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Caso 7 pratica IV - ESTACIO

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EXECELENTÍSSIMO SENHOR DOUTROR JUIZ DE DIREITODA VARA CÍVEL 
_ DA COMARCA DE SÃO LOURENÇO – MG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LOJÃO CHALE LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob 
o nº “...”, com sede à Rua “...”, representada por FABRÍCIO MURTA, brasileiro, 
solteiro, administrador de empresa, portador do RG nº “...”, inscrito no CPF sob 
o nº “...”, residente e domiciliado na Rua “...”, Estado “...” CEP “...”, vem, por 
seu advogado regularmente constituído, com inscrição na OAB sob o nº/UF, 
com endereço profissional na Rua “...”, perante Vossa Excelência para propor 
AÇÃO MONITÓRIA 
com fulcro no nos artigos 77, inciso V, 106, inciso I 700, I, todos do CPC e na 
súmula 504 do STJ, pelo rito especial, em face de Peçanha, brasileiro, solteiro, 
estado civil, profissão, portador da cédula de identidade nº “...”, inscrito no CPF 
sob o nº “...” residente e domiciliado na Rua X, casa Y, nº 01, São Lourenço, 
Estado de Minas Gerais, Cep “...”, pelos fatos e fundamentos a seguir 
demonstrados. 
 
DOS FATOS 
A parte Autora firmou em 31/10/2012 venda de eletrodoméstico ao Réu e para 
tanto foi emitida nota promissória em caráter solvente no valor de R$ 
100.000,00 (cem mil reais), com vencimento estipulado para o dia 25/01/2013. 
Contudo, até a data acordada para pagamento, o mesmo não ocorreu. A autora 
tentou de forma amigável cobrar o crédito, no entanto, não logrou Êxito, razão 
pela qual vem buscar a tutela jurisdicional para cobrança do débito mais juros e 
consectários legais. 
Por fim, cabe informar que o valor atualizado do débito, com juros e 
consectários legais está em R$ 280.000,00, conforme se demonstrará no 
cálculo anexo. 
 
DO DIREITO 
O novo código de processo civil trouxe em seu art. 700 a previsão da ação 
monitória, que tem como principal objetivo dar exequibilidade à título sem 
eficácia de título executivo, o que é o caso que se narra nesta exordial. 
O novo CPC adotou o modelo italiano de ação monitória, vez que exige prova 
documental para comprovação do direito alegado e não somente a alegação do 
credor pura e simples. 
José Rogério Cruz e Tucci conceitua o Instituto da seguinte forma: "consiste no 
meio pelo qual o credor de quantia certa ou de coisa determinada, cujo o 
crédito esteja comprovado por documento hábil, requerendo a prolação de 
provimento judicial consubstanciado, em última análise, num mandado de 
pagamento ou entrega de coisa, visa obter a satisfação do seu direito." (3) Para 
o mesmo doutrinador, "o procedimento monitório é recomendado para litígios 
que não contenham questões de alta indagação, vale dizer, para aqueles em 
que a matéria contenciosa seja relativamente simples, como, e.g., a cobrança 
de honorários por profissionais liberais; a cobrança fundada em extratos 
autênticos de livros contábeis, ou em títulos cambiais que, dado carecerem de 
um requisito formal ou por estarem prescritos, não ostentam eficácia executiva; 
etc." 
Assim, demonstrado a prova documental bem como sua idoneidade, é 
perfeitamente cabível e mesmo adequada a expedição do mandado monitório. 
Nesse sentido a jurisprudência: 
PROCESSO CIVIL. AÇÃO MONITÓRIA. PROVA ESCRITA. AUSÊNCIA. 
1. A ação monitória é o instrumento adequado para cobrança de dívida 
representada por documento escrito sem eficácia de título executivo, de acordo 
como disciplina o art. 700 do CPC. 
2. Impõe-se a improcedência da ação monitória, se não há nos autos qualquer 
contrato ou documento que possa inferir a responsabilidade da ré quanto à 
dívida. 
3. Recurso conhecido e desprovido. 
https://jus.com.br/tudo/honorarios
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28890615/artigo-700-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
(TJ-DF 07133457320178070018 DF 0713345-73.2017.8.07.0018, Relator: 
ROMEU GONZAGA NEIVA, data de julgamento: 08/08/2018, 7ª turma Cível, 
Data de publicação: publicação no DJE: 14/08/2018). 
 
Dessa forma, não restou alternativa ao Autor senão a tutela jurisdicional para 
satisfação do seu direito. 
 
DOS PEDIDOS 
 Ante o exposto, requer: 
1. A expedição de mandado de pagamento no valor de R$ 280.000,00 
(duzentos e oitenta mil reais); 
2. A citação do Réu para apresentar embargo de provas, conforme art. 396 do 
CPC; 
3. A constituição de pleno direito do título executivo extrajudicial, independente 
de qualquer formalidade, se não realizado o pagamento e não apresentados 
embargos; 
4. A condenação ao ônus da sucumbência. 
 
VALOR DA CAUSA 
Dá-se á causa do valor de R$ 280.000,00 (duzentos e oitenta mil reais). 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Local, data 
OAB nº/UF 
Assinatura

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