Aula sociopsicologia

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ABORDAGENS SÓCIO-PSICOLÓGICAS DA VIOLÊNCIA E DO CRIME
Prof.: Francisco Barreto
Aula 4 – Sociologia da Violência
Aula 4: Sociologia da Violência
ABORDAGENS SÓCIO-PSICOLÓGICAS DA VIOLÊNCIA E DO CRIME
Conteúdo Programático:
	A visão sociológica sobre a violência;
	A transformação da percepção social acerca da violência e do crime na sociedade brasileira.
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ABORDAGENS SÓCIO-PSICOLÓGICAS DA VIOLÊNCIA E DO CRIME
ABORDANDO A VIOLÊNCIA PELA PERSPECTIVA SOCIOLÓGICA
“O estudo da violência confunde-se com o estudo da organização social, isto é, com a capacidade dos agrupamentos humanos em definirem valores, normas e regras que estruturam a vida social. A análise da violência e do crime refere-se a um campo social regido por valores e regras coletivas cuja transgressão, considerada como podendo pôr em causa o equilíbrio precário da estrutura social, é susceptível de ser punida com maior ou menor severidade.” Lourenço e Lisboa, Violência, Criminalidade e o Sentimento de Insegurança, 1993. 
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A CONSTRUÇÃO DA VIOLÊNCIA
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	A VIOLÊNCIA ENQUANTO TRANSGRESSÃO NA SOCIEDADE
A violência e o crime não existem por si mesmos, mas sempre em relação a algo estabelecido como o que é correto e o que não é. Essa definição pode estar consagrada numa lei ou até mesmo no consenso social. A violência e o crime existiriam assim no campo da transgressão da norma.
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A TRANSGRESSÃO DA NORMA NO CONTEXTO SOCIAL
	A norma está relacionada ao contexto social específico. Em cada um desses contextos, temos que a consagração dos valores morais está relacionada à temática da ética na sociedade em questão. Assim, o conteúdo da norma seria a consagração da ética na lei. A violação desta regra moral, transformada em lei, seria a realização do crime, já que aqui estamos abordando a questão da violência.
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RELAÇÃO ENTRE SOCIOLOGIA E VIOLÊNCIA (I)
A pobreza é a causa da criminalidade: tal premissa parte do pressuposto de que, movido pela necessidade e pelo desejo, o ser humano é passível de realização de crimes, como, por exemplo, o roubo. Entretanto, tal afirmativa reducionista, além de não fundamentar a temática da criminalidade, não evidencia o debate importante sobre o aumento do sofrimento dos empobrecidos devido à violência. 
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RELAÇÃO ENTRE SOCIOLOGIA E VIOLÊNCIA (II)
A desigualdade social é a causa da violência: “Baseada principalmente no diferencial de renda entre os mais ricos e os mais pobres, ou no diferencial de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), essa tese pressupõe que a revolta moveria os homens a agir violentamente para diminuir as distâncias e as invejas que a desigualdade provoca” Alba Zaluar, 2002.
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RELAÇÃO ENTRE SOCIOLOGIA E VIOLÊNCIA (III)
Violência e o sentimento de insegurança: tal perspectiva refere-se ao sentimento de insegurança devido a uma percepção de que o Estado não consegue, através das forças policiais, seja devido à incapacidade e corrupção ou devido a insuficiência das leis, manter a ordem social, que acaba trazendo à tona um sentimento de impunidade que, sentida como medo, alimenta sua matriz simbólica, representacional sobre a realidade brasileira que faz prevalecer no imaginário social ideias que concebem o Brasil como um país de impunidade.
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RELAÇÃO ENTRE SOCIOLOGIA E VIOLÊNCIA (IV)
Mudança na percepção da violência ao longo dos tempos: Nas palavras de Michel Misse, temos que, “a acumulação social da violência no Rio de Janeiro ganhou tal abrangência, que furtos, tráfico e crimes não intencionais (como atropelamentos) e mesmo suicídios passam a ser incorporadas na representação da “violência urbana”. O caso do tráfico é especialmente relevante, pois lhe é atribuída a principal responsabilidade pelo aumento da violência, seja pelo suposto efeito das drogas em seus consumidores, seja pelos crimes que jovens pobres cometem para comprarem essas drogas, seja, finalmente, pelos conflitos internos a esse mercado.
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RESUMINDO
	 Olhar sociológico sobre a violência;
	 A questão da transgressão da norma;
	 Relação entre a sociologia e a violência.