da pílula vaginal, os ovários voltam à função normalmente. Regula
o ciclo menstrual, diminui o fluxo menstrual e alivia as cólicas.
Dentre suas desvantagens, pode-se destacar que exige disciplina, pois deve
ser introduzida na vagina diariamente, sempre no mesmo horário. Se a mulher
esquecer de tomar o comprimido, poderá engravidar. Contra indicado para
mulheres com mais de 35 anos e fumantes. Não previne contra ISTs. Costuma ter
um custo mais elevado do que as pílulas anticoncepcionais orais.
7. MÉTODO DE CONTRACEPÇÃO DE EMERGÊNCIA
A pílula do dia seguinte é um método contraceptivo de emergência, ou seja,
não deve ser utilizado de modo contínuo como a pílula convencional.
Figura 20. Pílula do Dia Seguinte
7.1 Pílula do Dia Seguinte
A utilização da pílula do dia seguinte é indicada para evitar uma possível
gravidez em casos de: esquecimento do anticoncepcional, principalmente se tiver
ocorrido mais de uma vez na mesma cartela, relação sexual desprotegida ou falha
do preservativo (camisinha) e também em caso de violência sexual.
Por se tratar de uma medida emergencial, o tempo é crucial para que o
método funcione. Logo, a medicação ainda pode ser tomada em até 72 horas depois
da relação sexual desprotegida. Contudo, a efetividade já apresenta queda após 12
horas.
A diferença da pílula de 1 e de 2 comprimidos é que a cartela com um
comprimido apresenta dosagem de 1,5 mg, enquanto a cartela com dois apresenta
0,75 mg cada, totalizando as mesmas 1,5 mg.
Assim, ao optar pela cartela de um comprimido toma-se o medicamento
apenas uma vez. Enquanto, na cartela com dois comprimidos a ingestão é feita com
12 horas de intervalo entre um e outro.
Mesmo agora que você já sabe um pouco mais sobre os métodos
anticoncepcionais, é importante lembrar que o uso do preservativo, seja masculino
ou feminino, é indispensável. Afinal, é ele que protege contra as doenças
sexualmente transmissíveis.
Dentre suas vantagens, destaca-se que há maior índice de eficácia quando
utilizado dentro do prazo de 12 horas após a relação sexual, pode ser utilizada até 3
dias após a relação sexual sem uso de outro método contraceptivo e, no caso de não
funcionar, o método não causa efeitos colaterais no feto.
Dentre suas desvantagens, destaca-se que possui dose elevada de
hormônios em uma única pílula e pode alterar o ciclo menstrual. Em mulheres que
amamentam, podem diminuir a quantidade de leite materno. Os comprimidos
podem causar efeitos secundários como náuseas, vômitos, tontura e dor de cabeça.
O uso frequente desregula o ciclo menstrual e facilita a gravidez mais do que os
outros métodos. Medicamentos como barbitúricos e antibióticos, podem reduzir a
eficácia desse método. Não protege contra ISTs.
8. MÉTODOS CIRÚRGICOS
A esterilização é o processo de tirar, de forma definitiva, a capacidade de
reprodução do corpo por meio de cirurgia ou método minimamente invasivo.
A esterilização é definitiva. Parece uma solução meio drástica, tudo ou nada,
mas como já dissemos, para cada pessoa há um método contraceptivo. Trata-se de
um método contraceptivo definitivo, adequado para pessoas que têm certeza de
que nunca vão querer ou não querem mais ter filhos. A esterilização é possível tanto
para mulheres como para homens e há vários tipos de procedimento, sendo que
todos levam ao mesmo resultado: nada de bebês e nada de voltar atrás. Lembrando
sempre que nenhum método é 100% eficaz, nem mesmo os cirúrgicos. Antes de se
decidir pela esterilização, você deve se aconselhar com alguém ou conversar com o
seu ginecologista. Existem outras formas de métodos contraceptivos de longa ação
que são igualmente eficazes, mas reversíveis.
Às vezes é possível reverter a operação, mas não é garantido. A reversão
envolve cirurgia complicada que pode não funcionar.
8.1 Laqueadura
Método contraceptivo cirúrgico e definitivo, através da ligadura ou corte das
tubas uterinas impedindo (FIG. 21), o encontro dos gametas masculino e feminino
na esterilização feminina (ligadura de trompa ou laqueadura tubária), a tuba
uterina é cortada e seus cotos são amarrados. Com isso, embora continue a ser
produzido, o óvulo não é fecundado,uma vez que foi interrompida a ligação entre o
ovário e o útero.
Figura 21. Laqueadura
A laqueadura é um procedimento cirúrgico, de esterilização feminina, feito
normalmente no parto cesariano. Consiste na remoção de parte das tubas uterinas
seguida da amarração dos dois pontos onde a tuba foi cortada. Com isso, os óvulos
não conseguem passar dos ovários para o útero e nem os espermatozóides
conseguem alcançar o óvulo. Portanto, a mulher não para de ovular, apenas há o
impedimento do encontro entre óvulo e espermatozóide.
Dentre suas vantagens, pode-se citar que apesar de se tratar de um
procedimento cirúrgico que requer cuidados após a cirurgia, a laqueadura é um
método contraceptivo permanente, estando associado a chances quase nulas de
haver gravidez. Além disso, não existem efeitos colaterais a longo prazo, não
interfere na amamentação quando é realizada após o parto e não é necessário
utilizar outros métodos contraceptivos. Não interfere na líbido.
Dentre suas desvantagens, pode-se citar que não evita transmissão de ISTs,
muitas mulheres se arrependem e o procedimento, em alguns casos, é de difícil
reversão. Há risco de desenvolvimento da síndrome pós laqueadura: alteração do
fluxo menstrual e dor na região pélvica (as evidências atuais não comprovam a
existência dessa síndrome, porém observamos que algumas pacientes apresentam
esse quadro após a realização da laqueadura); Requer a assistência de um
profissional da área da saúde e pode causar dor, sangramento, infecção ou outras
complicações pós-cirúrgicas.
8.2 Vasectomia
Ligadura ou corte dos canais deferentes (vasectomia), o que impede a
presença dos espermatozóides no líquido ejaculado. A esterilização masculina
(vasectomia) é relativamente simples e consiste na secção dos ductos deferentes
através de pequeno corte na parte superior da pele da bolsa escrotal com anestesia
local (FIG. 22). Dessa forma, os espermatozóides são produzidos, mas não
conseguem passar pela área obstruída.
Figura 22. Vasectomia
Nem sempre é possível reverter a esterilização por meio de nova cirurgia. Se
o homem ou a mulher quiserem ter filhos novamente, serão necessárias técnicas
caras que removam espermatozóides ou óvulos para serem fecundados em
laboratório. Essa operação não modifica o comportamento sexual (a testosterona
continua a ser lançada no sangue), e o sêmen continua a ser produzido, embora não
contenha espermatozóides.
Dentre suas vantagens, pode-se destacar que a principal vantagem é
exatamente o fato de este ser simples e eficaz para o controle de natalidade. É um
método confiável, o homem pode desfrutar da sexualidade sem quaisquer efeitos
colaterais decorrentes, não é necessário o internamento, pois é um procedimento
simples e de rápida recuperação. Não causa dor, no máximo, em alguns casos, um
breve desconforto. É um dos métodos contraceptivos mais seguros, não interfere
na capacidade de ereção e há menos complicações em relação ao procedimento de
laqueação das trompas na mulher.
Dentre suas desvantagens, pode-se citar que a vasectomia não previne
contra nenhuma IST, requer certeza, pois é muito difícil uma reversão e, mesmo
que muito rara, é que os vasos deferentes podem crescer, ligando-se novamente.
Isso acaba por tornar o homem fértil outra vez. Mas, como salientamos, é algo raro
de ocorrer. Por ser uma cirurgia, requer exames pré-operatórios. Apenas para
homens com mais de 25 anos.
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio desse estudo, é notável a importância dos métodos contraceptivos,
sendo utilizado de modo responsável com o auxílio de um profissional de saúde,
focando na saúde da mulher e visando a importância do planejamento familiar.
Não adianta apenas saber da existência dos diferentes métodos
contraceptivos, é essencial o conhecimento de seu funcionamento, sua eficácia,
vantagens e desvantagens. O desconhecimento desses fatores leva ao seu uso
inadequado, com o risco de uma gravidez indesejada.
O conhecimento sobre métodos contraceptivos pode contribuir para que os
indivíduos escolham o que é mais adequado ao seu comportamento sexual e
condições de saúde, bem como para seu uso de forma correta. Assim, esse
conhecimento deve estar relacionado à prevenção da gravidez indesejada, ao
aborto provocado, a mortalidade materna e outros agravos à saúde relacionados à
morbimortalidade reprodutiva.
A sociedade e seus dirigentes devem efetivamente voltar seus esforços para
garantir a consolidação dos programas de atenção à saúde da mulher, enfatizando
a informação, a orientação e o acesso à anticoncepção, tomando em conta os
princípios dos direitos reprodutivos.
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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