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AULA 5 - CASO CONCRETO 05 DAS DISCURSIVAS Bentinho é proprietário de um terreno em Ribeirão Corrente(SP), este terreno tem as seguintes dimensões: 100 metros de testada(frente), 100 metros de fundos, 500m na lateral esquerda e 500 m na lateral direita (100m X 500m). Seu vizinho é Escobar, que possui um terreno muito menor que o de Bentinho, sendo uma área de 40m X 500m, não há cercas entre as duas áreas. Bentinho resolveu plantar Café em seu Terreno, tendo contrato diversas pessoas para realizar o plantio, deixando um capataz responsável pelos serviços. Ocorre que Bentinho precisou ausentar-se durante o período do plantio, infelizmente o capataz não conhecia os limites do terreno, tendo usado toda a área de Escobar, em razão da inexistência de cerca. Escobar em diversas visitas à área viu o cultivo e nada falou. No dia que foi concluída a plantação, Escobar construiu cerca separando seu terreno da área de Bentinho e disse que aquela área era dele e ninguém tinha direito a nada sobre aquela plantação. Escobar está correto ou Bentinho pode alegar ter algum direito?Qual? Explique. Resposta: Apesar do artigo 1228, CC dizer que é facultado ao proprietário USAR, GOZAR e DISPOR da coisa, devemos ter cuidado ao abordar o tema, porque há restrições ao direito de propriedade logo no § 1º deste artigo tem ressalva; “O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas FINALIDADE ECONÔMICA e sociais e de modo que sejam preservados…” que traduzimos como princípio da função social da propriedade, outro aspecto que devemos observar é disposições de lei sobre os limites do exercício da propriedade, uma vez que a área residencial não pode ser utilizada para atividade perigosa. DAS OBJETIVAS Questão de concurso sobre este tema: (CONSULPLAN-2016- TJMG - Titular de Serviços de Notas e de Registros) O rompimento da barragem de Fundão destruiu o distrito de Bento Rodrigues, Mariana, Minas Gerais, e deixou mais de 900 pessoas desabrigadas, causando grande impacto social na vida daquelas pessoas. Além dos impactos ambientais e sociais, diversos outros danos foram causados, inclusive aos proprietários de áreas ribeirinhas.Supondo que os fatos tenham ocorrido por força natural, como abalo sísmico, e que tenha deslocado uma porção de terras de um imóvel a outro, aderindo-se de maneira definitiva às margens do outro,nos termos do código civil, quanto à forma de acessão de imóvel a imóvel, é correto afirmar que o proprietário ribeirinho : a) torna-se dono do acréscimo por avulsão, desde que indenize o proprietário das terras perdidas. Não havendo indenização, concede a lei ao dono do prédio desfalcado o direito de, em um ano, reivindicar as terras perdidas, se for possível retorná-las. b) torna-se dono do acréscimo por aluvião, desde que indenize o proprietário das terras perdidas. Não havendo indenização, concede a lei ao dono do prédio desfalcado o direito de, em três anos, reivindicar as terras perdidas, se for possível retorná-las c) torna-se dono do acréscimo por abandono álveo, sem indenização. d) torna-se dono do acréscimo pela aluvião. Os acréscimos formados, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenização. Justificativa; Concluímos que o acréscimo é por avulsão, pois se deu por força natural violenta, e não lenta que é característica de aluvião, e o prazo para aquele que sofreu a perda, reclamar é de 1 ano, não 3, de acordo com art. 1.251 do código civil.
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