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Obje�vos DEFINIÇÃO Utilização de funções matemáticas elementares no estudo da variação do custo, da receita e do lucro no que diz respeito à quantidade produzida de certa utilidade (ou serviço). Gráficos dessas funções serão analisados, como também, com base neles, a taxa de variação de uma variável quando comparada à outra. PROPÓSITO Calcular taxas de variação média entre duas grandezas e interpretá-las. Esboçar e interpretar gráficos que representem a variação das funções custo, receita e lucro em relação à quantidade produzida de certa utilidade com o intuito de analisar o comportamento de cada uma delas quanto ao seu crescimento e decrescimento. PREPARAÇÃO Ao longo deste tema, você precisará de uma calculadora. ✓ Calcular taxas de variação médias entre duas grandezas ✓ Relacionar as taxas de variação em gráficos com períodos de crescimento e decrescimento ✓ Interpretar as funções custo, receita e lucro e analisar seus gráficos ✓ Analisar, através de funções, a demanda e a oferta de produtos a partir do preço praticado Fonte: shutterstock Introdução Vamos dar início a este módulo com o vídeo a seguir. Assista ao vídeo Diversos usos das variáveis. No estudo da relação entre variáveis, quando conseguimos quantificá-las, utilizamos as funções matemáticas, como aquelas que você estudou no Ensino Médio, em que, geralmente, expressamos o valor de uma variável 𝒚 em relação à outra, que costumamos denotar por 𝒙. A variável 𝒚 é comumente chamada de variável dependente. A variável 𝒙 é comumente chamada de variável independente. Para compreender melhor o comportamento da variável dependente em relação à variável independente, muitas vezes, utilizamos o cálculo da taxa de variação da primeira em relação à segunda, isto é, quanto que 𝒚 varia para cada unidade de 𝒙. Taxa de variação média de 𝒚 em relação a 𝒙 Vamos considerar uma variável 𝒚 dada em função de 𝒙, ou seja: A taxa de variação média de 𝒚 em relação a 𝒙, num intervalo a ≤ 𝒙 ≤ b (para 𝒙 variando de a até b) é dada por: 1. Esta expressão indica o quanto a variável dependente 𝒚 varia para cada unidade aumentada na variável independente 𝒙. 2. É comum representarmos a variação ocorrida em uma variável inserindo a letra grega Δ (“delta” maiúscula) antes da sua indicação. Por exemplo, a variação da variável 𝒙 será notada por Δ𝒙. Sendo assim, a taxa de variação de 𝒚 em relação a 𝒙 poderá ser expressa por: 3. Algumas vezes, para facilitar representação, os valores a e b, das fórmulas acima são indicados por 𝒙 e 𝒙 , respectivamente. De forma semelhante, escrevemos: 4. Utilizando esse tipo de notação, podemos escrever: 𝒚 = f(𝒙) f(b) − f(a)b − a ΔyΔx = f(b) − f(a)b − a 2 1 y2=f(b) e y1=f(a) ΔyΔx = y2−y1x2−x1 Exemplo 1 Dada a função 𝒚 = f(𝒙), em que f(𝒙) = 3 + 2𝒙, vamos calcular, inicialmente, a taxa de variação média de 𝒚 = f(𝒙) para 𝒙 variando de 2 a 5 (2 ≤ 𝒙 ≤ 5). Passo a passo para a resolução Fonte: shutterstock Fonte: shutterstock Clique nos botões a seguir para ver as informações. Passo 1 Passo 2 Passo 3 Atenção Observe que não houve alteração na taxa média de variação de 𝒚 em relação a 𝒙. É que o tipo de relação entre tais variáveis é linear, pois é descrita por uma função de primeiro grau. Nesse caso, a variação de 𝒚 em relação a 𝒙 é uma constante. Experimente calcular as taxas médias para outros intervalos de 𝒙 e note que o resultado será sempre o mesmo. Exemplo 2 Vamos calcular algumas taxas médias de variação considerando a função 𝒚 = f(𝒙) = 𝒙 + 2𝒙.2 Clique nos botões a seguir para ver as informações. Taxa média de variação de 𝒚 em relação a 𝒙 no intervalo 0 ≤ 𝒙 ≤ 3. Taxa média de variação de 𝒚 em relação a 𝒙 no intervalo 0 ≤ 𝒙 ≤ 2. Fonte: shutterstock Atenção O resultado, como vemos, não é o mesmo. Esse tipo de função não apresenta a taxa de variação constante como a do exemplo anterior. Exemplo 3 Uma função pode apresentar decrescimento em um trecho e, no outro, crescimento. Considere a função: f(𝒙) = 𝒙 — 3𝒙 + 𝒙 + 3 Vamos calcular as taxas de variação média em diferentes intervalos. 3 2 Clique nos botões a seguir para ver as informações. Crescimento de 𝒚 em relação a 𝒙 no intervalo 1 ≤ 𝒙 ≤ 3. Decrescimento de 𝒚 em relação a 𝒙 no intervalo 1 ≤ 𝒙 ≤ 2. Exemplo 4 Vejamos mais um exemplo que mostra o cálculo de taxas de variação média, mas considerando também valores nega�vos para 𝒙. Considere a função f (𝒙) = 𝒙 — 3𝒙 — 4.2 Vamos determinar a taxa de variação média dessa função no intervalo —3 ≤ 𝒙 ≤ —1. Temos 𝒙 = —3 e 𝒙 = —1. Daí:1 2 y1=f(−3)= (−3)2−3(−3)−4= 9+9−4=14 e y2=f(−1)= (−1)2−3(−1)−4= 1+3−4=0 Portanto, a taxa média de variação será dada por: ΔyΔx = y2−y1x2−x1 = 0-14−1−(−3) = -142 = - 7 Atenção Não há, como você pode constatar, nenhuma alteração no processo, porém será preciso atentar-se apenas aos sinais. Mão na massa Exercício 1 Dada a função f(x)=5−3x, a sua taxa de variação no intervalo 2≤x≤7 é: a) —3 b) 5 c) —0,6 d) —5 Resolução Exercício 2 Dada a função f(x)=−3x2+x−4, sua taxa de variação no intervalo −1≤x≤2 é: a) —3 b) —2 c) —4 d) 0 Resolução Exercício 3 Se a demanda D de certo produto, em milhares de unidades, é dada em função de seu preço unitário D=8.500−5p, a taxa de variação média de D para o intervalo 500≤p≤1.000 é: a) —8 unidades/real. b) 2 unidades/real. c) 5 unidades/real. d) —5 unidades/real. Resolução Exercício 4 Se a quantidade ofertada S de certo bem, em toneladas, pode ser expressa em função do seu preço unitário p, em reais, na forma S=2p−240, o quanto essa quantidade varia, em média, quando o preço sobe de R$150,00 para R$180,00? a) 240 unidades/real. b) 20 unidades/real. c) 2 unidades/real. d) 12 unidades/real. Resolução Exercício 5 Quando uma função associa o custo C de produção de certa utilidade à sua quantidade produzida q, ela é denominada função custo total dessa utilidade. A taxa de variação do custo total em relação à quantidade produzida, isto é, considerando uma variação de 0 a q unidades produzidas, é denominada custo variável médio de produção e é dada por CVM(q) = CT(q)−C(0)q−0 = CT(q)−C(0)q, em que C (q) é o custo total para a produção de q unidades dessa utilidade. Se a função custo total de uma utilidade é dada por CT (q) = 2.000 + q + 0,1q2, qual será o custo variável médio para a produção de 200 unidades? Considere q em unidades e C em reais. a) 20 reais/unidade. b) 21 reais/unidade. c) 18 reais/unidade. d) 16 reais/unidade. T T T Resolução Exercício 6 A população 𝒚 de uma cidade cresce 5% ao ano. Em 2010, eram 40 mil habitantes. O seu tamanho, 𝒙 anos após 2010, pode ser calculado pela expressão 𝒚 = 40.000 . (1 + 0,05) . A taxa média de crescimento (aproximada) dessa população entre os anos de 2012 e 2019 é: a) 1.875 hab/ano. b) 2.125 hab/ano. c) 2.565 hab/ano. d) 2.955 hab/ano. 𝒙 Resolução Teoria na prá�ca Uma taxa de variação média à qual você certamente já se referiu diversas vezes é a velocidade média. Ela corresponde à taxa média de variação da posição de um móvel em relação ao tempo. Considere, por exemplo, um móvel que se desloca de acordo com a equação (função horária) em que s corresponde à sua posição, em metros, no instante t segundos. s(t) = —t + 10t Para determinar sua velocidade média em determinado intervalo de tempo (Δt), basta calcular a variação média de sua posição nesse intervalo. Vejamos como é o movimento deste móvel: Vamos calcular sua velocidade média entre os instantes 1 e 5 segundos. Considerando t = 1 e t = 5 segundos, temos: s(t ) = — 1 + 10 . 1 = — 1 + 10 = 10 metros e s(t ) = s(5) = — 5 + 10 . 5 = — 25 + 50 = 25 metros 2 Assista ao vídeo Teoria na Prática: Carro em Movimento 1 2 1 2 2 2 As expressões acima correspondem, respectivamente, às posições desse móvel nos instantes 1 e 5 segundos. Sendo assim, sua velocidade média nesse intervalo de tempo será dada por: Δs Δt=s(t2)−s(t1)t2−t1 = 25 m − 9 m5 s − 1 s = 16 m4 s= 4 m/s Portanto, concluímos que, do instante t = 1s ao instante t = 5s, esse móvel percorreu um trecho de 16 metros em 4 segundos, isto é, sua velocidade média foi de 4 m/s. Isso não significa que sua velocidade permaneceu constante durante esse tempo. Observe, a seguir, que, se considerarmos o intervalo de tempo de 1 a 4 segundos, sua velocidade média será diferente da que já calculamos. Vamos considerar t = 1 e t = 4 segundos. Já vimos que s(1) = 9m. No instante t = 4s, a posição do móvel é dada por s(t ) = s(4) = - 4 + 10 .4 = - 16 + 40 = 24 metros. Portanto, sua velocidade média nesse novo intervalo de tempo será dada pela expressão a seguir, pois é maior do que no intervalo considerado anteriormente. Δs Δt=s(t2)−s(t1)t2−t1 = 24 m − 9 m4 s − 1 s = 15 m3 s = 5 O que acontece com esse móvel quando consideramos sua velocidade média entre os instantes t = 6s e t 9s? Vamos ao cálculo. Temos: s(t ) = s(6) = — 6 + 10 . 6 = — 36 + 60 = 24 metros s(t ) = s(9) = — 9 + 10 . 9 = — 81 + 90 = 9 metros Essas expressões correspondem, respectivamente, às posições desse móvel nos instantes 6 e 9 segundos. Observe que são as mesmas posições que esse móvel ocupou nos instantes 4 e 1 segundos. Sua velocidade média nesse intervalo de tempo será dada por: Δs Δt=s(t2)−s(t1)t2−t1 = 9 m − 24 m9 s − 6 s = −15 m3 s = −5 m⁄s Temos uma velocidade média negativa, que ocorre quando o móvel se desloca no sentido contrário da trajetória definida anteriormente. Note que, entre os instantes 1 e 4 segundos e entre 6 e 9 segundos, a distância percorrida é a mesma e em um mesmo intervalo de tempo (3 segundos). No entanto, no primeiro caso, o móvel sai da posição 9 metros e chega à posição 24 metros, percorrendo a distância de 15 metros, e, no segundo caso, sai da posição 24 metros e chega à posição 9 metros, isto é, percorre a mesma distância, mas no sentido contrário. 1 2 1 2 2 2 2 1 2 1 2 2 2 Verificando o Aprendizado Atenção! Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que responda corretamente a uma das questões a seguir. O conteúdo ainda não acabou. Clique aqui e retorne para saber como desbloquear.
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