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agravo de instrumento

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Excelentíssimo senhor Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins.
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Processo: xxx.xxxx.xxxx.xxxx
Amanda da Silva, nascida em 01/04/1980, inscrito no RG 11.222.333 e CPF 123.123.452-08, brasileira, solteira, residente e domiciliada a Rua Três de maio, nº 36, Centro, Palmas, Estado do Tocantins, CEP 66.123-321, por sua advogada infra-assinada, vêm, perante Vossa Excelência, agindo na defesa dos direitos indisponíveis do menor ora em tela, interpor recurso de 
AGRAVO DE INSTRUMENTO, COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA RECURSAL
em face da decisão interlocutória de fls. XXXX (anexo doc. 01) que indeferiu a TUTELA PROVISÓRIA requestada, proferida nos autos do processo xxx.xxxx.xxxx.xxxx com pedido de TUTELA ESPECÍFICA INCIDENTAL (SAÚDE PÚBLICA – MEDICAMENTOS), em desfavor do Secretário da Saúde do Estado do Tocantins, epartição localizada à Av. Flamengo, nº 299, Parque da Gávea, fone 64.32137025, nesta Capital, e-mail gabriel.barbosa@saude.to.gov.br
A Agravante deixa de efetuar o preparo, uma vez que já foi concedido o benefício da Justiça Gratuita pelo Juízo de 1º grau, conforme fls..
decisão foi prolatada denegando a tutela antecipada em 08/01/2019
A Agravante deixa de efetuar o preparo, uma vez que já foi concedido o benefício da Justiça Gratuita pelo Juízo de 1º grau, conforme fls..
II – Da Tempestividade
O presente Agravo de Instrumento é tempestivo, visto que a publicação de intimação ocorreu em 08/01/2019. Assim o prazo de 15 dias úteis para interposição do recurso termina no dia 29/01/2019.
III – Do Nome e endereço completo do advogado
A advogada que funciona no processo é apenas a advogada da Agravante, já que o Agravado não possui advogados constituídos nos autos até o presente momento. 
Advogado do Agravante: Dra. Renata Rufato, devidamente inscrito na OAB/TO 2439 , com endereço profissional situado na Rua Salinas 206, sala 404, Palmas, Tocantins, Cep 66.123-321, e-mail renatarufato@ordem.com.br, sob pena de nulidade.
IV – Da Juntada das peças obrigatórias e facultativas
A Agravante junta cópia integral dos autos, declarada autêntica pelo advogado nos termos do artigo 425, IV do Código de Processo Civil, e, entre elas, encontram-se as seguintes peças obrigatórias:
a) Cópia da r. decisão agravada (fl. )
b) Cópia da certidão da intimação da r. decisão agravada ( fl. )
c) Cópia da procuração outorgada aos advogados (fl. ).
Termos em que,
Pede deferimento.
Palmas 10 de janeiro de 2019.
Renata Rufato
OAB/TO nº 2439
EGRÉGIA QUARTA TURMA DE RECURSOS
COLENDA CÂMARA, 
ÍNCLITOS DESEMBARGADORES
Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins 
Agravante: Amanda da Silva
Agravado: Secretaria de Saúde do Estado do Tocantins
PROCESSO Nº: xxx
ORIGEM: xxxª VARA DA COMARCA DE xxx/xx
I-DOS FATOS E DO DIREITO
A Agravante ajuizou a presente Ação de Obrigação de Fazer – fornecimento de medicamento – c/c Tutela de Urgência Antecipada, que tramita na xxxª Vara da Comarca de xxx/xx, em desfavor do Agravado acima relacionado.
Inicialmente, convém destacar que a Agravante, conforme se aufere do atestado médico anexo aos autos, é portador de Diabete Militos (CID – 10 E-10) que desenvolveu ao logo no início de sua vida, estando caracterizada pela incapacidade de produção de insulina, substância indispensável ao funcionamento do organismo.
Por conta disso, o seu estado clínico é IRREVERSÍVEL, que a deixa depentente de uma insulina especial para toda vida. Desse modo, quando possível, a Agravante vem tratando a referida doença com o devido acompanhamento médico, com o Dr. xxx. Nesse viés, ao analisar o estado clínico da Agravante, o médico especialista em Neurologia prescreveu a UTILIZAÇÃO DIÁRIA E CONTÍNUA do medicamento Insulina Especial (1 ampola, duas vezes por dia), conforme se aufere da receita médica anexa aos autos.
Ante a prescrição do médico capacitado para tanto, percebe-se que a Agravante necessita diariamente da medicação citada para que consiga controlar a seu nível de glicose, deixando-o estável, bem como sobreviver de maneira digna, como bem destacado no encaminhamento também anexo aos autos.
Tem-se, assim, que o tratamento da Agravante, com a medicação supracitada, conforme determinou o médico, Dr. xxx, que faz o seu acompanhamento, é indispensável para que tenha condições de, ao menos, controlar a sua glicose, em razão da diabetes. Eis que, caso não utilize o medicamento solicitado, acarretará no risco de agravamento da doença, CAUSANDO PIORA NO SEU QUADRO GERAL DE SAÚDE - como bem destacado nos itens “5” e “7” do Formulário para Requerimento de Medicamento, o qual também está documentado nos autos.
Ademais, ressalta-se que o medicamento em questão cumula um gasto mensal de aproximadamente R$ XX.XXX,00 (XXXXXX MIL reais e dez centavos), tendo em vista que são necessárias a utilização de sessentas ampolas da substância para o tratamento mensal, sendo que cada dezena custa, em média, R$ xxxxxx.00 ( xxxx mil reais), nos termos dos orçamentos já acostados aos autos.
Ademais, cumpre salientar que o Agravante, contando com a ajuda de sua irmã xxx, dirigiu-se até a Secretaria de Saúde Estadual que negou seu pedido, sem qualquer fundamentação.
Por conta desses fatos, a Agravante ingressou com a Ação de Obrigação de Fazer, visando, inicialmente, a concessão da tutela de urgência antecipada, a fim de que obtenha, desde logo, o fornecimento, pelos Agravados, do medicamento Insulina Especial(1 ampola, duas vezes por dia, 60 ampolas por mês), que é tão imprescindível para a sua saúde, e consequentemente, à sua vida.
Todavia, o nobre Magistrado do Juízo a quo entendeu por indeferir a tutela de urgência pleiteada, conforme decisão interlocutória de fls. 37-49 que segue anexa, sob o fundamento de que, o SUS, já disponibiliza a insulina para tratamento de diabetes. 
Todavia o nobre Magistrado não se atentou ao fato que a diabetes a qual a agrava está acometida é um tipo raro, sendo necessário um tratamento não convencional, utilizando-se um medicamento especial.
II-DA ANTECIPAÇÃO DA PRETENSÃO RECURSAL
Inicialmente, pelo receio da consumação de prejuízos irreparáveis à esfera da saúde da impetrante, REQUER A CONCESSÃO LIMINAR DA SEGURANÇA PLEITEADA, com fulcro no art. 7º, III, da Lei 12.016/2009, a fim de ordenar o impetrado que dispense ao postulante os medicamentos de que necessita, por tempo indeterminado e de maneira ininterrupta, enquanto perdurar a necessidade do tratamento médico, garantindo-se, ainda, o fornecimento do produto do mesmo fabricante durante toda a duração do tratamento, cumprindo-se, também, os outros itens da Portaria 863 de 12 de novembro de 2002 do Ministério da Saúde, como única forma de garantir-lhe o direito à vida.
III- DO DIREITO E RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA
II – DAS RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA 
Como bem relatado na inicial, a Agravante, nos termos da prescrição do seu médico especialista,do medicamento Insulina Especial(1 ampola, duas vezes por dia, 60 ampolas por mês), que é tão imprescindível para a sua saúde, e consequentemente, à sua vida, como bem destacado no encaminhamento também documentado nos autos.
Dessa forma, a medicação supracitada, conforme determinou o médico Dr. xxx, que faz o seu acompanhamento, é indispensável para que a Agravante tenha condições de, ao menos, controlar a sua glicose, porquanto caso não utilize o medicamento solicitado, acarretará no risco de agravamento da doença, CAUSANDO PIORA NO FUNCIONAMENTO DO ORGANISMO - como bem destacado nos itens “5” e “7” do Formulário para Requerimento de Medicamento, o qual também está documentado nos autos.
Demais disso, se verifica do item “2”, do Formulário juntado com a inicial, que NÃO HÁ OUTRAS OPÇÕES OFERECIDAS PELO SUS, PARA O TRATAMENTO DA AGRAVANTE. Ainda, junto ao item “4” do referido, extrai-se que NÃO EXISTE JUNTO AO SUS, TRATAMENTO ADEQUADO EM FAVOR DA AGRAVANTE.
Assim sendo, no caso em tela, os laudos e as demais documentações médicas juntadas, como já mencionado anteriormente, comprovam, claramente, que o Agravante necessita do fornecimento do medicamentoInsulina Especial(1 ampola, duas vezes por dia, 60 ampolas por mês),uma vez que a não utilização do medicamento em questão, acarretará no risco de agravamento da doença, CAUSANDO EM ÚLTIMA INSTÂNCIA O ÓBITO DA AGRAVANTE.
Excelências, é imprescindível discorrer que o não uso da medicação em comento, pela Agravante, é de extrema gravidade, pois a Agravante já necessita de auxílio de terceiros para as atividades da vida diária, e em caso de agravamento da sua doença, tudo ficará ainda mais dificultoso.
Demais disso, segundo as documentações, que seguem anexas, AS QUAIS SÃO IDÔNEAS E FORAM PRESCRITAS POR UM PROFISSIONAL DA ÁREA, HABILITADO E ESPECIALIZADO NO CASO DA AGRAVANTE, constata-se que este REALMENTE NECESSITA de tal medicação para a sua própria vida DIGNA e MENOS DIFÍCIL, por conta da doença que lhe acomete.
Por isso, não há como manter a decisão proferida pelo respeitável Magistrado a quo, sob o fundamento de que SUS já disponibiliza o tratamento em sua rede de atendimento, no caso em tela, tendo em vista que a doença que acomete a Agravante é um tipo raro de Diabetes, e não o caso mais habitual da enfermidade em questão. 
Além disso, se os médicos da Agravante afirmaram que o medicamento pleiteado é o medicamento eficaz para o seu melhor tratamento, tem-se que os mesmos, ao que a boa-fé e a seriedade recomendam, não indicaram tal medicamento por simplesmente indicar, mas obviamente tomando por base o caso concreto da Agravante, bem como as suas experiências como profissionais, tendo em vista que são profissionais habilitados e cadastrados no Conselho Regional de suas classes, além de serem especialistas no caso em questão.
Ainda, é imperioso ressaltar que, como há risco de piora no estado de saúde da Agravante, especialmente no que concerne ao funcionamento de seu pâncreas, nos termos do Formulário acostado aos autos, o indeferimento da tutela pleiteada, no ponto de vista do Agravante, foi injusto, porquanto em momento posterior, caso o Juízo pretendesse, poderia e pode ser realizada perícia para a comprovação da eficácia do medicamento pleiteado. 
Dessa forma, a Agravante requer, desde logo, seja reformada a decisão interlocutória de fls. 37-49, que indeferiu os pleitos em sede de tutela de urgência, a fim de que os Agravados concedam, COM URGÊNCIA, o MEDICAMENTO Insulina Especial(1 ampola, duas vezes por dia, 60 ampolas por mês) por tempo indeterminado, em seu favor.
IV-DO PEDIDO
Diante do exposto, requer-se:
a) O recebimento e distribuição do presente recurso, concedendo-se, imediatamente, a tutela de urgência antecipada requerida, determinando que os Agravados sejam compelidos ao cumprimento de seus deveres e forneçam, por intermédio do Sistema Único de Saúde ou através de entidade particular, com todas as despesas custeadas por eles, o medicamento Insulina Especial (1 ampola, duas vezes por dia) POR TEMPO INDETERMINADO, FACE AO USO CONTÍNUO, em favor da Agravante, devendo o medicamento ser disponibilizado na SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO TOCANTINS, no Município de Palmas. 
b) Ao final, seja o presente Agravo deferido, conhecido e, por fim, provido, a fim de que se reforme a decisão interlocutória de fls. 37-49, para que seja concedida a tutela de urgência antecipada pleiteada nos autos xxx, o qual tramita na xxxª Vara da Comarca de xxx/xx, com o intuito de DETERMINAR QUE O AGRAVADO conceda em favor da Agravante, o medicamento Insulina Especial (1 ampola, duas vezes por dia) POR TEMPO INDETERMINADO, FACE AO USO CONTÍNUO, devendo o medicamento ser disponibilizado na SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO TOCANTINS, no Município de Palmas. 
c) Seja deferido o benefício da justiça gratuita em favor da Agravante, tendo em vista que já é beneficiário da gratuidade, por não possuir condições financeiras para tanto, conforme despacho de fls. 37-49, dos autos. 
d) Ainda, pleiteia a Agravante, pela intimação pessoal do Agravado, para, querendo, responder em 15 (quinze) dias o presente recurso, tendo em vista que no momento da interposição deste, o Agravado ainda não possuía advogado constituído nos autos.
Termos em que,
Pede deferimento.
Palmas 10 de janeiro de 2019.
Renata Rufato
OAB/TO nº 2439

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