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CASOS CONCRETOS CASO CONCRETO 1 Wade Wilson alugou um apartamento de propriedade de Peter Parker em Belém( PA). O contrato de locação previu: valor e pagamento do aluguel, dever de cuidados com o bem, as taxas de condomínio serem de responsabilidade de Wade Wilson (locatário) e que a duração do contrato é de 3 anos. Ass im durante todo o lapso contratual o locatário cumpriu o contrato, pagando em dia o aluguel e o valo da taxa de condomínio, bem como manteve o devido cuidado com o bem. Véspera da data de devolução do apartamento Peter Parker recebeu comunicação do município de Belém informando que havia d ébito d e 2 anos nos valores referente ao IPTU do apartamento. Com fulcro no informado responda: a) Peter Parker pod e cobrar os valores referente ao IPTU de Wade Wilson, vez que est e era responsável pelo imóvel durante o período? Explique R. Não, o IPTU trata-se de obrigação propter rem, as sim o titular do dever de pagamento desta parcela é o proprietário do bem. Apenas poderia ser cobrado de Wade Wilson se houvesse cláusula no contrato de locação dispondo neste sentido. b) Vencido o prazo de 3 anos do contrato, caso Wade Wilson recuse-s e a dev olver o apartamento, quais características do Direito das Coisas Peter Parker pode dispor para impor seu direito de propriedade sobre o bem? explique R. O apartamento é de Peter, seu direito é oponível erga omnes, inclusive con tra Wad e; Caso Wade não entregue, Peter poderá impor seu direito de sequela e buscar o bem, tomando-o d e Wade; A propriedade é exclusiva de Peter, Wade apenas exerceu, temporariamente, posse e, por fim, os direitos de Peter são taxativos, vez que dis postos no Código Civil 30 (OAB ? FGV ? II EXAME UNIFICADO ? 2011) Assinale a alternativa que contemple exclusivamente obrigação propter rem: (A) a obrigação de indenizar decorrente da aluvião e aquela decorrente da avulsão. (B) a hipoteca e o dever de pagar as cotas condominiais. (C) o dever que tem o servidor da posse de exercer o desforço possessório e o dever de pagar as cotas condominiais. (D) a obrigação que tem o proprietário de um terreno de indenizar o terceiro que, de boa-fé, erigiu benfeitorias sobre o mesmo CASO CONCRETO 2 Mogli comprou uma mansão de 1.200 m² em Balneário Camboriú (SC), tendo realizado o devido registro em cartório desta compra. Esta mansão serve apenas como casa de veraneio, vez que é uma casa de praia. Pocahontas resolveu passar o carnaval em Balneário Camboriú , assim realiza contrato de locação com Mogli, o contrato firmado é por temporada (p eríodo do carnaval), sendo pactuado o valor e data de devolução do imóvel (12:00 h da quar ta-feira de cinzas), analisando a presente situação responda: a) P ocahontas tornou- se possuidora do imóvel? Qual das teorias sobre a posse abraça esta situação? Explique a) Sim, conforme a teoria objetiva (Ihering). Pocahontas realizou o contrato apenas com a intenção passar uma curta temporada, assim não há intenção de dispor do bem co mo seu. Nesta teoria dispõe-se apenas do corpus, sem necessidade de animus. b) Classifique a posse apresentada. R. Derivada, direta, justa e de boa-fé. C) Quando Pocahontas chegou à casa conheceu o Sr. Aladdin, case iro contratado por Mogli para cuidar da casa de praia. Pode-s e afirmar que Aladdin é possuidor da casa? Explique. R. Não, Aladdin é mero detentor de posse, pois ele conserva a posse em nome e em cumprimento de ordens de Mogli (art. 1.198, CC) A necessidade do conhecimento da presente matéria é fundamental para o exercício de atividades jurídicas, bem como a realização de negócios e transmissão de bens. Veja aplicação deste tema em questão da OAB: 33 (OAB FGV VII EXAME UNIFICADO 2012) Acerca do instituto da posse é correto afirmar que A) o Código Civil estabeleceu um rol taxativo de posses paralelas. B) é admissível o interdito proibitório para a proteção do direito autoral. C) fâmulos da posse são aqueles que exercitam atos de posse em nome próprio. D) a composse é uma situação que se verifica na comunhão pro indiviso, do qual cada possuidor conta com uma fração ideal sobre a posse. CASO CONCRETO 3 Sheldon em suas andanças pela cidade do Rio de Janeiro descobriu um apartamento em Copacabana desocupado e anunciado para aluguel. Sem conversar com o proprietário desse imóvel, Sheldon informou à portaria do prédio que comprou o imóvel e entraria para tom ar posse. Após adentrar o apartamento ele trocou as fechaduras das portas de acesso, colocou uma banheira no banheiro da suíte e apresentou-se a todos do prédio como novo proprietário do imóvel. O Sr. Holowitz, verdadeiro proprietário do imóvel, tomou conh ecimento da invasão realizada por Sheldon 1 mês após o ato e contratou advogado para realizar a proteção dos direitos sobre sua propriedade. Assim, pergunta- se: a) Qual foi a espécie de ataque a posse? Qual o remédio cabível para defendê -la? Explique R. Neste caso aconteceu ESBULHO, vez que o invasor retira a posse direta do proprietário. A forma de defesa será uma ação de reintegração de posse do tipo força nova, em razão da proteção ser feita antes de ano e dia da perda da posse b) Em razão da ação judicial Sheldon deverá devolve r o imóvel, quanto à banheira instalada no apartamento, ele terá direito de ser indenizado? R. Não, pois o possuidor de má-fé somente é indenizad o das benfeitorias necessárias, não havendo direito quanto às benfeitorias voluptuárias, conforme: Art 1220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias. c) Caso, durante o período que ocupou indevidamente o imóvel, S heldon tenha alugado dois quartos do apartamento para turistas em veraneio na cidade do Rio de Janeiro, pelo valor de R$ 10.000,00. Ele poderá ficar com este valor? R. Não, pois ele alugou bem que não era seu enquanto es tava na posse de má -fé, assim o Sr. Holwitz terá direito de ser indenizado por estes valores, conforme: ?Art. 1216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-f é; tem direito às despesas da produção e custeio. A necessidade do conhecimento da presente matéria é fundamental para o exercício de atividades jurídicas, a seguir serão dispostas duas jurisprudências. Faça a leitura destas jurisprudências. Analise como o conteúdo ministrado é aplicado em nossos tribunais e observe a necessidade do conhecimento dos conceitos. Jurisprudência 01 para análise Aplicação de boa-fé e posse justa 48883996 - APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO CIVIL. CONTRATOS. PRINCÍPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA. AFIRMAÇÃO. ALIENAÇÃO DE BEM IMÓVEL. CADEIA DE TRANSMISSÃO. INADIMPLEMENTO. NÃO COMPROVAÇÃO. TERCEIRO DE BOA-FÉ. AFIRMAÇÃO. PEDIDO DE IMISSÃO NA POSSE. NEGATIVA. JUSTO TÍTULO E BOA-FÉ. MELHOR POSSE. EXERCÍCIO DE FATO. SENTENÇA MANTIDA 1. O pedido de rescisão do contrato e retorno ao status quo ante por inadimplemento exige que o autor não pratique ato de violação à boa-fé objetiva, como efetuar nova alienação do bem imóvel a non domino e, ainda, efetivamente provar o descumprimento da contrapartida firmada em sua exata medida, tudo de forma a se dar cumprimento aos deveres anexos de lealdade e cooperação, contemplados no estatuto civilista. 2. Possuidor é aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade, devendo a posse ser justa e de boa-fé, não tendo sido adquirida por meio de violência, meio precário ou de forma clandestina. 3. O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrário. 4. Quando o mesmo imóvel é negociado para dois compradores, ocorrendo então uma venda a non domino do bem, deve preponderar a precedência e a melhor posse, como exercício de fato, a qual se sobrepõe a mera posse supostamente jurídica. 5. Apelação conhecida e desprovida. Sentença mantida. (TJ-DF;APC 2010.11.1.000996-9; Ac. 109.7841; Sexta Turma Cível; Rel. Des. Carlos Rodrigues; Julg. 09/05/2018; DJDFTE 30/05/2018) Fonte: DVD MAGISTER ? Edição 80 Jurisprudência 02 para análise Caso de Composse 48883350 - APELAÇÃO CIVEL. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. COMPOSSE. UNIÃO ESTÁVEL. AFASTAMENTO DO LAR. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. 1. Sendo justa e de boafé a posse exercida pela companheira, antes e após o afastamento de seu companheiro do lar, em razão da prática de violência doméstica, deve ser ela, companheira, mantida na posse do imóvel objeto do litígio. 2. Negou-se provimento ao apelo da autora. (TJ-DF; APC 2014.09.1.004126-7; Ac. 109.7973; Quarta Turma Cível; Rel. Des. Sérgio Rocha; Julg. 16/05/2018; DJDFTE 29/05/2018) Fonte: DVD MAGISTER Edição 80 CASO CONCRETO 4 Verônica é proprietária de uma casa em bairro estritamente residencial na cidade de João Pessoa (PB). Verificando as possibilidades de negócio a mesma observa que estão chegando as festas juninas, como Verônica precisa urgentemente de dinheiro resolve montar uma fábrica de fogos de artifício em sua casa, para tanto recebe meia tonelada de pólvora e outros itens para a produção dos fogos. Archie, seu vizinho, testemunha a entrega destes itens, imediatamente ele a questiona sobre os riscos desta atividade. Verônica de forma calma e serena responde que a propriedade da casa é dela e assim ela pode fazer o que bem quiser em seu imóvel. Por ser dono a pessoa pode fazer o que bem entender no imóvel? Explique. R .Não, o direito de propriedade deve respeitar o princípio da função social da propriedade e as disposições de lei sobre os limites do exercício da propriedade. E no caso disposto Verônica está desrespeitando ambos, vez que uma área residencial não pode ser utilizada para atividade perigosa. CASO CONCRETO 5 Bentinho é proprietário de um terreno em Ribeirão Corrente (SP), este terreno tem as seguintes dimensões: 100 metros de testada (frente), 100 metros de fundos, 500 m na lateral esquerda e 500 m na lateral direita(100m X 500m). Seu vizinho é Escobar, que possui um terreno muito menor que o de Bentinho, sendo uma área de 40m X 500 m, não há cercas entre as duas áreas. Bentinho resolveu plantar Café em seu Terreno, tendo contrato diversas pessoas para realizar o plantio, deixando um capataz responsável pelos serviços. Ocorre que Bentinho precisou ausentar-se durante o período do plantio, infelizmente o capataz não conhecia os limites do terreno, tendo usado toda a área de Escobar, em razão da inexistência de cerca. Escobar em diversas visitas à área viu o cultivo e nada falou. No dia que foi concluída a plantação, Escobar construiu cerca separando seu terreno da área de Bentinho e disse que aquela área era dele e ninguém tinha direito a nada sobre aquela plantação. Escobar está correto ou Bentinho pode alegar ter algum direito? Qual? Explique. R. Escobar está errado, aconteceu acessão artificial. Para solucionar a questão deve-se avaliar se houve boa ou má-fé, neste caso, claramente, há boa-fé por parte de Bentinho e seus empregados, assim deve ser adotada a saída do art. 1.255, CC. Bentinho tem direito a ser indenizado. Questão de concurso sobre este tema: (CONSULPLAN -2016-TJMG- Titular de Serviços de Notas e de Registros) O rompimento da barragem de Fundão destruiu o distrito de Bento Rodrigues, Mariana, Minas Gerais, e deixou mais de 900 pessoas desabrigadas, causando grande impacto social na vida daquelas pessoas. Além dos impactos ambientais e sociais, diversos outros danos foram causados, inclusive aos proprietários de áreas ribeirinhas. Supondo que os fatos tenham ocorrido por força natural, como abalo sísmico, e que tenha deslocado uma porção de terras de um imóvel a outro, aderindose de maneira definitiva às margens do outro, nos termos do código civil, quanto à forma de acessão de imóvel a imóvel, é correto afirmar que o proprietário ribeirinho a) torna-se dono do acréscimo por avulsão, desde que indenize o proprietário das terras perdidas. Não havendo indenização, concede a lei ao dono do prédio desfalcado o direito de, em um ano, reivindicar as terras perdidas, se for possível retorná-las. b) torna-se dono do acréscimo por aluvião, desde que indenize o proprietário das terras perdidas. Não havendo indenização, concede a lei ao dono do prédio desfalcado o direito de, em três anos, reivindicar as terras perdidas, se for possível retorná-las. c) torna-se dono do acréscimo por abandono álveo, sem indenização. d) torna-se dono do acréscimo pela aluvião. Os acréscimos formados, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenização CASO CONCRETO 6 Hermione e Rupert conheceram-se em Salvador, durante o carnaval. Após alguns meses de namoro resolveram morar juntos. Com muito esforço conseguiram comprar uma casa, único imóvel de ambos, cravado em um terreno de 220 m2. Com 5 anos de relacionamento tiveram um filho, Rupert Júnior. Após 7 anos desta convivência Hermione conheceu um rapaz chamado Tom, tendo se apaixonado perdidamente por ele. Paixão esta que resultou no abandono do lar, Hermione simplesmente saiu de casa com a roupa do corpo e durante 5 anos não deu notícias. Um belo dia, ao voltar do trabalho, Rupert encontra com Hermione na porta da casa. Esta nem mesmo perguntou por Rupert Júnior, apenas afirmou que estava precisando de dinheiro e queria que Rupert vendesse a casa, a fim de dividir o valor do bem. Rupert, assustado com esta situação, procurou um advogado e o perguntou se não haveria alguma forma dele adquirir a propriedade integral desta casa. Caso positivo, diga que modo de aquisição é este e seus requisitos R. Sim, ele pode adquirir a integralidade da casa por meio da usucapião familiar ou urbano matrimonial. Para tanto, Rupert deve comprovar: posse de 2 anos sem oposição do imóvel que dividia propriedade com ex-cônjuge (companheiro), que utilizava para moradia e que Hermione tenha abandonado o lar, conforme art. Art. 1240 -A do Código Civil. A necessidade do conhecimento da presente matéria é fundamental para o exercício de atividades jurídicas, dispõe-se questão sobre este tema. Questão 42 (OAB FGV VIII EXAME UNIFICADO? 2012) Em janeiro de 2010, Nádia, unida estavelmente com Rômulo, após dez anos de convivência e sem que houvesse entre eles contrato escrito que disciplinasse as relações entre companheiros, abandona definitivamente o lar. Nos dois anosseguintes, Rômulo, que não é proprietário de outro imóvel urbano ou rural, continuou, ininterruptamente, sem oposição de quem quer que fosse, na posse direta e exclusiva do imóvel urbano com 200 metros quadrados, cuja propriedade dividia com Nádia e que servia de moradia do casal. Em março de 2012, Rômulo ? que nunca havia ajuizado ação de usucapião, de qualquer espécie, contra quem quer que fosse-ingressou com ação de usucapião, pretendendo o reconhecimento judicial para adquirir integralmente o domínio do referido imóvel. Diante dessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta. A) A pretensão de aquisição do domínio integral do imóvel por Rômulo é infundada, pois o prazo assinalado pelo Código Civil é de 10 (dez) anos. B) A pretensão de aquisição do domínio integral do imóvel por Rômulo é infundada, pois a hipótese de abandono do lar, embora possa caracterizar a impossibilidade da comunhão de vida, não autoriza a propositura de ação de usucapião. C) A pretensão de aquisição do domínio integral do imóvel por Rômulo é infundada, pois tal direito só existe para as situações em que as pessoas foram casadas sob o regime da comunhão universal de bens. D) A pretensão de aquisição do domínio integral do imóvel por Rômulo preenche todos os requisitos previstos no Código Civil. CASO CONCRETO 7 Iracema tem imenso dom artístico, sendo capaz de criar as mais belas figuras sacras a partir de pedras de mármore. Apesar de estranhar o tamanho de uma pedra de mármore entregue por seu fornecedor emseu atelier, Iracema a considerou ideal para esculpir uma imagem de Nossa Senhora de Aparecida. E assim fez, tendo realizado seu melhor trabalho! Dias após a conclusão deste trabalho, Brás Cubas, mais famoso artesão de Juazeiro do Norte (CE), apresenta-se no atelier de Iracema e informa que o fornecedor de mármore entregou erroneamente uma pedra, justamente a que foi transformada. Ato contínuo, solicita que Iracema entregue imediatamente a obra, vez que feita em material pertencente a ele. Cabe razão a Brás Cubas? Que tipo de transformação aconteceu? Como deve ser resolvida? R. Brás Cubas não tem razão. Aconteceu uma Especificação, conforme art. 1.269 e segs, CC. É o tipo de aquisição de propriedade em que uma pessoa (especificador) transforma matéria -prima alheia, sendo que o produto não pode voltar ao estado original. Na presente situação Iracema estava de boa-fé, ass im o produto final será de sua propriedade, restando a Brás Cubas ser indenizado pelo valor da matéria-prima perdida A necessidade do conhecimento da presente matéria é fundamental para o exercício de atividades jurídicas, dispõe-se questão sobre este tema. (OAB FGV II EXAME UNIFICADO 2011) Sobre o constituto possessório, assinale a alternativa correta. (A) Trata-se de modo originário de aquisição da propriedade. (B) Trata-se de modo originário de aquisição da posse. (C) Representa uma tradição ficta. (D) É imprescindível para que se opere a transferência da posse aos herdeiros na sucessão universal.
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